Regimento Interno Tjam
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O Tribunal de Justia do Estado do Amazonas, no uso de suas atribuies legais, resolve aprovar, com a presente Resoluo, o seu
Art. 1. - Este Regimento estabelece a composio, a competncia e o funcionamento dos rgos do Tribunal de Justia do Estado do Amazonas, regula o processo e o julgamento dos feitos de sua atribuio e disciplina os seus servios auxiliares. TTULO I Do Tribunal CAPTULO I Da composio e do Funcionamento
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Art. 2. - O Tribunal de Justia do Estado do Amazonas, com sede em Manaus e jurisdio em todo o Estado, se compe de quatorze Desembargadores, nomeados na forma prescrita em lei.
Pargrafo nico - O Tribunal ter o tratamento de Egrgio e os seus membros o de Excelncia, nas relaes oficiais, quer entre si, quer com terceiros.
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Art. 3. - So rgos do Tribunal de Justia do Estado do Amazonas: o Tribunal Pleno, as Cmaras Reunidas, as Cmaras Isoladas, o Conselho da Magistratura, a Presidncia, a Vice-Presidncia e a Corregedoria Geral da Justia. Art. 4.o - O Tribunal Pleno se compe de todos os Desembargadores, sob a presidncia do Chefe do Poder Judicirio.
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1 . - Funciona junto ao Tribunal Pleno o Procurador Geral da Justia. 2 . - O tribunal Pleno ser secretariado pelo Secretrio Geral do Tribunal de Justia. 3 . - As reunies do Tribunal Pleno sero semanais, em dia e hora fixados neste Regimento. As deliberaes sero tomadas pelo voto da maioria de seus membros presentes. O quorum de funcionamento o da metade mais um de seus componentes. 4 . - As sesses extraordinrias do Tribunal Pleno sero convocadas pelo Presidente. Art. 5.o - As cmaras Reunidas compem-se dos Desembargadores das Cmaras Isoladas, Cveis e Criminais,
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sob a presidncia do Vice-Presidente de Tribunal de Justia. 1o. - As Cmaras Reunidas sero secretariadas por um secretrio do Tribunal de Justia, designado pelo Presidente do Tribunal de Justia. 2o. - Funcionar junto s Cmaras Reunidas um Procurador de Justia.
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3 . - As sesses ordinrias das Cmaras Reunidas sero semanais, em dia e hora fixados neste Regimento, e as extraordinrias, quando convocadas pelo Presidente. 4 . - O quorum de funcionamento das cmaras Reunidas o da Metade mais um de seus componentes e o de deliberao, o da maioria dos seus membros presentes. Art. 6. - Cada Cmara Isolada se compe de trs Desembargadores, sob dois anos, vedada a reeleio. 1o. - Funcionar junto a cada Cmara Isolada um procurador da Justia.
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2 . - Cada Cmara Isolada ter como Secretrio um dos Secretrios do Tribunal de Justia, designado pelo Presidente do Poder Judicirio.
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3 . - Cada Cmara funcionar com a presena de todos os seus membros, semanalmente, em dia e hora fixados neste Regimento, sendo obrigatria a convocao extraordinria, por seu Presidente, quando deixar de se reunir, e, facultativa, sempre que necessrio. Art. 7.o - O Conselho da Magistratura, com jurisdio em todo o Estado, se compe do Presidente e do VicePresidente do Tribunal de Justia, do Corregedor Geral da Justia e de um Desembargador eleito para um perodo de dois anos. 1 . - O Conselho da Magistratura reunir-se-, pelo menos, com o nmero de trs dos seus membros, uma vez por semana, em dia e hora fixados neste Regimento. Suas reunies extraordinrias sero convocadas pelo presidente.
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2 . - Funcionar junto ao Conselho da Magistratura o Procurador Geral da Justia. 3 . - O Conselho da Magistratura ser secretariado por um secretrio do Tribunal de Justia, designado pelo Presidente do Poder Judicirio. Art. 8. - O Presidente e o Vice-Presidente, eleitos pelo Tribunal Pleno, tero mandatos de dois anos.
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1 . - O Presidente do Tribunal, ao deixar o cargo, passa a integrar a Cmara de que saiu o novo Presidente. 2 . - O Vice-Presidente do Tribunal permanece na Cmara da qual membro. Art. 9.o - A Corregedoria Geral da Justia tem jurisdio em todo o Estado, como rgo de orientao, fiscalizao
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e disciplina, e ser exercida por um Desembargador, com o ttulo do Corregedor Geral da Justia e eleito para um perodo de dois anos. Pargrafo nico - O corregedor Geral ser auxiliado por dois (2) Juzes de Direito, com o Ttulo de CorregedorAuxiliar, na forma prevista na Lei 1.503, de 30/12/81. Art. 10. - O Tribunal de Justia eleger, de dois em dois anos, duas Comisses permanentes com a seguinte denominao: a) Comisso de Regimento;
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b) Comisso de Jurisprudncia. 1 . - As comisses permanentes possuem trs membros, podendo funcionar com a presena de dois. 2o. - O presidente das Comisses permanentes ser o Desembargador eleito por seus membros.
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CAPTULO II Da Competncia dos rgos do Tribunal SEO I Do Tribunal Pleno Art. 11. - Ao Tribunal Pleno competem as atribuies previstas no art. 12, seus itens e alneas, da Lei 1.503/81, alm de julgar os recursos em processos administrativos e as aposentadorias. SEO II Das Cmaras Reunidas Art. 12. - As Cmaras Reunidas possuem competncia estabelecida no Livro I, Ttulo III, Captulo V e VI da Lei 1.503/81. SEO III Das Cmaras Cveis Art. 13. - A competncia das Cmaras Cveis a prevista no Livro I, Ttulo III, Captulo V,VII e IX, da Lei 1.503/81.
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Art. 14. - A competncia das Cmaras Criminais a constante do Livro I, Ttulo III, Captulos V, VIII e IX, da Lei. 1.503/81.
Art. 15. - O Conselho da Magistratura possui a competncia estabelecida no Livro I, Ttulo II, Captulo IV e V, da Lei 1.503/81.
Art. 16. - A competncia do Presidente do Tribunal de Justia a atribuda no Livro I, Ttulo III, Captulo I, da Lei 1.503/81, bem como decidir os processos administrativos, com exceo dos de aposentadoria. SEO VII Do Vice-Presidente do Tribunal Art. 17. - A competncia do Vice-Presidente do Tribunal de Justia a constante no Livro I, Ttulo III, Captulo II, da Lei 1.503/81. SEO VIII Do Corregedor Geral da Justia Art. 18. - A competncia do Corregedor Geral da Justia a estabelecida no Livro I, Ttulo III, Captulo VI, do Cdigo Judicirio do Estado. SEO IX Das Comisses Permanentes Art. 19. - Compete Comisso de Regimento: I - Velar pela atualizao do Regimento, propondo emendas ao texto em vigor e emitindo parecer sobre as emendas de iniciativa de Desembargadores; II - Opinar em processo que envolva matria regimental, quando consultada pelo Presidente do Tribunal de Justia.
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Art. 20. - So atribuies da Comisso de Jurisprudncia: I - Velar pela expanso, atualizao e publicao da jurisprudncia do Tribunal de Justia. II - Superintender os servios de sistematizao e divulgao da jurisprudncia do Tribunal de justia , bem como de ndices que facilitem a pesquisa de julgados e processos; III - Sugerir ao Presidente do Tribunal de Justia e aos Presidentes de Cmaras, medidas destinadas a prevenir decises discrepantes, como tambm abreviar a publicao dos acrdos. CAPTULO III
Das Eleies no Tribunal de Justia e da Indicao de Desembargadores e Juzes SEO I Da Eleio para Presidente, Vice-Presidente, Corregedor Geral e do Desembargador Membro do Conselho da Magistratura Art. 20.o - O Presidente, o Vice-Presidente, o Corregedor Geral da Justia e um dos Membros do Conselho da Magistratura sero eleitos, em escrutnio secreto, por dois anos, na forma prevista no art. 8 . 1 . e 2 . da Lei 1.503/81. 1. - Proceder-se- em primeiro lugar eleio do Presidente, a seguir do Vice-Presidente, imediatamente do Corregedor Geral da Justia e, finalmente, do Desembargador que dever compor o Conselho da Magistratura. 2. - Ocorrendo vaga antes da segunda metade do perodo do mandato, proceder-se-, na sesso ordinria seguinte, eleio do sucessor, cuja posse ter lugar imediatamente. 3.o - Considerar-se eleito o Desembargador que obtiver a maioria dos votos presentes.
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4. - No caso de empate, considerar-se- eleito o mais antigo no cargo. 5. - Toda e qualquer eleio ser realizada de forma secreta e em votao nica, salvo nos casos de empate. SEO II Da Eleio dos Presidentes das Cmaras Isoladas Art. 22 - O Presidente da Cmara Isolada ser eleito na forma do art. 36 e seu pargrafo nico, da Lei 1.503/81.
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Art.23 - Os Membros das Comisses Permanentes sero eleitos na mesma data em que for eleito o Presidente do Tribunal de Justia e aps a eleio do Corregedor Geral.
SEO IV Da Indicao dos Desembargadores, Juzes e Juristas que devero servir na Justia Eleitoral Art. 24 - Quando solicitado, o Tribunal de Justia eleger, pelo voto secreto, os Desembargadores, Juzes e Juristas que devero servir Justia Eleitoral. Pargrafo nico - Somente devero ser votados na classe de Juristas, cidados de notvel saber jurdico e idoneidade moral. SEO V Da Indicao, por promoo, aos Cargos de Desembargador e Juiz de Direito Art. 25 - Tratando-se de promoo aos cargos de Desembargador ou de Juiz de Direito, o Tribunal de Justia, em
sesso e por escrutnio secretos, indicar o que dever ser promovido, observando o disposto nos arts. 101 a 104 da Lei 1.503/81. 1. - Para a aferio do merecimento o Tribunal estabelecer, em Regulamento prprio, as normas pertinentes, com base no disposto no art. 80, 1. , item II, da Lei Orgnica da Magistratura Nacional. 2.O - Regulamento de que trata o pargrafo anterior ser elaborado pelo Tribunal dentro de 120 dias aps a publicao deste Regimento.
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Art. 26 - O Tribunal de Justia, ao apreciar o pedido de remoo, deliberar em sesso e escrutnio secretos, sobre o Juiz que dever ser removido.
Art. 27 - Quando a remoo for compulsria, na forma prevista no art. 98 da Lei 1.503/81, o Juiz removido, em caso de inexistncia de vaga, ser posto em disponibilidade remunerada, at seu aproveitamento em outra Comarca. Art. 28 - No caso de permuta, o Tribunal, depois de ouvir o Corregedor Geral da Justia, deliberar pelo deferimento ou no do pedido, em sesso e escrutnio secretos. TTULO II Do Desembargador CAPTULO I Do Compromisso, Posse e Matrcula
Art. 29 - O Desembargador tomar posse perante o Tribunal Pleno, em sesso solene. 1. - O Desembargador a ser empossado ingressar no recinto acompanhado de dois Desembargadores previamente designado pelo Presidente e prestar, em voz alta, o seguinte compromisso: Prometo desempenhar bem fielmente os deveres de meu cargo, cumprindo e fazendo cumprir a Constituio Federal e as Leis, distribuindo Justia e zelando sempre pelo seu prestgio e autoridade.
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2. - Do compromisso prestado, lavrar-se-, em livro prprio, em termo que ser assinado pelo Presidente e pelo empossado, depois de lido pelo Secretrio.
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3. - Aps o compromisso e ao tomar assento o novo Desembargador, este ser saudade por outro membro do Tribunal, designado pelo Presidente, que, aps, facultar a palavra a quem dela quiser fazer uso.
Art. 30 - O prezo para a posse de trinta dias, contados da publicao do decreto no Dirio Oficial, prorrogveis na forma de Lei 1.503/81.
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1. - Se o nomeado estiver de frias ou de licena, poder tomar posse sem interromper o gozo das frias ou da licena.
2. - No se verificando a posse no prazo previsto neste artigo, o Tribunal far nova indicao ao Governador do Estado, ficando sem efeito a nomeao.
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3. - O Desembargador nomeado dever apresentar ao Presidente do Tribunal de Justia, antes da posse, a sua declarao de bens, que ser transcrita em livro prprio, como tambm, depois de empossado, os elementos necessrios abertura de sua matrcula.
Art. 31 - A matrcula ser feita em livro prprio e vista do que dispuser a Secretaria e dos elementos fornecidos pelo interessado.
Pargrafo nico - Mencionar a matrcula: I - o nome, a naturalidade, a data do nascimento, a filiao e o estado civil do Magistrado; II - a data da nomeao, posse, exerccio e quaisquer interrupes deste e sua causas, transferncia, permutas e promoes; III - o tempo de exerccio em outras funes pblicas antes do ingresso na Magistratura, computvel nos termos da Lei para os efeitos de aposentadoria, disponibilidade e outros. IV - o desempenho de quaisquer outras funes no vedadas na Constituio e nas Leis, como a participao na Justia Eleitoral , o exerccio do Magistrio Superior, a participao em congresso, conferncias, comisses permanentes e cursos de aperfeioamento de Magistrado, Doutorado ou Mestrado e outros a nvel de ps graduao;
V - as distines cientficas e honorficas; VI - as penalidades e faltas funcionais. CAPTULO II Do Exerccio na Cmara, Permuta ou Remoo
Art. 32 - O Desembargador nomeado ter exerccio na Cmara em que funcionava o Desembargador por ele substitudo.
Art. 33 - Os Desembargador podero, mediante autorizao do Tribunal Pleno, permutar de Cmara ou ser removidos, a pedido, para outra em que ocorrer vaga.
Pargrafo nico - Solicitada, simultaneamente, por mais de um Desembargador, remoo para a mesma vaga, caber ao mais antigo a remoo.
Art. 34 - Havendo permuta ou remoo, o Desembargador ficar com a obrigao de julgar os feitos a que esteja vinculado, como relator ou revisor.
Art. 35 - O Desembargador deve dar-se por suspeito ou impedido e, se no o fizer, poder como tal ser recusado por qualquer das partes, nos casos dos arts. 134 e 135 do Cdigo de Processo Civil e 252 e seguintes do Cdigo de Processo Penal.
Art. 36 - O Desembargador tambm impedido de funcionar: I - se ele, ou parente seu, em grau proibido, tiver intervindo na causa como representante do Ministrio Pblico, advogado, escrivo, rbitro ou perito; II - Se, funcionando na causa como Juiz de outra instncia, nela tiver preferido algum ato decisrio, salvo nos embargos infringentes, nas aes rescisrias e revises criminais. Art. .37 - Poder o Desembargador dar-se por suspeito em qualquer processo civil ou criminal, se afirmar a existncia de motivo de ordem ntima. Art. 38 - No podero ter assento no Tribunal, cnjuges e parentes consangneos ou afins em linha reta, bem como em linha colateral at o terceiro grau. Art. 39 - A incompatibilidade se resolve: I - antes da posse, contra a ltimo nomeado ou, sendo a nomeao da mesma data, o mais novo na funo;
II - Depois da posse, contra o que deu causa incompatibilidade; III - Se a incompatibilidade for imputada a ambos, contra o mais novo na funo. Pargrafo nico - So nulos os atos publicados pelo Desembargador depois de verificada a incompatibilidade.
Art. 40 - No pode funcionar o Desembargador que for cnjuge, parente consangneo ou afim em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, do advogado. CAPTULO IV Da Antiguidade Art. 41 - Por antiguidade de classe entende-se o tempo de efetivo exerccio em cargo da mesma categoria, feitas as dedues previstas em lei. Art. 42 - A antiguidade conta-se na forma dos itens I a IV do Art. 109 da Lei 1.503/81. 1 .o - No caso de permuta ou remoo de uma para outra cmara, o Desembargador ocupar o lugar determinado
pela antiguidade no Tribunal. 2.o O Desembargador ou Juiz convocado dever ocupar o ltimo lugar na Cmara em que for servir.
Art. 43 - Qualquer questo sobre antiguidade ser resolvida pelo Tribunal Pleno, depois de minuciosamente informada pela Secretaria do Tribunal de Justia, atravs do Presidente, ficando a deliberao consignada em ata.
CAPTULO V Da Interrupo do Exerccio Art. 44 - A ausncia do exerccio deixar de ser considerada falta quando por motivo de licena ou concesses, previstas nos Arts. 125 a 135 do Cdigo Judicirio do Estado. Art. 45 - A data do incio da licena dever ser sempre indicada em Portaria do Presidente do Tribunal de Justia. Art. 46 - O tempo de licena, com ou sem prorrogao, no dever exceder de dois anos.
Art. 47 - facultativo ao Desembargador gozar frias onde lhe convier, cumprindo-lhe, porm, comunicar seu endereo ao Presidente do Tribunal de Justia.
CAPTULO VI Da Substituio
Art. 48 - A substituio do Presidente do Tribunal dar-se- nos casos e na forma prevista no art. 29 e seu item I da Lei 1.503/81, e a dos Presidente de Cmaras pelo Desembargador mais antigo na Cmara.
Art. 49 - O Vice-Presidente, nas suas faltas, afastamento ou impedimentos, ser substitudo pelo Corregedor Geral da Justia.
Art. 50 - O Corregedor Geral da Justia ser substitudo, nas suas faltas, impedimentos, ou afastamento temporrio, pelo Desembargador que o seguir na ordem decrescente de antiguidade.
Pargrafo nico - O substituto do Corregedor no deixar as suas funes ordinrias na Cmara a que pertencer, quando a substituio no for superior a trinta dias. Art. 51 - Nos casos de impedimento ou suspeio, os Desembargadores sero substitudo por outro Desembargadores sero substitudos por outro Desembargador pertencente Cmara da mesma categoria. 1. - A convocao ser feita pelo Presidente da Cmara onde ocorreu o impedimento ou a suspeio, diretamente ao Desembargador da outra Cmara, observando o rodzio. 2. - Quando for impossvel a substituio, por motivo de impedimento ou suspeio, pelos Desembargadores da outra Cmara, ser convocado, atravs do Presidente do Tribunal de Justia, Juiz de Direito da 2 Entrncia.
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3. - Na hiptese de se encontrarem impedidos ou suspeitos todos os Desembargadores de uma Cmara Isolada, o processo ser enviado a outra Cmara da mesma categoria, fazendo-se a compensao, na fatura distribuio, Cmara onde ele se encontrava.
Art.52 - Os Desembargadores afastados do exerccio, em gozo de licena ou frias, sero substitudos mediante convocao do Presidente do Tribunal, por Juiz de Direito da 2a Entrncia, com jurisdio plena, no podendo, todavia, tomar parte nas sesses do Tribunal Pleno em que se realizarem eleies ou indicaes para Desembargadores e Juzes.
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novo, observando-se a ordem de antiguidade entre eles. Art.54 - Ao reassumir, o Desembargador somente receber os processos por distribuio.
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1. - O Juiz convocado aps o substitudo reassumir, ficar com a competncia preventa nos feitos em que seja relator ou revisor, no perodo da substituio.
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2. - Sempre que o Desembargador de outra Cmara participe de julgamento de processo em pauta, como tambm o Juiz de Direito convocado com jurisdio restrita, tero preferncia na pauta, na medida em que o permitam as disposies legais sobre a matria. CAPTULO VII Dos Juzes dos Feitos Art. 55 - Os feitos processados no Tribunal sero julgados da seguinte forma:
a) no Tribunal Pleno e nas Cmaras Reunidas, por maioria, cabendo ao Presidente o voto de quantidade e de qualidade, salvo nos casos previstos em lei;
b) nas Cmaras Isoladas, por todos os seus membros; c) no Conselho da Magistratura, por trs de seus membros.
Art.56 - Cada feito processado em qualquer dos rgo do Tribunal ter um relator designado mediante distribuio. Pargrafo nico - Excetuam-se os processos administrativos e os previstos na segunda parte do item IX, do art. 28 da Lei 1.503/81, dos quais ser relator o Presidente do Tribunal. CAPTULO VIII Da Relator e suas Atribuies Art.57 - O relator ser o instrutor do feito. Art. 58 - O relator funcionar, independentemente de nova distribuio, nos Embargos de Declarao.
1. - Sendo vencido o relator do acrdo embargado, funcionar o Desembargador que tiver lavrado o acrdo. 2. - Quando estiver afastado do exerccio o relator, funcionar o Desembargador que houver subscrito o acrdo, com voto vencedor, na ordem de antiguidade. Art. 59 - O recurso contra o despacho do Relator que indeferir liminarmente os Embargos ou o pedido de Reviso Criminal, ser por ele relatado, na sesso que se seguir. Art..60 - O Desembargador que for transferido para outra Cmara, ou ocupe a Presidncia do Tribunal, ou o cargo de Corregedor Geral da Justia, desde que tenha lanado o relatrio ou aposto o seu visto com pedido de dia para julgamento, continuar como relator do feito. Art. 61 - So atribuies do relator: I - ordenar e dirigir o processo;
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II - determinar s autoridades judicirias e administrativas providncias relativas ao andamento e instruo do processo, bem como execuo de seus despachos, exceto se o ato for da competncia do Tribunal Pleno, Cmaras ou de seus Presidentes; III - submeter ao Plenrio, s Cmaras e aos seus Presidentes, conforme a competncia, questes de ordem para o bom andamento dos processo; IV - requisitar os autos originais, quando necessrio;
V - homologar as desistncias, ainda que o feito se encontre em pauta ou em mesa para julgamento; VI - julgar prejudicado o pedido ou recurso que haja perdido o objeto; VII - pedir dia para julgamento dos feitos que lhe couberem por distribuio, ou pass-los ao revisor, com o relatrio, se for o caso.
VIII - remeter habeas-corpus ou recursos de habeas-corpus ou julgamento do Plenrio ou Cmaras; IX - delegar atribuies a outras autoridades judicirias, nos casos previstos em lei; X - negar seguimento ou mandar arquivar pedido ou recurso manifestamente intempestivo ou incabvel;
XI - sobrestar, no processo do mandado de segurana, de competncia originria do Tribunal, o ato impugnado; XII - sobrestar o andamento do processo cvel, que depender do julgamento de ao penal, e, reciprocamente, para a interrupo do processo crime que depender do julgamento da ao cvel;
XIII - sobrestar o andamento do processo cvel, desde que haja sus suspenso. CAPTULO IX Do Revisor e sus Atribuies Art. 62 - O Revisor ser o Juiz imediato ao relator na ordem decrescente de antiguidade.
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1. Em caso de substituio, o relator ser substitudo pelo revisor. 2. O Desembargador que ocupar eventualmente a Presidncia do Tribunal ou a Corregedoria Geral da Justia, continuar como revisor nos processos em que tiver aposto visto, se o afastamento no ultrapassar trinta dias. Art.63 - Compete ao revisor:
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I - sugerir ao relator medidas ordinatrias do processo, que tenham sido omitidas; II - Confirmar, completar ou retificar o relatrio; III - pedir dia para o julgamento.
Art.64 - Salvo motivo de fora maior , participar sempre do julgamento o Juiz que houver lanado visto no processo.
Pargrafo nico - Se no mesmo processo houver mais de um visto de relatores e de revisores, simultaneamente em exerccio, prevalecer o ltimo visto lanado.
TTULO III Do Processamento dos Feitos CAPTULO I Da Apresentao Art. 65 - Os processos remetidos ao Tribunal sero registrados no Protocolo, no mesmo dia do recebimento ou no dia til imediato, correndo da data da publicao do registro no rgo oficial o prazo para o respectivo preparo. Pargrafo nico - No mesmo dia do recebimento dos autos, o Secretrio far lavrar termo de apresentao e proceder numerao de suas folhas. Art. 66 - No sero prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omisso dos funcionrios, no tiverem seguimento ou no forem apresentados dentro do prazo legal. Pargrafo nico - Ocorrendo a hiptese prevista no caput deste artigo, a deciso que conhecer deste recurso
ordenar a instaurao de processo criminal ou procedimento administrativo, para imposio das penas disciplinares que couber. CAPTULO II Do Preparo Art. 67 - Todos os processos esto sujeitos a preparo prvio, para julgamento.
Pargrafo nico - Excetuam-se: I - os processos criminais, salvo os iniciados mediante queixa, no qual ser devido o preparo se no ocorrer a hiptese de pobreza prevista no Cdigo de Processo Penal; II - os processos em que os recorrentes gozarem de benefcios da Justia gratuita; III - os processos em que for recorrente a Fazenda Pblica, Estadual ou Municipal, os quais sero preparados a final; IV - os processos em que for recorrente o Ministrio Pblico;
V - os processos em que forem recorrentes rfos, interditos ou ausentes; VI - os processos de acidente de trabalho; VII - os processos de conflito de jurisdio, ainda que suscitados pela parte;
VIII - os processos de suspeio; IX - as remessas de ofcio. Art. 68 - Os prazos para preparo dos feitos sero os prescritos na lei processual.
Art. 69 - Contar-se-o os prazos referidos no artigo anterior: I - da data em que for publicado no rgo oficial o registro no protocolo da Secretaria, quando se tratar de recurso recebido da Primeira Instncia; II - da data da publicao no rgo oficial do despacho recebendo o recurso ou da emenda do acrdo que reformar o despacho do relator nos embargos infringentes; III - da data em que terminar o prazo para apresentao das razes do recorrido.
Art. 70 - Quando houver mais de um recurso da mesma natureza, nos mesmos autos, cada recorrente pagar a cota que lhe couber no preparo, sob pena de desero.
Art. 71 - Do pagamento efetuado ser fornecido o recibo respectivo. CAPTULO III Da Renncia e Desero Art. 72 - O recorrente poder, sem anuncia do recorrido, ou do litisconsorte, desistir do recurso interposto, que depende de termo, mas ser homologada pela forma prevista neste Regimento. Art. 73 - Os recursos apresentados ao Tribunal sero considerados renunciados ou desertos:
I - quando apresentados em segunda Instncia fora do prazo legal; II - quando, voluntrios e sujeitos a preparo, no foram preparados dentro do prazo legal; III - quando, em matria criminal, o ru fugir, depois de haver apelado.
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Pargrafo nico - Nos casos dos n s I e II, competir ao Relator a que for distribudo o recurso, declar-lo renunciado ou deserto; e, nos casos do no III, competir ao Presidente do Tribunal ou das Cmaras, conforme o caso. Art. 74 - Poder o Tribunal ou o relator, no julgamento das causas, pronunciar a renncia ou a desero que no forem declaradas pelo respectivo Presidente. CAPTULO IV Da Distribuio Art. 75 - Preparados os autos ou verificada a dispensa do preparo, sero eles conclusos ao Presidente para distribuio a um relator, na primeira sesso do Tribunal ou das Cmaras. Pargrafo nico - A distribuio ser feita pelo Presidente do Tribunal ou das Cmaras em sesso e no incio desta, na forma prevista na lei processual.
Art. 76 - Os feitos sero distribudos por classe, tendo cada uma designao distinta e numerao segundo a ordem em que houverem sido apresentados, a saber:
c) agravo de instrumento;
g) apelao em processos por crimes a que a lei cominar pena de recluso; h) embargos infringentes ou de nulidade; i) reviso criminal.
I - de modo alternado, em cada classe de processo; II - quando forem dois (2) ou mais feitos, em pblico e antes do incio da sesso: a) Verificados os nmeros de ordem dos processos, o Presidente escrev-los- em papis destacados, colocandoos na urna, em seguida ir por sorteio, distribuindo os que for retirando da urna, na ordem de antiguidade dos Desembargadores que compuserem o Tribunal Pleno, as Cmaras Reunidas ou as Cmaras Isoladas, conforme o caso;
b) para esse efeito haver uma escala, correspondendo a cada Classe de processos, com os nomes dos respectivos Desembargadores, na ordem decrescente de antiguidade;
c) para os efeitos de competncia das Cmaras Isoladas, a distribuio far-se- de modo que os processos venham a caber, sucessivamente, um a cada Cmara;
d) a distribuio dos feitos sorteados comear pelo Desembargador que figurar, na escala, em seguida ao ltimo contemplado na distribuio anterior, da mesma classe. 1 - A Cmara Cvel que conhecer da causa ou decidir algum dos seus incidentes ter jurisdio preventa na ao e na execuo, para todos os recursos posteriores, cabendo a distribuio ao mesmo relator, na sua falta ao revisor e na falta deste ao Desembargador que tiver tomado parte no julgamento anterior.
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2 - No caso de impedimento do Desembargador sorteado, o Presidente, de novo distribuir o feito, mediante compensao.
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3 - No se far, sempre que possvel, distribuio de embargos infringentes, ao rescisria e reviso criminal a Desembargador que tiver participado do julgamento anterior.
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4 - Iniciado o sorteio, nenhum feito poder mais ser includo na distribuio. Art. 78 - Em caso de restaurao de autos, a distribuio, sempre que possvel, ser feita ao relator que houver funcionado no feito perdido e, em caso de execuo, ao relator do acrdo exeqendo. Art. 79 - O Presidente decidir as reclamaes formuladas contra qualquer irregularidade da distribuio. Art. 80 - A nova distribuio de qualquer processo, ainda que determinada por acrdo, acarretar sempre o cancelamento da anterior. Art. 81 - O feito, uma vez distribudo, pertencer Cmara de que faa parte o relator, exceto se este se declarar impedido antes do relatrio.
Pargrafo nico - Em caso de converso de um recurso em outro, servir o mesmo relator, fazendo-se compensao.
Art. 82 - Quando o Desembargador que se afastar temporariamente, devolver processos em que deixou de praticar atos de sua competncia dentro dos prazos legais, ser-lhe-o distribudos, por compensao e por ocasio de sua volta, tantos processos quantos tiver devolvido. Art. 83 - Quando constar oficialmente a data em que o Desembargador deva interromper o exerccio, ou deixar o cargo, no lhe sero distribudos os feitos, que passaro ao seu substituto legal. CAPTULO V
Da Instruo Art. 84 - Logo que o funcionrio competente receber os autos, depois de abrir o respectivo registro e colocar a necessria capa com a especificao da natureza do recurso, nmero, comarca, relator, nomes dos recorrentes e recorrido, e nomes dos advogados, os far conclusos ao relator para as providncias da lei processual. Art. 85 - Abrir-se-, depois, independentemente do despacho, vista s partes, aos curadores nomeados e ao Procurador Geral da Justia, segundo a natureza do processo. Art. 86 - Sendo as partes ao mesmo tempo recorrentes e recorridos, arrazoaro na ordem da interposio dos recursos. CAPTULO VI Do Exame e da Reviso Art. 87 - Terminada a instruo do feito, sero conclusos os autos ao Relator, que mandar preencher as lacunas existentes ou lanar logo o seu visto. I - Se se tratar de agravo de instrumento, conflito de competncia, mandado de segurana, recurso interposto em processo de contraveno ou crime a que a lei cominar pena de deteno, habeas-corpus, recurso de habeascorpus, agravo regimental, embargos de declarao e outros processos que no dependem de reviso, o relator pedir dia para julgamento ou mandar o processo mesa.
II - Se se tratar de apelao criminal interposta em processo por crime a que a lei cominar pena de recluso, apelao cvel, embargos infringentes, ao rescisria ou embargos execuo, aps o relatrio, os autos sero conclusos ao revisor. III - Se se tratar de reviso criminal, e se esta no for indeferida in limine, ser observado o disposto no 5o do art. 625 do Cdigo de Processo Penal. Pargrafo nico - O revisor, depois de lanado o seu visto, pedir dia para julgamento dos feitos nos quais estiver habilitado a proferir voto.
Art. 88 - Devolvidos os autos pelo relator ou revisor quando houver, a Secretria far extrair cpias autnticas do relatrio e das peas a seguir mencionadas, para distribuio aos demais julgadores:
a) nos embargos infringentes, no cvel e no crime, o acrdo embargado; b) nos incidentes de uniformizao da jurisprudncia e de declarao de inconstitucionalidade, o acrdo do rgo argente; c) nos mandados de segurana e nas aes rescisrias, o parecer do Ministrio Pblico. As partes que pretendam dar conhecimento de suas razes aos julgadores, devem fornecer cpias Secretria, previamente para distribuio.
Art. 89 - Em seguida, sero apresentados os autos ao Presidente, que designar dia para julgamento, mandando publicar anncio no rgo oficial.
Pargrafo nico - Entre a data da publicao do edital no rgo oficial e a sesso de julgamento, mediar pelo menos, o espao de quarenta e oito (48) horas.
Art. 90 - No cvel, o prazo de exame dos autos, para o relator, ser de uma sesso, quando se tratar de desistncia, desero, suspeio, habilitao e incidente em geral, sendo de trinta (30) dias nos demais casos. Para o revisor, ser de vinte (20) dias.
Art. 91 - No crime, o prazo para exame dos autos ser de quinze (15) dias para o relator e o revisor, em apelao referente a crime punido com pena de recluso.
Pargrafo nico - Em outro qualquer recurso, o prazo para o relator ser de oito (8) dias. Art. 92 - Se o relator, nos termos do inciso X, do art. 61, indeferir o pedido ou recurso, por incabvel ou intempestivo, desde que haja agravo regimental, apresentar os autos em mesa, para julgamento, na primeira sesso que se seguir.
Art. 93 - As passagens e a reviso de autos far-se-o por intermdio da Secretaria, sendo registrados e publicados.
Art. 94 - As remessas de autos aos Desembargadores sero acompanhadas de sua relao, ou protocolo, com a especificao de nmero de volumes de cada processo, comarca, nmero de feito e o motivo da remessa.
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1 - Dessa remessa ficar cpia na Secretaria e valer como recibo, desde que no reclamada a sua retificao pelo Desembargador at a passagem seguinte.
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2 - Igual recibo ser dado ao Desembargador, referente aos autos por ele devolvidos e ser assinado pelo condutor.
Art. 95 - Alm da publicao, ser afixada no Tribunal, em lugar acessvel ao pblico, a lista das causas com dia designado para julgamento, com as especificaes devidas. TTULO IV Das Sesses CAPTULO I Do Funcionamento do Tribunal Pleno e das Cmaras Art. 96 - O Tribunal, exceto em sesso especial, funcionar na forma estabelecida neste Regimento.
Art. 97 - O Presidente ter assento especial. Os Desembargadores tomaro assento pela ordem decrescente de antiguidade, da primeira cadeira direita do Presidente, devendo a primeira cadeira de sua esquerda ser ocupada
pelo Desembargador de investidura mais recente. Pargrafo nico - O Procurador Geral da Justia ter assento direita e o Secretrio esquerda do Presidente.
Art. 98 - Antes de aberta a sesso, os Desembargadores devem estar vestidos de beca ou de capa e, durante a sesso conservar-se-o sentados na ordem acima estabelecida, que no poder ser alterada.
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1 - O julgador nunca poder discutir ou votar em p ou fora de seu respectivo lugar, nem interromper o que a parte estiver falando. 2 - Por ocasio da discusso o Presidente dever intervir, para evitar alterao da ordem, podendo, a fim de a estabelecer, suspender a sesso. Art. 99 - A sesso comear s nove (9) horas e ter a durao necessria para o julgamento da pauta. 1o - Se o julgamento de um ou mais feitos prolongar-se por mais de trs e meia (3,5) horas, a sesso ser suspensa por trs (3) horas, para refeio e descanso. 2o - S motivo de fora maior provocar o encerramento da sesso, antes de finda a pauta, ficando assim vedado o encerramento por adiantado da hora. Art. 100 - A sesso e votao ordinariamente pblicas, podero ser secretas, quando a lei o ordenar ou quando, por motivo de decoro pblico, assim o entender a maioria dos Juzes. 1o - Na sesso secreta somente permanecero no recinto, os Desembargadores e os funcionrios imprescindveis ao servio. 2o - Na sesso pblica poder o Presidente mandar retirar do recinto os menores.
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Art. 101 - O prazo mximo de tolerncia para o incio da sesso ser de quinze (15) minutos, findo o qual, no haver quorum, o Presidente declarar a impossibilidade de abrir sesso por falta de nmero. Ser lavrado termo de que constem os nomes dos quais compareceram, as justificaes de ausncias e as ausncias no justificadas. 1 - Declarada aberta a sesso, todas as pessoas estranhas ao julgamento devem retirar-se do recinto fechado pelo cancelo. Ningum, nem mesmo os advogados das partes ou qualquer dos auxiliares de administrao da Justia, exceto os contnuos-serventes, pode aproximar-se do Presidente, dos Desembargadores, dos Secretrio ou do Procurador Geral, assentados em seus lugares, salvo quando chamados.
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2 - O Secretrio e os contnuos, antes de entrar o Presidente no recinto, e durante a sesso, devem estar em seus lugares e no podem, sob pretexto algum, ausentar-se sem autorizao.
Art. 102 - Iniciada a sesso, nenhum julgador poder retirar-se do recinto sem permisso do Presidente.
Art. 103 - Do que ocorrer, ser lavrada em livro prprio, ata circunstanciada, lida, discutida, emendada e aprovada na sesso imediata. Art. 104 - A ata, que ser subscrita pelo Secretrio e assinada pelo Presidente e mencionar: I - o nome, ms, dia e hora da sesso;
II - o nome de quem ocupar a Presidncia; III - os nomes pela ordem de antiguidade, dos Desembargadores presentes, bem como do Representante do Ministrio Pblico e dos Desembargadores que no compareceram por motivo justificado ou no. IV - os processos julgados, a natureza de cada um, nmero de ordem, nome do relator, do revisor e dos vogais, os nomes das partes e a qualidade em que tiverem figurado, nome dos advogados, a defesa oral, se houver, e o resultado da votao, mencionando tambm nomes dos Desembargadores vencidos e designao do relator do acrdo.
Art. 105 - Lida e aprovada a ata da sesso anterior, os trabalhos continuaro na forma do art. 112 deste Regimento.
Art. 106 - Durante a sesso os advogados sentar-se-o em lugar reservado e falaro de tribuna especial. Pargrafo nico - Atrs do lugar destinado aos advogados ter acesso o pblico. Art. 107 - O Tribunal reunir-se- ordinariamente, em sesso plena, s nove (9) horas das quintas-feiras de cada ms e, extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente. Art. 108 - As Cmaras Isoladas reunir-se-o, semanalmente, s nove (9) horas, sendo que a Primeira Cvel e a Quarta Criminal s segundas-feiras, e a Segunda Cvel e a Terceira Criminal s teras-feiras. Pargrafo nico - A Cmara que deixar de se reunir por motivo de feriado, ponto facultativo, dia de festa religiosa ou por falta de nmero de seus membros, dever reunir-se no primeiro dia til que se seguir.
Art. 109 - As Cmaras Reunidas, sob a presidncia do Vice-Presidente do Tribunal, reunir-se-o s nove (9) horas, s quartas-feiras, a elas aplicando-se o disposto no art. 99 e seus pargrafos, e artigo 108 e seu pargrafo nico.
Art. 110 - Em sesso observar-se- esta ordem: a) verificao do nmero de Desembargadores presentes; b) leitura, discusso e votao da ata da sesso anterior;
c) leitura e assinatura de acrdos e passagens; d) indicaes e propostas; e) relatrio, discusso e julgamento de processos includos na pauta.
Art. 111 - Cpias da pauta de julgamento sero distribudas aos julgadores e ao representante graduado do Ministrio Pblico, com antecedncia de pelo menos vinte e quatro (24) horas. Art. 112 - Os feitos sero julgados com observncia da seguinte ordem: I - Feitos Criminais:
b) recurso de mandado de segurana; c) Incidentes de uniformizao da jurisprudncia e de declarao de inconstitucionalidade; d) embargos de declarao;
e) suspeio;
1 - Dentro de cada classe observar-se- a ordem numrica dos feitos, a comear pelo nmero mais baixo. 2 - Ter preferncia o feito de cujo julgamento deva participar Juiz convocado; em seguida o julgamento adiado ou retirado da pauta, sem obedincia ordem por classe acima estabelecida. 3 A ordem do julgamento poder ser alterada mediante preferncia, concedida pelo Tribunal, fundada em motivo de interesse pblico expressamente declarado. CAPTULO III Do Julgamento Art. 113 - Anunciada pelo Presidente a causa que vai entrar em julgamento e dada a palavra ao relator, este far a exposio da espcie sem manifestar seu voto. Art. 114 - Feito o relatrio, o Presidente, sendo o caso, dar a palavra, sucessivamente, s partes, pelo prazo legal, que improrrogvel. Quando o prazo do debate oral no esteja fixado em lei ou neste Regimento, ser de quinze minutos.
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1 - Em causa criminal, o ru ou seu representante, embora seja o recorrente, falar aps o autor e o Procurador da Justia. 2 - O advogado que pretender falar, inscrever-se-, para esse fim, antes de iniciada a sesso. 3 - Se houver litisconsorte ou assistente, que estiver representado pelo mesmo procurador, o prazo ser contado em dobro e dividido por igual entre os do mesmo grupo se ao contrrio no convencionarem. 4o - Se houver oponente, a este conceder-se- o prazo improrrogvel de quinze (15) minutos, podendo o autor e o ru replicar no prazo de dez (10) minutos para cada um. 5o - Sendo a mesma parte representada por mais de um advogado, o tempo ser dividido igualmente entre eles,
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salvo se concordarem de outro modo. 6o - Havendo mais de um recorrente, falar cada qual na ordem de interposio do recurso.
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7 - Na defesa oral, que ser sustentada sem aparte, permitida ao advogado a consulta de notas e apontamentos, sendo-lhe assegurado juntar aos autos o esquema do resumo de sua defesa.
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8 - Em julgamento cvel, em que deve intervir o Ministrio Pblico, falar o Procurador de Justia, aps a defesa da parte ou feitura do relatrio. 9 - Encerrado o debate, o representante do Ministrio Pblico ainda poder intervir, para prestar ou pedir esclarecimentos, quando julgar necessrio. 10 - Cada Desembargador poder falar duas (2) vezes sobre o assunto em discusso e mais uma vez para explicar a modificao de voto j proferido; entretanto, nenhum falar sem que o Presidente lhe conceda a palavra, nem interromper o que estiver no uso dela.
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Art. 115 - O julgamento, uma vez iniciado, no ser interrompido. Art. 116 - O Tribunal poder converter o julgamento em diligncia, para cumprir formalidade necessria. Pargrafo nico - A diligncia ser processada pelo relator, que presidir instruo ou mandar que esta seja feita em Primeira Instncia. Art. 117 - Toda questo preliminar ou prejudicial ser de preferncia suscitada previamente, no se conhecendo do mrito, se incompatvel com a deciso. Pargrafo nico - Versando a preliminar sobre nulidade suprvel, o Tribunal converter o julgamento em diligncia, observando o disposto no artigo anterior; para esse efeito, o relator, quando necessrio, ordenar a remessa dos autos ao Juiz, para que faa suprir a nulidade. Art. 118 - Rejeitada a preliminar ou prejudicial, ou se no for incompatvel com a apreciao do mrito, entrar-se- na discusso e julgamento da matria principal, devendo pronunciar-se sobre esta os julgadores vencidos na preliminar. Art. 119 - Terminado o julgamento, o Presidente ditar ao Secretrio uma sntese da deciso para que fique anotada na contra-capa dos autos. Art. 120 - Proclamado o resultado da votao, no poder mais o julgador modificar seu voto, s se admitindo retificao de engano logo aps a proclamao. CAPTULO IV Da apurao do Voto
Art. 121 - Encerrada a discusso da causa, o Presidente tomar os votos dos julgadores, a comear sucessivamente pelo relator e revisor, observada, quanto aos demais juzes a ordem inversa da antiguidade. Pargrafo nico - Nos recursos criminais em sentido estrito e nas apelaes interpostas das sentenas em processo de contraveno ou de crime a que a lei cominar pena de deteno, votar em primeiro lugar, como vogal, o Desembargador imediato ao relator, na ordem decrescente da antiguidade.
Art. 122 - facultativo um pedido de vista, de uma sesso para outra, ao julgador que no estiver habilitado a proferir imediatamente o seu voto. Pargrafo nico - O pedido de vista no impede votem os juzes que se tenham por habilitados a faz-lo, e o juiz que o formular restituir os autos no prazo estabelecido no caput deste artigo, devendo prosseguir o julgamento do feito na primeira sesso subseqente.
Art. 123 - Havendo empate em julgamento de matria criminal, prevalecer a deciso mais favorvel ao ru. Pargrafo nico - No poder desempatar o Presidente que no tiver assistido ao incio do julgamento. Renovarse- o debate oral e concluir-se- o julgamento, prevalecendo os votos j proferidos, que no podero ser modificados.
Art. 124 - No havendo disposio em contrrio, as deliberaes sero tomadas por maioria de votos. Art. 125 - Em matria cvel, verificando-se empate no julgamento dos embargos, do recurso de deciso do relator ou dos Presidentes do Tribunal e das Cmaras, o Presidente do julgamento ter voto de desempate. Art. 126 - Sendo adiado o julgamento, o voto j proferido, que constar da ata, ser apurado, ainda que falte o Juiz no dia em que aquele for concludo. 1 - O julgador, antes de proclamado o resultado, poder modificar seu voto. 2o - O julgamento, sempre que possvel, deve ser concludo com os julgadores que ouvirem o relatrio, ficando os substitutos com a competncia preventa.
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Art. 127 - Sempre que o objeto da discusso puder ser decomposto em questes distintas, cada uma ser votada separadamente, para evitar-se disperso de votos ou somas de votos sobre teses diferentes.
Art. 128 - Quando no julgamento dos feitos cveis, pela diversidade das solues resultantes da votao, nenhuma reunir a maioria, sero postas a votos, em primeiro lugar, duas delas, sendo obrigados a participar da votao todos os Juzes que tomaram parte no julgamento; a que no lograr a maioria considerar-se- eliminada, devendo a outra ser submetida novamente ao Tribunal com uma das demais; e assim, pondo sempre em discusso a soluo preferida e outra das restantes. Proceder-se- at que fiquem apenas duas, das quais se haver como adotada, mediante o voto mdio, a que reunir maior nmero de votos, reputando-se vencidos os votos contrrios. Art. 129 - Nos julgamentos criminais, ser aplicada a disposio do artigo anterior. Se, porm, a disposio de
votos se verificar ao determinar-se a quantidade da pena, observar-se- a regra seguinte: aos votos pela aplicao da pena maior, o Presidente adicionar os favorveis pena imediatamente menos grave e ser esta a aplicao se o total dos votos constituir a maioria absoluta necessria; no caso contrrio, aos votos somados reunir-se-o os proferidos em favor da pena que seguir em graduao e, assim por diante, at que a soma corresponda maioria aludida. A pena aplicvel ser a menor das consideradas nas sucessivas operaes. Art. 130 - Se os votos de todos os julgadores forem divergentes, quanto concluso, o Presidente, cindindo o julgamento em partes, submeter novamente toda a matria a julgamento. Pargrafo nico - No ser, em caso algum, motivo de adiamento obrigatrio a divergncia verificada por ocasio da votao. CAPTULO V Da Lavratura do Acrdo Art. 131 - As decises do Tribunal ou das Cmaras, lavrados nos autos em forma de acrdo redigido pelo relator e datado da sesso em que se concluiu o julgamento, sero assinadas pelo Presidente, relator e Juzes do feito. 1o Vencido o Relator, ou em casos excepcionais, como o de morte ou molstia grave, de interrupo ou afastamento de exerccio, que o impossibilite de lavrar o acrdo, ser este redigido pelo Desembargador que proferir o primeiro voto vencedor. 2. - Nos casos de falta ou impedimento dos vencedores, caber ao vencido redigir o acrdo, declarar os votos dos ausentes e receber ou rejeitar os embargos. 3. - Em caso de falta de todos os julgadores, o Presidente designar relator ad hoc. 4.o - Vencido em parte, o relator lavrar o acrdo a menos que a divergncia parcial, a critrio do Presidente, afete substancialmente a fundamentao do julgado, caso em que a redao competir ao primeiro vencedor. 5.o - Vencido o relator, tal fato constar obrigatoriamente da ata com a fundamentao do voto, sendo-lhe facultado lanar o seu voto nos autos.
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6. - Os Juizes vencedores podero lanar seu voto aps o voto vencido. Art. 132 - O acrdo ser apresentado conferncia, para ser assinado, na sesso seguinte do julgamento, ou no prazo de duas (2) sesses, pelo Desembargador incumbido de o lavrar. Art. 133 - Se o Presidente, ou algum dos julgadores, no comparecer sesso de assinatura do acrdo, a Secretaria far a seguinte declarao nos autos: Presidiu ao julgamento Sr. Desembargador F...e Foi voto vencedor e/ ou vencido o Sr. Desembargador F....
1. - Autenticadas apenas pelo Presidente, sero as ementas publicadas no Dirio Oficial nas quarenta e oito (48) horas aps a devoluo dos autos Secretaria, com o acrdo devidamente assinado, certificada a data da publicao nos autos.
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2. - Durante o prazo de dez (10) dias, contados da publicao da ementa, os autos no sairo da Secretaria, a fim de que as partes possam tomar conhecimento do inteiro teor do julgado e interpor recurso cabvel.
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3. - Qualquer inexatido material, devida a lapso manifesto, erro de escrita ou de clculo, existente no acrdo, poder ser corrigido por despacho do relator de ofcio ou a requerimento das partes, antes de interposto recurso pelo reclamante ou de transitado em julgado o acrdo.
Art. 135 - O acrdo poder ser datilografado, rubricando o relator todas as folhas. Art. 136 - Antes de publicado no Dirio Oficial, ser o acrdo copiado integralmente, para posterior arquivamento. Art. 137 - A Secretaria comunicar Polcia Civil as decises do Tribunal referentes pronncia, despronncia, condenao, absolvio, extino d punibilidade, livramento condicional e suspenso condicional da pena, observando o seguinte:
I - A comunicao revestir-se- da forma de certido e ser individual; II - O ofcio relativo a essa comunicao ser registrado em livro especial, aberto, rubricado e encerrado pelo Presidente, e do qual constaro: nmero de ordem, o destinatrio, o ru, o nmero de registro e do processo e o resumo do assunto;
III - Dentro dos cinco (5) primeiros dias de cada ms ser esse livro apresentado ao Presidente para o seu visto. CAPTULO VI Da Audincia Art. 138 - Haver audincia, quando necessria e realizar-se- em dia, lugar e hora designados pelo Desembargador a quem couber a Presidncia, intimadas as partes. Art. 139 - A audincia ser publicada e ter lugar em dia til entre oito (8) e treze (13) horas. Haver lugar reservado aos advogados. Pargrafo nico - Se da publicidade puder resultar escndalo, inconveniente grave ou perigo de perturbao da ordem, poder o Presidente, de ofcio ou a requerimento da parte ou do Ministrio Pblico, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando-se o nmero de pessoas que podero estar presentes. Art. 140 - Estaro presentes o funcionrio da Secretaria que for designado como escrivo e o porteiro, os quais aguardaro em seus lugares a chegada do Presidente.
Art. 141 - O Presidente, sendo necessrio, poder requisitar fora pblica, que ficar sua disposio. Art. 142 - As pessoas presentes no podero manifestar-se e o Presidente far retirar da sala os desobedientes, os quais sero presos e autuados em caso de resistncia. Art. 143 - Os atos de instruo prosseguiro s com a assistncia do advogado, se o seu constituinte portar-se de modo inconveniente.
Art. 144 - Sem licena do Presidente, ningum poder retirar-se da sala, se houver comparecido a servio, exceo dos advogados.
Art. 145 - Os funcionrios, partes e quaisquer outras pessoas estaro de p, enquanto falarem ou fizerem alguma leitura, salvo se o Presidente permitir que se conservem sentados. Ao advogado permitir-se- falar ou ler sentado. Todos, porm, levantar-se-o entrada e sada dos Desembargadores ou quando estes se levantarem. Art. 146 - hora designada, o Presidente mandar que o porteiro declare aberta a audincia, apregoando em seguida as pessoas cujo comparecimento for obrigatrio, e sendo o caso, o rgo do Ministrio Pblico e o perito. Pargrafo nico - S deixar de se realizar a audincia se ausente o seu Presidente.
Art. 147 - Se, at quinze (15) minutos aps a hora designada, o Presidente no houver comparecido, os presentes podero retirar-se devendo o ocorrido constar de termo nos autos e do livro de audincias.
Art. 148 - De tudo quanto ocorrer, lavrar-se- termo por todos assinados. Art. 149 - O encerramento da audincia tambm ser anunciado pelo porteiro. CAPTULO VII Da Suspenso do Servio Art. 150 - O Presidente, ocorrendo motivo relevante, poder suspender, total ou parcialmente as atividades do Tribunal.
Pargrafo nico - Aos interessados ser restitudo o prazo judicial, na medida em que hajam sido atingidos pela providncia prevista neste artigo.
Art. 151 - Os prazos do Tribunal correro da publicao do ato ou do aviso do Dirio Oficial, salvo os casos especficos previstos em lei.
I - De dez (10) dias para os atos administrativos e despachos em geral; II - De vinte (20) dias para o visto do revisor;
III - De trinta (30) dias para o visto do relator, salvo disposio contrrio prevista em lei. Art. 153 - O prazo para o Procurador Geral e os Procuradores de Justia emitirem o seu parecer, nos processos onde deva haver a interveno do Ministrio Pblico, salvo os casos especficos previstos em lei, de trinta (30) dias, contados da data do recebimento dos autos. TTULO V Dos Processos Especiais CAPTULO I Da Declarao de Inconstitucionalidade Art. 154 - Sempre que no julgamento d causa for suscitada a inconstitucionalidade de alguma lei ou disposio nela contida ou de ato do poder pblico, caber ao Tribunal Pleno decidi-la preliminarmente. 1o - Suspenso o julgamento por proposta do relator, ou de qualquer dos Juzes, ou a requerimento do representante do Ministrio Pblico, e lavrado o acrdo respectivo, na primeira sesso do Tribunal Pleno o mesmo relator do feito far a exposio do caso, procedendo-se a seguir o julgamento da questo constitucional. 2 - Rejeitada a questo constitucional, e publicado o respectivo acrdo, sero os autos devolvidos Cmara para apreciao do mrito, de acordo com a deciso preliminar. 3 - Se a hiptese ocorrer no Tribunal Pleno o seu julgamento ser seguido pelo da espcie que a motivou. 4o - Se a deciso pela inconstitucionalidade no reunir a maioria absoluta da totalidade dos membros do Tribunal, ser considerado operante o ato ou a lei. 5o - No se formando o quorum necessrio mas havendo Desembargadores, em exerccio, que no estiverem presentes, ser o julgamento adiado a fim de serem colhidos os seus votos.
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6 - Tomaro parte no julgamento os Juzes de Direito convocados para substituio no Tribunal. 7 - A deciso declaratria ou negatria da inconstitucionalidade, se for unnime, constituir, para o futuro, deciso definitiva e de aplicao obrigatria nos casos anlogos, salvo se a Cmara ou o Tribunal, por motivo relevante, achar necessrio provocar novo pronunciamento sobre a matria, ou provada deciso em contrrio do S.T.F. 8o - No julgamento de inconstitucionalidade o Presidente dar a palavra s partes, pelo prazo de quinze (15) minutos para cada um. CAPTULO II
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Da Reclamao Art. 155 - A reclamao contra atos pertinentes execuo de julgado ser oposta dentro de cinco (5) dias da publicao da intimao do ato reclamado e dirigida ao Presidente do Tribunal ou das Cmaras Reunidas. 1 o - Despachada a petio no prazo de quarenta e oito (48) horas, ser solicitado informao do Desembargador, que a prestar no prazo de cinco (5) dias.
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2 - Conclusos os autos ao Presidente, este, fazendo relatrio escrito apresent-los- em mesa para julgamento na primeira sesso que se seguir.
Art. 156 - Quando suscitado o pronunciamento prvio do Tribunal acerca da interpretao do direito no julgamento de recurso ou causa de competncia originria de rgo fracionrio, aplicam-se as normas estabelecidas nos Arts. 476 e seguintes, do Cdigo de Processo Civil. 1o - Ser objeto de smula, que constituir precedente na uniformizao da Jurisprudncia, a interpretao dada pela maioria absoluta dos membros do Tribunal. 2o - As smulas, em ordem numrica, sero publicadas no Dirio Oficial e na revista a ser editada por este Tribunal, sendo posteriormente compendiadas com os respectivos enunciados. 3o - A solicitao de pronunciamento prvio, mesmo que seja reconhecido o dissdio jurisprudencial, deve ser rejeitada se a respeito j houver interpretao ou tese constante de smula. 4o - Qualquer julgador poder propor, em novos feitos, que a smula seja reexaminada pelo Plenrio, por motivo relevante ou supervenincia de leis, ficando sobrestado o julgamento se acolhida a proposio. 5o - Somente por maioria absoluta a smula poder ser alterada ou cancelada, fazendo-se a devida publicao das emendas e cancelamentos.
Art. 157 - Da deciso que acolher o pedido de pronunciamento prvio do Tribunal no cabe recurso. Art. 158 - No dia do julgamento ser feito o relatrio e aps tero a palavra as partes, com direito a ela no julgamento do feito na Cmara, e o rgo do Ministrio Pblico. Art. 159 - Devolvidos os autos Cmara suscitante, aplicar-se- ao caso a interpretao que foi dada pelo Tribunal prosseguindo o julgamento. CAPTULO IV Do Conflito de Competncia
Art. 160 - O conflito de Competncia que poder ocorrer entre autoridades judicirias ou entre estas e as administrativas, processar-se- de acordo com o disposto no Cdigo de Processo Civil ou no Cdigo de Processo Penal conforme se trate de feito Cvel ou Criminal.
Art. 161 - Poder o Tribunal requisitar os autos nos quais se houver manifestado o Conflito. Art. 162 - Em Conflito de Competncia entre Desembargadores, Cmaras, ou entre estas e o Conselho da Magistratura, ser Relator o Presidente do Tribunal. 1 - O conflito poder ser suscitado por Desembargador, pela Cmara, pelo Conselho da Magistratura, pelo Procurador Geral da Justia ou pelas partes e ser processado nos mesmo autos. 2 - Exposto pelas autoridades em conflito o motivo da divergncia, ser ouvido o Procurador Geral da Justia no prazo de cinco (5) dias, se no for suscitante. 3o - Conclusos os autos ao Presidente, este, na primeira sesso que se seguir, levar o processo a julgamento, apresentando relatrio escrito, votando em primeiro lugar. Art. 163 - No caso de conflito de atribuies entre autoridades judicirias e autoridade administrativa, haver distribuio e, quanto ao processo observar-se-o, no que forem aplicveis as normas deste Regimento. CAPTULO V Do Habeas-Corpus Art. 164 - A petio de habeas-corpus, uma vez protocolada, ser imediatamente apresentada ao Secretrio, que a enviar ao Presidente do Tribunal ou Cmaras Criminais, quando for o caso. Pargrafo nico - O Presidente funcionar como preparador do processo at a distribuio.
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Art. 165 - Se a petio contiver as exigncias do pargrafo 1 , do Art. 654, do Cdigo de Processo Penal, o Presidente, se necessrio, requisitar da autoridade indicada como coatora, informaes por escrito.
Pargrafo nico - Faltando, porm, qualquer daqueles requisitos, mandar preench-los, logo que lhe for apresentada a petio. Art. 166 - As diligncias do artigo anterior no sero ordenadas se o Presidente entender que o habeas-corpus dever ser indeferido liminarmente. Nesse caso, mandar, conforme competncia, remet-lo ao Tribunal, s Cmaras Reunidas ou Cmara Criminal, para delibere a respeito.
Art. 167 - Realizadas as diligncias a que se referem os artigos anteriores, ser o processo distribuindo a um Desembargador, que funcionar como relator.
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1 - Na oportunidade da distribuio a um relator, os demais componentes do rgo a que competir o julgamento, e o representante do Ministrio Pblico, devero receber uma cpia autenticada da petio inicial, fornecida pela
prpria parte. 2o - O rgo do Ministrio Pblico, no processo de habeas-corpus, ter vista pelo prazo de dois (2) dias.
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3 - O julgamento de habeas-corpus no se suspender por pedido de vista. Poder, porm, ser interrompido por tempo no superior a duas horas, para o fim de exame dos documentos que instrurem o pedido.
Art. 168 - O Habeas-corpus ser julgado na primeira sesso que se seguir sua distribuio. Art. 169 - Ordenada a soltura do paciente, a autoridade que, por m f ou evidente abuso do poder, houver determinado a coao, ser condenada nas custas; 1 - Nesse caso, ser remetida ao Ministrio Pblico cpia das peas necessrias, para ser promovida a responsabilidade da autoridade. 2o - A concesso do habeas-corpus por excesso de prazo ser obrigatoriamente comunicada ao Conselho da Magistratura para a instaurao do competente inqurito contra o Juiz ou responsveis pelo excesso. Art. 170 - Estando preso o paciente, poder ser ordenada a sua imediata apresentao, em dia e hora designados, adiando-se o julgamento. Pargrafo nico - Em caso de desobedincia, expedir-se- mandado de priso contra o detentor, que ser processado na forma da lei, e o relator providenciar para que o paciente seja tirado da priso e apresentado ao Tribunal. Art. 171 - O detentor declarar ordem de quem o paciente est preso. Art. 172 - Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusar a sua apresentao, salvo se estiver gravemente enfermo ou no se encontrar sob a guarda da pessoa a quem se atribuir a deteno. Art. 173 - O relator poder ir ao local em que se encontra o paciente, se este no puder ser apresentado por motivo de doena, sendo-lhe permitido delegar o cumprimento da diligncia a um Juiz criminal da primeira Instncia.
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Art. 174 - O requerente poder sustentar o pedido por si ou por seu advogado ou curador, tendo por isso o prazo de quinze (15) minutos.
Art. 175 - Se a ilegalidade decorrer do fato de no haver sido paciente admitido a prestar fiana, arbitrar-se- o valor desta, para os efeitos da lei.
Art. 176 - Se os documentos que instrurem a petio evidenciarem a ilegalidade da coao, o Tribunal ordenar que cesse imediatamente o constrangimento.
Art. 178 - Verificado que j cessou a violncia ou coao ilegal, ser julgado prejudicado o pedido, por despacho relator nos autos. Art. 179 - A ordem de execuo de habeas-corpus ser expedida em nome e com a assinatura do Presidente ou relator, segundo a fase em que se encontre o processo. Art. 180 - Ser incontinenti enviada cpia da deciso para ser juntada ao processo.
Art. 181 - A ordem de soltura poder ser transmitida por via postal ou telegrfica, devidamente autenticada. Art. 182 - Compete ao Tribunal, ou qualquer de suas Cmaras, expedir de ofcio ordem de habeas-corpus, quando, no curso do processo, verificar que algum sofre ou est na iminncia de sofrer coao ilegal. CAPTULO VI Do Mandado de Segurana Art. 183 - A petio inicial, que dever preencher os requisitos dos artigos 282 e 283 do Cdigo de Processo Civil, ser apresentada em duas (2) vias e os documentos que instrurem a primeira, devero ser reproduzidos em cpias na segunda, destinando-se esta a ser enviada autoridade coatora.
Pargrafo nico - As cpias sero autenticadas pelo requerente e conferidas pelo Secretrio. Art. 184 - Caber ao relator a instruo do processo e, uma vez distribudo o feito, ser-lhe-o os autos conclusos, no prazo no excedvel de vinte e quatro (24) horas, a contar da distribuio. Art. 185 - Distribudo o feito, despachar o relator ordenando: I - a suspenso desde logo do ato, quando se evidenciar a relevncia de fundamento do pedido e do ato impugnado resultar leso grave e irreparvel do direito do impetrante; II - a notificao do coator, mediante ofcio e acompanhamento da segunda (2a ) via da petio inicial, com as cpias dos documentos, a fim de que, no prazo legal, contado do requerimento, preste as informaes que achar convenientes. Art. 186 - Compete ao Presidente do Tribunal, a requerimento de pessoa jurdica de direito pblico interessada e para evitar grave leso ordem, sade, segurana ou economia pblica, suspender, em despacho fundamentado, a execuo da liminar e da sentena. Art. 187 - A inicial ser desde logo indeferida pelo relator, quando no for o caso de mandado de segurana ou lhe faltar algum dos requisitos da lei, cabendo do indeferimento o recurso de agravo regimental interposto no prazo de cinco (5) dias.
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1 - O relator, na primeira sesso, relatar o agravo, computando-se tambm o seu voto, e lavrar o acrdo se for o vencedor.
2 - Se o relator verificar que o ato foi ou vai ser praticado por ordem de autoridade no subordinada sua jurisdio, mandar remeter o processo ao Juiz ou Tribunal competente.
Art. 188 - No caso do item II do art. 186, feita a notificao, a Secretaria do Tribunal juntar aos autos cpias autnticas do ofcio e prova da entrega ao destinatrio ou da recusa deste em receber ou dar recibo.
Art. 189 - Expirados os prazos para informao, ser ouvido o rgo do Ministrio Pblico, dentro de cinco (5) dias, aps o que sero os autos conclusos ao Relator que, na primeira sesso, os apresentar em mesa para julgamento, sendo facultadas s partes a defesa oral, por dez (10) minutos.
Pargrafo nico - Antes da vista ao Ministrio Pblico, a Secretaria, no prazo de vinte e quatro (24) horas, expedir cpia autntica da petio e da informao aos Juzes que compem o Tribunal ou Cmara julgadora, certificando essa circunstncia nos autos. Art. 190 - Julgado procedente o pedido, o Presidente:
I - transmitir, em ofcio, por mo de oficial de Justia ou pelo correio, mediante registro com recibo de volta, ou por telegrama, radiograma ou telefonema, conforme requerer o peticionrio, o inteiro teor do acrdo autoridade coatora; II - mandar expedir, imediatamente, como ttulo executrio, o mandado de segurana, e determinar as providncias especificadas no acrdo contra a ameaa ou violao. Pargrafo nico - O original no caso de transmisso telegrfica, dever ser apresentado agncia expedidora.
Art. 191 - Em caso de urgncia, o pedido de mandado de segurana, as comunicaes e quaisquer ordens do Tribunal podero transmitir-se atravs de radiograma. Os originais sero apresentados agncia expedidora, devendo constar da transmisso o cumprimento dessa exigncia. 1o - Requerido o mandado de segurana por telegrama ou radiograma, a Secretaria extrair cpias para os efeitos do art. 186, II, deste Regimento.
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2 - Quando a deciso for comunicada por telegrama ou radiograma aos interessados, o Presidente mandar confirm-la na forma prevista no Cdigo do Processo Civil.
Art. 192 - Poder renovar-se o pedido de mandado de segurana quando a deciso denegatria no lhe houver apreciado o mrito. Por ocasio da apresentao de novo pedido ser-lhe-o apensados os autos do pedido anterior. CAPTULO VII Da Exceo de Incompetncia e Litispendncia Ilegitimidade da Parte e Coisa Julgada
Art. 193 - Em feito de competncia do Tribunal, das Cmaras Reunidas ou Isoladas, oposta a execuo, o relator, se considerar procedente a alegao, mandar ouvir a parte contrria dentro de trs (3) dias. 1 - Esgotado esse prazo, ouvir o representante do Ministrio Pblico no prazo de cinco (5) dias. 2o - Logo depois na primeira sesso que se seguir, fazendo relatrio escrito, o Relator submeter a execuo a julgamento, em forma de agravo.
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Art. 194 - A execuo da verdade, prevista no artigo 523 do Cdigo de Processo Penal, contra qualquer das pessoas enumeradas no artigo 12, A e B da lei nmero 1.503/81, ser distribuda, e o relator mandar ouvir o Procurador Geral da Justia no prazo de cinco (5) dias. Pargrafo nico - Na primeira sesso que se seguir, fazendo relatrio escrito, o relator mandar pr os autos em mesa, para julgamento. CAPTULO VIII Da Suspeio do Desembargador Art. 195 - O Desembargador, tendo motivo legal de suspeio, declar-lo- por despacho nos autos, ou oralmente em sesso ou audincia, mandando os autos imediatamente ao Presidente para nova distribuio, se for Relator, ou ao Desembargador que o seguir em antiguidade, se for Revisor. 1 - Se no for Relator nem Revisor, dever faz-lo verbalmente, na sesso de julgamento, registrando-se na ata a declarao. 2 - Se o Presidente do Tribunal se der por suspeito, competir ao seu substituto designar dia para o julgamento e presidir ao mesmo. Art. 196 - A execuo da suspeio dever ser oposta at cinco (5) dias seguintes distribuio, quanto ao Desembargador que, em conseqncia desta, tiver necessariamente de intervir na causa. Quando o suspeito for chamado como substituto o prazo se contar do momento da distribuio. Pargrafo nico - A suspeio dever ser oposta em petio escrita, contendo os fatos que motivaram a indicao das provas em que se fundar o argumento, dirigida ao Presidente e assinada por procurador com poderes especiais.
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Art. 197 - O Presidente mandar juntar a petio aos autos e estes, independentemente de despachos sero, conclusos ao Desembargador recusado que, em se reconhecendo suspeito, ordenar a remessa dos autos ao seu substituto legal, dentro de quarenta e oito (48) horas. Art. 198 - No reconhecendo a suspeio, o Desembargador dar sua resposta em cinco (5) dias, podendo instru-
la e oferecer testemunhas e, em seguida, sero os autos conclusos ao Relator. 1o - O Presidente, fazendo relatrio escrito, na primeira sesso que se seguir, submeter ao Tribunal o conhecimento preliminar da exceo. 2o - Se a suspeio for de manifesta improcedncia, o Presidente a rejeitar liminarmente.
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3 - Se reconhecer a relevncia da arguio, o Tribunal mandar processar a exceo, com citao das partes, e o Presidente marcar dia e hora para a inquirio das testemunhas. 4 - Concludo, assim, o processo, independentemente de mais alegaes, o Presidente far o relatrio escrito, submetendo-se a julgamento final na primeira sesso seguinte. 5 - Contra a deciso que rejeite liminarmente a exceo ou que a julgue a final, admitir-se- somente agravo regimental. Art. 199 - Julgada procedente a exceo, ficaro nulos os atos do processo praticados pelo Desembargador suspeito, pagando este as custas. Rejeitada ou julgada improcedente a exceo e evidenciando-se malcia do excipiente, a este ser imposta a multa correspondente a dois (2) salrios mnimos regionais.
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Art. 200 - O Desembargador recusado no poder assistir sesso, que ser secreta. CAPTULO IX Da Suspeio no reconhecida pelo Juiz Art. 201 - Apresentada a exceo, de acordo com o disposto no artigo 312 do Cdigo do Processo Civil ou com o disposto no artigo 100 do Cdigo de Processo Penal, ser distribuda, conforme a hiptese, a relator da Cmara Cvel ou da Cmara Criminal.
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1 - Se a suspeio for de manifesta improcedncia o Relator a indeferir in limine. 2 - Se o Relator no considerar manifesta a improcedncia da suspeio, mandar pr os autos em mesa, no prazo de uma sesso, para ser preliminarmente reconhecida pelos julgadores a relevncia da argio. 3 - Se for reconhecida a relevncia, o relator mandar ouvir o Juiz, marcando-lhe o prazo de cinco (5) dias para resposta. Logo depois facultar prova do alegado, se por prova os interessados houverem protestado. Feito novo relatrio, seguir-se- o julgamento, sem mais alegaes e sem recurso algum. 4 - Se for julgada procedente a exceo, ficaro nulos os atos do processo principal, pagando o Juiz as custas. 5o - Se for a exceo julgada improcedente e evidenciando-se a malcia do excipiente, a este ser imposta a multa correspondente a dois (2) salrios mnimos. CAPTULO X
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I - Pelo Tribunal Pleno, a dos seus julgados; II - Pelas Cmaras Reunidas nos demais casos.
Art. 203 - O Processo da Ao Rescisria ter forma prescrita nos artigos 488 a 495 do Cdigo de Processo Civil. Art. 204 - A petio inicial dever acompanhar a certido da sentena rescindenda e, se no estiver em termos ou quando no for caso da ao, poder o relator mandar suprir as omisses ou indefer-la de plano. Art. 205 - Por ocasio do julgamento, podero autor e ru, depois do relatrio, defender oralmente as suas concluses, pelo prazo de quinze (15) minutos para cada um. CAPTULO XI Dos Processos Penais e Competncia do Tribunal Art. 206 - Nos processos por delitos comuns e funcionais, da competncia do Tribunal, a denncia ou queixa ser dirigida ao Tribunal, e apresentada ao Presidente, que sortear o Relator. Art. 207 - O relator ser o Juiz da instruo do processo, com as atribuies que o Cdigo de Processo Penal confere ao Juiz singular. Pargrafo nico - Do despacho do relator, de conformidade com o pargrafo nico do art. 557 do Cdigo de Processo Penal, caber agravo, sem efeito suspensivo, para o Tribunal. Art. 208 - Recebida a queixa ou a denncia, citar-se- o acusado para, no prazo improrrogvel de quinze (15) dias apresentar resposta escrita, exceto quando: I - Achar-se o acusado fora do territrio suspeito jurisdio do Tribunal ou em lugar desconhecido ou incerto;
II - Tratar-se de delito inafianvel. Art. 209 - A citao, acompanhada de cpias do ato de acusao e dos documentos que o instrurem, ser encaminhada ao acusado, sob registro postal ou por intermdio de qualquer autoridade do lugar onde se encontrar.
Art. 210 - Se a resposta ou defesa prvia do acusado convencer da improcedncia da acusao, o Relator propor ao Tribunal o arquivamento do processo.
Art. 211 - Se no for vencedora a opinio do relator ou se este no se utilizar da faculdade que lhe confere o artigo antecedente, proceder-se- na forma dos Captulos I e II, do Ttulo I, do Livro II do Cdigo de Processo Penal,
podendo o Relator determinar a Juiz de Direito local proceder a inquirio, a inqurito e outras diligncias. Art. 212 - Finda a instruo, proceder o Tribunal, em sesso plenria, ao julgamento, observando-se o seguinte:
I - por despacho de relator, os autos sero conclusos ao Presidente, que designar dia e hora para o julgamento. Dessa designao sero intimadas as partes, as testemunhas e o Ministrio Pblico;
II - aberta a sesso apregoadas as partes e as testemunhas, lanado o querelante que deixa de comparecer salvo o caso do art. 60, item III do Cdigo de Processo Penal, proceder-se- s demais diligncias preliminares; III - A seguir, apresentar o relator minucioso relatrio do feito, resumindo as principais peas dos autos e as provas produzidas. Se algum dos Juzes solicitar a leitura integral dos autos ou de parte deles, o relator poder ordenar que o Secretrio a efetue;
IV - O relator passar depois a inquerir as testemunhas de acusao e de defesa, que no tiverem sido dispensadas pelas partes e pelo Tribunal, podendo reinquir-las os outros Juzes, o rgo do Ministrio Pblico e as partes; V - Findas as inquiries e efetuadas as diligncias que o Tribunal houver determinado, o Presidente dar a palavra, sucessivamente, ao acusador, se houver, ao rgo do Ministrio Pblico e ao acusado ou a seu defensor, para sustentarem respectivamente, a acusao e a defesa, podendo cada um ocupar a tribuna durante uma hora, prorrogvel pelo Tribunal;
VI - Encerrado o debate, o Tribunal passar a funcionar em sesso secreta, para proferir o julgamento, que ser anunciado em sesso pblica;
VII - O julgamento efetuar-se- em uma ou mais sesses, a critrio do Tribunal, observado, no que for aplicvel, o disposto no Ttulo XII do Livro I do Cdigo de Processo Penal.
Art. 213 - Logo aps os preges, o ru poder, sem motivao, recusar um dos Juzes, e o acusador, outro. Havendo mais de um ru ou mais de um acusador, seno entrarem em acordo, ser determinado por sorteio, quem deva exercer o direito de recusa.
TTULO VI Do Recurso Contra o Acrdo CAPTULO I Da Interposio e da Desistncia Art. 214 - Ao acrdo podero ser opostos os seguintes recursos: I - No Cvel:
a) embargos infringentes;
b) embargos de declarao; c) reviso. Art. 215 - No Crime e no Cvel nenhum recurso ter andamento, seno depois de decorrido o prazo legal, para a sua interposio para as partes, excetuando-se os casos de oferecimento de embargos de declarao, que devero ser conclusos imediatamente ao Relator. CAPTULO II Dos Embargos Infringentes no Cvel Dos Embargos Infringentes de Nulidade no Crime Art. 216 - Do julgado, so admissveis os embargos infringentes no cvel e os embargos infringentes e de nulidade no crime, nos casos previstos nos Cdigos de Processo Civil e Processo Penal. Art. 217 - No caso de no se achar em exerccio, por qualquer motivo, o relator da apelao ou da rescisria, os embargos sero apresentados ao revisor ou, se necessrio, ao terceiro membro da Cmara, seguindo, da por diante, o mais antigo na ordem decrescente de antiguidade no Tribunal. CAPTULO III Dos Embargos de Declarao Art. 218 - Observar-se- o disposto no artigo 535 do Cdigo de Processo Civil e artigos 619 e 620 do Cdigo de Processo Penal. Art. 219 - O julgamento compete aos prprios Juzes da deciso embargada, servindo de relator o Desembargador que houver redigido o acrdo. 1 - No haver audincia da parte contrria.
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2 - Se os Embargos forem recebidos, os infringentes j opostos podero ser editados no prazo respectivo. 3 - Os Embargos de Declarao independem de preparo e suspendem o prazo para a interposio de outros recursos.
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4 - Se manifestamente protelatrios, o rgo a quem competir o seu julgamento, declarando que o so, condenar o embargante a pagar ao embargado multa de at 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Art. 220 - Para efeito de recurso, constituiro uma s deciso o acrdo que receber embargos de declarao e o declarado. CAPTULO IV Do Recurso Ordinrio Art. 221 - O recurso ordinrio previsto no artigo 119, n II, letra C da Constituio Federal, dever ser interposto dentro do prazo de cinco (5) dias, em petio fundamentada, desde logo acompanhada dos documentos que o recorrente tiver. 1 - O recurso dever subir imediatamente depois de lavrado o respectivo termo. 2o - O recurso ser processado nos autos originais e nestes subir, ficando transladado.
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Art. 222 - O recurso extraordinrio para o Supremo Tribunal Federal ser interposto no prazo estabelecido na lei processual civil, com precisa indicao do dispositivo ou alnea que o autorizem, dentre os casos previstos na Constituio Federal. Art. 223 - A interposio do agravo cabvel na hiptese de ser denegado o recurso extraordinrio ser por petio. Em matria penal dar-se- carta testemunhvel contra denegao do Recurso. Ser fundamentado o despacho denegatrio do recurso. Art. 224 - Mantida a denegao, o Presidente do Tribunal determinar a juno urgente das peas necessrias instruo do agravo. Ao processo podero ser anexados os documentos que a parte ou o presidente nos seus requerimentos e despachos desde logo indicar.
Art. 225 - Concludo o processo, dever ser remetido ao Juzo ad quem no prazo quinze (15) dias, sob registro. Art. 226 - Em caso de argio de relevncia da questo Federal, o Presidente do Tribunal, sem manifestar-se sobre o cabimento do recurso, mandar formar instrumento mediante a transladao das peas indicadas pelo recorrente, processando-o pela mesma forma do agravo. Pargrafo nico - Aps o preparo, ser feita a remessa em dois exemplares ao Supremo Tribunal Federal, correndo conta do recorrente as despesas com a formao, reproduo e remessa do instrumento. CAPTULO VI Da Reviso
Art. 227 - A reviso do processo findo ser admitida e processada de conformidade com o disposto no Cdigo de Processo Penal. Art. 228 - Apresentado o pedido ao relator, se a este parecer que no se reveste da forma hbil e de molde a esclarecer o fundamento pelo qual se reclama a reviso, despachar nesse sentido, indicando-lhe a deficincia, a fim de ser suprida.
Art. 229 - A petio ser distribuda e autuada, tomando o Relator as providncias do processo respectivo ou pedindo informaes ao juiz competente. Art. 230 - Falecido o ru, podero iniciar ou continuar no pedido de reviso os legtimos interessados reabilitao de sua memria. Art. 231 - A Secretaria, sempre que houver mais de um pedido de reviso de um mesmo ru, reunir, com informao ao Relator, todos os processos em um s. Art. 232 - Admitir-se- debate oral, por quinze (15) minutos, por parte do ru e do Procurador Geral de Justia. Art. 233 - O acrdo deve ser publicado no prazo de quinze (15) dias, contados da data de julgamento.
Art. 234 - Do acrdo que julgar a reviso juntar-se- cpia ao processo revisto, e quando for modificativo da deciso proferida nesse processo, dele tambm se remeter cpia autenticada ao Juiz da execuo.
Art. 235 - Anulado o processo respectivo, sero tomadas as providncias devidas para a sua renovao, se couber.
TTULO VII Dos Recursos CAPTULO I Da Apelao Art. 236 - Caber apelao nos termos da lei processual civil e penal.
Art. 237 - Revisto o feito, proceder-se- ao julgamento da apelao. Pargrafo nico - O revisor devolver os autos ao relator se retificar o relatrio. Art. 238 - Declarando justo motivo poder o Desembargador exceder por igual tempo os prazos a ele fixados.
Art. 239 - O Juiz que no estiver habilitado a proferir imediatamente seu voto, pode pedir vista dos autos pelo prazo de uma sesso a outra.
Art. 240 - Sempre que for decidido conhecer do recurso de agravo como de apelao, ser o julgamento convertido em diligncia, para que os autos sejam examinados pelo revisor, conservando-se o mesmo relator, que,
nesse caso, consignara o respectivo relatrio. CAPTULO II Do Agravo Art. 241 - Distribudo o agravo, em quarenta e oito (48) horas, sero os autos conclusos ao relator. Este os examinar no prazo de quinze (15) dias e com o visto pedir dia para julgamento.
Pargrafo nico - Em matria de falncia, o relator ter o prazo de dez (10) dias, para exame dos autos. Art. 242 - Se, antes de julgado o agravo interposto de deciso interlocutria, subir a causa Segunda Instncia, mediante recurso de sentena final, a apelao no ser includa em pauta antes do agravo de instrumento. Pargrafo nico - Se ambos os recursos tiverem de ser julgados na mesma sesso, ter precedncia o agravo. CAPTULO III Do Recurso de Deciso do Presidente ou do Relator Art. 243 - A parte que se considerar agravada por deciso do relator e especialmente nos casos previstos no Cdigo de Processo Penal, artigo 557 pargrafo nico e 625, 3 , poder requerer, dentro de cinco (5) dias, que se apresentem os autos em mesa, para ser a deciso confirmada ou alterada, mediante processo verbal, independentemente de reviso e inscrio na pauta.
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1 - Igual recurso poder ser interposto, mas no prazo de quarenta e oito (48) horas, contados da publicao no rgo oficial, do despacho do relator que in limine, rejeitar embargos ou mandado de segurana; do Presidente que no admitir a reviso criminal ou mandado de segurana. 2o - O relator, na primeira sesso, relatar o feito computando-se tambm o seu voto, lavrando, a final o acrdo, se vencedor. 3o - No caso de empate, o Presidente proferir o voto de desempate.
CAPTULO IV Do Recurso em Sentido Estrito e da Apelao Criminal Art. 244 - O recurso em sentido estrito e a apelao criminal sero julgados pela Cmara Criminal. Art. 245 - Observar-se- no processo e julgamento desses feitos o disposto nos artigos 609 e seguintes do Cdigo de Processo Penal. Art. 246 - No fim de cada ms, a Secretaria organizar uma relao dos autos enviados Procuradoria Geral de Justia e no devolvidos no prazo legal, remetendo-a ao Presidente do Tribunal, para as providncias que julgar necessrias.
CAPTULO V Da Carta Testemunhvel Art. 247 - A carta testemunhvel tem por fim tornar efetivo o recurso, cuja interposio ou seguimento hajam sido denegados. 1 - O julgamento ter a mesma forma estabelecida para o agravo.
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2 - Se o agravo estiver expressamente autorizado, o relator, ouvindo previamente o Juiz, poder determinar a suspenso do andamento da causa, at o julgamento da carta.
Art. 248 - Em matria criminal, a carta no ter efeito suspensivo e ser observado o disposto nos artigos 640 e seguintes do Cdigo de Processo Penal.
TTULO VIII Dos Processos Incidentes CAPTULO I Da medida Preventiva Art. 249 - A medida preventiva s ser concedida sem audincia de uma das partes, quando provvel que, em caso contrrio, seja ineficaz. Art. 250 - Despachada a petio, feita a citao, no prazo de quarenta e oito (48) horas, contestado ou no o pedido, o relator proceder instruo sumria, facultando s partes a produo de prova, dentro de um trduo, e mandar os autos mesa, a fim de ser julgado o incidente.
Art. 251 - O pedido ser autuado em apartado ou em apenso e processado sem interrupo do processo principal. 1 - Salvo deciso em contrrio, a medida conservar sua eficcia durante o perodo de suspenso do processo. 2o - Se a sentena que resolver a lide transitar em julgado, cessar, de pleno direito, a eficcia da medida, embora no expressamente revogada.
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3 - Findo o processo por outro motivo, a medida, desde ento, perder a eficcia. Art. 252 - A responsabilidade do vencido regular-se- pelos artigos 16 e 17 do Cdigo de Processo Civil. CAPTULO II Do Atentado Art. 253 - Achando-se o feito em Segunda Instncia, ser o incidente suscitado perante o relator, que ordenar a remessa dos autos ao Juiz inferior, para processo e julgamento na forma do pargrafo nico do art. 880 do Cdigo de Processo Civil.
Pargrafo nico - Se manifesta a improcedncia do pedido, o relator mandar pr autos em mesa para julgamento, independentemente de reviso e inscrio na pauta. O acrdo no ser suscetvel de embargos. CAPTULO III Da Falsidade de Documento Art. 254 - O incidente de falsidade ser processado perante o Relator do feito, na conformidade dos artigos 390 e seguintes do Cdigo de Processo Civil e do artigo 145 do Cdigo de Processo penal. CAPTULO IV Da Habilitao Incidente Art. 255 - Pendente o feito de deciso na Instncia Superior, a habilitao ser requerida ao relator e perante ele processada, na forma estabelecida nos artigos 1.055 e seguintes do Cdigo de Processo Civil. CAPTULO V Da Restaurao de Autos Perdidos Art. 256 - A restaurao de autos criminais extraviados ou perdidos far-se- nos termos dos artigos 541 e seguintes do Cdigo de Processo Penal, observando-se o seguinte: a) na falta de cpia autntica ou certido do processado, o relator mandar, de ofcio ou a requerimento de qualquer das partes, que o Secretrio certifique o estado do processo, segundo sua lembrana, e reproduza o que houver a respeito em seu arquivo; b) em seguida ser a cpia ou certido remetida Primeira Instncia, sendo a processada a restaurao. Art. 257 - A restaurao de feito de competncia originria do Tribunal, obedecer igualmente forma estabelecida pelo Cdigo de Processo Penal. Art. 258 - Em matria cvel, ser observado o disposto nos artigos 1.063 e seguintes do Cdigo de Processo Civil.
Art. 259 - Verificada a perda, depois da produo da prova, determinar o relator a baixa do processo Instncia Inferior, para se repetir a instruo, tanto quanto possvel com as mesmas testemunhas. CAPTULO VI Do Benefcio da Justia Gratuita Art. 260 - O benefcio da gratuidade observar o disposto na Lei n 1.060, de 05 de fevereiro de 1950. Art. 261 - A solicitao de benefcio da justia gratuita em Segunda Instncia ser apresentada ao Presidente ou ao relator, conforme o estado da causa, instruda com a declarao de necessidade. Art. 262 - Nos crimes de ao privada, o Presidente ou o relator, a requerimento da parte que declarar ser
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necessitada, nomear advogado para promover a ao penal, quando de competncia originar do Tribunal, ou para prosseguir no processo, quando em grau de recurso. CAPTULO VII Da Verificao da Cessao de Periculosidade Art. 263 - Em qualquer tempo, ainda durante o prazo mnimo de durao da medida de segurana, poder o Tribunal ou Cmaras, a requerimento do Ministrio Pblico ou de interessado seu defensor ou curador, ordenar que se proceda a exame para verificao da cessao da periculosidade. 1 - Designado o relator e ouvido o rgo do Ministrio Pblico, se a medida no houver sido por ele requerida, ser o pedido julgado na primeira sesso, em forma de recurso estrito. 2 - O representante do Ministrio Pblico dar parecer no prazo de cinco (5) dias. 3o - Deferido o pedido, a deciso ser imediatamente comunicada ao Juiz, para os fins indicados nos artigos 777, 2 e 778 do Cdigo Processo Penal. CAPTULO VIII Do Desaforamento Art. 264 - O desaforamento de que trata o artigo 424 do Cdigo de Processo Penal ter o mesmo processo de habeas-corpus originrio. Pargrafo nico - No desaforamento no promovido pelo Procurador Geral da Justia, ser este ouvido no prazo de cinco (5) dias. TTULO IX Da Execuo de Acrdo CAPTULO I Das Normas Gerais
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Art. 265 - Compete ao Tribunal, nas causas de sua competncia originria, a execuo de seus acrdos. Pargrafo nico - O acrdo que julgar as aes de nulidade ou anulao de casamento ser averbado no registro civil, mediante carta de sentena, assinada pelo Presidente do Tribunal. Art. 266 - No caso de absolvio confirmada ou proferida em grau de apelao, incumbir ao Presidente ou a Relator fazer expedir o alvar de soltura, de que dar imediato conhecimento ao Juiz da Primeira Instncia. Pargrafo nico - O alvar de soltura poder ser expedido pelo telgrafo, no caso do artigo 660, 6o do Cdigo de Processo Penal, observadas as formalidades estabelecidas no artigo 289, pargrafo nico, in fine, do mesmo Cdigo, ou por via postal.
Art. 267 - Verificado que o ru, pendente a apelao por ele interposta, j sofreu priso por tempo igual ao da pena a que foi condenado, o relator do feito mandar p-lo imediatamente em liberdade, sem prejuzo do julgamento do recurso salvo se, no caso de crime a que a lei cominar pena de recluso no mximo por tempo igual ou superior a oito (8) anos, o querelante ou o Ministrio Pblico tambm houver apelado da sentena condenatria. 1o - No caso de no ter sido ainda expedido mandado de priso, por se tratar de infrao penal em que o ru se livra solto ou por estar afianado, o Presidente o expedir, logo que transite em julgado a sentena condenatria.
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2 - No caso de ser reformada, em grau de recurso, a sentena absolutria, estando o ru solto, o Presidente far logo aps a sesso do julgamento, remeter ao rgo do servio de capturas da Secretaria de Segurana, mandado de priso do condenado. 3 - Na hiptese do pargrafo anterior, no ser publicada no expediente do Tribunal a remessa do mandado.
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Art. 268 - O pagamento devido, em virtude de sentena, pela Fazenda Pblica, ser ordenado de acordo com o disposto no artigo 730 e seus itens, do Cdigo de Processo Civil.
Pargrafo nico - Dos precatrios dirigidos Fazenda constar expressamente: I - se as partes foram intimadas da importncia da condenao e se manifestaram no prazo legal; II - a quem dever ser paga a quantia requisitada;
III - que o pagamento se far mediante ermo de quintao nos autos, com assistncia do representante legal da Fazenda;
IV - se a Fazenda foi intimada ou se manifestou a respeito, no caso de haver custas acrescidas, posteriores liquidao;
Art. 269 - Os precatrios sero acompanhados das seguintes peas, alm de outras julgadas necessrias instruo do processo requisitrio: I - cpia autntica ou certido da sentena condenatria e do acrdo que a tiver confirmado ou reformado; II - cpia autntica ou certido da conta de liquidao;
III - cpia autntica ou certido da sentena que tiver julgado a referida conta, se houver; IV - certido ou translado de procurao com poderes expresso para receber e dar quitao, no caso de pedido de pagamento por procurador.
Art. 270 - Recebido o precatrio, ser protocolado e processado pela Secretaria, que informar sobre a existncia de verba, observando rigorosamente a ordem cronolgica da entrada dos processos. Art. 271 - O Presidente do Tribunal despachar, ordenando o encaminhamento da requisio ao Secretrio da Fazenda ou ao Prefeito Municipal competente, ou determinando diligncia que tenha por indispensveis ao esclarecimento da matria, marcando prazo para a execuo.
Art. 272 - Do Despacho do Presidente, que em definitivo resolver o pedido, caber agravo para o Tribunal Pleno, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua publicao no Dirio Oficial. Art. 273 - O despacho aludido no artigo anterior ser publicado no Dirio Oficial e dele enviar-se- cpia ao Juiz requisitante, para juntar aos autos que deram origem requisio. Art. 274 - Os pagamentos sero feitos dentro de verba existente, observando-se o disposto neste Regimento. Pargrafo nico - No caso de estar esgotada a verba, ser o fato comunicado ao Governo, para fins convenientes.
TTULO X Da Interveno do Ministrio Pblico CAPTULO NICO Do Procurador Geral e dos Procuradores de Justia
Art. 275 - O Procurador Geral da Justia e os Procuradores da Justia manifestar-se-o, conforme o rgo junto ao qual funcionarem, nas oportunidades previstas na lei e neste Regimento.
Pargrafo nico - A manifestao se efetivar no prazo estabelecido no art. 153. Art. 276 - Sempre que o Procurador Geral e os Procuradores tiverem de emitir o seu parecer, o relator mandar abrir-lhes vista dos autos, antes de pass-los ao revisor ou de pedir dia para o julgamento. Art. 277 - Na sesso de julgamento, o Procurador Geral ou os Procuradores usaro da palavra sobre o seu parecer, antes do relator proferir voto. Pargrafo nico - Havendo parecer escrito nos autos e no se encontrando presente o Procurador Geral, ou o Procurador, o Presidente do rgo que vai julgar o processo mandar que o Secretrio faa a leitura do mesmo. Art. 278 - O Procurador Geral ou os Procuradores tero vista dos autos:
I - nas representaes e outras argies de inconstitucionalidade; II - nas aes cveis ou penais originrias; III- nos conflitos de competncia;
IV- nos habeas-corpus originrios; V- nos mandados de segurana; VI- nas aes rescisrias e nas revises;
IX- nos recursos de habeas-corpus e outros recursos criminais; X- nos recursos de mandado de segurana; XI- nos outros feitos em que a lei impuser a interveno do Ministrio Pblico;
XII- nos demais processos, quando o requerer ou, pela relevncia da matria, o solicitar o Relator, as Cmaras ou o Tribunal Pleno.
Art. 279 - O Procurador Geral ou os Procuradores podero pedir preferncia para julgamento de processos em pauta.
TTULO XI Dos Servios Administrativos CAPTULO I Da Secretria Geral Art. 280 - Secretaria do Tribunal - dirigida pelo Secretrio Geral e supervisionada pelo Presidente do Tribunal de Justia, incumbe a execuo dos Servios Administrativos do Tribunal. 1 - A organizao da Secretaria, a competncia de seus vrios rgos e as atribuies dos chefes e dos servidores sero fixados em Regimento Interno, aprovado pelo Tribunal Pleno. 2 - O Secretrio Geral e os Secretrios, quando tiverem de comparecer a servio perante qualquer rgo do Tribunal, em sesso, usaro beca, e, em se tratando de outros funcionrios, usaro capa de cor preta. CAPTULO II Do Gabinete do Presidente Art. 281 - O Gabinete da Presidncia o rgo de assessoramento deste no tocante superintendncia administrativa que a ela compete. Pargrafo nico - Incumbe ao Presidente do Tribunal organizar o seu gabinete, dando-lhe a estrutura necessria
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execuo de suas atribuies e fixando a sua lotao. CAPTULO III Do Gabinete dos Desembargadores Art. 282 - Comporo o Gabinete dos Desembargadores:
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I - um assistente Jurdico, nomeado na forma do artigo 289, Lei n 1.503 81; II - um Assistente Judicirio, de confiana do Desembargador, recrutado dentre servidores do Tribunal, e lotado pelo Presidente do Poder Judicirio, que exercer a funo de Secretrio de Gabinete; III - um Auxiliar de Servio, de confiana do Desembargador, recrutado e lotado da mesma forma do item anterior.
Art. 283 - So atribuies do Assistente Judicirio: I - classificar os votos proferidos pelo Desembargador e velar pela conservao das cpias e ndices necessrios consulta; II - cooperar na reviso das cpias dos votos e acrdos do Desembargador, antes de sua juntada aos autos; III - fazer pesquisa bibliogrfica e de jurisprudncia;
IV - executar outros trabalhos que forem determinados pelo Desembargador, cujas instrues dever observar. Art. 284 - O horrio do pessoal do Gabinete, observada a durao legal, ser determinado pelo Desembargador. TTULO XII Das Disposies Finais CAPTULO I Da Reforma ou Alterao do Regimento Interno
Art. 285 - Alm da Comisso Permanente, qualquer Desembargador poder propor a reforma ou alterao do Regimento Interno, mediante apresentao de projeto escrito e articulado, devidamente justificado. 1 - No mesmo dia da sua apresentao, o projeto ser encaminhado pelo Presidente do Tribunal Comisso de Regimento Interno, para estudo e parecer dentro de oito (8) dias. 2 - Se, durante a discusso do Projeto no Tribunal forem apresentadas emendas, estas e aquele voltaro Comisso Permanente do Regimento Interno, para exame e parecer, dentro de cinco (5) dias. Art. 286 - Qualquer alterao do Regimento Interno somente ser considerada aprovada se aceita por dois teros dos membros efetivos do Tribunal e somente entrar em vigor de publicada no Dirio Oficial.
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Art. 287 - As modificaes a este Regimento sero baixadas pelo Presidente do Tribunal atravs de Ato Regimental, devidamente numerado, datado do dia em que foi aprovado pelo Tribunal de Justia e registrado em livro prprio na Secretaria do Tribunal.
Art. 288 - Sempre que surgirem dvidas sobre a execuo do Regimento e que o Tribunal, em sesso plenria, depois de ouvir a Comisso Permanente do Regimento Interno por cinco (5) dias, deliberar a respeito, tal deliberao, reunindo dois teros dos membros efetivos do Tribunal, ser tida como emenda aprovada.
Art. 289 - As disposies deste Regimento, enquanto no incompatveis com lei posterior sua vigncia ou modificao pelo processo nele estabelecido, no podero ser desobedecidas nem mesmo por deliberao da maioria do Tribunal, porquanto de observao obrigatria. Art. 290 - Os casos omissos neste Regimento sero disciplinados pelo Tribunal Pleno, passando a deliberao, depois de ouvida a Comisso de Regimento Interno e se for tomada por dois teros dos membros efetivos do Tribunal, a integrar este Regimento. CAPTULO II Da Revista do Tribunal de Justia Art. 291 - O Tribunal de Justia ter uma revista denominada JULGADOS E DECISSES DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO AMAZONAS, para publicao dos acrdos do Tribunal e das Cmaras e de sentenas selecionadas de Primeira Instncia.
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1 - A Revista ser semestral e a sua despesa prevista obrigatoriamente na dotao oramentria do Poder Judicirio.
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2 - Dirigida por um Desembargador e secretariada por um Juiz, designados pelo Tribunal de Justia, a Revista dever conter quatro (4) partes: a primeira, de Doutrina, nela podendo colaborar Desembargadores, Juzes, membros do Ministrio Pblico ou Advogado; a segunda, com a publicao de acrdos do Tribunal e das Cmaras e de sentena selecionadas; a terceira, Administrativa: Atos do Presidente do Tribunal, Conselho da Magistratura e da Corregedoria Geral de Justia; e a quarta, a Estatstica do Movimento Judicirio da Capital e do Interior.
Art. 292 - Este Regimento entrar em vigor na data de sua publicao no Dirio Oficial do Estado. Sala das Sesses do Tribunal de Justia do Estado do Amazonas. Em 17 de maio de 1984.