Introdução - Ppap

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INTRODUO

OBJECTIVO
O processo de aprovao de peas de produo (PPAP-Production Part Approval Process) define os requisitos genricos para aprovao de peas, incluindo requisitos para material fornecido a granel. O PPAP tem como objectivos: - Garantir a compreenso clara e interpretao correcta dos requisitos do cliente expressos nos documentos tcnicos/concepo, desenhos e/ou especificaes; - Determinar o potencial do processo produtivo do fornecedor em produzir um produto consistente com os requisitos estabelecidos, durante um perodo de produo normal e atendendo a uma determinada cadncia produtiva.

APLICAO
O PPAP aplicvel a fornecedores de peas/componentes para produo, de peas de reposio e de materiais a granel. No caso de fornecedores de peas por catlogo ou peas de reposio, estes devem implementar o PPAP, a menos que formalmente sejam dispensados pelo cliente. Para o caso de fornecedores de material fornecido a granel, o PPAP s aplicvel quando requerido pelo cliente. O cliente pode ainda dispensar formalmente a aplicao dos requisitos do PPAP a um determinado fornecedor.

SECO I
I.1 GENERALIDADES
Todo e qualquer fornecedor, sujeito ao PPAP, deve obter aprovao completa nas seguintes situaes: - Produo de produtos ou peas/componentes novos. Ou seja, no caso de peas, materiais ou cores no fornecidas anteriormente ao cliente em causa; - Correco de uma discrepncia numa pea anteriormente submetida a aprovao; - Modificaes no produto decorrentes de alteraes de engenharia, de especificaes ou de materiais; - Nas situaes referidas no ponto I.3 (define requisitos de notificao e submisso).

I.2 REQUISITOS DO PROCESSO DE APROVAO


I.2.1 Lote de produo para aprovao (Significant
Production Run) Os produtos/peas para aprovao devem ser produzidos em condies normais de produo, durante um perodo de tempo significativo. Este perodo de tempo deve estar compreendido no intervalo de uma a oito horas de produo e permitir produzir consecutivamente uma quantidade mnima de 300 peas, a menos que outra quantidade seja acordada e autorizada pelo cliente. Este lote deve ser produzido no local de produo/instalaes produtivas, nas condies de processo normais, incluindo equipamentos produtivos, materiais, ferramentas, operadores, e meios de controlo. No caso dos processos produtivos inclurem mais do que uma linha de montagem ou clulas de produo, ou no caso de equipamentos que utilizem moldes de concavidade mltipla, ferramentas variadas, matrizes, etc. devem ser medidas e testadas peas de cada uma das linhas, clulas, concavidades ou ferramentas em nmero significativo. Para o caso dos materiais fornecidos a granel e caso seja requerida uma amostra para submeter a aprovao, esta deve ser representativa de um perodo de operao estabilizado. Note-se no entanto que, o histrico dos produtos correntes pode ser utilizado para estimar a capacidade ou desempenho inicial do processo para produtos novos similares. No caso de no haver histrico, um plano de conteno pode ser implementado at o processo produtivo demonstrar capacidade ou desempenho suficiente.

I.2.2 Requisitos do PPAP


O fornecedor deve cumprir com os requisitos definidos, por exemplo nos
registos de concepo e nas especificaes, para o caso dos fornecedores de materiais a granel. O fornecedor no deve submeter a aprovao peas, documentos e/ou registos em caso de se verificarem resultados fora de especificaes. Deve investir esforos e implementar aces adequadas no sentido de corrigir o processo e cumprir os requisitos de concepo. Em caso de incapacidade de cumprimento, o fornecedor deve contactar o cliente para determinar aces correctivas adequadas. As inspeces de ensaios devem ser efectuadas por laboratrios qualificados (requisito da norma QS-9000) ou no caso de recurso a laboratrios externos estes devem estar acreditados. No caso de recurso a laboratrios externos, deve ser indicado o nome do laboratrio, a data de realizao dos testes, as normas utilizadas e os resultados obtidos, no sendo aceitveis ausncia de dados com comentrios a avaliar a conformidade (ex: Conforme). O fornecedor deve submeter a aprovao o relatrio emitido pelo laboratrio. O fornecedor deve manter os itens e registos de concepo para o nvel de submisso da pea ou famlia de peas em questo. Estes registos devem constar do dossier de aprovao ao serem referenciados no mesmo, de modo a serem facilmente disponibilizados. O fornecedor deve obter prvia aprovao do cliente para excepes na aplicao dos requisitos do PPAP. Nem todos os itens e registos aqui mencionados tm de ser cumpridos por todos os fornecedores (exemplo: h peas para as quais no esto definidos requisitos de aparncia, logo os requisitos definidos para a aparncia no so aplicveis). Estes aspectos encontram-se definidos nos documentos de concepo ou, em caso de dvida, deve ser contactado o representante do cliente da actividade de aprovao de peas.

I.2.2.1 Documentos de concepo1


O fornecedor deve manter todos os documentos de concepo, incluindo desenhos, especificaes, registos de medies e ensaios efectuados. Estes documentos podem existir em suporte de papel ou informtico, devem em qualquer dos casos estar devidamente identificados. Para produtos de venda directa, existe apenas um documento de concepo da responsabilidade da entidade que detm a concepo do mesmo. Este documento pode referenciar outros documentos que suportam a sua concepo. Para materiais a granel, os documentos de concepo podem incluir a identificao das matrias-primas, formulaes, etapas do processo e respectivos parmetros, especificaes do produto final ou critrios de aceitao.

I.2.2.2 Documentos para autorizao de alteraes de engenharia


O fornecedor deve manter os documentos que autorizam alteraes de engenharia j implementadas na pea, produto ou ferramenta mas que ainda no constem nos documentos de concepo (desenhos, especificaes, etc.).

I.2.2.3 Aprovao de Engenharia


Quando especificado nos documentos de concepo o fornecedor deve evidenciar aprovaes, respeitantes ao nvel de engenharia, por parte do cliente.

I.2.2.4 Design FMEA


No caso do fornecedor ter responsabilidade a nvel da concepo e desenvolvimento, dever desenvolver o FMEA de Produto, inclusive para materiais a granel, quando esse um dos requisitos definido. Para materiais a granel, o ranking para a severidade, ocorrncia e deteco, podem ser utilizados para obter factores de risco diferenciados e elaborar o Design FMEA.

I.2.2.5 Diagramas de Fluxo de Processo


O fornecedor deve ter Diagramas de Fluxo de Processo em formato prprio, que descrevam as etapas do processo produtivo e a sua sequncia. Para materiais a granel deve existir a correspondente Descrio do Fluxo do Processo.

I.2.2.6 FMEA do Processo


O fornecedor deve desenvolver o FMEA do processo. Pode ser desenvolvido um nico Design FMEA ou Process FMEA para processos de produo de peas similares ou famlias de peas. Para materiais a granel, existem rankings estabelecidos para a severidade, ocorrncia e deteco que devero ser utilizados na obteno de factores de risco diferenciados.

I.2.2.7 Resultados Dimensionais


O fornecedor deve evidenciar que as verificaes dimensionais requeridas nos documentos de concepo e no Plano de Controlo foram efectuadas e os resultados cumprem com os requisitos especificados. Devem existir registos correspondentes a peas de cada uma das linhas ou clulas de produo, cavidades de moldes de concavidades mltiplas, ferramentas, etc. Devem ser indicadas a data dos registos, o ndice de alterao de engenharia e os documentos que suportem as alteraes de engenharia ainda no integradas nos registos de concepo mas j implementadas. Uma das peas medidas deve ser identificada como amostra padro3 (ver I.2.2.17). Devem ser registadas em todos os documentos auxiliares (ex: esboos, desenhos de vistas/cortes da pea, resultados dos pontos de inspeco CMM, folhas das medies geomtricas e de tolerncias,etc.) as seguintes informaes: - Designao do fornecedor; - Part number; - ndice de alterao e data do desenho. Cpias destes documentos auxiliares devem acompanhar os resultados dimensionais. No caso de ser utilizado um comparador ptico na inspeco da pea, o traado da mesma deve tambm ser includo nestes documentos. Todas as dimenses (excepto as de referncia), caractersticas e especificaes, devem ser listadas em formato adequado juntamente com os registos dos resultados actuais obtidos.

Os resultados Dimensionais no so aplicveis a materiais a granel.

I.2.2.8 Registos de material/Resultados dos Performance


Tests O fornecedor deve manter registos do material e/ou resultados dos ensaios especificados nos documentos de concepo e no Plano de Controlo.

I.2.2.8.1 Resultados dos ensaios do material


O fornecedor deve efectuar todos os ensaios qumicos/fsicos/mecnicos a todas as peas e materiais tal como definidos nos documentos de concepo e no Plano de Controlo. Os ensaios efectuados devem ser listados em formato apropriado que deve mencionar: - ndice de alterao dos documentos de concepo das peas testadas, nomeadamente o nmero, a data e o ndice de alterao das respectivas especificaes; - Data em que os ensaios foram efectuados; - Nome do subcontratante, ou quando requerido, o respectivo cdigo definido na Customerapproved Subcontractor List; - Nmero de ensaios efectuados; - Resultados obtidos; - Documentos autorizando alteraes de engenharia efectivadas mas no incorporadas nos registos de concepo. Para produtos cujas especificaes de materiais so desenvolvidas pelo cliente e para os quais seja aplicvel a lista de subcontratados aprovados, o fornecedor deve adquirir materiais ou servios (ex: tratamento de superfcie, pintura, revestimento) a subcontratados includos na lista.

I.2.2.8.2 Resultados dos Ensaios de Performance


O fornecedor deve efectuar todos os ensaios de performance ou funcionais especificados para a peas ou material, tal como especificados nos documentos de concepo e no Plano de Controlo. O relatrio de ensaio deve contemplar: - ndice de alterao dos documentos de concepo das peas testadas, nomeadamente o nmero, a data e o ndice de alterao das respectivas especificaes; - Data em que os ensaios foram efectuados; - Documentos autorizando alteraes de engenharia efectivadas mas no incorporadas nos registos de concepo; - Resultados e nmero de ensaios efectuados. Os resultados dos ensaios devem ser listados em formato adequado.

I.2.2.9 Estudos Iniciais do Processo I.2.2.9.1 Generalidades


O nvel do desempenho ou da capacidade do processo deve ser determinado e aceite antes das Caractersticas Especiais serem submetidas a aprovao. O fornecedor dever efectuar a anlise do Sistema de Medio de forma a determinar o efeito do erro nas medies. H que ter em especial ateno que o objectivo deste requisito determinar se o processo produtivo tem potencial para produzir um produto que cumpra com os requisitos do cliente. Os estudos iniciais do processo

focalizam-se em variveis e no em atributos (ex: defeitos, falhas, so atributos cuja anlise importante, mas cuja determinao da performance necessita de um nmero maior de dados). Os ndices para estimar a capacidade ou performance do processo sero acordados entre fornecedor e cliente. O PPAP estabelece os ndices Cpk e Ppk e respectivos critrios de aceitao. Outros mtodos mais adaptados ao processo e produto em questo podem ser utilizados desde que previamente acordados com o fornecedor. Os estudos iniciais do processo so estudos de curto-prazo4, pelo que no prevem o comportamento do processo ao longo do tempo e a variao introduzida pelos operadores, equipamentos, materiais, mtodos, sistema de medio e meio ambiente. Mesmos nos estudos de curto-prazo so importantes a aplicao de Cartas de Controlo na recolha e anlise de dados. Para as caractersticas em que so aplicveis as Cartas de Controlo ( X , R), nos estudos de curto-prazo, devem ser considerados no mnimo 25 subgrupos contendo no mnimo 100 leituras de peas consecutivas; tendo em conta os princpios definidos para o Lote de Produo para Aprovao (Significant Production Run). Para certos processos, outros mtodos analticos (ex: Cartas Controlo Moving Range) podem ser mais adequados e permitidos, desde que previamente discutidos e aprovados pelo cliente.

I.2.2.9.2 ndices de Qualidade


Os estudos iniciais do processo devem ser sintetizados, por ndices de desempenho ou de capacidade quando estes forem passveis de aplicao. Os estudos iniciais do processo dependem do objectivo do estudo, nomeadamente o estudo da normalidade dos dados, a definio da dimenso da amostra, a frequncia de amostragem e a demonstrao do controlo estatstico do processo5. Cpk ndice de capacidade para processos estveis, o valor estimado de (sigma) baseia-se na variao dentro do subgrupo (within variation 4 ^ 2 ^

c ou s d =R=)

Ppk ndice de desempenho, o valor estimado de variao total,


1 ()
1 2 ^

(sigma) baseia-se na

==

n i i

n xX s

Estudos de curto-prazo o objectivo dos estudos iniciais de processo conhecer a variao do processo, pelo que se existir dados de histrico suficientes para construir uma carta de controlo (no mnimo 100 pontos individuais), pode-se proceder ao clculo do Cpk para o caso de processos

estveis, ou ao clculo do Ppk para processos instveis. Quando o nmero de dados individuais for inferior a 100 necessrio contactar o representante do cliente para ser desenvolvido um plano adequado. Para materiais a granel, se os estudos iniciais do processo forem um requisito, dever ser acordado com o cliente as tcnicas a aplicar para estimar a capacidade do processo.

I.2.2.9.3 Critrios de aceitao para Estudos Iniciais


O fornecedor deve utilizar para processos estveis, os seguintes critrios de aceitao para avaliar os resultados dos estudos iniciais:
Resultados6 Critrio / interpretao Valor do ndice > 1.67 - O processo permite cumprir os requisitos do cliente; - Aps aprovao, iniciar produo e aplicar o Plano de Controlo 1.33 Valor do ndice 1.67 - O processo aceitvel, mas necessita de melhorias; - Contactar com o cliente, e rever resultados do estudo; - necessrio alteraes no Plano de Controlo, se melhorias no
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forem atingidas antes de se iniciar a produo. Valor do ndice < 1.33 - O processo no cumpre os critrios de aceitao; - Entrar em contacto com o representante do cliente para rever resultados do estudo.

ver o Manual SPC Cpk s pode ser utilizado para processos estveis (sob controlo estatstico)

Estes critrios tm como pressupostos que: - A disperso dos dados segue uma Distribuio Normal; - Especificao bilateral (objectivo centrado) para a caracterstica em questo.

I.2.2.9.4 Processos instveis


Um processo instvel, dependendo da natureza da instabilidade, pode no conseguir cumprir com os requisitos do cliente. O fornecedor deve identificar, avaliar e se possvel eliminar as causas especiais de variao. Nestes casos, o fornecedor deve notificar o cliente e submeter a aprovao um Plano de Aces Correctivas antes de efectuar o pedido de aprovao de peas ou materiais no mbito do PPAP. Ateno que, para materiais a granel, se o histrico demonstra que os processos similares so permanentemente instveis, um Plano de Aces Correctivas pode no garantir o controlo da situao.

I.2.2.9.5 Processo com especificao unilateral ou Distribuio no Normal


No caso de um processo com especificao unilateral ou cuja distribuio no tenha um comportamento de uma Distribuio Normal, o fornecedor juntamente com o cliente devem determinar critrios de aceitao alternativos. Assim, pode ser necessrio a transformao dos dados quando os estes no so normais; no entanto, numa primeira fase deve ser dada nfase anlise das causas da no normalidade e desencadear aces no sentido de controlar a variao. Para materiais a granel, obtm-se usualmente distribuies no-normais quando se elabora o histograma. Deste modo, no devem serem calculados os ndices de capacidade pois a sua anlise pode conduzir a concluses incorrectas.

I.2.2.9.6 Procedimento para situaes de no satisfao dos critrios de aceitao


O fornecedor deve contactar o cliente no caso de no conseguir melhorar o processo. Se os critrios de aceitao no forem atingidos o fornecedor deve submeter aprovao do cliente um Plano de Aces Correctivas e a alterao do Plano de Controlo. Usualmente requerida inspeco a 100% at os ndices atingirem o valor de 1.33. Ateno que para materiais a granel, pode ser permitida a sua incorporao na produo mesmo no cumprindo os critrios de aceitao. A aprovao pode ser garantida desde que o fornecedor cumpra com a inspeco a 100% de acordo com o mtodo de ensaio acordado com o cliente. Inspeco a 100% nestes casos, significa a avaliao de amostras representativas da totalidade do lote produzido, tanto para processos contnuos como para a produo por lotes.

I.2.2.10 Anlise do Sistema de Medio


O fornecedor deve efectuar o estudo ao seu Sistema de Medio 7 (ex: estudos R&R, bias, linearidade, estabilidade) com o objectivo de analisar a adequao dos equipamentos de medio e ensaio. Eventualmente, para materiais a granel, a Anlise do Sistema de Medio pode no ser aplicvel, desde que esta deciso seja aprovada pelo cliente.

I.2.2.11 Documentao dos Laboratrios Qualificados


O fornecedor deve evidenciar a qualificao dos seus laboratrios, isto , o cumprimento dos requisitos 4.10.6-7 da norma QS-9000, 3 Edio.

I.2.2.12 Plano de Controlo


O fornecedor deve ter um Plano de Controlo que ilustre todo o tipo de aces de controlo sobre o processo8. Por vezes so admissveis os Planos de Controlo existentes, para famlias de peas similares. Alguns clientes exigem a aprovao do Plano de Controlo, isto , a assinatura do responsvel do fornecedor, antes de este ser submetido a aprovao.

I.2.2.13 PSW Part Submission Warrant


Logo que todas as medies e ensaios especificados estejam concludos, com resultados satisfatrios, o fornecedor deve preencher o PSW. Deve ser emitido um PSW por part number, a menos que outro acordo seja efectuado com o cliente. Se no fabrico das peas forem utilizados moldes de concavidade mltipla, mais do que uma ferramenta, ou o fabrico ocorrer em clulas ou linhas de produo distintas, os meios produtivos (concavidade, ferramenta, linha, clula) devem ser identificados no PSW no campo Mold/Cavity/Production Process ou em anexo. O fornecedor deve verificar se: - Todos os resultados das medies e ensaios cumprem com os requisitos especificados; - Toda a documentao necessria se encontra disponvel. O responsvel formal junto do fornecedor deve aprovar o PSW, rubricando e identificando-se, colocando a data e contacto telefnico.

Um PSW por part number pode ser utilizado para sintetizar vrias alteraes desde que estas estejam bem documentadas e seja submetido de acordo com a calendarizao do cliente. No caso de existir em formato electrnico, o PSW pode ser submetido nesse formato desde que esteja de acordo com os requisitos do cliente.

I.2.2.13.1 Pesagem da pea


O fornecedor deve pesar a pea antes do seu envio e registar o valor do peso em quilogramas no PSW considerando 4 casas decimais (0.0000 Kg) a no ser que haja outro acordo com o cliente. O peso medido no deve incluir nem material de embalagem, nem proteces para transporte nem acessrios para manuseamento ou montagem. Para determinar o peso da pea, o fornecedor deve considerar uma amostra de 10 peas recolhidas aleatoriamente, pes-las individualmente, calcular o valor mdio e regist-lo. No mnimo uma pea de cada cavidade, ferramenta, clula ou linha de produo deve ser pesada.
Nota: Este peso apenas utilizado para anlise do peso do veculo onde a pea ir ser montada, e no tem reflexos no processo de aprovao. Para materiais fornecidos a granel este requisito no aplicvel.

I.2.2.14 Relatrio de aprovao de aparncia (AAR

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Deve ser elaborado um relatrio para aprovao da aparncia (AAR) para cada pea ou sries de peas para as quais a aprovao da aparncia um requisito definido nos documentos de concepo. Aps cumprir satisfatoriamente com todos os critrios especificados para a aparncia, o fornecedor deve registar a informao requerida no AAR. O AAR completamente preenchido e as peas devem ser enviados ao local designado pelo cliente. O AAR (completo, peas e rubrica do cliente) deve posteriormente acompanhar o PSW no momento do pedido de aprovao final. O AAR aplicvel a requisitos de cor, textura e aparncia e nem todos os clientes exigem o seu preenchimento completo.

I.2.2.15 Lista de Requisitos para Material a Granel


Para materiais a granel, a aplicao dos requisitos definidos na Lista de Requisitos para Material a Granel deve ser acordada entre o cliente e o fornecedor. Em caso de aplicao, todos os requisitos devem ser cumpridos a menos que assinalados no Checklist com a abreviatura NR11. Pode aqui tambm ser especificado a aplicao de requisitos adicionais.

I.2.2.16 Amostra de Peas da Produo


O fornecedor deve providenciar uma amostra do produto tal como requerido pelo cliente e pelo pedido de aprovao.

I.2.2.17 Amostra Padro


O fornecedor deve reter uma amostra padro: - Durante o perodo de reteno dos registos de aprovao das peas; - At produo de outra amostra padro para aprovao, correspondente ao part number em questo; - Quando, especificado nos documentos de concepo ou no Plano de Controlo, uma amostra padro como Standard ou para referncia.

A amostra padro deve ser identificada e a data de aprovao do cliente deve ser aposta na mesma. O fornecedor deve manter uma amostra padro para cada ferramenta, concavidade, clula ou linha de produo, a menos que o cliente defina outros requisitos. Quando as dimenses da pea tornam a sua reteno impraticvel, os requisitos aplicveis reteno de amostras podem ser alterados e at mesmo dispensveis, desde que aprovados pelo cliente. A existncia de amostra padro importante para casos em que difcil a reproduo da pea tal como o modelo aprovado. Para materiais a granel, quando requerida, a amostra padro consiste em registos de produo, resultados de ensaios, e anlises composio.

I.2.2.18 Ajudas de Controlo12


Ajudas de Controlo para montagem do componente/pea devem ser submetidas a aprovao, pelo fornecedor, quando tal for requerido pelo cliente. A informao contida nas Ajudas de Controlo deve estar conforme com os requisitos dimensionais. Todas as alteraes de engenharia devem ser registadas nas Ajudas de Controlo.

I.2.2.19 Requisitos especficos do cliente


O fornecedor deve evidenciar conformidade (manter registos) com todos os requisitos especificados pelo cliente. Para materiais a granel, os requisitos especficos do cliente devem ser registados na Lista de Requisitos para Material a Granel.

I.3 Notificao do Cliente e Requisitos para Submisso


I.3.1 Notificao do Cliente
O fornecedor deve notificar o cliente13 em situaes de alterao ao nvel da concepo e ao nvel do processo, tais como: 1. Utilizao de mtodos de construes ou materiais distintos dos utilizados na fase de aprovao; 2. Produo resultante da utilizao de novas ferramentas ou de ferramentas modificadas, mas somente em situaes em que as peas resultantes possam influenciar a integridade do produto final; 3. Produo resultante de rectificaes de ferramentas ou reorganizao/rearranjos em equipamentos;
Nota: As retificaes de ferramentas incluem intervenes nas ferramentas e nos equipamentos produtivos que visem melhorar a performance, capacidade ou a actual funo. No confundir com as intervenes normais de manuteno que tm como objectivo a conservao das condies do processo e no a melhoria da sua performance. Os rearranjos/reorganizao incluem alteraes no fluxo do produto/processo ou a incluso de novos processos. Melhorias como a instalao de proteces, de iluminao, etc. desde que no alterem o fluxo do produto/processo podem ser efectuadas sem a aprovao do cliente.

4. Produo resultante de ferramentas e equipamentos transferidos para outro local da fbrica ou para outra fbrica; 5. Alterao de fornecedores subcontratados, de peas, de materiais e servios (ex: tratamento de superfcies) que possam afectar os requisitos do

produto do cliente ao nvel da conjugao de peas, forma, funo, durabilidade ou desempenho; 6. Reincio da produo de um produto, aps inactividade das ferramentas por um perodo de tempo de 12 ou mais meses, com excepo das peas de reposio ou de peas para veculos especiais; 7. Alteraes ao nvel da concepo ou do processo de produo da pea, feita internamente nas instalaes do fornecedor ou subcontratado, que tenham impacto no cliente ao nvel de conjugao de peas, forma, funo, desempenho e durabilidade do produto final; 8. No caso de materiais a granel, quando: - Houver uma nova origem e estejam definidas caractersticas especiais; - Houver alteraes nos atributos de aparncia e no existam especificaes para a mesma; - Houver alteraes ao nvel da formulao; - Houver alterao dos parmetros do processo que normalmente afectam a performance do produto. 9. Alteraes nos mtodos de inspeco e ensaio (novas tcnicas mas sem alterao dos critrios de aceitao em que o fornecedor deve evidenciar que os novos mtodos so equivalentes aos anteriormente aprovados).

I.3.2 Pedido de aprovao


O fornecedor, antes do primeiro envio de peas, deve submeter a aprovao as seguintes situaes (a menos que derrogadas pelo cliente): 1. Novo produto ou pea, isto , componente especfico, material ou cor no fornecido anteriormente a determinado cliente; 2. Correco de uma discrepncia numa pea j aprovada, que pode estar relacionada com a performance do produto face aos requisitos do cliente, com os requisitos dimensionais e de capacidade, com itens do subcontratante ou com questes relacionadas com os ensaios e validaes de engenharia. 3. Alteraes de engenharia ao nvel de concepo, especificaes ou materiais; 4. Fazer uso de nova tecnologia de processo no aplicada anteriormente na produo do produto em causa (somente para materiais a granel). O fornecedor deve rever e actualizar todos os itens aplicveis, contidos na pasta/ficheiro PPAP14 de modo a reflectir o processo de produo, independentemente do cliente exigir a formalizao do pedido de aprovao ou no. Esta pasta deve conter a derrogao por parte do cliente, o nome do representante do cliente e a respectiva data.

I.3.3 Situaes em que a Notificao do Cliente no necessria


A notificao do cliente e o pedido de aprovao (ex: PSW) no necessria nas situaes em que haja: 1. Alteraes nos desenhos das peas produzidas internamente nas instalaes do fornecedor, ou subcontratados que no tenham impacto nos documentos de concepo cedidos pelo cliente (refere-se a alteraes que no afectem a montagem, a funo, a durabilidade ou o desempenho); 2. Movimentaes de ferramentas ou equipamentos dentro da instalao produtiva que no alterem, nem o fluxo do processo, nem os requisitos definidos no Plano de Controlo; 3. Alteraes de equipamento que no alteram o fluxo do processo, a tecnologia e a metodologia envolvidas (ex: substituio do equipamento existente);

4. Substituio de meios de medida por meios equivalentes (ex: pode decorrer da calibrao dos meios existentes); 5. Balanceamento da linha sem alterao do fluxo do processo (ex: eliminao de estrangulamentos); 6. Alteraes que visem a reduo do RPN do PFMEA (Nmero de Prioridade de Risco que definido a partir da severidade, possibilidade de ocorrncia e deteco de determinado defeito) sem alterao do fluxo do processo (ex: meios de controlo adicionais, aumento da dimenso da amostra e frequncia de inspeco, e instalao de sistemas prova de erro); 7. Especificamente para materiais a granel: a. Alteraes do produto respeitando o DFMEA; b. Alteraes do processo respeitando o PFMEA; c. Alteraes que no afectem as caractersticas especiais; incluem situaes de alterao da mdia do processo desde que esta se encontre dentro dos limites aprovados); d. Alterao da origem ou dos subcontratantes de matrias-primas para as quais no esto definidas caractersticas especiais; e. Reduo das tolerncias especificadas pelo cliente.

Nota: - As alteraes mencionadas acima ao nvel do produto ou do processo respeitam os critrios de aceitao e parmetros previamente aprovados; - O acompanhamento por parte do fornecedor suficiente para garantir a melhoria da performance do produto.

O fornecedor responsvel pelo acompanhamento das alteraes e/ou melhorias, e por actualizar em conformidade a documentao relativa ao PPAP. O cliente deve ser notificado sempre que ocorra qualquer situao que possa afectar os requisitos de montagem, visuais, funcionamento, durabilidade e performance do produto.

I.4 Nveis de aprovao


O fornecedor deve submeter a aprovao, os itens e registos requeridos pelo nvel de aprovao definido pelo cliente. Os nveis de aprovao so:

Nvel Requisitos a submeter a aprovao


Nvel 1 - Garantia (PSW) - AAR, caso tenham sido definidos requisitos de aparncia/aspecto visual Nvel 2 - Garantia (PSW) - Amostras - Dados de suporte requeridos pelo cliente de entre os definidos no PPAP Nvel 3 - Garantia (PSW) - Amostras - Todos os dados de suporte especificados no PPAP Nvel 4 - Garantia (PSW) - Outros requisitos especificados pelo cliente Nvel 5 - Garantia (PSW) - Amostras - Relatrio completo com todos os dados de suporte definidos no PPAP para reviso nas instalaes do fornecedor

O nvel 3 o utilizado por defeito nos pedidos de aprovao, a menos que outro seja especificado pelo cliente. Para fornecedores de material a granel, o nvel a utilizar por defeito nos pedidos de aprovao o nvel 1, a no ser que o cliente especifique outro.

Nota: 1. O cliente identifica o nvel de aprovao aplicvel a cada fornecedor, ou considerando a combinao fornecedor/part number. Instalaes distintas do cliente podem ter nveis de aprovao distintos para a mesma origem das peas (fornecedor). 2. Os impressos contidos no Manual do PPAP podem ser substitudos por formatos informticos e enviados por fax. No entanto, este mtodo dever ser acordado com o representante do cliente antes do primeiro pedido de aprovao.

I.5 Status do Processo de Aprovao


I.5.1 Generalidades
O fornecedor deve ser notificado, pelo cliente, sobre o status do processo de aprovao. Nos fornecimentos futuros, aps a aprovao da pea, o fornecedor deve garantir a continuidade no cumprimento dos requisitos.

I.5.2 Status do cliente relativo ao PPAP


I.5.2.1 Aprovao (Full approval)
Se o cliente conceder a Full approval significa que o produto ou material cumpre, na sua totalidade, com os requisitos e especificaes estabelecidos. O fornecedor fica ento autorizado a fornecer produto, de acordo com o planeamento das encomendas do cliente.

I.5.2.2 Aprovao Provisria (Interim approval)


Quando o cliente concede a Aprovao Provisria significa que o fornecedor fica autorizado a fornecer produtos, mas sendo-lhe limitado o perodo de tempo ou quantidade de fornecimentos nestas condies. No entanto, esta concedida se o fornecedor tiver: - Claramente identificadas as causa das no-conformidades; - Acordado com o cliente um plano de reaco para o perodo em que a Aprovao Provisria vlida. Neste caso, quando as no-conformidades se encontrarem resolvidas, o fornecedor deve desencadear novamente o processo relativo ao pedido de aprovao. O material sujeito a uma Aprovao Provisria para o qual falhe o plano de reaco e expirado o tempo definido ou a quantidade acordada, ser rejeitado. No so autorizados mais envios, a menos que ocorra uma derrogao por parte do cliente. Para material a granel, o fornecedor deve utilizar o impresso Bulk Matrerial Interim Approval ou um outro equivalente.

I.5.2.3 Aprovao no aceite (rejected) A aprovao no ser concedida quando as amostras de peas e a respectiva documentao no cumprem os requisitos definidos. As correces, tanto no produto como na documentao devem ocorrer antes de estes serem submetidos a aprovao.

I.6 Manuteno de registos


Os registos de aprovao de peas devem ser mantidos pelo perodo correspondente ao tempo em que a pea est activa, majorados de mais um ano. O fornecedor deve garantir que registos do PPAP de uma pea substituda so includos ou referenciados na pasta PPAP da nova pea.
Nota: Um exemplo de um documento/registo que deve ser removido da pasta PPAP antiga para a correspondente nova pea pode ser o certificado de matria-prima do fornecedor caso se trate por exemplo de uma alterao dimensional da pea. Ento o correcto analisar as diferenas entre o antigo part number e o actual e manter os documentos/registos que no sofrem alterao.

SECO II
II.1 INSTRUES ESPECFICAS DA DaimlerChrysler Corporation
As instrues seguintes aplicar-se-o sempre, a no ser que haja indicao escrita em contrrio por parte do departamento responsvel pela aprovao de peas da DaimlerChrysler Corporation, ou os desenhos e documentos de engenharia estabeleam outros requisitos.

II.1.1 Nveis de aprovao


Fornecedores classificados pela DaimlerChrysler Corporation como self certified devem seguir as linhas de orientao definidas para pedidos de aprovao do tipo Nvel 1. Os restantes devem seguir as linhas de orientao para pedidos de aprovao do tipo Nvel 2, a no ser que sejam dadas instrues contrrias pelo representante do cliente15. Para o pedido de aprovao de materiais a granel so aplicveis os requisitos definidos na Seco I.

II.1.2 Pedido de Aprovao


Todos os fornecedores de peas, para poderem fornecer qualquer fbrica da DaimlerChrysler Corporation devem submeter o PSW de acordo com as directrizes estabelecidas no site DaimlerChrysler Corporation Supply Partner Information Network (SPIN).

II.1.3 Ajudas de Controlo


As ajudas de controlo, quando requeridas, devem ser enviadas para aprovao, para permitir a inspeco dimensional da pea submetida a aprovao, por seu intermdio. O responsvel pela aprovao das peas da DaimlerChrysler Corporation deve ser contactado no sentido de esclarecer a aplicabilidade deste requisito.

II.1.4 Requisitos para Aprovao de Aparncia


O fornecedor deve preencher o Appearance Approval Report (AAR) caso os documentos de concepo incluam requisitos de aparncia (isto cor, rugosidade, acabamento e textura). Antes da submisso pedido de aprovao da garantia de fornecimento (PSW), o fornecedor deve obter a aprovao por parte do gabinete de concepo da DaimlerChrysler Corporation do AAR (isto , o AAR assinado).

Nota:
- O AAR aplicvel tanto a peas interiores como a peas exteriores. - Os fornecedores de painis metlicos exteriores devem seguir o procedimento da DaimlerChrysler Corporation relativo aparncia de superfcies exteriores.

II.1.5 Alteraes no Produto a pedido do Fornecedor


O Supplier Request for Product Changes (SRPC) permite ao fornecedor solicitar pequenas alteraes de especificao, para dimenses e/ou tolerncias normalizadas desde que estas no afectem o desempenho, a montagem, a qualidade, a durabilidade, a garantia, a satisfao do cliente ou o custo. O SRPC no uma forma de permitir que as peas no sejam feitas conforme o projectado. esperado que o fornecedor faa todos os esforos de modo a resolver todas as discrepncias antes de recorrer ao SRPC. Todos os SRPCs devem ser registados e aprovados antes da apresentao da garantia (PSW). O responsvel pela actividade de aprovao de peas da DaimlerChrysler Corporation, deve ser contactado para ceder cpias do formato SRPC e das respectivas instrues de utilizao. Na garantia deve ser identificado o SRPC aprovado, no campo reservado s alteraes de engenharia adicionais.

II.1.6 Aprovao Provisria II.1.6.1 Interim Approval Authorizations


A Interim Approval Authorization (IAA) um procedimento que permite aos fornecedores cumprirem as datas, para submeterem peas a aprovao, e os requisitos ao nvel da produo, de acordo com as ltimas alteraes de engenharia. Nestes casos, o fornecedor receber autorizao da DaimlerChrysler Corporation atravs do documento IAA. As peas so fornecidas sob IAA, sendo utilizados processos produtivos alternativos at que as ferramentas/processos produtivos sejam aprovados e disponibilizados de modo a alcanar os requisitos de produo estabelecidos. Logo que as peas tenham sido produzidas pelas ferramentas/processos definitivos necessrio desencadear um novo pedido de aprovao.

II.1.7 Laboratrios
Quando a DaimlerChrysler Corporation especifica o uso de um laboratrio externo, este deve ser aprovado pela DaimlerChrysler Corporation ou acreditado por organismos legalmente reconhecidos como a Associao Americana para a Acreditao de Laboratrios (A2LA American Association for Laboratory Accreditation) ou do Concelho de Normalizao do Canad (SCC Standards Council of Canada).

II.2 INSTRUES ESPECFICAS DA FORD II.2.1 Actividade de Aprovao de Peas


Aplicvel a fornecedores externos e referente ao Gabinete de Assistncia Tcnica aos Fornecedores da Ford (STA16) ou ao representante do cliente.

II.2.2 Especificao de Engenharia (ES17)


Esta designao dada pela Ford aos testes de desempenho referidos neste documento.

II.2.3 Restries utilizao de Substncias


Um certificado/declarao indicando a conformidade com a Ford Engineering Material Specification WSS-M99P9999-A1 requerida e anexada ao relatrio de testes ao material. (Esta especificao disponibilizada pela Engenharia de Materiais). Esta especificao resulta dos regulamentos internos dos pases onde a Ford tem negcios. Estes regulamentos aplicam-se tanto Ford como aos seus fornecedores. Assim sendo, esta especificao no acrescenta nenhuma exigncia, mas obriga o fornecedor a verificar conformidade com as especificaes e com os regulamentos relevantes do pas de produo e do pas onde a Ford ir receber esse material. Os fornecedores classificados como self certified no necessitam enviar informao comprovativa dos testes acima referidos.
Nota: Marcao de peas plsticas recomendvel os fornecedores de peas plsticas procedam marcao das mesmas com os respectivos smbolos ISO que permitem identificar o tipo de polmero utilizado no fabrico das mesmas. A Ford dispe de especificaes para materiais plsticos cuja conformidade os fornecedores abrangidos devem indicar no PWS.

II.2.4 Aprovao Provisria


Quando so identificadas no conformidades num pedido de aprovao de uma pea, o engenheiro STA (do Gabinete de Assistncia Tcnica aos Fornecedores) contactar o comprador e o engenheiro de produto seguindo os procedimentos locais. Se o engenheiro de produto autorizar o uso da pea afectada pela no conformidade, a Engenharia de Produto dar um sinal de alerta no sistema WERS, especificando qual o perodo de tempo ou a quantidade em que o produto no conforme pode ser usado. O fornecedor dever registar o nmero do alerta no PSW, no campo reservado, Additional Engineering Changes. Logo que as peas tenham sido produzidas pelas ferramentas/processos definitivos necessrio desencadear um novo pedido de aprovao (novo PSW). Resultados de testes incompletos ou testes ainda em curso devem originar um alerta, pelo que um novo PSW necessrio aps todos os resultados dos testes estarem disponveis.

II.2.5 Planos de Controlo


Os Planos de Controlo devem ser desenvolvidos pelo fornecedor e estar disponveis para reviso pelo cliente o mais cedo possvel, nomeadamnete antes da data do pedido de aprovao da pea. Os Planos de Controlo devem incluir todas as caractersticas Crticas e Significativas. Os Planos de Controlo devem ser assinados pelos responsveis da Engenharia de Produto designados para o efeito, e pela Engenharia responsvel pela actividade de aprovao de peas. Isto aplica-se quer a itens de controlo identificados com (delta invertido), quer a produtos designados pela Engenharia de Produto (isto , produtos cujas Especificaes de Engenharia descriminam este tipo de aprovao). Algumas reas da qualidade da Ford solicitam que a cpia do Plano de Controlo aprovado seja anexada ao PSW e enviado ao responsvel pela actividade de aprovao18, do cliente.

II.2.6 Aprovao de itens de aparncia


Todos as peas para as quais estejam definidas critrios de aparncia 19 devem ser revistas pelo Ford Design Quallity Office. O impresso AAR deve acompanhar este pedido de aprovao.

II.2.7 Nveis de Aprovao


Para fornecedores externos, os nveis de aprovao inerentes ao PPAP so controlados pelo Ford STA Commodity Engineer e baseiam-se: - No Status do Q1; - Nas correces ao PPAP; - Na criticidade dos componentes e dos produtos relacionados. A aprovao de materiais a granel feita de acordo com o estabelecido na Seco I. Para actividades internas relacionadas com nveis de aprovao das peas/produtos deve ser contactado o responsvel pela actividade de aprovao.

II.2.8 Gesto das alteraes


O fornecedor deve desenvolver e implementar um processo de gesto das alteraes que garanta que o produto abrangido por alteraes (revises na concepo e desenvolvimento) reflecte as mesmas, cumprindo com todas as especificaes aplicveis. Se o componente utilizado por diferentes fbricas da Ford, cada uma deve proceder aprovao funcional da pea.

II.2.9 Famlia de peas


O fornecedor pode submeter a aprovao vrios part numbers referentes mesma famlia de peas no mesmo PSW, desde que cada uma das peas esteja claramente identificada e listada no PSW.

II.2.9 Requisitos para etiquetas


Os fornecedores de fbricas da Ford na Europa tm que identificar com etiquetas de cor laranja as quatro faces das caixas utilizadas para embalar peas novas ou alteradas.

II.2.10 Run at rate


inerente actividade de submeter a amostra a aprovao e permite fazer uma anlise da capacidade do processo e avaliar a necessidade de actividades de inspeco, considerando que o processo de produo se encontra nas condies de funcionamento normal.

II.2.11 Laboratrios
Os requisitos referidos na seco I. 2.2.11 no so aplicveis aos fornecedores da Ford.

II.2.12 Supplier Request for Engineering Approval (SREA)


O procedimento SREA aplica-se a todos os fornecedores internos e externos cuja avaliao da capacidade no esteja disponvel on-line (WERS20). A aprovao do SREA pela engenharia de produto da Ford, deve ser obtida antes das alteraes serem implementadas. Aps a engenharia de produto da Ford decidir que as alteraes so possveis, o fornecedor dever submeter o SREA a aprovao, ao engenheiro de produto responsvel. Obtida a aprovao do SREA, uma cpia deve ser anexada ao PSW.

Alteraes ao Processo
dada liberdade ao fornecedor para fazer alteraes ao processo sem necessidade de obteno da aprovao SREA, com as seguintes excepes:

- Alteraes a nvel de tratamento trmico, galvanizao/revestimento e soldadura. - Alteraes na produo de componentes electrnicos (condensadores, resistncias, circuitos integrados e componentes similares). - Transferncia da produo para outra fbrica/instalaes com uma localizao diferente. Estas excepes sero dispensadas caso o fornecedor alcance o estatuto Full Service Supplier, ou seja dispensado do cumprimento do requisito de aprovao SREA pelo responsvel da actividade de concepo. Alteraes ao processo que abranjam itens de controlo identificados com (delta invertido) ou componentes relacionados com emisses, requerem sempre a emisso de um SREA. No h excepes para estes componentes. - Ford reservado o direito de requerer que alteraes adicionais ao processo sejam sujeitas, ou no, ao SREA face ao desempenho de cada fornecedor na gesto das alteraes ao processo. Os fornecedores so responsveis pela implementao deste procedimento com as empresas subcontratadas.

II.3 INSTRUES ESPECFICAS DA GENERAL MOTORS


II.3.1 Aplicao
Este procedimento aplicado produo, a servios, a peas individuais para reposio, a matrias-primas. Aplica-se tambm a todas os produtos fornecidos por fornecedores externos independentes, aos fornecedores da Allied and Affiliated GM, incluindo todos os produtos fornecidos a estes fornecedores (isto , por subcontratados e fornecedores de terceira linha). Para materiais a granel, matria-prima ou material indirecto, deciso da Procuring Division a aplicao do PPAP. Nestes casos, quando a deciso resulta na aplicao do PPAP, so vlidos os requisitos definidos na Seco I.

II.3.2 Requisitos para aprovao de peas II.3.2.1 Impresso PSW (I.2.2.13)


1. O fornecedor deve utilizar um PSW por part number; 2. O PSW deve ser preenchido, legvel e exacto, se tiverem os campos abaixo descriminados em branco, no sero aceites: a.Parte number b. Engineering Drawing Change Level c. Peso d. Cdigo do Fornecedor e. Direco do Fornecedor f. Motivo do Pedido g. Assinatura de autorizao do fornecedor 3. O fornecedor deve incluir o ndice de alterao de engenharia no PSW.

II.3.2.2 AAR Appearance Approval Report (ver I.2.2.14)


1. Relatrio de Aprovao de Aparncia (AAR) para peas coloridas, texturas, brilho ou tecidos.
Nota:

o AAR no requerido para a qualidade da superfcie das peas do body in white (BIW) montagem de carroarias. Este tem um procedimento prprio para requisitos de superfcie de peas BIW.

2. A aprovao de aparncia pode ocorrer paralelamente inspeco e ensaio das peas.

II.3.2.3 Amostra do produto (ver I.2.2.16)


Se as peas a submeter a aprovao se enquadrarem no Nvel 2 ou 3, cada pedido de aprovao deve incluir duas peas de amostra, a no ser que seja dada alguma indicao em contrrio, pela Procuring Division. Para processo mltiplos (ex: moldes de concavidades mltiplas, ferramentas, linhas ou clulas de produo), so necessrias duas peas de cada uma das origens. As peas que compem a amostra no tm que ser as mesmas que foram alvo de controlo e registo dimensional nos documentos apropriados. Todas as peas da amostra devem ser identificadas com uma etiqueta com registo do part number, nvel/ndice de alterao de engenharia e nome do fornecedor.

II.3.2.4 Registos de concepo (ver I.2.2.1)


1. Um desenho pode ser usado para total aprovao desde que assinado pelo engenheiro de produto, possua o nmero de identificao e data; 2. Todos os registos de concepo do fornecedor devem ser aprovados pela GM; 3. Quando requerido, o fornecedor deve evidenciar conformidade com as especificaes de cada componente; 4. Para peas memorizadas no sistema CAD, o nvel de alterao

actual para inspeco, o referenciado e guardado na base de dados da GM. A origem dos dados deve ser fornecida com indicao do ndice de alterao de engenharia e correspondente data.

II.3.2.5 Resultados dos ensaios de Material, Desempenho e Durabilidade


1. Quando o Material, a Validao, o Desempenho, a Durabilidade, a Fiabilidade, ou outros requisitos de engenharia estiverem definidos nos documentos de engenharia/concepo, a aprovao poder ser feita por duas vias: a. O fornecedor obtm a aprovao antes do PPAP e envia evidncias dessa aprovao; b. O fornecedor envia os resultados dos ensaios com o pedido de aprovao PPAP. Note-se que um desenho adicional poder vir a ser requerido. 2. Os resultados obtidos em laboratrio devem ter menos de um ano. Caso uma alterao de engenharia afecte os resultados dos ensaios, estes devem ser actualizados. 3. Um impresso adicional requerido sempre que testes funcionais sejam necessrios (ver I.2.2.3).

II.3.2.6 Planos de Controlo (ver I.2.2.12)


Os fornecedores da GM devem documentar e submeter a aprovao (dependendo do nvel do pedido de aprovao) o Plano de Controlo da Prsrie21.

Sempre que a um fornecedor seja requerida a aprovao do Plano de Controlo da Produo, este deve tambm submeter a aprovao o Plano de Controlo da Prsrie.

II.3.2.7 Estudos Iniciais do Processo (ver I.2.2.9)


O critrio mnimo de aceitao para os estudos iniciais do processo no mbito do PPAP de 1.67 para o Cpk ou Ppk.

II.3.3 Notificao do cliente, de alteraes iniciadas pelo fornecedor


Nota: Os requisitos seguintes no incluem pedidos de aprovao iniciais, alteraes de engenharia, ou as alteraes mencionadas no ponto da seco I.3.3 (situaes em que no requerida a notificao do cliente).

1. O fornecedor deve rever a proposta de alterao com a GM antes da sua implementao. 2. Deve ser fornecida informao detalhada e explicativa dos motivos do pedido de aprovao. aconselhvel incluir anexos explicativos e detalhados. 3. Devem ser verificados, os pedidos de aprovao Nvel 1; 4. A GM efectuar a reviso da Garantia e determinar a sua aceitao. Em caso de aceitao, o fornecedor dever receber a notificao do cliente, autorizando o envio de peas. Se for necessria informao adicional ou for aplicvel um nvel de aprovao mais exigente, o fornecedor ser notificado pela GM. 5. Para outros pedidos de aprovao, no referentes a aprovaes iniciais ou a alteraes de engenharia, deve ser fornecida informao detalhada e explicativa dos motivos do pedido de aprovao, sendo aconselhvel a incluso de anexos.

II.3.4 Situaes em que a Notificao do Cliente no necessria


1. Para a situao referida em I.3.3:
Alteraes nos desenhos das peas produzidas internamente nas instalaes do fornecedor, ou subcontratadas que no tenham impacto nos documentos de concepo cedidos pelo cliente (referente a alteraes que no afectem a montagem, a funo, a durabilidade ou o desempenho)

o fornecedor deve notificar a GM caso de trate de II.3.3. 2. No requerido uma nova aprovao para a actualizao dos documentos de concepo que reflictam uma alterao anteriormente aprovada atravs de uma Alterao de Engenharia numerada, datada e assinada, ou atravs da situao referida em I.2.2.2 ou em I.2.2.3.

II.3.5 Nveis de Aprovao


1. No um requisito, que os fornecedores tenham de manter a totalidade da documentao dos subcontratados, basta que tenham documentado e implementado um processo que contemple critrios de deciso, relativamente ao nvel de evidncia requerido para os subcontratados e ao nvel adequado a manter nas suas instalaes. Quando houver uma solicitao por parte da GM, da documentao de aprovao da pea (PPAP), o fornecedor deve disponibiliz-la num perodo de tempo razovel.

2. PARA OS FORNECEDORES DA GENERAL MOTORS EUROPA : O nvel 2, deve ser o nvel utilizado por defeito em todos os pedidos de aprovao General Motors Europe, a no ser que tenha sida dada outra indicao diferente pelo responsvel da actividade de aprovao.

II.3.6 Status dos Pedidos de Aprovao Aprovao (Full Approval ver I.5.2.1)
1. As peas cumprem todos os requisitos definidos, nos desenhos aprovados, e est conforme com o PPAP; 2. Os desenhos devem traduzir todas as alteraes de engenharia ou ento estarem acompanhados da correspondente documentao. Devem ainda estar datados e terem sido aprovados pela Engenharia de Produto; 3. Para ferramentas de cavidade mltipla, cada cavidade cumpre os requisitos definidos no PPAP, pelo que possvel obter a aprovao da ferramenta como um todo. O pedido de aprovao para uma ferramenta de cavidade mltipla deve especificar a cavidade(s) submetida(s) a aprovao.

Aprovao Provisria/Temporria (Interim Approval ver I.5.2.2)


1. Se uma pea no obteve Aprovao, a Aprovao Provisria autoriza o envio de peas ao cliente. A condio de Aprovao Provisria d a indicao da deciso do cliente para utilizao da pea ainda que no tenha obtido Aprovao. 2. Todas as Aprovaes Provisrias requerem um plano de aces correctivas. Existe um documento que foi desenvolvido para este fim que deve ser preenchido em conjunto com o fornecedor. 3. Se for necessria uma extenso, o mesmo documento deve ser reemitido e a data de aprovao provisria alterada. 4. Todas as Aprovaes Provisrias exigem que o part number da pea seja classificado com A, B, C, D ou E como estabelecido a seguir:
Classe A: As peas esto a ser produzidas utilizando 100% das ferramentas produtivas e cumprem as especificaes definidas nos documentos/registos de concepo. No entanto, nem todos os requisitos de aprovao da produo esto conformes. EXEMPLOS: - Estudos de capacidade efectuados com menos de 300 peas e na avaliao da capacidade e da estabilidade no foram obtidos resultados satisfatrios. O fornecedor deve implementar um plano de conteno at que o nvel de capacidade estabelecido tenha sido atingido. - Necessidade de introduzir melhorias na documentao, nomeadamente em DFMEA, PFMEA, Diagrama de Fluxo de Processo, Plano de Controlo. - Ensaios ainda no totalmente finalizados, no entanto de acordo com a avaliao efectuada no h risco significativo de gerarem insatisfao no cliente (ex: ensaios de durabilidade, de fadiga, exposio a condies ambientais adversas). necessrio aprovao (assinatura) da Engenharia de Produto. - Pea e o respectivo desenho no esto em concordncia e no desejvel uma alterao da pea para a colocar em conformidade. O documento Interim Recovery Worksheet deve explicar as diferenas entre a pea e a especificao, e documentar o compromisso e data para alterao da especificao. Classe B: As peas esto a ser produzidas utilizando 100% das ferramentas produtivas mas requerem reparao para alcanar as especificaes.

EXEMPLO: - As peas esto a ser produzidas, no entanto o processo produtivo no respeita o processo definido no Diagrama de Fluxo de Processo (ex: ajustes ou outras operaes produtivas temporrias adicionais, no estando aqui contempladas inspeces). As inspeces adicionais devem ser descritas, se existirem. Classe C: As peas no esto a ser produzidas com a totalidade das ferramentas produtivas, mas cumprem as especificaes. EXEMPLO: - As peas esto a ser produzidas com ferramentas adicionais, de substituio ou temporrias; - As peas esto a ser produzidas em condies de processo no definitivas (ex: local, ambiente, equipamentos). Classe D: As peas no cumprem as especificaes de concepo. EXEMPLO: - Caractersticas dimensionais, aparncia, materiais e ensaios funcionais no cumprem os requisitos definidos, mas no afectam a montagem do veculo ou a satisfao do cliente. necessrio aprovao (assinatura) da Engenharia de Produto. Classe E: As peas no cumprem com as especificaes. Veculos com peas da Classe E requerem ajustes para que possam ser vendidos. EXEMPLO: - Caractersticas dimensionais, aparncia, materiais, ensaios funcionais no cumprem os requisitos definidos e afectam a montagem do veculo ou a satisfao do cliente. necessrio aprovao (assinatura) da Engenharia de Produto. - Ensaios no totalmente finalizados e a probabilidade dos resultados serem insatisfatrios elevada. necessrio aprovao (assinatura) da Engenharia de Produto.

Aprovao no aceite (rejected)


Ocorre quando as peas ou a informao correspondente no cumprem os requisitos. necessrio efectuar um novo pedido de aprovao. O envio de peas de produo no permitido.

Intercmbio de informao sobre o estado dos pedidos de aprovao na GM


1. O estado dos pedidos de aprovao de peas a uma Diviso da GM vlido para toda a GM. Os fornecedores no necessitam de reavaliar a pea ou submeter de novo a aprovao a respectiva documentao, simplesmente porque a pea ir ser usada noutra fbrica da GM. Uma cpia da garantia e o documento que comprova a aprovao devem ser enviados para a nova fbrica que ir usar essa pea. nova fbrica que ir usar a pea, reserva-se o direito de pedir ou no a reviso da informao do PPAP. 2. Podem ser pedidas peas para testes na produo (PTR - Production Trail Run). 3. Uma Aprovao Provisria atribuda por uma diviso da GM, no garante a autorizao de envio para outras fbricas da GM.

II.3.7 Embalagem e Etiquetagem


Cada amostra submetida a aprovao General Motors deve ser embalada individualmente e identificada com a etiqueta da General Motors Sample

Submission for Production Approval, formato GM 1387. A informao requerida na etiqueta deve ser facultada e includa pelo fornecedor antes do envio. Quando um conjunto de amostras correspondentes a diferentes pedidos de aprovao so enviadas dentro da mesma embalagem (ex: contentor), devem ser preenchidos os campos From e To da etiqueta Sample Submission for Production Approval que deve ser colada no canto superior direito da mesma e ficar visvel em duas faces. Cada uma das amostras referentes a um pedido de aprovao deve ser embalada e identificada individualmente, tal como especificado. As peas e os respectivos documentos devem ser embalados conjuntamente.

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