Glossário de Teatro - Rubem Queiroz Cobra

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GLOSSRIO DE TEATRO Glossrio resumido para o Teatro Escolar:

1. Teatro 2. Palco 3. O pblico 4. Acessrios e adereos 5. Equipe dramtica 6. Equipe tcnica 7. Elementos da representao dramtica 8. Gneros teatrais 1. TEATRO Teatro1. Arte da representao do drama, uma histria escrita para ser representa por atores perante uma assistncia, e cujas diferentes categorias do origem aos diversos gneros teatrais. Teatro2. Edifcio ou sala especialmente construda para a representao por atores, de um drama, perante uma assistncia de espectadores. Na sua totalidade compreende o palco para a representao e as acomodaes para o pblico, e nele atuam a equipe dramtica e a equipe tcnica, que se ocupam de todos os elementos da representao includos seus acessrios e adereos. Termos vinculados: 2. O PALCO Estrutura sobre a qual so conduzidas as representaes teatrais em uma casa de espetculos. Eleva-se cerca de 80 cm a 1 metro acima do piso do auditrio ou platia. A chamada Em teatro o espao destinado s representaes; em geral so tablados ou estrados de madeira que podem ser fixos, giratrios ou transportveis. Os palcos assumem as mais variadas formas e localizaes em funo da platia, que pode situar-se frente dele ou circund-lo por dois ou mais lados. Termos vinculados: Abertura. O mesmo que boca de cena. Sua dimenso longitudinal o rasgo da boa de cena. Alapo. Tampa no cho do palco que comunica com o poro. utilizado para desaparecimento de atores ou de objetos principalmente em nmeros de mgica conduzidos no palco. Amarrao. Fixao dos painis do cenrio por meio de cordas, sarrafos, grampos e outros meios, para dar firmeza e segurana s estruturas. Americana. Sofita de estrutura reforada para suportar suspenses (cenrios ou cortinas) de maior peso. Bambolinas. Faixas de pano ou placas de madeira verticais suspensas transversalmente sobre o palco, destinadas a ocultar dos espectadores os equipamentos de iluminao, as varas de
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sustentao e o trabalho dos tcnicos nas estruturas elevadas durante a representao, e o topo do pano de fundo ou rotunda. A primeira bambolina, chamada mestra ou reguladora, pende logo entrada do palco ou boca de cena. a que indica a altura para as demais. Band. Faixa de pano franzido ou pea de madeira que esconde o trilho ou vara que sustenta a cortina da boca de cena. Geralmente franzida, tambm chamadalambrequim, por lembrar a barra de madeira recortada em desenhos que tinha esse nome, e era usada como ornamento no beiral dos telhados antigos. Bastidores. Pares de painis verticais retangulares, de madeira e pano, que escondem do espectador as dependncias laterais do palco. Oculto pelos bastidores o ator aguarda seu momento de entrar em cena. So tambm chamados pernas. Boca de cena. a grande abertura que expe a representao teatral perante a platia. Seus limites ou permetro podem ser mudados com o posicionamento dos reguladores que so a bambolina reguladora da dimenso vertical e os bastidores laterais, reguladores da dimenso horizontal do vo da abertura.Tambm chamada entrada do palco e abertura de cena. Caixa do palco. Parte do edifcio teatral que contem, alm do palco propriamente dito, dependncias anexas como camarins, espaos de manobra de mecanismos, depsitos de materiais para os cenrios da representao em curso, alm de um poro. Camarim. Recinto reservado, prximo ao palco, onde os atores se vestem e se maquilam para a cena, ajudados pelos tcnicos das reas respectivas.. Cenrio. Conjunto dos diversos materiais utilizados para criar o ambiente e a atmosfera prpria na representao do drama. Compreende painis, mveis, adereos, bambolinas, bastidores, efeitos luminosos, projees etc. Cenrio de gabinete. Cenrio de interiores limitados por paredes com portas e janelas, mobiliados como escritrios ou cmodos de uma casa ou apartamento. So ditos "cenrios realistas" por reproduzirem no palco o ambiente real em que se passa o drama. Ciclorama. Tela no fundo do cenrio, curva para efeito de perspectiva, ou plana para retroprojeo. Pode ser um painel pintado, de pano ou madeira, com paisagens, jardins, ruas, praias e mar, horizontes montanhosos, etc. So comuns cicloramas mostrando como fundo de cena um terrao, principalmente para as tragdias; uma praa pblica para uma comdia, e uma paisagem buclica para cenas campestres. Quando se deseja um fundo neutro, possui uma cor nica: branca, preta ou cinza. Uma paisagem retro projetada que se move cria a iluso de deslocamento dos objetos do palco. Cortina. Pea, geralmente em tecido, que resguarda o palco. Abre e fecha nas mudanas de ato, e ao fim ou incio do espetculo. Movimenta-se lateralmente, ou sobe e desce por mecanismo apropriado. Tambm chamada em teatro de pano-de-boca e "cortina de boca". Est situada logo atrs da moldura ou boca-de-cena. Coxia. Seu significado ordinrio de passagem estreita. Nos palcos de teatro, emprega-se para designar a passagem entre os bastidores, para a entrada em cena do ator, ou de onde os que no
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participam da cena podem observa-la sem serem vistos pelo pblico. Por extenso, tambm o espao estreito ou corredor situado imediatamente atrs dos bastidores. Espao cnico. rea do palco ocupada com a representao. Divide-se primeiramente em direita e esquerda, conforme a viso do pblico. A direita alta o canto superior da cena do lado direito; direita baixa a parte inferior da cena do lado direito. Aplica-se simetricamente a mesma diviso ao lado esquerdo. Fosso de orquestra. Espao localizado frente do palco, em nvel mais baixo, destinado ao posicionamento da orquestra. Muito comum em teatros que encenam peras ou grandes musicais. Pode ser tambm uma parte mecanicamente mvel do palco, que pode ser baixada quando necessrio para abrigar uma orquestra e alada novamente para as representaes comuns. Fosso do palco. Espao sob o palco, ocupado por alguns equipamentos como o elevador do fosso da orquestra, escada para o alapo, entrada para o local doponto, equipamentos para efeitos de fuga ou apario em cena, etc. Galeria. A parte mais alta do auditrio, situado acima dos camarotes, com bancos contnuos para os espectadores. Como oscamarotes, acompanha as paredes laterais e de fundo da sala de espetculos. Iluminao. Conjunto de equipamentos e tcnicas para iluminao fixa e mvel do palco. As duas principais estruturas envolvidas com a iluminao so as varas (suporte transversal onde so fixados os holofotes) e a ponte, passarela ou varanda, colocada junto vara de iluminao para trnsito do tcnico de iluminao. Visiveis para quem est no palco, ficam ocultas da vista do pblico pelas bambolinas. Luz de ensaio. Tambm dita luz de servio. Iluminao ordinria do palco, usada durante os ensaios, as montagens de cenrio, ou quaisquer atividades fora do horrio de espetculo. Quando uma nica lmpada chamada sentinela. Palco italiano. Palco retangular comum a quase todos os teatros. Tem forma de caixa aberta frente da platia, em geral com um comprimento em profundidade de trs quartos em relao boca de cena, medida a partir da linha da cortina. provido de moldura (boca-de-cena) e cortina (pano-de-boca), e um espao cnico limitado lateralmente por bastidores e por cima pelas bambolinas, alm de um espao frente da boca de cena, chamado de proscnio, que se estende da cortina e d um limite curvo frontal para o palco. Quando h um fosso para a orquestra, ele um prolongamento do proscnio. Palco giratrio. Plataforma circular sobre a qual so colocados todos os cenrios de uma pea ou de um ato, e que se faz girar a cada mudana de cenrio. Pano de fundo. Tambm chamado rotunda. a tela que fecha ao fundo o espao cenogrfico, quando no h ciclorama ou quando se deseja encurtar o espao cnico. Pano de boca. Vide cortina.

Poro. Parte inferior do palco. Nos teatros antigos havia alapes. PORO: Parte da caixa cnica situada abaixo do palco, para movimentao de maquinaria cnica ou como recurso cenogrfico. Proscnio. Um avano do palco, alm da boca de cena, que se projeta para a platia. Seu limite, comumente em forma de arco, a ribalta (V.p.f.). O proscnio, tem a largura mnima, ou pouco mais, das rampas ou degraus laterais que do acesso ao palco a partir da platia.V. tb. Palco italiano. Rampas. Passagens para o palco a partir dos extremos da platia, demarcadas por luzes sinalizadoras junto ao piso. Ribalta. Rebordo alto no limite do proscnio, que esconde uma fileira de luzes instaladas a nvel do assoalho, que iluminam o rosto dos figurantes sem serem vistas pelo pblico.. Rotunda. Pano de fundo suspenso por uma vara e geralmente esticado por outra em baixo, mais pesada. posicionado frente do ciclorama na posio prpria para a limitao que se queira dar profundidade do espao cnico. Tango. Painel vertical com luzes voltadas para o espao cnico, de um lado e de outro da boca de cena, por trs dos bastidores reguladores Urdimento. O conjunto das armaes de madeira ou ferro das mquinas e dispositivos cnicos que esto suspensas sobre o palco, Compreende a sofita , que a estrutura mestra de sustentao, as varandas ou passarelas, as varas em que esto fixados os holofotes e das quais pendem as bambolinas e os bastidores. Vara. Toda pea comprida de madeira que, ao modo como as vergas transversais dos mastros dos navios, servem para sustentao dos panos, cortinas, bambolinas, e bastidores do cenrio. equipamentos de luz e vestimentas cnicas. Sua movimentao pode ser manual, utilizando-se contra-pesos, ou eltrica. Varandas. Plataformas ou passarelas suspensas que permitem aos tcnicos caminharem sobre o palco, ocultos pelas bambolinas, para acionamento de cordas, movimentao dos holofotes, posicionamento dos bastidores, etc.

3. O PBLICO Os freqentadores do teatro e os que apenas ocasionalmente assistem a um espetculo teatral, constituem o pblico. chamado platia por extenso do nome da parte do auditrio fronteira ao palco, devido a grande parte dos teatros disporem apenas desses assentos. Termos vinculados: Auditrio. Acomodao para os espectadores que se divide em partes mais ou menos privilegiadas em relao viso do palco e compreendem embora no estejam presentes em todas as casas de espetculo , em Platia, Balco, Camarotes, Frisas e Galeria. Balco. Parte do auditrio de teatro que se projeta a partir do fundo, como um mezanino sobre a platia situada no piso principal. Bilheteria. Guichs de venda de ingressos que abrem para fora do Teatro, evitando-se coloc-los no Foyer ou Hall, locais em que uma fila de compradores perturbaria qualquer das muitas outras atividades que podem ser conduzidas nesse local. A bilheteria tem um plano impresso com a posio e numerao dos assentos onde so assinalados os j vendidos. Camarotes. Cabines com balaustrada das quais se tem uma viso privilegiada do palco, erquidas em estruturas ao redor da platia, contra as paredes do auditrio. O camarote ao fundo, sobre a entrada do teatro, tido como o mais privilegiado de todos, reservado a autoridades: Camarote real; camarote do Presidente. Frisas. Em um teatro italiano com forma de ferradura (como geralmente so os grandes teatros dos sculos XVIII e XIX), srie de camarotes situados junto s paredes de contorno da sala, no nvel da platia. Galeria. Acomodao para o pblico situada sobre os camarotes e junto ao teto e que tem acesso prprio. Os assentos so em bancos ou arquibancadas, e em alguns casos o espectador assiste de p. Paga-se menor preo pelas entradas. Nas apresentaes de gala, acomoda o pblico que no est em traje-a-rigor. Hall ou foyer. rea externa dos auditrios, local ideal para pequenas exposies, excelente para realizao de coquetis, apresentaes, exposies, vernissages (noites de autgrafos) etc. Platia. a parte baixa do teatro, entre o palco e os camarotes, com as poltronas numeradas destinadas ao pblico. Distingue-se, portanto, das frisas, camarotes, galerias que tm critrios prprios para numerao e identificao de lugares. Terrao. Espao algumas vezes a cu aberto, acrescido de lanchonete, aberto aos espectadores para descanso nos intervalos entre os atos. um local em que se pode conversar e fazer um pequeno lanche ou caf, com acesso exclusivo para os espectadores pagantes e convidados.

4. ACESSRIOS E ADEREOS Termos vinculados: Adereos. Objetos do cenrio (adereos de cena) como quadros, tapetes, esttuas, cortinas, abajures, etc.; ou que so utilizados pelo Ator na representao do seu papel (adereos de representao) como culos, bengala, jornal, livro, etc. Arara ou cabideiro: Uma estrutura feita em madeira ou metal, onde se colocam os cabides com os figurinos do espetculo. Geralmente feita com dois ps laterais ligados no alto por um cano ou pea rolia de madeira; alguns se movem sobre rodas. Guincho. Qualquer tipo de mquina constituda por roldanas, carretilhas, polias e cordas para iar peas pesadas, abrir e fechar cortinas, esticar panos, suspender e baixar varas (de luz ou de peas cenogrficas) e outros equipamentos da cenografia. Iluminao. Conjunto de lmpadas e refletores que iluminam o palco, o auditrio, ou que so usados para efeitos especiais no cenrio. Cada conjunto controlado atravs de uma mesa de comando com chaves para ligar e desligar, e produzir efeito de escurecimento lento (Dimers). Canovaccio ou Canevas. Drama escrito de modo resumido, como um memorando. Servia para orientar os atores da Comedia del'Arte, um gnero de teatro italiano de representao base de improvisos. Evitava que os Atores perdessem o rumo da histria encenada e se afastassem do papel que deviam representar. Libreto. Livro com o texto de um drama preparado para representao teatral cantada e musicada para orquestra. Contem todas as indicaes prprias do roteiro teatral como papel de cada personagem, cenrio, diviso em cenas e atos, decorao e vestimentas, efeitos de luz, e o dilogo a ser cantado pelos atores. Sua diferena para o um drama comum a maior brevidade (por isso o nome de "pequeno livro"), motivada pelo fato de que o texto cantado faz um espetculo mais longo que o texto escrito. Muitos libretos so condensaes de peas teatrais. Paineis. So feitos em lona esticada, chapas de compensado ou de papelo, eucatex, e outros materiais rgidos ou no. Podem ser fixados nas tbuas do piso, presos em esquadros ou sustentados por cabos da urdidura. Praticvel. Mdulo geralmente em madeira e sobreposto ao palco, com tampo resistente sobre o qual se pode caminhar. usado na montagem de nveis diferentes de piso, nos cenrios. Refletor. Luminria potente, em que a luz de uma lmpada concentrada em uma superfcie espelhada que projeta um crculo de luz. So dispostos em varas sobre o palco ou manipulados por tcnicos da iluminao do alto de uma passarela. Cada um serve a um propsito especfico e apresenta caractersticas diferenciadas de abertura de foco, colorido da luz, mobilidade, etc. Refletores de luz negra emitem raios ultravioletas invisveis, mas que provocam fluorescncia sobre os atores e objetos. Sofitas. Vigas ou longarinas construdas em ao ou madeira, e que est diretamente presa ao teto de madeira ou laje de concreto do edifcio, sobre o palco. Dispostas em sentido longitudinal, sustentam o restante do urdimento constitudo de varas e passarelas transversais, bastidores, etc.
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Travamento. Tambm se diz amarrao ou travao. Consiste em colocar escoras, calos, caibros ou sarrafos de madeira, amarrados, pregados ou parafusados, com a finalidade de sustentar firmemente o cenrio.

5. EQUIPE DRAMTICA Termos vinculados: Ator. Intrprete de um papel teatral. O que interpreta um personagem (palavra que pode ser empregada no feminino ou no masculino, segundo o Dicionrio de Aurlio Buarque de Holanda) Cengrafo. Tambm chamado cenarista. Aquele que cria o projeto cenogrfico e monta o espao cnico de modo realista ou conforme idealizado pelo dramaturgo e acompanha e orienta sua execuo. Diretor de ator. Tem a tarefa de ensaiar o ator, seguindo a orientao dada pelo Diretor-geral. Diretor de cena. o responsvel pela encenao do espetculo o que compreende a atuao disciplinada dos atores e o desempenho eficiente do pessoal tcnico. Diretor Geral. Coordenador geral de todos os aspectos envolvidos com o espetculo, aprova a escolha do elenco, o cenrio, o figurino, iluminao, etc. Diretor musical. responsvel por escolher a trilha sonora, fundos musicais, etc. Dramaturgia. Arte da composio das peas de teatro. Dramaturgo. O literato que escreve a pea teatral. Autor de um texto dramtico, que a literatura destinada ao teatro. Elenco. O plantel de atores em uma representao teatral. Figurante. Pessoa que entra em cena para fazer um papel annimo, como parte de grupos ou da multido. Na hierarquia dos papeis o seu est abaixo do papel principal, do papel secundrio e da ponta. Figurinista. Aquele que cria, orienta e acompanha a feitura dos trajes para um espetculo teatral. Deve possuir conhecimentos bsicos de desenho, moda, estilo e costura. Iluminador. O tcnico que faz o projeto de luz para um espetculo de teatro, com os efeitos adequados ao clima do drama e valorizao do trabalho do ator. Determina o plano compreendendo cores, intensidades, seqncias e ser seguido pelo Operador-de-luz junto mesa de controle. Intrprete. O mesmo que ator.

Personagem. O indivduo imaginrio que tem um papel na histria criada pelo dramaturgo, e que o Ator representa na execuo do drama. Embora conste no Dicionrio de Aurlio Buarque de Holanda que usado como substantivo masculino ou feminino, este ltimo gnero est mas de acordo com a origem latina do termo, que deriva de persona, mscara, e agere: a mascara que age. Ponto. Tcnico da equipe de produo que acompanha o desenrolar da representao a partir de um ponto no procnio, e l o roteiro ao longo do espetculo de modo a ajudar os atores no dilogo e nos movimentos em cena. Ocupa um fosso cujo alapo ou anteparo o mantm oculto para a assistncia.. Produtor. O capitalista que financia a montagem da pea para lucrar com o empreendimento.

6. EQUIPE TCNICA Termos vinculados: Camareira. D assistncia aos atores no camarim e encarrega-se do vesturio dos personagens que eles iro representar. Mantm o camarim limpo, as roupas limpas e bem condicionadas,. Carpinteiro. Profissional indispensvel para serrar, montar e travar as estruturas cenogrficas, sob a direo do cenotcnico e de acordo com o projetado pelo cengrafo. Cenotcnico. Constri o cenrio e faz funcionar os mecanismos para criao dos ambientes, conforme planejado pelo Cengrafo. ajudado pelos carpinteiros que fabricam painis a serem pintados pelos pintores, as portas, as janelas, o mobilirio, e demais peas requeridas pelo projeto. Contra-regra. Encarregado de produzir certos efeitos sonoros como troves, relmpagos, rudos de motor, relincho de cavalos, etc. Providencia e distribui os adereos e utenslios de cena a serem utilizados pelos atores em seus papeis, assim como os recolhe e conserva para os espetculos seguintes. Trabalha em conjunto com o cenotcnico na criao dos ambientes, e na mudana dos cenrios. Divulgador. Publicitrio ou jornalista incumbido de mandar horrios e notcias sobre o espetculo, preparar sinopses, para os jornais e revistas, e colher e divulgar as crticas favorveis s apresentaes. Eletricista. quem cuida de toda a instalao eltrica do teatro. ele quem instala os refletores, gambiarras, como tambm as luzes de cena tais como lustres, abajures etc. e os distribui no quadro de luz. Maquiador. O tcnico que faz a maquiagem requerida pela caracterizao dos personagens de um espetculo teatral, a fim de criar o tipo idealizado pelo dramaturgo. Seu relacionamento na equipe principalmente com o diretor, o figurinista e os atores e a sua arte implica muitas vezes a transformao de um rosto jovem no rosto de um velho.

Maquinista. Controla os mecanismos para as manobras de posicionamento de bambolinas e bastidores, abertura e fechamento das cortinas, e demais equipamentos do urdimento. Operador de luz. Controla a iluminao atravs do painel ou mesa de luz. Operador de som. Controla no s as msicas, mas todos os sons do espetculo. Trabalha em conjunto com o contra-regra. Produtor executivo. O encarregado das compras e de providenciar todo o material para a montagem, conforme solicitado pelo cenotcnico, o contra-regra, etc. Produtor grfico. Providencia os desenhos e modelos para cartazes, bilhetes de ingresso, etc. : responsvel por todos os impressos da pea: e colabora com oDivulgador providenciando a impresso dos materiais de propaganda.

7. ELEMENTOS DA REPRESENTAO DRAMTICA Termos vinculados: Ao. Se diz no apenas dos movimentos do ator na representao do seu papel, mas tambm do desenrolar de toda a trama, ou dos atos e cenas do drama, assim tambm como do cinema e mesmo no romance escrito. Essa generalidade se aplica tambm ao movimento implcito na mudana de humor e na expresso dos sentimentos, considerada uma ao interna. Antagonista. Personagem cujo papel contrrio e conflitante com o de outro. Entre os personagens principais, o que se ope ao protagonista principal. Aparte. Esclarecimento, comentrio crtico, dito mordaz que o ator faz para a platia, e que supostamente no ser ouvido pelos outros personagens da cena. O aparte consiste em o ator falar uma frase audvel para a assistncia mas que se supe no seria ouvida por um outro personagem no palco, ou por todos os demais. O ator d um passo fora da moldura do palco para falar confidencialmente com a platia. O aparte contraria a regra de que o ator deve manter-se aparentemente alheio sua audincia. Armar a cena. Montar o cenrio. Ato. Diviso do drama feita para distinguir etapas pelas quais passa o desenvolvimento da trama no sentido de sua soluo, dentro de uma frao do tempo de apresentao que distribui to igualmente quanto possvel a durao da apresentao. Ator. O artista que faz o papel de um personagem. Batidas. Trs golpes com um basto de madeira dado sobre o piso do palco para atrair a ateno do pblico anunciando a eminncia do levantamento da cortina para incio do espetculo.

Canovaccio ou Canevas. Drama escrito de modo resumido, como um memorando. Servia para orientar os atores da Comedia del'Arte, um gnero de teatro italiano de representao base de improvisos. Evitava que os Atores perdessem o rumo da histria encenada e se afastassem do papel que deviam representar. Captatio benevolenti. Expresso latina para as palavras que um dos intrpretes ou um dos diretores discursa brevemente solicitando a benevovolncia do pblico para eventuais falhas da representao, geralmente em funo da precariedade de recursos disponveis para a montagem. Catarse. Efeito psicolgico benfico sobre o espectador como resultado de sua identificao com os personagens nas situaes de conflito e sua soluo, na representao dramtica. Cena. Segmento do drama em que a ao se desenvolve no mesmo ambiente, na mesma poca e com os mesmos atores. A alterao em qualquer desses elementos determina uma nova cena. tambm a parte do palco limitada pelo cenrio e destinada a representao. Cenografia. Arte e tcnica de criar, projetar e dirigir a execuo de cenrios para espetculos de teatro, de cinema, de televiso, de shows etc. O termo aplica-se tambm ao conjunto dos elementos (cortinas, bastidores, mobilirio, etc.) que representam o espao imaginado para a ao do drama. Contra cenar. Atuarem na mesma cena dois ou mais atores, participando do mesmo dilogo. Deixa. Palavra ou palavras do final de uma fala e que indicam a ocasio da rplica do ator ou de qualquer movimento dele, ou tambm serve de indicao ao contra-regra para uma mudana de luz ou de som. Para maquinistas, contra-re gras, luz, e som, indica o momento de sua interveno. Distribuio. Quadro de distribuio dos personagens e seus interpretes. Drama. Histria escrita com dilogo e indicaes para ser representada Espetculo. A encenao ou representao de uma pea no teatro para uma platia. Esttica. Disciplina que trata do Belo. parte da Filosofia assim como a tica e a Moral, que tratam do Bom, e a Epistemologia, que trata da Verdade. A Arte objeto da Esttica o que coloca tambm o Teatro no campo de sua abrangncia filosfica. Figurino. Vestimenta utilizada pelos atores para caracterizao de seus personagens de acordo com sua natureza, e identifica, geralmente, a poca e o local da ao. Traje de cena. Indicao cnica. A instruo constante das Rubricas. Interpretao. Ao de dar vida e sentido ao personagem de um drama. Intriga. O mesmo que enredo ou trama em um romance ou drama. Leitura de mesa. Reunio com o elenco para a primeira leitura do texto, cada ator com a sua fala lida com entonao normal, para o conhecimento do seu papel e de toda a pea.
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Levantar um ato ou uma pea. Fazer o primeiro ensaio de palco. Libreto. Livro com o texto de um drama preparado para representao teatral cantada e musicada para orquestra. Contem todas as indicaes prprias do roteiro teatral como papel de cada personagem, cenrio, diviso em cenas e atos, decorao e vestimentas, efeitos de luz, e o dilogo a ser cantado pelos atores. Sua diferena para o um drama comum a maior brevidade (por isso o nome de "pequeno livro"), motivada pelo fato de que o texto cantado faz um espetculo mais longo que o texto escrito. Muitos libretos so condensaes de peas teatrais. Marcao. a indicao feita pelo encenador, das entradas e sadas, das movimentaes e posies dos atores durante a representao. MARCAR O PAPEL anotar no texto, todo movimento que obriga o seu personagem, tal como indicado pelo encenador. Mise en scne. Atividade de encenar um drama ou de transpor para a categoria dramtica uma obra literria. . Montagem. O mesmo que mise en scne. Preparar uma representao com os recursos do Teatro (os cenrios, o guarda-roupa, a aparelhagem eltrica, os adereos, o mobilirio, o calado, os chapus etc. Naturalismo. Representao realista com respeito natureza do homem e das coisas. Pano rpido. Abertura ou fechamento sbito do pano-de-boca para a obteno de determinados efeitos cnicos. Pano rpido. Papel. As aes e as palavras de um personagem em um drama. Performance. Interpretao que se pode dizer boa ou m, que o ator d do seu personagem. Pintura de arte. o tratamento da superfcie: os efeitos de cor dados para criar a atmosfera do cenrio. Tambm feitura de quadros, paisagens etc. O pintor de telo considerado um pintor de arte. Plano da pea. Tambm chamado Quadro detalhado dos atos e cenas da pea, que servir de base para o desenvolvimento do roteiro ou script da pea. Ponta. Papel de pouca extenso. Papel pequeno, porm maior que o do figurante.. Quadro vivo. Cena em que os atores se mantm mudos e imveis no palco, como as figuras de uma pintura, enquanto outro, que passa lentamente entre eles ou uma voz que vem dos bastidores , explica a cena. Tcnica usada quando impossvel criar no palco a cena desejada, como uma batalha, a escalada de uma montanha, uma apario, etc. Representao. No teatro, a ao de simular outra pessoa quanto s suas aes e a todos os aspectos de sua personalidade, no modo como ela descrita como um personagem do drama. Reprise. Reencenar. Tornar a por em cena. Reapresentar uma pea com o mesmo elenco e encenao da representao anterior.
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Rubrica. As Rubricas (tambm chamadas Indicaes de cena e "indicaes de regncia") descrevem o que acontece em cena; dizem se a cena interior ou exterior, se dia ou noite, e o local em que transcorre e todas as aes e sentimentos a serem executados e expressos pelos atores. Solilquio. Fala de um personagem que diz algo para si mesmo, como um pensamento em voz alta que supostamente ser ouvido apenas pelo pblico. Tema. Assunto em torno do qual desenvolvida uma histria dramtica. Texto dramtico. Texto prprio para o teatro. Tipo ou Carter. Personagem do drama com as peculiaridades fsicas e morais de personalidade criada pelo dramaturgo. Trama dramtica. Teia de acontecimentos cujo entrelaamento e cuja soluo constitui o enredo da pea. Troupe. Grupo de teatro constitudo de pequeno nmero de atores e tcnicos.

8. GNEROS TEATRAIS Termos vinculados: Barroco. Estilo de pea teatral caracterizado pela liberdade das formas e ornamentao luxuosa e exagerada que predominou no teatro popular do sculo XVII e XVIII, principalmente na Espanha. Comdia. Pea teatral que tem o propsito de provocar riso nos espectadores, tanto pelas situaes cmicas quanto pela caracterizao de tipos e de costumes, quanto pelo absurdo da histria. Distinguem-se modalidades como Comdia do Absurdo, Comdia Dramtica (pea que rene situaes srias e episdios cmicos). Comdia Musical, Comdia romntica Sketch cmico (comdia curta e informal), Comdia satrica, etc.. Na comdia a ao precisa no somente ser possvel e plausvel, mas precisa ser um resultado necessrio da natureza ingnua do personagem. Commedia dellArte. Teatro popular ambulante de comediantes italianos, cuja interpretao envolvia malabarismos, correrias, cacetadas, simulao de encontros secretos e dana cmica. Os atores usavam meias-mscaras de personagens fixos, e improvisavam em relao ao texto bsico da pea, o canevccio (v.p.f.). Suas comdias trouxeram pela primeira vez mulheres ao palco, em lugar dos rapazes adolescentes vestidos de mulher para os papeis femininos. Os historiadores supem que "dell'Arte" aluso percia e dotes artsticos prprios dos saltimbancos tais como malabarismos, improvisaes engraadas, mmica, etc., significando a arte requerida para a representao.

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Farsa. Comdia menos estruturada, rica de improvisaes cmicas tanto nos dilogos quanto na ao fsica. As situaes so de exagero, lembrando o que foi aCommedia dell'Arte. Melodrama. Gnero teatral em que os fatos so apresentados como um risco natural assumido pelo personagem ou do qual inadvertidamente vtima. Um fim que poderia ser evitado no colaborassem elementos circunstancialmente adversos. Opera. Drama lrico, inteiramente cantado, encenado como pea de teatro. O dramaturgo oferece o libreto ao compositor e este cria a msica para cada um dos papeis a serem interpretados por cantores lricos em solos, duetos e coral de vozes masculinas e femininas. A importncia da msica e o libreto igual, mas varivel o valor esttico de um e outro uma vez que a beleza da msica pode suplantar o interesse da trama literria. Porm, sem o livreto a pera se reduziria a um mero concerto. Distinguem-se modalidades como as peras de cmara, que so verses adaptadas a teatros pequenos e a interiores palacianos; as peras cmicas, etc. Opereta. Opera curta e de encenao menos suntuosa que a pera ordinria. Pantomima. Pea de teatro ou drama em que a histria contada por meio de ao e expresso corporal, sem uso de palavras. Todo o drama capado pelo espectador nos gestos e posturas dos personagens. Pastorais. Espetculos nos quais os personagens so campesinos, e atravs de uma histria ingnua expressam valorizao da natureza e dos costumes espontneos da vida no campo. Embora seja um gnero de teatro que remonta antiguidade, teve mais evidncia na sua forma ideolgica, fundamentada no pensamento socialista de Rousseau, que preconizava o retorno do homem natureza. Tambm chamado Teatro Ingnuo. Ralismo. Tese de que se deve emprestar encenao teatral todas as condies de fidelidade ao mundo real.Teatro realista ou drama realista. Teatro de Fantoches. Utiliza bonecos vestidos como personagens, em cuja roupa o operador esconde a mo, e com ela, usando o dedo indicador, movimenta a cabea, e com o polegar e o mdio, os braos. Tambm chamado Teatro de Boneco. Teatro do Absurdo. Gnero cujos temas baseavam-se na filosofia materialista do filsofo francs Paul Sartre, para quem a vida e o mundo so inexplicveis e absurdos. Os dilogos so sem sentido, assim como a prpria trama dramtica, para mostrar a dificuldade de entendimento entre as pessoas e a irracionalidade da existncia. Teatro do quotidiano. Tambm chamado Teatro Realista, desenvolvido no sculo XX. O drama transcorre em ambientes que espelham locais como escritrios, ruas movimentadas, bares, e outros, que os personagens ocupam como pessoas comuns no seu dia. Teatro Pedaggico. Constitui-se de peas de carter educativo, servindo para passar conhecimentos elementares de cincia e de comportamento. Tambm chamado Teatro Escolar e Teatro Educativo, inclui peas moralistas e de ensinamentos religiosos e morais (Teatro moralista, com final edificante, e Teatro Religioso, sobre trechos bblicos, vida de santos, etc.).
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Teatro de Variedades. Espetculo apresentando diversas atraes teatrais, como danas, coro de bailarinas, desnudamentos, monlogos e desencontros cmicos, costurados em um enredo divertido e ligeiro. Tambm chamado Teatro Burlesco. Tragdia. Gnero teatral em que o drama representa a luta de um ser humano contra obstculos insuperveis, em um confronto necessariamente destinado derrota do heri por foras opostas e maiores que sua vontade e sua coragem. Na tragdia o indivduo luta contra a fora impondervel do Destino de antemo traado por foras sociais que o excluem, ou por elementos dominantes do seu carter que tornam inevitvel um determinado fim. Rubem Queiroz Cobra Lanada em 12-02-2006
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