O Império Português e A Concorrência Internacional

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O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA

INTERNACIONAL
A crise do Império Português
 Motivos que levaram à crise (I)
 Dispersão dos territórios (África, Ásia e América);
 Despesas muito elevadas:
 Compra de produtos;
 Compra de armamento;
 Construção de navios;
 Construção de fortalezas;
 Manutenção;
 Pagamento de funcionários e soldados.
A crise do Império Português
 Motivos que levaram à crise (II)
 Distância e duração das viagens;
 Corrupção;
 Ataques de piratas e corsários.
D. Sebastião
e o projecto para África
Duas correntes de opinião entre a nobreza, acerca do que
devia ser feito para contrariar a crise da segunda metade do
século XVI:

 Manutenção do Império do Oriente


 Criação de um Império no Norte de África

D. Sebastião opta pela segunda: quer criar um grande


Império em Marrocos
4 de Agosto de 1578: batalha de Alcácer-Quibir

 O rei morre em batalha


O problema da sucessão em 1578…
 Problemas:
 D. Sebastião não tinha filhos nem irmãos.
 O rei só tinha, como familiar mais próximo,
um tio-avô que já era idoso e, para além disso,
era membro da Igreja Católica – o Cardeal D.
Henrique, Inquisidor-Mor do Reino…
 D. Henrique sucede a D. Sebastião, mas morre
em 1580.
 Não tinha filhos nem irmãos…
 CRISE DE SUCESSÃO

 Teria de ser um dos sobrinhos a suceder-lhe


no trono, mas qual?
 Filipe II de Espanha?
 D. Catarina de Bragança?
 D. António, Prior do Crato?
 (todos eram netos do rei D. Manuel)
Candidatos ao trono
 Filipe II de Espanha
 Era o rei mais poderoso do mundo.
 Tinha o apoio:
 Da alta nobreza e do alto clero (queriam novos cargos)
 Da burguesia (queria acesso a novos mercados)
Candidatos ao trono
 D. Catarina de Bragança
 Tinha contra si o facto de ser mulher e “apenas”
Duquesa.
 Tinha o apoio:
 Da mais antiga nobreza de Portugal.
Candidatos ao trono
 D. António, Prior do Crato
 Era filho ilegítimo do Infante D. Luís.
 Era membro do clero.
 Tinha o apoio do povo.
 Foi derrotado na batalha de Alcântara e exilou-se em
Paris.
Cortes de Tomar - 1581
 Objectivo: aclamar Filipe II como rei de
Portugal.
 Promessas do novo monarca:
 Manutenção da independência nacional.
 O cargo de vice-rei/governador seria para um
português.
 Os cargos da administração, finanças, justiça,
militares e eclesiásticos, seriam para portugueses.
 Não seriam retirados territórios a Portugal.
 Manter-se-ia o uso da moeda e da língua
portuguesa.
Império Espanhol em 1581 (Europa)
Império Espanhol em 1581
(resto do Mundo)
IMPÉRIO HOLANDÊS
PROVÍNCIAS UNIDAS DOS PAÍSES
BAIXOS (HOLANDA)
 Grande desenvolvimento da agricultura,
indústria têxtil, construção naval e comércio
do Mar do Norte.

Defendiam o conceito de Mare Liberum (Hugo


Grócio):
 . opunha-se ao Mare Clausum (Mar Fechado);

 . qualquer país tinha o direito a navegar pelos

mares;
 . Qualquer país tinha o direito de fazer

comércio com qualquer povo/zona do mundo.


Importância dos Holandeses (I)
 Eram grandes intermediários entre o sul e o
norte da Europa.
 Os seus barcos eram fretados para transporte
de mercadorias (cerca de ¾ dos barcos
mercantis que navegavam na Europa eram
holandeses).
Importância dos Holandeses (II)
 Amesterdão tornou-se
a principal cidade
comercial europeia.
Importância dos Holandeses (III)
 A burguesia holandesa era activa e
empreendedora.
 Criaram-se companhias comerciais para fazer
face à concorrência ibérica, com poderosas
frotas marítimas, defendidas por navios de
guerra.
Companhia das Índias Ocidentais: Brasil e Antilhas - comércio do
açúcar e escravos.

Companhia das Índias Orientais: Rota do Cabo – especiairas,


porcelanas, chá e sedas.
Império Inglês
 Grande potência colonial a partir da 2ª
metade do século XVII:
. Larga experiência marítima dos ingleses;
. Ataques de piratas e corsários ingleses aos
navios ibéricos, durante os sécs. XVI e XVII.
. 1558-1603: No reinado de Isabel I, os ingleses
queriam dominar e fazer comércio nas regiões
descobertas.
. Com o princípio do Mare Liberum vão
conquistar territórios nas Antilhas, Golfo da
Guiné e feitorias portuguesas no Oriente.
. Comércio: açúcar, rum e escravos.
Vitória sobre os espanhóis

DERROTA DA “GRANDE ARMADA” DE


ESPANHÓIS E PORTUGUESES (ERRADAMENTE
DESIGNADA POR “INVENCÍVEL ARMADA”)
Acto de Navegação (1651)
 O transporte de mercadorias de outros países e
das colónias inglesas só poderia ser feito por
navios ingleses ou por navios dos países de
origem dos produtos.
 Objectivos: arruinar a frota holandesa e
desenvolver a construção naval e a marinha
mercante inglesa.

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