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Ucrnia
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ucrania (Redirecionado de Ucrania) Coordenadas: 44-52 N, 22-40 O (Ukrayina) Ucrnia Bandeira Braso de armas Lema: "Volia, Zlahoda, Dobro" (ucraniano: Liberdade, Concordncia, Bondade) Hino nacional: !"#$ % &, % '( (Shche ne vmerla Ukrayiny ni slava, ni volya) )* +l,ria da -crnia ainda no .ereceu, nem a sua liberdade) MENU 0:00 /en01lico: -craniano(a) Locali2a3o da -crnia (em 4ermel5o) Locali2a3o na 6uro.a (em branco) Capital 7ie4 889:;<= ;;98><? Cidade mais populosa 7ie4 Lngua oficial ucraniano Goerno @e.Ablica semi.residencialis0a B Cresiden0e DiE0or FanuEo4G0c5 B CrimeiroBminis0ro HGEola *2aro4 B Cresiden0e do Carlamen0o DolodGmGr LG04Gn !ndepend"ncia da -nio Io4iJ0ica B Keclarada ;8 de *+os0o de LMML B @econ5ecida ;: de Ke2embro de LMML #rea B No0al O>P O;Q EmR (8PST) B U+ua (V) W $ronteira @Assia BielorrAssia Col,nia 6slo4XYuia Hun+ria HoldX4ia @omJnia %opula&'o B 6s0ima0i4a de ;>L> 8: MPM Q;> 5abS (;WST) B Censo ;>>L 8Q 8:W L>; 5abS B Kensidade WO 5abSZEmR (LL:ST) %!( (base CCC) 6s0ima0i4a de ;>>W B No0al -I[ PO8,P bil5\es-IK (;QST) B Cer ca.i0a -I[ WSQP; -IK (Q8ST) !)* (;>L;) >,W8> (WQST) ] ele4ado L
Gini (;>>O) PL +oeda /r14nia (UAH) $uso ,or-rio 66N (-NC^;) B Dero (KIN) 66IN (-NC^P) C.d/ !nternet Sua C.d/ telef/ +380 A Ucrnia (em ucraniano Ykpaua, transl. Ukrayina) um pas da Europa Oriental. Faz fronteira a norte com aBielorrssia, a norte e a leste com a Rssia, a sul com o Mar de Azov e o Mar Negro, e a oeste com a Romnia, aMoldvia, a Hungria, a Eslovquia e a Polnia. Sua capital Kiev, maior cidade do pas em populao. O atual territrio da Ucrnia foi, pelo menos desde o sculo X, o centro da civilizao eslava oriental que veio a formar a Rus Kievana, antecessor da Ucrnia e posteriormente da Bielorrssia e da Rssia. Ao longo dos sculos seguintes, a regio foi partilhada entre as potncias regionais. Aps um perodo de independncia (1917-1921) em seguida Revoluo Russa, a Ucrnia tornou-se em 1922 uma das Repblicas Soviticas fundadoras da URSS. O territrio daRepblica Socialista Sovitica da Ucrnia foi ampliado na direo oeste aps a Segunda Guerra Mundial e, novamente, em 1954, com a transferncia da Crimeia. A Ucrnia ganhou sua independncia aps o colapso da Unio Sovitica em 1991, tornando-se um Estado soberano. ndice [esconder] 1 Histria o 1.1 dade de ouro em Kiev (800 - 1100) o 1.2 A Comunidade Polaco-Lituana (1300 - 1600) o 1.3 Os cossacos (1600 - 1800) o 1.4 A partilha e o advento dos soviticos o 1.5 A Segunda Guerra Mundial o 1.6 Reunificao e independncia 2 Geografia 3 Demografia o 3.1 Religio 4 Poltica 5 Subdivises 6 Economia 7 nfraestrutura 8 Cultura o 8.1 Artesanato o 8.2 Gastronomia o 8.3 Esportes 9 Referncias 10 Ver tambm 11 Ligaes externas Histria[editar | editar cdigo-fonte] Ver artigo principal: Histria da Ucrnia Idade de ouro em Kiev (800 - 1100)[editar | editar cdigo-fonte] Durante os sculos X e X, o territrio da Ucrnia tornou-se o centro de um Estado poderoso e prestigioso na Europa, a Rus Kievana, o que estabeleceu a base das identidades nacionais ucraniana e das demais naes eslavas orientais nos sculos subsequentes. A capital do principado era Kiev, conquistada aos cazares por Askold e Dir por volta de 860. Conforme as Crnicas Nestorianas, a elite do principado era formada, de incio, por varegues provenientes daEscandinvia que foram mais tarde assimilados populao local de modo a formar a dinastia Rurik. Mapa da Rus Kievana no sculo X. Durante a idade de ouro de Kiev, as terras do principado alcanavam grande parte das atuais Ucrnia, Bielorrssia e Rssia europeia. O Principado de Kiev era formado por diversos domnios governados por prncipes rurkidas aparentados. Kiev, o mais influente de todos os domnios, era cobiada pelos diversos membros da dinastia, o que levava a enfrentamentos frequentemente sangrentos. A Era Dourada do principado coincide com os reinados de Vladimir, o Grande (Volodymyr, 980-1015), que aproximou o seu Estado do cristianismo bizantino, e seu filho aroslav, o Sbio (1019-1054), que viu o principado atingir o znite cultural e militar. O processo de fragmentao que se seguiu foi interrompido, em alguma medida, pelos reinados de Vladimir Monomakh (1113-1125) e de seu filhoMstislav (1125- 1132), mas o territrio terminou por desintegrar-se em entidades separadas aps a morte daquele ltimo prncipe. A invaso mongol do sculo X conferiu ao principado o golpe de misericrdia, do qual nunca se recuperaria. A omunidade !o"aco-#i$uana (1%00 - 1&00)[editar | editar cdigo-fonte] Na regio correspondente ao atual territrio da Ucrnia, sucedeu ao Principado de Kiev os Principados de Aliche e de Volnia, posteriormente fundidos no Estado de Aliche-Volnia, liderado por Daniel Romanovitch. Em meados do sculo XV, o Estado foi conquistado por Casimiro V da Polnia, enquanto que o cerne do antigo Principado de Kiev - inclusive a cidade de Kiev - passou ao controle do Gro-Ducado da Litunia. O casamento do Gro-Duque Jagelo da Litunia com a Rainha Edviges da Polnia ps sob controle dos soberanos lituanos a maior parte do territrio ucraniano. Por fora da Unio de Lublin, de 1569, que criou a Comunidade Polaco-Lituana, uma poro considervel do territrio ucraniano passou do controle lituano para o polons, transferido para a coroa da Polnia. Sob presso de um processo de "polonizao", a maior parte da elite rutena (isto , eslava ou eslavizada, mesmo que de origem lituana) converteu-se ao catolicismo. O povo, porm, manteve-se fiel greja Ortodoxa, o que levou ao surgimento de tenses sociais demonstradas, por exemplo, pela Unio de Brest, de 1596, pela qual Sigismundo Vasa tentou criar uma greja Catlica Grega Ucraniana vinculada greja Catlica Romana. Os plebeus ucranianos, vendo-se sem a proteo da nobreza rutena - cada vez mais convertida ao catolicismo romano - voltou-se para os cossacos(fervorosamente ortodoxos) em busca de segurana. O' co''aco' (1&00 - 1800)[editar | editar cdigo-fonte] Mapa da Repblica das Duas Naes com as principais subdivises maiores depois daPaz de Deulino em 1618. Reino da Polnia Ducado da Prssia Gro-Ducado da Litunia Ducado da Curlndia e Semiglia Ducado de Livnia Livnia sueca e neerlandesa Em meados do sculo XV, um quase-Estado cossaco, o Zaporozhian Sich, foi criado pelos cossacos do Dniepre e pelos camponeses rutenos que fugiam da servido polonesa. A Polnia no tinha o controle efetivo daquela rea, hoje no centro da Ucrnia, que se tornou ento um Estado autnomo militarizado, ocasionalmente aliado Comunidade. Entretanto, a servido do campesinato pela nobreza polonesa, a nfase da economia agrria da Comunidade na explorao da mo-de- obra servil e, talvez a razo mais importante, a supresso da f ortodoxa terminaram por afastar os cossacos e a Polnia. Assim, os cossacos voltaram-se para a greja Ortodoxa Russa, o que levaria finalmente queda da Comunidade Polaco-Lituana. A grande rebelio cossaca de 1648 contra a Comunidade e o rei polons Joo Casimiro levou partilha da Ucrnia entre a Polnia e a Rssia, aps o tratado de Pereyaslav e a guerra entre Rssia e Polnia. Com as partilhas da Polnia no final dosculo XV entre a Prssia, a ustria e a Rssia, o territrio correspondente atual Ucrnia foi dividido entre os mpriosAustraco e Russo, aquele anexando a Ucrnia Ocidental (com o nome de provncia da Galcia), este incorporando o restante do territrio ucraniano. Em que pese o fato de que as promessas de autonomia da Ucrnia conferidas pelo tratado de Pereyaslav nunca se materializaram, os ucranianos tiveram um papel importante no seio do mprio Russo, participando das guerras contra as monarquias europeias orientais e o mprio Otomano e ascendendo por vezes aos mais altos postos da administrao imperial e eclesistica russa. Posteriormente, o regime tzarista passou a executar uma dura poltica de "russificao", proibindo o uso da lngua ucraniana nas publicaes e em pblico. A (ar$i")a e o adven$o do' 'ovi*$ico'[editar | editar cdigo-fonte] Soldados do Exrcito nsurgente da Ucrnia em 1917. O colapso dos mprios Russo e Austraco aps a Primeira Guerra Mundial, bem como a Revoluo Russa de 1917, permitiram o ressurgimento do movimento nacional ucraniano em prol da auto- determinao. Entre 1917 e 1920, diversos Estados ucranianos se declararam independentes: o Rada Central, o Hetmanato, o Diretrio, a Repblica Popular Ucraniana e a Repblica Popular Ucraniana Ocidental. Contudo, a derrota daquela ltima na Guerra Polaco-Ucraniana e o fracasso polons na Ofensiva de Kiev (1920) da Guerra Polaco-Soviticafizeram com que a Paz de Riga, celebrada entre a Polnia e os bolcheviques em maro de 1921, voltasse a dividir a Ucrnia. A poro ocidental foi incorporada nova Segunda Repblica Polonesa e a parte maior, no centro e no leste, transformou-se na Repblica Socialista Sovitica Ucraniana em maro de 1919, posteriormente unida Unio das Repblicas Socialistas Soviticas, quando esta foi criada, em dezembro de 1922. O ideal nacional ucraniano sobreviveu durante os primeiros anos sob os soviticos. A cultura e a lngua ucranianas conheceram um florescimento quando da adoo da poltica sovitica de nacionalidades. Seus ganhos foram postos a perder com as mudanas polticas dos anos 1930. A industrializao sovitica teve incio da Ucrnia a partir do final dos anos 1920, o que levou a produo industrial do pas a quadruplicar nos anos 1930. O processo imps um custo elevado ao campesinato, demograficamente a espinha dorsal da nao ucraniana. Para atender a necessidade de maiores suprimentos de alimentos e para financiar a industrializao, Stlin estabeleceu um programa de coletivizao da agricultura pelo qual o Estado combinava as terras e rebanhos dos camponeses em fazendas coletivas. O processo era garantido pela atuao dos militares e da polcia secreta: os que resistiam eram presos e deportados. Os camponeses viam-se obrigados a lidar com os efeitos devastadores da coletivizao sobre a produtividade agrcola e as exigncias de quotas de produo ampliadas. Tendo em vista que os integrantes das fazendas coletivas no estavam autorizados a receber gros at completaram as suas impossveis quotas de produo, a fome tornou-se generalizada. Este processo histrico, conhecido como Holodomor (ou Genocdio Ucraniano), levou milhes de pessoas a morrer de fome. Na mesma poca, os soviticos acusaram a elite poltica e cultural ucraniana de "desvios nacionalistas", quando as polticas de nacionalidades foram revertidas no incio dos anos 1930. Duas ondas de expurgos (1929-1934 e 1936-1938) resultaram na eliminao de quatro-quintos da elite cultural da Ucrnia. A +e,unda -uerra .undia"[editar | editar cdigo-fonte] Soldados soviticos preparando balsas para atravessar o rio Dnieperdurante a Segunda Guerra Mundial, em1943. Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns membros do subterrneo nacionalista ucraniano lutaram contra nazistas e soviticos, indistintamente, enquanto que outros colaboravam com ambos os lados. Em 1941, os invasores alemes e seus aliados do Eixoavanaram contra o Exrcito Vermelho. No cerco de Kiev, a cidade foi designada pelos soviticos como "Cidade Herica" pela feroz resistncia do Exrcito Vermelho e da populao local. Mais de 660 000 soldados soviticos foram capturados ali. De incio, os alemes foram recebidos como libertadores por muitos ucranianos na Ucrnia Ocidental. Entretanto, o controle alemo sobre os territrios ocupados no se preocupou em explorar o descontentamento ucraniano com as polticas soviticas; ao revs, manteve as fazendas coletivas, executaram uma poltica de genocdio contra judeus e de deportao para trabalhar naAlemanha. Dessa forma, a maioria da populao nos territrios ocupados passou a opor-se aos nazistas. As perdas totais civis durante a guerra e a ocupao alem na Ucrnia so estimadas em entre cinco e oito milhes de pessoas, inclusive mais de meio milho de judeus. Dos onze milhes de soldados soviticos mortos em batalha, cerca de um-quarto eram ucranianos tnicos. /euni0ica12o e inde(end3ncia[editar | editar cdigo-fonte] Presidente ucraniano Leonid Kravtchuke Boris ltsin assinando o Pacto de Belaveja, que tornava a Ucrnia independente. Com o trmino da Segunda Guerra Mundial, as fronteiras da Ucrnia sovitica foram ampliadas na direo oeste, unindo a maior parte dos ucranianos sob uma nica entidade poltica. A maioria da populao no-ucraniana dos territrios anexados foi deportada. Aps a guerra, a Ucrnia tornou-se membro das Naes Unidas. O colapso da Unio Sovitica em 1991 permitiu a convocao de um referendo que resultou na proclamao da independncia da Ucrnia. Em 2004, a chamada Revoluo Laranja encerra a era Leonid Kuchma, levando ao poder Viktor Yushchenko. Dois anos depois,Viktor Yanukovych ascende ao cargo de primeiro-ministro. Geografia[editar | editar cdigo-fonte] Ver artigo principal: Geografia da Ucrnia Mapa topogrfico da Ucrnia. Com uma rea de 603 700 km, a Ucrnia o 44 pas do mundo em territrio, um pouco maior que o estado brasileiro de Minas Gerais ou que a soma das reas da Espanha e de Portugal. o segundo maior pas da Europa, atrs da Rssia Europeia e frente da Frana metropolitana. A paisagem ucraniana formada principalmente por plancies frteis ou estepes, e planaltos, atravessados por rios como oDniepre, Donets, Dnister e o rio Bug meridional, que correm na direo sul e escoam no Mar Negro e no pequeno Mar de Azov. A sudoeste, o delta do Danbio serve de fronteira com a Romnia. S se encontram montanhas a oeste, a cordilheira dos Crpatos, cujo ponto culminante o Hora Hoverla (2 061 m), e no sudeste da pennsula da Crimeia, as cordilheiras. O clima da Ucrnia , em sua maior parte, temperado continental, embora se possa encontrar um clima mediterrneo na costameridional da Crimeia. A precipitao maior no oeste e no norte e menor no leste e no sudeste. Os invernos so particularmente frios no interior; nos veres so particularmente quentes no sul. As principais cidades do pas (por populao) so Kiev, Carcvia, Dnipropetrovsk, Odessa, Donetsk, Zaporjia e Lviv. Demografia[editar | editar cdigo-fonte] Kiev, capital e maior cidade do pas. Conforme o censo ucraniano de 2001, os ucranianos tnicos somam 77,8% da populao. As minorias incluem grupos tnicossignificativos de russos (17,3%), romenos (0,8%), bielorrussos (0,6%), trtaros da Crimeia (0,5%), blgaros (0,4%), hngaros(0,3%), poloneses (0,3%), judeus (0,2%), armnios (0,2% ), gregos (0,2%) e trtaros (0,2%). As regies industriais a leste e sudeste so as mais densamente habitadas. Cerca de 67,2% da populao vivem em rea urbana. O russo amplamente falado, em especial no leste e no sul do pas. Segundo o censo, 67,5% da populao declararam falar o ucraniano como lngua materna, contra 29,6% que falam o russo como primeira lngua. Algumas pessoas usam uma mistura dos dois idiomas, enquanto que outras, embora declarem ter o ucraniano como lngua materna, usam o russo correntemente. O ucraniano literrio mais usado na Ucrnia ocidental e central, enquanto que o russo predomina nas cidades da Ucrnia oriental e meridional. O governo promove uma poltica de "ucranizao", com o emprego do ucraniano em escolas, reparties pblicas e parte da mdia, normalmente s expensas do russo; no cotidiano, porm, as pessoas so livres para falar qualquer idioma. Na prtica, a maioria da populao bilngue ou trilngue, como no caso dos Trtaros da Crimia, que vivem na regio meridional da Ucrnia, empregando o trtaro, o ucraniano e tambm podendo empregar o russo. A significativa minoria romena e moldvia localiza-se principalmente no Oblast de Chernivtsi. Devido aos baixos salrios e ao desemprego, houve considervel grau de emigrao a partir do final dos anos 1990. Embora as estimativas variem, cerca de dois a trs milhes de ucranianos residem e trabalham no exterior, em sua maior parte ilegalmente. Segundo estimativas 2 da Embaixada da Ucrnia em Braslia, h cerca de 500 000 ucranianos e seus descendentes no Brasil, concentrados principalmente no estado doParan (90%), provenientes de duas levas de emigrao, a primeira no final do sculo XX, para trabalhar na agricultura, e a segunda no incio do sculo XX, como mo-de-obra na construo ferroviria. Em Portugal, o Servio de Estrangeiros e Fronteiras divulgou em 2001 que h 40 000 ucranianos no pas. Mas este nmero pode ser superior, j que existem imigrantes ilegais. A imigrao ucraniana tem sido importante para aumentar a populao jovem de Portugal e preencher postos de trabalho que a maioria dos portugueses prefere no ocupar. A maioria dos ucranianos - muitos com educao superior - trabalha em obras pblicas e em servios de limpeza. Portugal j reconhece diplomas ucranianos [carece de fontes] . 4er _ edi0ar Cidades mais populosas da Ucrnia 500.:ZZ```S+eonamesSor+Z-*Zlar+es0Bci0iesBinBuEraineS50ml 7ie4 %osi&' o Localidade %op/ ?dessa L 0ie P O:P :LQ ; 0,ar1i L WL> OWO P 2dessa L ;;: W>: 8 )nipropetros1 L ;>L OL; : )onets1 L LWW ;:W O 3apori4,ia QQO MLQ 75arEi4 Kni.ro.e0ro4sE W Li Q:Q P:L Q 0r55i 6i, WM> >OQ M +51olai ::M O:M L> +ariupol :;8 P8W /e"i,i2o[editar | editar cdigo-fonte] A Catedral de Santa Sofia de Kiev, umPatrimnio Mundial pela UNESCO. A religio predominante na Ucrnia o cristianismo ortodoxo oriental, atualmente dividido em trs denominaes: greja Ortodoxa Ucraniana , vinculada ao Patriarcado de Moscovo, a maior existente com 7.540 parquias segundo estatsticas do governo (mas no se tem a certeza se a mais numerosa); greja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Kiev , a segunda maior do pas (em termos do nmero de circunscries eclesisticas) com 21 dioceses, 14 mosteiros e 1.977 parquias; greja Ortodoxa Autocfala Ucraniana . Em segundo lugar, bem mais atrs, vem a igreja greco-catlica ucraniana de rito oriental, que mantm uma tradio espiritual e litrgica semelhante da ortodoxia oriental, mas est em comunho com a greja Catlica Apostlica Romana e reconhece a primazia do Papa. H grupos menores de catlicos romanos, protestantes, judeus e muulmanos. Segundo os resultados do censode 2001, a populao dividia-se da seguinte maneira: 3 83.7% de cristos: 54.3% de ortodoxos; 16.9% de independentes; 11,1% de catlicos romanos (8,0% de greco-catlicos ucranianos e 3,1% de catlicos latinos); 2.7% de protestantes; 0.7% de outros; 10.9% de no-religiosos; 4.0% de ateus; 1.7% de muulmanos; 0.4% de judeus. Mas, um outro censo indica que a populao est dividida da seguinte maneira: 4 50.4% de ortodoxos pertencentes greja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Kiev; 26,1% de ortodoxos pertencentes greja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscovo; 7,2% de ortodoxos pertencentes greja Ortodoxa Autocfala Ucraniana; 10,2% de catlicos romanos (8,0% de greco-catlicos ucranianos e 2,2% de catlicos latinos); 2.2% de protestantes; 0,6% de judeus; 3.2% de outros (incluindo os ateus). Poltica[editar | editar cdigo-fonte] Verkhovna Rada, o parlamento da Ucrnia. A Ucrnia uma repblica com um sistema de governo semi-presidencial e poderes legislativo, executivo e judicirio separados. Opresidente da repblica eleito pelo voto direto e detm as funes de chefe de Estado. O primeiro-ministro designado e demitido pelo parlamento, chamado Verkhovna Rada, com 450 assentos. O parlamento tambm designa o gabinete. O presidente indica os chefes dos governos regionais e distritais, com a anuncia do primeiro-ministro. As leis, decises do parlamento e do gabinete, decretos presidenciais e decises do parlamento da Repblica Autnoma da Crimeia podem ser anuladas pelo Tribunal Constitucional da Ucrnia em caso de violao da constituio do pas. Outros atos normativos esto sujeitos a apreciao judicial. O Supremo Tribunal da Ucrnia o principal rgo judicial da Justia comum. O auto-governo local oficialmente garantido; as cmaras de vereadores e os prefeitos municipais so eleitos pelo voto direto e controlam o oramento local. H um grande nmero de partidos polticos organizados na Ucrnia, muitos dos quais possuem pequeno nmero de membros e so desconhecidos do pblico. As agremiaes pequenas usualmente se unem em coalizes para participar das eleies parlamentares. Subdivises[editar | editar cdigo-fonte] Mapa poltico da Ucrnia. Ver artigo principal: Subdiis!es da Ucrnia A Ucrnia subdividida em 24 provncias (oblasts) e em uma repblica autnoma (a Crimeia, com estatuto semelhante ao das regies autnomas portuguesas dos Aores e da Madeira). Adicionalmente, duas cidades tm um estatuto especial. Carcvia Chrson Repblica autnoma da Crimeia Dnipropetrovsk Donetsk vano-Frankivsk Jitomir Khmelnytskyi Cidade de Kiev Oblast de Kiev Kirovogrado Luhansk Lviv Mykolaiv Odessa Poltava Rivne Cidade de Sebastopol Sumy Ternopil Tcherkssi Tchernihiv Tchernivtsi Transcarptia Vinnycja Volnia Zaporjia Economia[editar | editar cdigo-fonte] Ver artigo principal: "conomia da Ucrnia Centro financeiro de Dnipropetrovsk. Considerada um mercado livre emergente, a economia da Ucrnia uma das maiores do mundo, com um PB que vem crescendo recentemente ao ritmo de 2 dgitos ao ano. Anteriormente uma importante regio industrial e agrcola da Unio Sovitica, a economia ucraniana passou por fortes flutuaes nos anos 1990, inclusive hiperinflao e quedas drsticas na produo econmica. Aps a independncia, a falta de reformas estruturais significativas tornou a economia ucraniana vulnervel a choques externos. A partir de 1991, o governo liberalizou a maior parte dos preos e instituiu um quadro normativo para as privatizaes, mas uma resistncia generalizada, proveniente de dentro do governo, frustrou as reformas e levou at mesmo a uma piora da situao: a produo em 1999 havia cado para menos de 40% do nvel de 1991. Uma poltica monetria temerria causou hiperinflao no final de 1993. O PB de 2000 apresentou crescimento forte, devido s exportaes, com ndice de 6% - positivo pela primeira vez desde a independncia; a produo industrial cresceu 12,9%. A economia continuou a expandir-se em 2001, com um crescimento real do PB da ordem de 9% e aumento da produo industrial de mais de 14%. O desempenho favorvel baseou-se na demanda interna alta e na crescente confiana do consumidor e do investidor. O crescimento econmico acelerado no perodo 2002-2004 deve-se em grande medida a um pico de exportaes de ao para a China. Prdio do Banco Nacional da Ucrnia. O atual governo prometeu reduzir o nmero de reparties pblicas, simplificar o processo regulatrio, criar um ambiente jurdico que incentive a livre iniciativa e aprovar uma reforma tributria abrangente. As reformas estruturais e a privatizao das terras prosseguem com dificuldade. nstituies externas - particularmente o FM - tm procurado incentivar a Ucrnia a acelerar o ritmo e o escopo das reformas e tm ameaado retirar o apoio financeiro. Legado de seu passado sovitico, a Ucrnia hoje depende das fontes de energia russas, em especial gs natural, embora venha tentando diversificar a sua matriz energtica. , contudo, autossuficiente em termos de produo eltrica, devido a usinas nucleares e hidreltricas. Em 2005, a Ucrnia foi o stimo maior produtor de ao do mundo. No setor de manufaturados, o pas fabrica equipamentos metalrgicos, locomotivas a diesel, tratores e automveis. A Ucrnia possui uma enorme base industrial de alta tecnologia, inclusive grande parte das antigas indstrias soviticas de eletrnicos, armamentos e artigos espaciais, embora estes setores sejam estatais e sofram com dificuldades na rea de administrao de negcios. O pas um grande produtor de trigo, acar, carne e laticnios. Segundo estimativas, o PB da Ucrnia totalizou US$ 81 bilhes (clculo nominal) ou US$ 355 bilhes (PPC) em 2006. nfraestrutura[editar | editar cdigo-fonte] Malha rodoviria da Ucrnia. A maior parte da infra-estrutura do tempo da Unio Sovitica. A malha rodoviria engloba todas os centros mais populosos, mas considerada de baixa qualidade para os padres europeus. 5 No total, as estradas pavimentadas so no total 164.732 quilmetros. 6 O transporte ferrovirio na Ucrnia, conecta quase todas as reas urbanas e transporta cargas. A maior concentrao de ferroviasest na regio de Donbass. Apesar disso, o valor da carga transportada por ferrovias caiu em 7.4% em 1995 em comparao com 1994. A Ucrnia continua sendo um dos pases que mais usam a malha ferroviria. 7 O valor total de ferrovias de 22.473 quilmetros, sendo que 9250 km eletrificado. 6 A Ucrnia um dos pases europeus que mais consome energia, consome o dobro de energia consumida na Alemanha, por unidade do PB. 8 Uma grande parte da energia produzida no pas por meio de usinas nucleares, e a Ucrnia recebe a maioria dos servios e combustveis nucleares da Rssia. O petrleo e o gs, so na maioria importados da Rssia. A Ucrnia pesadamente dependente de sua energia nuclear. A maior usina nuclear na Europa, a Usina Nuclear de Zaporijia, localizada na Ucrnia. Em 2006, o governo planejou construir novos reatores pelo ano 2030, em efeito, dobrando o atual valor de produo de energia. 9 Fontes de energia renovveis desempenham um papel muito modesto na produo eltrica. Em 2005, a produo energtica foi cumprida pelas seguintes fontes: nuclear (47%), trmica (45%), hidreltricas e outros (8%). 10 Cultura[editar | editar cdigo-fonte] Ar$e'ana$o[editar | editar cdigo-fonte] O artesanato da Ucrnia tem longa tradio e de notvel complexidade. Dos bordados, xilogravura, pintura de bonecas e de ovos tpicos chamados pssanka. A Cultura da Ucrnia extremamente vasta. A msica, a cozinha, etc., foram influenciados pelos pases vizinhos criando assim uma grande diversidade. -a'$ronomia[editar | editar cdigo-fonte] Nos pratos ucranianos esto presentes o frango, a carne de vaca, a carne de porco e os cogumelos, bem como uma grande variedade de legumes como batatas e couves. Na cozinha tradicional esto includos a massa areneki, a famosa sopa borsch, de beterraba, e o holopty, folhas de repolho recheadas. As especialidades ucranianas so oFrango Kiev e o bolo de Kiev. As bebidas ucranianas so semelhantes em relao ao resto da Europa, destacando-se a horilka. 4'(or$e'[editar | editar cdigo-fonte] O Estdio Olmpico de Kiev, reformado para abrigar jogos da Eurocopa. A Ucrnia foi a sede da passada Eurocopa 2012, a mxima competio de futebol entre selees da Europa. Trata-se de uma candidatura conjunta com sua vizinha Polnia. Ser o primeiro grande evento esportivo disputado na Ucrnia depois da sua independncia. Quando fazia parte da URSS, Kiev sediou uma partida de futebol nos Jogos Olmpicos de Moscovo em 1980. Os clubes de futebol mais conhecidos do pas so Shakhtar Donetsk e Dnamo de Kiev. $eriados L de aaneiro *no =o4o W de aaneiro =a0al Q de Har3o Kia bn0ernacional da Hul5er L e ; de Haio Kia bn0ernacional do Nrabal5o M de Haio Kia da Di0,ria ;Q de aun5o Kia da Cons0i0ui3o ;8 de *+os0o bnde.endcncia da -crnia des0a H,4el CXscoa des0a H,4el Nrindade Referncias 1. r para cima Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD):#elatrio de $esenolimento Humano %&'( ) *scens+o do Sul: progresso humano num mundo diersificado (14 de maro de 2013). Pgina visitada em 15 de maro de 2013. 2. r para cima [1] 3. r para cima #eligi!es na Ucrnia. 4. r para cima ,ation-aster . Ukrainian #eligison statistics. 5. r para cima Ukraine /nfrastructure.0o1er.and.2ommunications. ,ational "conomies "ncyclopedia. 6. Ir para:a
b Ukraine . 2/* 3orld 4actbook 5$ecember '(6 %&&789 #etrieed on %&&7.'%.%:9. 7. r para cima ;ransportation in Ukraine. U9S9 Goernment 0rinting <ffice. 8. r para cima Energy Publisher. = ''%&( Ukraine: "nergy 0rofile. "nergy and "nironment. 9. r para cima ,uclear 0o1er in Ukraine. Uranium /nformation 2entre. 10. r para cima ,uclear 0o1er in Ukraine . Uranium /nformation 2entre9 #etrieed on %&&7.'%.%%9. Ver tambm[editar | editar cdigo-fonte] greja Greco-Catlica Ucraniana Memorial Ucraniano (Brasil) Braso de armas da Ucrnia Misses diplomticas da Ucrnia Ligaes externas[editar | editar cdigo-fonte] O Commons possui multimdias sobreUcrnia Pessanka . The Ukranian Museum (New York) . Ukranian Museum Detroit . Folk Art Ukrain . Ukrainian cities and regions . Holodomor Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Holodomor Vtima do Holodomor numa rua da cidadeucraniana de Kharkiv. Essa fotografia foi efectuada por um cooperante alemo, em 1932. 5o"odomor (em ucraniano: >?@?A?B?C) o nome atribudo fome de carcter genocidrio, que devastou principalmente o territrio da Repblica Socialista Sovitica da Ucrnia (integrada na URSS), durante os anos de 1932 - 1933. Este acontecimento tambm conhecido por -rande 6ome da Ucrnia representou um dos mais trgicos captulos daHistria da Ucrnia, devido ao enorme custo em vidas humanas. Apesar de esta fome ter igualmente afectado outras regies da URSS, o termo Holodomor aplicado especificamente aos factos ocorridos nos territrios com populao de etnia ucraniana: a Ucrnia e a regio de Kuban, no Cucaso do Norte. Como tal, por vezes designado de "Genocdio Ucraniano" 1 ou "Holocausto Ucraniano", 2
3 significando que essa tragdia seria resultante de uma aco deliberada de extermnio, desencadeada pelo regime sovitico, visando especificamente o povo ucraniano, enquanto entidade socio-tnica. Tendo como referncia o conceito de genocdio 4
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15 e a sua definio jurdica, 16
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19 verifica-se um crescente consenso dos historiadores, relativamente natureza genocidria do Holodomor 20
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28 H um nmero cada vez maior de pases que o reconhecem oficialmente como um acto de genocdio. O termo Holodomor deriva da expresso ucraniana 'Mopufu ronopor' (moryty gholodom), tendo como raz etimolgica as palavras holod (fome) e moryty (matar atravs de privaes, esfaimar), significando por isso Dmatar pela fomeD. 29
30 O termo ter sido utilizado pela primeira vez pelo escritor Oleksa Musienko, num relatrio apresentado Unio dos Escritores Ucranianos de Kiev, em 1988. 31 No quarto Sbado do ms de Novembro a Ucrnia 32
33 e as comunidades ucranianas implantadas em diversos pases de acolhimento 34
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36 prestam homenagem s vtimas do Holomodor. ndice [esconder] 1 1929: a colectivizao da agricultura e a deskulakizao ("Grande Viragem") o 1.1 Os objectivos da "Grande Viragem" o 1.2 A "guerra anticamponesa" 2 1931: o incio da fome sovitica o 2.1 O mbito geogrfico o 2.2 As causas iniciais da fome 3 1932-1933: o Holodomor ucraniano o 3.1 A escalada da crise o 3.2 A "interpretao nacional" de Stalin o 3.3 A represso do campesinato ucraniano 3.3.1 As medidas repressivas 3.3.2 As consequncias o 3.4 A represso das elites ucranianas 4 Eplogo o 4.1 Regresso, herana e genocdio o 4.2 Quantas vtimas? 5 Da negao ao reconhecimento o 5.1 Uma "pgina em branco" o 5.2 A posio da comunidade acadmica o 5.3 A Ucrnia e o Holodomor o 5.4 O Holodomor e a comunidade internacional 6 O impacto cultural do Holodomor 7 Uma excepo genocidria? 8 Ver tambm 9 Referncias o 9.1 Notas 10 Bibliografia 11 Ligaes externas 1929: a colectivizao da agricultura e a deskulakizao ("Grande Viragem")[editar | editar cdigo-fonte] O' o78ec$ivo' da 9-rande :ira,em9[editar | editar cdigo-fonte] No incio da dcada de 1930, Estaline (ou Stlin) decidiu aplicar uma nova poltica para a URSS, atravs da transformao radical e acelerada das suas estruturaseconmicas e sociais. Essa mudana visava aos seguintes objectivos: 37 A coletivao da agricultura, ou seja, a apropriao pelo Estado sovitico das terras, colheitas, gado e alfaias pertencentes aos camponeses. Dessa forma, o Estado passaria a estabelecer planos de colecta para a produo agro-pecuria, que lhe permitiam de modo regular e quase gratuito, abastecer as cidades e as foras armadas, bem como exportar para o estrangeiro. Por outro lado, pretendia-se estabelecer um efectivo controle poltico-administrativo sobre o campesinato, forando-o a apoiar o regime sovitico. Esse apoio seria igualmente garantido com a eliminao da camada social mais prspera e favorvel economia de mercado, os kulaks. A industrializao acelerada da Unio Sovitica, com base nas receitas financeiras obtidas atravs da exportao dos produtos agrcolas, sobretudo dos cereais. A 9,uerra an$icam(one'a9[editar | editar cdigo-fonte] Genrikh Yagoda (direita) na companhia do escritorMximo Gorki (esquerda). Enquanto vice-chefe da polcia poltica (O.G.P.U.), Yagoda foi um dos principais responsveis pela represso do campesinato, no mbito da colectivizao e da deskulakizao. O processo de colectivizao acelerada da agricultura e de "liquidao dos kulaks enquanto classe" (deskulakizao), desencadeado por deciso do Comit Central do Partido Comunista da Unio Sovitica, em Dezembro de 1929, teve consequncias trgicas para milhes de pessoas. 38 Para a sua execuo, os funcionrios e membros do Partido Comunista que estavam presentes nos campos, foram apoiados por brigadas de operrios e de "activistas" vindos dos centros urbanos. 39 Sendo a Unio Sovitica um pas em que a fractura entre o mundo dominante das cidades e o mundo dominado das aldeias continuava a ser profunda, a colectivizao foi sentida como uma verdadeira guerra declarada pelo Estado contra o modo de vida e a cultura camponesa tradicionais. 40 Os camponeses (82% da populao sovitica), depois de serem obrigados, atravs de todo o tipo de abusos e violncias, 41 a entregar os bens, so forados a aderir s exploraes agrcolas colectivas (kolkhozes) ou estatais (sovkhozes). Estas destinavam-se a abastecer, de forma regular e quase gratuita, o Estado com produtos agrcolas e pecurios, atravs de planos de colecta fixados pelas autoridades centrais. Com base na acusao arbitrria de pertencerem categoria dos kulaks (camponeses ricos e hostis ao poder sovitico) 42 , os Dsocialmente estranhosD ao novo sistema agrcola kolkhoziano, so desterrados a ttulo definitivo para outras regies, principalmente para o Cazaquisto e a Sibria. 43 Por outro lado, as operaes de deportao visavam fornecer os recursos humanos necessrios colonizao e explorao das imensas riquezas naturais, existentes nesses territrios desabitados. 44 No total, so deportadas - frequentemente de modo catico e precipitado 45 - cerca de 2,8 milhes de pessoas: 2.400.000, dos quais 300.000 ucranianos, 46 no contexto da campanha de deskulakizao (1930-1932); 340.000, devido represso da resistncia s requisies predatrias efectuadas pelos organismos estatais encarregues de se apoderar dos cereais (1932-1933). 47
48 No entanto, em muitos casos, as vtimas da represso foram simplesmente abandonadas nesses territrios distantes e inspitos. 49 Em consequncia disso, aproximadamente 500 mil deportados, entre os quais muitas crianas, morreram devido ao frio, fome e ao trabalho extenuante. 50 Os sobreviventes, trabalhando como "colonos de trabalho" nas empresas de explorao dos recursos naturais - explorao florestal, carvo, minerais no ferrosos,metalurgia, agricultura e artesanato - ou nos estaleiros de obras pblicas - construo e manuteno de estradas e vias frreas - so tratados como verdadeiros prias, sendo sujeitos a todo o tipo de privaes e abusos. 51 Por sua vez, cerca de 400 mil camponeses foram enviados para uma rede de campos de trabalho forado (Gulag), gerida pelo O.G.P.U.- na poca, sob a direco deVyacheslav Menzhinsky - 52 e outros 30.000 foram punidos com a pena capital. 53 A resposta dos camponeses foi desesperada e muitas vezes violenta, 54 havendo numerosas manifestaes, revoltas e distrbios por todo o pas (mais de 14.000 casos registados pelo O.G.P.U.). 55 Essa resistncia mobilizou cerca de trs milhes de pessoas, em particular nas regies do rios Don e Volga, no Cucaso do Norte, no Cazaquisto, e sobretudo, na Ucrnia. 56 As motivaes da sublevao camponesa foram mltiplas, surgindo de acordo com os novos desafios suscitados pela intransigncia do Estado sovitico: recusa em aderir aos kolkhozes; oposio poltica anti-religiosa das autoridades (encerramento das igrejas, confiscao dos sinos, vandalismo anti-religioso dos activistas da Juventude Comunista); solidariedade com os kulaks e outros Delementos anti.soiEticosD, vtimas de perseguio; resistncia confiscao, pelos rgos estatais de colecta, de uma crescente percentagem da produo agro-pecuria, atravs de "desvios" e roubos da colheita "colectiva", numa conjuntura econmica cada vez mais degradada. 57
58 1931: o incio da fome sovitica[editar | editar cdigo-fonte] O m7i$o ,eo,r;0ico[editar | editar cdigo-fonte] A partir de 1931 - com o perfeito conhecimento das autoridades - as crescentes dificuldades alimentares comeam a provocar a morte de centenas de milhares de pessoas, em vrias regies da Unio Sovitica. A situao especialmente grave no Cazaquisto, bem como nas principais reas cerealferas - Ucrnia, Cucaso do Norte e territrio do rio Volga - onde tinha sido oferecida maior resistncia poltica de colectivizao agrcola. 59 A' cau'a' iniciai' da 0ome[editar | editar cdigo-fonte] Exceptuando o caso particular do Cazaquisto, 60
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64 as causas iniciais desta tragdia devastadora foram globalmente idnticas: 65 Capa da revista soviticaFolhospnytsia Ukrayiny("Mulher Kolkhoziana da Ucrnia") de Dezembro de 1932. a grave desorganizao do ciclo produtivo agrcola causada pelas medidas de deskulakizao, que visavam reprimir e eliminar as elitescamponesas; a colectizao forada, que levou muitos dos camponeses a reagir de forma violenta e desesperada, atravs da destruio de uma grande parte do seu patrimnio (alfaias, animais, colheitas, etc.); a ineficcia e a misria que caracterizam os kolkhozes, institudos num contexto de violncia e de caos generalizados; as sucessivas e implacveis vagas de requisio (colectas), atravs das quais o Estado procura dar resposta a um triplo problema (dificuldades sentidas no processo de industrializao acelerada; explosivo crescimento urbano, em resultado do xodo rural; necessidade de travar o agravamento da dvida externa, mediante o crescimento da exportao de matrias-primas); a resistncia dos camponeses face quilo que consideravam tratar-se de uma "segunda servido" 66 - designada, por Nikolai Bukharin, de "eGploraH+o militar.feudal" 67 - trabalhando cada vez menos, devido sua rejeio do modelo colectivista imposto pelo regime, ou em consequncia da debilidade fsica gerada pelas dificuldades alimentares; as ms condies meteorolgicas que prejudicaram as colheitas de 1932. 68 Por conseguinte, a fome desencadeada em 1931 - embora numa escala reduzida, em comparao com os dois anos subsequentes - na sua origem, o resultado de uma poltica de inspirao marxista que pretendia eliminar as bases sociais e o modo de funcionamento da economia capitalista . 69 Havia, no entanto, a plena conscincia por parte das foras em confronto - Estado e camponeses - de que se estava a reeditar a situao de violncia e de fome 70 que caracterizara o perodo do "Comunismo de Guerra" (1918-1921). 71
72 1932-1933: o Holodomor ucraniano[editar | editar cdigo-fonte] A e'ca"ada da cri'e[editar | editar cdigo-fonte] Em 1931 - em consequncia das ms colheitas na Sibria Ocidental e no Cazaquisto - milhares de kolkhozes da Ucrnia, do Cucaso do Norte e da regio do rio Don, foram alvo de requisies acrescidas. Desse modo, os rgos estatais de coleta, apesar de uma colheita bastante medocre (69 milhes de toneladas), conseguiram obter perto de 23 milhes de toneladas. A Ucrnia foi obrigada a contribuir com 42% da sua produo cerealfera, o que provocou o agravamento da desorganizao do ciclo produtivo, iniciada com a colectivizao forada e a deskulakizao. 73 Na Ucrnia e em outras regies, a partir da Primavera de 1932, assistiu-se ao alastramento da fome e ao xodo dos camponeses em direco s cidades, suscitando a preocupao das autoridades, nomeadamente dos dirigentes de vrias repblicas. Por seu lado, o governo animado com o xito das requisies, fixa o plano de colecta para 1932 em 29,5 milhes de toneladas, dos quais 7 milhes devem ser obtidos na Ucrnia. 74 Deste modo tornou-se inevitvel o conflito entre os camponeses, determinados a usar todos os meios para conservar uma parte da produo, e as autoridades locais, obrigadas a cumprir o plano de colecta, o qual, nas palavras do dirigente sovitico Sergei Kirov, representava: 75 A pedra de toque da nossa fora ou da nossa fraquea, da fora ou da fraquea dos nossos inimi!os" e Com efeito, esses planos so de tal modo elevados, que os obrigam a tentar esconder a maior quantidade possvel de cereais, para garantir as reservas alimentares indispensveis sua sobrevivncia. 76 A campanha de colecta de 1932 depara-se, por isso, desde o incio, com inmeras dificuldades: manifestaes dos camponeses atingidos pela fome; fuga dos kolkhozes de um crescente nmero de trabalhadores; roubo dos bens pertencentes aos kolkhozes (gado, alfaias e sobretudo colheitas) e recusa de muitos funcionrios locais e regionais do Partido ou dos sovietes em aplicar planos de colecta que condenariam fome dezenas de milhes de pessoas. 77 nicialmente, Estaline manifesta a sua crescente impacincia face ao ritmo lento que caracteriza a campanha de requisies na Ucrnia, acusando os dirigentes locais de serem os responsveis pela situao, devido ao seu laxismo e falta de firmeza perante os "actos de sabotagem" e de "terrorismo". 78 Para superar essas dificuldades, a 7 de Agosto de 1932, entra em vigor a lei sobre o " roubo e delapidaH+o da propriedade social " (mais conhecida por "lei das cincoespigas"), punvel com dez anos de campo de trabalho forado, ou com a pena capital. 79 As brigadas encarregues da colecta efectuam autnticas expedies punitivas, nomeadamente nas regies cerealferas. Estas requisies so acompanhadas de inmeros abusos, violncias fisicas e detenes macias de kolkhozianos. 80 Apesar de uma ligeira diminuio nos objectivos dos planos de colecta 81 e de uma represso extremamente dura (mais de 100.000 pessoas foram condenadas nos primeiros meses de aplicao da lei), 82 em 25 de Outubro, Moscovo s colectara 39% da quantidade de cereais exigida Ucrnia. 83 A 9in$er(re$a12o naciona"9 de +$a"in[editar | editar cdigo-fonte] Mas entre Julho e Agosto de 1932, Stalin concebeu uma nova anlise da situao na Ucrnia e das suas causas, expressa a 11 de Agosto, numa carta endereada a Kaganovitch: 84
85 #A Ucr$nia% & ho'e em dia a principal quest(o, estando o partido, o )stado e mesmo os *r!(os da pol+cia pol+tica da rep,blica, infestados de a!entesnacionalistas e de espi-es polacos , correndo. se o risco de se perder a Ucr$nia, uma Ucr$nia que, pelo contr/rio, & preciso transformar numa fortalea bolchevique sem olhar a custos" e Na perspectiva do ditador, o Partido Comunista e o governo ucranianos tinham sido infiltrados por agentes nacionalistas ("0etliuristas ") e espies polacos ("agentes de0iIsudski"), e as aldeias renitentes colectivizao, estavam sob a influncia de agitadores contra-revolucionrios. 86 A deciso de utilizar a fome - provocando artificialmente o seu alastramento - para "dar uma liH+o" aos camponeses, 87 foi tomada no Outono, num contexto especialmente delicado para o ditador, com a agudizao da crise provocada pelo 1. Plano Quinquenal, o receio de uma guerra com a Polnia, 88 e o suicdio da sua esposa Nadezhda Alliluyeva. 89 Em 22 de Outubro de 1932, so enviadas para a Ucrnia e para o Cucaso do Norte duas "comiss!es eGtraordinJrias" - dirigidas respectivamente por Vyacheslav Molotov e Lazar Kaganovitch - com o objectivo de "acelerar as colectas" e tendo o apoio dos mais altos responsveis do O.G.P.U. (incluindo Genrikh Yagoda). 90
91 Simultaneamente, milhares de agentes da polcia poltica e de "plenipotencirios" do Partido foram transferidos, para colmatar a ineficcia das estruturas comunistas locais e reprimir qualquer indcio de "sabotagem". Entre Novembro e Dezembro, mais de 27.000 pessoas so detidas (30% so dirigentes de kolkhozes e pequenos funcionrios rurais) com base na acusao de "sabotagem dos planos de colecta". 92 O recurso "arma da fome" adquire uma lgica e uma violncia particulares nos territrios essencialmente ucranianos. Estaline - em perfeita coerncia com a sua prpria anlise acerca das origens e dinmicas do fenmeno nacional - considerava a Ucrnia um caso de especial gravidade, devido interligao profunda entre o "nacionalismoburguKs" e o campesinato. 93 De facto, j em 1925, Estaline tinha explicitado o seu ponto de vista sobre a "questo nacional", ao afirmar: 94 0ue isto e1plica o facto do campesinato constituir o principal e1&rcito do movimento nacional, de que n(o pode e1istir um movimento nacional poderoso sem um e1&rcito campon2s" e Em conformidade com esta anlise, o dirigente do O.G.P.U. ucraniano, Vsevolod Balystsky, define, em 5 de Dezembro de 1932, como principal misso a desempenhar pela polcia poltica da repblica: 95 o ur!ente desmantelamento, identifica(o e esma!amento dos elementos contra.revolucion/rios e kulak.petliuristas que est(o a sabotar as medidas aplicadas pelo 3overno Sovi&tico e pelo 4artido nas aldeias" e A re(re''2o do cam(e'ina$o ucraniano[editar | editar cdigo-fonte] A' medida' re(re''iva'[editar | editar cdigo-fonte] Em resultado da "interpretao nacional" que Estaline fez da situao ucraniana, a deciso de utilizar a fome nesses territrios adquire caractersticas especficas de natureza genocidria, 96
97 confirmadas pela recente desclassificao de milhares de documentos provenientes dos arquivos ucranianos. 98
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104 Vyacheslav Molotov. Membro do Politburo e responsvel pela campanha de requisies na Ucrnia. Assiste-se a uma escalada de medidas repressivas, em grande parte diferentes das aplicadas noutras regies da Unio Sovitica: em 18 e 20 de Novembro de 1932, o Comit Central ucraniano impe respectivamente aos camponeses particulares e aos kolkhozes, diversas multas em gneros alimentcios, no caso de incumprimento ou de sabotagem do plano de colecta; 105 em 1 de Dezembro de 1932, interditada a comercializao da batata nos distritos refractrios, e em 3 de Dezembro, esta medida igualmente aplicada carne e aos animais; em 6 de Dezembro de 1932, com base no princpio da responsabilidade colectiva, as aldeias sujeitas a esta punio passam a fazer parte de "listas negras"; 106
107 em 15 de Dezembro de 1932, tambm proibida a importao de artigos manufacturados pelos distritos que no tenham cumprido o plano de requisio; 108 entre o Outono e o nverno de 1932, implantado nas fronteiras da Ucrnia - pelas tropas do Ministrio do nterior e da milcia - um bloqueio ao fornecimento de alimentos. Esta medida, impede os camponeses atingidos pela fome de procurar comida na Rssia e em outras regies, ou de a trazer para a Ucrnia; 109 em 22 de Janeiro de 1933, 110
111 Estaline e Molotov do ordens especficas polcia poltica no sentido de impedir o xodo dos camponeses ucranianos - da Ucrnia e do Cucaso do Norte - que em desespero procuravam obter comida noutras zonas. Para justificar a deciso, declararam estar convictos de que era uma fuga: 112 or!aniada pelos inimi!os do poder sovi&tico, os socialistas revolucion/rios e os a!entes polacos, com ob'ectivos de propa!anda, para desacreditar, por interm&dio dos camponeses que fo!em para as re!i-es da U5SS a norte da Ucr$nia, o sistema kolkhoiano, em particular, e o sistema sovi&tico, em !eral" e nessas regies, suspensa a venda de bilhetes de comboio e so montadas barreiras policiais nas estaes ferrovirias e nas estradas que levam s cidades. S no decurso do ms de Fevereiro, so detidas 220.000 pessoas, fundamentalmente camponeses procura de comida, dos quais 190.000 so obrigados a regressar s aldeias para a morrer de fome; 113 Stanislav Kossior, secretrio-geral do Partido Comunista da Ucrnia. em conformidade com a deciso tomada pelo Conselho dos Comissrios do Povo da Unio Sovitica, em 27 de Dezembro de 1932, o governo da Ucrnia decreta, a 31 de Dezembro, a criao do passaporte interno. Esta medida exclui os camponeses, que ficam "presos" sua terra, numa situao semelhante do "servo da gleba"; 114 alm da actividade exercida no mbito do combate aos "sabotadores do plano de colectas" - apoio s brigadas que tentavam localizar os cereais escondidos pelos camponeses, usando todo o tipo de violncias e abusos; 115 deportao das populaes mais insubmissas e deteno dos suspeitos de actos de sabotagem - a polcia poltica a nica organizao autorizada a recolher informaes sobre a fome, de acordo com o decreto do Politburo de 16 de Fevereiro de 1933. 108 A confirmao de que a fome servia para impor a total obedincia dos camponeses aos ditames do regime sovitico e do seu chefe supremo, est presente na carta enviada para Moscovo pelo secretrio-geral do Partido Comunista da Ucrnia, Stanislav Kossior, em 15 de Maro de 1933: 116 a insatisfat*ria evolu(o das sementeiras em numerosas re!i-es, prova que a fome ainda n(o levou 6 ra(o muitos kolkhoianos" e No sentido de garantir as condies necessrias s futuras colheitas, entre Janeiro e Junho de 1933, as autoridades centrais adoptaram, de forma tardia, selectiva e insuficiente, 117
118 vrias medidas de auxlio a algumas das regies atingidas pelas "dificuldades alimentares". 119 Para cerca de 30 milhes de pessoas atingidas pela fome, so disponibilizadas 320.000 toneladas de cereais, ou seja 10 quilos de cereais por pessoa, representando somente 3% do consumo mdio anual de um campons. 120 No entanto, esta ajuda, alm de privilegiar o abastecimento das cidades, destina-se unicamente aos que a "merecem": os kolkhozianos com melhor rendimento, os brigadistas, os tractoristas, etc. 121 A' con'e<u3ncia'[editar | editar cdigo-fonte] Muitos camponeses famintos conseguiram evitar as barreiras policiais e chegar s cidades, tendo no entanto, acabado por morrer (Kharkiv, 1933). Em termos demogrficos, a mortalidade na Ucrnia, semelhana dos outros territrios soviticos atingidos pela fome, incidiu fundamentalmente sobre a populao rural, independentemente da sua origem tnica. No entanto, o regime sovitico tinha a perfeita conscincia de que essa populao rural continuava a representar a "espinha dorsal" da nacionalidade ucraniana (75% a 85% dos ucranianos residiam em aldeias), em contraste com as cidades, etnicamente mais "cosmopolitas" (russos, judeus, polacos, etc.). 122 Por conseguinte, a fome adquiriu caractersticas e dimenses bem distintas das que teria evidenciado noutras circunstncias polticas. Apesar de ser bastante menos intensa e generalizada do que a Fome de 1921 - 1922 , em termos de seca e de regies afectadas (a colheita de 1945 foi inferior de 1932, mas no existiu fome generalizada), causou entre trs a quatro vezes mais vtimas, em resultado de decises polticas que procuravam salvar o regime da crise, que ele prprio tinha provocado. 123 A convico de que se tinha alcanado uma vitria definitiva sobre o campesinato, foi assumida em diversas ocasies, pelos mais altos dignitrios do regime. So disso exemplo, as palavras de Lazar Kaganovitch: 124 n*s !anh/mos definitivamente a !uerra, a vit*ria & nossa, uma vit*ria fant/stica, total, a vit*ria do estalinismo" e de Sergo Ordjonikidze: 125 os nossos quadros que enfrentaram a situa(o de 789:.7899 e que a!uentaram #;% ficaram temperados como o ao" Acredito que com eles se construir/ um )stado como a <ist*ria nunca viu" e e de Mendel Khataevich: 126 est/ a decorrer uma luta fero entre os camponeses e o poder" = um combate at& 6 ,ltima !ota de san!ue" = uma prova de fora entre o nosso poder e a sua resist2ncia" A fome demonstrou quem & o mais forte" >ustou milh-es de vidas, mas o sistema dos kolkhoes viver/ para sempre" Vencemos a !uerra? e No decurso da tragdia, o Estado sovitico continuava a exportar milhes de toneladas de cereais para o estrangeiro (em 1932,1.730.000; em 1933,1.680.000), enquanto acumulava enormes reservas estratgicas (em 1933, 1.800.000 toneladas). 127
128 Num acto de retaliao, em 22 de Outubro de 1933, o adido consular da Unio Sovitica em Lviv, Alexei Mailov, foi assassinado por Mykola Lemyk, militante do movimentoindependentista "Organizao dos Nacionalistas Ucranianos". 129
130 A re(re''2o da' e"i$e' ucraniana'[editar | editar cdigo-fonte] O escritor Mykola Khvylovy, uma das vtimas da vaga de terror contra as elites ucranianas, suicidou-se em 13 de Maio de 1933. Devido sua convico de que, na Ucrnia e no Kuban, a questo camponesa era tambm uma questo nacional, o regime sovitico sentiu necessidade de as enfrentar e de as "resolver" de forma conjunta. Com efeito, na ptica do regime sovitico, os camponeses no eram os nicos culpados da crise, partilhando a responsabilidade com a elite poltica e cultural ucraniana. 131 E para que esta resoluo fosse duradoura, procedeu eliminao das elites ucranianas e das suas polticas, suspeitas de conivncia com os camponeses. 113
132 Em 14 e 15 de Dezembro de 1932, o Politburo aprovou dois decretos especificamente destinados aos territrios de populao predominantemente ucraniana, revogando a poltica das nacionalidades aplicada desde 1923. 133
134 Na sua perspectiva, a poltica de "Ucranizao" ou indigenizao (DForenizatsiyaD) 135
136 fora desenvolvida de forma errada na Ucrnia e no Kuban, tendo estimulado o nacionalismo e os seus agentes, inclusivamente no interior do Partido e do governo: 137
138
139 o deslei1o levou 6 @Ucrania(oA n(o.bolchevique da maior parte dos distritos do Borte do >/ucaso, o que n(o corresponde aos interesses culturais da popula(o, sendo aplicada sem qualquer controlo dos *r!(os re!ionais sobre o processo de @Ucrania(oA das escolas e da imprensa, dando aos inimi!os do poder sovi&tico cobertura le!al para or!aniar a oposi(o dos kulaks, dos #e1.% oficiais, dos anti!os >ossacos emi!rantes e dos membros da 5ada do Cuban" e Em consequncia desse diagnstico, preconizava-se: 139 Dudar imediatamente da l+n!ua ucraniana para a l+n!ua russa, a documenta(o administrativa dos *r!(os sovi&ticos e cooperativos, bem como todos os 'ornais e revistas dos distritos @UcraniadosA do Borte do >/ucaso, por ser mais compreens+vel para a popula(o do Cuban, e tamb&m preparar a mudana para a l+n!ua russa do ensino nas escolas" e Esta mudana tambm afectou as medidas de "Ucranizao", de que tinham beneficiado as comunidades implantadas na Rssia. Ao contrrio das outras minorias nacionais, os milhes de ucranianos que a viviam, perderam o direito ao sistema educativo e imprensa na sua lngua, bem como autonomia poltica. 140 Como vice-secretrio-geral do P. C. da Ucrnia, Postychev foi responsvel pelo agravamento das requisies agrcolas e pela represso das elites "nacionalistas". Com a chegada, em Janeiro de 1933, de Pavel Postychev, acompanhado de centenas de quadros russos, na qualidade de novo plenipotencirio de Moscovo na Ucrnia, desencadeia-se uma vaga de terror antiucraniano. A polcia poltica perseguiu com obstinao as DorganizaH!es contra.reolucionJrias nacionalistas burguesasD - alegadamente infiltradas nas instituies polticas e culturais - causando milhares de vtimas. 141
142
143 A ttulo de exemplo, no mbito das purgas, so reprimidos 70% dos secretrios distritais e dos sovietes (entre Janeiro e Outubro de 1933); 40.000 pequenos funcionrios dos sovietes; a quase totalidade dos quadros do Comissariado do Povo para a Educao; 4000 professores e 200 funcionrios dos institutos pedaggicos. 144 Por sua vez, individualidades importantes, como o dirigente partidrio Mykola Skrypnyk 145
146 - acusado de ser um "instrumento de elementos nacionalistas burgueses" - e o director teatral Les Kurbas, 147 so alvo de perseguio. O escritor Mykola Khvylovy igualmente vtima desta vaga repressiva, 148
149 sendo o seu suicdio interpretado como um acto de protesto contra o genocdio em curso. 150 No seu discurso ao Partido Comunista ucraniano, em Novembro de 1933, Pavel Postychev exps de modo eloquente a interpretao conspirativa que o regime fazia da situao na repblica, ao afirmar: 151 os erros e falhas cometidos pelo 4artido >omunista da Ucr$nia, na implementa(o da pol+tica das nacionalidades, foram uma das principais causas para o decl+nio da a!ricultura ucraniana em 7897.789:" B(o restam d,vidas de que sem a elimina(o dos erros na implementa(o da pol+tica das nacionalidades, sem a derrota esma!adora dos elementos nacionalistas, que se tinha instalado em diversas /reas da constru(o social na Ucr$nia, teria sido imposs+vel superar o atraso na a!ricultura" e Eplogo[editar | editar cdigo-fonte] /e,re''2o, )eran1a e ,enoc=dio[editar | editar cdigo-fonte] Jovem vtima do Holodomor. Com o seu cortejo de violncias, de torturas e de chacinas pela fome, o Holodomor constituiu uma enorme regresso civilizacional . Assistiu-se proliferao de dspotas locais, dispostos a tudo, para extorquir aos camponeses as suas escassas reservas alimentares e banalizao da barbrie, que se traduziu em rusgas, abusos de autoridade,banditismo, abandono infantil, "barracas da morte", canibalismo 152
153
154 e agravamento das tenses entre a populao rural e a populao urbana. 155 Apesar da herana do Holodomor apresentar similitudes com as de outras regies da Unio Sovitica a "arma da fome" esmagou a resistncia camponesa, garantindo a vitria de Estaline e do seu regime totalitrio; abriu o caminho para a vaga de terror de 1937-1938 (o "Grande Terror"); 156
157 transformou o estado federal sovitico num imprio desptico , atravs da submisso da segunda repblica mais importante; deixou um legado de dor em numerosas famlias que nunca tiveram direito a expressar o luto, porque a fome se converteu em segredo de Estado na Ucrnia, as suas marcas fsicas e psicolgicas foram bastante mais profundas e traumatizantes. 158
159
160
161 Vtima do Holodomor numa rua de Kharkiv. Essas marcas so o resultado da especificidade 162
163
164 que caracterizou a evoluo dos acontecimentos na Ucrnia e no Cucaso do Norte, e que conferem ao Holodomor o seu carcter de genocdio: uma taxa de mortalidade superior s das outras repblicas (a taxa de mortalidade por mil habitantes, em 1933, foi de 138,2 na Rssia e de 367,7 na Ucrnia), tendo a esperana de vida descido de 42,9 (sexo masculino) e 46,3 (sexo feminino), em 1926, para respectivamente 7,3 e 10,9, em 1933. A ttulo comparativo, no ano de 1941, durante a invaso alem da Unio Sovitica, a esperana de vida na Ucrnia foi de 13,6 e 36,3, respectivamente para homens e mulheres; 69
165 os milhes de vtimas ucranianas - incluindo as da regio de Kuban - e os outros milhes de ucranianos submetidos a uma poltica de russificao, depois de Dezembro de 1932; um decrscimo de 20% a 25% da populao de etnia ucraniana, tendo a natalidade decado de uma mdia de 1.153.000 nascimentos (1926-1929) para 782.000, em 1932 e 470.000, em 1933; 166 a deciso de Estaline em utilizar a fome numa perspectiva antiucraniana - em resultado da "interpretao nacional" da crise das colectas no Vero de 1932 - causando o seu agravamento e multiplicando o nmero de vtimas; a eliminao de uma grande parte da elite poltica e intelectual da repblica, sob a acusao de "nacionalismo burgus". Vtima do Holodomor. Deste modo, toda a sociedade ucraniana foi sujeita a uma enorme violncia, comprometendo, por muitas dcadas, o difcil processo de construo da identidade nacional. 167
168
169
170
171 >uan$a' v=$ima'?[editar | editar cdigo-fonte] Relativamente definio exacta do nmero de vtimas, os historiadores tm deparado com srias dificuldades resultantes dos seguintes factores: 172
173
174
175
176
177 as restries no acesso a certos arquivos da ex-Unio Sovitica; a mortalidade directamente imputvel s epidemias de tifo; a poltica de secretismo imposta pelo regime, ao proibir os funcionrios dos sovietes rurais de mencionar a fome como causa da morte; a desorganizao dos registros, em consequncia do falecimento ou da fuga dos funcionrios pertencentes s regies dizimadas; a circunstncia de muitas vtimas terem ficado insepultas ou enterradas em valas comuns; as migraes de camponeses famintos para outras repblicas soviticas; a adopo da nacionalidade russa, por parte de muitos camponeses ucranianos. 178 Mapa da fome na Ucrnia. Apesar da existncia de estimativas que vo de 1,5 179
180
181 a 10 milhes de vtimas ucranianas, os clculos mais recentes do historiador Stanislav Kulchytsky, com base em fontes dos arquivos soviticos, indicam um nmero entre 3 a 3,5 milhes de mortes. 182183 Por sua vez, calcula-se que 1,3 a 1,5 milhes tenham morrido no Cazaquisto (exterminando 33% a 38% dos Cazaques), alm de centenas de milhares no Cucaso do Norte e nas regies dos rios Don e Volga, onde a rea mais duramente atingida correspondia ao territrio da Repblica Socialista Sovitica Autnoma Alem do Volga, totalizando aproximadamente 5 a 6 milhes de vtimas, entre os anos de 1931 e 1933. 184
185 Da negao ao reconhecimento[editar | editar cdigo-fonte] Cor.os de .risioneiros do cam.o de concen0ra3o de Buc5en`ald a.,s o fim da Ie+unda /uerra Hundial %rincipais genocdios _Ke armcnios no bm.Jrio ?0omano (LML:) 7stimatia de mortos8 L,: mil5o _Ke ass1rios no bm.Jrio ?0omano (LML:) 7stimatia de mortos8 :>> a W:> mil _)e ucranianos na Ucrnia (LMP;BLMPP) 7stimatia de mortos8 ;,O a L> mil5\es _Ke gudeus na 6uro.a (LMPMBLM8:) 7stimatia de mortos8 O mil5\es _Ke minorias no Camboga (LMW:BLMWM) 7stimatia de mortos8 ; mil5\es (;:V da .o.ula3o h J.oca) _Ke minorias em 7oso4o (LMMWBLMMM) 7stimatia de mortos8 P>> mil _Ke 0u0sis em @uanda (LMM8) 7stimatia de mortos8 Q>> mil _Ke minorias em Ka5fur (;>>PBa0ual) 7stimatia de mortos8 8>> mil Uma 9(;,ina em 7ranco9[editar | editar cdigo-fonte] A fome na Unio Sovitica e na Ucrnia constituiu desde o incio, segredo de Estado, permanecendo durante meio sculo como uma "pgina em branco" da sua Histria. Em Janeiro de 1933, o Ministro dos Negcios Estrangeiros, Maksim Litvinov - contrariando as informaes veiculadas por alguns jornais europeus 186 e norte-americanos 187 - negou a existncia de qualquer problema, e em Fevereiro, o Politburo emitiu uma resoluo, no sentido de restringir as deslocaes dos correspondentes estrangeiros. 188
189 Tambm foram rejeitadas as ofertas de auxlio humanitrio de vrias entidades, tais como o Comit Central de Salvamento da Ucrnia, 190 o Cardeal de Viena Theodor nnitzer, 191
192 o metropolita greco- catlico de Lviv Andrii Szeptycki 193
194
195 e oComit nternacional da Cruz Vermelha. 196 Reagindo s diversas iniciativas humanitrias, o Chefe de Estado sovitico, Mikhail Kalinin, acusou os que pediamDcontribuiH!es para a LesfomeadaM UcrniaD de serem Dimpostores polNticosD e declarou: 197 S* classes de!radadas e em desinte!ra(o podem produir elementos t(o c+nicos" e Por outro lado, diversas personalidades estrangeiras, como douard Herriot, 198
199 Walter Duranty 200
201
202
203
204 ouGeorge Bernard Shaw, 205
206 contriburam, de forma inconsciente ou deliberada, para a ocultao dos factos. 207
208
209
210 Estaline, ao receber em Dezembro de 1932, o dirigente ucraniano, Rodion Terekhov, tambm manifestou a sua posionegacionista: 211 Deram.me conhecimento de que & um bom orador, mas tamb&m estou a ver que & um bom contador de hist*rias" Voc2 elaborou uma f/bula acerca de uma pretensa fome, pensando certamente que me assustava, mas isso n(o resultou" )m ve disso, deveria dei1ar as suas fun-es de secret/rio re!ional e de membro do >omit& >entral da Ucr$nia e trabalhar para a Uni(o dos )scritores" Voc2 escreveria f/bulas e os imbecis liam.nas" e Actualmente, ainda persiste a tese negacionista do Holodomor 212
213
214 , 215 no obstante a existncia de numerosa documentao contempornea aos acontecimentos, como por exemplo: a correspondncia diplomtica italiana, 216
217
218
219 britnica, 220 alem, 221 polaca 222 turca e japonesa ; 223 as declaraes de jornalistas ocidentais, como Gareth Jones 224
225
226 e Malcom Muggeridge; 227 os relatos de simpatizantes do regime, como Harry Lang e Adam Tawdul; 228 as denncias de opositores do sistema estalinista, como Boris Souvarine 229
230 ou Victor Serge; 231
232
233 os testemunhos de dignitrios desiludidos com o Estalinismo, como Fyodor Raskolnikov 234 e Pyotr Grigorenko; 235
236 as memrias de sobreviventes e testemunhas. 237
238
239
240
241
242
243
244
245
246
247
248
249
250
251 Conotados com sectores polticos da Extrema Esquerda, o jornalista canadiano Douglas Tottle, autor do polmico 4raud6 4amine and 4ascism: ;he Ukrainian Genocide -yth from Hitler to Harard (1987) 252
253 e a historiadora francesa Annie Lacroix-Riz, 254
255 afirmam tratar-se, no essencial, de uma inveno propagandstica de carcter anticomunista, envolvendo o Vaticano, os imperialismos nazi e polaco e o magnata da imprensa norte-americana Randolph Hearst. 256 A (o'i12o da comunidade acad*mica[editar | editar cdigo-fonte] Em 2003, o Chefe de Estado italiano Carlo Ciampi patrocinou o mais importante encontro acadmico sobre o Holodomor. 257 Em 1984, depois de uma campanha promovida pela comunidade ucraniana dos Estados Unidos, as duas cmaras do Congressoaprovaram a constituio da 2omiss+o de /nOuErito dos "9U9* Sobre a 4ome da Ucrnia, sob a direco do professor da Universidade de Harvard James Mace. 258
259 No seu relatrio apresentado ao Congresso em 1988, a comisso reconheceu como provado o carcter genocidrio da fome de 1932-1933. 260 Por outro lado, graas aos esforos da mais importante organizao da dispora - o Congresso Mundial dos Ucranianos Livres - foi criada, em 14 de Fevereiro de 1988, a 2omiss+o /nternacional de /nOuErito Sobre a 4ome de 'P(%.(( na Ucrnia. 196
261
262 Esta comisso, presidida pelo professor da Universidade de Estocolmo, Jacob Sundberg, 263 era formada por sete juristas de diferentes pases: Reino Unido, Canad, Frana, E.U.A., Sucia, Blgica e Argentina. 264 No relatrio final, apresentado em 1990 ao subsecretrio da O.N.U. para os Direitos Humanos e ao Presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, a Comisso anunciou as seguintes concluses: existiu uma fome artificial na Ucrnia entre Agosto - Setembro de 1932 e Julho de 1933; a fome foi imposta ao povo ucraniano pelo regime sovitico, tendo causado um mnimo de 4,5 milhes de mortes na Ucrnia, alm de 3 milhes de vtimas noutras regies da U.R.S.S. 265
266 Depois do trabalho pioneiro de Robert Conquest 267 ;he Harest of Sorro1: Soiet 2ollectiization and the ;error.4amine (1986) 268 e da revoluo arquivstica e historiogrfica de 1991, os meios acadmicos passaram a dedicar uma crescente ateno a este acontecimento. Durante os anos noventa, em resultado da acumulao de novos conhecimentos 269 aprofundou-se o debate sobre a natureza da fome. Esse debate 270
271
272
273
274 - muitas vezes influenciado por divergncias de carcter ideolgico 275 - foi protagonizado por diferentes interpretaes: a DreisionistaD, 276
277
278
279 que relativiza a dimenso criminal - Stephen Wheatcroft 280 ou Mark Tauger; 281 a DnacionalD, 139
282
283 que salienta a especificidade genocidria do Holodomor ucraniano - James Mace, 284
285
286
287 Yuriy Shapoval 288 ou Nicolas Werth; 289
290
291 a DcamponesaD, 292
293
294
295 que destaca, numa perspectiva pan-sovitica, o uso da fome como "arma poltica" contra o campesinato - Viktor Kondrashin 296 ouGeorges Sokoloff 297
No entanto, as comemoraes dos 70 anos do Holodomor, em 2003, constituram um ponto de viragem, em especial, com a realizao de uma grande conferncia internacional, em Vicenza (tlia). 298
299
300 Deste encontro cientfico, 301
302 patrocinado pelo Presidente da Repblica Carlo Ciampi, resultou uma declarao - subscrita por 28 personalidades acadmicas da tlia,Alemanha, Ucrnia, Polnia, Canad e E.U.A. 303 - apelando ao Parlamento italiano, bem como a Silvio Berlusconi, que exercia a presidncia rotativa da Unio Europeia, e aRomano Prodi, Presidente da Comisso Europeia, no sentido de promoverem o reconhecimento internacional do Holodomor como um acto de genocdio. 304
305 Em 16 de Dezembro de 2003, o Director-Geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, condenou o regime estalinista pela sua responsabilidade no Holodomor. 306 O Presidente doParlamento Europeu, Hans-Gert Pttering, prestou homenagem s vtimas do Holodomor, em 21 de Novembro de 2007. 307 Em Paris, na Universidade da Sorbonne, tambm se realizou uma conferncia 308
309 sobre o tema, com a participao de historiadores de diversos pases. 310 Nessa ocasio, foi apresentado um apelo, dirigido Assembleia Nacional francesa e aoParlamento Europeu, para o reconhecimento da fome de 1932-1933 na Ucrnia, enquanto acto de genocdio. 311 Em Kiev, na sequncia do encontro acadmico internacional intitulado DQ ;empo de $izer a VerdadeD, em que estiveram presentes especialistas deste perodo histrico, bem como deputados, representantes dos meios diplomticos e da comunicao social, foi igualmente aprovada uma resoluo, apelando ao reconhecimento internacional do genocdio. 312 A Ucrnia e o 5o"odomor[editar | editar cdigo-fonte] Ver artigo principal: * posiH+o da Ucrnia em relaH+o ao Holodomor Durante mais de 50 anos a dispora ucraniana procurou divulgar os factos relativos ao Holodomor, deparando com a indiferena da maioria da opinio pblica mundial e com a oposio sistemtiva da Unio Sovitica. [carece de fontes] S depois da desagregao da U.R.S.S. e da recuperao da independncia nacional em 1991, que se tornou possvel invocar publicamente o genocdio. [carece de fontes] Em 1998, foi institudo no quarto sbado do ms de Novembro, o D$ia da -emria das VNtimas da 4ome e das #epress!es 0olNticasD e em 2006, o Parlamento da Ucrnia aprovou uma lei sobre o carcter genocidrio do Holodomor. [carece de fontes] O 5o"odomor e a comunidade in$ernaciona"[editar | editar cdigo-fonte] A comunidade internacional tem, de forma gradual, vindo a assumir posies favorveis ao reconhecimento do Holodomor como genocdio, ou mais genericamente, como um crime contra a Humanidade. [carece de fontes] No mbito das organizaes internacionais, destacam-se as resolues aprovadas pela Assembleia Bltica; 313
314 Assembleia-Geral das Naes Unidas; 315
316 Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa 317 ; OSCE 318
319
320
321 Parlamento Europeu 322 e UNESCO. 323
324325 Merece igualmente destaque o reconhecimento expresso pelos parlamentos, chefes de Governo e chefes de Estado dos seguintes pases: Mapa dos pases que reconheceram o Holodomor como genocdio. *ndorra P;O
*r+en0ina P;W
P;Q
P;M
PP> *us0rXlia PPL
PP; Brasil PPP
PP8 6slo4XYuia P8P
P88 6s.an5a P8:
P8O 6s0ados -nidos P8W
P8Q 6s0,nia P8M
P:>
CanadX PP:
PPO
PPW C5ile PPQ
Colimbia PPM
P8> 6Yuador P8L
P8; /e,r+ia P:L
P:;
P:P Hun+ria P:8
P:: b0Xlia P:O
P:W Le0,nia P:Q
P:M
O impacto cultural do Holodomor[editar | editar cdigo-fonte]
Ver artigo principal: /mpacto cultural do Holodomor Ao longo de muitas dcadas, a abordagem cultural do Holodomor esteve severamente condicionada pela censura imposta pelo regime sovitico, com a natural excepo dascomunidades de exilados implantadas no estrangeiro, nomeadamente nos E.U.A. e no Canad. [carece de fontes] Com a independncia da Ucrnia, em 1991, a situao sofreu uma profunda mudana, permitindo a artistas e escritores a possibilidade de o invocar nas suas criaes. 382383
384 Uma excepo genocidria?[editar | editar cdigo-fonte] Monumento s vtimas da ocupao sovitica da Polnia. Os meios acadmicos 385
386
387
388 e polticos 389
390
391
392
393
394 tm dedicado igualmente a sua ateno a outroscrimes praticados pelo regime estalinista, que evidenciam caractersticas genocidrias. A ttulo de exemplo: as deportaes - entre as dcadas de 30 e de 50 - de numerosos grupos tnicos da Unio Sovitica ou de pasesocupados, tais como os Balquares, 395 os Trtaros da Crimeia, 396 os Alemes do Volga, 397
398 os nguches e osChechenos, 399
400 os Polacos, 401
402 os Letes, 403
404 os Estonianos, 405
406 os Lituanos, 407
408 os C oreanos 409
410 ou os Finlandeses da Carlia. 411 o extermnio de 22.000 prisioneiros polacos, conhecido genericamente por "Massacre de Katyn", em 1940. 412
413 a eliminao de 200.000 prisioneiros hngaros, nos campos de concentrao soviticos, em 1944-1948. 414 Ver tambm[editar | editar cdigo-fonte] Holodomor B * descon5ecida 0ra+Jdia ucraniana (LMP;BLMPP) Cosi3o da -crnia em rela3o ao Holodomor *leEsandr Iol25eni0sGn *n0icomunismo *rYui.Jla+o de /ula+ dome russa de LM;L /rande 6j.ur+o /rande Ial0o *dian0e /ula+ bm.ac0o cul0ural do Holodomor 75mer Dermel5o Lis0a de fomes em massa Hassacre de 7a0Gn Hemorial das D10imas do Comunismo Li4ro =e+ro do Comunismo Crima4era de Cra+a Cro0es0o na Cra3a da Ca2 Celes0ial em LMQM Referncias 1. r para cima The Famine: Toward a Definition, Roman Serbyn, 12 de novembro de 2002, The Great Famine-Genocide in Soviet Ukraine (Holodomor), (acedido a 8 de Julho de 2007) 2. r para cima War Criminality: A Blank Spot in the Collective Memory of the Ukrainian Diaspora, John - Paul Himka, Spaces of dentity 5.1 (2005), pp. 9-24, (acedido a 11 de Janeiro de 2007) 3. r para cima Holocaust by hunger: The truth behind Stalin's Great Famine, Simon Sebag Montefiore, $aily -ail, 26 de Julho de 2008, (acedido a 8 de Setembro de 2008) 4. r para cima Soviet "Paradise" Revisited: Genocide, Dissent, Memory and Denial, Dr. Eric J. 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