FACULDADE DE TELMACO BORBA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA

DISCIPLINA: PROCESSO DE FABRICAAO DE POLPA

PAPEL TISSUE

Professor: Aluno:

Oswaldo vieira Gimerson Weigert

Telmaco Borba 2012

SUMRIO

1. Introduo...................................................................................3 2. Etapas do Processo de fabricao do papel tissue com papel Reciclados.......................................................................................3 3. Conceito de mquinas para a fabricao de papel tissue de alta qualidade.......................................................................................... 6 4. Propriedades avaliadas no papel tissue....................................10 5. Tipos de papis no mercado......................................................14 6. Aspectos de consumo de papel tissue......................................17

7. Referencias................................................................................. 19

1. Introduo
Papis tissue o nome genrico dado a uma categoria de produtos que, de acordo com a segmentao da Associao Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), engloba os seguintes papis: a) Higinico Popular; b) Folha Simples de Boa Qualidade; c) Folha Simples de Alta Qualidade; d) Higinico Folha Dupla; e) Toalha de Cozinha; f) Toalha de Mo; g) Guardanapo; h) Leno; e i) Leno Hospitalar. Os papis tissue so assim nomeados devido s suas propriedades fsicas, que lembram as de um tecido: suavidade, espessura, capacidade de absoro de umidade e resistncia. Esses papis possuem baixas gramaturas (15 a 50 g/m2) e so produzidos com base em diversos tipos de fibras podendo ser virgens ou recicladas. So usados para a produo de uma enorme gama de produtos e as exigncias de qualidade variam de acordo com o proposito e expectativas do consumidor.

2. Etapas do Processo de fabricao do papel tissue com papel reciclados - Desagregao

Consiste na desintegrao do papel velho por ao mecnica, em meio aquoso. Efetuada num pulper ou desfibrador, com consistncia elevada (16%), geralmente num processo descontinuo. Depois dessa desagregao realiza-se uma operao de crivagem ou depurao que remove partculas com dimenso superior a 10 mm. - Pr-depurao Os contaminantes grosseiros (pedras, areias, metais, argila, clips, etc) so retirados atravs da depurao centrifuga em mdia consistncia (3,5%). Aps tem-se uma nova operao de crivagem com uma malha de 2mm que permite remoo dos contaminantes com dimenses superiores. - Depurao fina A nica diferena da operao anterior a consistncia em que realizada, neste caso 0,8%, onde fica possvel a separao de contaminantes que apresentam densidades diferentes das fibras. Pode funcionar por estgios, onde o rejeito de um estagio servem de alimento ao estgio seguinte, dessa forma aumentando o rendimento. Esta operao gera dois fluxos de rejeitos: rejeitos pesados e leves.

- Crivagem fina Esta etapa possvel remover da pasta os contaminantes de pequenas dimenses, utiliza-se para isso crivos, normalmente crivos de fendas, onde as ranhuras possuem pequenas dimenses, normalmente inferiores a 0,5mm. Tem funcionamento em cascata que permite uma operao com um mnimo de perdas de fibras. - primeira lavagem Esta etapa permite a remoo das cargas minerais, garantindo que estas no ultrapassem os 5% na suspenso fibrosa. Atravs do lavador, onde se efetua o contato da suspenso com uma tela, permevel a partculas de pequenas dimenses, fica possvel remover cargas minerais e pequenas partculas de tinta que se encontram presente, uma vez que essas conseguem atravessar a tela. - disperso Inicia-se com um tratamento da suspenso fibrosa a alta consistncia(35%) e temperatura de 110C. Na sequncia a suspenso passa por um sistema de discos que se movimentam a uma distncia curta (0,2mm), onde tem a quebra dos contaminantes que ficam numa dimenso tal que se tornam praticamente invisveis a olho nu. Nestas dimenses, em etapas subsequentes possvel remover esses contaminantes. - flotao Nesta etapa possvel remover as partculas de tinta de maiores dimenses ainda presente na suspenso atravs da adio de um agente tensioativo, com no mnimo 120 ppm de oxido de clcio, que na presena de agua forma um sabo de clcio insolvel que tem funo de coletar as partculas de tinta. As partculas de tinta adquirem um carter hidrofbico e por um sistema de arejamento artificial so arrastadas at a superfcie, podendo ento ser rejeitadas. - segunda lavagem Esta etapa basicamente igual a primeira etapa de lavagem, tendo por diferena apenas a malha da tela, que neste caso inferior. Nesta etapa procura-se reduzir o teor em cargas minerais para um nvel inferior a 5%. - branqueamento Esta etapa consiste em adicionar um agente oxidante forte, normalmente o perxido de hidrognio, ou um agente redutor, com o objetivo de branquear a suspenso fibrosa. Com essa operao possvel atingir brancuras semelhante ao papel produzido com fibra virgem.
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- prensagem Tem por objetivo remover o excesso de agua presente na folha que se formou( normalmente at 55-60%), fazendo a folha passar por rolos e seces de vcuo. - secagem Para os papeis sanitrios, a operao de secagem efectua-se apenas com a passagem por um secador, devido a dificuldade em passar este papel por varias secadores sem danificar. 2.1. Fluxograma da fabricao do papel tissue para uso domestico e sanitrio com o uso de aparas

3. Conceito de mquinas para a fabricao de papel tissue de alta qualidade

O segmento de papis Tissue extremamente competitivo e as empresas tm de estar se adaptando constantemente s exigncias do mercado consumidor e s presses da concorrncia, em termos de qualidade e preo do produto. O desenvolvimento da qualidade do produto uma forma de se obter um diferencial neste mercado, seja oferecendo um produto com preo similar porm de melhor qualidade que a dos concorrentes, seja atendendo um segmento de mercado que exige produtos de alta qualidade. 3.1.Crepagem com alto teor de secagem e aplicao de suavizantes no papel A crepagem com alto teor de secagem (96 a 99% seco) permite um ganho de espessura (bulk) da folha e um ganho de qualidade, como por exemplo uma maior suavidade do papel, em relao a uma crepagem tradicional (95% seco). Na figura 3.1 podem ser observados os resultados de ganho de bulk obtidos nos testes realizados em uma mquina tissue piloto para duas condies de operaes distintas. Juntamente com a crepagem a alto teor de secagem, tambm se utiliza a aplicao de um produto suavizante na superfcie da folha com a finalidade de aumentar a suavidade da mesma. Esta aplicao normalmente feita atravs de um chuveiro que nebuliza o suavizante na superfcie da folha numa posio entre o cilindro Yankee e a enroladeira. Algumas desvantagens deste processo so o maior custo de energia para conseguir uma maior secagem do papel e a reduo da eficincia da mquina.

Figura 3.1

3.2. Caixas de entrada tipo Multicamadas: Esta alternativa consiste na instalao de caixas de entrada construdas para fabricar papis com duas ou trs camadas. Este tipo de caixa de entrada permite a utilizao de tipos de fibras diferenciadas em cada camada, por exemplo buscando obter ao mesmo tempo a resistncia requerida e maior suavidade do papel, ou ento buscando fabricar um produto de boa qualidade com a utilizao de fibras menos nobres. Como exemplo figura 3.2, na fabricao de um papel higinico de folha dupla com uma caixa de entrada de duas camadas, se poderia utilizar as fibras curtas, que tm uma caracterstica de maior 3 suavidade, no lado que ficar em contato com o cilindro Yankee, que tambm auxilia em aumentar ainda mais esta suavidade, e as fibras longas, que tm caracterstica de maior resistncia, no lado oposto. Na duplicao da folha na converso, as superfcies com fibras curtas sero posicionadas nas faces externas do papel, garantindo a suavidade do mesmo, e as compostas por fibras longas sero posicionadas nas faces internas. Outro exemplo seria uma caixa de entrada de trs camadas, utilizandose fibras menos nobres na camada interna (por exemplo pasta mecnica ou reciclado), e fibras de maior qualidade nas camadas externas, por exemplo celulose. Com isto os 7nconvenientes das matrias primas menos nobres, como as impurezas do reciclado ou o problema de amarelecimento da pasta mecnica, seriam encobertos pelas camadas de celulose.

Figura 3.2 3.3. Mquinas com secagem tipo TAD: Este tipo de mquina vem sendo utilizada principalmente em pases de alto poder aquisitivo, como os EUA, Canad e pases do oeste Europeu, para o atendimento de um mercado exigente por produtos de alta qualidade. Em mquinas tipo TAD so fabricados os produtos considerados como referncia de alta qualidade no mercado. A alta qualidade neste tipo mquina obtida atravs da secagem de quase que total do papel, e em alguns casos total,
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atravs da passagem de um fluxo de ar quente atravs da folha de papel (figura 3.3.1), ao invs do mtodo convencional de secagem por contato utilizado em uma mquina convencional (figura 3.3.2). A secagem por sopro de ar quente proporciona um maior volume livre entre fibras e com isto o papel fabricado neste tipo de mquina tem a caracterstica de um maior bulk e de outras caractersticas como maior suavidade e melhor absoro e reteno de lquidos.

Figura 3.3.1

Figura 3.3.2

H vrios conceitos e configuraes de mquinas TAD, desenvolvidos pelos fabricantes de papel e pelos fabricantes de equipamentos, porm de forma genrica podemos citar as seguintes sees de mquina (figura 3.3.3):
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- A seo mida da mquina, composta pela caixa de entrada e formador, responsvel por produzir uma folha com timo perfil de gramatura e secagem, imprescindveis para o bom desempenho da secagem TAD. A folha ao final do formador possui um teor de seco em torno de 20 a 26%. - Em seguida encontra-se a caixa de alto vcuo que ir succionar a folha para dentro da tela especial e formar a textura no papel. A folha passa ento pela secagem por sopro, a qual dependendo da configurao possui um ou mais cilindros TAD e que podem operar por suco ou aspirao. A folha na sada da secagem por sopro, dependendo do conceito de mquina, estar com um teor de seco em torno de 65 a 99%. - Em alguns conceitos de mquina no existe uma seo de prensas. Mesmo nas mquinas onde ela existe, apesar do nome de seo de prensas, na verdade a funo do rolo de presso o de somente garantir uma tima adeso da folha sobre a superfcie do cilindro Yankee. - Nem todas as mquinas possuem uma sesso de secagem complementar por contato feita em um cilindro Yankee, porm nas que a possuem, esta seo responsvel por complementar a secagem da folha at 95 a 99% de seco. - A calandra tem a funo de fazer um ajuste na espessura da folha e eliminar as irregularidades provocadas pela texturizao do papel. - Com a inteno de evitar a perda de todo o ganho de bulk obtido nas sees anteriores, em geral a enroladeira neste tipo de mquina possui acionamentos independentes das estangas e controle linear de presso de enrolamento.

Maquina TAD

figura 3.3.3

Na figura 3.3.4 h uma comparao da qualidade do papel fabricado entre uma mquina tissue convencional e uma mquina com tecnologia TAD. Para isto foi criado um ndice de qualidade NFI=Bulk/Gramatura * Mdia Geomtrica das Resistncias/Gramatura, o qual est sendo relacionado com a
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suavidade superficial do papel. Neste grfico pode-se observar que a qualidade do papel produzido em uma mquina TAD muito superior de uma mquina convencional. Em contrapartida uma desvantagem deste tipo de mquina o alto valor de investimento inicial e o maior custo de produo do papel.

Figura 3.3.4

4. Propriedades avaliadas no papel tissue

- Maciez A maciez denominada maciez ao tato e pode ser subdividida em maciez superficial e maciez pelo o volume. Maciez superficial a sensao relacionada com a suave frico dos dedos sobre a superfcie do papel. A maciez pelo volume a percepo relacionada ao ato de amarrotar o papel entre os dedos. Alm do mais, existem alguns atributos visuais que completam as sensaes subjetivas de maciez. As folhas feitas com fibras refinadas desenvolvem resistncia, a folha se fecha, e a sensao de maciez se perde. Por isso, diz-se que o papel para ser macio deve ser feito com o mnimo ou nenhuma refinao. As fibras longas do mais sensao de aspereza, enquanto as fibras curtas do eucalipto sem refino ou com mnimo refino, oferecem excelente sensao tctil de suavidade e maciez. Portanto, existem conflitos srios entre a resistncia da folha (seca ou mida, mas dependente de ligaes entre fibras) e as expresses de maciez. Polpas com mais hemiceluloses formam folhas de papel mais densas e menos porosas, com maiores dificuldades do ar se deslocar na direo Z do papel. A maciez da folha negativamente afetada, a reduo do teor de hemiceluloses na fabricao da celulose muito dolorida e penosa ao produtor de celulose. O rendimento diminui e aumenta o consumo de madeira por tonelada de celulose. A drastificao do cozimento de madeira de eucalipto para reduzir o teor de hemiceluloses para torn-la mais favorvel para papis
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tissue pode significar perdas de 1,5 a 2,5% no rendimento do cozimento base madeira. - Absoro O fabricante de papel tissue deve balancear matria primas fibrosas, qumica da gua branca e aditivos para se obter uma tima absoro, sendo a absoro discutida sob forma de velocidade e capacidade de absoro. Os fatores que controlam a velocidade de fibras tem basicamente duas origens: topoquimicas e estruturais, esses devem ser controlados pelas seguintes maneiras: - componentes como extrativos podem tornar a fibra hidrofbica por transformaes termoplsticas. Carboidratos e ligninas modificadas apresentam comportamento hidroflico. - o PH neutro apresenta menor absoro de agua, enquanto o alcalino fraco apresenta uma melhor absoro. - boa absoro associada a uma porosidade adequada para satisfazer a fora de coeso do liquido a ser absorvida de modo que nem a gravidade seja capaz de remove-la( que o caso de alta porosidade), nem tenha a velocidade de penetrao dificultada( no caso de baixa porosidade). Porosidade de uma folha determinada pelo tamanho dos espaos vazios na rede fibrosa, sendo definido pelas dimenses das fibras, pela estrutura de parede, grau de resistncia ao colapsamento e de ligaes interfibras.

4.1. Qumica da parte mida - Condies de estocagem da polpa Condies tais como tempo, temperatura, umidade podem causar envelhecimento e podem deixar extrativos hidrofbicos migrarem para a superfcie das fibras o que ocasiona menor molhabilidade, interferindo na absoro. A presena de alguns metais, os extrativos podem causar autocolagem.

- Refino O refino deve ser usado com cuidado, pois reduz a porosidade dos papis rapidamente. Na faixa prtica de refino para tissue, este efeito s importante se for objetivo obter-se um SR>10

- Produtos qumicos da parte mida:

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Muitos dos produtos qumicos utilizados na parte mida tm efeitos significativos sobre a crepagem, por exemplo, as resinas de resistncia a mido aumentam a aderncia da folha ao cilindro. Os contaminantes orgnicos ou inorgnicos, que tendem a formar depsitos, podem interferir no processo de fabricao de diversos modos. Se forem ignorados, eles podem acumular-se no sistema, formando depsitos nas telas formadoras, feltros e outras partes da mquina papeleira. Pode-se tratar estes contaminantes orgnicos por meio do uso de talco, mas este reduz a maciez superficial da folha de tissue. Estes tratamentos exigem o uso de compostos qumicos de determinado peso molecular e carga inica que modificar a carga superficial das partculas coloidais, fixando-as s fibras e, assim, permitindo que sejam extradas do circuito de forma incua, fixada a folha de papel. Este mecanismo de microfixao requer a seleo de um produto especfico. A capacidade de fixar corretamente estes contaminantes s fibras melhora sua reteno na folha, evitando que se transfiram da folha para a superfcie do cilindro, reduzindo, simultaneamente, os problemas de funcionamento da mquina. Se este mtodo for aplicado, o programa de revestimento do cilindro dever ser modificado para obter-se uma folha de melhor qualidade. Nestes casos, preciso monitorar a demanda inica do sistema, a fim de determinar os pontos de dosagem adequados para os produtos qumicos selecionados. - condies da gua As condies da gua tm influncia significativa sobre os resultados da crepagem. O pH das mquinas de tissue situa-se entre 6 e 8, sendo que a maioria atua em pH 7 ou mais elevado. Acidez no sistema pode desequilibrar a estabilidade, podendo at remover o revestimento existente. A dureza da gua considerada uma varivel importante, pois as concentraes especficas de ons de clcio proporciona uniformidade da aplicao. Sem dvida, a insolubilidade de alguns sais de clcio de adesivos qumicos naturais podem facilitar o desenvolvimento do revestimento, bem como sua uniformidade. - Produtos de controle de espumas O uso de antiespumante na fabricao de tissue, geralmente se restringe-se aos papis que precisam de resistncia a mido, onde o problema de formao de espuma mais severo. A seleo do antiespumante deve ser muito cuidadosa, posto que pode interferir no desempenho do revestimento. - Amaciantes Interferem com as unies entre as fibras, resulta em reduo da resistncia da folha.

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- Eficincia da prensa Em geral a avaliada em termos de desempenho, ou seja, quanto tempo o feltro est na maquina e em que estado se encontra. Influi diretamente na formao do revestimento, motivo pelo qual se deve avaliar o perfil de umidade transversal. Um perfil no uniforme, consequente de um feltro no condicionado, pode ocasionar franjas no revestimento do cilindro, causando perdas de aderncia nesse setor, tendo uma crepagem desigual na largura da folha. Os novos modelos de feltro pick up melhoram o controle da crepagem. Os seus benefcios so: melhor perfil transversal da umidade na largura, devido as caractersticas de menor rugosidade da superfcie do feltro, o que produz uma crepagem fina e tissue mais macio. Essa superfcie mais macia e uniforme passa para a superfcie do Yankee uma folha de papel prensado de forma uniforme, sendo que quanto mais uniforme for a folha prensada, mais uniforme ser a distribuio do revestimento do cilindro. Alguns dos parmetros crticos dos feltros em relao ao controle do processo de crepagem so: o volume livre, a compressibilidade e a textura superficial. O condicionamento qumico contnuo do feltro na produo de tissue manter estas caractersticas durante toda a vida do mesmo, assegurando um feltro livre de contaminantes orgnicos e inorgnicos. Atualmente existem produtos que conservam as caractersticas funcionais do feltro sem interferir com os revestimentos orgnicos do cilindro crepador. Estes produtos, aplicados via sprays de baixa presso, impedem a acumulao de contaminantes e, consequentemente, aumentam a vida til e melhoram o desempenho do feltro durante a operao. - uso de aditivos HemiForce: um ingrediente utilizado para incrementar a resistncia do papel, promove a interao entre as fibras de celulose, melhorando a performance global do processo de papel Tissue. Extrado do milho, o produto tambm proporciona uma reduo no uso de substncias qumicas usadas durante o processo de fabricao, alm de conferir mais maciez ao papel. CO2: No segmento de C&P, a aplicabilidade do CO2 reciclado tem diversas funes. Para a lavagem da celulose marrom, o gs substitui a soda caustica. Na lavagem de polpa, o CO2 reduz o uso de aditivos qumicos na produo. No papel tissue, utilizado para controle de pH, substituindo o sulfato de alumnio para conseguir uma melhor absoro do papel.

4.2. Parte seca As propriedades mais importantes do tissue so produzidos na parte seca da maquina. As trs operaes que afetam o produto final so: a crepagem, a calandragem e o bobinamento. - crepagem
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 calculado em funo da porcentagem de crepe, que a relao entre a velocidade do cilindro secador Yankee e a velocidade da enroladeira. Crepagem produz o volume especifico, o alongamento e a maciez, tendo o declnio importante da resistncia a trao. A crepagem possui dois parmetros que interagem: a geometria de crepe e a pega sobre o cilindro Yankee, a geometria afeta no sentido de que em pequenos ngulos de lamina o crepe fino, aumentando o ngulo tenho um crepe mais grosso que interfere na espessura da folha e diminui a resistncia a trao. A lamina de crepagem ajustvel uma tima ferramenta afim de controlar a qualidade do produto em relao a maciez superficial versus a maciez devida ao volume especifico. A adeso sobre o cilindro yankee afeta as propriedades do papel, uma adeso forte proporciona um papel com crepe fino, menor adeso proporciona um crepe grosso e maior volume especifico, alm disso melhor resistncia a trao e alongamento, enquanto adeso forte gera o oposto. A formao de crepe uniforme fundamental, se no, ocorrem variaes incontrolveis no produto final, expresso pela absoro de gua, espessura, resistncia trao e alongamento. A adeso elevada pode causar crepe intermitente, arrancamento de fibras, gerao de p e, inclusive, quebra de folha. - calandragem A calandragem melhora a maciez porem diminu a espessura, devemos trabalhar de modo a garantir a melhor maciez sem perder o perfil de espessura da folha. - bobinamento O papel com macio com baixa resistncia a trao e alto volume especifico deve ser bobinado com cuidado de modo a preservar as propriedades conseguidas na crepagem e calandragem, mantendo o volume especifico mdio elevado.

5. Tipos de papis no mercado

-Papel higinico O papel higinico o produto de maior consumo de papis, tem gramatura que varia de 14 a 22g/cm, podem ser fabricados com uma, duas, trs ou quatro camadas. A composio do papel higinico varia de 100% fibras virgens a 100% de fibras recicladas. Os melhores tipos so fabricados a partir de celulose branqueada, e nos inferiores usa-se aparas de jornal ou popa mecnica. Acabamento sempre crepado. Quanto a qualidade eles so subdivididos em popular, especial e folha dupla. -popular: fabricado com polpa qumica no branqueada, polpa mecnica ou aparas de papeis reciclados, com folha nica, natural ou em cores, na gramatura em torno de 20 a 35g/m.

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- Especial: papel fabricado com polpa qumica branqueada e aparas de boa qualidade tratadas quimicamente, macio em folha nica, branco ou em cores, na gramatura de 16 a 22 g/m. - Folha Dupla: papel fabricado com polpa qumica branqueada, incluindo ou no aparas de boa qualidade e tratadas quimicamente, macio, nas gramaturas de 16 a 18 g/m, para uso em folha dupla branco ou em cores.

Figura 5.1 Segundo o site G1 sofisticao dos hbitos de consumo do brasileiro chegou ao banheiro. Da mesma forma que o papel higinico cor-de-rosa desapareceu sem deixar saudade, algo semelhante observado nas vendas do tradicional papel branco de folha simples, que comea a ser substitudo por produtos de melhor qualidade e mais caros. Segundo dados da Nielsen Brasil, 25% dos 4,708 bilhes de rolos consumidos em 2010 tinham folha dupla e 75% tinham folha simples. Em 2007, a diviso era, respectivamente, 15% e 85%. O segmento de folha dupla s cresce, ao passo que o papel de folha simples vem perdendo espao nos carrinhos de supermercado. No ano passado, as vendas de papel das chamadas linhas premium cresceram 21%, contra uma queda de 2,5% do folha simples. Em termos de faturamento, o folha dupla j representa 40% das receitas do setor que movimentou R$ 2,804 bilhes - alta de 9,2% em relao a 2009. - Papel Toalha As toalhas de cozinha so o segundo maior produto para o setor consumidor. A maioria das toalhas de cozinha so de folha dupla. Mais que duas folhas so raro, mas algumas toalhas so feitas com uma folha. A composio dos papis toalha pode variar de 100% fibra de polpa qumica a 100% fibra reciclada. Devido s exigncias de resistncia, a polpa da qual so feitas as toalhas de cozinha normalmente contm alguma fibra primria, pelo menos, polpa qumica. Resina de resistncia mido somada para adicional melhoria da resistncia mecnica do papel. importante para os papis toalha de cozinha terem alta absorvncia, e por isto eles possuem desenhos em relevo. So Papis fabricados para fim especifico, natural ou em cores, nas gramaturas entre 20 e 50 g/m. Usado em folha nica ou dupla. So os
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produtos fabricados especificamente para uso em toilette, crepados, os de melhor qualidade so feitos com celulose branqueada. Os de qualidade inferior so feitos com celulose no branqueada e polpa, em gramaturas em torno de 46 g/m. So comercializados para distribuidores especializados, os primeiros atingidos as perfumarias, farmcias e supermercados, e os segundos colocados pelos distribuidores nos consumidores.

Figura 5.2 - Guardanapos Papel crepado ou no, fabricado com polpa qumica branqueada, incluindo ou no aparas de boa qualidade tratadas quimicamente para fim especfico, nas gramaturas de 18 a 25 g/m, para uso em folha nica ou dupla, branco ou em cores. So produzidos guardanapos de mesa com um, dois, trs, ou quatro camadas. Como em outros produtos tissue, podem variar a composio da matria-prima tremendamente. Os guardanapos de alta qualidade tm um contedo alto de polpa qumica juntamente com fibra reciclada selecionada ou tratada.

Figura 5.3 - Lenos de Papel Papel com polpa qumica branqueada, tendo ou no aparas de boa qualidade tratadas quimicamente, nas gramaturas de 14 a 18 g/m, para uso em folhas mltiplas na confeco de lenos faciais e de bolso, branco ou em cores Os lenos de papel so fabricados com a mais baixa gramatura (14-18 g/m). A superfcie 16requentemente mais calandrada. O leno de papel normalmente de folha dupla possuindo at trs folhas. Por causa das exigncias de alta qualidade, a matria-prima aplicada polpa qumica branqueada e fibra reciclada selecionada.
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Figura 5.4

6. Aspectos de consumo de papel tissue

Tissue o segmento de papel que receber maior volume de investimentos para a ampliao da capacidade de produo, destaca Lairton Leonardi, presidente da ABTCP. Segundo ele, o impacto da crise econmica internacional foi menos sentido pelo segmento de papis para fins sanitrios lenos, guardanapos, papel higinico e toalhas de papel , do que em outros segmentos da cadeia de celulose e papel. Segundo dados da consultoria finlandesa Pyry, o consumo per capita de papel tissue no Pas aumentou cerca de 36% nos ltimos 10 anos, passando de 3,3 kg por habitante para 4,5 kg/hab. A produo nacional de papis tissue de cerca de 1,2 milho de toneladas por ano e a previso que, at 2015, essa produo cresa em pelo menos 200 mil toneladas ao ano. Isto significar um incremento nos investimentos de US$ 1 bilho. Segundo o primeiro executivo da ABTCP, o atual momento de euforia levou a entidade a investir tambm em um evento voltado especificamente ao segmento. O objetivo foi disseminar o capital de conhecimento, proporcionar acesso s recentes descobertas cientficas e tecnolgicas, reforar os relacionamentos e criar novas parcerias, alm de discutir assuntos como a melhoria das polticas nacionais que favoream o crdito de exportao. Apesar de estarmos evoluindo em termos de produo, o consumo interno de papel tissue ainda muito pequeno, em torno de 4,5 kg por habitante ao ano, e a expectativa que esses nmeros dem um salto nos prximos anos, ressalta Leonardi. O momento de otimismo se confirma pelos nmeros do setor. Segundo dados da Associao Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), as vendas domsticas de papel (incluindo imprimir e escrever, tissue, embalagens, papel carto, outros), de janeiro a abril deste ano, chegaram a 1,6 milho de toneladas, com incremento de 11,1% em relao a 2009, quando fora comercializadas 1,5 milho de toneladas. A produo de papel tambm teve crescimento entre janeiro e abril, de 8,8%, passando de 3,0 milhes de toneladas em 2009 para 3,2 milhes de toneladas em 2010.

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J o segmento de papis tissue cresceu acima da mdia do mercado, cerca de 4,3% em relao ao mesmo perodo do ano passado. A pre viso que o segmento de papel tissue continue a crescer entre 3% e 4% nos prximos dois anos, com aumento do ganho operacional, em decorrncia de melhorias nas linhas de produo nacionais, explica Carlos Farinha e Silva, um dos maiores especialistas do setor de celulose e papel do Pas, vicepresidente da consultoria finlandesa Pyry e membro do conselho da ABTCP. - tabela sobre o aspecto de produo, venda, exportao e importao do papel

Figura 6.1

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7. Referencias
http://www.celuloseonline.com.br/noticias/CO2+reciclado+otimiza+processos+i ndustriais DALMEIDA. M. L. O. Viscosidade de uma pasta celulsica resistncia do papel formado. O Papel, So Paulo, v47, n 8, p 39-42, ago, 1986. http://www.celsofoelkel.com.br/artigos/ABTCP/1996.%20Eucaliptos%20e%20papel%20tissue.% 20Edvins.pdf http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/Palestras/Fibras%20e%20polpas.pdf http://www.celsofoelkel.com.br/artigos/outros/A%20celulose%20de%20eucalipto.pdf http://www.bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/estatisticas/booklet.pdf Gullichsen, Johan; Paulapuro, Hannu. Papermarking Science And Technology Book 17, Pulp and Paper Testing. Fapet Oy, Helsinki, Finland 2000. http://www.bracelpa.org.br/bra/saibamais/tipos/index.html>. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2009. http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arq uivos/conhecimento/bnset/set2808.pdf

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