Apostila Português - Professora Glória Rocha para o Senai
Apostila Português - Professora Glória Rocha para o Senai
Apostila Português - Professora Glória Rocha para o Senai
A mensagem centra-se nas opinies, sentimentos e emoes do emissor, sendo um texto completamente subjetivo e pessoal. A idia de destaque do locutor d-se pelo emprego da 1 pessoa do singular, tanto das formas verbais, quanto dos pronomes. A presena de interjeies e uma pontuao com reticncias e pontos de exclamao tambm evidenciam a funo emotiva ou expressiva da linguagem. Os textos que expressam o estado de alma do locutor, ou seja, que exemplificam melhor essa funo, so os textos lricos, as autobiografias, as memrias, a poesia lrica e as cartas de amor. Por exemplo: bonito ser amigo, mas confesso to difcil aprender! Funo referencial ou denotativa A mensagem centrada no referente, no assunto (contexto relacionado a emissor e receptor). O emissor procura fornecer informaes da realidade, sem a opinio pessoal, de forma objetiva, direta, denotativa. A nfase dada ao contedo, ou seja, s informaes. Geralmente, usa-se a 3 pessoa do singular. Os textos que servem como exemplo dessa funo da linguagem so os jornalsticos, os cientficos e outros de cunho apenas informativo. A funo referencial tambm conhecida como cognitiva ou denotativa. Caractersticas neutralidade do emissor; objetividade e preciso; contedo informacional; uso da 3 pessoa do singular (ele/ela). Funo apelativa ou conativa A mensagem centrada no receptor e organiza-se de forma a influenci-lo, ou chamar sua ateno. Geralmente, usa-se a 2 pessoa do discurso (tu/voc; vs/vocs), vocativos e formas verbais ou expresses no imperativo. Como essa funo a mais persuasiva de todas, aparece comumente nos textos publicitrios, nos discursos polticos, horscopos e textos de auto-ajuda. Como a mensagem centra-se no outro, ou seja, no interlocutor, h um uso explcito de argumentos que fazem parte do universo do mesmo. Exemplo:"Fique antenado com seu tempo... Funo ftica
O canal posto em destaque, ou seja, o canal que d suporte mensagem. O interesse do emissor emitir e simplesmente testar ou chamar a ateno para o canal, isto , verificar a "ponte" de comunicao e certificar-se sobre o contato estabelecido, de forma a prolong-lo. Os cacoetes de linguagem como n?, certo?, ah, dentre outros, so um exemplo bem comum para se evidenciar a existncia dessa funo. Funo potica aquela que pe em evidncia a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em "como dizer" do que com "o que dizer". O foco recai sobre o trabalho e a construo da mensagem. A mensagem posta em destaque, chamando a ateno para o modo como foi organizada. H um interesse pela mensagem atravs do arranjo e da esttica, valorizando as palavras e suas combinaes. Essa funo aparece comumente em textos publicitrios, provrbios, ditos populares e linguagem cotidiana. Nessa funo pode-se observar o intensivo uso de figuras de linguagem, como o neologismo, quando se faz necessria a criao de uma nova palavra para exprimir o sentido e alcanar o efeito desejado. Quando a mensagem elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinaes sonoras ou rtmicas, jogos de imagem ou de idias, temos a manifestao da funo potica da linguagem. Essa funo capaz de despertar no leitor prazer esttico e surpresa. explorado na poesia e em textos publicitrios. Caractersticas: subjetividade; figuras de linguagem; brincadeiras com o cdigo. Funo Metalingstica Caracterizada pela preocupao com o cdigo. Sempre que o emissor ou o receptor tem necessidade de verificar se esto usando o mesmo cdigo. Explica o prprio cdigo, a narrativa, a tcnica, o estilo. A linguagem (o cdigo) torna-se objeto de anlise do prprio texto. Os dicionrios e as gramticas so repositrios de metalinguagem Exemplos: Caso o verbo no requeira objeto, ele denominado verbo intransitivo. O termo que antecede a preposio denominado regente e o termo que a sucede, regido.
REFORMA ORTOGRFICA
ALFABETO O alfabeto agora formado por 26 letras. O K, o W e o Y no eram consideradas letras do nosso alfabeto. Essas letras sero usadas em siglas, smbolos, nomes prprios, palavras estrangeiras e seus derivados: Ex.: kg, watt, megabyte, taylorista. TREMA No existe mais o trema, a no ser em casos de nomes prprios e seus derivados: Bndchen, Mller, mlleriano Como ficam: aguentar, arguio, bilngue, cinquenta, consequncia, delinquir, eloquncia, frequncia, requente, linguia, linguista, pinguim, quinqunio, tranquilo Obs.: Como a reforma s modifica a comunicao escrita (e no a falada), cabe a cada um de ns saber quando no pronunciar o u (exemplos: foguete, guitarra, queijo) e quando pronunci-lo (veja exemplos acima), pois no cabe mais o uso do trema para diferencilos. ACENTUAO Os ditongos abertos ei e oi no so mais acentuados em palavras paroxtonas (palavras que tm acento tnico na penltima slaba). COMO ERA: assemblia, bia, colmia, gelia, idia, platia, bolia, panacia, hebria, parania, jibia, herico, paranico COMO FICA: assembleia, boia, colmeia, geleia, ideia, plateia, boleia, panaceia, hebreia,paranoia, jiboia, heroico, paranico Obs.: Nas palavras oxtonas e monossilbicas o acento continua para os ditongos abertos ei e oi (assim como eu): anis, papis, constri, heri, di, ri, cu, chapu. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de um ditongo. COMO ERA: baica, bocaiva, feira COMO FICA: baiuca, bocaiuva, feiura Obs: Se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (seguidos ou no de s), o acento permanece: tuiui, tuiuis, Piau.
No existe mais o acento diferencial em palavras homgrafas (as que possuem a mesma escrita e pronncia): COMO ERA: pra (verbo), pla (substantivo e verbo), plo (substantivo), pra (fruta), plo (substantivo), ca (verbo coar) COMO FICA: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (fruta), plo (substantivo), coa (verbo coar) Obs.1: O acento diferencial ainda permanece no verbo pr (para diferenciar da preposio por) e na forma verbal pde (3 pessoa do Pretrito Perfeito do Indicativo do verbo poder) para diferenciar de pode (Presente do Indicativo do mesmo verbo). Obs.2: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados. ele tem / eles tm; ela vem / elas vm; voc retm / vocs retm. Obs.3: facultativo o uso do acento circunflexo na forma verbal dmos (presente do subjuntivo) para diferenciar de demos (pretrito perfeito do indicativo), assim como facultativo para diferenciar as palavras forma/frma: Em muitos casos convm usar: Qual a forma da frma do bolo? No se acentua mais a letra u nas formas verbais gue,que, gui, qui: COMO ERA: argi, apazige, averige, enxage, obliqe, COMO FICA: argui, apazigue,averigue, enxague, oblique Os hiatos oo e ee no so mais acentuados: COMO ERA: abeno, enjo, perdo, vo,coro, co, mo, povo, lem, dem, crem, vem, descrem, relem, revem COMO FICA: abenoo, enjoo, perdoo, voo, coroo, coo, moo, povoo, leem, deem, creem, veem, descreem, releem, reveem HIFENIZAO HIFEN RR e SS: O hfen no mais utilizado em palavras formadas de prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por r ou s, sendo que essas letras devem ser dobradas: COMO ERA: ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, antirugas, arqui-rivalidade, auto-sugesto, contra-senso, contra-regra, extra-regimento, extra-seco, infra-som,
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COMO FICA: antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirrivalidade, autossugesto, contrassenso, contrarregra extrarregimento, extrasseco, infrassom, Obs: Nos prefixos sub, hiper, inter e super, permanece o hfen se a palavra seguinte for iniciada por h ou r: sub-heptico, hiperrealista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, interregional, inter-relao, super-racional, super-realista, hiper-histria, super-homem, inter-hospitalar
HIFEN MESMA VOGAL: Agora se utiliza hfen quando a palavra formada por um prefixo terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal. COMO ERA: microondas, micronibus, antiibrico, antiinflamatrio,antiinflacionrio, antiimperialista, arquiinimigo, microorgnico COMO FICA: micro-ondas, micro-nibus, anti-ibrico, anti-inflamatrio, anti-inflacionrio, anti-imperialista, arqui-inimigo, micro-orgnico. Obs: A exceo o prefixo co, que permanece sem hfen: cooperao, coobrigar, coordenar HIFEN VOGAL DIFERENTE: No se utiliza mais o hfen em palavras formadas por um prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por outra vogal: COMO ERA: auto-afirmao, auto-ajuda, auto-aprendizagem,autoescola, auto-estrada, auto-instruo, contra-exemplo, contraindicao, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semiaberto, semi-rido, semi-automtico, semi-embriagado, semiobscuridade, supra-ocular, ultra-elevado. COMO FICA: autoafirmao, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstruo, contraexemplo, contraindicao, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomtico, semirido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado. Obs: Esta regra no se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por h: anti-heri, anti-higinico, extra-humano,semi-herbceo. No se usa mais hfen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noo de composio: COMO ERA: manda-chuva, pra-quedas, praquedista, pra-lama, pra-brisa, pra-choque COMO FICA: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque Obs: O uso do hfen permanece em palavras compostas que no contm elemento de ligao e constituem unidade sintagmtica e semntica, bem como naquelas que designam espcies
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botnicas e zoolgicas: beija-flor, couve-flor, erva-doce, ano-luz, azulescuro, mdico-cirurgio, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, mal-mequer, bem-te-vi etc.
OBSERVAES GERAIS SOBRE O HFEN: O uso do hfen permanece: 1).Em palavras formadas com prefixos pr, pr, ps (quando acentuadas graficamente), ex (no sentido de j foi), vice, soto, sota, alm, aqum, recm e sem. Exemplos: pr-natal, pr-europeu, ps-graduao, ex-presidente, vice-prefeito, soto-mestre, alm-mar, aqum-oceano, recm-nascido, sem-teto. 2).Em palavras formadas por circum e pan + palavras iniciadas em VOGAL, H, M ou N: Exemplos: pan-americano, circum-navegao, circum-murado, circum-hospitalar 3).Com os sufixos de origem tupi-guarani au", guau e mirim, que representam formas adjetivas. Exemplos: amor-guau, anaj-mirim, capim-au.
ORTOPIA OU ORTOEPIA
Ocupa-se da boa pronunciao das palavras, no ato da fala. E ou I - confessionrio, anteontem, pontiagudo, dentifrcio, empecilho, periquito, preo, creolina, disenteria, irrequieto, lacrimogneo, seriema. O ou U - tossir, glbulo, botijo, engolir, goela, cutia, bueiro, jabuticaba, lombriga, poleiro, rebulio, cumbuca, lbulo, tbua, tabuada J ou G - jerico, cafajeste, rabugento, tigela, bugiganga, ojeriza, jrsei, sarjeta, vigncia, injeo, sugesto, gergelim, herege X ou CH - muxoxo, capacho, mexilho, elixir, xampu, graxa, broche, enxoval, laxante, atarraxar, caxumba C ou - geringona, almao, facnora, mianga, cobia Com S - nsia, ansioso, ascenso, compreenso, hortnsia, obsesso, pretensioso, recenseamento. Com SS - admisso, alvssaras, arremessar, asseio, concesso, escassear, fossa, fosso, possesso, repercusso, sanguessuga. Com SC/S - abscesso, abscissa, ascenso, condescender, cnscio, convalescente, efervescncia, enrubescer, fascinante, imprescindvel, intumescer, miscelnea, obsceno, oscilar, remanescente, rescindir, suscetvel, vsceras. Com XC - exceo, exceder, excelente, excepcional, excesso, exceto, excitar. Com Z - abalizado, agonizar, algazarra, aneizinhos, aprazvel, aspereza, atroz, baliza, cafuzo, catequizar, deslize, destreza, escassez, lambuzar, prazenteiro, regozijo, revezar, rijeza, tenaz, tez, vazar. Outras palavras que merecem ateno: destilaria, hilaridade, impigem, secesso, buo, granizo, esplndido, feixe, alfazema, honradez, baliza, prazerosamente, anchova, cochicho, privilgio, berinjela, pichao, lambujem, sinusite, seringa, cerzir, convalescena, mormao, obcecado, rechaar,
CLASSES DE PALAVRAS
INVARIVEIS
1.Substantivo: a palavra varivel que denomina sentimentos, sensaes, aes, estados e seres em geral. Quanto a sua formao, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples (alface) ou composto (guarda-chuva). J quanto a sua classificao, ele pode ser comum (cidade) ou prprio (Curitiba), concreto (mesa) ou abstrato (felicidade). Os substantivos concretos designam seres de existncia real ou que a imaginao apresenta como tal: alma, fada, santo. J os substantivos abstratos designam qualidade, sentimento, ao e estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga. Os substantivos prprios so sempre concretos e devem ser grafados com iniciais maisculas. Certos substantivos prprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivao imprpria (um judas = traidor / um panam = chapu). Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos, conforme o sentido em que se empregam (a redao das leis requer clareza / na redao do aluno, assinalei vrios erros).
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biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. (rato, rata ou conde, condessa). uniformes: quando apresentam uma nica forma para ambos os gneros. Nesse caso, eles esto divididos em: epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fmea) - albatroz, badejo, besouro, codorniz, cobra,. comum de dois gneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a distino dos sexos por palavras determinantes (um, o, uma, a) estudante, dentista, mdium, silvcola;
sobrecomuns - apresentam um s gnero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos - cnjuge, guia, testemunha.
Alguns substantivos, quando mudam de gnero, mudam de sentido. Ex.: o guia e a guia o moral e a moral. Os nomes terminados em -o fazem feminino em -, -oa ou -ona (alem, leoa, valentona). Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, entretanto a maioria invarivel (monge X monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante). Quanto ao nmero (singular X plural), os substantivos simples formam o plural em funo do final da palavra.
vogal ou ditongo (exceto -O): acrscimo de -S (porta X portas, trofu X trofus); ditongo -O: -ES / -ES / -OS, variando em cada palavra (pagos, cidados, cortesos, escrives, sacristes, capites, capeles, tabelies, dees, faises, guardies).
Os substantivos paroxtonos terminados em -o fazem plural em -os (bnos, rfos, glfos). Alguns gramticos registram arteso (artfice) - artesos e arteso (adorno arquitetnico) - arteses.
-EM, -IM, -OM, -UM: acrscimo de -NS (jardim X jardins); -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X razes); -S: substantivos oxtonos acrscimo de -ES (pas X pases). Os no-oxtonos terminados em -S so invariveis, marcando o nmero pelo artigo (os atlas, os lpis, os nibus), cais, cs e xis so invariveis; -N: -S ou -ES, sendo a ltima menos comum (hfen X hifens ou hfenes), cnon > cnones; -X: invarivel, usando o artigo para o plural (trax X os trax);
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-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X animais, barril X barris). Exceto mal por males, cnsul por cnsules, real (moeda) por ris, mel por mis ou meles; IL: se oxtono, trocar -L por -S. Se no oxtonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, mssil X msseis). Observao: rptil / reptil por rpteis / reptis, projtil / projetil por projteis / projetis; sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o sufixo diminutivo (coroneizinhos, mulherezinhas). Observao: palavras com esses sufixos no recebem acento grfico. metafonia: -o tnico fechado no singular muda para o timbre aberto no plural, tambm variando em funo da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos). Observao: avs (av paterno + av materno), avs (av + av ou av + av).
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gape (refeio dos primitivos cristos); axioma (premissa verdadeira); carcinoma (tumor maligno); champanha, cl, clarinete, contralto, coma; herpes; praa (soldado raso); telefonema.
Palavras femininas:
cataplasma, cal, clera (doena); derme, dinamite, libido, mascote, omoplata, rs, suuarana (felino); sucuri, tbia, trama,
Gnero vacilante:
personagem (usada indistintamente nos dois gneros, mas que h preferncia de autores pelo masculino);
Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural: caroo, despojo, esforo, forno, imposto, jogo, miolo, poo, porto, posto, reforo, socorro, tijolo, torto. Substantivos s usados no plural: arredores, cs (cabelos brancos), ccegas, condolncias, damas (jogo), exquias (cerimnias fnebres), frias, fezes, npcias, culos, olheiras, psames, vsceras, vveres etc., alm dos nomes de naipes. Coletivos:
banca - de examinadores, advogados; bando - aves, ciganos, crianas, salteadores; cfila - camelos; cambada - caranguejos, malvados, chaves; conselho - vereadores, diretores, juzes militares; conclio - bispos; conclave - cardeais; congregao - professores, religiosos; feixe - capim, lenha; junta - bois, mdicos, credores, examinadores; legio - anjos, soldados, demnios; mirade - estrelas, insetos; nuvem - gafanhotos, p; penca - bananas, chaves;
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2.Adjetivo: a palavra varivel que restringe a significao do substantivo, indicando qualidades e caractersticas deste. Mantm, com o substantivo que determina, relao de concordncia de gnero e nmero.
adjetivos ptrios: indicam a nacionalidade ou a origem geogrfica, normalmente so formados pelo acrscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas por alagoano). Locues adjetivas: expresses formadas por preposio e substantivo e com significado equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argnteo / andar de cima = andar superior / estar com fome = estar faminto).
So adjetivos eruditos:
acar - sacarino; guia - aquilino; anel - anular; astro - sideral; bexiga - vesical; bispo - episcopal; cabea - ceflico; chumbo - plmbeo; chuva - pluvial; cinza - cinreo; cobra - ofdico; dinheiro - pecunirio; estmago - gstrico; fbrica - fabril; fgado - heptico; guerra - blico; inverno - hibernal; lago - lacustre; lebre - leporino; lobo - lupino; moeda - monetrio, numismtico; pedra - ptreo; prata - argnteo; rio fluvial; rocha - rupestre; tarde - vespertino;
3.Pronome:
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palavra varivel em gnero, nmero e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. A diferena entre pronome substantivo e pronome adjetivo pode ser atribuda a qualquer tipo de pronome, podendo variar em funo do contexto frasal. Assim, o pronome substantivo aquele que substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro). J o pronome adjetivo aquele que acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz belo). Os pronomes pessoais so sempre substantivos. Quanto s pessoas do discurso, a lngua portuguesa apresenta trs pessoas: 1 pessoa - aquele que fala, emissor; 2 pessoa - aquele com quem se fala, receptor; 3 pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.
Pronome pessoal: Indicam uma das trs pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem tambm representar, quando na 3 pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa (A moa era a melhor secretria, ela mesma agendava os compromissos do chefe). Os pronomes pessoais apresentam variaes de forma dependendo da funo sinttica que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, funo de sujeito; enquanto os oblquos, geralmente, de complemento. Os pronomes oblquos tnicos devem vir regidos de preposio. Em comigo, contigo, conosco e convosco, a preposio com j parte integrante do pronome. Os pronomes de tratamento esto enquadrados nos pronomes pessoais. So empregados como referncia pessoa com quem se fala (2 pessoa), entretanto, a concordncia feita com a 3 pessoa. Tambm so considerados pronomes de tratamento as formas voc, vocs (provenientes da reduo de Vossa Merc), Senhor, Senhora e Senhorita. Quanto ao emprego, as formas oblquas o, a, os, as completam verbos que no vm regidos de preposio; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposies a ou para (no expressas).
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Os pronomes tonos o, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s ou z e viram no(a/s), se a terminao verbal for em ditongo nasal. A forma voc, atualmente, usada no lugar da 2 pessoa (tu/vs), tanto no singular quanto no plural, levando o verbo para a 3 pessoa. Quando precedidos de preposio, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblquos. Eu e tu no podem vir precedidos de preposio, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto para eu fazer para mim fazer). Quanto ao uso das preposies junto aos pronomes, deve-se saber que no se pode contrair as preposies de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele
Pronome possessivo: Fazem referncia s pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo. Concordam em gnero e nmero com a coisa possuda. So pronomes possessivos da lngua portuguesa as formas: 1 pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s); 2 pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s); 3 pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s). Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, tambm, vir depois do substantivo que determina. Neste ltimo caso, pode at alterar o sentido da frase. O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambigidade, para desfaz-la, deve-se preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?); pode tambm indicar aproximao numrica (ele tem l seus 40 anos). J nas expresses do tipo "Seu Joo", seu no tem valor de posse por ser uma alterao fontica de Senhor.
Pronome demonstrativo: Indicam posio de algo em relao s pessoas do discurso, situandoo no tempo e/ou no espao. So: este (a/s), isto, esse (a/s), isso,
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aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo so invariveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos. Pronome relativo: Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma orao dependente, adjetiva. Os pronome relativos so: que, quem e onde - invariveis; alm de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s). Os relativos so chamados relativos indefinidos quando so empregados sem antecedente expresso (Quem espera sempre alcana / Fez quanto pde). Pronome indefinido: Referem-se 3 pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genrico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns tambm podem dar idia de conjunto ou quantidade indeterminada. Em funo da quantidade de pronomes indefinidos, merece ateno sua identificao. So pronomes indefinidos de:
pessoas: quem, algum, ningum, outrem; lugares: onde, algures, alhures, nenhures; pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vrios (a), nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada.
Pronome interrogativo: So os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulao de uma pergunta direta ou indireta. Referem-se 3 pessoa do discurso. (Quantos livros voc tem? / No sei quem lhe contou). Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltaro? / Onde encontr-los? / Como foi tudo?). 4.Verbo a palavra varivel que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ao, estado ou fenmeno da natureza. Os verbos apresentam trs conjugaes. Em funo da vogal temtica, podem-se criar trs paradigmas verbais. De acordo com a
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regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugao; irregulares: no seguem o paradigma verbal da conjugao a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinncias (ouvir - ouo/ouve, estar - estou/esto);
Entre os verbos irregulares, destacam-se os anmalos que apresentam profundas irregularidades. So classificados como anmalos em todas as gramticas os verbos ser e ir.
defectivos: no so conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no presente do indicativo s apresenta a 1 e a 2 pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em trs grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou rudos de animais, s conjugados nas 3 pessoas) por eufonia ou possibilidade de confuso com outros verbos; abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexo. Mais freqente no particpio, devendo-se usar o particpio regular com ter e haver; j o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei aceitado /est aceito); auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significao. Presentes nos tempos compostos e locues verbais; certos verbos possuem pronomes pessoais tonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses casos, o pronome no tem funo sinttica (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);
nmero: singular ou plural; pessoa gramatical: 1, 2 ou 3; tempo: referncia ao momento em que se fala (pretrito, presente ou futuro). O modo imperativo s tem um tempo, o presente; voz: ativa, passiva e reflexiva; modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realizao de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertncia ou pedido).
As trs formas nominais do verbo (infinitivo, gerndio e particpio) no possuem funo exclusivamente verbal. Quanto s vozes, os verbos apresentam a voz:
analtica: - verbo auxiliar + particpio do verbo principal; sinttica: na 3 pessoa do singular ou plural + SE (partcula apassivadora); reflexiva: sujeito agente e paciente da ao verbal. Tambm pode ser recproca ao mesmo tempo (acrscimo de SE = pronome reflexivo, varivel em funo da pessoa do verbo);
Na transformao da voz ativa na passiva, a variao temporal indicada pelo auxiliar (ser na maioria das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ex.: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pretrito perfeito do indicativo) / O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerndio do verbo principal). Alguns verbos da lngua portuguesa apresentam problemas de conjugao. A seguir temos uma lista, seguida de comentrios sobre essas dificuldades de conjugao.
Abolir (defectivo) - no possui a 1 pessoa do singular do presente do indicativo, por isso no possui presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir) Acudir (alternncia voclica o/u) - presente do indicativo acudo, acodes... e pretrito perfeito do indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (defectivo) - s possui a 1 e a 2 pessoa do plural no presente do indicativo Aderir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir) Agir (acomodao grfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir) Agredir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) presente do indicativo - guo, guas..., - pretrito perfeito do indicativo - agei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar) Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretrito perfeito do indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram Argir (irregular com alternncia voclica o/u) - presente do indicativo - arguo (), argis, argi, argimos, argis, argem pretrito perfeito - argi, argiste... (com trema) Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio, atrais... / pretrito perfeito - atra, atraste... (= abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)
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Atribuir (irregular) - presente do indicativo - atribuo, atribuis, atribui, atribumos, atribus, atribuem - pretrito perfeito atribu, atribuste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, usufruir) Averiguar (alternncia voclica o/u) - presente do indicativo averiguo (), averiguas (), averigua (), averiguamos, averiguais, averiguam () - pretrito perfeito - averigei, averiguaste... - presente do subjuntivo - averige, averiges, averige... (= apaziguar) Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretrito perfeito indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear, passear... - alguns apresentam pronncia aberta: estrio, estria...) Coar (irregular) - presente do indicativo - co, cas, ca, coamos, coais, coam - pretrito perfeito - coei, coaste, coou... (= abenoar, magoar, perdoar) / Comerciar (regular) - presente do indicativo - comercio, comercias... - pretrito perfeito comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar) Compelir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo compilo, compeles... - pretrito perfeito indicativo - compeli, compeliste... Compilar (regular) - presente do indicativo - compilo, compilas, compila... - pretrito perfeito indicativo - compilei, compilaste... Construir (irregular e abundante) - presente do indicativo construo, constris (ou construis), constri (ou construi), construmos, construs, constroem (ou construem) - pretrito perfeito indicativo - constru, construste... Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, crs, cr, cremos, credes, crem - pretrito perfeito indicativo - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo cria, crias, cria, cramos, creis, criam Falir (defectivo) - presente do indicativo - falimos, falis pretrito perfeito indicativo - fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir) Frigir (acomodao grfica g/j e alternncia voclica e/i) presente do indicativo - frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pretrito perfeito indicativo - frigi, frigiste... Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai, vamos, ides, vo - pretrito perfeito indicativo - fui, foste... - presente subjuntivo - v, vs, v, vamos, vades, vo Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, jazes... pretrito perfeito indicativo - jazi, jazeste, jazeu... Mobiliar (irregular) - presente do indicativo - moblio, moblias, moblia, mobiliamos, mobiliais, mobliam - pretrito perfeito indicativo - mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do indicativo - obsto, obstas... - pretrito perfeito indicativo obstei, obstaste... Pedir (irregular) - presente do indicativo - peo, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - pretrito perfeito indicativo - pedi,
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pediste... (= despedir, expedir, medir) / Polir (alternncia voclica e/i) - presente do indicativo - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretrito perfeito indicativo - poli, poliste... Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do indicativo precavemo-nos, precaveis-vos - pretrito perfeito indicativo precavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do indicativo - provejo, provs, prov, provemos, provedes, provem - pretrito perfeito indicativo - provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) - presente do indicativo reavemos, reaveis - pretrito perfeito indicativo - reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas s conjugado nas formas verbais com a letra v) Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis pretrito perfeito indicativo - remi, remiste... Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... - pretrito perfeito indicativo - requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1 pessoa do singular do presente do indicativo e no pretrito perfeito do indicativo e derivados, sendo regular) Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretrito perfeito indicativo - ri, riste... (= sorrir) Saudar (alternncia voclica) - presente do indicativo - sado, sadas... - pretrito perfeito indicativo - saudei, saudaste... Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas, sua... pretrito perfeito indicativo - suei, suaste, sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar) Valer (irregular) - presente do indicativo - valho, vales, vale... pretrito perfeito indicativo - vali, valeste, valeu...
Caber
presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem; presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam; pretrito perfeito do indicativo: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: coubera, couberas, coubera, coubramos, coubreis, couberam; pretrito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubesse, coubssemos, coubsseis, coubessem; futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem.
Dar
presente do subjuntivo: d, ds, d, demos, deis, dem; pretrito perfeito do indicativo: dei, deste, deu, demos, destes, deram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: dera, deras, dera, dramos, dreis, deram; pretrito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, dssemos, dsseis, dessem; futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Dizer
presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem; presente do subjuntivo: diga, digas, diga, digamos, digais, digam; pretrito perfeito do indicativo: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: dissera, disseras, dissera, dissramos, dissreis, disseram; futuro do presente: direi, dirs, dir, etc.; futuro do pretrito: diria, dirias, diria, etc.; pretrito imperfeito do subjuntivo: dissesse, dissesses, dissesse, dissssemos, disssseis, dissessem; futuro do subjuntivo: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem;
Seguem esse modelo os derivados bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer. Os particpios desse verbo e seus derivados so irregulares: dito, bendito, contradito, etc. Estar
presente do indicativo: estou, ests, est, estamos, estais, esto; presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam; pretrito perfeito do indicativo: estive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: estivera, estiveras, estivera, estivramos, estivreis, estiveram; pretrito imperfeito do subjuntivo: estivesse, estivesses, estivesse, estivssemos, estivsseis, estivessem; futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem;
Fazer
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presente do indicativo: fao, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem; presente do subjuntivo: faa, faas, faa, faamos, faais, faam; pretrito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: fizera, fizeras, fizera, fizramos, fizreis, fizeram; pretrito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, fizesse, fizssemos, fizsseis, fizessem; futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.
Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e satisfazer. Os particpios desse verbo e seus derivados so irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc. Haver
presente do indicativo: hei, hs, h, havemos, haveis, ho; presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam; pretrito perfeito do indicativo: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: houvera, houveras, houvera, houvramos, houvreis, houveram; pretrito imperfeito do subjuntivo: houvesse, houvesses, houvesse, houvssemos, houvsseis, houvessem; futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem.
Ir
presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vo; presente do subjuntivo: v, vs, v, vamos, vades, vo; pretrito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, amos, eis, iam; pretrito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, framos, freis, foram; pretrito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fssemos, fsseis, fossem; futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.
Poder
presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais, possam; pretrito perfeito do indicativo: pude, pudeste, pde, pudemos, pudestes, puderam; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: pudera, puderas, pudera, pudramos, pudreis, puderam; pretrito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse, pudssemos, pudsseis, pudessem; futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.
Pr
presente do indicativo: ponho, pes, pe, pomos, pondes, pem; presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham; pretrito imperfeito do indicativo: punha, punhas, punha, pnhamos, pnheis, punham; pretrito perfeito do indicativo: pus, puseste, ps, pusemos, pusestes, puseram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, puseras, pusera, pusramos, pusreis, puseram; pretrito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, pusssemos, pussseis, pusessem; futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.
Todos os derivados do verbo pr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor so alguns deles. Querer
presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem; presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram; pretrito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera, quisramos, quisreis, quiseram; pretrito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quisssemos, quissseis, quisessem; futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem;
Saber
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presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem; presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam; pretrito perfeito do indicativo: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: soubera, souberas, soubera, soubramos, soubreis, souberam; pretrito imperfeito do subjuntivo: soubesse, soubesses, soubesse, soubssemos, soubsseis, soubessem; futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem.
Ser
presente do indicativo: sou, s, , somos, sois, so; presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam; pretrito imperfeito do indicativo: era, eras, era, ramos, reis, eram; pretrito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, framos, freis, foram; pretrito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fssemos, fsseis, fossem; futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.
presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, tendes, tm; presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham; pretrito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas, tinha, tnhamos, tnheis, tinham; pretrito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: tivera, tiveras, tivera, tivramos, tivreis, tiveram; pretrito imperfeito do subjuntivo: tivesse, tivesses, tivesse, tivssemos, tivsseis, tivessem; futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.
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Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
Trazer
presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem; presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam; pretrito perfeito do indicativo: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxramos, trouxreis, trouxeram; futuro do presente: trarei, trars, trar, etc.; futuro do pretrito: traria, trarias, traria, etc.; pretrito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxssemos, trouxsseis, trouxessem; futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem.
Ver
presente do indicativo: vejo, vs, v, vemos, vedes, vem; presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam; pretrito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, vramos, vreis, viram; pretrito imperfeito do subjuntivo: visse, visses, visse, vssemos, vsseis, vissem; futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o modelo acima apenas no presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais tempos, comporta-se como um verbo regular da segunda conjugao.
Vir
presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vm; presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham; pretrito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, vnhamos, vnheis, vinham;
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pretrito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: viera, vieras, viera, viramos, vireis, vieram; pretrito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, vissemos, visseis, viessem; futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem; particpio e gerndio: vindo.
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir. O emprego do infinitivo no obedece a regras bem definidas. O impessoal usado em sentido genrico ou indefinido, no relacionado a nenhuma pessoa, o pessoal refere-se s pessoas do discurso, dependendo do contexto. Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessrio dar frase maior clareza e nfase.
5.Artigo: Precede o substantivo para determin-lo, mantendo com ele relao de concordncia. Assim, qualquer expresso ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' conselho sbio). Em certos casos, serve para assinalar gnero e nmero (o/a colega, o/os nibus). Os artigos podem ser classificado em:
definido - o, a, os, as - um ser claramente determinado entre outros da mesma espcie; indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer entre outros de mesma espcie;
Podem aparecer combinados com preposies (numa, do, , entre outros). 6.Numeral: Numeral a palavra que indica quantidade, nmero de ordem, mltiplo ou frao. Classifica-se como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionrio (meio, metade, tero). Alm desses, ainda h os numerais coletivos (dzia, par). Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem acompanhando e modificando um substantivo, tero valor adjetivo. J se estiverem substituindo um
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substantivo e designando seres, tero valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele ser o primeiro desta vez. (valor substantivo)]. Quanto ao emprego:
os ordinais como ltimo, penltimo, antepenltimo, respectivos... no possuem cardinais correspondentes. os fracionrios tm como forma prpria meio, metade e tero, todas as outras representaes de diviso correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da palavra avos (quarto, dcimo, milsimo, quinze avos); designando sculos, reis, papas e captulos, utiliza-se na leitura ordinal at dcimo; a partir da usam-se os cardinais. (Lus XIV quatorze, Papa Paulo II - segundo);
Se o numeral vier antes do substantivo, ser obrigatrio o ordinal (XX Bienal - vigsima, IV Semana de Cultura - quarta);
zero e ambos(as) tambm so numerais cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso catorze e quatorze; a forma milhar masculina, portanto no existe "algumas milhares de pessoas" e sim alguns milhares de pessoas; alguns numerais coletivos: grosa (doze dzias), lustro (perodo de cinco anos), sesquicentenrio (150 anos); um: numeral ou artigo? Nestes casos, a distino feita pelo contexto.
Numeral indicando quantidade e artigo quando se ope ao substantivo indicando-o de forma indefinida. 7.Advrbio: a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do prprio advrbio (intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstncia que determina sua classificao:
lugar: longe, junto, acima, ali, l, atrs, alhures; tempo: breve, cedo, j, agora, outrora, imediatamente, ainda; modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente; negao: no, qual nada, tampouco, absolutamente; dvida: qui, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente; intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quo, demais, to; afirmao: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificao varivel) e quando (de tempo), usadas em
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frases interrogativas diretas ou indiretas, so classificadas como advrbios interrogativos (queria saber onde todos dormiro / quando se realizou o concurso). Onde, quando, como, se empregados com antecedente em oraes adjetivas so advrbios relativos (estava naquela rua onde passavam os nibus / ele chegou na hora quando ela ia falar / no sei o modo como ele foi tratado aqui). As locues adverbiais so geralmente constitudas de preposio + substantivo - direita, frente, vontade, de cor, em vo, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manh, de repente, de vez em quando, em breve, em mo (em vez de "em mos") etc. So classificadas, tambm, em funo da circunstncia que expressam. Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sinttico: melhor e pior. As formas mais bem e mais mal so usadas diante de particpios adjetivados. (Ele est mais bem informado do que eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).
na linguagem coloquial, o advrbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advrbio assume valor superlativo absoluto sinttico (cedinho / pertinho). A repetio de um mesmo advrbio tambm assume valor superlativo (saiu cedo, cedo); quando os advrbios terminados em -mente estiverem coordenados, comum o uso do sufixo s no ltimo (Falou rpida e pausadamente); otimamente e pessimamente so superlativos absolutos sintticos de bem e mal, respectivamente;
As palavras denotativas so sries de palavras que se assemelham ao advrbio. A Norma Gramatical Brasileira considera-as apenas como palavras denotativas, no pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em funo da idia que expressam:
adio: ainda, alm disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais); afastamento: embora (Foi embora daqui); afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano); aproximao: quase, l por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. ( quase 1h a p); designao: eis (Eis nosso carro novo); excluso: apesar, somente, s, salvo, unicamente, exclusive, exceto, seno, sequer, apenas etc. (Todos saram, menos ela / No me descontou sequer um real); explicao: isto , por exemplo, a saber etc. (Li vrios livros, a saber, os clssicos); incluso: at, ainda, alm disso, tambm, inclusive etc. (Eu tambm vou / Falta tudo, at gua);
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limitao: s, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / S ele veio festa); realce: que, c, l, no, mas, porque etc. (E voc l sabe essa questo?); retificao: alis, isto , ou melhor, ou antes etc. (Somos trs, ou melhor, quatro); situao: ento, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?).
8.Preposio: a palavra invarivel que liga dois termos entre si, estabelecendo relao de subordinao entre o termo regente e o regido. So antepostos aos dependentes (objeto indireto, complemento nominal, adjuntos e oraes subordinadas). Divide-se em:
essenciais (maioria das vezes so preposies): a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trs; acidentais (palavras de outras classes que podem exercer funo de preposio): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, seno, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heris tiveram como prmio aquela taa / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vov dormiu durante a viagem).
As locues prepositivas, em geral, so formadas de advrbio (ou locuo adverbial) + preposio - abaixo de, acerca de, a fim de, alm de, defronte a, ao lado de, apesar de, atravs de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, at a, a par de, devido a. Observa-se que a ltima palavra da locuo prepositiva sempre uma preposio, enquanto a ltima palavra de uma locuo adverbial nunca preposio. Quanto ao emprego, as preposies podem ser usadas em:
combinao: preposio + outra palavra sem perda fontica (ao/aos); contrao: preposio + outra palavra com perda fontica (na/quela); no se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Est na hora de ele falar); a preposio aps, pode funcionar como advrbio (= atrs) (Terminada a festa, saram logo aps.); trs, atualmente, s se usa em locues adverbiais e prepositivas (por trs, para trs por trs de).
As preposies podem estabelecer as seguintes relaes: isoladamente, as preposies so palavras vazias de sentido, se bem
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que algumas contenham uma vaga noo de tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relaes:
autoria - msica de Caetano lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma hora, viajei durante as frias modo ou conformidade - chegar aos gritos, votar em branco causa - tremer de frio, preso por vadiagem assunto - falar sobre poltica fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar instrumento - escrever a lpis, ferir-se com a faca companhia - sair com amigos / meio - voltar a cavalo, viajar de nibus matria - anel de prata, po com farinha posse - carro de Joo oposio - Flamengo contra Fluminense contedo - copo de (com) vinho preo - vender a (por) R$ 300, 00 origem - descender de famlia humilde especialidade - formou-se em Medicina destino ou direo - ir a Roma, olhe para frente.
9.Interjeio: So palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto emocional. Podem expressar:
alegria - ah!, oh!, oba! advertncia - cuidado!, ateno afugentamento - fora!, rua!, passa!, x! alvio - ufa!, arre! animao - coragem!, avante!, eia! aplauso - bravo!, bis!, mais um! chamamento - al!, ol!, psit! desejo - oxal!, tomara! / dor - ai!, ui! espanto - puxa!, oh!, chi!, u! impacincia - hum!, hem! silncio - silncio!, psiu!, quieto!
So locues interjetivas: puxa vida!, no diga!, que horror!, graas a Deus!, ora bolas!, cruz credo!
10.Conjuno:
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a palavra que liga oraes basicamente, estabelecendo entre elas alguma relao (subordinao ou coordenao). As conjunes classificam-se em: Coordenativas, aquelas que ligam duas oraes independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma funo sinttica dentro da orao. Apresentam cinco tipos:
aditivas (adio): e, nem, mas tambm, como tambm, bem como, mas ainda; adversativas (adversidade, oposio): mas, porm, todavia, contudo, antes (= pelo contrrio), no obstante, apesar disso; alternativas (alternncia, excluso, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer; conclusivas (concluso): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso; explicativas (justificao): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.
Subordinativas - ligam duas oraes dependentes, subordinando uma outra. Apresentam dez tipos:
causais: porque, visto que, j que, uma vez que, como, desde que; comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que; condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se no), a menos que; consecutivas (conseqncia, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, to etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que; conformativas (conformidade, adequao): conforme, segundo, consoante, como; concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que; temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), at que; finais - a fim de que, para que, que; proporcionais: medida que, proporo que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos); integrantes - que, se.
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SINTAXE FRASE, ORAO E PERODO Frase todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicao. Expressa juzo, indica ao, estado ou fenmeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza emoes. Pode ou no ter VERBO. Ex: Socorro! Fogo! Fomos ao teatro ontem. Oraes so as frases que possuem VERBO, mas podem ou no ter sentido completo. Ex: Mariana cortou os cabelos. ... por isso estou to feliz! Quanto aos tipos de oraes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido global: interrogativas: o emissor da mensagem formula uma pergunta. / Que queres fazer? imperativas: o emissor da mensagem d uma ordem ou faz um pedido. / D-me uma mozinha! Faa-o sair! exclamativas: o emissor exterioriza um estado afetivo. / Que dia difcil! declarativas: o emissor constata um fato. / Ele j chegou.
As oraes so estruturadas por dois elementos essenciais: sujeito e predicado. O sujeito o termo que concorda com o verbo em nmero e pessoa. o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". O predicado a parte da frase que contm "a informao nova para o ouvinte". Ele se refere ao tema, constituindo a declarao do que se atribui ao sujeito. Quando o ncleo da declarao est no verbo, temos o predicado verbal. Mas, se o ncleo estiver num nome, teremos um predicado nominal. Quando a orao tem dois ncleos, um verbo e um nome, teremos o predicado verbo-nominal Os homens sensveis pedem amor sincero s mulheres de opinio. A existncia frgil. A moa andava na rua assustada.
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O perodo constitudo por uma ou mais oraes, formando um todo, com sentido completo. O perodo pode ser simples ou composto. Perodo simples aquele constitudo por apenas uma orao, que recebe o nome de orao absoluta. Chove muito hoje. A existncia frgil. Os homens sensveis pedem amor sincero s mulheres de opinio. Quero uma linda rosa. Perodo composto aquele constitudo por duas ou mais oraes: "Quando voc foi embora, fez-se noite em meu viver." Cantei, dancei e depois dormi.
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TERMOS DA ORAO
Termos Essenciais Sujeito Predicado Termos Integrantes Complemento Nominal Complementos Verbais objeto direto objeto indireto agente da passiva Predicativo do sujeito Predicativo do objeto Termos Acessrios Adjunto Adnominal Adjunto Adverbial Aposto Termo Independente Vocativo
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1.Termos essenciais da orao: O SUJEITO e o PREDICADO so considerados termos essenciais da orao, ou seja, sujeito e predicado so termos indispensveis para a formao das oraes. No entanto, existem oraes formadas exclusivamente pelo predicado. O que define, pois, a orao, a presena do verbo. O SUJEITO o termo que estabelece concordncia com o verbo. a) "Minha primeira lgrima caiu dentro dos teus olhos."; b) "Minhas primeiras lgrimas caram dentro dos teus olhos". Na primeira frase, o sujeito minha primeira lgrima. Lgrima , pois, a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, denominada ncleo do sujeito. O ncleo do sujeito se relaciona com o verbo, estabelecendo a concordncia. A funo do sujeito basicamente desempenhada por substantivos, o que a torna uma funo substantiva da orao. Pronomes substantivos, numerais e quaisquer outras palavras substantivadas (derivao imprpria) tambm podem exercer a funo de sujeito. a) Ele j partiu; b) Os dois sumiram; c) Um sim suave e sugestivo. Os sujeitos so classificados a partir de dois elementos: o de determinao ou indeterminao e o de ncleo do sujeito. Um sujeito determinado quando facilmente identificvel pela concordncia verbal. O sujeito determinado pode ser simples ou composto. A indeterminao do sujeito ocorre quando no possvel identificar claramente a que se refere a concordncia verbal. Isso ocorre quando no se pode ou no interessa indicar precisamente o sujeito de uma orao. a) Esto gritando seu nome l fora; b) Trabalha-se demais neste lugar. O sujeito simples o sujeito determinado que possui um nico ncleo. Esse vocbulo pode estar no singular ou no plural; pode tambm ser um pronome indefinido. a) Ns nos respeitamos mutuamente; b) A existncia frgil; c) Ningum se move; d) O amar faz bem.
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O sujeito composto o sujeito determinado que possui mais de um ncleo. a) Alimentos e roupas andam carssimos; b) Ela e eu nos respeitamos mutuamente; c) O amar e o odiar so tidos como duas faces da mesma moeda. Alm desses dois sujeitos determinados, comum a referncia ao sujeito oculto, isto , ao ncleo do sujeito que est implcito e que pode ser reconhecido pela desinncia verbal ou pelo contexto. Ex. Abolimos todas as regras. O sujeito indeterminado surge quando no se quer ou no se pode identificar claramente a que o predicado da orao se refere. Existe uma referncia imprecisa ao sujeito. Na lngua portuguesa o sujeito pode ser indeterminado de duas maneiras: a) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito no tenha sido identificado anteriormente: a.1) Bateram porta; a.2) Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro. b) com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome se. Esta uma construo tpica dos verbos que no apresentam complemento direto: b.1) b.2) b.3) b.4) Precisa-se de mentes criativas; Vivia-se bem naqueles tempos; Trata-se de casos delicados; Sempre se est sujeito a erros.
O pronome se funciona como ndice de indeterminao do sujeito. As oraes sem sujeito, formadas apenas pelo predicado, articulamse a partir de m verbo impessoal. A mensagem est centrada no processo verbal. Os principais casos de oraes sem sujeito com: a) os verbos que indicam fenmenos da natureza: a.1) Amanheceu repentinamente; a.2) Est chuviscando. b) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenmenos meteorolgicos ou se relacionam ao tempo em geral: b.1) Est tarde. b.2) Ainda cedo. b.3) J so trs horas, preciso ir;
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Faz frio nesta poca do ano; H muitos anos aguardamos mudanas significativas; Faz anos que esperamos melhores condies de vida; Deve fazer meses que ele partiu.
c) o verbo haver, na indicao de existncia ou acontecimento: c.1) Havia bons motivos para nossa apreenso; c.2) Deve haver muitos interessados no seu trabalho; c.3) Houve alguns problemas durante o trabalho.
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O PREDICADO o conjunto de enunciados que contm a informao nova para o ouvinte. Nas oraes sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia um fato qualquer: a) Chove muito nesta poca do ano; b) Houve problemas na reunio. Nas oraes que surge o sujeito, o predicado aquilo que se declara a respeito desse sujeito. Com exceo do vocativo, que um termo parte, tudo o que difere do sujeito numa orao o seu predicado. a) Os homens (sujeito) pedem amor s mulheres (predicado); b) Passou-me (predicado) uma idia estranha (sujeito) pelo pensamento (predicado). Para o estudo do predicado, necessrio verificar se seu ncleo est num nome ou num verbo. Deve-se considerar tambm se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou tambm ao sujeito da orao. Os homens sensveis (sujeito) pedem amor sincero s mulheres de opinio. O predicado acima apresenta apenas uma palavra que se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo. A existncia (sujeito) frgil (predicado). O nome frgil, por intermdio do verbo, refere-se ao sujeito da orao. O verbo atua como elemento de ligao entre o sujeito e a palavra a ele relacionada. O predicado verbal aquele que tem como ncleo significativo um verbo: a) Chove muito nesta poca do ano; b) Senti seu toque suave;
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Os verbos acima so significativos, isto , no servem apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam processos. O predicado nominal aquele que tem como ncleo significativo um nome; esse nome atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, por isso chamado de predicativo do sujeito. Nos predicados nominais, o verbo no significativo, isto , no indica um processo. O verbo une o sujeito ao predicativo, indicando circunstncias referentes ao estado do sujeito: "Ele senhor das suas mos e das ferramentas." A funo de predicativo exercida normalmente por um adjetivo ou substantivo. O predicado verbo-nominal aquele que apresenta dois ncleos significativos: um verbo e um nome. O verbo do predicado verbo-nominal sempre significativo, indicando processos. a) O dia amanheceu ensolarado; b) As mulheres julgam os homens inconstantes Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um verbal e outro nominal: a) O dia amanheceu; b) O dia estava ensolarado.
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2.Termos integrantes da orao: Os COMPLEMENTOS VERBAIS (objeto direto e indireto) e o COMPLEMENTO NOMINAL so chamados termos integrantes da orao. E ainda os PREDICATIVOS DO SUJEITO e do OBJETO e o AGENTE DA PASSIVA. Os COMPLEMENTOS VERBAIS integram o sentido do verbos transitivos, com eles formando unidades significativas. Esses verbos podem se relacionar com seus complementos diretamente, sem a presena de preposio ou indiretamente, por intermdio de preposio. O objeto direto o complemento que se liga diretamente ao verbo. a) Os homens sensveis pedem amor s mulheres de opinio; b) Os homens sinceros pedem-no s mulheres de opinio; c) Dou-lhes trs. d) Buscamos incessantemente o Belo; e) Houve muita confuso na partida final. O objeto direto preposicionado ocorre principalmente: a) com nomes prprios de pessoas ou nomes comuns referentes a pessoas: a.1) Amar a Deus; a.2) Adorar a Xang; a.3) Estimar aos pais. b) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de tratamento: b.1) No excluo a ningum; b.2) No quero cansar a Vossa Senhoria. c) para evitar ambigidade: Ao povo prejudica a crise. (sem preposio, a situao seria outra) d) com pronomes oblquos tnicos (preposio obrigatria): Nem ele entende a ns, nem ns a ele. O objeto indireto o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, atravs de uma preposio. a) Os homens sensveis pedem amor sincero s mulheres; b) Os homens pedem-lhes amor sincero; c) Gosto de msica popular brasileira.
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O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal. Liga-se ao nome que completa por intermdio de preposio: a) Desenvolvemos profundo respeito arte; b) A arte necessria vida; c) Tenho-lhe profundo respeito. Os principais Verbos de Ligao so ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar, andar, tornar-se. O termo que o acompanha, qualificando ou caracterizando o sujeito recebe o nome de PREDICATIVO DO SUJEITO. Maria est sempre cansada. Voc parece doente. O PREDICATIVO DO OBJETO ocorre normalmente com o objeto direto. O nico caso que ocorre com o objeto indireto com o verbo chamar. O diretor nomeou Jlia primeira bailarina. Os alunos consideraram a prova fcil. Como manter seu marido de boca fechada na hora da novela Encontramos fechado o caminho. Todos lhe chamavam ladro. AGENTE DA PASSIVA o termo que, na voz passiva, pratica a ao verbal. Vem acompanhado da preposio por e, mais raramente, pela preposio de: Agora a cidade estava cercada de inimigos. A carta foi entregue moa pelo funcionrio dos Correios.
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3.Termos acessrios da orao: Os termos acessrios recebem esse nome por serem acidentais, explicativos, circunstanciais. So termos acessrios o ADJUNTO ADVERBIAL, ADJUNTO ADNOMINAL e o APOSTO. O adjunto adverbial o termo da orao que indica uma circunstncia do processo verbal, ou intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advrbio. uma funo adverbial, pois cabe ao advrbio e s locues adverbiais exercer o papel de adjunto adverbial. Amanh voltarei quela velha praa. As circunstncias comumente expressas pelo adjunto adverbial so:
acrscimo: Alm de tristeza, sentia profundo cansao. afirmao: Sim, realmente irei partir. assunto: Falavam sobre futebol. causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede... companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas. concesso: Apesar de voc, amanh h de ser outro dia. conformidade: Fez tudo conforme o combinado. dvida: Talvez nos deixem entrar. fim: Estudou para o exame. freqncia: Sempre aparecia por l. instrumento: Fez o corte com a faca. intensidade: Corria bastante. limite: Andava atabalhoado do quarto sala. lugar: Vou cidade. matria: Compunha-se de substncias estranhas. meio: Viajarei de trem. modo: Foram recrutados a dedo. negao: No h ningum que merea. preo: As casas esto sendo vendidas a preos exorbitantes. substituio ou troca: Abandonou suas convices por privilgios econmicos. tempo: Ontem tarde encontrou o velho amigo.
O adjunto adnominal o termo acessrio que determina, especifica ou explica um substantivo. uma funo adjetiva, pois so os adjetivos e as locues adjetivas que exercem o papel de adjunto adnominal na orao. Tambm atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos.
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O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infncia. O adjunto adnominal se liga diretamente ao substantivo a que se refere, sem participao do verbo.
Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um substantivo, adjetivo ou advrbio; o adjunto nominal relaciona-se apenas ao substantivo. O aposto um termo acessrio que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a idia contida num termo que exera qualquer funo sinttica. Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado. Segunda-feira aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na orao, em: a) explicativo: A lingstica, cincia das lnguas humanas, permitenos interpretar melhor nossa relao com o mundo. b) enumerativo: A vida humana se compe de muitas coisas: amor, arte, ao. c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo isso forma o carnaval. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baa anoitecida. Alm desses, h o aposto especificativo, que difere dos demais por no ser marcado por sinais de pontuao (dois-pontos ou vrgula). A rua Augusta est muito longe do rio So Francisco.
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4.Termo Independente: O VOCATIVO um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipottico ou ainda trazer a pessoa com quem se fala para dentro do discurso. A funo de vocativo substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos, numerais e palavras substantivadas esse papel na linguagem. Maria,olha o fogo! Ontem, seu moo, ele nem veio aqui. Santo Deus, olha s o que voc fez!
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PERODO COMPOSTO POR COORDENAO O perodo composto por coordenao formado por oraes sintaticamente completas, ou seja, equivalentes. Os homens investigam o mundo, descobrem suas riquezas e constroem suas sociedades competitivas. O perodo acima formado por trs oraes, no entanto essas oraes so independentes e poderiam constituir oraes absolutas, caracterizando o perodo composto por coordenao. Quanto s oraes coordenadas, elas esto divididas em assindticas e sindticas, sendo estas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. As oraes coordenadas assindticas so aquelas ligadas sem o uso da conjuno: Um p-de-vento cobria de poeira a folhagem das imburanas, sinh Vitria catava piolhos no filho mais velho, Baleia descansava a cabea na pedra de amolar. J as oraes coordenadas sindticas so aquelas ligadas por meio de conjunes: Dormiu e sonhou. As oraes coordenadas sindticas aditivas so ligadas por meio de conjunes aditivas. Ocorrem quando os fatos esto em seqncia simples, sem que acrescente outra idia. As aditivas tpicas so e e nem. Discutimos as vrias propostas e analisamos possveis solues. No discutimos as vrias propostas, nem (e no) analisamos quaisquer solues. As oraes sindticas aditivas podem tambm ser ligadas pelas locues no s, mas (tambm), tanto ... como. No s provocaram graves problemas, mas (tambm) abandonaram os projetos de reestruturao social do pas. As coordenadas sindticas adversativas so introduzidas pelas conjunes adversativas. A segunda orao exprime contraste, oposio ou compensao em relao anterior. As adversativas tpicas so mas, porm, contudo, todavia, entanto, entretanto, e as locues no entanto, no obstante, nada obstante. Este mundo redondo mas est ficando muito chato.
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O pas extremamente rico; o povo, porm, vive em profunda penria. J as coordenadas sindticas alternativas so introduzidas por conjunes alternativas, indicando pensamentos ou fatos que se alternam ou excluem. A conjuno alternativa tpica ou. H tambm os pares ora... ora, j... j, quer... quer, seja... seja. Diga agora ou cale-se para sempre. Ora atua com dedicao e seriedade, ora age de forma desleixada e relapsa.
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As coordenadas sindticas conclusivas so introduzidas por conjunes conclusivas. Nesse caso, a segunda orao exprime concluso ou conseqncia lgica da primeira. As conjunes e locues tpicas so logo, portanto, ento, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, pois (apenas quando no anteposta ao verbo). Aquela substncia altamente txica, logo deve ser manuseada cautelosamente. A situao econmica delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente. As coordenadas sindticas explicativas so introduzidas por conjunes explicativas e exprimem o motivo, a justificativa de se ter feito a declarao anterior. As conjunes explicativas so que, porque e pois (anteposta ao verbo). "Vem, que eu te quero fraco." Ele se mudou, pois seu apartamento est vazio.
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PERODO COMPOSTO POR SUBORDINAO: O perodo composto por subordinao aquele composto por uma orao principal e por oraes subordinadas (aquelas que exercem funo sinttica em outra orao). As oraes subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Quanto s formas, elas podem ser desenvolvidas (apresentam verbos numa das formas finitas [tempos do indicativo, subjuntivo, imperativo], apresentam normalmente conjuno e pronome relativo) e reduzidas (apresentam verbos numa das formas nominais [infinitivo, gerndio, particpio] e no apresentam conjunes nem pronomes relativos mas podem apresentar preposio): Eu sinto que existe em meu gesto o teu gesto. Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. 1.ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS As oraes subordinadas substantivas exercem funes substantivas no interior da orao principal de que fazem parte. Elas podem ser desenvolvidas ou reduzidas e so classificadas de acordo com suas seis funes: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto. As subordinadas substantivas subjetivas so aquelas oraes que exercem a funo de sujeito do verbo da orao principal: preciso que haja alguma coisa de flor em tudo isso. preciso haver alguma coisa de flor em tudo isso. O verbo da orao principal sempre se apresenta na terceira pessoa do singular. E os verbos e expresses que apresentam essa orao como sujeito podem ser divididos em trs grupos:
verbos de ligao mais predicativo ( bom, claro, parece certo); verbos na voz passiva sinttica ou analtica (sabe-se, conta-se, foi anunciado); verbos do tipo convir, cumprir, importar, ocorrer, acontecer, suceder, parecer, constar, quando na terceira pessoa do singular.
As subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a funo de objeto direto do verbo da orao principal: Juro que direi a verdade.
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Juro dizer a verdade. Algumas objetivas diretas so introduzidas pela conjuno subordinativa integrante se e por pronomes interrogativos (onde, por que, como, quando, quando). Essas oraes ocorrem em formas interrogativas diretas: Desconheo se ele chegou. Desconheo quando ele chegou.
Os verbos auxiliares causativos (deixar, mandar e fazer) e os auxiliares sensitivos (ver, sentir, ouvir e perceber) formam oraes principais que apresentam objeto direto na forma de oraes subordinadas substantivas reduzidas de infinitivo: Deixe-me partilhar seus segredos. As subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem o papel de objeto indireto do verbo da orao principal: Aspiramos a que a situao nacional melhore. Lembre-me de ajud-lo em seus afazeres. As subordinadas substantivas completivas nominais exercem papel de complemento nominal de um termo da orao principal: Tenho a sensao de que estamos alcanando uma situao mais alentadora. J as subordinadas substantivas predicativas exercem o papel de predicativo do sujeito da orao principal: Nossa constatao que vida e morte so duas faces de uma mesma realidade. As subordinadas substantivas apositivas exercem funo de aposto de um termo da orao principal: S desejo uma coisa: que nossa situao melhore.
2.ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS As oraes subordinadas adjetivas exercem a funo sinttica de adjunto adnominal de um termo da orao principal, sendo introduzida por pronome relativo (que, qual/s, como, quanto/a/s, cujo/a/s, onde). Estes pronomes relativos podem ser precedidos de preposio.
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As subordinadas adjetivas dividem-se em restritivas e explicativas. As restritivas restringem o sentido da orao principal, sendo indispensveis. Apresentam sentido particularizante do antecedente. O professor castigava os alunos que se comportavam mal. As explicativas tem a funo de explicar o sentido da orao principal, sendo dispensvel. Apresentam sentido universalizante do antecedente. Grande Serto: Veredas, que foi publicado em 1956, causou muito impacto. Geralmente, as oraes explicativas vm separadas da orao principal por vrgulas ou travesses. Os pronomes relativos que introduzem as oraes subordinadas adjetivas desempenham funes sintticas. Para esse tipo de anlise, deve-se substituir o pronome relativo por seu antecedente e proceder a anlise como se fosse um perodo simples. O homem, que um ser racional, aprende com seus erros - sujeito Os trabalhos que fao me do prazer - objeto direto Os filmes a que nos referimos so italianos - objeto indireto O homem rico que ele era hoje passa por dificuldades - predicativo do sujeito O filme a que fizeram referncia foi premiado - complemento nominal O bandido por quem fomos atacados fugiu - agente da passiva A escola onde estudamos foi demolida - adjunto adverbial Cujo sempre funciona como adjunto adnominal; onde como adjunto adverbial de lugar e como ser adjunto adverbial de modo. 3.ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As oraes subordinadas adverbiais correspondem sintaticamente aos adjuntos adverbiais, sendo introduzidas por conjunes subordinativas adverbiais. A ordem direta do perodo orao principal + orao subordinada adverbial, entretanto muitas vezes a orao adverbial vem antes da orao principal. As oraes subordinadas adverbiais podem ser do tipo:
Causal, fator determinante do acontecimento relatado na orao principal. (Sa apressado, porque estava atrasado)
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As principais conjunes so: porque, porquanto, desde que, j que, visto que, uma vez que, como, que... A orao causal introduzida por como fica obrigatoriamente antes da principal. Consecutiva, resultado ou efeito da ao manifesta na orao principal. (Samos to distrados, que esquecemos os ingressos) As principais conjunes so: que (precedido de to, tal, tanto, tamanho), de maneira que, de forma que...
Comparativa, comparao com o que aparece expresso na orao principal, buscando entre elas semelhanas ou diferenas. Pode aparecer com o verbo elptico. (Naquele lugar chovia, como chove em Belm) As principais conjunes so: assim como, tal qual, que, do que, como, quanto...
Condicional, circunstncia da qual depende a realizao do fato expresso na orao principal. (Sairei, se voc der autorizao) As principais conjunes so: se (= caso), caso, contanto que, dado que, desde que, uma vez que, a menos que, sem que, salvo se, exceto se...
Conformativa, idia de adequao, de no contradio com o fato relatado na orao principal. (Samos na hora, conforme havamos combinado) As principais conjunes so: conforme, como, segundo, consoante...
Concessiva, admisso de uma circunstncia ou idia contrria, a qual no impede a realizao do fato manifesto na orao principal. (Samos cedo, embora o espetculo fosse mais tarde). As principais conjunes: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, apesar de que, conquanto, sem que... As conjunes concessivas sempre aparecem com verbo no subjuntivo.
Temporal, circunstncia de tempo em que ocorreu o fato relatado na orao principal. (Samos de casa, assim que amanheceu) As principais conjunes so: quando, assim que, logo que, to logo, enquanto, mal, sempre que...
Final, objetivo ou destinao do fato relatado na orao principal. (Fomos embora, para que no houvesse confuso) As principais conjunes so: para que, para, a fim de que, com a finalidade de...
Proporcional, relao existente entre dois elementos, de modo que qualquer alterao em um deles implique alterao
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tambm no outro. (Os alunos saram, medida que terminavam a prova) As principais conjunes so: medida que, proporo que, enquanto, ao passo que, quanto... Uma orao pode ser subordinada a uma principal e, ao mesmo tempo, principal em relao a outra (ele age / como voc / para estar em evidncia) As subordinadas reduzidas apresentam duas caractersticas bsicas: no introduzida por conectivos, mas equivale a uma orao desenvolvida; apresenta verbo numa das trs formas nominais. No a falta de conectivo que determina a existncia de uma orao reduzida, e sim a forma nominal do verbo. Classificam-se em reduzida de particpio, gerndio ou infinitivo, em funo da forma verbal que apresentam. As reduzidas de infinitivo podem vir ou no precedidas de preposio e, geralmente, so substantivas ou adverbiais, raramente adjetivas. As oraes adverbiais, em geral, vm precedidas de preposio. Entretanto, as proporcionais e as comparativas so sempre desenvolvidas. Algumas oraes reduzidas de infinitivo merecem ateno: vem depois dos verbos deixar, mandar, fazer, ver, ouvir, olhar, sentir e outros verbos causativos e sensitivos. Deixei-os fugir (= que eles fugissem) - oraes subordinada substantiva objetiva direta. Este o nico caso em que o pronome oblquo exerce funo sinttica de sujeito (caso de sujeito de infinitivo). As reduzidas de gerndio, geralmente adverbial, raramente adjetiva e coordenada aditiva. A maioria das adverbiais so temporais. No h consecutiva, comparativa e final reduzida de gerndio. Segundo Rocha Lima, as oraes subordinadas adverbiais modais s aparecem sob a forma reduzida de gerndio, uma vez que no existem conj. modais. (A disciplina no se aprende na fantasia, sonhando ou estudando) A reduzida de particpio so geralmente adjetivas ou adverbiais, sendo mais comuns as temporais. (Estando em Roma, no visitei o Papa).
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SEMNTICA Semntica o estudo do sentido das palavras de uma lngua. Na lngua portuguesa, o significado das palavras leva em considerao: Sinonmia: a relao que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinnimos: Exemplos: Cmico - engraado / Dbil - fraco, frgil / Distante - afastado, remoto. Antonmia: a relao que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrrios, isto , os antnimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Homonmia: a relao entre duas ou mais palavras que, apesar de possurem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonolgica, ou seja, os homnimos: As homnimas podem ser: Homgrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1 pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1 pessoa singular presente indicativo do verbo consertar); Homfonas: palavras iguais na pronncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cesso (substantivo) - sesso (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo); Perfeitas: palavras iguais na pronncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / vero (verbo) vero (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advrbio); Paronmia: a relao que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas so muito parecidas na pronncia e na escrita, isto , os parnimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento cumprimento/ aura (atmosfera) - urea (dourada)/ conjectura (suposio) - conjuntura (situao decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicao)/ despercebido (no notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (enderear) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrio discrio / onicolor - unicolor.
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Polissemia: a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vrios significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graa. / Os fiis agradecem a graa recebida.
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DIFERENCIAO MORFOLGICA: Algumas palavras podem apresentar classes diferentes em funo do contexto. Seguem, abaixo, algumas palavras e suas caractersticas para diferenciao. A (artigo definido, antes de um substantivo, concordando com ele, exemplo: A saudade di / pronome demonstrativo, antes do pronome relativo QUE ou da preposio DE, sendo substituvel por AQUELA, exemplo: Esta a casa a que estimo. - Comprei uma boa roupa, mas a de Maria melhor. / Antes do pronome relativo QUE o A tambm pode ser preposio, mas no ser substituvel por AQUELA. / pronome pessoal oblquo, junto a um verbo e corresponde a ela, exemplo: Amo-a / preposio essencial, pode ser trocado por outra preposio como forma de teste e no equivale a o no masculino, exemplo: Embarcao a remo - Estou a vender / substantivo comum, quando representa a letra do alfabeto, exemplo: Este a pequenininho. / numeral ordinal, quando corresponde a primeiro em uma enumerao, exemplo: Captulo a.); A (advrbio de lugar, quando quer dizer nesse lugar, exemplo: Deixa o livro a. / advrbio de tempo, quando quer dizer nessa ocasio, exemplo: Chegou a noiva; a lhe atiraram flores. / palavra ou partcula de realce, exemplo: A pelas 11 horas vieram as crianas.); Algo (advrbio de intensidade, quando quer dizer um tanto, exemplo: Ela algo modesta. / pronome indefinido, quando quer dizer alguma coisa, exemplo: Ela sabia algo dessa menina.); Atrs (advrbio de lugar, exemplo: Ns caminhamos atrs. / palavra expletiva, exemplo: H anos atrs as coisas no eram assim.); Bastante (adjetivo, exemplo: Isso era bastante. / pronome adjetivo indefinido, exemplo: Comprei bastantes roupas. / advrbio de intensidade (invarivel), exemplo: Eram bastante ricos.); Bem (advrbio de intensidade, quando corresponde a muito, exemplo: Joana bem inteligente. / advrbio de modo, exemplo: Esmeralda fala bem. / substantivo comum, exemplo: Meu bem est longe. / interjeio, exemplo: Bem! Ainda assim estou certa.); Certo (adjetivo quando determinando um substantivo e com significado de verdadeiro - exemplo: um homem certo. / pronome adjetivo indefinido antes de um substantivo, concordando com ele exemplo: Vi certo livro. / advrbio de afirmao quando quer dizer certamente - exemplo: Certo, no queres brincar.); Como (advrbio interrogativo de modo em perguntas diretas e indiretas - exemplo: Como ests, menina?, No sei como consegui este resultado. / advrbio de intensidade quando se pode mudar para
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quanto ou quo - exemplo: Como brilham teus cabelos. / conjuno subordinativa comparativa quando vindo no segundo termo de uma comparao - exemplo: Era to vermelho como sangue. / conjuno subordinativa conformativa equivalente a conforme - exemplo: Era trabalhador, como disse o patro / conjuno subordinativa causal exemplo: Como tivesse chovido muito, a terra estava molhada. / advrbio interrogativo de quantidade quando no incio de uma frase interrogativa, precedido de preposio - exemplo: A como vende o ch? / substantivo prprio quando significando divindade mitolgica ou nome de lugar - exemplo: Como presidia s festas noturnas. Como a terra natal de meus ancestrais. / verbo comer - exemplo: Como muito bem / preposio acidental quando quer dizer na qualidade de exemplo: Como deputado tenho direito de falar / palavra explicativa exemplo: O estabelecimento vende muitos objetos, como: portas, janelas, piso. Diferente (adjetivo - exemplo: So de cores diferentes. / pronome adjetivo indefinido - exemplo: Diferentes cores ele tem. Certo, vrios e diversos, modificando substantivo, tm as mesmas classificaes, conforme venham antes ou depois do substantivo a que se referem. E (conjuno coordenativa aditiva - exemplo: Ele e ela chegaram. / conjuno coordenativa adversativa quando equivale a mas exemplo: Fala, e no faz. / numeral ordinal quando corresponde a quinto em uma enumerao - exemplo: captulo e. Logo (advrbio de tempo equivalente a imediatamente ou daqui a pouco - exemplo: Vou logo. / conjuno coordenativa conclusiva quando quer dizer portanto - exemplo: Ela estuda muito, logo aprende. Mais (pronome adjetivo indefinido antes de substantivo - exemplo: Vendi mais livros / pronome substantivo indefinido quando quer dizer mais coisa - exemplo: pouco, quero mais. / palavra de adio que pode ser mudada para e - exemplo: Joo mais Maria brincam juntos. / advrbio de intensidade quando modifica adjetivo, verbo ou outro advrbio - exemplo: Ele estava mais alto. Parecia mais recordar do que aprender. / advrbio de tempo - exemplo: Saudades que os anos no trazem mais. / substantivo comum quando vem com artigo determinando-o - exemplo: Os mais no vieram. Meio (advrbio de intensidade equivalente a um pouco - exemplo: Ela est meio triste hoje. / numeral fracionrio significando metade de uma diviso - exemplo: Comprei meio cento de laranjas. / substantivo comum - exemplo: Estamos buscando outro meio de resolver o problema. Melhor (advrbio de modo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais bem - exemplo: Este rapaz canta melhor. /
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adjetivo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais bom - exemplo: O vinho melhor que a uva. / substantivo comum exemplo: O melhor do negcio o segredo. Menos (pronome adjetivo indefinido acompanhando um substantivo exemplo: Tenho menos revistas. / pronome substantivo indefinido quando quer dizer menos coisa - exemplo: Tenho menos do que ele. / advrbio de intensidade junto a um verbo ou a um adjetivo, modificando-o - exemplo: Passeia menos e s menos gastador. / preposio acidental quando quer dizer exceto - exemplo: Todos brincam menos ela. Mesmo (pronome adjetivo demonstrativo quando designa identidade, equivale a em pessoa, prprio - exemplo: Estivemos na mesma casa. Era Cristo a mesma inocncia. / substantivo comum precedido de artigo definido, quer dizer a mesma coisa - exemplo: Faam o mesmo que eu fiz. / palavra de incluso quando vale at - exemplo: Mesmo o pai caiu neste erro. / advrbio de afirmao equivalendo a realmente - exemplo: Canta mesmo como um passarinho. / palavra de concesso correspondente a ainda que - exemplo: Mesmo doente sairei. Muito (pronome adjetivo indefinido que acompanha um substantivo concordando com ele - exemplo: Muito trabalho me cansa. / pronome substantivo indefinido quando quer dizer muita coisa - exemplo: Muito se faz nesta casa. / advrbio de intensidade quando modifica verbo, adjetivo ou advrbio - exemplo: Ele muito inteligente. Na (contrao da preposio em com o artigo a - exemplo: na rua da amargura. / contrao da preposio em com o pronome demonstrativo a - exemplo: Estou em minha casa e voc na que ele vendeu. / pronome pessoal oblquo a depois de verbo terminado em vogal ou ditongo nasal - exemplo: Viram-na todos. O (artigo definido quando vem antes de substantivo, determinando-o - exemplo: O homem e o cantar. / pronome demonstrativo antes do pronome relativo que, da preposio de ou junto a um verbo, sendo substituvel por aquele/aquilo/isso - exemplo: Ela era bonita e sabia que o era. O que eu disse. / pronome pessoal oblquo quando vem junto a um verbo e corresponde a ele - exemplo: O patro estima-o. / substantivo comum quando representa a letra do alfabeto - exemplo: Este o est torto. Pior (advrbio de modo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais mal - exemplo: Este autor escreve pior do que eu. / adjetivo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais mau - exemplo: Antnio pior que Paulo. Pois (conjuno subordinativa causal relacionada a uma orao principal - exemplo: No vi nada, pois estava dormindo. / conjuno coordenativa explicativa, quando pensamento em seqncia
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justificativa, anteposta ao verbo da orao que participa - exemplo: Cedo se arrepender, pois o que acontece aos desavisados. / conjuno coordenativa conclusiva posposta ao verbo e equivalente a portanto - exemplo: mande os livros, pois, pelo portador. / palavra de situao quando traduz um sentimento - exemplo: Pois v saindo daqui logo! / palavra de realce seguida de sim ou no - exemplo: Pois sim que voc vai sair. Porque (conjuno subordinativa causal relacionando causa da orao principal - exemplo: No veio porque no quis. / conjuno coordenativa explicativa, quando a segunda frase explica a razo de ser da primeira - exemplo: Isso no razo, porque , afinal de contas, os negcios tm ido bem. / conjuno subordinativa final equivalente a para que - exemplo: No veio porque lhe acontecesse alguma desgraa. / advrbio interrogativo de causa em perguntas diretas e indiretas - exemplo: Por que vieste tarde?, Perguntei-te por que no falaste nada. No fim de frase ou de perodo interrogativo, escreve-se por qu. Preposio por e pronome relativo que, quando substitui-se o pronome relativo por o qual (a/s) - exemplo: No conheo o caminho por que devo passar (= caminho pelo qual...) / substantivo comum exemplo: Ele deve me dizer o porqu de tanta confuso. Pouco (pronome adjetivo indefinido quando acompanha um substantivo - exemplo: Ele teve pouco trabalho hoje. / pronome substantivo indefinido quando significa pouca coisa - exemplo: Pouco no quero. / advrbio de intensidade - exemplo: Ele sempre fala pouco. Ele pouco inteligente. Prprio (adjetivo significando peculiar, privativo, adequado, digno exemplo: Essa atitude no prpria de algum de sua importncia. / pronome adjetivo possessivo - exemplo: Moro em casa prpria. / pronome adjetivo demonstrativo equivalente a mesmo (a/s) exemplo: Ele cortou a si prprio com a faca. / substantivo comum exemplo: O senhor o prprio? Se (pronome pessoal oblquo reflexivo referente ao sujeito do verbo, equivalente a si mesmo, a si prprio - exemplo: O menino feriu-se. / Tambm pode ter valor de reciprocidade, se puder ser substitudo por a sim mesmos (as) a si prprios (as) - Eles cortaram-se. / pronome apassivador quando a ao recai sobre o sujeito paciente na voz passiva sinttica - exemplo: Rasgou-se a carta (= A carta foi rasgada). / conjuno subordinativa integrante responsvel por introduzir oraes substantivas que completam sintaticamente a orao principal - exemplo: No sei se chover. / conjuno subordinativa condicional equivalente a caso - exemplo: Se sares agora, vers onde ele est. / palavra de realce que pode ser retirada da frase sem prejuzo - exemplo: Foram-se embora os convidados.); Segundo (numeral ordinal, exemplo: Fevereiro o segundo ms do ano. / substantivo comum, indica frao de hora (tempo), exemplo: Gastou um segundo para resolver a questo. / conjuno
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subordinativa conformativa, equivale a conforme, exemplo: Segundo fui informado, ele no vir); Todo (pronome adjetivo indefinido, quando se pode mudar para cada, qualquer, exemplo: Todo homem deve trabalhar. / adjetivo, equivalente a inteiro, exemplo: O campo todo queimou-se. / substantivo comum, exemplo: O todo maior do que qualquer parte. / advrbio de modo, quando quer dizer completamente, exemplo: Ele estava todo zangado.).
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REGNCIA NOMINAL H substantivos, adjetivos ou advrbios que exigem a presena de determinada preposio para que o seu sentido se complete na orao. Essa relao existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advrbio) e os termos regidos por esse nome, atravs das preposies, recebe o nome de Regncia Nominal. Veja alguns exemplos: Temos amor ao trabalho. (O complemento nominal ao trabalho completa o sentido do substantivo amor e iniciado pela preposio a.) Tive desejos de glria. (O complemento nominal de glria completa o sentido do substantivo desejos e iniciado pela preposio de.) Sou capaz desse ato. (O complemento nominal desse ato completa o sentido do adjetivo capaz e iniciado pela preposio de.) Abrigado de; aceito a; acessvel a; acostumado a, com; adaptado a, para; adequado a; admirao a, por; afvel com, para, para com; afeio a, por; afeioado a, por; aflito em, para, por, com; agradvel a, de, para; alheio a, de; aliado a, com; alienado a, de; alternativa a, para; aluso a; amante de; ambicioso de; amigo de; amizade a, com, por; amor a, por; amoroso com, para com; analogia com, entre; anlogo a; ansioso de, para, por; anterior a; antipatia a, contra, por; apaixonado de, por; aparentado com; apto a, para; atencioso com, para, para com; atentado a, contra; atentatrio a, de; atento a, em; avaro de; averso a, para, por; avesso a; vido de, por. Bacharel em; baseado em, sobre; bastante a, para; benfico a; benevolncia com, em, para, para com; boato de, sobre; bom de, para; bordado a, com, de; briga com, entre, por; brinde a; busca a, de, por. Capacidade de, para; capaz de, para; caritativo com, de, para com; caro a; cego a; certo de; cheio de; cheiro a, de; circunvizinho de; cobioso de; coerente com; comemorativo de; compaixo de, para com, por; compatvel com; compreensvel a; comum a, de; condizente com; confiante em; conforme a, com; consciente de; cnscio de; constante de, em; constitudo com, de, por; contemporneo a, de; contente com, de, por, em; contguo a; contraditrio com; contrrio a; convnio entre; cruel com, para, para com; cuidadoso com; cmplice em; curioso de, para, por. Dedicado a; depressivo de; deputado a, por; desatento a; descontente com; desejoso de; desfavorvel a; desgostoso com, de; desleal a; desprezo a, se, por; desrespeito a, contra; devoo a, para com, por; devoto a, de; diferente de; difcil de; digno de; diligente em, para; disposto a; ditoso com; diverso de; doce a; dcil a; doente de;
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domiciliado em; dotado de; doutor em; duro de; dvida acerca de, de, em, sobre. Empenho de, em, por; mulo de; encarregado de; estendido em; equivalente a; erudito em; escasso de; essencial a, para; estril de; estranho a; estreito de; exato em. Fcil a, de, para; falho de, em; falta a, com, para; falto de; fantico por; farto em; favorvel a; fecundo em; feliz com, de, em, por; frtil de, em; fiel a; firme em; forte de, em; fraco de, em, para com; frouxo de; furioso com, de. Generoso com; gordo de; gosto por; gostoso a; grande de; grato a, por; gravoso a; grosso de; guerra a, com, contra, entre. Hbil em, para; habilidade de, em, para; habilitado a, em, para; habituado a; harmonia com, entre; hino a; homenagem a; hora de, para; horror a; horrorizado com, de, por, sobre; hostil a, para, para com. Ida a; idntico a; idneo para; imbudo de, em; imediato a; impacincia com; impaciente com; impenetrvel a; impossibilidade de; impossvel de; impotente contra, para; imprprio para; imune a, de; inbil para; inacessvel a; incansvel em; incapaz de, para; incerto de, em; incessante em; inclinao a, para, por; incompatvel com; incompreensvel a; inconseqente com; inconstante em; incrvel a, para; indeciso em; independente de, em; indiferente a; indigno de; indcil a; indulgente com, para com; inerente a; inexorvel a; infatigvel em; inferior a, se; infiel a; inflexvel a; influncia sobre; ingrato com, para com; inimigo de; inocente de; insacivel de; insensvel a; inseparvel de; inspido a; interesse em, por; intolerncia a, contra, em, para, para com; intolerante com, para com; intil a, para; isento de. Jeito de, para; jeitoso para; jejuno em; jogo com, contra, entre; jubilado em; juzo sobre; julgamento de, sobre; junto a, de; juramento a, de; justificativa de, para. Leal a; lento em; liberal com; ligeiro de; limitado a, com, em; limpo de; livre de; longnquo de; louco de, com, para, por. Maior de; manco de; manifestao a favor de, contra, de; manso de; mau com, para com; mediano de, em; medo a, de; menor de; misericordioso com, para, para com; molesto a; morador em; moreno de. Nascido de, em, para; natural a, de, para; necessrio a, para; necessitado de; negligente em; negociado com; nivelado a, com, por; nobre de, em, por; noo de, sobre; nocivo a; nojo a, de; notvel em, por; npcias com.
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Obediente a; oblquo a; obrigao de; obsequioso com; dio a, contra, de, para com; odioso a, para; ojeriza a, contra, por; oneroso a; oposto a; orgulhoso com, de, para com. Plido de; paralelo a; parco de, em; parecido a, com; pasmado de; passvel de; peculiar a; pendente de; perito em; permissivo a; pernicioso a; perpendicular a; pertinaz em; pesado a; piedade com, de, para, por; pobre de; poderoso para, em; possvel de; possudo de; posterior a; prtico em; prefervel a; prejudicial a; preocupao com, de, em, para, para com, por, sobre; preocupado com, de, em, para com, por, prestes a, para; presto a, para; primeiro a, de, dentre, em; prdigo de, em; proeminncia de, sobre; pronto a, em, para; propenso a, para; propcio a; proporcionado a, com; prprio de, para; protesto a, contra, de; proveitoso a; prximo a, de. Qualificado de, para, por; queimado de, por; queixa a, contra, de, sobre; querido de, por; questionado sobre; quite com, de. Rebelde a; relacionado com; relativo a; rente a, com, de; residente em; respeito a, com, de, para, para com, por; responsvel por; rico de, em; rgido de; rijo de. Sbio em; so de; satisfeito com, de, em, por; seco de; sedento de, por; seguido a, de, por; seguro de, em; semelhante a; senador por; sensvel a; servio em; severo com, em, para com; Simpatia a, para com, por; sito em; situado a, em, entre; soberbo com, de; sbrio de, em; sofrido em; solcito com; solidrio com; solto de; sujo de; superior a; surdo a, de; suspeito a, de. Tachado de; talentoso em, para; tardo a, em; tarjado de; taxado em; tdio a, de, por; temente a, de; temerrio em; temeroso de; temido de, por; temvel a; temperado com, de, em, por; tenaz em; tendncia a, de, para; teoria de, sobre; terminado em, por; terno de; terror de, por, sobre; testemunha de; tinto de, em; traidor a, de; transido de; trespassado de; triste com, de. ltimo a, de, em; ultraje a; unnime em; unio a, com, entre; nico a, em, entre, sobre; unido a, a favor de, contra, entre; unificado em; useiro em; til a, para; utilidade em, para; utilizado em, para. Vacina contra; vaga de, para; vaia a, contra, em; vaidade de, em; vaidoso de; valioso a, para; valor em, para; vantagem a, de, em, para, sobre; vantajoso a, para; vassalagem a; vazado em; vazio de; vedado a; veleidade de; venda a, de, para; vendido a; venerao a, de, para com, por; verdade sobre; vereador a, por; vergonha de, para; versado em; verso para, sobre; vestido com, de, em; veterano em; vexado com, de, por; viciado em; vidrado em; vinculado a, com, entre; visvel a; vital a, para; vivo de; vizinhana com, de; vizinho a, com, de; vocao a, de, para; voltado a, contra, para, sobre; vontade de, para; vulnervel a.
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REGNCIA VERBAL Na maioria dos casos, as palavras de uma orao so interdependentes, isto , relacionam-se entre si para formar um todo significativo. Regncia, ento, a relao necessria que se estabelece entre duas palavras, uma das quais serve de complemento outra. A palavra dependente denomina-se regida, e o termo a que ela se subordina, regente. A regncia verbal a relao existente entre os verbos e os termos que o completam (objetos e adjuntos). Quanto ao complemento, os verbos podem ser transitivos ou intransitivos. Se a ao passa ou transita do sujeito a um objeto, dizemos que o verbo transitivo, podendo ser direto (sem uso de preposio) ou indireto (com preposio). Se a ao ou estado no transita do sujeito a nenhum objeto, tendo sentido completo, o verbo intransitivo. 1.Verbos Transitivos Diretos Os verbos transitivos diretos so complementados por objetos diretos, ou seja, no exigem preposio para o estabelecimento da relao de regncia. Eles admitem tambm como objeto direto os pronomes o, a, os, as. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (aps formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, nos, na, nas (aps formas verbais terminadas em sons nasais). Veja alguns exemplos de verbos Transitivos Diretos: Abandonar; Abenoar; Aborrecer; Abraar; Acompanhar; Acusar; Admirar; Adorar; Alegrar; Ameaar; Amolar; Amparar; Auxiliar; Castigar; Condenar; Conhecer; Conservar; Convidar; Defender; Eleger; Estimar; Humilhar; Namorar; Ouvir; Prejudicar; Prezar; Proteger; Respeitar; Socorrer; Suportar; Ver; Visitar 2.Verbos Transitivos Indiretos Os verbos transitivos indiretos so complementados por objetos indiretos, ou seja, exigem uma preposio para o estabelecimento da relao de regncia. Eles admitem como objeto indireto os pronomes lhe, lhes para
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substituir pessoas, principalmente com os verbos que exigem a preposio a. Antipatizar e simpatizar, que tm complemento introduzido pela preposio com: Antipatizo com aquela pessoa. Simpatizo com todos que lutam por uma causa nobre. Obs.: Esses verbos no so pronominais. No se deve dizer, portanto "antipatizei-me com ela" ou "simpatizei-me com ela". Obedecer e desobedecer, que tm complemento introduzido pela preposio a: Obedeo ao meu pai. As pessoas desobedecem aos mais velhos. Consistir, que tem complemento introduzido pela preposio em: A felicidade consiste em preparar o futuro pensando no presente. Dignar-se, pronominal, que no padro culto rege a preposio de: Maria no se dignou de olhar-me nos olhos. Ela ao menos se dignou de responder-me. Responder, que tem complemento introduzido pela preposio a: Respondi a todos que estavam sentados. O acusado responder a inqurito. 3.Verbos Indiferentemente Transitivos Diretos e Indiretos Alguns verbos podem ser usados tanto como transitivos diretos ou transitivos indiretos, sem que haja alterao de sentido. Eis alguns: Abdicar (de); Atender (a); Desdenhar (de); Presidir (a); Acreditar (em); Atentar (em, para); Gozar (de); Renunciar (a); Almejar (por); Cogitar (de, em); Necessitar (de); Satisfazer (a); Ansiar (por); Consentir (em); Preceder (a); Versar (sobre); Anteceder (a); Deparar (com); Precisar (de); Os verbos esquecer e lembrar tambm podem ser usados como transitivos diretos ou transitivos indiretos. importante destacar que quando transitivos indiretos, esses verbos so pronominais. Veja as formas corretas de us-los: Esqueci o caderno / Esqueci-me do caderno. No esquea os colegas / No se esquea dos colegas. No esquecemos suas frases / No nos esquecemos de suas frases. No lembro nada / No me lembro de nada. Lembre que nada acontece por acaso. / Lembre-se de que nada acontece por acaso.
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4.Verbos Bi-transitivos ou Transitivos Diretos e Indiretos Os verbos transitivos diretos e indiretos exigem dois complementos, um sem preposio (objeto direto) e outro com (objeto indireto). Veja alguns exemplos: Agradecer, Perdoar e Pagar, que possuem objeto direto (coisa) e indireto (pessoa): Agradeo aos fiis a pacincia. Deus ensina que preciso perdoar o pecado ao pecador. Paguei o dinheiro ao cobrador. O uso dos pronomes oblquos tonos deve ser feito tomando alguns cuidados: Agradeci o presente / Agradeci-o Agradeo a voc / Agradeo-lhe Perdoe a ofensa / Perdoei-a Perdoei ao agressor / Perdoei-lhe Paguei minhas contas / Paguei-as Paguei aos meus credores / Paguei-lhes Obs.: importante notar que, com esses verbos (Agradecer, Perdoar e Pagar), a pessoa costuma aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase no haja objeto direto. O escritrio no paga aos funcionrios desde abril. J perdoei aos que me difamaram. Agradeo aos alunos que acreditaram em mim. Informar, que apresenta objeto direto (coisa) e objeto indireto (pessoa), ou vice-versa: Informe os novos produtos aos fornecedores. Informe os fornecedores dos novos produtos. (ou: sobre os novos produtos). Obs.: A mesma regncia de Informar, cabe aos verbos: Avisar, Certificar, Notificar, Cientificar, Prevenir. Preferir, que na lngua culta deve apresentar objeto indireto regido pela preposio a: Prefiro carro a nibus. Pessoas civilizadas preferem democracia ditadura. 5.Verbos com mais de uma regncia sem alterao de sentido
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Existem alguns verbos que admitem mais de uma regncia sem mudar de sentido: Medite em sua vida. / Meditar sobre sua vida. A noite antecede o dia. / A noite antecede ao dia. O trovo precedeu a chuva. / O trovo precedeu chuva. Maria no tarda a chegar. / Maria no tarda em chegar. Desfrutemos os bens da vida. / Desfrutemos dos bens da vida. Cumpriremos o nosso dever. / Cumpriremos com o nosso dever. Esforcei-me por no contrari-lo. / Esforcei-me para no contrari-lo. 6.Verbos com mais de uma regncia com significados diferentes Existem outros verbos que possuem seu sentido definido de acordo com a regncia, como aspirar, assistir, olhar e precisar, e vrios outros. Veja alguns exemplos: Aspirar o ar de montanha. (= sorver, respirar) Aspirar a um alto cargo. (= desejar, pretender) Pedro assistiu ao jogo. (= presenciar, ver) O mdico assistiu o doente. (= prestar assistncia, ajudar) Olhe para ele. (= fixar o olhar) Olhe por ele. (= cuidar, interessar-se) Ela no precisou a quantia. (= informar com exatido) Ela no precisou da quantia. (= necessitar)
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CONCORDNCIA verbal e nominal Concordncia Verbal: Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito. Ex.: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. Casos de concordncia verbal: Sujeito simples Regra geral: o verbo concorda com o ncleo do sujeito em nmero e pessoa. Ex.: Ns vamos ao cinema. O verbo (vamos) est na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (ns). Casos especiais: a) O sujeito um coletivo o verbo fica no singular. Ex.: A multido gritou pelo rdio. Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. Ex.: A multido de fs gritou./ A multido de fs gritaram. b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) o verbo fica no singular ou vai para o plural. Ex.: A maioria dos alunos foi excurso./ A maioria dos alunos foram excurso. c) O sujeito um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3 pessoa (do singular ou do plural). Ex.: Vossa Alteza pediu silncio./ Vossas Altezas pediram silncio. d) O sujeito o pronome relativo que o verbo concorda com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu que derramei o caf./ Fomos ns que derramamos o caf. e) O sujeito o pronome relativo quem- o verbo pode ficar na 3 pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu quem derramou o caf./ Fui eu quem derramei o caf.
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f) O sujeito formado pelas expresses: alguns de ns, poucos de vs, quais de ..., quantos de ..., etc.- o verbo poder concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (ns ou vs). Ex.: Quais de vs me puniro?/ Quais de vs me punireis? Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular o verbo concorda com eles em pessoa e nmero. Ex.: Qual de vs me punir. g) O sujeito formado de nomes que s aparecem no plural- se o sujeito no vier precedido de artigo, o verbo ficar no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordar com o artigo. Ex.: Estados Unidos uma nao poderosa./ Os Estados Unidos so a maior potncia mundial. h) O sujeito formado pelas expresses mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. o verbo concorda com o numeral. Ex.: Mais de um aluno no compareceu aula./ Mais de cinco alunos no compareceram aula. i) O sujeito constitudo pelas expresses a maioria, a maior parte, grande parte, etc.- o verbo poder ser usado no singular ( concordncia lgica) ou no plural (concordncia atrativa). Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram. j) O sujeito tiver por ncleo a palavra gente (sentido coletivo)- o verbo poder ser usado no singular ou plural se este vier afastado do substantivo. Ex.: A gente da cidade, temendo a violncia da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violncia da rua, permanecem em casa. Sujeito composto Regra geral: o verbo vai para o plural. Ex.: Joo e Maria foram passear no bosque. Casos especiais:
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a) Os ncleos do sujeito so constitudos de pessoas gramaticais diferentes- o verbo ficar no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1, 2 e 3 pessoa. Ex.: Eu (1 pessoa) e ele (3 pessoa) nos tornaremos ( 1 pessoa plural) amigos. O verbo ficou na 1 pessoa porque esta tem prioridade sob a 3. Ex: Tu (2 pessoa) e ele (3 pessoa) vos tornareis ( 2 pessoa do plural) amigos. O verbo ficou na 2 pessoa porque esta tem prioridade sob a 3. No caso acima, tambm comum a concordncia do verbo com a terceira pessoa. Ex.: Tu e ele se tornaro amigos.(3 pessoa do plural) Se o sujeito estiver posposto, permite-se tambm a concordncia por atrao com o ncleo mais prximo do verbo. Ex.: Irei eu e minhas amigas. b) Os ncleos do sujeito esto coordenados assindeticamente ou ligados por e - o verbo concordar com os dois ncleos. Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a p. Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordncia por atrao com o ncleo mais prximo do verbo. Ex.: Seguiria a p a jovem e a sua amiga. c) Os ncleos do sujeito so sinnimos (ou quase) e esto no singular - o verbo poder ficar no plural (concordncia lgica) ou no singular (concordncia atrativa). Ex.: A angstia e ansiedade no o ajudavam a se concentrar./ A angstia e ansiedade no o ajudava a se concentrar. d) Quando h gradao entre os ncleos- o verbo pode concordar com todos os ncleos (lgica) ou apenas com o ncleo mais prximo. Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ningum... - o verbo concorda com o aposto resumidor. Ex.: Os pedidos, as splicas, o desespero, nada o comoveu.
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f) Quando o sujeito for constitudo pelas expresses um e outro, nem um nem outro...- o verbo poder ficar no singular ou no plural. Ex.: Um e outro j veio./ Um e outro j vieram. g) Quando os ncleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo ir para o singular quando a idia for de excluso e plural quando for de incluso. Ex.: Pedro ou Antnio ganhar o prmio. (excluso) A poluio sonora ou a poluio do ar so nocivas ao homem. (adio, incluso) h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas sries correlativas (tanto...como/ assim...como/ no s...mas tambm, etc.) - o mais comum o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitvel se os ncleos estiverem no singular. Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleies municipais em So Paulo./ Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleies municipais em So Paulo. Outros casos: 1) Partcula SE: a. Partcula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordar com o sujeito passivo. Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros. b. ndice de indeterminao do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficar obrigatoriamente no singular. Ex.: Precisa-se de secretrias. 2) Verbos impessoais So aqueles que no possuem sujeito, ficaro sempre na 3 pessoa do singular. Ex.: Havia srios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. Deve haver srios problemas na cidade. Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. Dicas Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais. O verbo existir no impessoal.
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Existem srios problemas na cidade. Devem existir srios problemas na cidade 3) Verbos dar, bater e soar Quando usados na indicao de horas, tm sujeito (relgio, hora, horas, badaladas...) e com ele devem concordar. Ex.: O relgio deu duas horas. Deram duas horas no relgio da estao. Deu uma hora no relgio da estao. O sino da igreja bateu cinco badaladas. Bateram cinco badaladas no sino da igreja. Soaram dez badaladas no relgio da escola. 4) Sujeito oracional Quando o sujeito uma orao subordinada, o verbo da orao principal fica na 3 pessoa do singular. Ex.: Ainda falta/ dar os ltimos retoques na pintura. 5) Concordncia com o infinitivo a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na orao: - no se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblquo tono. Ex.: Esperei-as chegar. facultativa a flexo do infinitivo se o sujeito no for representado por pronome tono e se o verbo da orao determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinnimos). Ex.: Mandei sair os alunos./Mandei sarem os alunos. Flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome tono e determinante de verbo no causativo nem sensitivo. Ex.: Esperei sarem todos. b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto No se flexiona o infinitivo precedido de preposio com valor de gerndio. Ex.: Passamos horas a comentar o filme.(comentando)
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facultativa a flexo do infinitivo quando seu sujeito for idntico ao da orao principal. Ex.: Antes de (tu)responder, (tu) lers o texto./Antes de (tu ) responderes, (tu) lers o texto. facultativa a flexo do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da orao principal e est indicado por algum termo do contexto. Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos. obrigatria a flexo do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da orao principal e no est indicado por nenhum termo no contexto. Ex.: No sei como saiu sem notarem o fato. c) Quando o infinitivo pessoal est em uma locuo verbal No se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da locuo verbal quando devida ordem dos termos da orao sua ligao com o verbo auxiliar for ntida. Ex.: Acabamos de fazer os exerccios. facultativa a flexo do infinitivo sendo este o verbo principal da locuo verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto. Ex.: No devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela./ No devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela. 6) Concordncia com o verbo ser: a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordaro com o predicativo. Ex.: Tudo so flores./Aquilo parecem iluses. DICAS Poder ser feita a concordncia com o sujeito quando se quer enfatiz-lo. Ex.: Aquilo sonhos vos.
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b- O verbo ser concordar com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM. Ex.: Que so gametas?/ Quem foram os escolhidos? c- Em indicaes de horas, datas, tempo, distncia: a concordncia ser com a expresso numrica Ex.: So nove horas./ uma hora. DICAS Em indicaes de datas, so aceitas as duas concordncias pois subentende-se a palavra dia. Ex.: Hoje so 24 de outubro./ Hoje (dia) 24 de outubro. d- Quando o sujeito ou predicativo da orao for pronome pessoal, a concordncia se dar com o pronome. Ex.: Aqui o presidente sou eu. Dicas Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordncia ser com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da orao. Ex.: Eu no sou tu e- Se o sujeito for pessoa, a concordncia nunca se far com o predicativo. Ex.: O menino era as esperanas da famlia. f- Nas locues pouco, muito, mais de, menos de junto a especificaes de preo, peso, quantidade, distncia e etc, o verbo fica sempre no singular. Ex.: Cento e cinqenta pouco./ Cem metros muito. g- Nas expresses do tipo ser preciso, ser necessrio, ser bom o verbo e o adjetivo podem ficar invariveis, (verbo na 3 pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto. Ex.: necessrio aqueles materiais./ So necessrios aqueles materiais. h- Na expresso que, usada como expletivo, se o sujeito da orao no aparecer entre o verbo ser e o que, ficar invarivel.Se aparecer,
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o verbo concordar com o sujeito. Ex.: Eles que sempre chegam atrasados./ So eles que sempre chegam atrasados.
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Concordncia Nominal Na concordncia nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, numerais, pronomes adjetivos e artigos) alteram sua terminao (gn. e n) para se adequarem a ele, ou a pronome substantivo ou numeral substantivo, a que se referem na frase. O problema da concordncia nominal ocorre quando o adjetivo se relaciona a mais de um substantivo, e surgem palavras ou expresses que deixam em dvida. Observe estas frases: Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora. Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna. Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. (aqui fica mais claro que o adj. refere-se aos dois subst.) REGRA GERAL - a partir desses exemplos, pode-se formular o princpio de que o adjetivo anteposto concorda com o substantivo mais prximo. Mas, se o adjetivo estiver depois do substantivo, alm da possibilidade de concordar com o mais prximo, ele pode concordar com os dois termos, ficando no plural, indo para o masculino se um dos substantivos for masculino. Observao: um adjetivo anteposto em referncia a nomes de pessoas deve estar sempre no plural (As simpticas Joana e Marta agradaram a todos) Quando o adj. tiver funo de predicativo, concorda com todos os ncleos a que se relaciona. (So calamitosos a pobreza e o desamparo / Julguei insensatas sua atitude e suas palavras) Quando um substantivo determinado por artigo modificado por dois ou mais adjetivos, podem ser usadas as seguintes construes: Ex.: estudo a cultura brasileira e a portuguesa / estudo as culturas brasileira e portuguesa / os dedos indicador e mdio estavam feridos / o dedo indicador e o mdio estavam feridos No caso de numerais ordinais que se referem a um nico subst. composto, podem ser usadas as seguintes construes: Falei com os moradores do primeiro e segundo andar / (...) do primeiro e segundo andares. Adjetivos regidos pela preposio de, que se referem a pron. indefinidos, ficam normalmente no masculino singular, podendo surgir concordncia atrativa: Ex.: sua vida no tem nada de sedutor / os edifcios da cidade nada tm de elegantes
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Anexo, incluso, obrigado, mesmo, prprio - so adjetivos ou pronomes adjetivos, devendo concordar com o substantivo a que se referem Ex.: O livro segue anexo / A fotografia vai inclusa / As duplicatas seguem anexas / Elas mesmas resolveram a questo Observao Mesmo = at, inclusive invarivel (mesmo eles ficaram chateados) / expresso "em anexo" invarivel. Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um substantivo, devem concordar com esse substantivo. Quando funcionarem como advrbios, permanecero invariveis. "Menos" sempre invarivel. Ex.: Tomou meia garrafa de vinho / Ela estava meio aborrecida / Bastantes alunos foram reunio / Eles falaram bastante / Eram alunas bastante simpticas / Havia menos pessoas vindo de casa Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas ou advrbios, mantendo concordncia se fizerem referncia a substantivos: Ex.: Compraram livros caros / Os livros custaram caro / Poucas pessoas tinham muitos livros / Leram pouco as moas muito vivas / Andavam por longes terras / Eles moram longe da cidade / Eram mercadorias baratas / Pagaram barato aqueles livros bom, proibido, necessrio - expresses formadas do verbo ser + adjetivo No variam se o sujeito no vier determinado, caso contrrio a concordncia ser obrigatria. Ex.: gua bom / A gua boa / Bebida proibido para menores / As bebidas so proibidas para menores / Chuva necessrio / Aquela chuva foi necessria s = sozinho (adjetivo - var.) / s = somente, apenas (no flexiona) Ex.: S elas no vieram / Vieram s os rapazes. Locuo adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) - invarivel (ela crescia a olhos vistos) Conforme = conformado (adj. - var.) / conforme = como (no flexiona) Ex.: Eles ficaram conformes com a deciso / Danam conforme a msica Particpios - concordam como adjetivos.
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Ex.: A refm foi resgatada do bote / Os materiais foram comprados a prazo / As juzas tinham iniciado a apurao Haja vista - no se flexiona, exceto por concordncia atrativa antes de substantivo no plural sem preposio Ex.: Haja vista (hajam vistas) os comentrios feitos / Haja vista dos recados do chefe pseudo, salvo (=exceto) e alerta no se flexionam Ex.: Eles eram uns pseudo-sbios / Salvo ns dois, todos fugiram / Eles ficaram alerta. adjetivos adverbializados so invariveis (vamos falar srio / ele e a esposa raro vo ao cinema) silepse com expresses de tratamento - usa-se adjetivo masculino em concordncia ideolgica com um homem ao qual se relaciona a forma de tratamento que feminina Ex.: Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso / Vossa Excelncia injusto
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Funes da palavra COMO Conjuno Subordinativa Causal Introduz oraes que do idia de causa. Equivalente a porque, usado no incio da frase. Ex1: Como estive doente, no compareceu ao servio. Ex2: Como passou mal, no foi a festa. Conjuno Subordinada Comparativa Introduz oraes que exprimem o segundo elemento de uma comparativa, equivale a quanto, precedido de tanto, to,... Ex1: Ela tal como me disseram. Ex2: Voc o conhece to bem como eu. Conjuno Subordinativa Conformativa Introduz oraes que exprimem conformidade de um fato com outro, equivale a conforme. Ex1: Fizemos o trabalho como o professor pediu. Ex2: Em certas situaes, devemos agir como manda nossa conscincia. Pronome Relativo Possui um antecedente que d idia de "modo": maneira, jeito, forma,... Ex1: Este foi o nico modo como ele fez o trabalho. Ex2: Esta a maneira como fao o meu servio. Substantivo Atravs da derivao imprpria (converso) a palavra como muda de classe gramatical e passa a ser sujeito. Ex1: No sei o como de tudo isso. Ex2: Diga-me o como daquilo. Advrbio Interrogativo O advrbio interrogativo como (de modo) pode aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas. Ex1: No sei como resolver o problema. Ex2: Como resolver o problema? Preposio Aparece como preposio acidental por ser proveniente de outra classe gramatical, geralmente equivale a "por" Ex1: Obtiveram como resposta o bilhete. Ex2: Os ganhadores tiveram como prmio uma medalha de ouro. Interjeio Classifica-se como interjeio devido alm da classe gramatical como tambm devido o seu tom exclamativo Ex1: Como voc no! Ex2: Como assim e acabou!
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Advrbio de modo Aparece em frases no interrogativas e sem antecedente. Ex1: No sei como voc veio. Ex2: Gosto como voc se veste. Funes da palavra QUE A palavra QUE pode pertencer a vrias categorias gramaticais, exercendo as mais diversas funes sintticas. Veja abaixo quais so essas funes e classificaes. Advrbio Intensifica adjetivos e advrbios, atuando sintaticamente como adjunto adverbial de intensidade. Tem valor aproximado ao das palavras quo e quanto. Ex1: Que longe est meu sonho! Ex2: Os braos...;oh! Os braos! Que bem-feitos! Substantivo Como substantivo, tem o valor de qualquer coisa ou alguma coisa. Nesse caso, modificado por um artigo, pronome adjetivo ou numeral, tornando-se monosslabo tnico ( portanto, acentuado). Pode exercer qualquer funo sinttica substantiva. Ex1: Um tentador qu de mistrio torna-a cativante. Ex2: "Meu bem querer Tem um qu de pecado..."( Djavan) Tambm quando indicamos a dcima sexta letra do nosso alfabeto usamos o substantivo qu. Ex: Mesmo tendo como smbolo kg, a palavra quilo deve ser escrita com qu. Preposio Equivale preposio de ou para, geralmente ligando uma locuo verbal com os verbos auxiliares ter e haver. Na realidade, esse QUE um pronome relativo que o uso consagrou como substituto da preposio de. Ex1: Tem que combinar? (= de) Ex2: Amanh, teremos pouco que fazer em nosso escritrio. (= para) Alm disso, a partcula QUE atua como preposio quando possui sentido prximo ao de exceto ou salvo. Ex: Chegara sem outro aviso que seu silncio inquietante. Interjeio Como interjeio, a palavra QUE (exclamativo) tambm se torna tnica, devendo ser acentuada. Exprime um sentimento, uma emoo, um estado interior e, equivale a uma frase, no desempenhando funo sinttica em orao alguma. Ex1: Qu! Voc por aqui! Ex2: Qu! Nunca voc far isso!
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Partcula expletiva ou de realce Neste caso, a retirada da palavra QUE no prejudica a estrutura sinttica da orao. Sua presena, nestes contextos, um recurso expressivo, enftico. Ex1: Quase que ela desmaia! Ex2: Ento qual que a verdade? Obs: Pode aparecer acompanhado do verbo ser, formando a locuo que. Ex: Mas que l passava bonde. Pronome relativo O pronome relativo refere-se a um termo (por isso mesmo chamado de antecedente), substantivo ou pronome, ao mesmo tempo que serve de conectivo subordinado entre oraes. Geralmente, o pronome relativo introduz uma orao subordinada adjetiva, nela desempenhando uma funo substantiva. Neste caso, pode ser substitudo por qual, o qual, a qual, os quais, as quais. Ex1: Joo amava Teresa que amava Raimundo. Ex2: s pessoas que eu detesto diga sempre que eu detesto. Pronome Indefinido Substantivo Quando equivale a "que coisa". Ex1: Que caiu? Ex2: A fantasia era feita de qu? Pronome Indefinido Adjetivo Quando, funcionando com adjunto adnominal, acompanha um substantivo. Ex1: Que tempo estranho, ora faz frio, ora faz calor. Ex2: Que vista linda h aqui! Pronome substantivo interrogativo Substitui, nas frases da lngua, o elemento sobre o qual se deseja resposta, exercendo sempre uma das funes substantivas, significando que coisa. Ex1: Que ter acontecido? (= que coisa) Ex2: Que adiantaria a minha presena? (= que coisa) Pronome adjetivo interrogativo Acompanha os substantivos nas frases interrogativas, desempenhando funo de adjunto adnominal. Ex1: Que livro voc est lendo? Ex2: "Por aquela que foi tua, Que orvalho em teus olhos tomba?" ( Ceclia Meireles) Obs: Caso semelhante (o qual no figura entre os tipos de pronomes registrados pela NGB) ocorre em frases exclamativas. Nesse caso, teramos um pronome adjetivo exclamativo, sintaticamente atuando como adjunto adnominal. Ex1: Que poema acabamos de declamar! Ex2: Meu Deus! Que gelo, que frieza aquela!
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A conjuno QUE: o QUE pode ser conjuno coordenativa ou subordinativa. Conjuno coordenativa Como conjuno coordenativa, a palavra QUE liga oraes coordenadas, ou seja, oraes sintaticamente equivalentes. Aditiva Liga oraes independentes, estabelecendo uma seqncia de fatos. Neste caso, o QUE no tem valor bastante prximo de conjuno e. Ex1: Anda que anda e nunca chega a lugar algum. Ex2: Fica l o tempo com aquele chove que chove...! Explicativa A orao coordenada explicativa aponta a razo de se ter feito a declarao contida em outra orao coordenada. Quando introduz esse tipo de orao, o QUE tem valor prximo ao da conjuno pois. Ex1: Mantenhamo-no unidos, que a unio faz a fora. Ex2: Deixe, que os outros pegam. Adversativa Indica oposio, ressalva, apresentando valor equivalente a mas. Ex1: Outro, que no eu, teria de fazer aquilo. Ex2: Outro aluno, que no eu, deveria falar-lhe, professor! Conjuno subordinativa A conjuno QUE subordinativa quando introduz oraes subordinadas substantivas e adverbiais. Essas oraes so subordinadas porque desempenham, respectivamente, funes substantivas e adverbiais em outras oraes ( chamadas principais ). Integrante O QUE conjuno subordinativa integrante quando introduz orao subordinada substantiva. Ex1: "E ao lerem os meus versos pensem que eu sou qualquer coisa natural."( Alberto Caeiro) Ex2: Parecia-me que as paredes tinham vulto. Causal Introduz as oraes adverbiais causais, possuindo valor prximo a porque. Ex1: Fugimos todos, que a mar no estava pra peixe. Ex2: No esperaria mais, que elas podiam voar. Final Introduz oraes subordinadas adverbiais finais, equivalendo a para que, a fim de que. Ex1: "...Dizei que eu saiba." ( Joo Cabral de Melo Neto) Ex2: Todos lhe fizeram sinal que se calasse. Consecutiva Introduz as oraes subordinadas adverbiais consecutivas. Ex1: A minha sensao de prazer foi tal que venceu a de espanto.
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Ex2: "Apertados no balano Margarida e Serafim Se beijam com tanto ardor Que acabam ficando assim." ( Millr Fernandes) Comparativa Introduz oraes subordinadas adverbiais comparativas. Ex1: Eu sou maior que os vermes e todos os animais. Ex2: As poltronas eram muito mais frgeis que o div. Concessiva Introduz oraes subordinada adverbial concessiva, equivalente a embora. Ex1: Que nos tirem o direito ao voto, continuaremos lutando. Ex2: Estude, menino, um pouco que seja! Temporal Introduz orao subordinada adverbial temporal, tendo valor aproximado ao de desde que. Ex1: "Porm j cinco sis eram passados que dali nos partramos." ( Cames) Ex2: Agora que a lmpada acendeu, podemos ver tudo.
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Funes da palavra SE A palavra SE pode exercer diversas funes dentro da lngua portuguesa. Tais funes so as seguintes: Pronome apassivador ou Partcula apassivadora Aparece na formao da voz passiva sinttica com verbos transitivo direto, e transitivo direto e indireto; com verbo transitivo apenas indireto, no h possibilidade. Na prtica, a frase pode ser transposta para a passiva analtica ( com dois verbos ). Ex1: Reformam-se mveis velhos. (= Mveis velhos so reformados. ) Ex2: Entregou-se o prmio ao aluno que obteve a melhor nota. (= O prmio foi entregue ao aluno que obteve a melhor nota. ) ndice de indeterminao do sujeito Tambm chamado de pronome impessoalizador, pronome apassivador impessoal ou, ainda, smbolo de indeterminao do sujeito, aparece junto a verbo intransitivo ou transitivo indireto. Como o nome j diz, quando exerce essa funo, a palavra SE indetermina o sujeito da orao. Esse tipo de orao no admite a passagem para a voz passiva analtica e o verbo estar sempre na 3 pessoa do singular. Ex1: Vive-se bem naquele pas. Ex2: Precisava-se de novas fontes de riquezas. Pronome reflexivo Usado para indicar que a ao praticada pelo sujeito recai sobre o prprio sujeito ( voz reflexiva). substituvel por: a si mesmo, a si prprio etc. Ex1: O lenhador machucou-se com a foice. (= machucou a si mesmo) Ex2: Localize-se no mapa. (= localize a si prprio) Pronome reflexivo recproco Usado para indicar que a ao praticada por um dos elementos do sujeito recai sobre o outro elemento do sujeito e vice-versa. Na prtica, substituvel por: um ao outro, uns aos outros etc. Ex1: Pai e filho abraaram-se emocionados. (= abraaram um ao outro ) Ex2: Amigo e amiga deram-se as mo afetuosamente. (= deram as mos um ao outro) Parte integrante do verbo H verbos que so essencialmente pronominais, isto , so sempre apresentados e conjugados com o pronome. No se deve confundi-los com os verbos reflexivos, que so acidentalmente pronominais. Os verbos essencialmente pronominais geralmente se referem a sentimentos e fenmenos mentais: indignar-se, ufanar-se, atrever-se,
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admirar-se, lembrar-se, esquecer-se, orgulhar-se arrepender-se, queixar-se etc. Ex1: Os atletas queixaram-se do tratamento recebido. Ex2: Ele no se dignou de entrar. Partcula expletiva ou de realce O SE considerado partcula expletiva ou de realce quando ocorre, principalmente, ao lado de verbos intransitivos, de movimento ou que exprimem atitudes da pessoa em relao ao prprio corpo ( ir-se, partir-se, chegar-se, passar-se, rir-se, sentar-se, sorrir-se, etc. ), em construes em que no apresenta nenhuma funo essencial para a compreenso da mensagem. Trata-se de um recurso estilstico, um reforo de expresso. Ex1: Acabou-se a confiana no prximo. Ex2: L se vai mais um caminho de verduras. A conjuno SE: Atuando como conjuno, o SE sempre introduz orao subordinada. Conjuno subordinativa integrante Inicia oraes subordinada substantiva ( subjetiva, objetiva direta etc.). Ex1: Ningum sabe se ele venceu a partida. Ex2: No sei se tudo isso vale a pena. Conjuno subordinativa condicional Introduz as oraes subordinadas adverbiais condicionais. Essas oraes exprimem a condio necessria para que se realize ou deixe de realizar o fato expresso na orao principal. Essa relao tambm se pode dar num nvel hipottico. Ex1: Se no chover, partiremos tarde. Ex2: O material ser devolvido se voc quiser. Sujeito de um infinitivo Trata-se das estruturas formadas pelos auxiliares causativos (deixar, mandar e fazer) e sensitivos ( ver, ouvir, sentir, etc.) quando seguidos de objeto direto na forma de orao reduzida. Nesse casos, o pronome SE atuar sintaticamente como sujeito. Ex1: Deixou-se ficar janela a tarde toda. Ex2: O jovem professor sentiu-se fraquejar. Objeto direto Acompanha verbo transitivo direto que tenha sujeito animado. Ex1: Ergueu-se, passou a toalha no rosto. Ex2: Vestiu-se rapidamente, telefonou pedindo um txi, saiu. Objeto indireto Aparece quando o verbo transitivo direto e indireto. Ex1: Ele arroga-se a liberdade de sair a qualquer hora. Ex2: Ele imps-se uma disciplina rigorosa.
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COLOCAO PRONOMINAL Na lngua portuguesa, os termos da orao se dispem, normalmente, na ordem direta, isto , na seqncia: Sujeito + verbo + objeto direto + objeto indireto ou sujeito + verbo + predicativo Quando h alterao nessa disposio, dizemos que a colocao dos termos est na ordem indireta. Colocao o modo como se dispem os termos que compem uma orao. Na lngua portuguesa, h bastante liberdade de colocao dos termos na orao. Geralmente a ordem indireta empregada com a finalidade de enfatizar algum termo. Apesar dessa liberdade, certos princpios bsicos devem ser considerados na variedade padro da lngua, escrita ou falada. Colocao Pronominal a maneira como se dispem os pronomes pessoais oblquos tonos em relao ao verbo. Os pronomes pessoais oblquos tonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes) atuam basicamente como complementos verbais. Pronomes Pessoais Retos Oblquos tnicos Singular 1 pessoa: eu mim, comigo 2 pessoa: tu ti, contigo 3 pessoa: ele, ela si, consigo Plural 1 pessoa: ns conosco 2 pessoa: vs convosco 3 pessoa: eles, elas si, consigo Oblquos tonos me te se, lhe, o, a nos vos se, lhes, os, as
As posies dos pronomes pessoais oblquos tonos em relao ao verbo ao qual se ligam denominam-se:
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nclise Mesclise Prclise nclise: Quando os pronomes so colocados depois do verbo; a colocao normal do pronome na variedade padro da lngua. As formas verbais do infinitivo impessoal, do imperativo afirmativo e do gerndio exigem a nclise pronominal: Deixe-me ver o caderno de matemtica, Pedro. necessrio comportar-se bem. Aventurou-se pelo mar, afastando-se da praia. Quero-lhe muito bem. Obs.: Se o gerndio vier precedido da preposio em, deveremos empregar a prclise: Ex.: Em se ajoelhando, comeou a rezar. Mesclise: Quando os pronomes so colocados no meio do verbo; a colocao do pronome quando o verbo se encontra no futuro simples do presente ou no futuro simples do pretrito do indicativo, desde que no haja palavras que exeram atrao sobre ele, ou seja, a prclise: Mandar-lhe-ei bombons no seu dia. Lev-lo-o para o camburo fora. Chamar-me-iam de louco. Realizar-se- um grande casamento. Havendo palavra atrativa, impe-se a prclise: No lhe mandarei bombons no seu dia. Nunca o levaro para o camburo fora. No lhe pedirei nada. Ningum se importaria. Obs.: Se antes do futuro simples do presente ou do futuro simples do pretrito do indicativo houver uma das palavras ou expresses que provocam a prclise, ento no se colocar o pronome em posio mesocltica, e sim procltica: Nada lhe direi, embora me obrigues. o que lhe diramos, se pudssemos falar. Prclise:
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Quando os pronomes so colocados antes do verbo; Como norma geral, devemos colocar o pronome tono antes do verbo, quando antes do verbo h palavras que exercem atrao sobre ele, como: Palavras ou expresses de sentido negativo (no, nunca, nem, nenhum, de modo algum, em hiptese alguma, jamais, ningum, nada, etc.) no seguidas de vrgula: Jamais o deixaremos sozinho. De modo algum o abandonarei hoje. Nunca lhe desejaremos mal. Isso no se faz. Ningum lhe resiste. Havendo vrgula depois da palavra de sentido negativo, usa-se nclise: "No, disse-me papai, agora no posso v-la." Certos advrbios ou locues adverbiais no seguidos de vrgula (talvez, ontem, aqui, ali, agora, pouco a pouco, de vez em quando, de sbito, etc): H anos no me mandam cartas. Aqui se trabalha. J se abrem as janelas. Havendo vrgula (pausa) depois do advrbio ou da locuo adverbial, prevalecer a nclise: Depois de um ms, chamou-me para a prova. Logo, encaminhei-me para a porta. Pronomes indefinidos (tudo, nada, pouco, muito, todos, algo, nenhum, ningum, quanto, algum, quem, algum, diversos, qualquer, cada qual, algum outro, quem quer que, etc): No sabemos quem o chamou para o baile. Tudo se acaba. Nada lhe agradava aqui. Pouco se sabe a respeito desse mdico. Conjunes subordinativas (quando, se, como, porque, que, enquanto, embora, logo que, etc): Enquanto se maquiava, chorava tristemente. Quando nos viu, afastou-se. Ela no quis comer, embora lhe oferecessem.
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No sei como se justificaram. Reagimos porque nos ofenderam. Emprega-se a prclise tambm nas oraes optativas (que exprimem desejo) cujo sujeito estiver anteposto ao verbo: Bons ventos o levem! Deus o guarde! A terra lhe seja leve! Aps pronomes pessoais do caso reto no obrigatria a prclise. Ex.: "Eu me garanto" e "Eu garanto-me" esto corretos. Colocao dos pronomes tonos nas locues verbais Nas locues verbais podem os pronomes tonos, conforme as circunstncias, estar em prclise ou nclise ora ao verbo auxiliar, ora forma nominal: Verbo auxiliar + infinitivo: Mandei-os sair. No os mandei sair. Podes auxili-lo. No o podes auxiliar, ou no podes auxili-lo. Devo calar-me, ou devo-me calar, ou devo me calar. Verbo auxiliar + gerndio: No o estou criticando, ou no estou criticando-o. Vou-me arrastando, ou vou me arrastando Colocao dos pronomes tonos nos tempos compostos Nos tempos compostos os pronomes tonos se juntam, na lngua culta, ao verbo auxiliar e jamais ao particpio, podendo ocorrer, de acordo com as regras j estudadas, a prclise, a nclise ou a mesclise: Os parentes o tinham prevenido. Os presos tinham-se revoltado. Haviam-no j declarado perdedor. Ter-lhe-ia sido prejudicial todas as minhas confirmaes? A colocao do pronome tono junto ao particpio, censurada pela Gramtica, prpria da lngua portuguesa do Brasil e encontra acolhida entre escritores modernos: A situao agora havia se invertido." (Jos J. Veiga) "A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestgio para isso?" (Jorge Amado) "Tinha se esquecido de conferir o bilhete." (Vivaldo Coaraci)
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A palavra s, no sentido de apenas, somente, e as conjunes coordenativas alternativas ou...ou, ora...ora, quer...quer: S me ofereceram um prato de comida. S se lembram de ns quando esto precisando. A pista, ora se estreita, ora se alarga conflituosamente. Quer nos atacasse, quer se escondesse, a ona era sempre um perigo. Nas oraes exclamativas iniciadas por palavras ou expresso exclamativa: Como te iludes! Quanto nos custa dizer a verdade! Nas oraes interrogativas iniciadas por advrbio ou pronome interrogativos: Quando me visitas? Quem se apresenta? Acaso lhe faltam recursos? Caso Facultativo Aps pronomes pessoais do caso reto no obrigatria a prclise. Ex.: "Eu me garanto" e "Eu garanto-me" esto corretos.
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CRASE
Crase uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fuso". Nos estudos de lngua portuguesa, o nome dado fuso ou contrao de duas letras "a" em uma s. A crase indicada pelo acento grave sobre o "a". Assim, apesar do uso corrente, crase no o nome do acento, mas do fenmeno representado atravs do acento grave. A crase pode ser a fuso da preposio a com: 1) o artigo feminino definido a (ou as): Fomos cidade e assistimos s festas. 2) o pronome demonstrativo a (ou as): Irei (loja) do centro. 3) os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Refiro-me quele fato. 4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Existem comunidades s quais no possvel enviar mensagens A ocorrncia da crase depende, pois, da verificao da existncia de duas vogais "a" (preposio + artigo ou preposio + pronome) no contexto sinttico. Como obrigatoriamente o primeiro a preposio, exigida quase sempre por um verbo ou um nome, a crase um fato gramatical estreitamente relacionado regncia verbal e nominal. Observe as frases: Encontrei a menina. Gostei da menina. Conversei com a menina. Agradei menina. Veja que a crase s ocorreu na ltima frase. No primeiro caso (Encontrei a menina), o verbo encontrar no exige a preposio a, j que transitivo direto; por isso, o substantivo menina precedido apenas de artigo. Nos dois casos seguintes (Gostei da menina e Conversei com a menina), os verbos gostar e conversar, transitivos indiretos, exigem preposio que se contrai (de+a=da) ou no (com a) com aquele artigo. No ltimo caso (Agradei menina), o verbo agradar, na acepo de "ser gentil", "ser agradvel", transitivo indireto e exige a preposio a, que se contrai com o artigo a resultando em crase. REGRAS PRTICAS: A primeira regra prtica para descobrir se ocorreu ou no a crase tambm a mais simples e mais utilizada:
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Primeira Regra Prtica: Substitua a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se aparecer a combinao ao, certo que ocorrer crase antes do termo feminino: Amanh iremos ao colgio / escola. Prefiro o Corinthians ao Palmeiras / Portuguesa. Resolvi o problema / a questo. Vou ao campo / praia. As crianas foram ao largo / praa. Veja abaixo alguns casos nos quais a substituio pelo substantivo masculino explicitou a no ocorrncia da crase (repare que o ao no aparece aps a substituio, seja por falta da preposio ou do artigo):
Convoquei as alunas / os alunos para a reunio. Fazer bem feito vale a pena / o esforo. preciso respeitar a sinalizao / o regulamento. Este molho cheira a cebola / a alho.
Segunda Regra Prtica: A segunda regra a ser verificada consiste em substituir o termo regente da preposio a por outro que exija uma preposio diferente (de, em, por). Se essas preposies no se contrarem com o artigo, ou seja, se no surgirem as formas da(s), na(s) ou pela(s), no haver crase: Refiro-me a voc. Gosto de voc / Penso em voc / Apaixonei-me por voc.
Mais uma regra que deve ser verificada a de substituir verbos que transmitem a idia de movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo voltar. Ocorrendo a preposio "de", no haver crase. E se ocorrer a preposio "da", haver crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma. Vou Roma dos Csares. / Voltei da Roma dos Csares. Voltarei a Curitiba e Bahia. / Voltarei de Curitiba e da Bahia.
Terceira Regra Prtica: deve ser usada no caso de locues, ou seja, reunio de palavras que equivalem a uma s idia. Se a locuo comear por preposio e se o ncleo da locuo for palavra feminina, ento haver crase: Gente toa. Vire direita. Tudo s claras. Hoje noite.
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Navio deriva. Tudo s avessas. Mais exemplos: Ele estava procura de trabalho. Pedro estava busca de aventuras. Ana estava espera de um prmio. A turma de Paulo est frente de todas. O problema foi resolvido maneira de Paulo. O arroz estava moda da casa. No caso da locuo moda de, a expresso "moda de" pode vir subentendida, deixando apenas o "" expresso, como nos exemplos abaixo:
Sapatos Luiz XV. Relgios Santos Dummont. Bifes milanesa. Churrasco gacha. Fil parmegiana.
Mas cuidado: De acordo com a normal culta, em "bife a cavalo" e "frango a passarinho", as expresses "moda de" ou "maneira de" no esto implcitas ou subentendidas e, assim, o a no recebe o acento indicativo da crase, j que precede palavras masculinas. No caso de locues relativas a horrios, somente no caso de horas definidas e especificadas ocorrer a crase: meia-noite. uma hora. duas horas. s trs e quarenta. CASOS ONDE A CRASE PROIBIDA: Vimos que dois elementos so necessrios para que aparea a crase. Um deles a palavra com sentido incompleto (palavra relativa) que venha seguida da preposio a; e o outro o artigo feminino singular ou plural. Nas pginas a seguir, listamos alguns casos em que, obviamente, no poder haver crase, j que se exclui a hiptese de aparecer o artigo "a" exigido. No haver crase antes de nomes masculinos: Tenho um fogo a gs. Assisti a jogos memorveis. Fui a p. No compro a prazo. Isto cheira a vinho. Admiro os quadros a leo. Venho a mando de meu patro.
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No haver crase antes de verbos: A partir da meia-noite, os alunos saem a passear. Comeou a chorar. Cheguei a insistir. Disponho-me a colaborar. No haver crase antes de pronomes em geral: Mostre a ela. Disse a mim. Parabns a voc. Isso no interessa a ningum. Aquilo interessa a qualquer um de ns. No haver crase antes de pronomes de tratamento. Se aparecer Vossa, por exemplo, troque por Voc e analise: Refiro-me a Vossa Excelncia. Refiro-me a voc. Antes de pronomes indefinidos tambm no haver crase: Ele no se prendia a nenhuma mulher. Ele havia declarado amor a certa jovem. No haver crase antes de palavras femininas repetidas: Entraram duas a duas. Estiveram cara a cara. Viram-se frente a frente. Caiu gota a gota. Dia a dia a empresa foi crescendo. Em geral, no haver crase antes de nomes prprios de cidades: Meus advogados retornaro a Braslia em breve. Entretanto, se o nome da cidade vier determinado, poder haver crase se a preposio a tambm estiver presente: O jovem arquiteto referia-se monumental Braslia. No haver crase antes da palavra "casa": Fui bem recebido, mesmo tendo chegado tarde a casa. Entretanto, se a palavra "casa" vier determinada, tambm poder haver crase: Maria foi casa da irm para fazer um emprstimo No haver crase antes de palavras femininas no plural precedidas de um a: No vou a festas. A pesquisa no se refere a mulheres casadas. O prmio s foi concedido a cantoras nacionais. um assunto relativo a jornalistas especializadas.
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Nesses casos de palavras femininas no plural precedidas de um a, este a preposio, e os substantivos esto sendo usados em sentido genrico. Quando so usados em sentido especfico, passam a ser precedidos do artigo as e, ento, ocorrer a crase. Compare as frases abaixo: O estudo no se aplica a pessoas de ndole nervosa. O estudo no se aplica s pessoas de que estvamos falando. Voc est se referindo a secretrias? Voc est se referindo s secretrias desta empresa? No haver crase antes de nomes de parentesco, precedidos de pronome possessivo: Recorri a minha me. Faremos uma visita a nossa tia. Pea desculpas a sua irm. No haver crase antes de nomes prprios que repelem o artigo: Rezo a Nossa Senhora. O guerreiro falou a Iracema. Fiz uma promessa a Santa Teresinha. Fomos a Paquet. Iremos a Curitiba e depois a Londrina. No haver crase antes do substantivo terra, em oposio a bordo, a mar: Saiu do navio e chegou a terra. Vendo o tubaro, o nadador voltou logo a terra. Mas lembre-se: como vimos anteriormente, usa-se a crase nas locues adverbiais que exprimem hora determinada. Ainda, usa-se a crase nos casos em que o numeral estiver precedido de artigo. Chegamos s nove horas da manh. Assisti s duas sesses de ontem. Entregaram-se os prmios s quatro alunas. A crase facultativa diante dos nomes prprios de pessoas, antes de possessivos e depois da preposio at que antecede substantivos femininos, desde que o termo antecedente reja preposio a: Ofereci um presente a () Carolina. O porteiro entregou os papis a () minha secretria. Irei a () vila. Enviei flores a () Paula. Vou at a () escola. Fui at as (s) ltimas conseqncias. No te dirijas a () tua terra nem a () minha. At a () praia. Se o "a" antes de "que" significar aquela, aquelas, o a poder ter crase:
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No me refiro a esta pessoa, mas sim que esteve aqui hoje. Algumas expresses adverbiais de lugar formadas por nomes de cidades, estados e pases aceitam o uso do artigo definido feminino. Nesses casos, se houver tambm a presena da preposio a, haver crase. Voc poder fazer a verificao da ocorrncia do artigo definido feminino por meio da troca do termo regente: Vou Bahia (Vim da Bahia / Estou na Bahia) Vou a Florena. (Vim de Florena / Estou em Florena) Vou Itlia (Vim da Itlia / Estou na Itlia) CASOS SUJEITOS A VERIFICAO: Ateno: importante ter cuidado de no esquecer de verificar os dois lados. No basta constatar que surge da ou na antes de Itlia, por exemplo. Isso no garantia de acento indicador de crase; apenas confirma a existncia de artigo antes de Itlia. Para que ocorra crase, preciso que o termo anterior pea a preposio a. No caso de "Visitei a Itlia", por exemplo, no h crase, j que visitar verbo transitivo direto. Com as palavras casa e terra, deve-se observar o comportamento de tais palavras nas expresses: Cheguei a casa (Venho de casa / Estou em casa). Cheguei casa do diretor (Venho da casa do diretor /Estou na casa do diretor)
A ocorrncia da crase com os pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo depende apenas da verificao da presena da preposio que antecede esses pronomes: Veja aquele monumento / aquela praa / aquilo. (O verbo ver transitivo direto, portanto, no h preposio) Refiro-me quele jardim / quela praa / quilo. (O verbo referir-se transitivo indireto e rege a preposio a) A crase com o pronome a qual detectvel pelo expediente da substituio do termo regido feminino por um termo masculino: A professora qual devo meu aprendizado j se aposentou. O professor ao qual devo meu aprendizado j se aposentou. Muitas das alunas s quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes homenagem de ontem. Muitos dos alunos aos quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes homenagem de ontem. A CRASE EM LOCUES ADVERBIAIS Em algumas locues adverbiais femininas, ainda que no haja, a rigor, uma fuso entre o "a" preposio e o "a" artigo (j que existe apenas o "a" preposio), muitos gramticos consideram aceitvel (e
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alguns acham at mesmo prefervel) o uso do acento indicativo da crase no "a". A justificativa buscar a forma que d maior clareza frase. Veja: Eu estudo a distncia. (Que distncia voc estuda?) Eu estudo distncia. (Ah! Voc estuda pela internet, no ?) Foi caada a bala. ( a bala que foi caada?) Foi caada bala. (Coitada... Ser que tomou algum tiro?) Bateu a mquina. (Ser que ele bateu o carro?) Bateu mquina. (Usando a mquina de escrever at hoje, hein?) Tranquei a chave. (Trancou a chave? Onde?) Tranquei chave. (Trancou usando a chave.) Pagou a prestao. (Pagou qual prestao? A primeira?) Pagou prestao. (Pagou parcelado.) Lavei a mo. (Isso mesmo, no coma com as mos sujas!) Lavei mo. (Lavei alguma coisa usando as mos.) Lavou a mquina. (Que mquina? O carro?) Lavou a mquina. (Lavou usando a mquina de lavar.) Veio a tarde. (O tempo passa to rpido, no ?) Veio tarde. (Ele veio durante a tarde.) Combateremos a sombra. (A sombra atrapalha a viso.) Combateremos sombra. (Combateremos sem que ningum perceba). Alm dos exemplos citados nas pginas anteriores, h vrias outras locues adverbiais que podem ter o sentido esclarecido pelo sinal indicativo de crase: s avessas, beira-mar, s centenas, disposio, s escondidas, frente, mo armada, s mil maravilhas, noite, s ordens, paisana, parte, perfeio, primeira vista, revelia, risca, solta, toa, vela, s vezes, vontade. Lembre-se que, como foi dito antes, nesses casos o uso do acento indicativo da crase pode ser considerado aceitvel ou prefervel apenas para tornar o texto mais claro, mas no representa a fuso do "a" artigo com o "a" preposio.
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PONTUAO
A pontuao deve restringir-se ao mnimo necessrio. So trs as finalidades dos sinais de pontuao: 1) Assinalar a pausa e a inflexo de voz (a entonao) na leitura; 2) Separar as palavras, expresses e oraes que devem ser destacadas; 3) Tornar claro o sentido da frase, afastando qualquer ambigidade. As partes do discurso que tm entre si ligao ntima no podem ser separadas por qualquer sinal de pontuao. No se separam: 1) O sujeito de seu predicado; 2) O verbo se seu complemento; 3) O substantivo do adjetivo que o qualifica; 4) Os adjuntos adnominais quando ligados ao nome. Uso da Vrgula (,) A vrgula (,) serve para mostrar ao leitor as separaes breves de sentido entre termos vizinhos, quer na orao, quer no perodo. Geralmente a vrgula interpretada na leitura por uma breve pausa. A vrgula utilizada nos seguintes casos: Para separar palavras, frases e oraes coordenadas assindticas: Fui livraria, comprei livros e voltei. As pessoas chegam, olham, perguntam e prosseguem. Para separar os elementos de igual funo sinttica quando no ligados por conectivo. a) Oraes: "Trabalhei em vo, busquei, catei, esperei, no vieram os versos." (Machado de Assis) b) Adjuntos adverbiais: Hoje, por volta das 20 horas, em Santana, por imprudncia do motorista, um nibus chocou-se com um lotao. c) Termos de uma enumerao: Comprei um romance, um dicionrio, uma enciclopdia. Para separar vocativos: Olha, Pedro, voc precisa comparecer l. Para separar apostos e certos predicativos: "Iracema, a virgem dos lbios de mel, tinha os cabelos mais negros que a asa da grana." (Jos de Alencar)
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Para separar as oraes alternativas: Ou trabalhas, ou morrers mngua. Para separar as oraes intercaladas e outras de carter explicativo: Segundo afirmam, h no mundo 450.000 espcies vivas de animais. Para separar as oraes independentes: Paulo, disse Maria Jos, no se esquea de estudar. Para separar as oraes adjetivas parentticas: O fogo, que queima, purifica o ambiente. Para separar certas expresses explicativas, ou retificativas, como isto , a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc. O amor, isto , o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princpio em Deus. Para separar oraes adjetivas explicativas: Pelas 12 horas do dia, que foi de sol ardente, alcanamos a cidade de Nova Viosa. Para separar palavras continuativas, conclusivas, explicativas, corretivas: Portanto, alegres os que sorriem. Assim, no haver mais solues. Fomos apenas ao shopping, alis, ao cinema. De modo geral, para separar oraes adverbiais desenvolvidas: Enquanto a mulher passeava, Pedro ficava cuidando das crianas. Para separar oraes reduzidas adverbiais: "Dali eu via, sem ser visto, a sala de visitas." ( Lcio de Mendona) Para assinalar a ausncia de um verbo anteriormente explcito: Pedro estudava Filosofia, Artes e Teatro; Ana, Matemtica, Qumica e Fsica. Para assinalar a inverso dos adjuntos adverbiais: Na semana passada, o presidente viajou para a Europa. Para separar adjuntos adverbiais: "Com mais de setenta anos, andava a p." (Graciliano Ramos) Nas datas, depois de nome de cidade: Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2006. Para indicar a elipse de um termo: Na feira, compramos frutas; no supermercado, acar; no aougue, carne.
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Para separar certas conjunes pospostas, como porm, contudo, pois, entretanto, portanto, etc. Os alunos da professora Rosalva, contudo, haviam desde a vspera voltado s aulas. Para separar elementos paralelos de um provrbio: Cada terra tem seu uso, cada roca tem seu fuso. Depois do sim ou no no incio de uma frase: Sim, iremos com certeza festa. No, vamos reunir todas as pessoas amanh. Para separar termos que desejamos realar: O dinheiro, Matheus o trazia escondido na cueca. A vrgula no utilizada nos seguintes casos: Entre o sujeito e o verbo da orao, quando juntos: Atletas de vrias nacionalidades participaro da grande maratona. Obs: Se entre o sujeito e o verbo ocorrer adjunto ou orao, com pausas obrigatrias, ter lugar a vrgula: Meus olhos, devido fumaa, ardiam e lacrimejavam muito. Entre o verbo e o complementos, quando juntos: Dona Maria pediu ao diretor do colgio que colocasse a filha em outra sala. Antes de orao adverbial consecutiva do tipo: O vento soprou to forte que arrancou mais de uma rvore. Ponto e Vrgula (;) O ponto-e-vrgula (;) denota uma pausa maior que a vrgula, mas no ao ponto de encerrar o perodo. Emprega-se principalmente: Para separar oraes coordenadas de certa extenso: Astrnomos j tentaram estabelecer contato com seres extraterrestres; suas tentativas, porm, foram infrutferas. Para separar os considerandos de uma lei, de um decreto, de uma sentena ou de uma petio: Considerando...; considerando ....; considerando....; ... Para separar as partes principais de uma frase cujas idias j apresentam clareza: Itu, Botucatu e Tef so ruas do bairro Renascena; Levindo Lopes, Antnio de Albuquerque e Cristvo Colombo, do Funcionrios. Ponto Final (.)
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Encerra o perodo e , de todos os sinais de pontuao, o que exige pausa mais ampla. Emprega-se principalmente: Para fechar o perodo: A velhice uma idade sagrada. Usa-se tambm nas abreviaturas: Sr., Sra., a.C., d.C., Dois Pontos (:): Os dois pontos (:) anunciam e introduzem uma citao, um enumerao ou um esclarecimento. Usa-se este sinal de pontuao: Na determinao de hora: 5:00 de quarta-feira. Nos vocativos de correspondncia: Senhores:, Senhor:, Sr. Diretor:, Para anunciar a fala dos personagens nas histrias de fico: "O Baixinho retomou o leme, dizendo: Olha, menino, veja a Bahia." (Adonias Filho) Antes de uma citao: Bem diz o ditado: Vento ou ventura, pouco dura. Antes de certos apostos, principalmente nas enumeraes: Duas coisas lhe davam superioridade: o saber e o prestgio. Antes de oraes apositivas: A verdadeira causa das guerras esta: os homens se esquecem de se amar. Para indicar um esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse: "Mas padre Anselmo era assim mesmo: amigo dos pobres." (Joo Clmaco Bezerra) Ponto de Interrogao (?) Coloca-se (?) aps a palavra, a frase ou a orao que incluem pergunta direta. Voc no vai a festa hoje? Obs: No se usa ponto de interrogao depois de interrogativa indireta: Maria perguntou se devamos ou no estar aborrecidos.
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Ponto de Exclamao (!) Coloca-se (!) aps qualquer palavra, frase ou orao de carter exclamativo, indicando espanto, surpresa, admirao, entusiasmo, desprezo, ironia, ordem, splica, chamamento, dor, alegria, etc. Manuel! Vem c! Nossa! O ponto de exclamao tambm usado aps interjeies e ao final de frases exclamativas: Ai!; Ui!; Hum!; Reticncias (...) As reticncias (...) indicam interrupo da frase. Essa interrupo , muitas vezes, de carter subjetivo, quando o autor pretende mostrar determinados estados emotivos: hesitao, ansiedade, surpresa, dvida, etc.
Elas so usadas, principalmente: Para indicar suspenso ou interrupo do pensamento, ou ainda, corte da frase de um personagem pelo interlocutor, nos dilogos: Quem se habitua aos livros... No meio do perodo, para indicar certa hesitao ou breve interrupo do pensamento: "- Porque... no sei, porque...porque a minha sina..." (Machado de Assis) No fim de um perodo gramaticalmente completo, para sugerir certo prolongamento da idia: "Ningum... A estrada, ampla e solene, Sem caminhantes adormece..." (Olavo Bilac) Para sugerir movimento ou a continuao de um fato: "E a Vida passa... efmera e vazia." (Olegrio Mariano) Para indicar chamamento ou interpelao, em lugar do ponto interrogativo: "- Seu Pilar... murmurou ele da a alguns minutos. - Que ?" (Machado de Assis)
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Para indicar supresso de palavras (s) numa frase transcrita: "... o chefe dos pescadores... se arroja nas ondas..." (Jos de Alencar) Parnteses ( ) Usam-se ( ) para isolar palavras, locues ou frases intercaladas no perodo, com carter explicativo, as quais so proferidas em tom mais baixo: "Finjamos pois (o que at fingido e imaginado faz horror), finjamos que vem a Bahia e o resto do Brasil a mos dos holandeses..." (Vieira) Tambm entre parnteses devem ser postos os nomes de autores, obras, captulos, etc., relativos a citaes feitas, como foi feito ao final do exemplo acima. Os parnteses so usados no caso de parte independente de uma sentena ou pargrafo, no diretamente relacionada com o restante da orao: Os profissionais liberais (advogados, mdicos, dentistas, engenheiros), quando exercem a profisso por conta prpria, so considerados segurados autnomos. So usados para incluir quantias ou nmeros j expostos por extenso: Trezentos mil reais (R$ 300.000,00). So usados tambm em caso de siglas de Estado: Belo Horizonte (MG) Obs: Esses parnteses podem ser substitudos pela barra diagonal: Belo Horizonte/MG Travesso (-)
O travesso (-) um trao maior que o hfen e utilizado para: Indicar quebra de pensamento: Pedro - para alegria geral - escreveu 15 linhas somente! Ressaltar uma expresso: Este um procedimento de uma vida de poltico consciencioso e cumpridor de seu dever - dever ptrio - e no cumpridor apenas de sua agenda de inauguraes e festejos. No discurso direto: Parece que no se machucou - disse Paulo. Nos dilogos, para indicar mudana de interlocutor, ou, simplesmente, incio da fala de um personagem: "- Voc daqui mesmo? Perguntei. - Sou, sim senhor, respondeu o garoto." (Anbal Machado) Separar expresses ou frases explicativas, intercaladas:
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Um bom ensino bsico - diga-se mais uma vez - exige a valorizao do professor. Ligar palavras em cadeia de um itinerrio, indicar enlace de vocbulos, mas sem formar palavras compostas: A linha area Brasil - Estados Unidos. O travesso s vezes substitui os parnteses o mesmo a vrgula e os dois-pontos: "Mas eis - corre-se ento nvea cortina." (Cruz e Sousa) Aspas () Empregam-se as aspas (" ") no incio e no final de uma citao textual. Costuma-se colocar aspas em expresses ou conceitos que se deseja pr em evidncia: Miguel ngelo, "o homem das trs almas",... (Carlos de Laet) Coloca-se aspas ou, ento, grifam-se palavras estrangeiras, termos da gria, expresses que devem ser destacadas: Paulo vestiu um "short" branco e foi jogar bola. As aspas so usadas em citaes diretas: Machado de Assis disse: "Deve ser um vinho enrgico a poltica." As aspas simples so usadas para enfatizar palavras de um texto que j se encontra entre aspas: Marcela disse: " necessrio dizer 'bondoso' com bastante energia." Colchetes [ ] Os colchetes ([ ]) tm a mesma finalidade que os parnteses; todavia, seu uso se restringe aos escritos de cunho didtico, filosfico, cientfico: "Cada um colhe [conforme semeia]." O uso dos colchetes na transcrio de um texto indica incluso de palavra(s): "O [peixe] do meio trazia uma concha na boca..." Os colchetes indicam que a expresso por eles compreendida no faz parte do texto original ou que a data apenas suposta: "Eles se recusam [o Joo e o Jos] a assinar o documento." Pargrafo
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O Pargrafo representa-se com o sinal () e serve para indicar um pargrafo de um texto ou artigo de lei. Pargrafo cada frase ou conjunto de frases que no se separa, na pgina, pelo processo de mudana de linha. Obs: impossvel estabelecer normas rgidas para determinar quando se deve concluir um pargrafo e iniciar outro. De modo geral, isso feito para indicar mudana de assunto. Em muitos casos, porm, representa apenas descanso para a vista, deixando no papel necessrios espaos em branco que quebram o carter compacto e montono das pginas inteiramente cheias. Asterisco (*) O asterisco (*), palavra que significa estrelinha, usado: Para remeter a uma nota ou explicao ao p da pgina ou no fim de um captulo; Nos dicionrios e enciclopdias, para remeter a um verbete;
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RETIFICAO DAS INFRAES DA NORMA CULTA ENCONTRADAS COM MAIOR FREQNCIA NO DIA-A-DIA: Mas ou Mais Mas uma conjuno adversativa, equivalendo a "porm", "contudo", "entretanto": Tentou, mas no conseguiu o trabalho que almejava. O planeta passa por melhorias, mas no consegue se desenvolver. Mais pronome ou advrbio de intensidade, opondo-se normalmente a menos: Ela foi quem mais procurou, ainda assim, no achou. Ela uma das mulheres mais bonitas do pas. Mal ou Mau Mal pode ser conjuno, advrbio ou substantivo. Quando conjuno, mal indica tempo: Mal voc chegou, ela saiu. Como advrbio, significa "irregularmente", "erradamente", "de forma inconveniente ou desagradvel". Ope-se a bem: J era esperado que ela se comportaria mal. A pessoa mal-intencionada procura o prejuzo dos que esto perto. O time jogou mal, mas conseguiu recuperar no final da partida. Mal, como substantivo, pode significar "doena", "molstia", e, em alguns casos, significa "aquilo que prejudicial ou nocivo": A dengue um mal de que j nos havamos livrado e que, devido s chuvas, voltou a atormentar nossos dias. O mal que no se toma nenhuma atitude definitiva. O substantivo mal tambm pode designar um conceito moral, ligado idia de maldade; nesse sentido, a palavra tambm se ope a bem: No mundo em que vivemos, uma coisa certa: o mal no compensa. Mau adjetivo. Significa "ruim", "de m ndole", "de m qualidade". Ope-se a bom e apresenta a forma feminina m: Tratava-se de um mau contabilista. Aquele menino tem um corao mau. Onde e Aonde Aonde indica idia de movimento ou aproximao. Ope-se a donde, que exprime afastamento.
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Nos exemplos a seguir, veremos que a forma aonde costuma referirse a verbos de movimento: Aonde ele vai? Aonde querem chegar com essas atitudes? Aonde devo passar para chegar at l? No sei aonde ir. Onde indica o lugar em que se est ou em que se passa algum fato. Normalmente, refere-se a verbos que exprimem estado ou permanncia. Onde ela est? Onde voc vai ficar nas frias? Marque os lugares onde as pessoas vo ficar durante o show. No sei onde vou procurar. A par e Ao par A par tem o sentido de "bem informado", "ciente": Voc precisa me manter a par de tudo o que acontece. necessrio manter-se a par das questes governamentais. Ao par uma expresso usada para indicar relao de equivalncia ou igualdade entre valores financeiros (geralmente em operaes cambiais): As moedas fortes mantm o cmbio praticamente ao par. Ao encontro de/De encontro a Ao encontro de indica "ser favorvel a", "aproximar-se de": Ainda bem que sua opinio veio ao encontro da minha. Quando ela o viu, foi rapidamente ao seu encontro. De encontro a indica oposio, choque, coliso: Suas opinies sempre vieram de encontro s minhas. O caminho foi de encontro ao barranco. H ou a O verbo haver usado em expresses que indicam tempo j transcorrido. Tudo aconteceu h dez anos. Nesse sentido, equivalente ao verbo fazer. Tudo aconteceu faz dez anos. Na indicao de fato futuro, emprega-se a preposio a, que, nesse caso, no pode ser substituda por "faz": O lanamento do foguete ocorrer daqui a trs semanas. Partiriam dali a trs horas.
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A cerca de ou H cerca de A cerca de significa "sobre", "a respeito de": Haver uma reunio a cerca das palestras j proferidas. H cerca de indica um perodo aproximado de tempo j transcorrido: O Brasil foi descoberto h cerca de quinhentos anos. Afim ou a fim Afim um adjetivo que significa "igual", "semelhante". Relaciona-se com a idia de afinidade: Tiveram comportamentos afins durante os trabalhos de discusso. So pessoas afins. A fim surge na locuo a fim de, que significa "para" e indica idia de finalidade: Ele tentou contar inmeras mentiras a fim de nos enganar. Demais ou De mais Demais pode ser advrbio de intensidade, com sentido de "muito"; aparece intensificando verbos, adjetivos ou outros advrbios: Aquilo nos deixou indignados demais. Estamos bem at demais. Demais tambm pode ser pronome indefinido, equivalendo a "os outros", "ao restantes": Acabamos deixando aos demais a liberdade de escolha. Os demais membros do clube reivindicaram o aumento das mensalidades. De mais ope-se a de menos. Refere-se sempre a um substantivo ou pronome: No vimos nada de mais em sua atitude. Haviam candidatos de mais para o nmero de vagas oferecido. Seno ou se no Seno equivale a "caso contrrio", ou "a no ser": bom que ela chegue a tempo, seno a viagem ser cancelada. No havia coisa alguma seno correr. Se no surge em oraes condicionais. Equivale a "caso no": Se no houver competncia, no ganharemos as eleies. Na medida que ou a medida que
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Na medida em que indica uma causa. Equivale a "porque", "j que", "uma vez que": O fornecimento de luz foi interrompido na medida em que os pagamentos no vinham sendo efetuados. Na medida em que os candidatos foram selecionados, minha esperana aumentou. medida que indica proporo, desenvolvimento simultneo e gradual. Equivale a " proporo que": O crime foi sendo solucionado medida que as investigaes foram avanando. O sofrimento aumentava medida que a doena ia se alastrando. A forma " medida em que" deve ser evitada, j que resulta da unio das duas locues j estudadas.
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ESTILSTICA Figuras de Linguagem As Figuras de Linguagem, tambm chamadas por muitos de Figuras de Estilo, so recursos usados com o objetivo de enriquecer a nossa comunicao. Esses recursos podem ser classificados em trs tipos, de acordo com o tipo de modificao aplicada na linguagem: - Figuras de Sintaxe (ou Figuras de Construo) - Figuras de Palavras - Figuras de Pensamento Figuras de Sintaxe Tambm chamadas Figuras de Construo, so recursos que consistem no desvio das normas em relao concordncia entre os termos da orao, sua ordem, possveis repeties ou omisses, com o objetivo de conferir mais expressividade linguagem. Silepse ou Concordncia Ideolgica a concordncia que se faz com a idia subentendida, no com a palavra expressa. , aparentemente, uma discordncia. A silepse pode dar-se: no gnero, no nmero ou na pessoa. Silepse de gnero Exemplos: Residimos na agitada Belo Horizonte. Pesca no permitido nesta poca do ano. Silepse de nmero Exemplos: "Antes sejamos breve que prolixo." (Joo de Barros, apud Carlos Gis) "Povoaram os degraus muita gente de sorte." (C. Castelo Branco) Silepse de pessoa Exemplos: "Alis todos os sertanejos somos assim." (Raquel de Queirs) " Os dois amos andando distrados" (Vieira) Elipse a supresso de um termo ou orao que facilmente se subentende no contexto. Quando omitimos o termo que anteriormente j fora expresso, no mesmo perodo, a elipse pode ser chamada de zeugma.
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Exemplos: Pedro estava com sono. Preferiu no sair. (elipse do sujeito ele) Quanta violncia na cidade. (elipse do verbo haver = Quanta violncia h na cidade) . Pleonasmo a repetio da idia, com as mesmas palavras ou no. Seu objetivo realar as idias, reforar ou enfatizar a expresso. Exemplos: "Cada qual busca salvar-se a si prprio..." (Herculano) "Foi o que vi com meus prprios olhos." (Antnio Calado) Anfora a repetio de palavra ou frase no princpio de vrios versos (ou oraes, ou perodos). " preciso casar Joo. preciso suportar Antnio, preciso odiar Melquades, preciso substituir ns todos." (Drummond) "Vejo os garotos na escola, preto-branco-branco-preto, vejo os ps pretos e uns brancos dentes de marfim mordente..." (Drummond) Epstrofe a repetio de palavra ou expresso no final de frases ou versos seguidos ou prximos. "....................... o dia no veio, o bonde no veio, o riso no veio..." (Drummond) "Homem! Vive por Deus! Sofre por Deus! Morre por Deus!" (Guerra Junqueiro) Polissndeto a repetio enftica do conectivo coordenativo (geralmente a conjuno e).
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"Suspira, e chora, e geme, e sofre, e sua..." (Bilac) "Por que a beleza vaga e tnue, falaz e v e incauta e inquieta?" (Cabral do Nascimento) A omisso do conectivo que normalmente empregaramos chama-se assndeto. Veio a cidade, falou com o prefeito, partiu. Anacoluto a quebra ou interrupo da estrutura sinttica da frase pela insero de um termo soltou ou a mudana repentina de uma determinada construo sinttica. Como resultado, o incio, que se apresenta desligado logicamente, antecipa uma idia importante e lhe d realce. "Pobre, quando come frango, um dos dois est doente. "Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e escura." (Manuel Bandeira) Anstrofe a ordem inversa, obtida pela anteposio ou inverso de termos na orao ou de oraes no perodo. Pelas obras se escondem os homens. O sacrifcio, faremos, a vitria, alcanaremos. Hiprbato a inverso de termo e sua intercalao, cortando-se elementos ligados logicamente. Venceu a prova o dentre todos mais robusto da turma. O das guas gigante caudaloso..." (Gonalves de Magalhes) Existe uma inverso particularmente violenta dos termos, em que se sacrifica um pouco a clareza em proveito do ritmo artstico da frase: a Snquise: "Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas cabeas pr de rosas." (Cames) Figuras de Palavras Chamamos de Figuras de Palavras os recursos pelos quais se altera o significado, o sentido lgico de uma palavra, com o objetivo de aumentar a expressividade da fala ou texto. Essa palavra acaba recebendo um novo dimensionamento, uma nova
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significao, e passa a ser usada para expressar outras idias e emoes. Metfora Consiste no emprego de uma palavra com um sentido diverso, figurado, derivado de uma comparao com outro elemento. Essa relao comparativa entre os significados estabelecida atravs da imaginao do seu criador, sendo assim, de carter essencialmente subjetivo, pessoal. Outro aspecto importante da metfora que a comparao se d de forma subentendida, ou seja, no expressa usando, por exemplo, o conectivo "como". O pavo um arco-ris de plumas. (Rubem Braga) Repare como Rubem Braga usou a metfora nesse exemplo: Ele encontrou, entre os termos pavo e arco-ris, uma relao de semelhana e uma caracterstica comum: um arco multicolorido. Assim, ao invs de dizer que o pavo, com sua cauda multicolorida, armada em forma de leque, como um arco-ris de plumas, ele condensou essa comparao em uma pequena orao, sem usar o conectivo "como", atribuindo ao pavo um significado inesperado: "O pavo um arco-ris de plumas." Que negro segredo guardava no poro da alma? A metfora atinge seu objetivo, ou seja, aumenta a expressividade da fala ou texto, na medida em atribui um significado inesperado ou improvvel de um termo a outro, provocando um impacto em nossa sensibilidade. Devido sua grande fora evocativa e emotiva, a metfora a mais badalada figura de estilo. (Percebeu a metfora?) Metonmia Tambm denominada transnominao, uma figura de linguagem que consiste no emprego de um termo em lugar de outro, dada a grande semelhana de sentido ou possibilidade de associao entre eles. Uso do Efeito pela Causa: Scrates tomou a morte.
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Na verdade, a morte o efeito, e o veneno, a causa. Os avies semeavam a morte. Novamente, a morte o efeito, e a causa so as bombas. Obs.: repare que nesse ltimo exemplo tambm h uma metfora, afinal, h uma comparao subentendida entre o ato de semear e o de lanar as bombas. Uso da Causa pelo Efeito: No fume aqui! Sou alrgico a cigarro! A alergia, na verdade, fumaa causada pelo cigarro, e no ao cigarro em si. Uso da Marca pelo Produto: Eu adoro danoninho at hoje. Danoninho aqui se refere no apenas ao queijo petit suisse da Danone, mas tambm todos os de outras marcas, como Chambinho, Ninho Soleil, Itambezinho entre outros. Eu no consigo beber s um yakult. Na frase acima, Yakult simboliza o vidrinho de leite fermentado, de qualquer marca. Isso a s sai com bombril! O que se quis dizer acima que s possvel fazer a limpeza com l de ao, que pode ser tanto Bombril como Assolan ou outra marca similar. Um caso interessante o da palavra gilete, que, por ser uma metonmia to freqente, j consta nos principais dicionrios para designar a lmina de barbear, em referncia marca Gillette, pioneira em sua fabricao. Mas ateno: quando, em linguagem chula, algum diz que uma pessoa gilete, no est usando, nesse caso, uma simples metonmia, mas uma metfora. que essa uma comparao entre o indivduo bissexual, que se sente atrado pelos dois sexos, e uma lmina que corta dos dois lados. O mesmo acontece quando dizemos que algum bombril, j que est fazendo uma comparao com a l de ao Bombril, que, segundo a propaganda, tem 1001 utilidades. Uso do nome do Autor pela Obra: Gosto muito de ler Shakespeare. (Em referncia aos livros escritos por Shakespeare)
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Leiloaram um Portinari. (Em referncia a um quadro pintado por Portinari) Uso do Continente pelo Contedo: Ateno: o continente aqui aquilo que contm alguma coisa, e no as grandes massas de terra cercadas pelas guas ocenicas. Veja alguns exemplos: Bebeu dois clices de vinho. (Em referncia ao vinho contido nos clices) Comeu um saco de biscoitos. (Em referncia aos biscoitos contidos no saco) Uso do Instrumento pela Pessoa que o utiliza: Um bom garfo come de tudo, sem reclamar. (Em referncia a uma pessoa que come bastante, comilo) Essa mesma histria foi reescrita por vrias penas. (Por vrios escritores) Uso da Matria pelo Objeto: O atleta ganhou apenas a prata. (Em referncia medalha de prata) J escutava o tinir dos cristais... (Em referncia s taas de cristal) O padre fez suspirar o bronze. (Em referncia ao sino - repare tambm na metfora de suspirar) As armas no vencero a toga. (ou seja: a fora militar - simbolizada pelas armas - no vencer a Justia - simbolizada pela toga, que o traje usado pelos juzes de Direito) Mas nem todos eram leais coroa... (Em referncia ao rei) O trono foi abalado. (Em referncia ao imprio) Uso do Lugar pelos seus Produtos: Quero uma garrafa de Porto.
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(Em referncia ao vinho fabricado na Cidade do Porto) Ele aprecia o madeira. (Em referncia ao vinho fabricado na ilha de Madeira) Uso do Lugar pelos seus Habitantes: "A Amrica reagiu e combateu." (Latino Coelho) (Em referncia aos americanos) O Brasil chorou a morte dos integrantes do grupo Mamonas Assassinas. (Em referncia aos brasileiros) Uso da Parte pelo Todo: Depois do acidente, ficaram sem teto. (teto representa casa) Joana completa 15 primaveras no ms que vem. (primaveras representam anos) Tinha cinco bocas para alimentar. (bocas representam pessoas) Uso do Singular pelo Plural: O carioca esperto. (se referindo aos cariocas) O homem mortal. (se referindo a todos os homens) Uso da Qualidade pela Espcie: Este um mistrio inatingvel aos mortais. (Em referncia aos homens) Poucos irracionais so capazes de construir ferramentas e produzir alteraes na natureza. (Em referncia aos animais) Uso da Espcie pelo Indivduo: O homem j foi lua. (Em referncia a alguns astronautas.)
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"Andai como filhos da luz", recomenda-nos o Apstolo. (para dizer So Paulo) [So Paulo (indivduo) foi um dos apstolos (espcie).] Uso do Nome do Indivduo pela Classe que representa: "No paternalismo de nenhum mecenas arquimilionrio." (Raquel de Queirs) Mecenas representa os patrocinadores das artes, em referncia a Caio Mecenas (68 a.C. - 8 a.C.), influente conselheiro de Otvio Augusto (imperador romano) depois de se aposentar, devotou todos os seus esforos a um crculo de intelectuais e poetas, patrocinandoos com amizade, bens materiais e proteo poltica. O orelho amanheceu destrudo, mas ningum sabia quem era o tila. tila representa os destruidores, em referncia a tila (406 - 453), o ltimo e mais poderoso rei dos hunos, que saqueou e destruiu vrias provncias da Europa. Quem de vocs foi o Judas que contou meu segredo? Judas representa os traidores, em referncia a Judas Iscariotes, segundo os Evangelhos, foi o traidor que entregou Jesus Cristo aos seus captores por 30 moedas de prata. Perfrase um tipo de Metonmia na qual a coisa substituda por algum de seus atributos, ou de um fato que a celebrizou (tornou notrio, notvel). O ouro negro representa mais de um tero das fontes energticas do Brasil. (Referindo-se ao petrleo, um lquido negro que tem tanto valor quanto o ouro) O poeta dos escravos morreu jovem. (Referindo-se a Castro Alves, cujas poesias so marcadas pela crtica escravido, motivo pelo qual conhecido como "Poeta dos Escravos") Vou passar as frias na Cidade Maravilhosa. (Referindo-se ao Rio de Janeiro, que inspirou a marchinha Cidade Maravilhosa, composta por Andr Filho para o Carnaval de 1935.) O rei dos animais estava dormindo. Em referncia ao livro "O Mgico de Oz", no qual o personagem Leo Covarde, aps enfrentar e vencer um estranho monstro com forma de aranha, que apavora mesmo as piores feras de uma selva na floresta de Oz, aclamado o "Rei dos Animais".
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Sinestesia Do grego syn- (unio ou juno) e -esthesia (sensao), uma figura de linguagem que relaciona planos sensoriais diferentes, transferindo percepes de sentido para outro, resultando uma fuso de impresses sensoriais de grande poder sugestivo. Assim, relaciona o gosto com o cheiro, ou a viso com o olfato. Sua voz doce e aveludada era uma carcia aos ouvidos. (audio + paladar + tato) "Os carinhos de Godofredo no tinham mais o gosto dos primeiros tempos." (Autran Dourado, relacionando o tato com o paladar) O brilho macio do cetim realava o traje. (viso + tato) O doce afago materno acalmava o beb. (paladar + tato) Aquele olhar gelado escondia uma ponta de desespero. (viso + tato) Era um verde azedo... (viso + paladar) Possua um aroma gritante... (olfato + audio) Era o delicioso aroma do amor... (Paladar + Olfato) Figuras de Pensamento So recursos de linguagem que se valem do uso dos sentidos dos enunciados com o objetivo de tornar mais expressiva a comunicao. Anttese Nada mais do que a aproximao de palavras ou expresses que exprimem idias contrrias ou que tenham sentidos opostos entre si. Marcela era jovem na idade, mas velha nas idias. Tratar igualmente os desiguais no fazer justia. Agir errado foi o mais certo que poderia fazer. Apesar de sua simplicidade, a Anttese um notvel recurso de estilo, muito usado por grandes escritores. Amigos ou inimigos esto, amide, em posies trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal. (Rui Barbosa) A areia, alva, est agora preta, de ps que a pisam. (Jorge Amado)
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Apstrofe Se caracteriza pela interrupo da seqencia lgica de pensamento do discurso, feita pelo orador ou escritor, para invocar ou se dirigir a coisas ou pessoas presentes ou ausentes, reais ou fictcias, atravs do vocativo. A apstrofe tambm pode iniciar um discurso, e, nesse caso, no se caracterizar pela interrupo, mas apenas pela invocao a pessoas ou coisas: Eu estou horrorizada com essa situao. meu Deus, quando isso vai acabar? meu Deus, quando isso vai acabar? Eu estou horrorizada com essa situao. Repare que a apstrofe corresponde a todo o trecho em itlico, e o vocativo apenas ao trecho sublinhado. Ateno: No confunda a apstrofe com o apstrofo, que um sinal grfico em forma de vrgula (") que serve para indicar a supresso de fonemas (Tomei um copo dgua.). Eufemismo Consiste na suavizao de realidades contundentes, chocantes, difceis ou desagradveis, atravs de rodeios de palavras, expresses menos desagradveis ou palavras mais delicadas, polidas ou politicamente corretas. O eufemismo sempre foi muito usado no mundo literrio. Manoel Bandeira, por exemplo, foi fantstico ao substituir a palavra "morte" por "quando a indesejada da gente chegar". J Gil Vicente se referiu ao inferno como "Porto de Lcifer". lvares de Azevedo escreveu "Era uma estrela divina que ao firmamento voou!" para indicar a morte. E Mrio Quintana definiu a mentira como "Verdades que esqueceram de acontecer". Mas tambm no dia-a-dia de pessoas comuns como eu e voc, o eufemismo usado com bastante freqncia, principalmente quando preciso se referir a realidades duras como a morte e doenas, ou atenuar o sentido chulo, grosseiro, desagradvel ou importuno de certas palavras, principalmente as relacionadas a objetos de tabu, como sexo e necessidades fisiolgicas. Cuidado para no confundir o Eufemismo com o Disfemismo, tambm muito presente no dia-a-dia, que um volteio semntico que faz justamente o contrrio, ou seja, torna mais agressiva, repulsiva, grosseira ou jocosa a idia. Veja a seguir alguns dos exemplos mais comuns de eufemismo e disfemismo: Eufemismos relacionados morte: Joo foi dessa para uma melhor.
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Ele foi para o cu, virou uma estrela. Informamos que, nesta manh, Carlos foi ao encontro de Deus. O velhinho descansou. Paulo adormeceu para a eternidade. Vincius entregou a alma ao Criador. Disfemismos fnebres: Ele apanhou at bater as botas. Te pago cinco mil pra apagar o cara. Ih! Aquele l j virou presunto! S descanso quando ele vestir o pijama de madeira. Ele abotoou o palet. Eufemismos ligados a doenas: Caetano contraiu o mal-de-lzaro. (lepra) Joaquim foi morto pela peste branca. (tuberculose) Aquele rapaz soropositivo. (que tem AIDS, aidtico) Filomena cuida de crianas excepcionais. (deficientes mentais Assuntos sexuais: Marina, onde vamos fazer amor esta noite? Hoje o Brulio vai entrar em cena. Aquela mulher exerce a mais antiga das profisses. Levou um chute nas partes baixas. Necessidades fisiolgicas: Joo foi fazer suas necessidades. Mariana foi ao toalete. Eu vou passar um fax. Ele est demorando muito. Deve estar soltando um barro. (Disfemismo) Outros Eufemismos: Voc faltou com a verdade em seu discurso. (mentiu) ele o usurpador do bem alheio. (ladro) Seu filho um amigo do alheio. (ladro) Benedito teve seus bens subtrados no nibus. (furtados) Esta minha secretria (ou assistente). (empregada domstica) Carlos est disponvel no mercado de trabalho. (desempregado) O candidato usou dinheiro no-contabilizado na campanha (Caixa Dois) Maria foi rezar na cidade dos ps-juntos. (cemitrio - disfemismo) Gradao a exposio de uma seqncia de idias de forma crescente/ascendente (em direo a um clmax) ou decrescente/descendente (anticlmax). Cassiano foi tmido, frouxo, covarde.
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O homem nada mais do que um ser limitado, uma nfima criatura, um gro de p perdido no cosmos. "O primeiro milho possudo excita, acirra, assanha a gula do milionrio" (Olavo Bilac) No meu quarto concebi as idias que me levariam a dominar o bairro, a cidade, o pas, o mundo... E a desejar o prprio Universo... Voc no passa de um roedor, um verme... Uma bactria. Um vrus! Hiprbole uma deformao da verdade pelo exagero de uma idia. O objetivo conseguir um efeito expressivo, acentuar de forma dramtica aquilo que se quer dizer, transmitir uma imagem inesquecvel. (notou a gradao?) freqente na linguagem do dia-a-dia. Rita chorou rios de lgrimas por Matheus. Depois do jogo eu estava morto de sede. Quase morri de rir daquela piada. Rolei de tanto rir. Os carros voavam pelas estradas. Estou um sculo sua espera. J te avisei mais de mil vezes. Ironia Vem do grego eironea, que significa dissimulao. Como recurso de estilstica, a Ironia uma figura de pensamento pela qual nos expressamos por palavras que significam o contrrio do que no ntimo pensamos, ou esto em flagrante desacordo com a realidade, quase sempre com inteno sarcstica. H ironia quando se apresenta com sarcasmo um contraste frisante com o que logicamente devia ser. Normalmente, s o contexto em que se fala ou escreve permite que, o ouvinte ou leitor, perceba o sentido real do que se diz. Que bonito, hein? (Surpreendendo algum fazendo algo de errado) Vejam os altos feitos destes senhores: dilapidar os bens do pas e fomentar a corrupo! "Um carro comea a buzinar... Talvez seja um amigo que venha me desejar Feliz Natal. Levanto-me, olho a rua e sorrio: um caminho de lixo. Bonito presente de Natal!" Prosopopia Tambm chamada de Personificao, a atribuio de aes, sentimentos ou qualidades prprias dos seres humanos a coisas, objetos ou a animais a eles qualidades e sentimentos. Esse recurso tambm chamado de Animalizao, e muito comum tambm na literatura infanto-juvenil.
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"Os sinos chamam para o amor" (Mrio Quintana) O Vento suspirou e o Sol tambm. A Cadeira comeou a gritar com a Mesa. O Sol amanheceu triste e escondido. comum tambm a personificao de conceitos abstratos. A morte roubou-lhe o filho mais querido. "Vi a Cincia desertar do Egito..." (Castro Alves) Reticncia um recurso que consiste em suspender o pensamento, omitindo seu desenvolvimento. Se eu te pego eu ... "De todas, porm, a que me cativou logo foi uma... uma... no sei se digo." (Machado de Assis) "Quem sabe se o gigante Piaim, comedor de gente, ..." (Mrio de Andrade) Retificao Como a prpria palavra diz, nada mais do que retificar, corrigir uma afirmao feita anteriormente. O objetivo exatamente destacar a informao que consta da retificao. O sndico, alis uma sndica muito gentil, no sabia como resolver o caso. "O pas andava numa situao poltica to complicada quanto a de agora. No, minto. Tanto no." (Raquel de Queiroz) "Tirou, ou antes, foi-lhe tirado o leno da mo." (Machado de Assis)
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Vcios de Linguagem Barbarismos Os erros de pronncia, de grafia, de flexo, palavras mal formadas, vocbulos estranhos, ou seja, todos os erros que atentam contra a forma da palavras so chamados Barbarismos. Os mais freqentes so as cacopias, as cacografias, os estrangeirismos e os hibridismos. Cacopia qualquer tipo de erro de pronncia. Quando se trata de erro de pronncia pela deslocao do acento tnico, chama-se tambm silabada. Incorreto/Correto Abboda abbada Areoporto aeroporto varo avaro btavo batavo (ta) crisantemo crisntemo empingem impingem esteje esteja havra houvera hilariedade hilaridade Incorreta Correto bero ibero (be) interim nterim (in) intertcio interstcio irrascvel irascvel mcabro macabro (ca) mendingo mendigo metereologia meteorologia mortandela mortadela Cacografia qualquer erro de grafia, ou seja, troca de letras, diviso silbica incorreta, etc. Incorreto/Correto Magestoso majestoso Excesso exceo Xuxu chuchu Pixe piche Geito jeito Quizer quiser
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Fraze frase
Estrangeirismos So chamados estrangeirismos todas as palavras, expresses ou frases estrangeiras empregadas indevidamente em nossa lngua. De acordo com a procedncia, dividem-se em: francesismos ou galicismos, anglicismos, italianismos, castelhanismos ou espanholismos, germanismos, eslavismos, arabismos, hebrasmos, latinismos, americanismos, etc. Solecismos So erros que atentam contra as normas de concordncia, de regncia ou de colocao. Solecismos de Concordncia Exemplos/Correo Fazem trs anos que me separei. Faz trs anos que me separei. Haviam muitas pessoas no local. Havia muitas pessoas no local. O pessoal j saram? O pessoal j saiu? Aluga-se casas. Alugam-se casas. Solecismos de Regncia Exemplos/Correo Ontem assistimos o filme. Ontem assistimos ao filme. Cheguei no Brasil em 1923. Cheguei ao Brasil em 1923. Pedro visava o posto de chefe. Pedro visava ao posto de chefe. O ministro aspirava o trono. O ministro aspirava ao trono. Eu namoro com Pedro. Eu namoro Pedro. Solecismos de Colocao Exemplos/Correo Me empresta o caderno? Empresta-me o caderno? Foi Joo quem avisou-me. Foi Joo que me avisou.
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Rui Barbosa era um homem grande. Rui Barbosa era um grande homem. Me parece que no deu certo. Parece-me que no deu certo. Arcasmos So palavras ou expresses que j pertencem ao passado da lngua. "Fsico" (em lugar de mdico) "Palmeirim" (em vez de peregrino) "Fremoso" (por formoso) "Asinha" (por rapidamente) "Arreio" (por enfeite) "entonces" (por ento) "vosmec" (por voc) "geolho" (por joelho) Plebesmos So palavras ou expresses triviais ou de gria. Os plebesmos no podem ser tolerados na lngua culta, pois espelham imediatamente grosseria, falta de instruo, boalidade. Exemplos: Vamos tomar um "tro" ali no bar? Fiquei "besta" isso, a, bicho... Ele era um cara bacana... Ele era um tremendo man! T ferrado!" T ligado nas quebradas, meu chapa? Esse bagulho "radicaaaal"!!! Th ligado mano? Pleonasmo a repetio de palavras ou expresses inteiramente inteis por nada acrescentarem ao que j foi dito, ou seja, presena de palavras suprfluas na frase. Por este motivo considerado um vcio de linguagem e recebe o nome de "Pleonasmo Vicioso". "sonhar um sonho" "entrar para dentro" "sair para fora" "subir para cima" "descer para baixo" "ver com os olhos" "andar com os ps", etc. Obs.: O Pleonasmo vicioso tambm denominado perissologia. Diferentemente do pleonasmo tradicional, esse deve ser sempre evitado.
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acabamento final certeza absoluta quantia exata nos dias 8, 9 e 10, inclusive juntamente com expressamente proibido em duas metades iguais sintomas indicativos h anos atrs vereador da cidade outra alternativa detalhes minuciosos a razo porque anexo junto carta de sua livre escolha supervit positivo todos foram unnimes conviver junto fato real encarar de frente multido de pessoas amanhecer o dia criao nova retornar de novo emprstimo temporrio surpresa inesperada escolha opcional planejar antecipadamente abertura inaugural continua a permanecer a ltima verso definitiva possivelmente poder ocorrer comparecer em pessoa gritar bem alto propriedade caracterstica demasiadamente excessivo a seu critrio pessoal exceder em muito. Pleonasmos viciosos Subir para cima - Se est subindo, logo, para cima. Descer para baixo - Se est descendo, logo, para baixo. Entrar para dentro - Se est entrando, logo, para dentro. Sair para fora - Se esta saindo, logo, para fora. Protagonista principal - O protagonista j o principal. Anexar junto - O anexo j junto. Hemorragia de sangue - A hemorragia j trata de derramamento de sangue para fora dos vasos. Almirante da Marinha - s existe essa patente na Marinha
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Brigadeiro da Aeronutica - s existe na Aeronutica Anfibologia ou ambigidade a duplicidade de sentido resultante de m disposio das palavras na frase, ou seja, o defeito da frase que apresenta duplo sentido. "O pai encontrou o filho em seu quarto." (No quarto do pai ou do filho?) "Como vai a cachorra da sua irm?" (Que cachorra? a irm ou a cadela criada pela irm?) "Este lder dirigiu bem sua nao"("sua"? nao da 2 ou 3 pessoa(o lder)??).
Cacfato a palavra ridcula ou obscena resultante da unio de slabas de palavras vizinhas. Por isso temos que cuidar quando falamos sobre algo para no estarmos ofendendo a pessoa que ouve. Ela tinha muito jeito. Maria nunca ganha. A boca dela linda! D-me uma mo, por favor. Ela se disputa para ele. Vou-me j, pois estou atrasado. Eu amo ela demais !!!
Hiato o acumulo de vogais, produzindo efeito desagradvel. J h alguns anos no chove. Vou eu ou outro vai. Parai ao ouvir o primeiro sinal. Andria ir ainda hoje ao oculista. Eco a rima na prosa. Meu irmo sofria do corao naquela ocasio. O acusado foi interrogado pelo magistrado. Voltando-se para mim assim falou o Serafim.
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O coordenador dava grande valor a seu superior. A flor tem odor e frescor. Coliso a seqncia das mesmas consoantes. No mato tu matars o tatu. Este senhor sumamente sensvel. O rato roeu a roupa da rainha. O que se sabe sobre o sabre.
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PROVRBIOS POPULARES No se pe remendo velho em pano novo. Antes asno que me carregue que cavalo que me derrube. Abre-se um olho para vender e dois para comprar. A ociosidade me de todos os vcios. No chame nenhum homem de feliz enquanto ele no estiver morto. Amigo de todos, amigo de ningum. A amizade como porcelana; pode-se emendar mas sempre fica a marca. Os dedos foram feitos para comer. Um tolo e seu dinheiro logo se separam. No conte com os ovos dentro da barriga da galinha. Quem se faz de ovelha o lobo come. melhor perder a sela do que o cavalo. A confiana e planta de crescimento lento. Se vale ser enforcado por um carneiro, vale ser enforcado por um cordeiro. Um gato acuado pode se tornar to feroz quanto um leo. O melhor inimigo do bom. No se imprimem pegadas na areia do tempo ficando sentado. Ao homem ousado a fortuna estende a mo. Antes de dar presentes, pague suas dividas. A vela ilumina os outros enquanto se consome. Quem de muito quer saber mexerico quer fazer. melhor curvar enquanto o galho novo. No diga desta gua no beberei por mais suja que seja. Se conselho fosse bom ningum dava, vendia. Corao tmido nunca conquistou mulher bonita. Feliz de quem se contenta com o que tem. No ponha o chapu onde a mo no alcana. O descontentamento o primeiro passo para o progresso. Cachorro de dois donos morre de fome. No atravesse a ponte antes de chegar a ela. Antes um bom inimigo que um mau amigo. Quem nada tem nada teme perder Quem o feio ama bonito lhe parece. Deus ajuda os ricos; os pobres podem mendigar. Numa tempestade qualquer porto serve. Todos colocam peso em cavalo de boa vontade. A mais longa jornada comea com o primeiro passo. Discurso bonito no enche barriga de ningum. Antes que o mal cresa, corta-se a cabea. No faa perguntas e no lhe diro mentiras. Para bom mestre no h ferramenta ruim. Os tolos so sbios enquanto calados. No amor e na guerra tudo vale. No roube de Pedro para pagar a Paulo. Cada um deita na cama que fez. melhor ser cabea de cachorro do que rabo de leo.
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Atos falam mais do que palavras. Os melhores peixes nadam no fundo. O peixe que belisca todas as iscas logo pego. Guarda-te do homem que no fala e do co que no ladra.
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