Exercícios

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31. Tales de Mileto afirmava que a gua a origem de todas as coisas.

. Friedrich Nietzsche, no fim do sculo XIX, considerou Tales, por conta dessa afirmativa, o primeiro filsofo, como se pode confirmar na passagem de A filosofia na poca trgica dos gregos citada no volume da coleo Os pensadores dedicado aos prsocrticos. Nietzsche considera que a razo pela qual Tales o primeiro filsofo grego que ele: A) abandonou "o mito e as narrativas mgicas" B) asseverou algo sobre "a origem das coisas" C) afirmou implicitamente que "tudo um" D) usou "mtodos cientficos" de abordagem E) preservou "a experincia emprica" ao pensar 32. O embate entre sofistas e filsofos na antiguidade grega um tema central quando se discute a origem do pensamento ocidental. No captulo "Pr-socrticos: fsicos e sofistas", contido no livro Curso de filosofi a, organizado por Antonio Rezende, Maura Iglsias explica que, ao tempo da velhice de Scrates, surgiram sofistas que se especializaram em uma tcnica de disputa verbal que, ao contrrio da dialtica socrtica, no pretendia alcanar conhecimento algum. De acordo com a autora, essa tcnica sofstica que visava a refutar o adversrio a qualquer custo e ganhar a disputa chama-se: A) erstica B) maiutica C) ironia D) catarse E) dialtica ascendente 33. No "Livro X" do dilogo de Plato A Repblica, o personagem Scrates empreende uma investigao da poesia tendo em vista a teoria das ideias. Ao discutir os diferentes tipos de produo a partir do exemplo do "leito", Scrates afirma que Deus fez um nico leito, que "o leito essencial". Ele explica (597c), ainda, que, na hiptese de que Deus houvesse feito dois leitos, de pronto: A) surgiria um terceiro, somando-se s ideias dos dois primeiros, passando a existir trs leitos essenciais B) surgiria um terceiro, em cuja ideia os dois primeiros teriam de incluir-se, passando este outro a ser o leito essencial C) surgiria um terceiro, um quarto, um quinto, e assim indefinidamente, aproximando-se cada vez mais do essencial D) no haveria mais o leito essencial, passando a existir apenas leitos determinados produzidos pelo carpinteiro E) no haveria mais o leito essencial, passando a existir apenas simulacros de leitos produzidos pelo pintor 34. Na sua Fsica, Aristteles apresenta a famosa doutrina das causas. Conforme explica Maria do Carmo Bettencourt de Faria, no artigo O realismo aristotlico presente na coletnea Curso de filosofia

organizada por Antonio Rezende, as causas do ser tal como formuladas por Aristteles so no total: A) duas: material e final B) trs: material, formal e eficiente C) trs: material, eficiente e final D) trs: formal, eficiente e final E) quatro: material, formal, eficiente e final 35. Segundo Marilena Chau, em Convite filosofia, a religio crist introduziu duas diferenas fundamentais no que at ento era a concepo tica antiga prevalecente. De acordo com a autora, essas duas diferenas instauradas pelo cristianismo estavam nas ideias de que: A) a virtude se define por nossa relao com Deus e no com a cidade nem com os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o mal B) a virtude se define por nossa relao com Deus e, ao mesmo tempo, com a cidade e os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o mal C) a virtude se define por nossa relao com Deus e no com a cidade nem com os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o bem D) a virtude se define por nossa relao com Deus e, ao mesmo tempo, com a cidade e os outros; e de que temos vontade livre, sendo o primeiro impulso de nossa liberdade dirigido para o bem E) a virtude se define por nossa relao com Deus e no com a cidade nem com os outros; e de que no temos vontade livre, pois o impulso de nossa liberdade dirigido por Deus 36. De acordo com Leandro Konder, em Filosofia e educao: de Scrates a Habermas, foi por ter conscincia de que seu tema era muito abrangente e por estar atento mudana constante do real, que Michel de Montaigne teria inventado, no sculo XVI, o gnero do: A) aforismo B) tratado C) sistema D) ensaio E) sermo 37. Em suas Meditaes, Ren Descartes empreende um mtodo argumentativo que lhe permite questionar todo o conhecimento adquirido, na busca por se esvaziar de todas as opinies e crenas para, a partir da, estabelecer algo firme e constante nas cincias. Tal mtodo cartesiano implica uma ordem necessria na apresentao de seus argumentos. o que se v na passagem da "Meditao Segunda" para a "Meditao Terceira", nas quais Descartes prova antes a existncia:

A) de Deus, e depois a existncia do ser pensante B) do ser pensante, e depois a existncia de Deus C) do gnio maligno, e depois a existncia de Deus D) de Deus, e depois a existncia do gnio maligno E) dos sentidos, e depois a existncia do ser pensante 38. Em sua tica, Spinoza explora o importante tema da servido, especialmente na quarta parte do livro. J na primeira frase dessa quarta parte da tica, Spinoza esclarece o que entende por servido, que ento definida como impotncia: A) divina para organizar e gerenciar os afetos B) divina para organizar e gerenciar as razes C) humana para regular e refrear os afetos D) humana para regular e refrear as razes E) humana para aniquilar e exterminar os afetos 39. Em sua Investigao acerca do entendimento humano, David Hume fala daquele que considera ser "o nico princpio que torna til nossa experincia e nos faz esperar, no futuro, uma srie de eventos semelhantes queles que apareceram no passado". Segundo Hume, esse princpio, que seria o grande guia da vida humana, : A) a f B) a razo C) a imaginao D) o costume E) o entendimento 40. "Por sntese entendo, no sentido mais amplo, a ao de acrescentar diversas representaes umas s outras e de conceber a sua multiplicidade num conhecimento", afirma Immanuel Kant em sua Crtica da razo pura. Tal sntese seria efeito da faculdade da imaginao, mas reportar essa sntese a conceitos, segundo Kant, uma funo que cabe: A) ao costume B) ao entendimento C) f D) intuio E) sensibilidade 41. Na Crtica da faculdade do juzo, Immanuel Kant afirma que a faculdade do juzo em geral consiste em pensar o particular como contido no universal. Mas ele distingue duas maneiras como isso pode ocorrer. Em um primeiro caso, o universal (a regra, o princpio, a lei) dado. Em um segundo caso, apenas o particular dado, e a faculdade do juzo dever encontrar o universal. Segundo Kant, no primeiro e no segundo casos tm-se, respectivamente, juzos: A) tericos e prticos B) determinantes e reflexivos

C) estticos e teleolgicos D) intuitivos e transcendentais E) morais e cognitivos 42. Nos seus conhecidos Cursos de esttica I, oferecidos no comeo do sculo XIX, Hegel expe a posio que a arte possui dentro de seu sistema filosfico. Para tanto, explica tambm em que, para ele, consistiria o estatuto ontolgico da obra de arte. Nesse sentido, Hegel afirma que a obra de arte situa-se: A) abaixo da sensibilidade imediata e muito distante do pensamento ideal B) junto da sensibilidade imediata e distante do pensamento ideal C) justamente entre a sensibilidade imediata e o pensamento ideal D) junto do pensamento ideal e distante da sensibilidade imediata E) acima tanto da sensibilidade imediata quanto do pensamento ideal 43. No terceiro de seus escritos juvenis de cunho crtico intitulados como "intempestivos", Friedrich Nietzsche tratou especificamente do tema da educao. Na "III Considerao intempestiva: Schopenhauer educador", Nietzsche declara que deve ser o objetivo da cultura o engendramento: A) do gnio B) do filisteu C) do erudito D) do funcionrio E) da opinio pblica 44. Ludwig Wittgenstein, no Tractatus Lgico-Philosophicus, apresenta uma srie de erros e de confuses que ocorrem no emprego mais cotidiano da linguagem. "Para evitar esses equvocos, devemos empregar uma notao que os exclua, no empregando o mesmo sinal em smbolos diferentes e no empregando superficialmente da mesma maneira sinais que designem de maneiras diferentes". Tal notao que Wittgenstein procura como soluo para os problemas da linguagem teria, em seu centro, a obedincia: A) ao verso livre da poesia B) ao mtodo cartesiano C) informtica computacional D) argumentao escolstica E) gramtica lgica 45. Na Introduo de Ser e tempo, Martin Heidegger logo estabelece que a sua investigao sobre a questo do ser seguir o mtodo fenomenolgico. Pela expresso "fenomenologia", Heidegger entende um conceito de mtodo que: A) no caracteriza os objetos da investigao filosfica, mas a

quididade real dos seus sujeitos, quem eles so. B) caracteriza a quididade real dos objetos da investigao filosfica, mas no o seu modo, como eles o so. C) no caracteriza a quididade real dos objetos da investigao filosfica nem o seu modo, como eles o so. D) caracteriza tanto a quididade real dos objetos da investigao filosfica quanto o seu modo, como eles o so. E) no caracteriza a quididade real dos objetos da investigao filosfica, mas o seu modo, como eles o so. 46. Jean-Paul Sartre, no texto "O existencialismo um humanismo", busca defender sua posio filosfica de diversas crticas. "Assim respondemos, creio eu, a um certo nmero de censuras referentes ao existencialismo", escreve. Tal defesa, bastante contundente, ocorre tendo por base a definio do homem: A) pela religiosidade B) pelo quietismo C) pelo pessimismo D) pela ao E) pela tradio 47. No ensaio da dcada de trinta "O narrador", Walter Benjamin faz uma aguda anlise de sua poca ao constatar que, depois da Primeira Guerra Mundial, os combatentes voltavam silenciosos do campo de batalha. No incio desse texto, Benjamin declara que o que ele chamou de "experincia": A) subiu na cotao, e a impresso que prosseguir nessa subida indefinidamente B) subiu na cotao, e a impresso que prosseguir nessa subida at que sofra uma queda brusca C) variou entre subidas e descidas, e a impresso que se estabilizar na cotao D) caiu na cotao, e a impresso que prosseguir nessa queda interminvel. E) caiu na cotao, e a impresso que prosseguir nessa queda at que retome o crescimento 48. Em meados do sculo XX, Max Horkheimer e Theodor Adorno trataram, juntos, do "Conceito de iluminismo". Foram eles que cunharam a famosa sentena segundo a qual o iluminismo : A) totalitrio B) democrtico C) um humanismo D) a sada da menoridade E) liberdade, igualdade e fraternidade 49. Em A condio humana, Hannah Arendt elabora uma importante distino entre os mbitos da "ao" e da "fabricao". De acordo

com a autora, enquanto na fabricao h uma relao instrumental com as coisas determinada pela categoria de meios e fins, a ao desencadeia um processo marcado: A) apenas pela previsibilidade, mas no pela irreversibilidade B) apenas pela irreversibilidade, mas no pela imprevisibilidade C) apenas pela imprevisibilidade, mas no pela irreversibilidade D) tanto pela reversibilidade quanto pela previsibilidade E) tanto pela irreversibilidade quanto pela imprevisibilidade 50. Gilles Deleuze, a certa altura de O que a filosofia?, observa que, no comeo, os conceitos filosficos so e permanecem assinados. Ele, ento, d alguns exemplos. Entre os exemplos citados por Deleuze de conceitos assinados esto: A) a substncia, de Aristteles; a mnada, de Leibniz; a durao, de Bergson B) a substncia, de Plato; a mnada, de Leibniz; a durao, de Bergson C) a substncia, de Aristteles; a potncia, de Leibniz; a durao, de Bergson D) a substncia, de Aristteles; a mnada, de Leibniz; a potncia, de Bergson E) a ideia, de Plato; a potncia, de Leibniz; a mnada, de Bergson GABARITO: 31-C 32-A 33-B 34-E 35-A 36-D 37-B 38-C 39-D 40-B 41-B 42-C 43-A 44-E 45-E 46-D 47-D 48-A

Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Secretaria de Educao - Prefeitura Municipal de So Jos - SC - FAEPESUL

PROVA DE FILOSOFIA 31. Mestres ilustres da retrica, Grgias, Protgoras, Prdicos, Hpias e Arquidamos, so conhecidos na histria da Filosofia como Sofistas. Aparentemente, as lies destes so consideradas um enciclopedismo vago e engenhoso, isto porque: A. contriburam para a subverso da ordem social, econmica e religiosa da Grcia, apresentando argumentaes contrrias ao governo; B. suas teorias eram insustentveis e baseadas, fundamentalmente, na prtica da dialtica e no exerccio da democracia plena; C. graas s tcnicas da linguagem que utilizavam, eles podiam defender sua posio, independncia e honra nas Cidades gregas; D. no possuam outro programa que no fosse ensinar aos alunos a falar bem de tudo e de no importar o qu, e de defender com persuaso, no importando a causa; E. faziam valer os princpios que fundaram o regime democrtico grego, estabelecendo assim a eficcia do saber das correntes sofsticas. 32. Felicidade o tema do Livro I da "tica a Nicmaco", de Aristteles. Segundo o filsofo, a felicidade um bem supremo para o qual todas as aes dos homens tendem; a felicidade a causa final do ser humano. Porm, ela atingida quando est de acordo com a atividade racional que o conduzir para a prtica da virtude. Para Aristteles, a virtude consiste na: A. prtica do amor. B. relao de amizade. C. vontade obsessiva. D. sensao de prazer. E. justa medida de equilbrio. 33. Considerado o verdadeiro fundador da escolstica medieval, Santo Anselmo retoma o projeto Agostiniano de compreender com a razo as verdadeiras revelaes. O seu lema e que exprime adequadamente esse enfoque : A. "A f na busca da compreenso" (FIDES QUAERENS INTELLECTUM). B. "Penso logo existo" (COGITO ERGO SUM). C. "A suma felicidade do homem encontra-se na contemplao da verdade" (ULTIMA HOMINIS FELICITAS EST IN CONTEMPLALIONE VENTATES). D. "O homem o lobo do homem" (HOMO HOMINI LUPUS). E. "O amor por principio, ordem por base, e o progresso por fim" (L?AMOUR POUR PRINCIPE, I ?ORDRE POUR BASE, LE PROGRS POUR BUT). 34. Pretendendo estabelecer um mtodo universal, inspirado no rigor

da matemtica e no encadeamento racional, Ren Descartes elabora quatros regras fundamental, so elas: A. contradio, anlise, evidncia e desmembramento. B. evidncia, anlise, sntese e desmembramento. C. matemtica, ordem, intuio e evidncia. D. anlise, deduo, intuio, e evidncia. E. verificao, anlise, intuio e sntese. 35. O existencialismo teve grande influncia na filosofia moderna, tendo como objeto de estudo reflexes antropolgicas, sobre a maneira de ser do ser humano e sua individualidade. A existncia do Ser Humano que define a sua essncia, o homem que se faz em sua existncia. O filsofo mais expressivo da corrente existencialista : A. Friedrich Nietzsche. B. Michel Foucault. C. Ludwig Wittgenstein. D. Immanuel Kant. E. Jean Paul Sartre. 36. Aps o perodo da Revoluo Industrial comeou-se a detectar graves problemas ambientais, resultantes do funcionamento inapropriado das grandes indstrias, afetando sensivelmente a qualidade de vida e dos recursos naturais existentes. Uma das principais causas da deteriorao do meio ambiente o individualismo, a alienao e a falta de compromisso do homem com o meio em que ele vive. Karl Marx utiliza o termo alienao para designar: A. o processo em que os indivduos contribuem com as suas potencialidades, com os objetos por eles criados. B. a criatividade humana em produzir cultura atravs da arte, materiais inditos e conhecimento. C. as relaes humanas de consumo, lazer e relaes scio-afetivas, como o amor e a felicidade. D. a venda do trabalho humano como mercadoria, tornando o homem escravo do capitalismo. E. o isolamento do individuo na sociedade, impossibilitado de interagir com o meio ambiente em que vive. 37. Durante um longo perodo da histria medieval, Deus foi o ponto de toda a cultura e das atenes da arte. No Renascimento, o eixo se desloca para o homem: o homem como centro do universo. Nesse clima, em que impera o humanismo, surge a Renascena. Leonardo da Vinci - autntico representante desse perodo - concebe a arte como uma recriao da natureza, que exige conhecimentos cientficos e sistematizados, revelando conhecimentos de fsica e matemtica aplicadas arte. A arte renascentista caracterizada como: A. uma viso poltica do mundo, criando uma ligao entre a arte e a crtica, ressaltando o ponto de vista negativo e do homem. B. a imitao da realidade, utilizando-se de conhecimentos cientficos, recursos tcnicos e estticos do que se v do mundo.

C. criao e libertao das simetrias e das formas pr determinadas, alm da luminosidade e do movimento. D. a contemplao da perfeio, do belo e da sabedoria divina, em que o artista valoriza a beleza, a verdade e as paixes. E. uma tenso social e intelectual do liberalismo vigente, fala-se e descreve-se sobre religio, poltica e burguesia. 38. Atualmente, a Grcia estampa grandes manchetes dos jornais mundiais, isto porque o pas atravessa uma grave crise econmica devido ao acmulo de dvidas internacionais. O povo grego vai s ruas protestar as medidas de austeridade, impostas pelo governo, protagonizando assim cenrios de intensas manifestaes polticas e sociais. Na obra "Contrato Social", de Jean Jacques Rousseau, o filsofo exprime a necessidade de harmonia entre cidados e governo, estabelecendo-se um pacto social. O pensamento central sobre o pacto social : A. O oferecimento da educao sistemtica, como ao do individuo, e desenvolvimento cultural e econmico da sociedade. B. a autonomia do governante sobre a sociedade, cabendo exclusivamente ao governante o poder e deciso poltica no Estado. C. a submisso vontade geral, onde a vontade particular e individual substituda pelo interesse coletivo em prol de um bem comum. D. o desenvolvimento econmico, devido s desigualdades sociais e conflitos entre exploradores e explorados do estado liberal. E. o estabelecimento da teoria do direito divino dos reis, onde cabe a manuteno de uma autoridade soberana sobre o Estado. 39. A Filosofia possui uma caracterstica peculiar que compreender o mundo e agir sobre ele. Forma-se um corpo de conhecimentos para dar sentido ao mundo e desvendar a realidade. Desenvolver uma conscincia critica , por excelncia, uma das essncias da Filosofia, que tambm tem uma relao direta com a: A. religio. B. reflexo. C. reminiscncia. D. revelao. E. refutao. 40. Principal herdeiro do positivismo lgico e um dos mais influentes filsofos da cincia da segunda metade do sculo XX, ele criticou o critrio de verificabilidade ou verificao cientifica e formulou uma teoria onde a nica possibilidade de aquisio do saber cientifico o critrio da refutabilidade ou da falseabilidade, em que uma teoria cientifica vlida na medida em que suas propores podem ser empiricamente falsificveis atravs de experimentos, teses e observaes, o que permite que se autocorrijam e se desenvolvam na direo de uma

verdade objetiva, afastando-se assim das teses irrefutveis e dogmticas. Estamos falando do filsofo: A. Hans Hahn. B. Walter Benjamim. C. Karl Popper. D. Theodor Adorno. E. Jurgen Habermas. GABARITO: 31-D 32-E 33-A 34-A 35-E 36-D 37-B 38-C 39-B 40-C CONCURSOS 2011 Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Municpio de Lucas do Rio Verde - MT MS 21. Dentre as teorias contemporneas de aprendizagem, destaca-se a que implica em estudar cientificamente a aprendizagem como um produto resultante do ambiente, das pessoas ou de fatores externos a elas. Preocupa-se em como as pessoas lidam com estmulos ambientais, organizam dados, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam smbolos. Esse pressuposto referese teoria: a) Associacionista. b) Comportamentalista. c) Cognitivista. d) Humanista. 22. Na teoria sociointeracionista, a criana aprende e se desenvolve a partir do contato com o meio em que vive e com as pessoas de seu convvio. Para Vigotsky, o funcionamento psicolgico estrutura-se a partir das relaes sociais estabelecidas entre a criana e o mundo exterior. Nesta perspectiva, o papel do professor : a) Ser o responsvel pela realizao das atividades educativas em grupo que estimulem a uniformidade. b) Ser mediador das relaes sociais, na qual a linguagem ocupa papel central no desenvolvimento da criana. c) Aplicar o currculo e desenvolver tcnicas e estratgias de

comunicao com intencionalidade educativa. d) Preocupar-se em ensinar as normas de comportamentos preestabelecidos socialmente. 23. A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 9394/96, em seu Artigo 24, inciso V, estabelece que a verificao do rendimento escolar observar os seguintes critrios: a) Avaliao contnua com obrigatoriedade de recuperao. b) Avaliao contnua e cumulativa do desempenho do aluno. c) Avaliao cumulativa prevalecendo os aspectos quantitativos dos resultados ao longo do perodo letivo. d) Avaliao cumulativa com possibilidade de avano nos cursos e nas sries. 24. Dentre as prticas pedaggicas encontra-se a avaliao do processo ensino e aprendizagem. De acordo com Bloom (1993), h trs tipos de avaliao: diagnstica, formativa e somativa. Assinale a afirmativa CORRETA: a) A avaliao somativa tem como funo replanejar os contedos de ensino. b) A avaliao diagnstica aplica-se especificamente no incio do ano letivo. c) A avaliaa somativa permite aperfeioar as aprendizagens em curso sem a preocupao de classificar. d) A avaliao formativa tem funo controladora, orientadora e motivadora. 25. De acordo com Libneo, o planejamento um processo de racionalizao, organizao e coordenao da ao docente, articulando a atividade escolar e a problemtica do contexto escolar. Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ao, devem ser como um guia de orientao e devem: a) Apresentar ordem sequencial, objetividade, coerncia e flexibilidade. b) Apresentar objetividade, ordem sequencial e avaliao. c) Assegurar a elaborao e transmisso dos contedos. d) Prever objetivos e contedos independentes das condies socioculturais dos alunos. 26. Como afirma Libneo (1994, p. 225), "O planejamento no assegura, por si s, o andamento do processo de ensino". O importante que o planejamento sirva para o professor e para os alunos, que ele seja til e funcional a quem se destina objetivamente, atravs de uma ao consciente, responsvel e libertadora. Os elementos fundamentais para a elaborao do plano de aula so: a) Objetivos, contedos, exequibilidade e avaliao. b) Objetivos, contedos, intencionalidade e avaliao. c) Objetivos, contedos, estratgias e avaliao.

d) Objetivos, atividades, recursos e avaliao. 27. Assenta-se nos princpios da Pedagogia Progressista mais valor relao professor/aluno, na qual "educador e educandos so sujeitos do ato de conhecimento, eliminando-se toda atitude de autoritarismo". De acordo com essa concepo, ao professor cabe: a) Administrar as condies de transmisso dos contedos e mediar os conflitos de relacionamentos entre os alunos. b) Selecionar, organizar os contedos e os mtodos de aprendizagem, participao e memorizao. c) Propor contedos e mtodos compatveis com as experincias dos alunos, mobilizando-os para uma participao ativa. d) Ser apenas um elo entre o conhecimento e o aluno, mediando os problemas de relacionamento que interferem no processo de ensino e aprendizagem. 28. A avaliao escolar desenvolve-se nos diferentes momentos do processo ensino e aprendizagem. Na perspectiva de uma avaliao mediadora, as prticas avaliativas: a) Fundamentam-se em dados quantitativos a partir das respostas apresentadas pelos alunos nas atividades propostas. b) Baseiam-se em formas padronizadas de instrumentos avaliativos como: tarefas, exerccios, provas e testes. c) Devem ser parciais tendo em vista a capacidade de memorizao dos alunos. d) Exigem a observao individual de cada aluno, atenta ao seu momento no processo de construo do conhecimento. 29. Saviani (2005), seguindo a lgica da teoria dialtica de elaborao do conhecimento cientfico, explicita o movimento do pensamento em trs grandes momentos: ao momento de afirmao, ou seja, o momento de explicitar a viso de conjunto do todo; o momento de mediao, de negao da viso inicial e o momento em que se estabelece uma nova totalidade, concreta, caracterizada por novas relaes e determinaes. Esses momentos denominam-se, respectivamente: a) Sncrese, anlise e sntese. b) Anlise, interveno e sntese. c) Anlise, mediao e sntese. d) Teorizao, anlise e sntese. 30. "[...] o professor com autoridade tambm aquele que deixa transparecer as razes pelas quais a exerce: no por prazer, no por capricho, nem mesmo por interesses pessoais, mas por um compromisso genuno com o processo pedaggico, ou seja, com a construo de sujeitos que, conhecendo a realidade, disponha-se a modific-la em consonncia com um projeto comum". (Vasconcellos, 1995, p. 44). Nesse sentido, a educao escolar por meio da

autoridade e da disciplina deve: a) Apostar na liberdade e permissividade dos alunos. b) Despertar no aluno o senso de cidadania, de igualdade, de justia, de direitos e deveres. c) Estabelecer um conjunto de regras e valores que delimitam a liberdade. d) Ter como base de poder disciplinar o currculo, elemento fundamental na organizao pedaggica. 31. A tica ativa em ns a capacidade de pensar; ela nos leva a agir; tem a potencialidade de religar-nos aos outros; desdobra-se em dilogo; requer compromisso. Por outro lado, ela vivida subjetivamente, pois cada pessoa busca garantir o espao que lhe prprio; por outro lado, leva-nos a descentrar-nos e desenvolver o altrusmo (AGOSTINI, Nilo - p.10, 2010). Entende-se por "altrusmo": a) A disposio que inclina o ser humano a se dedicar aos outros. b) A interveno divina ou sobrenatural sobre as aes humanas. c) A disposio para o egocentrismo. d) A negao do apego, da venerao e da bondade humana. 32. As leituras na linha da ps-modernidade captam, por sua vez, o fracasso dos sistemas unitrios e totalizantes dos grandes relatos ideolgicos e passam a valorizar a diferena, o pluralismo, a relativizao, a desconstruo, o dissenso e o diferindo. Colocam em cena e do cidadania aos muitos estilos dspares, ao prprio de cada linguagem e formas de vida, fruio instantnea. como "danar nos abismos" (Nietzsche). A afirmao da proposio em destaque, segundo Nilo Agostini, p. 15, 2010, significa: a) Danar diante da libertao tica e esttica de novas possibilidades. b) Que o projeto moderno no foi concludo e, alm disso, contm uma utopia a se realizar. c) A modernidade, enquanto movimento histrico-cultural, caracteriza-se pelas revolues cientfica, poltica e cultural. d) Buscar a unidade na ao e na razo comunicativa. 33. Para Scrates a tica uma cincia e pode ser ensinada e que a conscincia, uma vez esclarecida, conduz a vontade ao Bem; este no seno o conjunto de proposies fruto do acordo entre o indivduo consigo mesmo e com os outros (AGOSTINI, Nilo - p. 24, 2010). Assim, a educao dos cidados consiste, numa tarefa tica primordial. Essa tarefa (doutrina) da tica chamada de: a) Intelectualismo moral. b) Maiutica. c) Ironia. d) Virtude.

34. Aristteles, longe do rigorismo moral de Plato, no dispensa nada desse mundo. A verdade no est fora desse mundo. Para ele, "o universo aparece como uma imensa hierarquia de planos da realidade subtendidos, orientados, "aspirados" por um movimento de conjunto em direo Perfeio; todo indivduo duplo, composto de uma "matria" (uma capacidade indefinida e confusa a transformar) e de uma "forma" (uma tendncia organizao, realizao estruturada das qualidades potenciais da matria). Numa escala de ascenso contnua chega-se aos nveis superiores, uma Forma das formas, identificada como Deus, o Bem ou o primeiro Motor, sendo o topo da pirmide, o que ama sendo atrado pelo objeto amado" (AGOSTINI, Nilo - p. 28-29, 2010). Sabemos que os primeiros tratados de tica foram elaborados por Aristteles. Assinale a alternativa que apresenta o tratado tico elaborado por Aristteles: a) tica a Nicmaco. b) tica a Dianotica. c) tica a Diacmaco. d) tica a Nicmalo. 35. A felicidade, para Aristteles, no corresponde busca de riquezas, de honrarias, pois estas so apenas "meios". , antes, fruto da busca do bem perfeito, desejado por si mesmo e no como meio, que torna o ser humano "autossuficiente". A palavra "felicidade" como meio para alcanar o Fim que desejamos por si mesmo traduzida na filosofia aristotlica por: a) Eudaimonia. b) Experdise. c) Eugenia. d) Maiutica. 36. medida que o cristianismo transforma-se em religio oficial do Imprio Romano e passa a ser a referncia principal para a sociedade, destaca-se a emergncia da tica crist. O predecessor das ticas medievais : a) Zeno de Ctio. b) Boaventura de Bagnoregio. c) Toms de Aquino. d) Agostinho de Tagaste. 37. Segundo Alfred N. Whitehead, "a histria da filosofia moderna a histria do desenvolvimento do cartesianismo em seu duplo aspecto, de idealismo e de mecanicismo. Ou seja, o desenvolvimento da filosofia moderna avana medida que desdobra as temticas subjacentes res cogitans e res extensa" (AGOSTINI, Nilo - p. 42, 2010). Whitehead, ao referir-se coisa pensante e a tudo que extenso e divisvel, est referindo-se a filosofia de: a) Friedrich Nietzsche. b) Immanuel Kant.

c) David Hume. d) Ren Descartes. 38. Considerando as ticas da era da "conscincia" (Nilo Agostini- p 41-50), relacione os seguintes filsofos aos pensamentos apresentados e defendidos por eles: I - Ren Descartes. II - David Hume. III - Immanuel Kant. IV - Friedrich Nietzsche. ( ) A razo humana entendida como reta razo (bona mens), que pertence a todos os seres humanos, sendo esta a "a coisa mais bem distribuda no mundo". ( ) Refuta o racionalismo e funda seu pensamento na experincia sensvel. Para ele, as paixes e os desejos so fontes diretas e imediatas das aes. ( ) A verdadeira moralidade supe um verdadeiro respeito pelos valores que esto implcitos na obedincia aos imperativos categricos. ( ) Rejeita a possibilidade do juzo moral, pois toda moral condicionada e particular, uma mera possibilidade histrica. A sequncia CORRETA : a) IV, II, III e I. b) I, IV, II e III. c) IV, III, II e I. d) I, II, III e IV. 39. No h como educar fora do mundo. Nenhum educador, nenhuma instituio educacional pode colocar-se margem do mundo, encarapitando-se numa torre de marfim. A educao, de qualquer modo que a entendamos, sofrer necessariamente o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob pena de no ser educao. Em funo dos problemas existentes na realidade que surgem os problemas educacionais, tanto mais complexos quanto mais incidem na educao todas as variveis que determinam uma situao. Deste modo, a "Filosofia na educao" transforma-se em "Filosofia da Educao" enquanto reflexo rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os problemas educacionais envolvem sempre os problemas da prpria realidade. A Filosofia da Educao apenas no os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo. No se pode encarar a educao a no ser como um que-fazer humano. Que-fazer, portanto, que ocorre no tempo e no espao, entre os homens, uns com os outros. Disso, resulta que a considerao acerca da educao como um fenmeno humano nos envia a uma anlise, ainda que sumria, do homem. A concepo humanista, que recusa os depsitos, a mera dissertao ou narrao dos fragmentos isolados da realidade, realiza-se atravs de uma constante

problematizao do homemmundo. Seu que-fazer problematizador, jamais dissertador ou depositor. A concepo humanista da educao defendida por: a) Jos Carlos Libneo. b) Antonio Joaquim Severino. c) Carl Rogers. d) Paulo Freire. 40. Analise as proposies das correntes filosficas da educao: I - Para Augusto Comte, o Positivismo a ltima etapa da humanidade, que se elevou do "estgio teolgico", no qual tudo se explicava de maneira mgica, e do "estgio metafsico", em que a explicao se contentava com palavras. A base terica do positivismo apresenta trs pontos: 1) Todo conhecimento do mundo material decorre dos dados "positivos" da experincia, e somente a eles que o investigador deve se ater; 2) Existe um mbito puramente formal, no qual se relacionam as ideias, que o da lgica pura e o da matemtica; e 3) Todo conhecimento dito "transcendente" ? a metafsica, a teologia e a especulao acrtica ? que se situe alm de qualquer possibilidade de verificao prtica, dever ser descartado. II - Concebe-se a fenomenologia como o estudo dos fenmenos em si mesmos, independentemente dos condicionamentos exteriores a eles, cuja finalidade apreender sua essncia que a estrutura de sua significao. Na segunda metade do sculo XVIII, o filsofo JeanHenri Lambert denominou a fenomenologia como a "teoria das aparncias", para distinguir a aparncia das coisas do que elas so em si mesmas; com Hegel, na Fenomenologia do Esprito (1807) " a cincia da experincia que faz a conscincia"; e Edmund Husserl, nas primeiras dcadas do sculo XX, faz da fenomenologia uma meditao sobre o conhecimento, considerando que tudo que dado conscincia o fenmeno. Para ele, a conscincia intencional e no est fechada em si mesma, mas define-se como certa maneira de perceber o mundo e seus objetos. III - O materialismo histrico a aplicao da teoria de Karl Marx ao estudo da evoluo histrica das sociedades humanas, pelas quais o modo de produo dos bens materiais condiciona a vida social, poltica e intelectual que, por sua vez, interage com a base material. Marx e Engels afirmam que a histria de todas as sociedades do passado a histria da luta de classes. Nesse sentido, no decorrer do processo histrico, as relaes econmicas evoluram segundo uma contnua luta dialtica entre os proprietrios dos meios de produo e os trabalhadores espoliados e explorados. IV - Para o pesquisador no materialismo histrico no h fechamentos e nem sistemas concludos, pois estar no mundo sempre interrog-lo. Coloca-se em destaque as percepes dos sujeitos e, sobretudo, salienta-se o significado que os fenmenos tm para as pessoas. Assim, "o mundo no aquilo que eu penso, mas aquilo que vivo, sou aberto ao mundo, comunico-me

indubitavelmente com ele, mas no o possuo, ele inesgotvel". Aps a anlise das proposies acima CORRETO afirmar que: a) Apenas a proposio I est incorreta. b) Apenas a proposio II est incorreta. c) Apenas a proposio III est incorreta. d) Apenas a proposio IV est incorreta. GABARITO: 21-C 22-B 23-B 24-D 25-A 26-C 27-C 28-D 29-A 30-B 31-A 32-A 33-A 34-A 35-A 36-D 37-D 38-D 39-D 40-D

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