O Catecismo de Heidelberg (Portuguese)

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O CATECISMO DE HEIDELBERG O Catecismo de Heidelberg, o segundo dos padres doutrinrios das Igrejas Reformadas, foi escrito em Heidelberg a pedido

do Eleitor Frederico III, governador, entre 1559 e 1576, da mais influente provncia alem, o Palatinado. Esse piedoso prncipe cristo comissionou Zacarias Ursinus, vinte e oito anos de idade e professor de Teologia da Universidade de Heidelberg, e Gaspar Olevianus, vinte e seis anos de idade e pregador da corte de Frederico, para que preparassem um catecismo para instruir os jovens e guiar pastores e mestres. Na preparao do Catecismo, Frederico contou com o conselho e a cooperao de todo o corpo docente de Teologia. O Catecismo de Heidelberg foi adotado pelo Snodo de Heidelberg e publicado na Alemanha com um prefcio de Frederico III datado de 19 de janeiro de 1563. Uma segunda e terceira edio alem, com alguns pequenos acrscimos, alm de uma traduo latina, foram publicadas em Heidel- berg nesse mesmo ano. Logo cedo o Catecismo foi divido em cinqenta e duas sees para que cada uma delas pudesse ser explicada s igrejas a cada domingo do ano. O Catecismo de Heidelberg tornou-se ampla e favoravelmente conhecido nos Pases Baixos quase imediatamente aps sair das prensas, principalmente pelos esforos de Pedro Dathenus, que o traduziu para o holands e o acrescentou sua verso do Saltrio de Genebra, publicando-o em 1566. No mesmo ano Pedro Gabriel deu o exemplo, explicando-o sua congregao em Amsterd nos sermes das tardes de domingo. Os Snodos Nacionais do sculo dezesseis o adotou como uma das Formas de Unidade, requerendo dos seus oficiais eclesisticos que o subscrevessem e que os seus ministros o explicassem s igrejas. Essas exigncias foram fortemente enfatizadas pelo grande Snodo de Dort de 1618/1619.O Catecismo de Heidelberg tem sido traduzido em muitas lnguas e o mais influente e o mais geralmente aceito dos di- versos catecismos dos dias da Reforma. CATECISMO DE HEIDELBERG Dia do Senhor 1 P.1. Qual o seu nico consolo na vida e na morte? R. Que no perteno a mim mesmo,1 mas perteno de corpo e alma, tanto na vida quanto na morte,2 ao meu fiel Salvador Jesus Cristo.3 Ele pagou completamente todos os meus pecados com o Seu sangue precioso4 e libertou-me de todo o domnio do diabo.5 Ele tambm me guarda de tal maneira6 que sem a vontade do meu Pai celeste nem um fio de cabelo pode cair da minha cabea;7 na verdade, todas as coisas cooperam para a minha salvao.8 Por isso, pelo Seu Esprito Santo, Ele tambm me assegura a vida eterna9 e faz-me disposto e pronto de corao para viver para Ele de agora em diante.10 1. 1Co 6.19, 20. 2. Rm 14.7-9. 3. 1Co 3.23; Tt 2.14. 4. 1Pe 1.18, 19; 1Jo 1.7; 2.2. 5. Jo 8.34-36; Hb 2.14, 15; 1Jo 3.8. 6. Jo 6.39, 40; 10.27-30; 2Ts 3.3; 1Pe 1.5. 7. Mt 10.29-31; Lc 21:16-18. 8. Rm 8.28. 9. Rm 8.15, 16; 2Co 1.21, 22; 5.5; Ef 1.13, 14. 10. Rm 8:14 P.2. O que que voc precisa saber para viver e morrer nessa consolao?

R. Primeiro, como so grandes meus pecados e misria;1 segundo, de que modo sou liberto de todos os meus pecados e misria;2 terceiro, de que modo devo ser grato a Deus por uma tal libertao.3 1. Rm 3.9, 10; 1Jo 1:10. 2. Jo 17.3; At 4.12; 10.43. 3. Mt 5.16; Rm 6.13; Ef 5.8-10; 1Pe 2.9, 10. O Catecismo de Heidelberg Parte I NOSSOS PECADOS E MISRIA Dia do Senhor 2 P.3. Como que voc sabe dos seus pecados e misria? R. Pela lei de Deus.1 1. Rm 3.20; 7.7-25. P.4. O que a lei de Deus exige de ns? R. isso o que Cristo nos ensina resumidamente em Mateus 22.37-40: Amars o Senhor, teu Deus, de todo o teu corao, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.1 Este o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, : Amars o teu prximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas2. 1. Dt 6.5. 2. Lv 19.18. P.5. Voc consegue guardar tudo isso perfeitamente? R. No.1 Sou, por natureza, inclinado a odiar a Deus e ao meu prximo.2 1. Rm 3.10, 23; 1Jo 1.8, 10. 2. Gn 6.5; 8.21; Jr 17.9; Rm 7.23; 8.7; Ef 2.3; Tt 3.3. Dia do Senhor 3 P.6. Ento, Deus criou o homem assim to mau e perverso? R. No, pelo contrrio, Deus criou o homem bom1 e Sua imagem,2 isso , em verdadeira justia e santidade,3 de modo que ele pudesse conhecer corretamente a Deus, o seu Criador,4 am-lO de corao, e viver com Ele em eterna felicidade para O louvar e glorificar.5 1. Gn 1.31. 2. Gn 1.26, 27. 3. Ef 4.24. 4. Cl 3.10 5. Sl 8. 52 P.7. De onde veio, ento, a natureza corrompida do homem? R. Da queda e desobedincia dos nossos primeiros pais, Ado e Eva, no Paraso.1 Ali a nossa natureza tornou-se corrupta2 de tal modo que somos todos concebidos e nascidos em pecado.3 1. Gn 3. 2. Rm 5.12, 18, 19. 3. Sl 51.5.

P.8. Mas, somos to corruptos que no somos capazes de fazer bem algum e somos inclinados a todo o mal? R. Sim,1 a menos que sejamos gerados novamente pelo Esprito de Deus.2 1. Gn 6.5; 8.21; J 14.4; Is 53.6. 2. Jo 3.3-5. Dia do Senhor 4 P.9. Mas, Deus no age injustamente com o homem ao exigir em Sua lei aquilo que o homem no consegue cumprir? R. No, pois Deus criou o homem de tal forma que ele era capaz de a cumprir.1 Mas o homem, sob a instigao do diabo,2 em desobedincia deliberada,3 privou a si mesmo e a todos os seus descendentes destes dons.4 1. Gn 1.31. 2. Gn 3.13; Jo 8.44; 1Tm 2.13, 14. 3. Gn 3.6. 4. rm 5.12, 28, 19. P.10. Permitiria Deus que uma tal desobedincia e apostasia ficasse sem castigo? R. Certamente que no, pois tanto o nosso pecado original quanto os nossos pecados presentes O deixam terrivelmente irado. Por isso Ele os castigar com justo juzo agora e eternamente,1 conforme declarou:2 Maldito todo aquele que no permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticlas (Gl 3.10). 1. Gn 2.17; Ex 34.7; Sl 5.4-6; 7.11; Na 1.2; Rm 1.18; 5.12; Ef 5.6 Hb 9.27. 2. 27.26. 53 P.11. Mas Deus no tambm misericordioso? R. Deus verdadeiramente misericordioso,1 mas tambm justo.2 A Sua justia requer que o pecado cometido contra a Sua suprema majestade seja castigado tambm com a pena mais severa, quer dizer, com o eterno castigo do corpo e da alma.3 1. Ex 20.6; 34.6, 7; Sl 103.8, 9. 2. Ex 20.5; 34.7; Dt 7.9-11; Sl 5.4-6; Hb 10.30, 31. 3. Mt 25.45, 46. Parte II NOSSA SALVAO Dia do Senhor 5 P.12. Se pelo justo julgamento de Deus merecemos tanto o castigo temporal quanto o eterno, como, ento, poderemos escapar desta punio para sermos novamente recebidos em graa? R. Deus requer que a Sua justia seja satisfeita.1 Por isso, ns mesmos devemos satisfazer essa justia completamente, ou um outro por ns.2 1. Ex 20.5; 23.7; Rm 2:1-11. 2. Is 53.11; Rm 8.3, 4. P.13. Podemos, ns mesmos, satisfazer essa justia?

R. Certamente que no. Pelo contrrio, todos os dias aumentamos a nossa dvida.1 1. Sl 130.3; Mt 6.12; Rm 2.4, 5. P.14. Qualquer mera criatura pode satisfaz-la por ns? R. No. Em primeiro lugar, Deus no vai castigar uma outra criatura pelo pecado que o homem cometeu.1 Alm disso, no h criatura que possa suportar o peso da ira eterna de Deus contra o pecado, nem libertar outros dessa ira.2 1. Ez 18.4, 20; Hb 2.14-18. 2. Sl 130.3; Na 1.6. P.15. Que tipo de mediador e libertador temos que buscar? R. Algum que seja homem verdadeiro1 e justo,2 e mais pode- roso que todas as criaturas; isso , algum que seja ao mesmo tempo Deus verdadeiro.3 1. 1Co 15.21; Hb 2.17. 2. Is 53.9; 2Co 5.21; Hb 7.26. 3. Is 7.14; 9.6; Jr 23.6; Jo 1.1; Rm 8.3, 4. Dia do Senhor 6 P.16. Por que tem de ser um homem verdadeiro e justo? R. Tem de ser homem verdadeiro, pois a justia de Deus exige que a mesma natureza humana que pecou pague pelo pecado.1 Tem de ser homem justo pois algum que, por natureza, j pecador, no pode pagar pelos pecados dos outros.2 1. Rm 5.12, 15; 1Co 15.21; Hb 2.14-16. 2. Hb 7.26, 27; 1Pe 3.18. P.17. Por que ele tem de ser, ao mesmo tempo, Deus verdadeiro? R. Ele tem de ser Deus verdadeiro para que, pelo poder da Sua natureza Divina,1 possa suportar em sua natureza humana o peso da ira de Deus2 e, conquistar e restituir para ns a justia e a vida.3 1.Is 9.6. 2. Dt 4.24; Na 1.6; Sl 130.3. 3. Is 53.5, 11; Jo 3.16; 2Co 5.21. P.18. Mas, que Mediador esse que , ao mesmo tempo, Deus verdadeiro e homem verdadeiro e justo? R. O nosso Senhor Jesus Cristo,1 o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justia, e santificao, e redeno (1Co 1.30). 1. Mt 1.21-23; Lc 2.11; 1Tm 2.5; 3.16. P.19. Como voc sabe disso? R. Pelo santo evangelho, revelado pela primeira vez no Paraso pelo prprio Deus.1 O qual o fez proclamar depois pelos patriarcas2 e profetas,3 e prefigurar, como sombras, pelos sacrifcios e outras cerimnias da lei.4 Fazendo-o, por fim, ser cumprido por meio do Seu nico Filho.5 1. Gn 3.15. 2. Gn 12.3; 22.18; 49.10. 3. Is 53; Jr 23.5, 6; Mc 7.18-20; At 10.43; Hb 1.1 4. Lv 1-7; Jo 5.46; Hb 10.1-10. 5. Rm 10.4; Gl 4.4, 5; Cl 2.17.

Dia do Senhor 7 P.20. Ento, todos os homens foram salvos por Cristo, exatamente como por meio de Ado todos pereceram? R. No.1S esto salvos os que, pela verdadeira f, foram enxertados em Cristo e aceitaram todos os Seus benefcios.2 1. Mt 7 .14; Jo 1.12; 3.16, 18, 36; Rm 11.16-21. P.21. O que a verdadeira f? R. A verdadeira f a convico com que aceito como verdade tudo aquilo que Deus nos revelou em Sua Palavra.1 tambm a firme certeza2 de que Deus garantiu no s aos outros como tambm a mim3 perdo de pecados, justia eterna, e salvao4 por pura graa e somente pelos mritos de Cristo.5 O Esprito Santo realiza essa f em meu corao por meio do evangelho.6 1. Jo 17.3, 17; Hb 11.1-3; Tg 2.19. 2. Rm 4.18-21; 5.1; 10.10; Hb 4.16. 3. Gl 2.20 4. Rm 1.17; Hb 10.10. 5. Rm 3.20-26; Gl 2.16; Ef 2.8-10. 6. At 16.14; Rm1.16; 10.17; 1Co 1.21. P.22. Ento, no que o cristo tem de acreditar? R. Em tudo que nos est prometido no evangelho,1 e que nos so ensinados resumidamente pelo artigos da nossa f crist universal e indubitvel. 1. Mt 28.19; Jo 20.30, 31. P.23. Que artigos so esses? R. 1. Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do cu e da terra. 2. em Jesus Cristo, Seu unignito Filho, nosso Senhor, 3. o qual foi concebido por obra do Esprito Santo; nasceu da virgem Maria; 4. padeceu sob o poder de Pncio Pilatos, foi crucificado, morte e sepultado; desceu ao inferno; 5. ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; 6. subiu ao cu; est assentado mo direita de Deus Pai Todo-poderoso, 7. de onde h de vir para julgar os vivos e os mortos. 8. Creio no Esprito Santo; 9. na santa Igreja universal; na comunho dos santos;

10. na remisso dos pecados; 11. na ressurreio do corpo; 12. na vida eterna. Dia do Senhor 8 P.24. Como se dividem esses artigos? R. Em trs partes. a primeira sobre Deus o Pai e a nossa criao; a segunda sobre Deus o Filho e a nossa redeno; a terceira sobre Deus o Esprito Santo e a nossa santificao. P.25. Por que que voc fala em trs Pessoas: Pai, Filho e Esprito Santo; visto que s existe um nico Deus? 1 R. Porque o prprio Deus se revelou de tal maneira em Sua Palavra2 que essas trs Pessoas distintas so o nico, verdadeiro e eterno Deus. 1. Dt 6.4; Is 44.6; 45.5; 1Co 8.4, 6. 2. Gn 1.2, 3; Is 61.1; 63.8-10; Mt 3.16, 17; 28.18, 19; Lc 4.18; Jo 14.26; 15.26; 2Co 13.14; Gl 4.6; Tt 3.5, 6. Deus Pai e a Nossa Criao Dia do Senhor 9 P.26. Em que voc cr quando diz: Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do cu e da terra? R. Creio que o eterno Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, que criou do nada o cu e a terra e tudo o que neles h,1 e tambm os sustenta e governa por Seu conselho e providncia eternos,2 o meu Deus e o meu Pai, por causa do Seu Filho Cristo.3 Creio nEle to completamente que no tenho nenhuma dvida de que Ele me suprir de tudo que necessrio ao corpo e alma,4 e que tambm converter em bem para mim toda a adversidade que me enviar nessa vida conturbada.5 Ele assim pode fazer porque Deus Todo-Poderoso,6 mas o quer fazer, porque Pai Fiel.7 1. Gn 1; 2; Ex 20.11; J 38; 39; Sl 33.6; Is 44.24; At 4.24; 14.15. 2. Sl 104.27-30; Mt 6.30; 10.29; Ef 1.11. 3. Jo 1.12, 13; Rm 8.15, 16; Gl 4.4-7; Ef 1.5. 4. Sl 55.22; Mt 6.25, 26; Lc 12.22-31. 5. Rm 8.28. 6. Gn 18.14; Rm 8.31-39. 7. Mt 6.32, 33; 7.9-11. Dia do Senhor 10 P.27. O que voc entende por Providncia de Deus? R. A providncia de Deus o Seu onipotente e onipresente poder,1 por meio do qual, com as Sua mos, Ele sustenta continuamente o cu e a terra e todas as criaturas,2 governando-os de tal modo que ervas e plantas, chuva e seca, abundncia e escassez, comida e bebida, sade e doena, riqueza e pobreza,3 todas as coisas na verdade, no nos vm por acaso4 mas procedem da Sua mo paternal.5

1. Jr 23.23, 24; At 17.24-28. 2. Hb 1.3 3. Jr 5.24; At 14.15-17; Jo 9.3; Pv 22.2. 4. Pv 16.33. 5. Mt 10.29. P.28. Que benefcio h em sabermos que Deus criou todas as coisas e que continuamente as sustenta pela Sua providncia? R. Podemos ser pacientes na adversidade,1 agradecidos na prosperidade2 e podemos, quanto ao futuro, confiar firmemente em nosso Deus e Pai fiel, porque criatura alguma poder nos separar do Seu amor;3 pois todas elas esto de tal modo em Sua mo que sem a Sua vontade, elas no podem nem mesmo se mover.4 1. J 1.21, 22; Sl 39.10; Tg 1.3 2. Dt 8.10; 1Ts 5.18. 3. Sl 55.22; Rm 5.3-5; 8.38, 39. 4. J 1.12; 2.6; Pv 21.1; At 17.24-28. Deus Filho e a Nossa Redeno Dia do Senhor 11 P.29. Por que razo o Filho de Deus chamado de Jesus, que quer dizer, Salvador? R. Porque Ele nos salva de todos os nossos pecados,1 e porque em ningum mais devemos buscar ou podemos encontrar salvao.2 1. Mt 1.21; Hb 7.25. 1. Is 43.11; Jo 15.4, 5; At 4.11, 12; 1Tm 2.5. P.30. Aqueles que buscam com fervor a sua salvao ou bem-estar nos santos, em si mesmos ou em outra coisa qualquer, tambm crem no nico Salvador Jesus? R. No. Embora gloriem-se nEle com palavras, eles na verdade negam a Jesus como o nico Salvador.1 Pois das duas coisas, s uma verdadeira: ou Jesus um Salvador incompleto, ou aqueles que pela verdadeira f aceitam esse Salvador tm que achar nEle tudo que necessrio para a sua salvao.2 1. 1Co 1.12, 13; Gl 5.4 2. Cl 1.19, 20; 2.10; 1Jo 1.7. Dia do Senhor 12 P.31. Por que razo Ele chamado de Cristo, que quer dizer, Ungido? R. Porque Ele foi ordenado por Deus o Pai, e ungido com o Esprito Santo,1 para ser o nosso supremo Profeta e Mestre,2 que nos revelou completamente o propsito secreto e a vontade de Deus quanto nossa redeno;3 nosso nico Sumo Sacerdote4 o qual por um nico sacrifcio do Seu corpo nos remiu,5 e intercede continuamente por ns diante do Pai;6 e nosso Rei eterno,7 que nos governa pela Sua Palavra e por Seu Esprito, e que nos defende e preserva na redeno que para ns conquistou.8 1. Sl 45.7 (Hb 1.9); Is 61.1 (Lc 4.18); Lc 3.21, 22. 2. Dt 18.15 (At 3.22) 3. Jo 1.18; 15.15. 4. Sl 110.4 (Hb 7.17). 5. Hb 9.12; 10.11-14. 6. Rm 8.34; Hb 9.24; 1Jo 2.1. 7. Zc 9.9 (Mt 21.5); Lc 1.33. 8. Mt 28.18-20; Jo 10.28. Ap 12.10, 11.

P.32. Por que que voc chamado de cristo? R. Porque, pela f, sou membro de Cristo e por isso partilho da Sua uno,2 para poder como profeta confessar o Seu nome;3 como sacerdote apresentar a mim mesmo como sacrifcio vivo de gratido a Ele;4 como rei, de livre e boa conscincia, combater o pecado e o diabo nessa vida5 e no porvir reinar eternamente com Ele sobre todas as criaturas.6 1. 1Co 12.12-27. 2. Jl 2.28 (At 2.17); 1Jo 2.27. 3. Mt 10.32; Rm 10.9, 10; Hb 13.15. 4. Rm 12.1; 1Pe 2.5, 9. 5. Gl 5.16, 17; Ef 6.11; 1Tm 1.18, 19. 6. Mt 25.34; 2Tm 2.12. Dia do Senhor 13 P.33. Por que Ele chamado de Filho unignito de Deus, se ns tambm somos filhos de Deus? R. Porque somente Cristo o eterno e natural Filho de Deus.1 Ns, contudo, somos filhos de Deus por adoo, pela graa, por causa de Cristo.2 1. Jo 1.1-3, 14, 18; 3.16; Rm 8.32; Hb 1; 1Jo 4.9. 2. Jo 1.12; Rm 8.14-17; Gl 4.6; Ef 1.5, 6. P.34. Por voc O chama de nosso Senhor? R. Porque Ele nos comprou e nos resgatou, o corpo e a alma,1 de todos os nossos pecados no com ouro nem prata, mas com o Seu precioso sangue2 e nos libertou de todo o domnio do diabo para nos tornar Sua possesso.3 1. 1Co 6.20; 1Tm 2.5, 6. 2. 1Pe 1.18, 19. 3. Cl 1.13, 14; Hb 2.14, 15. Dia do Senhor 14 P.35. Que confessa voc quando diz que Cristo: foi concebido por obra do Esprito Santo; nasceu da virgem Maria? R. O eterno Filho de Deus, o qual e permanece Deus verdadeiro e eterno,1 tomou sobre Si a verdadeira natureza humana da carne e do sangue da virgem Maria,2 pela operao do Esprito Santo.3 Por isso, Ele tambm a verdadeira semente de Davi,4 semelhante a Seus irmos em tudo,5 porm, sem pecado.6 1. Jo 1.1; 10.30-36; Rm 1.3; 9.5; Cl 1.15-17; 1Jo 5.20. 2. Mt 1.18-23; Jo 1.14; Gl 4.4; Hb 2.14. 3. Lc 1.35 4. 2 Sm 7.12-16; Sl 132.11; Mt 1.1; Lc 1.32; Rm 1.3. 5. Fl 2.7; Hb 2.17. 6. Hb 4.15; 7.26, 27. P.36. Que benefcio voc recebe de Cristo ter sido concebido e nascido sem pecado? R. Ele o nosso Mediador,1 e com a Sua inocncia e perfeita santidade cobre aos olhos de Deus o meu pecado, no qual fui concebido e nascido.2 1. 1Tm 2.5, 6; Hb 9.13-15. 2. Rm 8.3, 4; 2Co 5.21; Gl 4.4, 5; 1Pe 1.18, 19. Dia do Senhor 15

P.37. O que voc confessa quando diz que Ele padeceu? R. Durante todo o tempo em que viveu sobre a terra, e especialmente no final, Cristo suportou no corpo e na alma a ira de Deus contra o pecado de toda a raa humana.1 Assim, por Seu sofrimento, como o nico sacrifcio de expiao,2 Ele redimiu o nosso corpo e a nossa alma da condenao eterna3 e conquistou para ns a graa de Deus, a justia e a vida eterna.4 1. Is 53; 1Tm 2.6; 1Pe 2.24; 3.18. 2. Rm 3.25; 1Co 5.7; Ef 5.2; Hb 10.14; 1Jo 2.2; 4.10. 3. Rm 8.1-4; Gl 3.13; Cl 1.13; Hb 9.12; 1Pe 1.18, 19. 4. Jo 3.16; Rm 3.24-26; 2Co 5.21; Hb 9.15. P.38. Por que Ele padeceu sob o julgamento de Pncio Pilatos? R. Embora inocente, Cristo foi condenado por um juiz terreno,1 e assim Ele nos livrou do severo juzo de Deus que haveria de cair sobre ns.2 1. Lc 23.13-24; Jo 19.4, 12-16. 2. Is 53.4, 5; 2Co 5.21; Gl 3.13. P.39. H algum sentido especial em Cristo ter sido crucificado e no ter morrido de outro modo? R. Sim. Por causa disso tenho a certeza de que Ele levou sobre Si a maldio que estava sobre mim, pois quem era crucificado era maldito de Deus.1 1. Dt 21.23; Gl 3.13. 62 Dia do Senhor 16 P.40. Por que foi necessrio que Cristo se humilhasse at morte? R. Por causa da justia e da verdade de Deus1 a satisfao pelos nossos pecados no poderia ocorrer de outra forma seno pela morte do Filho de Deus.2 1. Gn 2.17. 2. Rm 8.3; Fl 2.8; Hb 2.9, 14, 15. P.41. Por que foi Ele sepultado? R. O Seu sepultamento testifica que Ele realmente morreu.1 1. Is 53.9; Jo 19.38-42; At 13.29; 1Co 15.3, 4. P.42. Se Cristo morreu por ns, por que ainda temos que morrer? R. A nossa morte no o pagamento pelos nossos pecados,1 mas ela pe fim aos nossos pecados e a entrada para a vida eterna.2 1. Mc 8.37; 2. Jo 5.24; Rm 7.24, 25; Fp 1.23. P.43. Que outros benefcios recebemos do sacrifcio e morte de Cristo na cruz?

R. Pela morte de Cristo a nossa velha natureza crucificada, morta e sepultada com Ele,1 para que os desejos malignos da carne no reinem mais sobre ns2 e possamos nos ofertar a Ele como sacrifcio de gratido.3 1. Rm 6.5-11; Cl 2.11-12. 2. Rm 6.12-14. 3. Rm 12.1; Ef 5.1, 2. P.44. Por que razo se acrescenta: desceu ao inferno? R. A angstia, a dor, o terror e a agonia indizveis que Cristo suportou em todos os Seus sofrimentos1 especialmente na cruz do-me a certeza e a consolao de que, por maiores que sejam as minhas tristezas e tentaes, Ele me livrou da angstia e do tormento do inferno.2 1. Sl 18.5, 6; 116.3; Mt 26.36-46; 27.45, 46; Hb 5.7-10. 2. Is 53. Dia do Senhor 17 P.45. Como somos favorecidos com a ressurreio de Cristo? R. Primeiro: pela ressurreio Ele venceu a morte, para nos tornar participantes da justia que Ele conquistou para ns pela Sua morte.1 Segundo: pelo Seu poder ns tambm somos ressuscitados para uma vida nova.2 Terceiro: a ressurreio de Cristo , para ns, a garantia da nossa ressurreio gloriosa.3 1. Rm 4.25; 1Co 15.16-20; 1Pe 1.3-5. 2. Rm 6.5-11; Ef 2.4-6; Cl 3.1-4. 3. Rm 8.11; 1Co 15.12-23; Fl 3.20, 21. Dia do Senhor 18 P.46. O que voc confessa quando diz que Cristo subiu ao cu? R. Que Cristo, vista dos Seus discpulos, foi levado da terra ao cu,1 e que l est para o nosso benefcio2 at que venha novamente para julgar os vivos e os mortos.3 1. Mc 16.19; Lc 24.50, 51; At 1.9-11. 2. Rm 8.34; Hb 4.14; 7.23-25; 9.24. 3. Mt 24.30; At 1.11. P.47. Quer dizer, ento, que Cristo no est conosco at a consumao dos sculos, conforme Ele nos havia prometido? 1 R. Cristo verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Segundo Sua natureza humana, Ele no est mais na terra,2 mas segundo a Sua natureza divindade, majestade, graa e Esprito, Ele jamais se ausentou de ns.3 1 Mt 28.20. 2. Mt 26.11; Jo 16.28; 17.11; At 3.19-21; Hb 8.4. 3. Mt 28.18-20; Jo 14.16-19; 16.13. P.48. Mas, se a natureza humana no estiver presente onde quer que a natureza Divina esteja, no estariam as duas naturezas de Cristo separadas uma da outra?

R. De maneira nenhuma, pois a Sua Divindade ilimitada e est presente em toda parte.1 Por isso, conclui-se que apesar da Sua natureza Divina ultrapassar a natureza humana que Ele assumiu, ela est dentro dessa natureza humana e a ela permanece unida como pessoa.2 1. Jr 23.23, 24; At 7.48, 49. 2. Jo 1.14; 3.13; Cl 2.9. P.49. De que modo somos abenoados com a ascenso de Cristo ao cu? R. Primeiro: Ele o nosso Advogado no cu diante do Pai.1 Segundo: temos a nossa carne no cu como a garantia segura de que Ele, o nosso Cabea, tambm nos levar para Si, como membros Seus.2 Terceiro: Ele nos enviou o Seu Esprito como garantia,3 pelo poder do qual buscamos as coisas do alto onde Cristo est assentado direita de Deus e no as que so da terra.4 1. Rm 8.34; 1Jo 2.1. 2. Jo 14.2; 17.24; Ef 2.4-6. 3. Jo 14.16; At 2.33; 2Co 1.21, 22; 5.5; Ef 1.13,14 4. Cl 3.14. Dia do Senhor 19 P.50. Por que se acrescentou est assentado mo direita de Deus? R. Cristo ascendeu ao cu para manifestar-se l como o Cabea da Sua igreja,1 por meio de quem o Pai governa todas as coisas.2 1. Ef 1.20-23; Cl 1.18. 2. Mt 28.18; Jo 5.22, 23. P.51. Que benefcio tem para ns esta glria de Cristo, o nosso Cabea? R. Primeiro: pelo Seu Esprito Santo Ele derrama sobre ns, Seus membros, os dons celestiais.1 Segundo: pelo Seu poder Ele nos defende e preserva de to- dos os inimigos.2 1. At 2.33; Ef 4.7-12. 2. Sl 2.9; 110.1, 2; Jo 10.27-30; Ap 19.11-16. P.52. Que consolo lhe d o fato de que Cristo h de vir para julgar os vivos e os mortos? R. Que em todas as minhas aflies e perseguies eu de cabea erguida e cheio de nimo espero vir do cu, como juiz, Aquele mesmo que antes se submeteu ao juzo de Deus por minha causa, e removeu de sobre mim toda a maldio.1 Ela lanar todos os Seus e meus inimigos na condenao eterna, mas levar para Si mesmo, para o gozo e glria celestiais, a mim e a todos os Seus escolhidos.2 1. Lc 21.28; Rm 8.22-25; Fl 3.20, 21; Tt 2.13, 14. 2. Mt 25.31-46; 1Ts 4.16, 17; 2Ts 1.6-10. Deus Esprito Santo e a Nossa Santificao Dia do Senhor 20 P.53. O que voc cr sobre o Esprito Santo?

R. Primeiro: Creio que Ele verdadeiro e eterno Deus, juntamente com o Pai e o Filho.1 Segundo: Creio que Ele foi dado tambm a mim2 para pela verdadeira f me tornar participante de Cristo e de todos os Seus benefcios,3 para me consolar4 e para permanecer comigo para sempre.5 1. Gn 1.1, 2; Mt 28.19; At 5.3, 4; 1Co 3.16. 2. 1Co 6.19; 2Co 1.21, 22; Gl 4.6; Ef 1.13. 3. Gl 3.14; 1Pe 1.2. 4. Jo 15.26; At 9.31. 5. Jo 14.16, 17; 1Pe 4.14.

Dia do Senhor 21 P.54. O que voc cr sobre a santa Igreja universal de Cristo? R. Creio que o Filho de Deus,1 desde o comeo at o fim do mundo,2 rene para Si mesmo,3 de entre todo o gnero humano,4 uma igreja eleita para a vida eterna5 a qual protege e preserva na unidade da verdadeira f6 pelo Seu Esprito e pela Sua Palavra.7 E creio que eu sou8 e serei para sempre um membro vivo dela.9 1. Jo 10.11; At 20.28; Ef 4.11-13; Cl 1.18. 2. Is 59.21; 1Co 11.26. 3. Sl 129.1-5; Mt 16.18; Jo 10.28-30. 4.Gn 26.4; Ap 5.9. 5.Rm 8.29; Ef 1.3-14. 6. At 2.42-47; Ef 4.1-6. 7. Rm 1.16; 10.14-17; Ef 5.26. 8. 1Jo 3.14, 1921. 9. Sl 23.6; Jo 10.27, 28; 1Co 1.4-9; 1Pe 1.3-5. P.55. O que voc cr sobre a comunho dos santos? R. Primeiro: creio que todos os crentes, juntos e cada um em particular, como membros de Cristo, tm comunho com Ele e participam de todos os Seus tesouros e dons.1 Segundo: creio que cada um tm o dever de usar os seus dons com disposio e alegria para o benefcio e o bem-estar dos outros membros.2 1. Rm 8.32; 1Co 6.17; 12.4-7, 12, 13; 1Jo 1.3 2. Rm 12.4-8; 1Co 12.20-27; 13.1-7; Fl 2.4-8. P.56. O que voc cr sobre a remisso dos pecados? R. Creio que Deus, por causa da satisfao que Cristo realizou, no se lembrar mais dos meus pecados1 nem da minha natu- reza pecaminosa, contra a qual devo lutar durante toda a mi- nha vida,2 mas me conceder graciosamente a justia de Cristo, para que eu jamais entre em condenao.3 1. Sl 103.3, 4, 10, 12; Mq 7.18, 19; 2Co 5.18-21; 1Jo 1.7; 2.2. 2. Rm 7.21-25. 3. Jo 3.17, 18; 5.24; Rm 8.1, 2. Dia do Senhor 22 P.57. Que consolao lhe traz a ressurreio do corpo? R. Que depois dessa vida, no apenas a minha alma ser levada imediatamente para Cristo, meu Cabea,1 mas que tambm essa minha carne, ressuscitada pelo poder de Cristo, ser reunida minha alma e feita semelhana do corpo glorioso de Cristo.2

1. Lc 16.22; 23.43; Fl 1.21-23. 2. J 19.25, 26; 1Co 15.20, 42-46, 54; Fl 3.21; 1Jo 3.2. P.58. Que consolao lhe traz o artigo sobre a vida eterna? R. J agora sinto em meu corao o princpio do gozo eterno,1 pois depois dessa vida obterei a perfeita bem-aventurana que o olho jamais viu, nem o ouvido ouviu, nem o corao huma- no pode conceber. Uma bem-aventurana para se louvar a Deus eternamente.2 1. Jo 17.3; Rm 14.17; 2Co 5.2, 3. 2. Jo17.24; 1Co 2.9. A Nossa Justificao Dia do Senhor 23 P.59. Que proveito h para voc que agora cr nisso? R. O proveito que em Cristo sou justo diante de Deus e herdeiro da vida eterna.1 1. Hc 2.4; Jo 3.36; Rm 1.17; 5.1, 2. P.60. Como que voc justo diante de Deus? R. Somente pela verdadeira f em Jesus Cristo.1 Embora a minha conscincia me acuse de haver pecado gravamente contra os mandamentos de Deus, sem jamais haver obedecido a todos eles,2 e de ainda ser inclinado a todo o mal,3 Deus, no entanto, sem que houvesse em mim nenhum mrito prprio,4 somente pela Sua graa,5 imputa-me a perfeita satisfao, justia e santidade de Cristo.6 Se tosomente aceitar esse dom crendo fielmente com o corao,7 Ele me concede isso como se eu jamais tivesse tido ou cometido nenhum pecado, e como se eu mesmo tivesse cumpri- do toda a obedincia que Cristo cumpriu por mim.8 1. Rm 3.21-28; Gl 2.16; Ef 2.8, 9; Fl 3.8-11. 2. 3.9, 10. 3. Rm 7.23. 4. Dt 9.6; Ez 36.22; Tt 3.4, 5. 5. Rm 3.24; Ef 2.8. 6. Rm 4.3-5; 2Co 5.17-19; 1Jo 2.1, 2. 7. Jo 3.18; At 16.30, 31; Rm 3.22. 8. Rm 4.24, 25; 2Co 5.21. P.61. Por qu voc diz que justo somente pela f? R. Eu o digo no porque sou agradvel a Deus graas ao valor da minha f, pois somente a satisfao, a justia e santidade de Cristo a minha justia diante de Deus.1 somente pela f que posso receber e fazer dessa justia a minha prpria justia.2 1. 1Co 1.30, 31; 2.2. 2. Rm10.10; 1Jo 5.10-12. Dia do Senhor 24 P.62. Mas, por que as nossas boas obras no podem ser a nossa justia diante de Deus, ou pelo menos parte dessa justia?

R. Porque a justia que pode subsistir diante do juizo de Deus deve ser absolutamente perfeita e totalmente de acordo com a Sua lei,1 enquanto at mesmo as nossas melhores obras nesta vida so todas imperfeitas e contaminadas com o pecado.2 1. Dt 27.26; Gl 3.10. 2. Is 64.6. P.63. Se as nossas boas obras no merecem nada, por que Deus promete recompens-las nesta vida e na futura?1 R. Essa recompensa no por mrito, mas um dom de graa.2 1. Mt 5.12; Hb 11.6. 2. Lc 17.10; 2 Tm 4.7, 8. P.64. Esse ensinamento no torna as pessoas descuidadas e mpias? R. No. impossvel que os que so enxertados em Cristo pela verdadeira f no produzam fruto de gratido.1 1. Mt 7.18; Lc 6.43-45; Jo 15.5. A Palavra e os Sacramentos Dia do Senhor 25 P.65. Visto que somente a f o que nos torna participantes de Cristo e de todos os Seus benefcios, de onde vem essa f? R. Vem do Esprito Santo,1 que a opera em nossos coraes pela pregao do evangelho,2 e a fortalece pelo uso dos sacramentos.3 1. Jo 3.5; 1Co 2.10-14; Ef 2.8; Fl 1.29. 2. Rm 10.17; 1Pe 1.23-25. 3. Mt 28.19, 20; 1Co 10.16. P.66. O que so sacramentos? R. Os sacramentos so sinais e selos santos e visveis. Foram institudos por Deus para que pelo uso deles Ele pudesse, o mais claramente possvel, nos declarar e selar a promessa do evangelho.1 E esta a promessa: que Deus nos concede graciosamente perdo de pecados e vida eterna por causa dos sacrifcios de Cristo ofertado na cruz.2 1. Gn 17.11; Dt 30.6; Rm 4.11. 2. Mt 26.27, 28; At 2.38; Hb 10.10. P.67. Ento, tanto a Palavra quanto os sacramentos tm por objetivo direcionar a nossa f para o sacrifcio de Jesus Cristo na cruz, como a nica base para a nossa salvao? R. Sim, de fato. O Esprito Santo nos ensina no Evangelho e nos garante pelos sacramentos que toda a nossa salvao baseia-se no sacrifcio nico de Cristo por ns na cruz.1 1. Rm 6.3; 1Co 11.26; Gl 3.27. 70

P.68. Quantos sacramentos Cristo instituiu na nova aliana? R. Dois: O santo batismo e a santa ceia.1 1. Mt 28.19, 20; 1Co 11.23-26. O Santo Batismo Dia do Senhor 26 P.69. Como o santo batismo lhe faz saber e lhe assegura que o nico sacrifcio de Cristo na cruz lhe beneficia? R. Do seguinte modo: Cristo instituiu esse lavar exterior1 e deu com ele a promessa de que, to certo quanto a gua remove a sujeira do corpo, assim tambm o Seu sangue e Esprito removem a impureza da minha alma, isto , todos os meus pecados.2 1. Mt 28.19. 2. Mt 3.11; Mc 16.16; Jo 1.33; At 2.38; Rm 6.3, 4; 1Pe 3.21. P.70. Que significa ser lavado com o sangue e o Esprito de Cristo? R. Ser lavado com o sangue de Cristo significa receber de Deus o perdo de pecados, por meio da graa, por causa do sangue de Cristo derramado por ns em Seu sacrifcio na cruz.1 Ser lavado com o Seu Esprito significa ser renovado pelo Esprito Santo e santificado para sermos membros de Cristo, para que morramos mais e mais para o pecado e vivamos uma vida santa e irrepreensvel.2 1. Ez 36.25; Zc 13.1; Ef 1.7; Hb 12.24; 1Pe 1.2; Ap 1.5; 7.14. 2. Jo 3.5-8; Rm 6.4; 1Co 6.11; Cl 2.11, 12. P.71. Onde Cristo prometeu que nos lavaria com o Seu sangue e Esprito to certo quanto somos lavados com a gua do batismo? R. Na instituio do batismo, onde Ele afirma: Ide, portanto, fazei discpulos de todas as naes, batizando- os em nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo (Mt 28.19).Quem crer e for batizado ser salvo; quem, porm, no crer ser condenado (Mc 16.16). Essa promessa se repete onde a Escritura chama o batismo de lavar regenerador e de purificao dos pecados (Tt 3.5; At 22.16). Dia do Senhor 27 P.72. Ento, esse lavar exterior com gua por si mesmo remove os pecados? R. No, somente o sangue de Jesus Cristo e o Esprito Santo nos purificam de todo o pecado.1 1. Mt 3.11; 1Pe 3.21; 1 Jo 1.7. P.73. Ento, por que o Esprito Santo chama o batismo de lavar regenerador e de purificao de pecados?

R. Deus fala assim por uma razo importante. Ele nos quer ensinar que o sangue e o Esprito de Cristo removem os nossos pecados assim como a gua remove a sujeira do corpo.1 Porm, ainda mais importante, Ele nos quer assegurar por meio dessa garantia e sinal divinos que somos to verdadeiramente purificados espiritualmente dos nossos pecados, assim como somos fisicamente lavados com a gua.2 1. 1Co 6.11; Ap 1.5; 7-14. 2. Mt 16.16; At 2.38; Rm 6.3, 4; Gl 3.27. P.74. As crianas pequenas devem ser batizadas? R. Sim. As crianas, assim como os adultos, pertencem aliana e igreja de Deus.1 Atravs do sangue de Cristo lhes so prometidos, da mesma forma que aos adultos, a redeno do pecado e o Esprito Santo, que opera a f.2 Assim as crianas, por meio do batismo como sinal da aliana, devem ser enxertadas na igreja de Cristo e distinguidas dos filhos dos incrdulos.3 Na velha aliana isso era feito pela circunciso,4 que, na nova aliana, foi substituda pela instituio do batismo.5 1. Gn 17.7; Mt 19.14. 2. Sl 22.10; Is 44.1-3; At 2.38, 39; 16.31. 3. At 10.47; 1Co 7.14. 4. Gn 17.9-14. 5. Cl 2.11-13. A Santa Ceia Dia do Senhor 28 P.75. Como a santa ceia lhe faz saber e lhe assegura que voc tem parte no nico sacrifcio de Cristo na cruz e de todos os Seus dons? R. Do seguinte modo: Cristo ordenou a mim e a todos os crentes que em Sua memria comssemos desse po partido e bebssemos desse clice. Juntamente com esse mandamento Ele deu essas promessas:1 Primeira: to certo como vejo com os meus olhos o po do Senhor partido por mim e o Seu clice dado a mim, assim tambm foi o Seu corpo ofertado por mim e o Seu sangue derramado por mim na cruz. Segunda: to certamente quanto recebo das mos do ministro e provo com a minha boca o po e o clice do Senhor como si- nais seguros do corpo e do sangue de Cristo, assim tambm Ele mesmo, com o Seu corpo crucificado e o Seu sangue derramado, alimenta e nutre a minha alma para a vida eterna. 1. Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19, 20; 1Co 11.23-25. P.76. O que significa comer o corpo crucificado de Cristo e beber o Seu sangue derramado? R. Primeiro: aceitar de todo corao todo o sofrimento e morte de Cristo, e assim receber o perdo dos pecados e a vida eterna.1 Segundo: ser unido cada vez mais ao santo corpo de Cristo pelo Esprito Santo que vive tanto nEle quanto em ns.2 Portanto, embora Cristo esteja no cu3 e ns estejamos na terra, somos carne da Sua carne e osso dos Seus ossos4 e vivemos eternamente e somos governados por um nico Esprito, assim como os membros do nosso corpo o so por uma nica alma.5

1. Jo 6.35, 40, 40-54. 2. Jo 6.55, 56; 1Co 12.13. 3. At 1.9-11; 3.21; 1Co 11.26; Cl 3.1. 4. 1Co 6.15, 17; Ef 5.29, 30; 1Jo 4.13. 5. Jo 6.56-58; 15.1-6; Ef 4.15, 16; 1Jo 3.24. P.77. Onde foi que Cristo prometeu que Ele quer alimentar e refrigerar os crentes com o Seu corpo e sangue to certamente quanto eles comem desse po partido e bebem desse clice? R. Na instituio da Ceia do Senhor: O Senhor Jesus, na noite em que foi trado, tomou o po; e, tendo dado graas, o partiu e disse: Isto o meu corpo, que dado por vs; fazei isto em memria de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou tambm o clice, dizendo: Este clice a nova aliana no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memria de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este po e beberdes o clice, anunciais a morte do Senhor, at que ele venha (1Co 11.23-26). Paulo repete essa promessa onde diz: Porventura, o clice da bno que abenoamos no a comunho do sangue de Cristo? O po que partimos no a comunho do corpo de Cristo? Porque ns, embora muitos, somos unicamente um po, um s corpo; porque todos participamos do nico po (1Co 10.16, 17). Dia do Senhor 29 P.78. Ento, o po e o vinho so transformados no corpo e no sangue reais de Cristo? R. No. Do mesmo modo que a gua do batismo no se transforma no sangue de Cristo nem a prpria purificao dos pecados, mas simplesmente um sinal e uma garantia disso da parte de Deus,1 assim tambm o po na Ceia do Senhor no se torna no prprio corpo de Cristo,2 embora seja chamado de corpo de Cristo3 conforme a natureza e o uso dos sacramentos.4 1. Ef 5.26; Tt 3.5. 2. Mt 26.26-29. 3. 1Co 10.16, 17; 11.26-28. 4. Gn 17.10, 11; Ex 12.11, 13; 1Co 10.3, 4; 1Pe 3.21. P.79. Por que, ento, Cristo chama o po de Seu corpo e o clice de Seu sangue, ou de a nova aliana no Seu sangue, e por que Paulo fala da comunho do corpo e do sangue de Cristo? R. Cristo fala dessa maneira por um motivo importante: Ele quer nos ensinar pela Sua ceia que do mesmo modo como o po e o vinho nos sustentam a vida temporal, assim tambm o Seu corpo crucificado e o Seu sangue derramado so o verdadeiro alimento e a verdadeira bebida das nossas almas para a vida eterna.1 E, ainda mais, Ele nos quer assegurar por esse sinal e garantia visveis, primeiramente, que pela operao do Esprito Santo ns participamos do Seu verdadeiro corpo e sangue to certo quanto recebemos com a nossa boca esses santos sinais em memria dEle;2 e em segundo lugar, que todo o Seu sofrimento e obedincia so to certamente nos- sos como se ns mesmos tivssemos sofrido e pago pelos nossos pecados.3 1. Jo 6.51, 55. 2. 1Co 10.16, 17; 11.26. 3. Rm 6.5-11. Dia do Senhor 30 P.80. Qual a diferena entre a Ceia do Senhor e a missa do papa?

R. A Ceia do Senhor nos testifica, primeiramente, que temos o perdo completo de todos os nossos pecados pelo nico sacrifcio de Jesus Cristo, que Ele mesmo realizou na cruz de uma vez por todas;1 em segundo lugar,que pelo Esprito Santo somos enxertados em Cristo,2 o qual est agora no cu em Seu corpo verdadeiro mo direita do Pai,3 e onde Ele quer ser adorado.4 A missa, no entanto, ensina primeiro que nem os vivos nem os mortos tm o perdo de pecados por meio do sofrimento de Cristo se Ele no for ainda sacrificado diariamente em favor deles pelos sacerdotes; e em segundo lugar, que Cristo est presente corporalmente na forma do po e do vinho, e neles deve ser adorado. A missa, portanto, basicamente nada mais que a negao do nico sacrifcio e sofrimento de Jesus Cristo, e uma idolatria maldita. 1. Mt 26.28; Jo 10.30; Hb 7.27; 9.12, 25, 26; 10..10-18. 2. 1Co 6.17; 10.16, 17. 3. Jo 20.17; At 7.55, 56; Hb 1.3; 8.1. 4. Jo 4.21-24; Fp 3.20; Cl 3.1; 1Ts 1.10. P.81. Quem deve vir mesa do Senhor? R. Aqueles que, em verdade, esto descontentes consigo mesmos por causa dos seus pecados e que, mesmo assim, confiam que eles lhes foram perdoados e que o mal que ainda resta neles est coberto pelo sofrimento e morte de Cristo, e que tambm desejam fortalecer a sua f e corrigir as suas vidas, cada vez mais. Mas os hipcritas e os que no se arrependem comem e bebem juzo para si mesmos.1 1. 1Co 10.19-22; 11.26-32. P.82. Esses que por sua confisso e vida demonstram que so incrdulos e mpios devem ser admitidos ceia do Senhor? R. No, porque a aliana de Deus seria profanada e a Sua ira se acenderia contra toda a congregao.1 Por isso, segundo o mandamento de Cristo a Seus apstolos, a igreja de Cristo tem o dever de excluir tais pessoas pelas chaves do reino do cu, at que corrijam as suas vidas. 1. Sl 50.16; Is 1.11-17; 1Co 11.17-34. 76 Dia do Senhor 31 P.83. O que so as chaves do reino do cu? R. A pregao do santo evangelho e a disciplina eclesistica. por esses dois meios que o reino do cu se abre para os que crem, e se fecha para os incrdulos.1 1. Mt 16.19; Jo 20. 21-23. P.84. Como se abre e se fecha o reino do cu pela pregao do evangelho? R. De acordo com o mandamento de Cristo, o reino do cu se abre quando se proclama e se testifica de pblico a todo o crente individual ou coletivamente que Deus perdoou de fato a todos os seus pecados por causa dos mritos de Cristo, sempre que aceitam a promessa do evangelho com f verdadeira. O reino do cu se fecha quando se proclama e se testifica a todo os incrdulos e hipcritas

que, enquanto no se arrependerem, a ira de Deus e a condenao eterna repousam sobre eles. Segundo esse testemunho do evangelho, Deus os julgar tanto nessa quanto na vida porvir.1 1. Mt 16.19; Jo 3.31-36; 20.21-23. P.85. Como se fecha e se abre o reino do cu pela disciplina eclesistica? R. De acordo com o mandamento de Cristo, aqueles que se chamam de cristos mas que se mostram no-cristos na doutrina ou na vida devem ser, em primeiro lugar e de modo fraternal, admoestado mais de uma vez. Se no abandonarem a seus erros nem sua impiedade, de- vem ser denunciados igreja, isto aos presbteros. Se tambm no derem ouvidos s admoestaes deles, sero proibidos de participar dos sacramentos e excludos da congregao crist pelos presbteros e do reino de Cristo pelo prprio Deus.1 Sero novamente recebidos como membros de Cristo e da igreja quando prometerem e demonstrarem arrependimento real.2 1. Mt 18.15-20; 1Co 5.3-5; 11-13; 2Ts 3.14, 15. 2. Lc 15.20-24; 2Co 2.6-11. Parte III A NOSSA GRATIDO Dia do Senhor 32 P.86. Se fomos libertados da nossa misria somente pela graa atravs de Cristo, sem nenhum mrito nosso, por que ento devemos praticar boas obras? R. Por que Cristo, tendo nos remido pelo Seu sangue, tambm nos renova por Seu Esprito Santo Sua imagem para que, com toda a nossa vida, mostremo-nos gratos a Deus por Seus benefcios1 e para que Ele seja louvado por ns.2 Alm disso, para que tenhamos a certeza da nossa f por causa dos seus frutos,3 e que pelo novo viver piedoso possamos ganhar os nossos prximos para Cristo.4 1. Rm 6.13; 12.1, 2; 1Pe 2.5-10. 2. Mt 5.16; 1Co 6.19, 20. 3. Mt 7.17, 18; Gl 5.22-24; 2Pe 1.10, 11. 4. Mt 5.14-16; Rm 14.17-19; 1Pe 2.12; 3.1, 2. P.87. Podem ser salvos aqueles que no abandonam o modo de viver ingrato e impenitente e no se convertem a Deus? R. No, de modo nenhum. A Escritura diz que nenhum impuro, idlatra, adltero, ladro, avarento, bbado, maldizente, assaltante ou semelhante herdar o reino do cu.1 1. 1Co 6.9, 10; Gl 5.19-21; Ef 5.5, 6; Jo 3.14. Dia do Senhor 33 P.88. O que o verdadeiro arrependimento ou converso do homem? R. a morte da velha natureza e a ressurreio da nova natureza.1 1. Rm 6.1-11; 1Co 5.7; 2Co 5.17; Ef 4.22-24; Cl 3.5-10. 78

P.89. O que a morte da velha natureza? R. a profunda e sincera tristeza por termos ofendido a Deus com os nossos pecados, e o abominar e fugir desses pecados cada vez mais.1 1. Sl 51.3, 4, 17; Jl 2.12, 13; Rm 8.12, 13; 2Co 7.10. P.90. O que a ressurreio da nova natureza? R. a alegria sincera em Deus por Cristo,1 e o amor e o deleite de viver segundo a vontade de Deus em todas as boas obras.2 1. Sl 51.8, 12; Is 57.15; Rm 5.1; 14.17. 2. Rm 6.10, 11; Gl 2.20. P.91. Mas, o que so as boas obras? R. Somente as que so feitas pela verdadeira f,1 em conformidade com a lei de Deus2 e para a Sua glria,3 e no aquelas que se baseiam na nossa prpria opinio ou em preceitos de homens.4 1. Jo 15.5; Rm 14.23; Hb 11.6. 2. Lv 18.4; 1Sm 15.22; Ef 11.6. 3. 1Co 10.31. 4. Dt 12.32; Is 29.13; Ez 10.18, 19; Mt 15.7-9. Os Dez Mandamentos Dia do Senhor 34 P.92. O que diz a lei de Deus? R. Ento, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servido. 1. No ters outros deuses diante de mim. 2. No fars para ti imagem de escultura, nem semelhana alguma do que h em cima nos cus, nem embaixo na terra, nem nas guas debaixo da terra. No as adorars, nem lhes dars culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqidade dos pais nos filhos at terceira e quarta gerao daqueles que me aborrecem e fao misericrdia at mil geraes daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. 3. No tomars o nome do SENHOR, teu Deus, em vo, por- que o SENHOR no ter por inocente o que tomar o seu nome em vo. 4. Lembra-te do dia de sbado, para o santificar. Seis dias trabalhars e fars toda a tua obra. Mas o stimo dia o sbado do SENHOR, teu Deus; no fars nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os cus e a terra, o mar e tudo o que neles h e, ao stimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abenoou o dia de sbado e o santificou.

5. Honra teu pai e tua me, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te d. 6. No matars. 7. No adulterars. 8. No furtars. 9. No dirs falso testemunho contra o teu prximo. 10. No cobiars a casa do teu prximo. No cobiars a mulher do teu prximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertena ao teu prximo.1 1. Ex 20.1-17; Dt 5.6-21. P.93. Como esto divididos estes mandamentos? R. Em duas partes. A primeira nos ensina como viver com relao a Deus; a segunda, que deveres temos para com o nosso prximo.1 1. Mt 22.37-40. P.94. Que exige o SENHOR no primeiro mandamento? R. Que, por amor a minha salvao, devo evitar e fugir de toda idolatria,1 feitiaria, superstio2 e invocao a santos ou a outras criaturas.3 E que devo reconhecer corretamente ao nico e verdadeiro Deus,4 confiar somente nEle,5 submeter-me a Ele em toda humil- dade6 e pacincia,7 s dEle esperar todo o bem,8 e que devo O amar,9 temer10 e honrar11 com todo o meu corao. Em resumo: prefervel repudiar a todas as criaturas a fazer qualquer coisa, mnima que seja, contra a Sua vontade.12 1. 1Co 6.9, 10; 10.5-14; 1Jo 5.21. 2. Lv 19.31; Dt 18.9-12. 3. Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8, 9. 4. Jo 17.3. 5. Jr 17.5, 7. 6. 1Pe 5.5, 6. 7. Rm 5.3, 4; 1Co 10.10; Fp 2.14; Cl 1.11; Hb 10.36. 8. Sl 104.27, 28; Is 45.7; Tg 1.17. 9. Dt 6.5; (Mt 22.37). 10. Dt 6.2; Sl 111.10; Pv 1.7; 9.10; Mt 10.28; 1Pe 1.17. 11. Dt 6.13; (Mt 4.10); Dt 10.20. 12. Mt 5.29, 30; 10.37-39; At 5.29. P.95. O que idolatria? R. Idolatria ter ou inventar algo em que colocar a nossa confiana em lugar ou ao lado do nico e verdadeiro Deus que se revelou em Sua Palavra.1 1. 1Cr 16.26; Gl 4.8, 9; Ef 5.5; Fp 3.19. Dia do Senhor 35 P.96. Que exige Deus no segundo mandamento?

R. Que no faamos a imagem de Deus em hiptese alguma,1 nem O adoremos de nenhum outro modo diferente do que nos ordenou em Sua Palavra.2 1. Dt 4.15-19; Is 40.18-25; At 17.29; Rm 1.23. 2. Lv 10.1-7; Dt 12.30; 1Sm 15.22, 23; Mt 15.9; Jo 4.23, 24. P.97. Ento, no podemos fazer nenhum tipo de imagem? R. Deus no pode nem deve ser visivelmente representado de nenhuma maneira. As criaturas podem ser representadas, mas Deus nos probe fazer ou ter imagens delas para ador-las ou para servir a Deus por meio delas.1 1. Ex 34.13, 14, 17; Nm 33.52; 2Rs 18.4, 5; Is 40.25. P.98. Quer dizer que no se pode tolerar as imagens nas igrejas como livros para os leigos? R. No. Pois no devemos querer ser mais sbios do que o prprio Deus. Ele quer que o Seu povo seja ensinado no por meio de dolos mudos1 mas pela pregao viva da Sua Palavra.2 1. Jr 10.8; Hc 2.18-20. Rm 10.14, 15, 17; 2 Tm 3.16, 17; 2Pe 1.19. Dia do Senhor 36 P.99. O que se exige no terceiro mandamento? R. Que no blasfememos nem faamos mau uso o Nome de Deus por maldio,1 perjrio2 ou votos desnecessrios,3 e que no par- ticipemos, por omisso silenciosa, desses terrveis pecados.4 Antes devemos usar o santo nome de Deus somente com temor e reverncia,5 para que possamos confess-lO corretamen- te,6 invoc-lO,7 e O glorificar com todas as nossas palavras e obras.8 1. Lv 24.10-17. 2. Lv 19.12. 3. Mt 5.37; Tg 5.12. 4. Lv 5.1; Pv 29.24. 5. Sl 99.1-5; Is 45.23; Jr 4.2. 6. Mt 10.32, 33; Rm 10.9, 10. 7. Sl 50.14, 15. 1Tm 2.8. 8. Rm 2.24; Cl 3.17; 1Tm 6.1. P.100. Ser que blasfemar o Nome de Deus por juramentos e maldies um pecado to grande que Deus se ira tambm contra aqueles que no impedem nem probem isso o tanto quanto podem? R. Certamente que sim.1 Porque nenhum pecado maior nem provoca mais a ira de Deus do que blasfemar o Seu Nome. por isso que Ele ordenou que esse pecado fosse punido com a morte.2 1. Lv 5.1. 2. Lv 24.16. 82 Dia do Senhor 37 P.101. Mas ser que podemos, de modo piedoso, fazer juramentos e votos em Nome de Deus? R. Sim, quando o governo o exige de seus sditos, ou quando a necessidade o exige para que se guarde e se promova a fidelidade e a verdade, para a glria de Deus e o bem do nosso prximo. Esse tipo de juramento tem por base a Palavra de Deus1 e foi assim utilizado da maneira correta pelos santos do Velho e do Novo Testamentos.2

1. Dt 6.13; 10.20; Jr 4.1, 2; Hb 6.16. 2. Gn 21.24; 31-53; Js 9.15; 1Sm 24.22; 1Rs 1.29, 30; Rm 1.9; 2Co 1.23. P.102. Podemos tambm jurar pelos santos ou por outras criaturas? R. No. Um juramento legtimo uma invocao a Deus, para que Ele, o nico que conhece o corao, sirva como testemunha da verdade e que me castigue se eu jurar falsamente.1 Nenhuma criatura digna de uma tal honra.2 1. Rm 9.1; 2Co 1.23. 2. Mt 5.34-37; 23.16-22; Tg 5.12. Dia do Senhor 38 P.103. O que exige Deus no quarto mandamento? R. Primeiro, que o ministrio do evangelho e as escolas cris- ts sejam mantidas1 e que eu, especialmente no dia de descanso, seja diligente em ir igreja de Deus2 para ouvir Palavra de Deus,3 participar dos sacramentos,4 para invocar publicamente ao Senhor 5 e para praticar a caridade crist para com os necessitados. 6 Segundo, para que em todos os dias da minha vida eu cesse as minhas ms obras, deixe o Senhor operar em mim por Seu Esprito Santo, e assim comear nesta vida o descanso eterno.7 1. Dt 6.4-9; 20-25; 1Co 9.13, 14; 2Tm 2.2; 3.13-17; Tt 1.5. 2. Dt 12.5-12; Sl 40.9, 10; 68.26; At 2.42-47; Hb 10.23-25. 3. Rm 10.14-17; 1Co 14.26-33; 1Tm 4.13. 4. 1Co 11.23, 24. 5. Cl 3.16; 1Tm 2.1. 6. Sl 50.14; 1Co 16.2; 2Co 8; 9. 7. Is 66.23; Hb 4.9-11. Dia do Senhor 39 P.104. O que exige Deus no quinto mandamento? R. Que eu demonstre toda honra, amor e fidelidade a meu pai e minha me, e a todos os meus superiores; que eu me submeta devidamente s suas boas instruo e disciplina1 e que tambm seja paciente com as suas fraquezas e defeitos,2 pois a vontade de Deus nos governar pelas mos deles.3 1. Ex 21.17; Pv 1.8; 4.1; Rm 13.1, 2; Ef 5.21, 22; 6.1-9; Cl 3.18-4.1. 2. Pv 20.20; 23.22; 1Pe 2.18. 3. Mt 22.21, Rm 13.1-8; Ef 6.1-9; Cl 3.18-21. Dia do Senhor 40 P.105. O que exige Deus no sexto mandamento? R. Que eu no devo desonrar, odiar, injuriar nem matar o meu prximo por pensamentos, palavras, ou gestos e muito menos por aes, por mim mesmo ou atravs de outros;1 antes, devo fazer morrer todo desejo de vingana.2 Alm disso, no devo me fazer mal nem me expor levianamente ao perigo.3 Por isso tambm o governo empunha a espada para impedir homicdios.4

1. Gn 9.6; Lv 19.17, 18; Mt 5.21, 22; 26.52. 2. Pv 25.21, 22; Mt 18.35; Rm 12.19; Ef 4.26. 3. Mt 4.7; 26.52; Rm 13.11-14. 4. Gn 9.6; Ex 21.14; Rm 13.4. P.106. Mas, esse mandamento fala somente de matar? R. Ao nos proibir de matar Deus nos ensina que detesta a raiz do homicdio, a saber: a inveja, o dio, a ira e o desejo de vingana1 e que Ele considera tudo isso como homicdio.2 1. Pv 14.30; Rm 1.29; 12.19; Gl 5.19-21; Tg 1.20; 1Jo 2.9-11. 2. 1Jo 3.15. 84 P.107. Ento, basta que no matemos o nosso prximo dessa maneira? R. No. Deus ao condenar a inveja, o dio, a ira e o desejo de vingana nos ordena a amar os nossos inimigos como a ns mesmos,1 a demonstrar pacincia, paz, mansido, misericrdia e amizade para com ele,2 a proteg-lo do mal o tanto que pudermos e a fa- zer o bem at mesmo aos nossos inimigos.3 1. Mt 7.12; 22.39; Rm 12.10. 2. Mt 5.5; Lc 6.36; Rm 12.10, 18; Gl 6.1, 2; Ef 4.2; Cl 3.12; 1Pe 3.8. 3. Ex 23.4, 5; Mt 5.44, 45; Rm 12.20. Dia do Senhor 41 P.108. O que nos ensina o stimo mandamento? R. Que toda a impureza sexual amaldioada por Deus.1 Por isso devemos abomin-la de todo corao2 e viver vidas puras e disciplinadas, tanto dentro quanto fora do santo matrimnio.3 1. Lv 18.30; Ef 5.3-5. 2. Jd 22, 23. 3. 1Co 7.1-9; 1Ts 4.3-8; Hb 13.4. P.109. Neste mandamento, Deus s probe o adultrio e pecados vergonhosos semelhantes? R. Desde que somos, corpo e alma, templos do Esprito Santo, a vontade de Deus que nos conservemos puros e santos. Por isso Ele probe todas as aes impuras, gesticulaes, palavras, pensamentos, desejos,1 e tudo aquilo que possa nos induzir impureza.2 1. Mt 5.27-29; 1Co 6.18-20; Ef 5.3, 4. 2. 1Co 15.33; Ef 5.18. Dia do Senhor 42 P.110. O que probe Deus no oitavo mandamento? R. Deus no apenas probe o roubo e o furto que as autoridades punem1 mas tambm os esquemas e ciladas malignos como falsos pesos e falsas medidas, negcio enganoso, dinheiro falsificado e usura;2 no devemos defraudar o nosso prximo de maneira nenhuma, nem pela fora nem pela aparncia de direito.3 Alm disso Deus probe toda a avareza4 e todo o abuso e desperdcio de Suas ddivas.5 1. Ex 22.1; 1Co 5.9, 10; 6.9, 10. 2. Dt 25.13-16; Sl 15.5; Pv 11.1; 12.22; Ez 45.9-12; Lc 6.35. 3. Mq 6.9-11; Lc 3.14; Tg 5.1-6. 4. Lc 12.15; Ef 5.5. 5. Pv 21.20; 23.20, 21; Lc 16.10-13.

P.111. O que exige Deus de voc nesse mandamento? R. Que eu promova o bem do meu prximo sempre que for lcito e possvel; que eu o trate do mesmo modo que desejaria ser tratado pelos outros e que trabalhe fielmente para ter condies de dar aos necessitados.1 1. Is 58.5-10; Mt 7.12; Gl 6.9, 10; Ef 4.28. Dia do Senhor 43 P.112. O que se exige no nono mandamento? R. Que eu no devo levantar falso testemunho contra ningum, nem distorcer as palavras de ningum, no fazer fofoca nem difamar, no condenar nem me ajuntar com ningum para condenar a outrem precipitadamente e sem o ter ouvido.1 Antes devo repudiar toda mentira e engano, obras prprias do diabo, para no trazer sobre mim a pesada ira de Deus.2 No tribunal ou em qualquer outro lugar eu devo amar verdade,3 diz-la e confess-la com honestidade e fazer tudo o que puder para defender e promover a honra e a reputao do meu prximo.4 1. Sl 15; Pv 19.5, 9; 21.28; Mt 7.1; Lc 6.37; Rm 1.28-32. 2. Lv 19.11, 12; Pv 12.22; 13.5; Jo 8.44; Ap 21.8. 3. 1Co 13.6; Ef 4.25. 4. 1Pe 3.8, 9; 4.8. Dia do Senhor 44 P.113. O que exige de ns o dcimo mandamento? R. Que nem o mais leve pensamento ou desejo contrrio a quais-quer mandamentos de Deus jamais deveriam se levantar em nosso corao. Antes, devemos sempre detestar de todo corao a todo o pecado e, nos deleitar em toda a justia.1 1. Sl 19.7-14; 139.23, 24; Rm 7.7, 8. P.114. Mas os que se converteram a Deus so capazes de guardar esses mandamentos perfeitamente? R. No. Pois at mesmo os mais santos nessa vida s tm um leve comeo dessa obedincia.1 Mesmo assim, eles comeam a viver com sincero fervor e propsito no apenas segundo alguns mandamentos de Deus, mas conforme todos eles.2 1. Ec 7.20; Rm 7.14, 15; 1Co 13.9; 1Jo 1.8 2. Sl 1.1, 2; Rm 7.22-25; Fp 3.12-16. P.115. Se nessa vida ningum consegue obedecer perfeitamente os Dez Mandamentos, por que Deus manda que sejam pregados com tanto rigor? R. Primeiro, para que ao longo das nossas vidas possamos cada vez mais estar conscientes da nossa natureza pecaminosa, e assim buscarmos com mais fervor o perdo dos pecados e a justia de Cristo.1 Segundo, para que, ao orarmos a Deus pela graa do Esprito Santo, jamais deixemos de

batalhar para sermos cada vez mais renovados imagem de Deus, at que aps esta vida alcancemos o alvo da perfeio.2 1. Sl 32.5; Rm 3.19-26; 7.7, 24, 25; 1Jo 1.9. 2. 1Co 9.24; Fp 3.12-14; 1Jo 3.1-3. A Orao Dia do Senhor 4 P.116. Por que a orao necessria aos cristos? R. Porque a orao a parte mais importante da gratido que Deus exige de ns.1 Alm disso, Deus s conceder a Sua graa e o Esprito San- to queles que, constante e sinceramente, Lhe pedem esses dons e O agradecem por eles.2 1. Sl 50.14, 15; 116.12-19; 1Ts 6.16-18. 2. Mt 7.7, 8; Lc 11.9-13. P.117. O que preciso para que nossa orao agrade a Deus e por Ele seja ouvida? R. Primeiro, devemos invocar de corao apenas o nico e ver- dadeiro Deus que se revelou em Sua Palavra por tudo aquilo que Ele nos ordenou orar.1 Segundo, devemos ter plena conscincia da nossa necessida- de e misria, para que possamos nos humilhar diante de Deus.2 Terceiro, devemos descansar no fundamento inabalvel do qual no somos merecedores de que Deus com certeza ouvir s nossas oraes por causa de Cristo, nosso Senhor, conforme Ele nos prometeu na Sua Palavra.3 1. Sl 145.18-20; Jo 4.22-24; Rm 8.26, 27; Tg 1.5; 1Jo 5.14, 15 ; Ap 19.10. 2. 2Cr 7.14; 20.12; Sl 2.11; 34.18; 62.8; Is 66.2; Ap 4. 3. Dn 9.17-19; Mt 7.8; Jo 14.13, 14; 16.23; Rm 10.13; Tg 1.6. P.118. O que foi que Deus ordenou que Lhe pedssemos? R. Tudo aquilo que necessitamos para nossos corpos e almas, conforme orao que o prprio Cristo, nosso Senhor, nos en- sinou.1 1. Mt 6.33; Tg 1.17. P.119. Qual a orao do Senhor? R. Pai nosso, que ests nos cus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faa-se a tua vontade, assim na terra como no cu; o po nosso de cada dia d-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dvidas, assim como ns temos perdoado aos nossos devedores; e no nos deixes cair em tentao; mas livra-nos do mal pois teu o reino, o poder e a glria para sempre. Amm!1

1. Mt 6.9-13; Lc 11.2-4. Dia do Senhor 46 P.120. Por que Cristo ordenou nos dirigir a Deus como o Pai nosso? R. Para despertar em ns, logo no incio da nossa orao, a reverncia filial e confiante em Deus que deve ser bsica nossa orao. Deus, por meio de Cristo, tornou-se o nosso Pai, e se os nos- sos pais no nos negam as coisas terrenas, muito menos nos negar Deus aquilo que Lhe pedirmos pela f.1 1. Mt 7.9-11; Lc 11.11-13. P.121. Por que se acrescentou que ests nos cu? R. Essas palavras nos ensinam a no pensar na majestade de Deus de modo terreno,1 e a esperar do Seu poder infinito tudo aquilo que necessitamos para os nossos corpos e almas.2 1. Jr 23.23, 24; At 17.24, 25. 2. Mt 6.25-34; Rm 8.31, 32. Dia do Senhor 47 P.122. Qual a primeira petio? R. Santificado seja o teu nome. Isto : Que nos concedas, antes de mais nada, que possamos Te conhecer da maneira correta,1 e que Te santifiquemos, glorifiquemos e louvemos em todas as Tuas obras, das quais brilham o Teu poder infinito, sabedoria, bondade, justia, misericrdia e verdade.2 Tambm que nos concedas que dirijamos toda a nossa vida ou pensamentos, palavras e aes de tal maneira que o Teu nome no seja blasfemado por nossa causa, mas que seja sempre honrado e glorificado.3 1. Jr 9.23, 24; 31.33, 34; Mt 16.17; Jo 17.3. 2. Ex 34.5-8; Sl 145; Jr 32.16-20; Lc 1.46-55, 68-75; Rm 11.3336. 3. Sl 115.1; Mt 5.16. Dia do Senhor 48 P.123. Qual a segunda petio? R. Venha o teu reino. Isto : Que nos governes pela Tua Palavra e Esprito de tal modo que nos submetamos a Ti1 cada vez mais. Que protejas e faas crescer a Tua igreja.2 Que destruas as obras do diabo, todo poder que se levante contra Ti e toda conspirao contra a Tua Palavra.3 Que faas todas essas coisas at que venha a plenitude do Teu reino, em que sers tudo em todos.4 1. Sl 119.5, 105; 143.10; Mt 6.33. 2. Sl 51.18; 122.6-9; Mt 16.18; At 2.42-47. 3. Rm 16.20; 1Jo 3.8. 4. Rm 8.22, 23; 1Co 15.28; Ap 22.17, 20. Dia do Senhor 49 P.124. Qual a terceira petio?

R. Faa-se a tua vontade, assim na terra como no cu. Isto : Que ns e todos os homens renunciemos nossa prpria vontade, e sem murmurao obedeamos Tua vontade, a nica que boa.1 Tambm que concedas que todos cumpram os deveres de seus ofcios e vocaes2 to espontnea e fielmente como os anjos no cu.3 1. Mt 7.21; 16.24-26; Lc 22.42; Rm 12.1, 2; Tt 2.11, 12. 2. 1Co 7.17-24; Ef 6.5-9. 3. Sl 103.20, 21. Dia do Senhor 50 P.125. Qual a quarta petio? R. O po nosso de cada dia d-nos hoje. Isto : Que supras todas as nossas necessidades fsicas1 para que re- conheamos que Tu s a nica fonte de todo o bem,2 e que sem a Tua bno nem o nosso cuidado, nem o nosso labor nem mesmo os Teus dons, podem nos fazer bem algum.3 E, portanto, que no depositemos a nossa confiana em nenhuma criatura, mas somente em Ti.4 1. Sl 104.27-30; 145.15, 16; Mt 6.25-34. 2. At 14.17; 17.25; Tg 1.17. 3. Dt 8.3; Sl 37.16; 127.1, 2; 1Co 15.58. 4. Sl 55.22; 62; 146; Jr 17.5-8; Hb 13.5, 6. Dia do Senhor 51 P.126. Qual a quinta petio? R. E perdoa-nos as nossas dvidas, assim como ns temos perdoado aos nossos devedores. Isto : Que, por causa do sangue de Cristo, no nos imputes, pecadores desgraados que somos, nenhuma das nossas transgresses nem o mal que ainda persiste em ns,1 e que tambm encontremos em ns essa evidncia da Tua graa: que estamos plenamente determinados de todo o corao a perdoar nosso prximo.2 1. Sl 51.1-7; 143.2; Rm 8.1; 1Jo 2.1, 2. 2. Mt 6.14, 15; 18.21-35. Dia do Senhor 52 P.127. Qual a sexta petio? R. E no nos deixes cair em tentao; mas livra-nos do mal. Isto : Que somos to fracos em ns mesmos que no podemos per- manecer firmes por um momento sequer.1 Alm disso, os nossos inimigos declarados o diabo,2 o mundo3 e a nossa prpria carne4 no cessam de nos atacar. Queiras, portanto, sustentar-nos e fortalecer-nos pelo poder do Teu Esprito Santo, para que no sejamos derrotados nessa batalha espiritual,5 mas que sempre resistamos a nossos inimi- gos, at que alcancemos finalmente a vitria total.6 1. Sl 103.14-16; Jo 15.1-5. 2. 2Co 11.14; Ef 6.10-13; 1Pe 5.8. 3. Jo 15.18-21. 4. Rm 7.13; Gl 5.17. 5. Mt 10.19, 20; 26.41; Mc 13.33; Rm 5.3-5. 6. 1Co 10.13; 1Ts 3.13; 5.23. P.128. Com que voc conclui a sua orao?

R. Pois teu o reino, o poder e a glria para sempre. Isto : Tudo isso Te pedimos porque, como nosso Rei com poder sobre todas as coisas, tanto queres quanto podes nos dar tudo o que bom,1 e por essa causa no ns, mas o Teu santo Nome digno de receber toda a glria para sempre.2 1. Rm 10.11-13; 2Pe 2.9. 2. Sl 115.1; Jr 33.8, 9; Jo 14.13. P.129. O que significa a palavra Amm? R. Amm significa: verdadeiro e certo. Pois mais certo e verdadeiro que Deus ouviu a minha orao, do que o sentimento que tenho em meu corao de desejar isso dEle.1 1. Is 65.24; 2Co 1.20; 2Tm 2.13.

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