Neuroanatomia Humana
Neuroanatomia Humana
Neuroanatomia Humana
LATERAL
Do
ENCFALo
: : --
Coroctersticos Mocroscopicos
Seleo de Giros, Sulcos e Fissuros
AU]FS ICIE
MEDIAL DO ENCFALO
: : :
MI]IFS
TI,.J]]E --ICI E
: : :
-:
,ffi::3
coRoNAL
2:
PRoSENCTnIo
No
NVEL DoTALAMo
: Coroctersticas Mocroscopicos : 3rupos de Celulos e Fibros Se/ecionodos &E-.: CORONAL 3: pROSENCrnlO NO NVEL DAJUNO
"iIiIIIEF .
: E FALO-TALAM O
Coroctersticas Mocroscpicos
CORONAL 5: MESENCFALO CAUDAL CORONAL 6:PONTE E CEREBELO ,T':!C CORONAL 7: BULBO ROSTRAL :m::rC CORONAL 8: BULBO MEDTAL
:ffia
iffi[:!3 lffi:rC
-rc
*'E] -LA
+ +-tMtA
: I
r,
,'-: -ATERAL
-:
ENTRAL
ENCEFALICO REMOVIDo)
C A P i,T U
LO 7 .
APNDICE: GUIA
NNTROPUAO
Como veremos no restante deste livro. uma forma til de se proceder a.-,plorao do sistema nervoso dividi-lo de acordo com suas unes. Assir.
sistema olfativo consiste naqueas pores do encfalo que esto envolvidas c :: o sentido do ofato, o sstemavsualinclu as partes reacionadas com a vis, assm por dante. Ainda que essa abordagem funcona no estudo da estru:--r
do sistema nervoso possua muitos mritos, ela pode tornar difcil de enxe:-i o "grande cenrio" - o de como todos esses sistemas encaixam-se juntos i:: tro do volume que denominamos encalo. O objetivo deste guia ilustrad auxili-lo a aprender imediatamente um pouco da anatomia que ser nec-.:ria nos captulos subseqentes. Nosso enoque, aqui, consiste em dar rorr! :r' estruturas e observar como eas esto flsicamente reacionadas no espao: i: signiflcado funciona o assunto do restante do voume. O guia est organizado em seis partes. A primeira abrange a anatomia . terna ou de supercie do encfalo, as estruturas que podem ser visuaiz=-': mediante a inspeo do encfao inteiro, alm daqueas visveis quando os : hemisfrios cerebrais so separados mediante uma seco no plano median seguir, observaremos seces transversais do encfalo utilizando uma sr-; :r'" cortes contendo estruturas de interesse. As terceira e a quarta partes estud=-: brevemente a medua espinhal e o sistema nervoso vegetativo. A quinta ;.-'r' do guia iustra os nervos cranianos e resume suas diversas funes, enqua.-: tima iustra o suprimento sangneo do encfao. O sistema nervosa possui um assombroso nmero de partes diferencia:; Neste guia, veremos aquelas estruturas que aparecero mais tarde ao ong volume, quando estivermos discutindo os diferentes sistemas funcionais. E:.: tanto, mesmo um atas resumido de neuroanatomia como este j introduz - -vocaburio novo de dimenses ormidveis. Assim, para auxili-lo no aprc : zado da terminoogia, acrescentamos uma extensa reviso no fim do apnr-r um autoteste na forma de exerccios de preenchimento de acunas.
:
,!
Vrsta dorsal
Areor
Anteror +
l
I
.
t\
^ ,i
.)
,l /,i
fr
.f
I
v l
V
I
Poster,or
Posterior
t.. t,
| l
I
'.
i
.t
1l
r-1
-ri I \
,t
.\
1'l
a
| 't , (
I
:
(0 5x)
(0,sx)
Vista lateral
/
Vista medial
--t
Anteror
Posterior
CAP
ITU
LO 7 .
do encfao em tamanho real. Uma inspeo gera revea trs porcs principais: o grandc r,.t-.i,,-,,, ,, i,,,,,.,, , ,,-(., a:, lrtc, que forma seu tao, e o r,',-{.i)r,to. ce aspectct onduaclo. O minscuo r,;lrr; ri::.t ,ri:io js f1"5.o tambm pode scr
'
\
,/
oalrio
./;
ANATOI']IA DE
SUPERFCIE
DO ENCEFALO 209
.
-
--
=.o de Giros, Sulcos e Fissuras. O crebro desta=-a sua superfcie convoluta ou enrugada. As salin:hamadas de giros. enquanto as reentrncias so deso denominados
O padro exato dos giros e dos sulcos pode variar -:::r'emente de indivduo para indivduo, mas mui-:---ersticas so comuns a todos os encfaos humanos.
..
Aguns imites importantes so aqui indicados. O giro prscentral est situado imediatamente posterior ao snlco ccuttal e ao giro prc<-cen1ral. Os neurnios do giro ps-central esto relacionados com a sensao somtica (tato, Captulo l2) e os do giro pr-central controam os movimentos vountrios (Captulo l4). Os neurnios do giro tetnporal sltpcrior esto relacionados a audio (Capitulo ll).
Sulco central
' -ros Cerebrais e nsula. Por conveno, o crebro :--.idido em lobos, nomeados com reao aos ossos :---o que esto logo acima deles. O sulco central divide :,)lt do lobo parietai. O lobo temporal ocaliza,--::amente profunda f,ssula lateral (de Sylvius). O -- rrital, localizado na regio caudal do crebro, cir-
(0,5x)
cundado pelos lobos parietal e temporal. A nsna (do latim para "ilha") uma poro ocuta do crtex cerebral, que pode ser visualizada se as margens da flssura latera forem cuidadosamente afastadas (detalhe). A nsula limita e separa os obos temporal e rontal.
Lobo parietal
Lobo occipital
(0,6x)
2IO CAPiTULo 7 .
APND]CE:GUIAILUSTMDODENEUROANATOIY]AHUIYANA
(<l) Cnict':s Sensouiais, Moorcs e rcas Associai.iv;rs icais. O crtex cerebral organiza-se como uma cocha de retalhos. As distintas reas, identiflcadas primeiramente por Brodmann, diferem umas das outras em sua estrutura microscpica e em sua funo. As reas visuais 17, l8 e 9 (Captuo I0) encontram-se no lobo occipital, as reas sensoriais sornticas l, 1 e 2 (Captulo l2) ocaizam-se no lobo
Cortr
parieta, e as reas auditivas 4l e 42 (Captulo 1l) situar-se no lobo temporal. Na superfcie inferior do lobo parie:: (o oprculo) e oculto junto com a nsula, est a rea gus:tiva 43, envovida com o sentido da gustao (Captuo E Alm da anlise da inormao sensoria, o crtex cer:bral apresenta um papel importante no controle dos mor-mentos voluntrios. As principais reas de controe mor. - crtex motor primrio lrca 41 , a r'ea ltoto[a su llentar e a rea pr-rnotora - locaizam-se no obo froni. anteriormente ao suco central (Captuo l4). No encfahumano, grandes extenses de crtex no esto envolvii: diretamente com funes motoras ou sensoriais: elas cor_.-
tituem
tulos
as reas associativas corticais. Algumas das reas a. sociativas mais importantes so o crtex pr'-frontal (Car
Area pr-motora
(rea
6)-
r(r
--
/
Crtex visual (eas 17, 18, 1e)
ri\
(0,7x) Crtex pr-rontal
n#
i!
reas motoras
reas sensoriais reas associativas
ANATOIY A DE SUPERFICIE DO
ENCEFALO 2I
falo,aponteeobulbo.)
lamo
/'
f(t
t
Hipotlamo
\\
Cerebelo Ponte
"rrr'"'^/'
212 CAPiTULO 7 .
APNDICE:GUAILUSTRADODENEUROANATOI4IAHUI4ANA
ser observadas examinando-se a superfcie rncdiallo en_ calo. Note a superfcie seccionad do t.orprr taloso, ul. imenso feixe de axnios que conecra os dois latlos do c_ rebro. A contribuio nica dos dois hemisfrios cerebrais atuando conjuntamente na funo do encalo humano p<lde scr estLldada em pacientes nos quais o cc)rpo calo_ so loi (Captulo 20). O lrirlrrir 1do larrn para .scccionado "ul:o") outro lcixe 1rr<lenrincnte rlc fibras que conca o hipocarnpo dc cacla lado conr o hipclrlanro. Alguns dos
{}} ir.)1_-!t'rrr.'i_)!; {i) -i,i,(}.;cnt.altl. Aqui Se mostram as importantes estruturas do prosencfalo, as quais podel
axnios do frnix participam da reguao do armazer: mento da memria (Captuo 24). Na iustrao inlerior, o encfao foi evemente inr nado para mostrar a posio da arrrgcaa e do ripocarAmbas as estruturas situam-se, de fato, sob o crtex. :_ modo que a ilustrao simula uma ,,viso de raio X,, c.: mesmas: eas no podem ser observadas diretamente :superfcie. A amgdaa (do latim para ,,amndoa,,) u- . importante estrutura que regula os estados emocion. (Captuo l8), enquanto o hipocampo importanre par: , memria (Captuos 24 e 25\.
'i'l
Li
Giro cingulado
/'
\\, \\-
Bulbo olatrio
(0,7x)
(0,7x)
Amgdala (abaixo, encoberta pelo crtex)
ANAIOI'1 A
D:
SUPRF,C E
DO
ENCIAlO
2I3
As parcce s atcrais clas porrcs lltares dcl cltaf -o l,-.,-r riir \tr,. iti'r), o.-1, I
rs lla vista eclia do encfao. So rcterenciais -t)s, l)orqrc o tlano c o hilotlano situarl-se tcrcciro vcltrcLo, o rnescnclalo ocaliza-se
-rrcduto, a )oltc, o cercbclo e o tr-lbo raqr,cio lral lorma as parc'clcs do canal llcd-ar.
so cstrntutas cl parcs crc Os, L I,., r.':,'-. crcrger co tcrcciro vel1rcu1o, abrinrcl-se coro as gal-racas clc nrn vcaclo. Uma vista "enr raios X" dcl ventrcuo latcral, qrc sc ocaliza sclb c11e x, n-rostrada ua ir,rstrao inlcrior. Arnbos os elislrios ceretrrais circnndar-n os ve ntrcnlos latcrais. Note corncl urn corte corona do elrclalo lo lve ca jr-rno tarno-nresenclalo inLercepla cluas vczcs os "co[]los" do verrtrculo lateral ce
cac'la
rcn-ristrio.
, -.-_.:_,4:1-_;\
'
/
_#
!,
\. .--
tL/
H ! F.
t
'\
.t
,--
_{
"{t---
/ ./\
=
.t'
'i- )--:.
r-
to
ce
rebral
a"
/, /..
/
,1,
!.1\. ;'t
Quarto
ventrculo
s'/
---'-
(0,7x)
'y--+-
z'1
/y'
.y'
"'n
I
../"
lateral r- -l'''
(0,7x)
Tronco enceflico e cerebelo removidos e encfalo levemente girado
214
CAPITUiO
APND
C-
CU
I]UIYANA
tliat.rrnetttc arttt'r'ior ao lriIotjlarro. e.11,iorrna ontle rruilos arnios qrrc provnr clos oltos clccussar-rr, islo , alravessan dc trr-rr acct para o oUtro. Os leixcs atonais anteriorcs ao c1naslta, qLe cllcrgett ca rcgio lrostcrior
clos posLeriorIe1e cont ntais cletajJrcs 1cs1e suia. Tar_ beim sc obscrva o rriri.;srr-,t c!1,.rttr er-1 or-ttta clc X. jlte-
Supercie Ventral do Encfalo o aclcl irfcrior do crcbro p.ssui'rritas caractcrsticas anat'ricas dist'tas. observe ()\ lcrvos c'rergir-rcr. d. trolco c^cclico; cstcs so r)s _ \ ()\ ,-..1..t::.s. lostra_
rlrt
jtl sorrr 1t_rPitllo ().(lnt rir. ' , LIr (51r'al() pr11t,trtpr t1( rij slpttr.lir c yL ilo 11;1i'.rlr:. :tr.. ilitit:o: rrr llj|111.1-,,,,, 1,,, tilll ,la t jr t rr!t.ir i,t rlrrt',ll lrr/(,1( .r nrt.rrrri: i,r r .tIit Lrit, I .,tt rt 111,1;1rt ,tl\n rio jli111i1 (u[r:r't.\.rrrs |.i vi\l,t \L1., ()irserrr.L.ttla. ()\ ., ,,,1 , ,,. l(,ip!lrrlo.\i.
I I
do olho, so os {.,-\,ot rirlir os. Os teixes sitnacos Irrriorntcnte ao quiasnta, qlre cesaparcccl ctro do tla:
I
Bulbo olatrio
\
Qrt;rsrii;t optrco
/\
-!
\r
lI
'l'f,
rl'
\
r-'
-r\.
I
,-'=' ---'
I
,
I
l,ilotel;.
I
Corpo mamilar
\r
.-a. \
'l\!
"
^.
',."1-*--
t
\\
-z'
iir:lDo
/ t, i :"
'
i:: I
''irt
--.
-r'.
'""f f
'
--'--
\,\
\Po''r,l
\,n
{ .r _ )-.
'/
./il
(1x)
ANATOI.{ A DE SJPERF-Ci: DO
ENCEiALO 2I5
, ,
I
I
I
granclc crcbro. Obscrvc o par de hcrrislricts cercbrajs. Estcs es1o concctados peos axr-ri1;5 ls r oir(i t,rilrrr (Captno 20), qr-rc pode ser visto se os tenrislrios loretr
A vista tredia co cnc1ao, previanlctc -osLada, inclicava o co:po ca.loso crr-t scco 1rarsvcrsa.
atastaclos lcvcrrrcnte (cletalrc').
'l)
\
{$}
I
He
tl
serro lisqueico
"t,
Hemisrio direito
/ -/'l1
\,
t
I
,
,l
\___
,.-
-.
i.)
'
Sulco central
r.
L.
'{
-I
(1X)
ApNDiCFr
GUtrtrlSiB.ADoDE\t[URoA\AiotyAtUyrANA
pca levcnrentc itrcinacla para frcrtc, o t, ..,. , (Llc dornna a visla corsa do enccjfao. O ccrcbelo, Lu-a e s1rLtlrra cnvovicla no controe nlotc)r (Captr-ro 4), divide-se crn dois hetlisfrios e cm uma rcgio ccntral ccnctmilaca r. ,, , (do latinr, par:a "vermc").
Vetnts
(0,95x)
Medula espinhal
A superfcic dorsal do tronco cncellico 1o cxposta aprs rcrnoo clo crcbro e co cercbeo. As divisitcs plincipas do trctnco enccllico esto indicadas nct lado csq[erdo, enquanto or]1ras csl[Lltrras csltecf,cas, apontadas no lado cireito. O,,r r,: ,. ,: I ,localizado corsamcu1e ao 'rl ,- ,,.r, sccrela rucatonina c cst rclacionaclo com a reqrrao do sono e o comportalttcr-rlo scxual
metos ocnlares (CapLulo 4), cnquant<t o ,o i. 'r: ,. urn cornponentc inrportanle co sisteuta auditivo (Cal. Ill. Colliculus originrio co latint e significa "mon1r Os ,, i;r: r i {)\ i,r i.,rl ,: , . so largcts fe ixes de axnio. conectal o cercbcl<l conl o lronco enccflico (Captukr
(Captulos 7 c 9). O rii,-, i) ,i, ',.,r rccetre afcrt dircta dos olhos (Captulo 0) e relaciola-se conl os
Tlamo
lVlesencfalo
Quarto ventrculo
(assoalho)
(1x)
(CORONAtS) 2a7
:NATOMIA DO Eh{CEFALO M : E CES TRANSVRSAIs (C0R,ONAts) - :rpreendermos o encfalo, necessitamos estud- jentro, o que realizado examinando-se
seces
::sais. O seccionamento pode ser feito fisicamente, = -rio de uma lmina, ou mediante imageamento - --o-invasivo do crebro vivo, por RM ou TC. Para --::-der a organizao interna do encfalo, a melhor -=-em realzar cortes coronais, perpendiculares ao ::.-nido pelo tubo neural embrionrio, o neuroexo, o : -. ai incinando com o crescimento do feto humano.
especiamente no nve da juno do mesencfalo com o tlamo. Conseqentemente, o melhor plano de corte depende exatamente de onde estamos observando ao longo do neuroeixo. Nesta parte do guia, examinaremos desenhos de sries de seces coronais do encfalo, mostrando a estrutura interna do prosencalo (cortes coronais 1 a 3), do mesencalo (cortes coronais 4 e 5\, da ponte ao cerebelo (corte corona 6) e do bulbo (cortes coronais 7 a 9). Os desenhos so esquemticos, e, s vezes, as estruturas dentro da fatia esto projetadas sobre a superfcie visvel da prpria atia.
Seces do prosencalo
@O
(0,6x)
2I8
CAPTU
tO 7 .
APNDICE:GUIAILUSTRADODENEUROANATOIYAHUIYANA
--'
Ventrculo late-=
(1x)
ANATOTYTA
DO ENCEFALO
EM SECOESTRANSvERSA|S
(CORONAtS) 219
(b) Grupos de Clulas e ibras Selc.cionadas. Vamos examinar em maior detahe as estruturas do prosencalo. A cpsula iterla um importante agrupamento de axnios que conecta a strbstncia llranca corlical com o tamo, enquanto o cor)o caoso um enonne conjltnto
de axnios que une o crtex cerebral de ambos os hemisfrios. O 1(rrnjx, j mostrado na vista medial do encfao,
aparece aqui em corte coronal, onde est envolvendo a haste do ventrculo latera. Os neurnios da vizinha rca septal associada (do atim para "divisria") aporram axnios ao frnix e esto invcllucrados no armazefanento da memria (Captuo 23). Trs agrupamentos nenronais importantes do telencfalo basal tambm so indicados:
o ncleo caudado, o ltutrtren e o gkrbo plido. Coetivamente, estas estruturas so chamadas de "gnglios da base" e constituem uma importante regio do sistema cerebra que controa o movimento (Captulo l4).
qmqciflento de ibras
Agrupamentos celulares
Crtex cerebral
-':
:loso
Area septal
Ncleo caudado
Globo plido
220
CAPTULO
il
,r{lll
t1
se
obs.:
r,,,
Lll
I lil
|II1
llil1
>
s
IY
Ventrcu lateral
Terceiro ventrculo
Ncleos da
base
Hipoilamo
(1X)
(CORONA|S) 221
---.Dos cle Ccslulas e Fibras Selccionaclas. Vrios illI . -::tentos celulares e de fibras aparecem neste nvel
_:oeixo. Uma estrutura evidente no telencalo - ..a, que est relacionada com as emoes (Cap LLLI : e a memria (Captulo 24). O tlamo divide-se ,'r,,n ' -:,eos, entre os quais dois deles esto indicados, o , ' -. entral posterior e o nceo ventral atera. O tla-
terior formam parte do sistema motor (Captulo t4), os quais enviam seus axnios ao giro pr-central do crtex motor. Abaixo do tlamo, localizam-se o subtlanto e os
cor)os r.nantilarcs hipotalmicos. O subtlamo forma parte do sistema motor (Captulo 14), enquanto os corpos
mo envia muitas aferncias ao crirtcx cerebra, projetando axnios de diferentes ncleos a diferentes reas do crtex. O ncco vcntral lostcrior, uma poro do sistema somatossensorial (Captulo I2), projeta-se ao giro ps-central do crtex. O rrcleo vcntra atcra e o ncleo ventral an-
mamiares recebem informao do frnrix e contribuem para a regulao da memria (Captulo 24). Como este corte invade o mesencfao, pode se visualizar uma pequena poro da substncia nigra na base do tronco enceflico. A substncia nigra tambm pertence ao sistema motor (Captulo I4). A doena de Parkinson produto da degenerao desta estrutura.
Corpo caloso
Crtex cerebral
,"
riilil:ri:,entral
i<[qr,-!
/*
s
('
--(.
Ncleo caudado I
.:i
::
lluril:r:
,entral
lllile'-': -
Cpsula interna
lrAmgdala (1x)
Subtlamo
Corpo mamilar
222
C A P T U
LO 7 .
\l
/
Terceiro ventrculo
'+; /'f }
iix
Ventrculo la=n
\r
),
/,
lrililr
aooo,uroor",4
Mesencfalo Aqueduto cerebral
(CORONA|S) 223
(b) Grupos de Clulas e Fibras Selecionadas. Esra seco contm dois importantes ncleos do tlamo: os ncleos
genicuados medial e lateral. (Genicuado provm do latim para "joelho".) O nrceo genicuado atcral envia informao ao crtex visual (Captulo l0), e o r-rcleo ger-ricr-rlado nedial transmite informao ao crtex auditivo (Capitulo lI). Note tambm a ocalizao do hipocampo, uma forma relativamente simpes do crtex cerebral que circunda o ventrculo lateral do lobo temporal. O hipocampo (do grego para "cavalo marinho", pois lembra sua silhueta) desempenha um pape importante no aprendizado e na memria (Captulos 24 e 25).
f
\ \,,
--+lr
cerebrar
,,---.--crrex
}!
-. r
t g.{
6l
,]
Hpocampo
224
CAP
iT U
Lo 7 .
APNDICE:GUIA
ILUSTMD.
DE
NEUR.ANAT.'IIA HUMANA
\ir)('ilil' pertence
Colculo
rrp"rior\
Aqueduto cerebral
;,
I
periaquedural
Substncia cinzenla
.....--
substncia
nig'='/
Ncteo
//
(2x)
rubro/
t
nvel, os rolit rrio' nlu1ilr.t s (parte clrt sislc-ma
Captultt I t ) csto to
Lrns l-ro
t.estr:
,i!i
ar.rclili,r,o _
'T'
res. Revcja a vist.r rlorsal rlo trotrco encelico para ob-sen,ar (oro os colcukls strpcriores c. inlcriores escrsituados per_
4il
'll"
'
tlos otrlros.
Colculo inerior
cerebral
/^o"0"'"
Substncia
nigra/
-t-t
(2x)
ANATOTY rA
DO ENCEFALO
225
hlc:o Coronal : Ponte e Cerebelo r ,,1 - -. mostra a ponte e o cerebelo, pores do rom'- : :ostral que limitam o qrrarto vcntrculo. Conor'rlLL
i:
controle do
cerebelar ori: jos nceos )olllillos, enquanto as eferncias do ::lergem dos r-rceos ccrellclarcs protlrndos (Ca- . A formao reticular distribui-se desde o me-
sencfalo at o bulbo, posicionando-se no centro do tronco encefico, exatamente por baixo do aqueduto cerebral e do quarto ventrcuo. Uma das funes da ormao reticular regular o sono e a vgia (Captulo l9). AIm disto, outra funo da forrlao reticular poltina o controle da postura corporal (Captulo l4).
Ouarto ventrculo
ii:
l, t lr.l
Crtex cerebelar
i:.,
Ncreos
' --.,t"; -
Ncleos pontinos
: : :rvovendo o clrarto veutrcno torna-se o bulbo ,, O bubo uma regio complexa do encfalo. Ana, . j. aqui, somente aquelas estruturas cujas funes
',
o encfao que
::rcionada posteriormente no livro. No assoalho do :ntrcuo, esto localizadas as pirmicles butrares, ::rssos de axnios que descem do prosencfalo at -.: espinhal. As pirmides contm os tratos crtico-
voluntrio (Captuo 4). Vrios ncleos que pertencem ao sistema auditivo tambm se encontram na poro rostral do bulbo: os nrccos coceares cor:sa c veltr:a (Captuo ll) e a oliva acc'ssriria ou para-oliva*. Tambm ali se encontram a oliva inlcrior, importante para o controle motor
(Captulo 14). e o nceo da lafc', reevante na modulao da dor, do humor e da vigia (Captulos 12, 19 e 22).
Quarto ventrculo
Ncleo coclear venlret Ncleo da rae Oliva acessria (para-oliva) Oliva nerior
------_
(2x)
^,o"nutdar/
Os autore s tentaram demonstrar, originalmente, nessa posio, a oiva superior, componente do sistema au ditivo (Captu lo I ). Na verdade, a oliva : jamais apareceria nesse corte, pojs ea est posicionada mais rostramente (e dorsamente) em reao a oliva inerior, no tronco ence{lico.
226 CAPiTULo 7 .
APNDCE:GUIAILUSIRADODENEUROANATO/YIAHUIYANA
es gustativas (Captulo 8), forma parte do ucr tracto soitrio maior. que regula aspectos da func ' ceral (Captuos l5 e t6). Os ncleos vesribuarcs e:-,jr envovidos com o sentido do equilbrio (Captulo I
Quartoventrculo
Ncreovestiburar
n: Ncleo tracto (ncleo
do \ solilrio \ . gustativo)
,
/ \,
,'t'i:.-
bulbar
^ "
Formao reticular
--/,
(2X)
Seco Coronal
9:
Juno Bulbo-medular
de neurnios do nceo da coluna dorsal de cada ladr gem-se para o lado oposto do encfao (decussam) e a: dem at o tamo pelo lcrnnisco ntedial.
Onde inicia a mecula espir-rha, desaparecem o bulbo e, junto com ele, o quarto ventrcuo. Note os nrceos da coluna corsal, que recebem a informao somatossensoria da medtrla espinhal (Captuo l2). Os axnios que provm
Lemnisco medial
Pirmide
b"rl^,
(2,5X)
A MEDULA ESP!NHAL
Supercie Dorsal da Medula Espinhal e Nervos Espinhais
A rnedula espinhal encontra-se no cana vertebra. Os nervos espinhais, uma poro do SNP somtico, comunicamse com a medua por meio clos orames intervertebrais. As vrtebras so descritas de acordo com sua localizao. Na regio cervical, denominam-se vrtebras cervicais e so numeradas de C a C7. As vrtebras que se articulam com
as costeas so chamadas de vrtebras torcicas e tambm
numeradas de Tl a Tl2. As cinco vrtebras inferiores c; minam-se lornbares, enquanto aquelas locaizadas dcda rea plvica so chamadas de sacrais. Os nervos espinhais e os segmentos a ees associad,-. .; medula espinha adotam o nome das vrtebras. por er:-po, os oito nervos cervicais associam-se s sete vrtt:-,r cervicais. Am disso, a medula espinhal humana ac_
,,
s_--l
porque a medua espinhal no cresce aps o nascime: enquanto que a couna vertebra, sim. Os feixes dos nc: espinhais descem por dentro da coluna lombar e Scr, >:do, esses, chamados de caLrda eqiiir-ra.
A I"IEDULA
ESP
NNAt
227
1o
nervo cervrcal
(C.1 )
,,'-/ \ (
\ ,
tl tt
.a
i,l
/
12o
---
\1"
\1o
228
Su
C A P iTU
LO 7 .
--r
_
se na medula espinhal e de que maneira as meninges esto organizadas. Quando o nervo atravessa o forame, intervertebral (no mostrado aqui), divide-se em duas razes. A raiz. dorsal transporta axnios sensoriais cujos corpos celuares localizam-se nos gnglios das razes dorsais. A raiz vcntra transporta axnios motores que emergem da substncia cinzenta da medula espinhal ventral. A regio central da medula espinhal, em forma de borboIeta, formada de substncia cinzenta, onde se ocaizam
nhal difere da organizao encontrada no prosenci. No prosencfalo, a substncia cinzenta envolve a su:'. tncia branca, na medula espinhal o contrrio. A es::. sa camada de substncia branca contm axnios ot-: que percorrem a medula em um sentido ou em ou:: dividindo-a em trs colunas: as counas clorsais, arc-.
e ventrais.
/l
-_-------
Raiz dorsal
-Z \r
i-\
Nervo espinhal
Raiz venlral
Dua-mer
espinhal
v( >4
VENTRAL
f\
--..i,/
(6x)
*reorn
.r{il
ia em Seces Transversais
Os nomes dos tractos descrevem sua origem e o local em que terminam (por exemplo, o tracto veslbtLlo-cspirrha origina-se nos ncleos vestibulares bubares e termina na medula espinha). Os tractos descendentes lormam duas vias: as vias lateral e ventromedial. A via ateral transmite comandos para os movimentos voluntrios, especialmente das extremidades. A via ventronrccia participa principalmente na manuteno da postura e de certos movimentos reflexos.
alguns dos tractos importantes de axnios na medua espinha. Do lado estrrrrr --:icam-se as vias sensoriais ascendentcs principais. ':.'.rl consiste em apenas axnios sensoriais que srr " :o encalo. Essa via importante para uma apre,4r ,,, .liente do tato. O tracto espinotaantico transporta rr '-- = r acerca dos estmuos dolorosos e da temperatura. .- : >rmatossensorial tratado no Captulo I2. : - L direito, esto alguns tractos descendentes im-
. I r mostra
14).
Coluna dorsal
r,
''\1_.
,-tr-.
\
vias tate'ais
,
G
--'t
-t''
'
iracto espinotalmico
(gx)
-:-=--' J \
Vias ventromediais
CAP
iT U
Lo 7 .
APNDICEI GUIA
$S
STE [.44
n\6 H
Alm do SNP somtico, que est ampamente involucrado no controle voluntrio dos movimentos e das sensaes
conscientes que provm da pele, existe o SNP viscera, que se relaciona regulao dos rgos internos, glnduas e vascuarizao. Como essa regulao no est diretamente coordenada pela conscincia, esse sistema denomina-se sistema nervosa vegetativo, ou SNV. O SNV possui duas partes, as divises simptica e parassimptica.
A figura mostra a cavidade corporal como ea aparece quando o corpo seccionado sagitalmente no nvel do olho. Note que a couna vertebral est envovida por uma grossa parede de tecido conjuntivo. Os nervos espinhais
podem ser encontrados emergindo da couna. A diviso simptica do SNV inclui a cadeia de gngios que se estende
ao longo da coluna vertebra. Esses gnglios comunicam-se com os nervos espinhais, um com o outro, e com um gran-
A diviso parassimptica do SNV est organizada de maneira muito diferente. A maior parte da inervao parassimptica das vsceras origina-se do nervo vago, um dos nervos cranianos que emerge do bulbo. A outra onte importante de fibras parassimpticas so os nervos espinhais sacrais. As duas divises do SNV executam efeitos opostos na flsiologia corprea. Por exemplo, o sistema nervoso simptico aumenta a freqncia cardaca, enquanto o sistema nervoso parassimptico reduz. No geral, a diviso simptica ativada para preparar o corpo a situaes de estresse, como escapar do perigo, enquanto a diviso parassimptica est mais ativa em condies vegetativas, como a digesto de uma reeio farta. (A organizao funciona do Sistema Nervoso Vegetativo ser discutida no Captuo 5.)
23t
\ervo vago
,li
I
t)t n'l,i
Ci
i.rra
verteDra'
i i','
-l
i f , /
)\j
\ \
[:.
. /',
i
Ocslelas 'L
'lr
i \',,\i,,'(
(
,, l't
,r.
Corao
lado direito
-\
r'
,,
:-
\\
'
Estomago
intestino delgado
Gngliossimpticos-<-]
;\-
232 CAPTULo 7 .
ffi
APNDICE:GU]AILUSTRADODENEUROANATOMIAHUMANA
Doze pares de ncrvos cranianos emergem da base do encfalo. Os primeiros dois "nervos" so, na verdade, parte do SNC e esto envolvidos com o ofato e a viso. Os demais so semelhantes aos nervos espinhais, uma vez que contm
axnios do SNP. Como mostra a iustrao, no entanto, um nico nervo possui, s vezes, fibras com diferentes funes. O conhecimento dos nervos e suas diversas funes so de
grande vaor para ajudar no diagnstico de diferentes trbios neurolgicos. importante salientar que os n.. cranianos esto associados aos ncleos de nervos crani.no mesencfalo, na ponte e no bulbo. Exempos dissc . os ncleos coclear e vestibular, que recebem inform;-. do nervo VIII. A maioria dos nceos de nervos crani;: no foi iustrada ou marcada nos cortes coronais do trc, enceflico, porque suas funes no so discutidas exr . tamente neste livro.
_
--.-j..<
l. Olfativo
lll. Oculomotor
{
\
(
I
t---''--
,\
_j---
V.
Trigmio
Vl. Abducente
Vll. Facial
Vl I l. Vestbulo-coclear
Xll. Hipoglosso
OS NERVOS
CMNIANOS
233
'r,lli,.
{.,::
NOME DO NERVO
TIPOS DEAXONIOS
Sensorial especal Sensorial especial
Somtico motor Visceral motor Somtico motor Somtico sensorial Somtico motor Somtrco motor Somtco sensorial
Sensorial especial
=- -
Movimentos dos olhos e das plpebras Controle parassimptico do tamanho da pupila Movimentos do olho
Sensao do
tato na face
,ti
::
o-Coclear
Sensorial especal
Audio e equilbrio
lYovmento dos msculos da garganta (orofaringe)
i I
.l
:..:aringeo
no I /3 posterior da lngua
Sensorial vsceral
Visceral motor
Sensoral vsceral
Nocicepo associada s vsceras Movmento dos msculos da garganta (oroaringe) Movimento dos msculos da garganta e do pescoo
lYovimentos da lngua
234 CAPiTULo 7 .
APNDLCE:GUIAILUSTRADODENEUROANATOI.IAHUYANA
VistaVentral
Dois parcs de artrias s,prem dc sangue o encfao: as..,r1 1.. t,',,", ,r e aS: :a!t':,,rt1;;iti.'. ,tit; ,-. AS aftriaS
vcr-tebrais converger prxino base da pontc )ara lormar a .r rr'.r t;'.:,, que nica. No nr'e ckr nresencfalo, a artr'ia h,rsilar ririlica-se ct . , '. , . \,r..,. . i iL ,l . direita c c'squerda c a11rias ccrebrais postcriores dileita e esqr.erda.
a t'
,:
car(itidas internas. As cartidas internas ramificam-sc s a rr: ;4,. ti'4. ir, ;1,, lrtit:,i: e i, i itir iits ret ctLais .1tlr I io,. artc<rias cerebrais anteriores em cada lado csto corcc pela ai rili;, r orrtL,!jca:i(. atitoi-. Assim, orma-se utl qLle coecta todas as a:trias da base do encfao, 1olr: pclas cerebrais postcriores e artrias cornunicantes, car( internas, cerebrais anleriorcs e suas artrias cornurric.._
Esse ane chamaco de polgono de Wllis.
:' ( ()j
,_
'.
ir
I t'.
r-
t,
v
\
.Y
----Ariera cerei:ral-:
rneCia
i
l
't
rl
t.
Artria cartida
interna
:
L
I
;
L,,,'l. i'-=-_ t-
,-----
Arlriabasilar
-/
i ,t.
F
.1
.: .-:
':
supeflor
t\.(1X)
Artrias vertebras
CO
2]5
Vista Lateral
A maior parte da latcra do clebro suprida pela arili.r rcrci.rr..rl rir'riia. Essa artria tambm nutre as estruttlras
prolundas do prosencfalo basal.
.'\:-----l\\\
.-------- - i, -- ( --
.;i
(0
7X)
--\ ---\
--'Ruro.
corticais
L/i
;:erebrai url"rro, z/
(0,7x)
\.
'1
Artria cerebral
Posterior