Fenilcetonuria
Fenilcetonuria
Fenilcetonuria
Projecto tutorial
Fenilcetonúria
Resumo pág. 3
Introdução pág. 4
Classificação pág. 10
Tratamento pág. 11
Bibliografia pág. 14
Página | 2
Resumo
Página | 3
Introdução
Os doentes com PKU não tratada apresentam um quadro clínico com uma
grande variabilidade de sintomas predominando, no entanto, o atraso mental, as
alterações neurológicas, o autismo,
autismo é possível observar deficiência na pigmentação
(pele e cabelos claros), por causa da inibição de uma das enzimas responsáveis pela
conversão da tirosina em melanina (o pigmento natural produzido pelo nosso corpo).
Também podem aparecer eczemas. O comportamento ento psicótico, juntamente com
uma hiperactividade acentuada, automutilação e impulsividade, é comum nestes
doentes, podendo a microcefalia ser observada em alguns deles.
Um pouco de história
Página | 4
posteriormente, identificou a fenilalanina como marcador bioquímico da mesma e
precursor do ácido fenilpirúvico. Contudo, somente em 1937 é que a designação de
PKU foi proposta por Penrose e Quastel, nome que tem prevalecido como mais co comum
até aos nossos dias. Posteriormente, em 1953, Jervis demonstrou que o defeito residia
na deficiente actividade da enzima hepática PAH. No mesmo ano, Bickel descreveu a
primeira possibilidade de terapia mediante a restrição da fenilanina da dieta, que
constitui,
onstitui, até aos dias de hoje, a base do tratamento destes doentes. A fase seguinte
desta história foi o desenvolvimento, em 1961, de um método simples de rastreio do
teor plasmático de fenilalanina, o teste de inibição bacteriana de Guthrie,
Guthri , que permitiu
prevenir o atraso mental dos doentes PKU ao aplicar a restrição dietética daquele
aminoácido desde o período neonatal.
A implantação do rastreio neonatal a nível internacional permitiu descobrir que
nem todas as hiperfenilalaninemias eram causadas por defeitos
defeitos de actividade da PAH,
e que algumas eram devidas a defeitos quer da síntese quer da
regeneração do cofactor BH4..
Em 1983, Woo localizou o gene da PAH no cromossoma
12 e a sua clonagem conduziu à identificação das primeirasprimeir
mutações,, cujo número se tem multiplicado desde então até
valores superiores a 500 conhecidas actualmente. Finalmente,
nos anos 90 iniciaram-se se os primeiros ensaios de expressão in
vitro de numerosos alelos PAH mutados, cristalizaram
cristalizaram-se vários
domínios da enzima humana umana e realizaram-se
realizaram os primeiros
estudos sobre terapia genica.
Causas genéticas
Os seres humanos são formados por 30 mil pares de genes. Cada par de genes
é responsável por determinar como será nosso organismo. Alguns pares de genes
estão relacionados com a nossa aparência (como por exemplo a cor dos olhos) e
outros são responsáveis por determinar como será o funcionamento do nosso
organismo (como por exemplo o funcionamento da enzima que “quebra” o
aminoácido fenilalanina).
Página | 5
1º Exemplo: um dos pais é fenilcetonúrico (tem os dois genes alterados) e o
outro é portador (não tem a doença, transporta um gene alterado): a cada gestação o
bebé terá 50% de hipóteses de nascer fenilcetonúrico e 50% de hipóteses de nascer
portador (sem fenilcetonúria, mas transportando um gene alterado).
Página | 6
3º Exemplo: pai e mãe são fenilcetonúricos (têm os dois genes alterados):
todos os filhos nascerão fenilcetonúricos.
Página | 7
Metabolismo da fenilalanina
A fenilalanina é um
aminoácido essencial que
é hidroxilado em tirosina
por acção da PAH
(ilustração 1). A enzima
PAH é um tetrâmero
composto por quatro
subunidades iguais e é
regulada através da
fosforilação oxidativa
destas subunidades, sendo
activada pela fenilalanina
e inibida pela BH4.
Uma diminuição da
conversão enzimática da Ilustração 1 – Sistema de hidroxilação
xilação hepática da fenilalanina
fenilalanina em tirosina
pode ser causada quer por mutações no gene PAH, quer por defeitos na síntese ou
reciclagem das biopterinas, uma vez que a reacção necessita simultaneamente da
enzima PAH e do cofactorBH4.
A via alternativa de metabolização da fenilalanina, que em condições normais é
pouco importante, é activada quando a via principal está parcialmente bloqueada. Esta
via secundária consiste na transaminação da fenilalanina a fenilpiruvato;
seguidamente, a descarboxilação deste metabólito lito origina fenilacetato, enquanto a
sua redução leva à produção do fenil-lactato.
fenil O fenilacetato poderá, posteriormente,
ser conjugado com a glutamina e produzir fenilacetilglutamina. O nome fen fenilcetonúria
deriva do nome do metabolito excretado em quantidades nesta doença,
nomeadamente o fenilpiruvato, uma fenilcetona que confere o odor característico
(“cheiro a urina de rato”) à urina destes doentes.
Indivíduo normal Enzima
fenilalanina
hidroxilase
Indivíduo afectado
Enzima não
está presente
Ácido
Proteína Aminoácidos Fenilalanina
fenilpurúvico
Página | 8
Metabolismo da Tetrahidrobiopterina (BH4)
Gene PAH
A PKU/HPA é causada por mutações no gene PAH. O Gene PAH codifica para a
fenilalanina hidroxilase e está localizado no cromossoma 12. A sua sequência genómica
estende-se por mais de 90 kb e contém 13 exões que codificam um RNA mensageiro
de 2,4 kb.
A PKU/HPA é uma doença muito heterogénea a nível molecular com mais de
500 mutações diferentes descritas.
O espectro mutacional varia consoante as populações e etnias. Em geral, cada
mutação apresenta individualmente uma frequência muito baixa, inclusive as
prevalentes, de modo que há poucas mutações recorrentes e grande número de
mutações raras na mesma população. A maioria das mutações descritas no gene PAH
corresponde a substituições nucleotídicas do tipo missense e localiza-se no exão 7, as
delecções e inserções representam 12% relativamente aos outros tipos de mutações,
assim como também as grandes delecções, que normalmente são recorrentes em
determinadas populações.
Página | 9
Há também a possibilidade de cerca de 25% das crianças com esta doença
apresentarem convulsões e cerca de 20 a 40% apresentarem eczema da pele. Estes
sintomas podem surgir quando a criança não é tratada precocemente e são em
resumo: atraso mental e de desenvolvimento, convulsões, microcefalia, alteração da
cor da pele, olhos e cabelo e eczema da pele.
Classificação
Origem da fenilalanina
Página | 10
Tratamento
Página | 11
alimentos industrializados, pães, biscoitos e alimentos que contenham
aspartame.
Em Portugal, assim como em muitos outros países, o teste do pezinho foi expandido e
é agora apoiado por métodos quantitativos:
Método fluorimétrico (Labsystems)
Método enzimático mais específico (Quantase).
Desde 2005 o rastreio desta doença faz-se por espectrometria de massa em
tandem (MS/MS), simultaneamente com o de outras doenças hereditárias do
metabolismo.
Página | 12
Para o diagnóstico e o acompanhamento de aminoacidopatias houve também
melhoras significativas com uso dessa nova metodologia. Em relação a triagem para
PKU, a taxa de falsos positivos com uso da espectrometria de massas em tandem é
cerca de 100 vezes menor, quando comparada com o método fluorimétrico.
Página | 13
Bibliografia
http://www.eselx.ipl.pt/saudeseguranca/doenca/fenilcetonuria.htm
http://www.techs.com.br/apae/fenilcetonuria.htm
http://www.policlin.com.br/drpoli/109/
www.apifarma.pt/uploads/15-APOFEN.pdf
http://www.nutrimais.com/nutri/patol/fenil.asp
http://www.uff.br/disicamep/fenil.htm
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/informacoessobrefenilcetonuria.html
http://www.ufv.br/dbg/trab2002/DHG/DHG009.htm
www.ufpa.br/eim/documentos/fenilcetonuria.pdf
Página | 14