O documento discute os diferentes tipos de pisos industriais de concreto, incluindo pisos de concreto simples, armados, com fibras metálicas ou sintéticas, e protendidos. Também destaca a importância de se escolher o concreto adequado para cada projeto de piso, levando em consideração propriedades como resistência, consumo de cimento e aditivos.
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O documento discute os diferentes tipos de pisos industriais de concreto, incluindo pisos de concreto simples, armados, com fibras metálicas ou sintéticas, e protendidos. Também destaca a importância de se escolher o concreto adequado para cada projeto de piso, levando em consideração propriedades como resistência, consumo de cimento e aditivos.
O documento discute os diferentes tipos de pisos industriais de concreto, incluindo pisos de concreto simples, armados, com fibras metálicas ou sintéticas, e protendidos. Também destaca a importância de se escolher o concreto adequado para cada projeto de piso, levando em consideração propriedades como resistência, consumo de cimento e aditivos.
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O documento discute os diferentes tipos de pisos industriais de concreto, incluindo pisos de concreto simples, armados, com fibras metálicas ou sintéticas, e protendidos. Também destaca a importância de se escolher o concreto adequado para cada projeto de piso, levando em consideração propriedades como resistência, consumo de cimento e aditivos.
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Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] Tecnologia em Concreto Modernidade a servio do Cliente ANO 4 N 3 DEZEMBRO DE 2009
INFORMATIVO TECNICO
Pisos Industriais de Concreto Eng. M.Sc. Rodrigo Resende de S Gerente de Produo e Operao da Realmix Concreto Ltda. Eng. Dinsio Pereira Rocha Diretor da Bloco Engenharia e Construo Ltda. Eng. Flvio Henrique Braga Diretor da Project Projeto e Consultoria de Pisos Ltda. INTRODUO Durante muitos anos a pavimentao in- dustrial brasileira foi norteada por critrios de dimensionamento e execuo obsoletos que resultavam em pisos de concreto simples, com placas de pequena dimenso e grande espessura. Isso era um grande problema para as nossas indstrias, pois essas questes im- plicavam em pavimentos com patologias que ocasionavam perda de produtividade e neces- sitavam de grandes custos de manuteno. Porm, com o aumento da produo de nossas indstrias e com a necessidade de im- plementao de normas de qualidade e de se- gurana do trabalho, o setor de pavimentao industrial passou a receber maior ateno e investimento, tornando-se fundamental para o sucesso de nossas fbricas. Novos materiais, novas tcnicas e tecnologias passaram a ser utilizados. Telas soldadas, bras de ao, bras sintticas e protenso possibilitaram a execu- o de pavimentos de maior qualidade, com menor espessura, maior tamanho das placas de concreto, maior resistncia e durabilidade. A valorizao crescente dos bens imveis, tanto em termos de localizao, quanto de es- paos disponveis, vem despertando a cada dia para a necessidade do desenvolvimento das edicaes atravs modernizao dos equipa- mentos, verticalizao dos estoques, trabalhos em turnos diferenciados e etc. Neste contexto, as obras passaram a exigir a execuo de pi- sos com maior resistncia, durabilidade, baixa manuteno, fcil limpeza, aspecto esttico agradvel, alm de bons ndices de planicida- de e nivelamento. Desta forma, para cada obra especca, de- vem ser adotados parmetros tericos e prti- cos que possibilitem adotar a melhor soluo executiva, levando-se em considerao a lo- calizao e a nalidade do empreendimento, possibilitando especicar os materiais ade- quados, necessrios e disponveis na regio para aplicao no piso de concreto. TIPOS DE PISO DE CONCRETO A execuo do piso comea pelo desenvol- vimento de um projeto especco, onde deve ser levado em considerao os estudos do solo local atravs de ensaios de sondagem e carac- terizao, tipo(s) de utilizao(es), meios agressivos ou no, equipamentos que sero utilizados, entre outros. Todos estes parme- tros so essenciais para o desenvolvimento da soluo a ser aplicada, caso contrrio, os riscos de insucesso sero enormes. De nada adianta uma grande espessura de concreto e altas taxas de armaduras, se o piso for exe- cutado sobre um solo de baixa capacidade de reao (mole). A denio do piso comea pelo estudo do solo no qual este piso ser apoiado, tirando o 3
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Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] melhor proveito das camadas de apoio (base, sub-base) e minimizando custos com altas es- pessuras de concreto e taxas de armaduras. A partir deste estudo preliminar, dene-se a me- lhor soluo a ser aplicada. Pisos industriais so denidos como sendo elementos que esto continuamente apoiados e que so dimensionados para suportar cargas diferenciais quanto intensidade e forma de atuao. Para atender as variadas situaes de carregamentos a que so impostos podem ser executados sobre diferentes aspectos estrutu- rais e funcionais. Desta forma, os pisos de concreto podem ser classicados e dimensionados das manei- ras que se seguem. Pisos de concreto simples, sem armadu- ras Geralmente utilizados em pavimentaes de ruas e rodovias, aeroportos e praas de pe- dgios. Possuem grandes espessuras e altos ndices de juntas. O piso em concreto simples composto por placas que so separadas por juntas que controlam o fssuramento ocasionado pela retrao, empenamento e dilatao trmica. Entre essas placas podem ser utilizadas barras de ao a fm de transferir esforos entre uma placa e outra. Perfl tpico Piso em concreto simples (Figura 1) Concreto fck > 30,0 MPa Figura 1 Perfl tpico de um piso de concreto simples (OLIVEIRA, 2000). Pisos de Concreto armado Podem ser de armadura dupla, para cargas de grande monta ou armadura simples para combate a retrao. Possuem espessuras me- nores que os de concreto simples e menor n- dice de juntas, pois as armaduras possibilitam a execuo de placas de maiores dimenses. Perl tpico Piso armado com telas ele- trosoldadas (Figura 2) Concreto fck > 30,0 MPa Figura 2 Perfl tpico de um piso de concreto com te- las eletrosoldadas (OLVERA, 2000). Pisos de concreto com adio de bras metlicas Estas bras, em muitos casos, substituem as armaduras convencionais em telas. Sua grande vantagem a facilidade de aplicao, pois j so adicionadas ao concreto ainda na usina e dispensam completamente a necessi- dade da execuo de armao. O diferencial desse tipo de pavimento em relao ao piso com armadura distribuda o fato de o componente responsvel pelo con- trole da ssurao da placa de concreto ser a bra de ao. Devido a sua ductilidade esse material se deforma, absorvendo os esforos oriundos da retrao hidrulica do concreto, o que diminui a ocorrncia de ssuras. Pisos de concreto com adio de bras sintticas Este tipo de bra muito utilizado para o combate retrao inicial do concreto e vem ganhando mercado em substituio as bras de ao em pisos com cargas leves e modera- das. 2 Av. W6, Area 34, CEP 74922790 Aparecida de Goiania GO Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] Perl tpico - Piso estruturado com bras (Figura 3) Concreto fck > 30,0 MPa Figura 3 Perfl tpico de um piso de concreto com f- bras de ao ou fbras sintticas (DAL-MASO, 2008). Pisos de Concreto protendido O piso de concreto protendido utiliza-se de uma armadura que tracionada por macacos hidrulicos sendo essa fora transferia placa de concreto por meio de ancoragens situadas nas extremidades. Na realidade, trata-se da concretagem de placas de grandes dimenses sem a necessidade da execuo de juntas. Sua principal vantagem a baixa manuteno, de- vido a reduo signicativa de juntas no piso. Outra vantagem importante que neste siste- ma o concreto trabalha compresso, evitan- do ssuras. Todas estas vantagens melhoram a operacionalidade dos equipamentos (empi- lhadeiras, paleteiras), alm do custo do piso ser competitivo. Perl tpico Piso em concreto protendi- do (Figura 4) Concreto fck > 30,0 MPa Figura 4 Perfl tpico de um piso de concreto proten- dido (DAL-MASO, 2008). CONCRETO PARA PISOS A observao mais atenciosa de defeitos em pisos de concreto leva concluso de que boa parte dos problemas encontrados nos mesmos est relacionada escolha inadequa- da do tipo de concreto empregado e sua exe- cuo. Normalmente, o piso objeto de pouca ou nenhuma ateno na fase de projeto e qua- se sempre se especica um concreto de baixo desempenho para a sua execuo (concretos de baixa resistncia), levando a uma tendn- cia de desgaste supercial excessivo, soltando partculas e dando ao piso um aspecto empo- eirado. Desta forma, no intuito de se obter um pro- duto nal com as melhores caractersticas, propriedades e desempenho possveis, a es- colha adequada do concreto a ser utilizado de fundamental importncia. Neste contexto, devem ser analisados no apenas a resistn- cia a compresso do concreto, que de extre- ma importncia, mas tambm caractersticas do concreto tanto no estado fresco quanto no estado endurecido, como consumo e tipo de cimento, teor de argamassa, dosagem de aditi- vos, caracterizao dos agregados, abatimento do concreto, resistncia trao, resistncia ao desgaste, exsudao, segregao e retrao hidrulica. Propriedades estas que devem ser atentamente estudadas pela empresa fornece- dora de concreto (concreteira), am de que no ocorram problemas ou patologias futuras no piso executado (Figura 5). Figura 5 Piso pronto sem qualquer tipo de patologia decorrente do concreto utilizado. 3 Av. W6, Area 34, CEP 74922790 Aparecida de Goiania GO Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] Resistncia compresso do concreto Apesar de no ser o nico parmetro de medida para se avaliar o desempenho do piso de concreto, a resistncia compresso usualmente a propriedade mais empregada. A partir da resistncia do concreto, determi- na-se a espessura e a qualidade supercial do piso, alm de inuenciar tambm a retrao hidrulica, o empenamento e a deformao na placa. Com isso, a placa de concreto deve re- sistir adequadamente abraso, aos esforos de acelerao e frenagem, alm da trao oca- sionada pela exo. Normalmente costuma-se especicar para concretos de pisos industriais um fck de 30 MPa. Consumo e tipo de cimento De uma maneira geral, todos os tipos de cimento podem ser utilizados para a execu- o do concreto do piso industrial. Entretanto, para que haja uma melhor performance e de- sempenho do piso fundamental observar em que ambiente de agressividade o mesmo esta- r atuando, no intuito de se escolher o melhor cimento a ser empregado. O consumo de cimento adequado por metro cbico de concreto tambm muito importan- te, interferindo em propriedades como a se- gregao, a exsudao e a retrao do mesmo. Vale ressaltar que excessos de cimento so ex- tremamente prejudiciais ao concreto. Caracterizao dos agregados A escolha adequada dos agregados tanto midos, quanto grados fundamental para a obteno de um concreto com as melhores caractersticas e propriedades possveis. Uma areia, ou um conjunto de areias que possu- am a sua distribuio granulomtrica dentro da zona tima de utilizao resultar em um concreto mais macio, compacto e coeso. Da mesma maneira, agregados grados mais re- sistentes e com ndice de forma mais cbico resultam em concretos com mdulos de de- formao e ruptura mais elevados. Dosagem dos aditivos Os aditivos so normalmente empregados com a nalidade de melhorar algumas proprie- dades do concreto fresco como a trabalhabili- dade e o tempo de pega. Entretanto, devem ser corretamente dosados no intuito de se evitar a segregao, a exsudao, retardos de pega excessivos, ou pega diferenciada do concreto empregado, podendo levar a srios problemas no instante do acabamento do piso. Abatimento (Slump) do concreto O abatimento (slump) do concreto a prin- cipal maneira de se medir a trabalhabilidade do mesmo. A trabalhabilidade adequada em cada situao de concretagem fundamental para a obteno de um produto nal de quali- dade, sem exsudao, segregao e retrao. No caso dos pisos de concreto, abatimen- tos muito baixos (inferiores a 8 cm) prejudi- cam o espalhamento do concreto, tornando-o bastante difcil e desgastante. Por isso devem ser evitados, principalmente nas situaes em que se exige elevados ndices de planicidade e nivelamento, nos quais o concreto dever ser retrabalhado (passagem de rgua de alumnio, oat, rodo de corte, etc.). No outro extremo, abatimentos muito elevados (superiores a 14 cm) podem contribuir para a ocorrncia de exsudao excessiva e segregao. A retrao, como j mencionado, aumentada, tambm, pelo maior consumo de gua. ETAPAS EXECUTIVAS DO PISO INDUSTRIAL Denido o projeto especco do piso, o qual contempla todos os aspectos tericos e prticos da soluo a ser aplicada na obra, a execuo do mesmo inicia-se atravs da for- mao de uma cadeia de empresas qualica- das que, em sintonia, desenvolvero todo o processo construtivo. Esta cadeia formada pelas seguintes empresas: empresa de terra- 4 Av. W6, Area 34, CEP 74922790 Aparecida de Goiania GO Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] plenagem, usina de concreto, construtora de pisos, laboratrio de ensaios tecnolgicos, projetista e cliente/usurio; lembrando que, essencial que a coordenao de todo o proces- so seja realizada por um engenheiro capacita- do e responsvel pelas denies, determina- es e prazos de cada etapa a ser realizada. Na sequncia, segue cada uma destas eta- pas. Terraplenagem A base e sub-base so realizadas por equi- pamentos especcos de terraplanagem e deve ser acompanhado sempre por topgrafo e la- boratrio especializado em solos, conferin- do todos os aspectos descritos no projeto do piso. Montagem das armaduras (caso neces- srio), quando no so bras ou cabos de protenso Geralmente a empresa construtora do piso tambm se responsabiliza por esta etapa do processo. Caso contrrio, esta etapa pode ser terceirizada e conferida pelo engenheiro coor- denador do piso da obra. Denio do trao do concreto No projeto do piso so especicados todos os parmetros necessrios para a composio do trao do concreto. Estes dados so impres- cindveis e devem contemplar: Resistncia caracterstica do concreto (fck) e fctm,k (em alguns casos); Consumos mnimos e mximos de ci- mento; Abatimento de lanamento; Relao gua/cimento mxima; Teor de argamassa muito importante no caso de adio de bras; Exsudao mnima e mxima; Teor de ar incorporado; Tempo de incio de pega, avaliando o tempo de percurso da usina obra. Este dado fundamental para a denio do tipo e dosagem do(s) aditivo(s). Execuo da placa teste de concreto Recomendamos sempre a execuo de uma placa teste de concreto, com dimenses em torno de 300m 2 para avaliar todas as ca- ractersticas do trao de concreto aplicado bem como as etapas de acabamento do piso, equipamentos utilizados e disponibilizados pela empresa construtora do piso; chances de surgimento de patologias e, principalmente o aspecto visual nal que deve ser aprovado pelo cliente/usurio. Execuo do piso de concreto em larga escala Aps a execuo da placa teste deve ser realizada uma reunio com todas as empre- sas e/ou prossionais envolvidos para uma avaliao do sistema adotado e para possveis ajustes necessrios para a continuidade do processo executivo. Denidos os parmetros, iniciam-se ento as concretagens em larga escala, com volumes mdios dirios em tor- no de 80 a 120 m 3 . Lembrando que, quanto menores os intervalos entre pesagem e lana- mento do concreto, maiores as chances de um melhor acabamento supercial do piso. Em caso de grandes intervalos entre as descargas, haver uma descontinuidade das operaes de acabamento nal realizada com os equipamentos acabadoras de superfcies, formando uma emenda aparente entre os concretos endurecido/fresco. Esta emenda pode vir a ssurar ou simplesmente gerar uma grande mancha no piso, comprometendo a es- ttica, planicidade e nivelamento do mesmo. Para evitar estes transtornos, recomendamos que os lanamentos de concreto ocorram sem- pre no perodo da manh, salvo obras de pavi- mentaes executadas a cu aberto em regies muito quentes e secas, onde as concretagens so realizadas no perodo noturno. 5 Av. W6, Area 34, CEP 74922790 Aparecida de Goiania GO Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] Cortes das juntas ou Protenso O perodo para a realizao dos cortes das juntas deve ocorrer sempre entre 6 a 12 ho- ras do trmino do acabamento do piso. Esta variao ocorre em conseqncia do tipo de cimento utilizado ou do tempo de incio de pega do concreto. Caso as juntas no sejam serradas ou a protenso no seja realizada (piso protendido), as chances da ocorrncia de trincas e fssuras so enormes. A paginao das juntas consta no projeto executivo do piso, bem como a profundida- de mnima do corte que deve ser maior que 1/3 da espessura do piso. Aps a execuo dos cortes, o piso e o interior das juntas devem ser limpos com hidrojateamento para evitar a impregnao da nata de cimento gerada pelos cortes. Aplicao de lquido endurecedor de su- perfcie (caso especicado) Para o aumento do brilho e tratamento anti-p, recomenda-se a aplicao do lquido endurecedor de superfcie sobre o concreto acabado liso. Este lquido penetra na porosidade da su- perfcie do piso e se cristaliza, diminuindo a permeabilidade do concreto. Porm, em pisos de concreto com baixa resistncia (menores que 20MPa) de nada adianta aplicar este tipo de produto para incremento da resistncia su- percial, pois a porosidade to intensa que o lquido endurecedor no permanecer na su- perfcie, ou seja, ele percolar para o interior da placa, no surtindo efeito algum. Tratamento das juntas Todas as juntas do piso devem ser tratadas, evitando a percolao de lquidos em seu in- terior e tambm para proteo das bordas do concreto do impacto gerado pelas rodas das empilhadeiras ou outros veculos de trans- porte. As juntas devem ser preenchidas com produtos especcos, tambm determinados no projeto, em funo do tipo de uso. Quanto maior o perodo entre a aplicao do concreto e o tratamento das juntas melhor ser a perfor- mance do produto de preenchimento aplica- do. A retrao, fenmeno natural do concreto (perda de volume), ocorre em maior intensida- de nas primeiras idades, perodo de hidratao do cimento e perda da gua de amassamento. Esta retrao ocasiona uma maior abertura das juntas, muitas vezes superior capacidade de exibilidade do produto de preenchimento utilizado. De acordo com o ACI (American Concrete Institute) item 9.10.1, o concreto continua retraindo por anos, mas as maiores movimentaes, ou as mais representativas, ocorrem no decorrer do primeiro ano, confor- me se segue: 20% no primeiro ms; 40% nos trs primeiros meses; 60% ao longo do ano. Portanto, quanto maior for o prazo entre execuo e preenchimento das juntas menores sero as necessidades de reparos e manuten- es no selante utilizado. VISUALIZAO DA SEQN- CIA EXECUTIVA DO PISO IN- DUSTRIAL A execuo de um piso de concreto indus- trial deve car a cargo de uma empresa espe- cializada nesta atividade tcnica. A construto- ra de pisos deve ter capacidade tcnica, mo de obra treinada e qualicada, alm de equi- pamentos adequados e em quantidade para cada operao de trabalho no piso. As Figuras 6 a 14 apresentam, ilustrativa- mente, a seqncia executiva de um piso de concreto industrial. Na seqncia, segue, tam- bm, os princpios ou mandamentos bsicos para a obteno de um piso de concreto de qualidade. Figura 6 Nivelamento a laser ou ptico das formas e montagem das armaduras 6 Av. W6, Area 34, CEP 74922790 Aparecida de Goiania GO Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] Figura 7 Lanamento do concreto Figura 8 Espalhamento e adensamento do concreto com rgua vibratria Figura 9 Aplicao do rodo de corte para obteno de planicidade e nivelamento Figura 10 Acabamento de superfcie mecnico com mquina dupla Figura 11 Placa de concreto acabada e inicio do pro- cesso de cura Figura 12 Cura mida do piso de concreto Figura 13 Corte das juntas do piso Figura 14 Protenso das cordoalhas no caso de piso protendido 7 Av. W6, Area 34, CEP 74922790 Aparecida de Goiania GO Telefax: (62) 32820400 www.realmixconcreto.com.br [email protected] Princpios ou mandamentos bsicos para a obteno de um piso de concreto de qualidade (CARVALHO, PRTICA RE- COMENDADA PR 5) 1 Mandamento: Elaborar um bom pro- jeto executivo do pavimento de concreto a partir de estudos detalhados de trfego e da fundao. 2 Mandamento: Dosar adequadamente o concreto a partir do estudo minucioso de seus materiais constituintes. 3 Mandamento: Especicar os mate- riais a serem utilizados na obra. 4 Mandamento: Denir os equipamen- tos a serem utilizados na obra. 5 Mandamento: Denir a logstica da obra. 6 Mandamento: Denir os procedimen- tos de execuo e de controle da fundao (subleito e sub-base). 7 Mandamento: Detalhar os procedi- mentos de execuo e de controle do con- creto simples, com foco na durabilidade e no conforto de rolamento do piso ou pa- vimento de concreto. 8 Mandamento: Executar a obra dentro dos padres de qualidade exigidos. 9 Mandamento: Gerenciar a obra. 10 Mandamento: Cuidar para que as empresas envolvidas na obra comprome- tam-se com a excelncia da qualidade do produto nal acabado. CONCLUSO Independente do tipo de soluo a ser ado- tada para a execuo dos pisos de concreto indispensvel a elaborao de um projeto es- pecco, realizado por engenheiros especiali- zados, uma construtora de pisos com capaci- dade tcnica e operacional comprovada e uma empresa fornecedora de concreto (concretei- ra) capaz de atender a todos os requisitos exi- gidos pelo projetista e pelo construtor. Todos os envolvidos no processo executi- vo devem ser geridos atravs de uma gesto nica, ou seja, deve haver uma liderana orga- nizadora de todo o processo, no qual todas as etapas so organizadas de forma seqencial e produtiva. As reunies preliminares envolvendo todas estas empresas de extrema importncia para o sucesso do empreendimento, pois esta inte- ratividade o diferencial na qualidade nal do piso, ou seja, todos os envolvidos devem estar sempre em plena comunicao, lembrando sempre que cada uma delas est trabalhando em prol de nico bem comum: o cliente. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS CARVALHO, Marcos Dutra de. Pisos in- dustriais de concreto. So Paulo: ABCP, 1989. CARVALHO, Marcos Dutra de. Os Dez Mandamentos da Pavimentao Rgida. Pavimento de Concreto Prtica Recomen- dada PR 5. So Paulo: ABCP. GRUPO DE ESPECIALISTAS EM PAVI- MENTAO DA ABCP. Controle Tecnol- gico da Qualidade da Camada de Concreto Simples. Pavimento de Concreto Prtica Recomendada PR 1. So Paulo: ABCP. GRUPO DE ESPECIALISTAS EM PA- VIMENTAO DA ABCP. Abertura e Se- lagem de Juntas. Pavimento de Concreto Prtica Recomendada PR 4. So Paulo: ABCP. DAL-MASO, J. Pisos Industriais de Con- creto com Armadura Distribuida Projeto e Execuo. 2008 77p. Monograa Univer- sidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. OLIVEIRA, P. L. Projeto Estrutural de Pavimentos Rodovirios e de Pisos Indus- triais de Concreto, SP. 2000. 246f. Disserta- o (Mestrado em Engenharia de Estruturas) Universidade de So Paulo, So Carlos. RODRIGUES, P. P. F.; CASSARO, C. F. Pisos Industriais de Concreto Armado, So Paulo: [s.n], 1998. 88p. Associada : 8