Thysanoptera

THYSANOPTERA
Tubias Espndola Vitor Cesar Willian de Moraes
Taxonomia
Reino: Animalia Filo: Arthropoda Classe: Insecta Ordem: Thysanoptera Sub-ordens: Terebrantia e Tubulifera
O nome da ordem vem do grego: thysanos = franja e pteron = asa que diz respeito as asas, que apresentam uma longa franja de cerdas.
Insetos conhecidos pelo nome trips, geralmente com pouco mais de 1 mm de comprimento. Na fase adulta de cor negra, marrom ou parda mais ou menos escura, alados ou pteros.
Desenenvolvem-se por neometabolia: ovo, dois estgios de ninfa que se alimentam, um estgio de pr-pupa e pupa que no se alimentam e o adulto E por paurometabolia.
Alm do tamanho diminuto, os trips caracterizam-se por apresentarem um aparelho bucal do tipo picador-sugador assimtrico, formado por uma mandbula nica a esquerda.
Outras Caractersticas
Presena de um arlio adesivo na extremidade tarsal.
Apresentam uma metamorfose intermediria entre a simples e a completa.
Renem cerca de 5 500 espcies descritas e esto agrupados em duas sub-ordens:
Terebrantia Tubulifera
TEREBRANTIA
Apresentam um ovipositor externo em forma de serra.
Nessa sub-ordem encontram-se oito famlias: Adiheterothripidae, Aeolothripidae, Fauriellidae, Heterothripidae, Melanthripidae, Merothripidae, Thripidae, Uzelothripidae.
Tubulifera
Possuem o ltimo segmento abdominal em forma de tubo e carecem de ovipositor externo. Nessa sub-ordem encontra-se apenas uma famlia que a Phlaethripidae
Os ovos de Thysanoptera so relativamente grandes em comparao ao tamanho da fmea que os deposita. A maioria das fmeas de Terebrantia perfura o tecido vegetal com o auxlio da terebra e deposita seus ovos dentro da planta.
Em contrapartida, os Tubulifera, por no possurem ovipositor externo, fazem suas posturas na superfcie do substrato, sendo o ovo recoberto por substncias gelatinosas que o protege da dessecao. O nmero total de ovos postos por fmea varia de 30 a 300, dependendo da espcie, do indivduo e da quantidade e qualidade de alimento disposio.
Os trips podem ser fitfagos, predadores, ou ainda alimentarem-se de plen, esporos e hifas de fungos. Devido a essa plasticidade no seu hbito alimentar estes insetos ocupam um nmero variado de habitat, tais como flores e folhas de inmeras espcies vegetais e cascas de rvores. Podem tambm estar associados a ninhos de pssaros e mamferos, ou ainda formigueiros e cupinzeiros.
Distribuio Geogrfica
Os trips esto dispersos por todo o mundo, com predominncia de espcies nas regies tropicais, seguidas pelas regies temperadas e rticas.
Assim, a apreciao das diferenas comportamentais dos tripes em relao a sua distribuio importante para os entomologistas envolvidos com pragas e disperso de doenas por vrus.
Danos, Prejuzos e Utilidades
Cerca de 1% do total das espcies de Thysanoptera, a maioria Thripidae, so consideradas pragas em diversos tipos de plantas cultivadas. Os trips promovem danos diretos, por destrurem os tecidos da planta ao succionar o fluido vegetal, e danos indiretos, pois atravs das laceraes tissulares, uma srie de patgenos, como fungos, bactrias e vrus podem penetrar no vegetal.
Certas espcies de tisanpteros so transmissoras de viroses que provocam muitas vezes prejuzos na agricultura. Dentre as plantas atacadas por trips no Brasil, destacam-se: amendoim, algodo, banana, cebola, tomate, citrus entre outras.
Entretanto, muitas espcies de trips so benficas, por auxiliarem na decomposio dos nutrientes, e por possurem grande potencial no controle biolgico de outros artrpodes e plantas invasoras. Porm a principal importncia desses insetos sua atuao como polinizadores, que vem sendo comprovada em diversos estudos.
Controle
Os bananicultores realizam o controle de trips por meio da eliminao do corao, despistilagem dos frutos, pulverizao com inseticidas diretamente no cacho e proteo com sacos plsticos. Alm da pulverizao, se utiliza o saco plstico tratado, que j possui impregnao do inseticida.
Atualmente os produtores desenvolveram uma tcnica chamada de gravatinha, que consiste em pendurar pequenas tiras de saco tratado com inseticida nos cachos e ensaclos com saco no tratado, diminuindo os custos de controle da praga.
Tripes da erupo dos frutos Frankliniella spp
As espcies com maior distribuio geogrfica so Frankliniella parvulla e Frankliniella insularis, entretanto Frankliniella brevicaulis e Frankliniella fulvipennis ocorrem com maior freqncia no Brasil. Os ovos so colocados individualmente na epiderme da casca de frutos jovens com menos de duas semanas de idade.
O ciclo de desenvolvimento de ovo a adulto varia de 13 dias a 29 dias. A pupao ocorre no solo, principalmente na rea de projeo do cacho.
As formas jovens podem ser brancas ou amarelo-claras e, como os adultos, so muito ativas. Os adultos apresentam colorao marrom-escura e so encontrados geralmente em flores jovens abertas. Tambm podem ocorrer naquelas flores que esto ainda protegidas pelas brcteas, alimentando-se nas brcteas e, algumas vezes, sobre frutos jovens.
Danos
Os danos manifestam-se nos frutos em desenvolvimento, na forma de pontuaes marrons e speras ao tato. As puncturas resultantes da oviposio sobre o fruto reduzem o seu valor comercial, mas no interferem na qualidade da fruta.
Controle
Alguns autores concluram que no h controle prtico dessas espcies, pois os trips ovipositam antes que o cacho seja ensacado. Contudo, a aplicao de inseticidas no solo, a despistilagem dos frutos e a remoo do corao podem reduzir a sua populao.
Trips da ferrugem dos frutos Chaetanaphothrips spp., Caliothrips bicinctus e Chaetanaphothrips orchidii e Tryphactothrips lineatus Chaetanaphothrips signipennis esto relacionados com o sintoma da ferrugem dos frutos. No Brasil, alm de C. orchidii, as espcies Caliothrips bicinctus e Tryphactothrips lineatus so as mais freqentes.
C. bicinctus so insetos pequenos, que vivem nas inflorescncias, entre as brcteas do corao e os frutos.
Os ovos, colocados sob a cutcula do fruto, so cobertos por uma secreo, que se torna escura.
As formas jovens movimentam-se lentamente e so claras, enquanto que os adultos so escuros.
Danos
Esses tripes provocam a ferrugem dos frutos, o que diminui sua qualidade, embora o dano no afete a polpa da banana. Entretanto, frutos atacados no so aceitos para exportao.
O dano causado pela oviposio nos frutos jovens, com subseqente alimentao por larvas e adultos na epiderme do fruto, localizando-se, principalmente, na rea de contato entre os dedos. Em frutos com 30 dias de idade, as reas atacadas so ligeiramente esbranquiadas.
medida que o fruto se desenvolve, os sintomas tornam-se mais severos. Assim, em frutos cujo dimetro de 32 mm, a epiderme perde o brilho e torna-se marrom avermelhada e spera. Em casos de forte infestao, a epiderme pode apresentar pequenas rachaduras devido perda de elasticidade.
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