Botânica
Botânica
Botânica
clorofilados e pluricelulares (exceto algumas espécies de algas clorofíceas, que são unicelulares).
Os vegetais compreendem um vastíssimo grupo de seres vivos. Esse reino está representado por
três filos: de algas (Chlorophyta, Rodophta e Phaeophyta), pelo filo Briophyta e pelo filo Trachaeophyta.
Dá-se o nome de Botânica ao ramo da biologia que estuda as plantas. Estas provavelmente
originaram-se de algas verdes e, através de modificações evolutivas, adquiriram características que
permitiram a elas conquistar o ambiente terrestre. Essas características envolveram o desenvolvimento de
estruturas e mecanismos úteis à obtenção e economia de água e meios reprodutivos adaptados ao
ambiente terrestre, tais como gametângios (órgãos produtores de gametas) e embriões que se
desenvolveram dentro de gametângios.
1
Vegetais Avasculares: BRIÓFITAS
As briófitas (bryon (grego)-musgo; e phyton (grego)-planta) foram os primeiros vegetais que se
adaptaram à vida terrestre. Compreendem um grupo de plantas avasculares, isto é, destituídas de tecido
condutor de seivas. O transporte de substâncias é feito por difusão, de célula para célula.
São plantas de pequeno porte (alguns milímetros ou centímetros de altura), encontradas em locais
úmidos e sombreados como, por exemplo, nas matas tropicais. Aí, distribuem-se pelo solo, em troncos de
árvores, terrenos em declive, e poucas espécies são encontradas na água doce. Além disso, algumas
apresentam adaptações que permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo tanto
à imersão, em ambientes totalmente aquáticos, como a desidratação quando atuam como sucessores
primários na colonização, por exemplo, de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em regiões polares.
Apresenta-se, entretanto sempre dependentes da água, ao menos para o deslocamento do anterozoide
(gameta masculino) flagelado até a oosfera (gameta feminino). Esta Divisão não possui representante
marinha.
O seu pequeno porte é explicado por falta de elementos de sustentação e de um tecido condutor
que poderia compensar a água absorvida do solo com a água transpirada pela planta.
Em seu ciclo de vida as briófitas passam por duas fases que se alternam: uma assexuada e
diplóide (que é o esporófito, de curta duração) e outra haplóide e sexuada (que é o gametófito, de longa
duração). Aliás, o que frequentemente se vê da briófita é o gametófito, que é autótrofo e garante a nutrição
do esporófito.
Para que você já forme uma ideia de uma briófita, descrevemos o Polytrichum ou musgo vulgar,
que é uma planta mais evoluída das briófitas.
O gametófito (n) dessa planta é constituído de rizóides, caulóide e filóides. Nesses gametófitos
se formam os gametângios, que são os órgãos produtores dos gametas. Há os arquegônios
(gametângios femininos) e os anterídios (gametângios masculinos).
2
As briófitas estão classificadas em três grupos: Hepáticas, Antocerotas e Musgos.
3
a conquista definitiva do ambiente terrestre. Os vasos permitem o transporte rápido da água e sais
minerais até as folhas e de seiva elaborada para as demais partes da planta. Por isso, são considerados
vegetais terrestres, com tecidos verdadeiros, inclusive os de condução. Foram os primeiros vegetais a
formarem grandes florestas que dominaram a terra. Seus fósseis deram origem à hulha ou carvão mineral.
Também não têm flores e seus órgãos reprodutores também são os anterídios e arquegônios. Possuem
alternância de gerações obrigatória onde, ao contrário das Briófitas, a fase perene e mais desenvolvida é o
esporófito, formado por raízes, caules e folhas; a fase gametofítica (protalo) é pequena e tem vida curta.
Isso é o que veremos mais tarde.
Constituem, na escala evolutiva, as primeiras plantas a apresentar um sistema de transporte de
seivas. O maior grupo em espécie é o das Filicíneas onde se encontram as samambaias, as avencas e os
chifres-de-veado.
No caso das samambaias, uma das características é o desenvolvimento
das frondes (folhas) a partir de uma estrutura em que os órgãos em
desenvolvimento se encontram espiralados, formando o que se chama de
báculas. Na figura ao lado, vemos frondes em desenvolvimento apresentando
báculas nos ápices.
O ambiente ideal para a maioria das pteridófita é aquele sombreado e
com bastante umidade, embora algumas espécies consigam viver em latência
em ambiente seco e bem iluminado.
Essas plantas, como as briófitas, estudadas anteriormente, dependem
da água para realizar a reprodução sexuada. Daí a abundância dessas plantas
nas matas onde é grande o teor de umidade.
Em sua reprodução sexuada há a alternância de gerações, sendo que o esporófito (2n) é de longa
duração em relação ao gametófito (n) que é efêmero.
Em algumas folhas, denominadas esporofilos, notam-se aglomerações de esporângios formando
os soros. Nos esporângios, por meiose, formam-se os esporos.
4
Entre outras espécies de gimnospermas citam-se as do gênero Pinus (na Europa e América do Norte), as
sequóias (árvores gigantes de mais 100 metros de altura e 10 a 12 metros de diâmetro, nos EUA), além
dos ciprestes. Ao contrário das angiospermas, não produzem frutos, pois suas flores são desprovidas de
ovário. Portanto, suas sementes ficam desprotegidas, nuas. Daí o nome gimnospermas (sperma =
semente; gymnos = nuas), dado a esse grupo de plantas.
CICLO REPRODUTIVO DAS GIMNOSPERMAS
Os organismos desse grupo reúnem espécies monóicas ou dióicas, porém com reprodução
sexuada:
- As monóicas caracterizam-se por manifestar em uma mesma planta, ambas as estruturas reprodutivas.
Normalmente os estróbilos masculinos se dispõem próximo à base da copa arbórea, e os estróbilos
femininos mais em direção ao ápice.
- As dióicas representam espécies onde os distintos estróbilos são formados em diferentes indivíduos, uma
planta masculina e outra feminina.
No ciclo de vida das gimnospermas ocorre a alternância de gerações.
5
produtores dos ecossistemas terrestres, servindo para alimentação (cenoura, alface, mamão, feijão),
aplicações industriais (jacarandá, algodão), ornamentação (orquídea) e fabricação de produtos
farmacêuticos (camomila).
Dos vegetais vasculares, os mais evoluídos são as angiospermas, dotadas dos seguintes órgãos:
raiz, caule, folha, flores, sementes e frutos.
As variedades de angiospermas
As angiospermas estão divididas em duas subclasses: Monocotiledêneas e
Dicotiledôneas. Que apresentam as seguintes diferenças:
QUESTÕES DISCURSIVAS
1 – Diferencie e exemplifique:
a) Criptógamas e fanerógamas;
b) Vasculares e avasculares
2 - O moderno sistema de classificação do mundo vivo, idealizado por R. H. Whittaker, considera a existência
de cinco grandes reinos. Em relação ao reino Metaphyta, responda:
a) Quais os critérios para que se possa incluir determinado organismo nesse reino?
b) Quais os grupos que, em sequência evolutiva ascendente, compõem esse reino?
3 - A que se deve o pequeno porte das briófitas?
4 - Qual a importância das pteridófitas no aspecto evolutivo das plantas?
5 – Em um brejo, encontrou-se grande quantidade de briófitas e pteridófitas. Todas as briófitas eram pequenas,
com poucos centímetros de altura, ao passo que algumas pteridófitas alcançavam até 2 metros. Que diferença
na estrutura anatomofisiológica desses grupos justifica essa diferença? Explique:
6 - Onde se encontram as gimnospermas no Brasil. Qual o seu principal representante?
7 - Faça a diferença entre monocotiledôneas e dicotiledôneas:
8 - Cite algumas semelhanças e diferenças entre gimnospermas e angiospermas: