Sistemas Estruturais III - 23.08.17

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Sistemas estruturais III

Capítulo 1 – Propriedades do concreto

Prof. Danielle Airão Barros


Contato: [email protected]
DEFINIÇÕES

VANTAGENS DO USO DO CONCRETO


• Apresenta boa resistência à maioria das solicitações;
• Boa trabalhabilidade;
• Permite obter estruturas monolíticas. Existe aderência entre o concreto endurecido e o
que é lançado posteriormente, facilitando a transmissão de esforços.
• As técnicas de execução são conhecidas;
• Custo de execução;
• É um material durável, desde. que seja executado, conforme as normas;
• Apresenta durabilidade e resistência ao fogo superiores em relação à madeira e ao aço,
desde que os cobrimentos e a qualidade do concreto estejam de acordo com as
condições do meio em que está inserida estrutura;
• Possibilita a utilização da pré-moldagem;
• É resistente a choques e. vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e desgastes.
Mecânicos;
DEFINIÇÕES

DESVANTAGENS DO USO DO CONCRETO

• Elementos estruturais com maiores dimensões que o aço; e com peso específico
elevado (y = 25 kN/m³);
• As reformas e adaptações em geral são de difícil execução;
• É bom condutor de calor e som, exigindo, em casos específicos, associação com outros
materiais;
• São necessários um sistema de formas e escoramentos que geralmente precisam
permanecer no local até que o concreto alcance resistência e módulo de elasticidade
adequados;
DEFINIÇÕES
DEFINIÇÕES

Estrutura é a parte resistente da construção e tem as funções


de resistir as ações e as transmitir para o solo.

Em edifícios, os elementos estruturais principais são:


Lajes: são placas que, além das cargas permanentes, recebem
as ações de uso e as transmitem para os apoios; travam os
pilares e distribuem as ações horizontais entre os elementos
de contraventamento;
Vigas: são barras horizontais que delimitam as lajes, suportam
paredes e recebem ações das lajes ou de outras vigas e as
transmitem para os apoios;
Pilares: são barras verticais que recebem as ações das vigas ou
das lajes e dos andares superiores as transmitem para os
elementos inferiores ou para a fundação;
Fundação: são elementos como blocos, lajes, sapatas, vigas,
estacas etc., que transferem os esforços para o solo.
DEFINIÇÕES

As diversas características que o concreto endurecido deve apresentar para que possa ser
utilizado dependem fundamentalmente do planejamento e dos cuidados na sua execução.

O planejamento consiste cm definir as propriedades desejadas do concreto, analisar e


escolher os materiais existentes ou disponíveis, definir a dosagem do concreto, os
equipamentos para mistura, o transporte, o adensamento e a cura.

CONCRETO FRESCO:
• Consistência;
• Trabalhabilidade;
• Homogeneidade;
DEFINIÇÕES

CONSISTÊNCIA (ABNT NBR NM 67:1998):


• Maior ou menor capacidade que o concreto fresco tem de se deformar. Está relacionada
ao processo de transporte, lançamento e adensamento do concreto e varia, em geral,
com a quantidade água empregada, granulometria dos agregados e pela presença de
produtos químicos específicos.
• Concretos com menor consistência devem ser empregados em elementos com alta taxa
de armadura, que apresentam maior dificuldade de adensamento. Não havendo grande
quantidade de armadura nas peças, é melhor produzir concretos com maior
consistência e, em princípio, com menor quantidade de água. Nas peças com eixos ou
superfície inclinadas, tais como escadas e sapatas, o concreto deve ter consistência que
garante a forma adequada das peças, e neste caso ela deve ser menor.
DEFINIÇÕES

TRABALHABILIDADE:

Um concreto com slump alto é em geral fácil de ser lançado e adensado, sendo
considerado, portanto, de boa trabalhabilidade. O conceito de trabalhabilidade de um
concreto está ligado à maneira de efetuar seu adensamento.

A trabalhabilidade de um concreto, assim como sua consistência, depende da


granulometria, dos materiais sólidos, da incorporação de aditivos e, principalmente, da
relação água/cimento.
DEFINIÇÕES

Ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e


classe de agressividade prevista em projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a
serem atendidos. Na falta destes e devido à existência de uma forte correspondência entre
a relação água/cimento e a resistência à compressão do concreto e sua durabilidade,
permite-se que sejam adotados os requisitos mínimos expressos na Tabela 7.1.
DEFINIÇÕES

HOMOGENEIDADE:

A distribuição dos agregados graúdos dentro da massa de concreto é um fator importante


de interferência na qualidade do concreto. Quanto mais uniformes, ou regulares, os
agregados graúdos se apresentarem dispersos na massa, estando totalmente envolvidos
pela pasta, sem apresentar desagregação, melhor será a qualidade do concreto,
principalmente quanto à permeabilidade e à proteção proporcionada à armadura, além de
resultar cm um melhor acabamento.

→ NBR 14931:2023
DEFINIÇÕES

ADENSAMENTO:

O adensamento para obras de médio e grande


porte é feito por meio da aplicação de energia
mecânica ao concreto. Consiste basicamente,
em um primeiro momento, na separação dos
diversos compostos para, depois, misturá-los
adequadamente, evitando a formação de
bolhas de ar, vazios e segregação de materiais.

O adensamento deve fazer com que o


concreto preencha todos os cantos das
fôrmas. Para que seja atingido um
adensamento satisfatório, o processo mais
simples e usual é a vibração mecânica, obtida
pela imersão de vibradores na massa de
concreto. Ela deve ser feita de maneira que
não falte energia à mistura, provocando o
aparecimento de vazios (bicheiras), ou ocorra
um excesso, causando a separação dos
elementos (segregação).
DEFINIÇÕES

PEGA DO CONCRETO:

O endurecimento do concreto começa poucas horas após sua produção (“pega”). O início
da pega ocorre quando a consistência do concreto não permite mais a sua
trabalhabilidade. Um meio prático de caracterizar o início da pega é fazendo a medição
da profundidade de penetração de uma haste, de peso e tamanho predefinidos, no
concreto. Quando a profundidade atingida apresentar um valor menor que um limite
preestabelecido, considera-se que está iniciada a pega, devendo-se, então, começar os
procedimentos de cura.

NBR 14931:2023 recomenda que, em condições normais de clima e de composição do


concreto, o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de
amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse
2h30min e ainda estabelece que devem ser tomadas providências para reduzir a perda
de água no concreto (cura) imediatamente após as operações de lançamento e
adensamento.
DEFINIÇÕES

CURA DO CONCRETO

Após o início da pega, a hidratação. do concreto se desenvolve com grande velocidade, e


nesse período a água existente na mistura tem a tendência de sair pelos poros do material
e evaporar. Esta evaporação pode comprometer as reações de hidratação do cimento,
fazendo com que o concreto sofra uma diminuição de volume (retração) maior que a
usual. Essa retração é parcialmente impedida pelas fôrmas e armaduras, gerando tensões
de tração que não podem ser resistidas pelo concreto.

Medidas para evitar a evaporação precoce ou, até mesmo, o fornecimento de água ao
concreto, de modo a conservar a umidade necessária para as reações de hidratação até
que as propriedades esperadas para esse concreto sejam atingidas. Ao conjunto dessas
medidas dá-se o nome de cura.
DEFINIÇÕES

Fonte: NBR6118:2014 - Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos, Rio de Janeiro


DEFINIÇÕES

NBR 5738:2015 Concreto: Procedimento para moldagem e cura do corpo de prova


NBR 5739:2018 Concreto: Ensaio de compressão em corpos de prova cilíndricos
NBR 12655:2022 Concreto de cimento Portland: Preparo, Controle, Recebimento e
Aceitação - Procedimento

Fonte: NBR6118:2014 - Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos, Rio de Janeiro


RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

Os valores da resistência proporcionados pelos distintos


corpos de prova são mais ou menos dispersos, variando de
uma obra a outra e também de acordo com o rigor com que
se dosa o concreto.

“Os resultados da resistência à compressão de diversos


corpos de prova de um mesmo concreto, qual será o valor da
resistência representativa deste?
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

NBR 7222 - Concreto e argamassa – Determinação da resistência à tração por compressão


diametral de corpos de prova cilíndricos
NBR 12142 - Concreto: Determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova
prismáticos
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

Ensaio de compressão diametral (spliting test)


É o ensaio mais utilizado. Também é conhecido internacionalmente como Ensaio Brasileiro.
Foi desenvolvido por Lobo Carneiro, em 1943. Para a sua realização, um corpo-de-prova
cilíndrico de 15cm por 30 cm é colocado com o eixo horizontal entre os pratos da prensa
sendo aplicada uma força até a sua ruptura por tração indireta.
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
MÓDULO DE ELASTICIDADE

→ Relação entre as tensões e as deformações.


Sabe-se da Resistência dos Materiais que a relação entre tensão e deformação, para
determinados intervalos, pode ser considerada linear (Lei de Hooke).
MÓDULO DE ELASTICIDADE
MÓDULO DE ELASTICIDADE
MÓDULO DE ELASTICIDADE
MÓDULO DE ELASTICIDADE
MÓDULO DE ELASTICIDADE
MÓDULO DE ELASTICIDADE
COEFICIENTE DE POISSON

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