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    O documento descreve diferentes tipos de uniões entre eixos e cubos, incluindo uniões por atrito, encaixadas, encaixadas sob tensão e soldadas. Detalha como cada tipo é adequado para diferentes aplicações dependendo do momento de torção e se há choques. Explica também como dimensionar o cubo, analisar concentração de tensões e calcular pinos, chavetas e ranhuras múltiplas para transmitir a força tangencial de forma segura.

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    Prof. Dr.

    Francisco Jos de Almeida

    4. UNIO EIXO-CUBO

    4.1. Introduo

    O cubo normalmente uma pea cilndrica que fica em contacto com o eixo, podendo fazer parte de uma engrenagem, um volante, polia ou acoplamento qualquer. 4.1.1. Tipos de Unies Eixo-Cubo O cubo pode ser acoplado ao eixo atravs de: (a) unio por atrito: que pode ser ajuste com interferncia, ajuste forado ou assento cnico; (b) unio encaixada: que pode ser pino transversal, chaveta plana, ranhuras mltiplas, por dentes ou por perfil K; (c) unio encaixada sob tenso: que pode ser chaveta inclinada, chaveta inclinada embutida, chaveta cnica, chaveta tangencial, perfil K com ajuste forado ou assento cnico com chaveta, (d) unio soldada: que pode ser por difuso ou por fuso. 4.1.2. Adequao das Unies Eixo-Cubo Dependendo do tipo de aplicao, so adequados: (a) para pequeno momento de toro: pinos transversais, ajuste com interferncia e chaveta cncava; (b) para momento de toro em sentido nico: pino transversal e chaveta plana; (c) para momento de toro em sentido alternante: chaveta inclinada e ajuste forado com grande interferncia; (d) para momento de toro em sentido alternante, com choques: ajuste forado transversal com dilatao trmica, chaveta tangencial, ranhura mltipla e perfil K com ajuste forado; (e) para grande momento de toro: ajuste com dilatao trmica, ranhuras mltiplas, por dente e perfil K;

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    Ainda, pode -se ter: (a) para cubo com eixo axialmente mvel: chaveta deslizante e ranhuras mltiplas; (b) para cubo facilmente desmontvel: ajuste forado, ajuste cnico, chaveta plana, ranhuras mltiplas e perfil K; (c) para cubo com montagem posterior: chaveta cncava, ajuste forado e bucha cnica, (d) para cubo de paredes finas: por dente e rosca com encosto axial, para nica direo. 4.1.3. Concentrao de Tenses Toda unio eixo-cubo submetida toro do eixo e do cubo montado, causando portanto um acmulo de tenses na regio. Assim, conveniente aumentar o dimetro do eixo, nesta regio, em aproximadamente 20 a 30%, ou elevar a resistncia do material do eixo por meio de tmpera ou deformao plstica superficial. 4.2. Dimensionamento do Cubo L x3 Mt s y3 Mt s' y' 3 M t L, s e s em [cm], com Mt em [kgfcm] Os valores de x, y e y so fornecidos pela tabela.

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    4.3. Unies por Adaptao de Forma

    4.3.1. Tipos: (a) Pinos longitudinais e transversais: econmicos e adequados para pequenos momentos de toro; (b) Chavetas plana e meia-lua: a unio por chaveta plana mais comum para momento de toro de sentido nico; este tipo de unio permite movimento axial entre eixo e cubo e no gera fora excntrica no cubo; para pequenos momentos de toro, utiliza-se chaveta meia lua, mais econmica; (c) Ranhuras mltiplas: ou eixo entalhado, recomendado para torque elevado e com choque, permitindo ainda cubos deslizantes; (d) Unio por dentes: devido aos pequenos dentes, eixo e cubo so menos enfraquecidos; seu inconveniente a componente radial gerada; (e) Perfil K: mais caro, exige maquinrio mais complexo; sua vantagem que permite grandes momentos de toro. 4.3.2. Pino transversal F adm A M F= t d 2 d pino 2 A= 2 4 2Mt 4 4Mt adm d pino = 2 d adm d d pino 2

    Valores prticos de dpino / d = 0,20 0,30

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    4.3.3. Pino longitudinal (chaveta redonda)

    (a) Cisalhamento do pino

    F adm A M F= t d 2 A = d pino L pino 2Mt 2Mt adm L pino d d pino L pino d d pino adm

    (b) Esmagamento do cubo F padm A M F= t d 2 d pino A = L pino 2 2Mt 2 4Mt padm L pino d L pino d pino d d pino p adm p= Valores prticos de dpino / d = 0,13 0,16 Comprimento do pino Lpino = 1,0 d 1,5 d 4.3.4. Chaveta plana A fora tangencial P transmitida pelas faces laterais da chaveta. Conforme a norma, a nica verificao que se faz quanto ao esmagamento do material do cubo: P padm A M P= t d 2 A = (h t1 ) Lch i p= 2Mt 2Mt padm Lch = d (h t1 ) Lch i d (h t1 ) padm i

    Valores prticos de Lch = 0,8 d 1,2 d

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    Dimenses normalizadas de chavetas na tabela.

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    4.3.5. Perfil de Ranhuras Mltiplas.

    Tambm para o caso de ranhuras mltiplas, a fora tangencial transmitida pelas faces das ranhuras. Ainda conforme a norma, a nica verificao que se faz quanto ao esmagamento do material do cubo. No levantamento do nmero de ranhuras teis, considera-se que apenas 75% do total de ranhuras trabalham efetivamente: P padm A M P= t rm p= A = 0,75 h Lr i Mt Mt padm Lr = rm 0,75 h Lr i 0,75 rm h padm i

    com d 2 + d1 4 d 2 d1 h= 2 rm = Valores de d2 e i, em funo de d1 na tabela.

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    4.3.6. Perfil K Para uso do Perfil K, lana-se mo diretamente da norma (vide tabela), calculando-se o torque admissvel, a partir dos valores de M10 fornecidos. 4.4. Unio por adaptao de forma com protenso Elas combinam a vantagem da unio por adaptao de fora com a protenso. A esse grupo pertencem todas as unies de forma por chaveta inclinadas, as unies foradas combinadas com adaptao de forma, e as unies de forma com protenso adicional.

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