GuiaPNLD2012 MATEMATICA
GuiaPNLD2012 MATEMATICA
GuiaPNLD2012 MATEMATICA
Matemtica
Ensino Mdio
Braslia 2011
MINISTRIO DA EDUCAO Secretaria de Educao Bsica SEB Diretoria de Polticas de Formao, Materiais Didticos e de Tecnologias para Educao Bsica Coordenao-Geral de Materiais Didticos Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE Diretoria de Aes Educacionais Coordenao-Geral dos Programas do Livro Equipe Tcnico-pedaggica da SEB Andra Kluge Pereira Ceclia Correia Lima Elizangela Carvalho dos Santos Jane Cristina da Silva Jos Ricardo Alberns Lima Lucineide Bezerra Dantas Lunalva da Conceio Gomes Maria Marismene Gonzaga Equipe de Apoio Administrativo - SEB Gabriela Brito de Arajo Gislenilson Silva de Matos Neiliane Caixeta Guimares Paulo Roberto Gonalves da Cunha Equipe do FNDE Sonia Schwartz Edson Maruno Auseni Peres Frana Millions Rosalia de Castro Sousa Projeto Grfico e Diagramao Karen Rukat Carlos DTarso
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC) Guia de livros didticos : PNLD 2012 : Matemtica / Braslia : Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Bsica, 2011. 104 p.: il. ISBN 978-85-7783-050-3 1. Livros didticos. 2. Matemtica. 3. Ensino Mdio. I. Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. CDU 371.671
Rosana Nogueira de Lima UNIBAN Rute Elizabete de Souza Rosa Borba UFPE Suely Scherer UFMS Tnia Schmitt UnB Vanessa Sena Tomaz UFMG-Colgio Tcnico Viviana Giampaoli USP Yuriko Yamamoto Baldin UFSCar Leitura Crtica Adriano Pedrosa de Almeida UFPE Cristiane de Arimata Rocha SEDUC-PE Reviso Editorial Elvira Nadai Instituio responsvel pelo processo de Avaliao Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
ApReSentAO COMO SO AS ReSenHAS pRInCpIOS e CRItRIOS De AVALIAO CARACteRStICAS GeRAIS DAS COLeeS ApROVADAS FICHA De AVALIAO ReSenHAS CONEXES COM A MATEMTICA MATEMTICA CONTEXTO & APLICAES MATEMTICA - PAIVA MATEMTICA CINCIA E APLICAES MATEMTICA CINCIA, LINGUAGEM E TECNOLOGIA MATEMTICA ENSINO MDIO NOVO OLHAR MATEMTICA
7 9 12 18 45 51 53 61 68 76 83 90 97
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SUMRIO
professor, professora
sempre bom e oportuno retomar o dilogo com voc por meio deste Guia. Especialmente, porque nele esto presentes as resenhas das sete colees aprovadas no PNLD 2012. Essas resenhas buscam contribuir para que voc exera seu papel insubstituvel de escolher o texto didtico que o apoiar na tarefa de formao de seus alunos do ensino mdio. Nelas voc encontrar tanto uma descrio resumida quanto uma avaliao das caractersticas de cada uma das obras aprovadas. Voc poder saber mais sobre a estrutura desses textos lendo Como so as resenhas, que apresentado na parte introdutria deste Guia. Esta a terceira vez que o Ministrio da Educao realiza um programa de livros didticos de Matemtica voltado para o ensino mdio. No entanto, desde a dcada de 1990, o Ministrio acumula experincia na execuo de programas dessa natureza e que abrangem vrias outras reas disciplinares e os demais nveis do ensino bsico. Nos ltimos anos, a Secretaria de Educao Bsica (SEB/MEC) e o Fundo Nacional para Desenvolvimento da Educao (FNDE/MEC), em convnio com instituies pblicas de ensino superior, tm executado uma etapa chave de todo o Programa Nacional do Livro Didtico (PNLD), que a avaliao das obras inscritas nesse programa. Para o PNLD 2012, esse processo reuniu docentes de diversas instituies educacionais do pas, todos com experincia nas questes de ensino e aprendizagem da matemtica escolar, em diferentes nveis de ensino. Sob a coordenao de uma universidade pblica, e tomando como base os critrios de avaliao expressos no Edital do PNLD 2012, esses profissionais realizaram um trabalho minucioso, do qual resultaram as resenhas ora apresentadas como auxlio escolha que voc convidado a fazer. Para aproveitar essa oportunidade de dilogo, o Guia no poderia se restringir s resenhas. Por isso, voc tambm encontrar, nas pginas seguintes, textos que, alm de contribuir para a escolha, podem trazer subsdios para o uso posterior da coleo e, ainda, para a formao continuada do professor.
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ApReSentAO
Um desses textos contm os critrios que foram adotados na avaliao das colees, tanto os que so comuns a todos os componentes curriculares quanto aqueles especficos da Matemtica. Ele complementado pela ficha de avaliao que foi utilizada pelos avaliadores para a anlise de cada obra. Por sua vez, nas Consideraes gerais sobre as colees aprovadas so reunidas algumas caractersticas comuns observadas no conjunto das obras resenhadas, tanto do ponto de vista da abordagem de contedos matemticos quanto da metodologia de ensino e aprendizagem adotada. Nesse texto, voc tambm poder encontrar subsdios para um melhor aproveitamento dos livros em seu trabalho pedaggico e, ainda, sugestes de como contornar algumas das limitaes neles observadas. As resenhas esto dispostas na sequncia de suas inscries no PNLD 2012. Agora, cabe a voc, em um trabalho compartilhado com colegas, realizar a leitura e a discusso desses textos e optar pela obra mais apropriada ao projeto pedaggico de sua instituio escolar. Bom trabalho!
As orientaes seguintes buscam auxili-lo, professor, na leitura deste Guia. Voc ficar sabendo como so estruturadas as resenhas e do que tratam as suas diferentes sees. Logo de incio, so apresentados os elementos identificadores da coleo: nome da obra, cdigo no PNLD 2012, autoria, editora e capa.
VISO GeRAL
Nesta seo, feita uma sntese da avaliao da obra. So mencionadas caractersticas que se destacam, positiva ou negativamente, nos livros.
DeSCRIO
Neste item, voc encontra uma descrio dos livros do aluno. Trata-se de uma radiografia da coleo, em que se indicam, de maneira resumida: a organizao de suas subdivises; quais as sees especiais e seus objetivos; se h sugestes de leituras complementares para os alunos; se so fornecidas as respostas das atividades propostas, entre outras informaes.
1 srie 18 captulos 320 pp. 1 2 3 4 Conjuntos numricos Funes Funo afim ..... 2 srie 17 captulos 310 pp. 1 2 Funes seno, cosseno e tangente ..... 21 pp. 25 pp. 20 pp. 23 pp. 18 pp.
Estes quadros mostram, em detalhes, quais e como esto organizados os contedos em cada um dos livros. So indicados tanto o nmero de pginas de cada unidade (ou captulo), quanto o total de cada volume. O sumrio ajuda voc a verificar se a obra adequada, ou no, ao projeto pedaggico de sua escola.
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COMO SO AS ReSenHAS
AnLISe
Abordagem dos contedos
Neste grfico possvel verificar a percentagem de distribuio dos diversos campos da Matemtica
Nmeros e operaes Funes Equaes algbricas Geometria Geometria analtica Estatstica e probabilidades Aqui procura-se avaliar algumas das caractersticas da abordagem desses campos: a seleo dos contedos; as articulaes entre eles; as escolhas didticas; as opes de validao do conhecimento matemtico empregadas, entre outros aspectos. Tambm so indicadas imprecises presentes na obra.
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Contextualizao
Aqui se avalia o modo como so atribudos significados aos contedos matemticos por meio de ligaes com prticas sociais atuais e com outros campos do saber. O recurso Histria da Matemtica outra forma de contextualizao considerada. Analisa-se, tambm, em que medida a obra prope temas e atividades que ajudem a promover posturas e valores importantes para o exerccio da cidadania.
Manual do professor
O texto aqui tem duplo objetivo. Por um lado, descreve a estrutura e as sees do manual. Por outro, busca avaliar sua qualidade tanto na explicitao dos pressupostos que fundamentam a obra, como no suporte que ele fornece ao docente para o seu trabalho de sala de aula e sua formao continuada.
EM SALA DE AULA
Uma coleo aprovada no PNLD 2012 certamente rene qualidades suficientes como instrumento de formao para o ensino mdio. Mas as recomendaes feitas ao professor, nessa seo, podem ajud-lo a um melhor aproveitamento da obra. Em linhas gerais, sugere-se um planejamento do trabalho docente que selecione os contedos a serem estudados, pois, muitas vezes, h excessos nas obras. O professor tambm aconselhado a ampliar os recursos didticos, quando necessrio. Alm disso, alertado a contornar as imprecises em explanao de alguns contedos ou em atividades propostas, ou falhas de reviso, que ocorrem nos livros.
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com o professor e com o aluno. Nesse dilogo, o livro portador de escolhas sobre: o saber a ser estudado; os mtodos adotados para que o aluno consiga aprend-lo mais eficazmente; e a organizao dos contedos ao longo dos anos de escolaridade. Uma reflexo sobre o livro didtico, colhida no estudo de Grard & Roegiers (1998), lista algumas das funes mais importantes desse livro, com relao ao aluno e ao professor. Tratando-se do aluno tais funes podem ser:
favorecer a aquisio de saberes socialmente relevantes; consolidar, ampliar, aprofundar e integrar os conhecimentos; propiciar o desenvolvimento de competncias e habilidades do aluno, que contribuam para aumentar sua autonomia; contribuir para a formao social e cultural e desenvolver a capacidade de convivncia e de exerccio da cidadania.
Para o desempenho dessas funes importa no s o que traz o livro do aluno, mas tambm as orientaes e os textos informativos includos no manual do professor. Da decorrem os requisitos, mais adiante citados, que se referem especificamente a essa importante pea da coleo didtica a ser avaliada. Valorizar o papel do livro didtico no implica, contudo, que ele assuma um papel dominante no ensino em detrimento da atuao do professor. Atuao essa que, alm das tarefas inerentes conduo das atividades da sala de aula, pode incluir a busca de fontes bibliogrficas complementares. O PNLD tem como um de seus princpios bsicos atribuir ao professor, em sintonia com o projeto pedaggico de sua escola, a tarefa de escolher o livro que ser usado por seus alunos. Essa , portanto, mais uma das importantes funes que o professor periodicamente chamado a realizar. Em consonncia com os princpios gerais esboados acima, os critrios de avaliao comuns a todos os componentes curriculares do PNLD 2012 foram estabelecidos em edital.
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IV. V. VI.
O no cumprimento de qualquer um desses critrios resultou em proposta incompatvel com os objetivos estabelecidos para o ensino mdio, o que justificou sua excluso do PNLD 2012. Alm disso, tendo em vista a preservao da unidade e a articulao didtico-pedaggica da obra, foi excluda aquela que, ao ser apresentada em forma de coleo, teve um ou mais volumes excludos no presente processo de avaliao.
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Ao longo de sua evoluo, os homens recorreram, nas prticas matemticas, a diversos mtodos. No entanto, especialmente a partir da civilizao grega, o mtodo dedutivo tem predominado e assume a primazia de ser o nico mtodo aceito, na comunidade cientfica, para comprovao de um fato matemtico. Os conceitos de axioma, definio, teorema, demonstrao so o cerne desse mtodo e, por extenso, passaram a ser, para muitos, a face mais visvel da Matemtica. Trata-se de um mtodo de validao do fato matemtico, muito mais do que um mtodo de descoberta ou de uso do conhecimento matemtico. Na construo efetiva desse conhecimento fazse uso permanente da imaginao, de raciocnios indutivos ou plausveis, de conjecturas, de tentativas, de verificaes empricas, enfim, recorre-se a uma variedade complexa de outros procedimentos. No que diz respeito Matemtica, enquanto conhecimento acumulado e organizado, preciso dosar, em progresso criteriosa, o emprego de seu mtodo prprio de validao dos resultados: o mtodo dedutivo. indispensvel que o aluno estabelea gradualmente a diferena entre os vrios procedimentos de descoberta, inveno e validao. Em particular, interessante que ele compreenda a distino entre uma prova lgico-dedutiva e uma verificao emprica, seja essa baseada na visualizao de desenhos, na construo de modelos materiais ou na medio de grandezas. Dessa forma, o ensino mdio cumpre seu papel de ampliao, aprofundamento e organizao dos conhecimentos matemticos adquiridos no ensino fundamental, fase esta em que predominam, na abordagem da Matemtica, os procedimentos indutivos, informais, no rigorosos. Nas ltimas dcadas, a sociedade vem experimentando um perodo de profundas e aceleradas mudanas nos meios de produo e circulao de bens econmicos, de intercmbio de informaes e de ampliao rpida do acervo e dos horizontes do conhecimento cientfico. Um dos aspectos distintivos das recentes mudanas o emprego crescente da Matemtica seja nas prticas sociais do cotidiano compras e vendas, emprstimos, credirio, contas bancrias, seguros e tantas outras seja nas atividades cientficas ou tecnolgicas. Especialmente no dia a dia do cidado, so evidentes as repercusses dos novos recursos tecnolgicos do computador e da calculadora, esta amplamente difundida em todos os meios sociais. Alm disso, as pessoas so constantemente expostas a informaes que, para serem entendidas e levadas em conta de modo crtico, exigem a leitura e interpretao de grficos e tabelas e demandam o conhecimento de noes bsicas de Estatstica e de Probabilidades. A capacidade de resolver problemas e de enfrentar situaes complexas, de expor e compreender ideias, cada vez mais requisitada. Um ensino de Matemtica adequado fase final da educao bsica no pode negligenciar os aspectos acima mencionados.
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Nesse quadro, o ensino mdio tem de assumir a tarefa de preparar cidados para uma sociedade cada vez mais permeada por novas tecnologias, e de possibilitar o ingresso de parcelas significativas de seus cidados a patamares mais elaborados do saber. O ensino de Matemtica, nesse contexto, deve capacitar os estudantes para:
planejar aes e projetar solues para problemas novos, que exijam iniciativa e criatividade; compreender e transmitir ideias matemticas, por escrito ou oralmente, desenvolvendo a capacidade de argumentao; interpretar matematicamente situaes do dia a dia ou do mundo tecnolgico e cientfico e saber utilizar a Matemtica para resolver situaes-problema nesses contextos; avaliar os resultados obtidos na soluo de situaes-problema; fazer estimativas mentais de resultados ou clculos aproximados; saber usar os sistemas numricos, incluindo a aplicao de tcnicas bsicas de clculo, regularidade das operaes etc; saber empregar os conceitos e procedimentos algbricos, incluindo o uso do conceito de funo e de suas vrias representaes (grficos, tabelas, frmulas etc.) e a utilizao das equaes; reconhecer regularidades e conhecer as propriedades das figuras geomtricas planas e slidas, relacionando-as com os objetos de uso comum e com as representaes grficas e algbricas dessas figuras, desenvolvendo progressivamente o pensamento geomtrico; compreender os conceitos fundamentais de grandezas e medidas e saber utilizlos em situaes-problema; utilizar os conceitos e procedimentos estatsticos e probabilsticos, valendo-se, entre outros recursos, da combinatria; estabelecer relaes entre os conhecimentos nos campos de nmeros e operaes, funes, equaes algbricas, geometria analtica, geometria, estatstica e probabilidades, para resolver problemas, passando de um desses quadros para outro, a fim de enriquecer a interpretao do problema, encarando-o sob vrios pontos de vista.
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1. Incluir todos os campos da Matemtica escolar, a saber, nmeros e operaes, funes, equaes algbricas, geometria analtica, geometria, estatstica e probabilidades. 2. Privilegiar a explorao dos conceitos matemticos e de sua utilidade para resolver problemas. 3. Apresentar os conceitos com encadeamento lgico, evitando: recorrer a conceitos ainda no definidos para introduzir outro conceito, utilizar-se de definies circulares, confundir tese com hiptese em demonstraes matemticas, entre outros. 4. Propiciar o desenvolvimento, pelo aluno, de competncias cognitivas bsicas, como: observao, compreenso, argumentao, organizao, anlise, sntese, comunicao de ideias matemticas, memorizao.
2.
3.
4.
5. 6.
7. 8. 9.
As obras que no cumpriram esses requisitos especficos do componente curricular Matemtica foram excludas do PNLD 2012.
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geometria, os tpicos so: geometria plana (incluindo trigonometria); geometria espacial de posio; poliedros; e as grandezas geomtricas. J em estatstica e probabilidades esto contidos: o conceito clssico de probabilidade; probabilidade condicional; coleta, organizao, representao e interpretao de dados; medidas de posio e de disperso de um conjunto de dados; e relaes entre estatstica e probabilidades. Os sumrios das obras aprovadas revelam bastante uniformidade. De fato, com poucas excees, todos apresentam os mesmos tpicos matemticos dispostos em uma mesma sequncia ao longo dos trs volumes. Outra observao de carter geral que h excesso de contedos selecionados. Este um dos motivos do nmero exagerado de pginas das colees, salvo uma delas. A Tabela 1, a seguir, confirma como so volumosas essas colees. Tabela 1 Nmero de pginas das colees aprovadas
Cdigo da coleo Volume 1 Volume 2 Volume 3 Total Mdia
25042 25116 25117 25121 25122 25125 25133 Mdia
Comentemos, agora, como os contedos selecionados se distribuem pelos trs livros de cada coleo.
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Grfico 1 Distribuio dos campos nos volumes da 1 srie das obras aprovadas
Nesses livros, h uma clara concentrao no campo das funes em detrimento dos demais. Em valores aproximados, cinco das colees dedicam perto de 70% a funes, e as outras duas, respectivamente 65% e 60%. Tal excesso decorre, entre outras razes, de um tratamento fragmentado e repetitivo, com estudo de muitos casos particulares. Alm do mais, a concentrao leva a que, em praticamente todas as obras, sejam excludos os contedos relativos a outros campos. Trs das sete colees incluem contedos de geometria analtica na 1 srie. A distribuio dos campos nos livros da 2 srie apresentada no Grfico 2. Grfico 2 Distribuio dos campos nos volumes da 2 srie das obras aprovadas
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Uma caracterstica evidente dos livros aprovados a ausncia da geometria analtica nos livros da 2 srie, exceto em um, no qual se registra uma diminuta ateno ao campo. Outro aspecto que se observa o predomnio da geometria em cinco das colees, chegando-se, em uma delas, ao porcentual elevado de, aproximadamente, 55% das pginas dedicadas a esse campo. Por outro lado, o campo nmeros e operaes representado pela anlise combinatria recebe uma ateno uniforme e em grau razovel, nas sete obras. Pode ser constatada a presena das equaes algbricas, das funes (quase sempre trigonomtricas) e do campo da estatstica e probabilidades. Na terceira srie, como mostra o Grfico 3, dada maior ateno geometria analtica, em detrimento de outros campos. Alm disso, excetuando-se duas, as obras omitem ou dedicam pouca ateno geometria ou a funes. Grfico 3 Distribuio dos campos nos volumes da 3 srie das obras aprovadas
Assim, de um modo geral, ocorre excesso de ateno a um determinado campo, em prejuzo dos demais, em cada uma das sries do ensino mdio. Essa tendncia merece cuidado especial do professor no planejamento anual do trabalho didtico, pois ela dificulta o estabelecimento de conexes entre os contedos matemticos tema que ser objeto dos comentrios da prxima seo. O grande nmero de pginas e atividades voltadas para alguns campos, associado s limitaes do tempo letivo, exige que os docentes, ao planejarem seu trabalho didtico, faam escolhas, em especial nas listas de exerccios propostos. Tal seleo e alguma reorganizao dos contedos so fundamentais para que no se abandonem temas com pouca nfase na obra ou que ficam
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no final dos volumes. Nesse sentido, vale destacar que apenas uma das obras aprovadas auxilia o professor a fazer escolhas indicando captulos opcionais de forma explcita. Mas, ainda assim, ela possui uma lista muita extensa de assuntos considerados no opcionais.
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enfeixar estes tpicos como subtpicos de conceitos unificadores. Em particular, no vemos justificativa para separar em dois itens distintos inequaes e estudo do sinal de uma funo. De fato, para uma dada funo real de varivel real, y=f(x) estudar o sinal da funo nada mais do que resolver a inequao f(x)0. Resolver tal inequao equivale a encontrar valores de x para os quais f(x)=0 ou f(x)<0. Isso nos fornece, como consequncia, os valores de x, para os quais f(x)>0. A taxa de variao mdia de uma funo um dos conceitos unificadores fundamentais, pois se aplica a classes muito gerais de funes que so modelos matemticos para fenmenos que envolvem variao de grandezas. Constituise, alm disso, em uma introduo apropriada para a noo de taxa de variao instantnea, que associada, por sua vez, ao conceito de derivada. No entanto, o conceito de taxa de variao no suficientemente explorado na maioria das obras aprovadas e est ausente em duas delas. O conceito de derivada um tpico que deve ser considerado opcional no ensino mdio, mas isso no significa que no sejam feitas experincias de sua incluso nos livros didticos. importante que este conceito seja introduzido de modo articulado com o conceito de taxa de variao mdia de uma funo e com o conceito de limite de uma sequncia. Esse ltimo tpico estudado em todas as colees aprovadas, pelo menos no caso de uma progresso geomtrica infinita. No entanto, apenas duas das obras aprovadas abordam derivadas, ainda assim, de modo no satisfatrio. Para tratar de outro tema unificador, consideremos uma funo f : R R, que associa a um nmero real x o nmero real y, y=f(x). Tomemos, ento, um nmero real k, diferente de zero, e formemos as funes dadas por: y=k+f(x) y=f(x+k) y=f(kx) y=kf(x)
As relaes entre o grfico da funo f e os grficos das funes que acabamos de indicar so uma rica fonte de conexes entre as representaes analtica e grfica das funes em jogo. Em particular, isso permite interpretar mudanas de variveis como transformaes geomtricas no plano cartesiano. Esse tema abordado em todas as obras aprovadas, mas, em geral, para poucas classes de funes. Um dos casos estudados a composio das transformaes citadas funo y = cos(x), para obter a famlia de funes: y=a+bcos(wx+c), em que a, b e c so nmeros reais quaisquer e w um nmero real positivo. Observamos que, apenas variando os parmetros w e b nessa famlia, possvel construir funes peridicas de qualquer perodo e de qualquer amplitude.
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Podemos, tambm, variar os outros dois parmetros, a e c, e aumentar a classe de fenmenos peridicos que podem ser modelizados pela famlia de funes acima. Assim, inegvel que essa famlia de funes importante do ponto de vista da modelagem matemtica e, por isso, deveria ocupar lugar de maior destaque no ensino das funes trigonomtricas e constituir-se em um coroamento deste ensino. Convm adicionar que, para construirmos todas as peas dessa famlia de funes, so necessrias poucas relaes trigonomtricas, o que poderia contribuir para evitar o excesso de contedos nos livros didticos. Observamos que as colees dedicam em torno de 100 pginas ao estudo de trigonometria e de funes trigonomtricas, de modo fragmentado e repetitivo.
SISteMAtIZAO eM MAteMtICA
A prtica da Matemtica na comunidade cientfica estende-se de modo contnuo entre dois polos: o informal e o formal. A partir do sculo XVI, os matemticos desenvolveram o simbolismo algbrico, at chegar forma atual. Mais recentemente, a partir do fim do sculo XIX, desenvolveu-se a lgica matemtica, que evita a linguagem usual, do dia a dia, criando uma linguagem formal, com smbolos prprios e regras para operar com eles. Assim se constitui a Matemtica no estgio estritamente formal. Mas fazer demonstraes de teoremas no , necessariamente, trabalhar nesse extremo do formalismo. A Matemtica j era dedutiva antes de ser inteiramente formalizada. Por exemplo, os gregos no tinham nenhum simbolismo algbrico ou lgico, mas j faziam demonstraes. Dessa maneira, melhor seria dizermos que as prticas matemticas so realizadas em diversos momentos de um processo contnuo que vai do informal ao formal.
Como acontece em toda cincia, a prtica da Matemtica envolve tanto processos de inveno e de descoberta, quanto de organizao e de validao. Os dois primeiros so inseparveis de uma teia complexa de aes que mobilizam: imaginao; visualizao; raciocnios indutivos ou plausveis; conjecturas; tentativas, e verificaes empricas. Tudo isso aproxima muito essa cincia de todos os outros saberes humanos. Contudo, na organizao e, acima de tudo, na validao do conhecimento, a Matemtica assume caractersticas prprias. Desde a Grcia Antiga, o mtodo axiomtico-dedutivo3 foi progressivamente tornando-se o nico aceito, na comunidade cientfica, para comprovao de um fato matemtico. Os conceitos de axioma, definio, teorema, demonstrao so o cerne do mtodo. Convm ressaltar, no entanto, que se trata de um mtodo de organizao e de validao. A Matemtica tambm inveno e descoberta.
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Embora possam ser estabelecidas distines entre elas podemos adotar as denominaes: mtodo dedutivo em Matemtica; mtodo lgico-dedutivo; mtodo axiomtico, entre outras.
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As prticas matemticas na comunidade educacional so entrelaadas de modo complexo com as prticas na comunidade cientfica. Dessa forma, muitas das caractersticas esboadas acima encontram paralelo no ensino da Matemtica. Em particular tem sido defendido por muitos que o aluno do ensino mdio seja incentivado a realizar atividades matemticas nas quais possa construir o conhecimento (novo para ele), por meio de processos informais anlogos aos do pesquisador matemtico. Paralelamente, que o convidemos a estabelecer gradualmente a diferena entre os vrios procedimentos de descoberta, inveno, organizao e validao. Em particular, que procuremos levar os alunos a compreender a distino entre uma prova lgico-dedutiva e uma verificao emprica, seja essa baseada na visualizao de imagens grficas, na construo de modelos materiais ou na medio de grandezas. Dessa forma, o ensino mdio cumpre seu papel de ampliao, aprofundamento e organizao dos conhecimentos matemticos adquiridos no ensino fundamental, fase esta em que predominam, na abordagem da Matemtica, os procedimentos indutivos e informais. Para tornar mais especficos os comentrios gerais sobre o processo de validao em Matemtica, vamos nos deter um pouco sobre caractersticas do mtodo dedutivo e, quando oportuno, fazer referncias s obras resenhadas neste Guia. De maneira muito simplificada, o mtodo axiomtico consiste em adotar conceitos primitivos (conceitos no definidos, tais como ponto, reta e plano) e axiomas (proposies no demonstradas, como Por dois pontos passa uma nica reta). Estes representam os papis das peas do jogo e das regras do jogo, respectivamente. Tanto umas como as outras so aceitas, sem necessidade de justificativas, para que se possa comear a jogar. Com base nesses elementos, por via puramente lgica, so definidos conceitos derivados (por exemplo: ngulo, quadrado, paralelismo de retas no espao etc.) e so deduzidas proposies que so os teoremas, como o de Pitgoras. Nos nveis de maior sistematizao da Matemtica4, seus teoremas podem ser todos escritos na forma Se p, ento q. Uma proposio deste tipo chamada de implicao. Em um teorema, dizemos que p a hiptese e q a tese. Tomemos, por exemplo: Se dois nmeros r e s so mpares, ento seu produto mpar. Nesse caso, a hiptese do teorema r e s so dois nmeros mpares quaisquer e sua tese: o produto rs mpar. Em todo teorema de Matemtica, uma pea-chave a demonstrao, ou prova, que uma sequncia finita de passos lgicos que permite partir de p e chegar a q. Nesses passos lgicos, s podemos utilizar: a hiptese; teoremas j demonstrados; os axiomas aceitos;
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No ensino mdio, deve ser bem dosada essa formalizao da Matemtica. Por um lado, evitar excesso de formalismo que afaste o interesse do aluno; por outro lado, desenvolver a capacidade de argumentao matemtica, recorrendo a demonstraes simples e sugestivas.
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e as definies j feitas. Algumas demonstraes so extremamente curtas, outras muito longas; umas bem simples, outras mais complexas. Um exemplo famoso de teorema da geometria euclidiana o seguinte: Se T um tringulo, ento a soma dos ngulos internos de T igual a 180 graus. Para demonstr-lo, partimos de um tringulo T qualquer e, recorrendo aos axiomas e teoremas da geometria euclidiana, podemos estabelecer uma demonstrao puramente lgica de que a soma dos ngulos internos de T igual a 180 graus. Nem toda implicao um teorema em Matemtica. Por exemplo, a implicao Se n um nmero natural, ento n um quadrado perfeito no um teorema5, porque o nmero 2 natural e no quadrado de nenhum nmero natural6. Em Matemtica, o exemplo que mostra que uma implicao no um teorema, comumente chamado contraexemplo. Quando temos uma implicao Se p, ento q, e consideramos Se q, ento p, na qual as posies de p e q esto trocadas, dizemos que esta ltima a implicao recproca da primeira. Sabemos que estas proposies so distintas e uma delas pode ser verdadeira, mas a outra falsa. Por exemplo, a proposio Todo mltiplo de 4 um nmero par verdadeira, mas sua recproca Todo nmero par mltiplo de 4 claramente falsa, pois 6 par e no mltiplo de 4. Um erro comum confundirmos uma das implicaes com a outra. Essa confuso mais frequente quando ambas so teoremas. o caso da proposio Se uma matriz M possui inversa, ento seu determinante diferente de zero. H casos, nas obras aprovadas, em que demonstrada corretamente esta implicao e, logo em seguida, se afirma: O determinante de M diferente de zero, ento M possui inversa. Isto tambm verdadeiro, mas no o que foi demonstrado no livro.
nMeROS e OpeRAeS
Nesse nvel de ensino, consensual que no se ensine teoria dos conjuntos (como usualmente dito), mas apenas sejam utilizados os seus conceitos mais simples, ao lado da simbologia correspondente, porm de maneira informal e com uso moderado de notao tcnica.
Em uma linguagem mais usual, podemos dizer que um teorema (implicao demonstrvel) uma implicao verdadeira (ou vlida) em Matemtica. Ao contrrio, se a implicao no demonstrvel dizemos que ela falsa em Matemtica. De fato, o nmero 2 no sequer o quadrado de um nmero racional. A prova desta ltima afirmao um dos exemplos mais famosos de demonstrao matemtica e j era conhecido pelos matemticos gregos da Antiguidade. tambm um exemplo muito adequado para ser estudado no ensino mdio e isso levado em considerao nos livros aprovados, pois essa demonstrao s no apresentada em duas obras.
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Todas as colees aprovadas nesta avaliao trazem, na primeira ou na segunda unidade do livro da 1 srie, o estudo de conjuntos como um tpico especfico. Em todos eles, acertadamente, o contedo est associado a uma descrio simplificada dos conjuntos numricos dos naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais. No entanto, apenas uma obra faz uma apresentao satisfatria e em cinco pginas. As demais dedicam ao tema, em mdia 14 pginas, o que excessivo. Esses exageros so ainda mais criticveis nos casos em que vrios dos conceitos e smbolos abordados no incio da obra no voltam mais a ser utilizados ou so empregados em pontos em que seriam dispensveis. Os nmeros tambm so medidas de grandezas. Em todas as culturas humanas, desde os seus primrdios, foram realizadas medies de grandezas. Comprimento (distncia), rea, volume, tempo, massa, velocidade, entre outras, foram progressivamente medidas por meio de instrumentos e o processo de medio ocupou sempre um papel central no desenvolvimento tecnolgico e social do homem. As medies empricas foram simultneas criao dos nmeros naturais e dos fracionrios e, mais adiante na histria, dos nmeros negativos. Com esses nmeros, englobados atualmente no conjunto dos racionais, sempre possvel efetuar medies empricas de qualquer grandeza do tipo escalar. Com o desenvolvimento da Matemtica, em especial a partir da civilizao grega, surgiu outro tipo de medio, realizada nos modelos abstratos que constituem o cerne desse saber. Como sabemos, na medio abstrata da diagonal de um quadrado de lado unitrio, surge a necessidade de ampliar os racionais, com a criao do conjunto dos nmeros reais. As grandezas podem ser entendidas como atributos mensurveis de objetos ou de fenmenos. A medio emprica ou abstrata um processo complexo que exige vrias escolhas: da grandeza a medir; da unidade de medida; do mtodo de medio. Na medio obtemos um nmero a que denominamos medida: nmeros racionais nas medies empricas, nmeros reais nas medies abstratas. Tomemos como exemplo a rea, uma das grandezas geomtricas mais familiares na matemtica escolar (as outras so comprimento, volume e abertura de ngulo). Os objetos considerados podem ser superfcies planas limitadas no mundo fsico ou seus modelos matemticos. Escolhamos, como exemplo, medir o atributo rea (poderamos ter escolhido o comprimento do seu contorno) e selecionemos uma unidade de medida7, o cm2. Quando medimos uma dessas superfcies, podemos encontrar como medida nmeros racionais (2; ; 1,2x10-2; etc), no caso de medidas empricas
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H um Sistema Internacional de Unidades (SI), que se constitui em um tema interessante para o ensino mdio de Matemtica, em conexo com o da Fsica. Ver Vocabulrio Internacional de Metrologia: conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM 2008). 1 Edio Brasileira. Rio de Janeiro, 2009. (www.inmetro.gov.br).
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ou, quando se tratar de medio abstrata, nmeros reais (3; 0,7x10-3; ; , etc). Os smbolos compostos 2cm2, cm2, 1,2x102cm2, cm2, cm2 so formas de representar reas. Assim, a rea de uma superfcie plana aparece como um objeto matemtico distinto da superfcie plana, pois superfcies diferentes podem possuir a mesma rea. Tambm se distingue do nmero (a medida) que est associado a essa superfcie quando se escolhe uma superfcie unitria para medi-la, pois mudar a superfcie unitria altera a medida de rea, mas a rea permanece a mesma. As grandezas so importantes em todas as reas do conhecimento. Em particular, lidamos com grandezas em quase todos os campos da matemtica escolar. A despeito desses fatos, o estudo das grandezas tem sido descuidado no ensino mdio. Podemos encontrar um indcio dessa falta de ateno em algumas das colees aprovadas. Por exemplo, para obter a rea de um paralelogramo com base e altura de comprimentos 3m e 4m, respectivamente, escreve-se: A = 3 x 4 = 12m2. Notamos que de um lado da igualdade h um nmero (3x4) e do outro uma rea (12m2), o que no correto. Na verdade, a chamada frmula de rea uma igualdade entre grandezas. De um lado uma rea e do outro o produto de dois comprimentos. Portanto, deveramos escrever: A= 3m x 4m = 12 m2. Essa lgebra das grandezas o que se denomina anlise dimensional8, que um tema estudado na Fsica, mas omitido na Matemtica, quando seria um bom tpico articulador entre esses dois componentes curriculares. A anlise dimensional particularmente relevante no ensino mdio pela existncia de muitas grandezas que so razes de grandezas. Todas as colees aprovadas incluem o estudo dos nmeros complexos, em menor ou maior nvel de aprofundamento. Considerar os nmeros complexos como tpico obrigatrio no ensino mdio no consenso entre os educadores. Muitos s os consideram indispensveis para aqueles alunos que vo utilizar modelos matemticos mais avanados em suas profisses. Por exemplo, engenheiros (ou tcnicos nas reas da Engenharia), fsicos, matemticos, entre outros. Mesmo nesses casos, importante que o estudo dos complexos seja uma oportunidade privilegiada de articulao com tpicos como vetores e geometria no plano e com as equaes algbricas. No entanto, nas colees aprovadas isso no levado em considerao.
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Como sabemos o termo dimenso possui vrios significados em Matemtica e nas outras cincias. Nesse caso, dimenso significa, de modo simplificado, espcie de grandeza. Assim, dizemos a dimenso comprimento, a dimenso velocidade, a dimenso massa etc.
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No estudo dos conjuntos, muito comum serem empregados diagramas de Venn na representao dos conjuntos numricos, Q, I e R, como no exemplo a seguir.
A representao mostrada acima pode fazer acreditar que existem mais nmeros racionais do que irracionais, quando sabemos que a cardinalidade do conjunto dos irracionais maior do que a do conjunto dos racionais, que, por sua vez igual dos naturais. A anlise combinatria9 uma parte da Matemtica em que se visa resolver, entre outros, os problemas de contagem dos elementos de conjuntos discretos. Como esse um tema com muita tradio, sua renovao tem sido lenta nos livros didticos do ensino mdio. Um desses avanos a introduo do princpio fundamental da contagem, com o qual possvel obter tcnicas bsicas e muito eficientes de contagem. Todas as obras aprovadas o apresentam, mas muitas delas imediatamente o colocam de lado e voltam-se para o tratamento tradicional e estanque das combinaes, arranjos e permutaes. Na verdade, os problemas de contagem mais interessantes exigem o uso de mais de uma dessas tcnicas. Um dos objetivos de um bom ensino de anlise combinatria desenvolver no aluno a capacidade para escolher diferentes tcnicas de contagem e us-las de modo eficiente na resoluo dos problemas. prejudicial um ensino que habitue o aluno a sempre tentar resolver qualquer problema de contagem com o uso somente de frmulas10.
FUneS
Desde a passagem do sculo XIX para o sculo XX, o primeiro grande movimento internacional de reforma do ensino de Matemtica props que o conceito de funo fosse introduzido o mais cedo possvel na escolaridade, devido a suas aplicaes e a seu poder unificador. Esse poder do conceito
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Atualmente, denominada simplesmente Combinatria. Ao estudar as permutaes, em geral, no se aproveita a oportunidade para relacion-las com funes: uma permutao de um conjunto finito , simplesmente, uma funo bijetiva desse conjunto nele mesmo.
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de funo contribui, por exemplo, para que possamos abordar, sob um mesmo ponto de vista conceitual, as funes tradicionalmente estudadas na matemtica escolar, alm das transformaes geomtricas e das sequncias. Com relao a essas ltimas, um avano que todas as colees aprovadas adotem a definio apropriada de sequncia, embora a maioria s enfatize as progresses aritmticas ou geomtricas. De um ponto de vista panormico, no ensino mdio, so importantes quatro grandes classes de funes numricas que se constituem em modelos matemticos para o estudo dos fenmenos do mundo fsico e social. So as funes afins, as quadrticas, as exponenciais e as trigonomtricas. Com isso, no queremos dizer que essas so as nicas funes numricas que interessa estudar, mas que a compreenso desse grupo reduzido de modelos funcionais fornece-nos bons instrumentos para a aquisio de conhecimentos sobre outras funes, como: afins por partes (por exemplo, a funo modular); funes definidas por mais de uma sentena; polinomiais de grau maior do que 2; racionais; logartmica (inversa da exponencial); e as funes no campo da estatstica e das probabilidades. Todas as obras aprovadas introduzem a noo de funo de modo intuitivo, apoiando-a nas ideias de: relao ou associao entre grandezas variveis; dependncia entre grandezas; correspondncia entre elementos de dois conjuntos; regra ou lei de formao envolvendo grandezas ou nmeros, entre outras. Todas as obras sistematizam o conceito de funo utilizando conjuntos, o que apropriado. Por outro lado, em duas das obras adota-se a definio de funo como um tipo especial de relao e esta como subconjunto do produto cartesiano de dois conjuntos. Embora matematicamente seja possvel adotar este caminho, ele pouco contribui para a compreenso do conceito de funo. Nas explanaes tericas relativas a funes, todas as colees apresentam as definies fundamentais de: domnio, contradomnio, imagem, funo injetiva, sobrejetiva, bijetiva, composta, inversa, entre outras. Em algumas delas, dada muita ateno preliminar a esses conceitos e, quando nos momentos posteriores eles se fazem importantes, no so devidamente valorizados. Com relao ao conceito de domnio, um dos exemplos dessa falha observado quando na definio escolhido um domnio e, nos exemplos, usam-se outros domnios sem nenhum comentrio sobre essa alterao, que muitas vezes imposta pelo contexto. No estudo de funes, importante represent-las de diferentes modos tabelas, grficos, representaes analticas (algbricas) estabelecendo relaes entre eles. Frequentemente, um problema inicialmente formulado de maneira algbrica pode ser mais facilmente resolvido ou compreendido se o interpretarmos geometricamente, e vice-versa. Por exemplo, a simetria
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axial presente nas funes quadrticas facilmente perceptvel no grfico e, no entanto, pode exigir esforo de clculo quando se trabalha com sua representao algbrica. Convm mencionar que o uso de aplicativos computacionais permite visualizar o grfico de funes e ajuda a perceber propriedades por meio de experimentos com maior riqueza de exemplos. No estudo das funes, os seus grficos no plano cartesiano desempenham um papel importante. Na avaliao das obras inscritas no PNLD 2012, observamos que no so tomados os devidos cuidados quando se constroem grficos de funes. Por exemplo, com um nmero reduzido de valores da varivel independente, induz-se o aluno a considerar que possvel construir o grfico cartesiano de uma funo. comum encontrar nos livros didticos, uma tabela com trs ou quatro valores de x, associada ao desenho de uma parbola, sem explicaes adicionais. Outra falha recorrer a grficos estatsticos para construir funes reais de varivel real. No caso das variveis discretas, o grfico estatstico pode ser constitudo por pontos isolados no plano cartesiano ou por barras verticais. Isso no permite que, sem nenhum comentrio explicativo, passemos para o grfico de uma funo com varivel independente contnua. Na estatstica, muitas vezes, utiliza-se o procedimento de ligar os pontos isolados de um grfico discreto por uma curva contnua. No entanto, trata-se apenas de um procedimento para auxiliar a visualizao do comportamento da varivel estatstica. Na classificao dos contedos adotada no PNLD 2012, consideramos a matemtica financeira no campo das funes pela importncia das funes linear e exponencial como modelos para os problemas dessa rea. No entanto, apenas uma das colees aprovadas faz, explicitamente, tais conexes. Na matemtica financeira, os contedos mais abordados so porcentagem, acrscimo e desconto, juros simples e compostos. Observamos, na abordagem desses tpicos, muita nfase ao emprego direto de frmulas, o que no desejvel. Esse um assunto que deveria instrumentalizar o aluno para a cidadania, e isso pode ser feito por meio da explorao de problemas adequados e atuais. Dentre as colees aprovadas, trs destacam-se pelas contextualizaes sugestivas.
eQUAeS ALGBRICAS
Nas colees aprovadas, o tratamento das matrizes feito no livro da 2 srie. Seu estudo precede o dos sistemas de equaes lineares, exceto em uma das colees, que no segue essa tradio. Para contextualizar as matrizes, elas so vinculadas, de modo satisfatrio, a tabelas de dupla entrada, em todas as obras. No entanto, essa contextualizao mais significativa quando
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se estudam primeiro os sistemas lineares, porque as matrizes surgem como uma ferramenta essencial na resoluo desses sistemas. Quatro obras destacam-se por tratarem da importante conexo entre transformaes geomtricas no plano e matrizes. Esse um tema que pode ser considerado inovador no ensino mdio e deveria merecer mais ateno nos livros didticos, sem que isso venha a contribuir para o excesso de contedos. Noutras palavras, temas tradicionais menos relevantes teriam que ser omitidos. As contextualizaes das matrizes desempenham um papel relevante para justificar a multiplicao de matrizes, que tem uma definio mais elaborada. Com relao a essa multiplicao, convm observar que ela fornece um primeiro exemplo instigante de operao matemtica no comutativa. A despeito de ser oportuna a abordagem das matrizes no ensino mdio, o que predomina, ainda, nas colees aprovadas um tratamento fragmentado e com extensas e montonas listas dos chamados tipos especiais de matrizes. Seguindo uma tendncia atual, todas as colees privilegiam a resoluo dos sistemas de equaes lineares pelo mtodo de escalonamento. Contudo, em muitas delas, pouco explorado o conceito fundamental de equivalncia de sistemas, em particular, as relaes entre essa equivalncia e as operaes admissveis nas linhas de uma matriz (denominadas de operaes elementares). Tambm criticvel a ateno exagerada a esquemas e siglas para ajudar os alunos na memorizao da classificao dos sistemas quanto a suas solues. Essa classificao resume-se, essencialmente, a trs categorias, cujas denominaes so autoexplicativas: nenhuma soluo; uma nica soluo; infinitas solues. Muitos educadores criticam a incluso de determinantes no ensino mdio, apoiados no fato de esse conceito no ser atualmente uma ferramenta utilizada na resoluo de sistemas lineares, que feita de modo muito mais eficiente pelo mtodo de escalonamento. Outros sugerem que os determinantes sejam um tpico opcional, dada a sua inegvel importncia na Matemtica. No entanto, h maior consenso quando se trata de criticar a abordagem que predomina no ensino mdio e nos livros didticos em particular. Tal abordagem privilegia a apresentao de uma listagem de regras para calcular determinantes, pouco justificadas. Nos determinantes de matrizes 2 x 2, ainda se encontra um vnculo com a resoluo de um sistema de duas equaes com duas incgnitas, mas, para os de ordem 3 aparece magicamente a regra de Sarrus. Em quatro obras informa-se como calcular determinantes de ordem n, com novas regras, que so procedimentos ainda mais elaborados a serem memorizados (Regra de Chi, Regra de Laplace). Apenas uma das obras justifica por que o clculo do determinante feito da forma indicada, apoiando-se na resoluo de um sistema 3 x 3, pelo mtodo de escalonamento.
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Nas colees aprovadas, a articulao entre sistemas lineares e geometria para sistemas 2 x 2 bem conduzida. Nesse caso, cada equao do sistema representa uma reta no plano cartesiano e o sistema ter infinitas solues, uma nica ou nenhuma soluo a depender da posio de uma reta em relao outra: coincidentes, concorrentes ou paralelas. No entanto, ao realizar a conexo anloga, entre sistemas 3 x 3 e as posies relativas de trs planos no espao tridimensional, quase todas as obras justificam de modo insatisfatrio por que as equaes do sistema representam planos. Resulta, assim, mais uma ocasio em que se demanda do aluno aceitar e memorizar, sem questionamentos. Nas colees aprovadas, as funes polinomiais so abordadas em vrios momentos: nas sees de reviso da lgebra estudada no ensino fundamental; no estudo das funes afins e quadrticas; e quando se trata do Binmio de Newton. No entanto, o estudo especfico dos polinmios se d sempre nos ltimos captulos (ou unidades) do terceiro volume, sem que se faa uma meno explcita aos estudos que foram feitos anteriormente. Para contextualizar o tpico recorre-se a problemas de rea e de volume de figuras geomtricas, o que apropriado. Na modelagem de fenmenos, h contextualizaes adequadas, particularmente em conexo com o movimento uniformemente acelerado, mas h outras artificiais e desestimulantes.
GeOMetRIA AnALtICA
Desde suas origens, a geometria analtica um campo privilegiado para as conexes entre a lgebra e a geometria. sabido que a escolha de um sistema de coordenadas permite que se estabelea uma estreita relao entre, de um lado, figuras geomtricas e, do outro, equaes (ou inequaes) envolvendo as coordenadas dos pontos. Na geometria analtica, tanto resolvemos problemas geomtricos recorrendo a mtodos algbricos, quanto atribumos significado geomtrico a fatos algbricos. Na maioria das colees aprovadas, a geometria analtica no plano apresentada em um nico volume, normalmente o terceiro. As figuras geomtricas estudadas so, essencialmente, as retas, as circunferncias e as cnicas. Nota-se que, em geral, a abordagem adotada nos livros muito fragmentada. Por exemplo, no estudo da reta, h vrios tipos de equao, apresentados isoladamente e com igual destaque, ao invs de se priorizar uma delas, qual seriam relacionadas as demais. Em contrapartida, as equaes paramtricas da reta, que so frteis em conexes com a Fsica, s foram encontradas em trs das obras. No estudo da circunferncia, apenas uma coleo no utiliza o mtodo de completar quadrados para obter a forma cannica de sua equao, que
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permite determinar as coordenadas do centro e o comprimento do raio. Dessa maneira, atribui-se significado a este procedimento algbrico. Nas colees, exceto em duas, apresentada uma aplicao interessante da geometria analtica na resoluo de problemas introdutrios de programao linear. So importantes as conexes da geometria analtica com outros tpicos como: grficos de funes; representaes geomtricas dos sistemas lineares; matrizes de transformaes geomtricas. Apesar disso, ainda so poucas as colees que valorizam essa articulao tanto ao tratar dos sistemas lineares, funes e matrizes, quanto no estudo geometria analtica. Para atribuir significado ao nome cnicas, apropriado nos referirmos s sees planas de uma superfcie cnica. No entanto, em algumas das obras, h impreciso na descrio do tipo de plano que gera uma hiprbole ou uma parbola. Igualmente, h inadequaes quando se procura modelizar situaes reais recorrendo a uma cnica. Um exemplo supor que a curva que fornece um modelo para um fio suspenso em suas extremidades um arco de hiprbole, quando o mais adequado, nesse caso, seria uma catenria. Essa importante curva tem propriedades matemticas muito diferentes de uma hiprbole, a despeito de serem parecidas visualmente. Em outro contexto, uma das obras, ao se referir aos cabos de sustentao de uma ponte pnsil, sugere a catenria como modelo matemtico, quando um arco de parbola seria mais adequado.
GeOMetRIA
No ensino mdio, o aluno levado a conhecer o carter dedutivo da geometria, em geral na parte da geometria espacial denominada geometria de posio, porm muitas vezes sem os cuidados necessrios. Isso acontece ao serem propostos, como ponto de partida, variados conjuntos de axiomas, por vezes inadequados. Por exemplo, em alguns livros, escolhe-se como um dos axiomas da geometria espacial: Existem infinitos pontos no espao, mas no exigido, axiomaticamente, que esses pontos no estejam todos em um mesmo plano. Isso acarreta que seria admissvel uma geometria espacial em que o objeto de estudo fosse um nico plano. Um das falhas relacionadas com a tentativa de fazer uma introduo geometria dedutiva que isso, em geral, permanece completamente isolado na obra, sem nenhum reflexo em seu restante. Fechada a seo ou o captulo em que se mencionaram axiomas e teoremas, raramente se volta apresentar uma deduo, seja em geometria, seja em outro campo da matemtica escolar.
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caracterstica das colees a apresentao de uma variedade muito pequena de poliedros, sempre nas mesmas posies, o que empobrece sobremodo a compreenso desse assunto. Tambm devemos mencionar imprecises na definio de alguns poliedros, como os prismas e as pirmides. Alm disso, as justificativas apresentadas para calcular o volume de prismas, em particular do paraleleppedo retngulo, somente so vlidas se as arestas forem comensurveis. No indispensvel, no ensino mdio, fazer a demonstrao completa, mas devemos mencionar que existem casos no cobertos pela prova ou pela justificativa encontradas no livro. E mais, informar que, com recursos mais avanados, possvel demonstrar que a expresso indicada aplica-se a qualquer paraleleppedo. Acertadamente, os autores recorrem ao princpio de Cavalieri para calcular volumes que, de outro modo, exigiriam mtodos infinitesimais. No entanto, necessrio cuidado e clareza ao empregar esse princpio. Por exemplo, em alguns livros no se justifica de modo satisfatrio a igualdade das reas das sees dos slidos, necessria para aplicao do referido princpio. Nota-se, no tratamento da geometria espacial, a mesma tendncia encontrada na apresentao da geometria plana no ensino fundamental: a nfase na nomenclatura e nas classificaes e a falta quase total de problemas genunos. Por exemplo, os problemas sobre reas e volumes recaem em montonas aplicaes da lgebra. Observa-se, geralmente, pouca explorao da capacidade de visualizao, to necessria em estudos posteriores e em muitas profisses, como as ligadas mecnica, arquitetura, s artes, entre outras. Aqui, a apresentao de vistas de slidos mais complexos do que os estudados no ensino fundamental seria uma tima oportunidade para exercitar as capacidades de visualizao espacial dos alunos. As colees aprovadas, com poucas excees, no contribuem para o aperfeioamento das habilidades de desenho e de visualizao de objetos geomtricos. Nesse sentido, seria importante explorar diferentes perspectivas, projees, cortes, planificaes, entre outros recursos de representao dos objetos. Alm de no serem propostas atividades do tipo acima, algumas ilustraes contm falhas que dificultam ainda mais o desenvolvimento dessas habilidades. Aps a apresentao dos volumes dos slidos geomtricos, deveriam ser includos problemas de modelagem, como, por exemplo, determinar a expresso que fornece, em funo do tempo, o volume de gua em um recipiente, no qual ela vertida a uma taxa constante. Esse um dos exemplos possveis de uma boa integrao entre geometria, grandezas e funes.
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eStAtStICA e pROBABILIDADeS
Um dos conhecimentos mais utilizados hoje em dia a estatstica, que descreve os dados observados em pesquisas ou experimentos em quase todas as atividades humanas e desenvolve metodologias para a tomada de deciso na presena da incerteza. cada vez mais relevante, para todo cidado, interpretar criticamente resultados de pesquisas estatsticas. Para isso, importante que situaes que envolvam dados da realidade fsica ou social - que precisam ser coletados, selecionados, organizados, apresentados e interpretados - faam parte da formao bsica de nossos alunos. tambm importante saber fazer inferncias, com base em informaes qualitativas ou dados numricos. Diversos estudos na rea educacional propem abordagens para a formao estatstica dos alunos com atividades que exigem um maior envolvimento deles no planejamento de pesquisas, construo de questes, definio adequada de populao e amostra para cada tipo de pesquisa, coleta e organizao de dados, distribuies de frequncia, medidas de tendncia central e de disperso. No entanto, em apenas uma das colees aprovadas so discutidas de maneira satisfatria as etapas de planejamento de uma pesquisa estatstica. Grficos e tabelas esto presentes em todas as colees aprovadas, em menor ou maior grau, em textos distribudos ao longo dos captulos. Alm disso, algumas delas reservam captulos especficos para o estudo mais detalhado desses tipos de representao. Em contrapartida, so poucas as colees que exploram aspectos importantes da estatstica, associados anlise dos grficos: a populao pesquisada (se uma amostragem ou uma pesquisa censitria); a opo por apresentar frequncia absoluta ou relativa e suas consequncias; a escolha de escalas adequadas para cada eixo; as variveis que esto sendo relacionadas em um mesmo grfico; a necessidade ou no do uso de legenda; entre outros. So, ainda, raras as atividades que incentivem a anlise crtica de uma representao usada na mdia ou em divulgao cientfica de pesquisas. No se prope sua comparao com outras formas de representao, e tampouco se reflete se h induo a interpretaes equivocadas. Ao contrrio, incluem-se grficos e tabelas com inadequaes, como o caso de muitos pictogramas utilizados na imprensa escrita, sem qualquer advertncia para que o aluno detecte erros ou falta de informao. As falhas, nesses casos, muitas vezes dificultam o acesso ao contedo apresentado. Algumas colees ainda trazem uma abordagem da estatstica por meio de exemplos fictcios, com foco em nomenclatura e em procedimentos de clculo
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desprovidos de validao e de interpretao. O clculo de medidas descritivas deveria ser analisado luz do raciocnio estatstico e no meramente por meio dos resultados numricos. Aprender tcnicas de clculo sem ser capaz de interpretar seus resultados enfadonho e desnecessrio. Os recursos computacionais, como planilhas eletrnicas, calculadoras simples ou cientficas, tambm permanecem pouco explorados nas colees aprovadas. Em apenas uma delas esse trabalho efetivamente valorizado. Como sabemos, uma das vantagens do uso das tecnologias atuais de informao e comunicao que elas possibilitam, em um tempo cada vez menor, estender em muito o nmero de dados que podem ser trabalhados nos experimentos. Acima de tudo, isso abre espao para que possamos investir na busca do significado e na interpretao dos dados obtidos e das medidas estatsticas associadas a ele, que so fundamentais para um efetivo trabalho tcnico ou cientfico. Contudo, no podemos esquecer que indispensvel, tambm, compreender e saber justificar os procedimentos de clculo e as frmulas que os definem, para que se possa exercer o controle dos clculos e dos algoritmos realizados pelos artefatos tecnolgicos. Em alguns textos, uma omisso verificada na seleo de contedos da estatstica a classificao de variveis - quantitativas (ou numricas) e qualitativas (ou categorizadas). Essa classificao fundamental na definio do tipo de organizao e apresentao dos dados (os tipos de grficos adequados) e em decises a respeito da anlise a ser adotada. Disso decorre uma impreciso encontrada em algumas obras ao chamar grfico de colunas de histograma, ou vice-versa. O histograma um grfico construdo a partir de uma tabela com dados de uma varivel quantitativa. Neste caso, os valores assumidos so agrupados em intervalos para os quais se constroem as colunas verticais e contguas (sem espao entre elas) com alturas proporcionais s frequncias de ocorrncia de cada intervalo. No que se refere s variveis quantitativas, um dos conceitos considerados fundamentais na estatstica o de variabilidade, e a medida mais simples para introduzir o conceito a amplitude (diferena entre o valor mximo e o valor mnimo), raramente mencionada nas obras. Mesmo no estudo da varincia, do desvio padro ou do desvio mdio absoluto, a interpretao associada ao conceito de variabilidade no valorizada. Assim, esse estudo costuma ser reduzido a tcnicas operatrias, com pouca discusso de seus significados para a compreenso dos dados. Alguns textos, que buscam avanar desnecessariamente nos contedos da rea de estatstica, incorrem em imprecises ao fazerem uma abordagem inicial da inferncia estatstica. Um das inadequaes verificadas ocorre no ajuste de histogramas por uma curva normal, o que nem sempre faz sentido.
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A prpria incluso, no ensino mdio, do estudo da distribuio normal exige maior conhecimento estatstico. No estudo das probabilidades, podem ser identificados pontos positivos em algumas obras. Nelas, observamos maior cuidado na abordagem dos conceitos bsicos no campo das probabilidades e preocupao em associ-los a problemas reais e sugestivos. A noo de incerteza de ocorrncia de alguns eventos igualmente tratada de forma satisfatria, em oposio ao carter determinstico de outros eventos. A despeito desses aspectos elogiveis, h limitaes na maioria das obras, no campo das probabilidades. Uma delas que, tanto na introduo dos contedos, quanto em alguns problemas propostos, h contextualizaes inadequadas ou artificiais. Outra limitao vem de uma tradio arraigada de se anteceder o estudo das probabilidades (e da estatstica) por um longo e fragmentado captulo de anlise combinatria. certo que a contagem de possibilidades uma ferramenta muito til para resolvermos problemas de probabilidades, quando se utiliza sua definio clssica. No entanto, estender demais a preparao em anlise combinatria induz o aluno a pensar que, sem todo aquele arsenal, no possvel compreender probabilidades (nem estatstica). Em relao s noes bsicas de probabilidade, observamos que, em algumas obras, no apresentada, de maneira apropriada, a noo de independncia probabilstica entre dois eventos definidos em um mesmo espao amostral. Nesse caso, conveniente, antes de abordar independncia, estudar o conceito de probabilidade condicional, o que nem sempre feito nos livros aprovados. Todas as colees adotam a chamada definio clssica de probabilidade de ocorrncia de um evento num determinado experimento aleatrio, simplificadamente: o quociente do nmero de casos favorveis ao evento pelo nmero de casos possveis no experimento. Tal definio tem como premissa fundamental que os eventos possveis tenham a mesma probabilidade (chance) de ocorrncia, noutros termos, que sejam equiprovveis11. No entanto, tal suposio nem sempre explicitada nos textos analisados. Por exemplo, em experimentos com dados ou moedas, necessrio explicitar a suposio de que eles so ou no honestos.
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Uma das crticas dessa definio aponta a sua circularidade, pois estaramos utilizando a noo de mesma probabilidade para definir probabilidade. Essa crtica contornada de duas maneiras, em geral. Uma basear a suposio de equiprobabilidade em propriedades de simetria e homogeneidade presentes nos objetos envolvidos no experimento. Por exemplo, no lanamento de um dado simtrico e homogneo (honesto) razovel supor que todas as faces tenham a mesma chance de ficar voltadas para cima. A outra maneira tomar a premissa de equiprobabilidade como um dos pontos de partida para construir um modelo probabilstico do fenmeno em questo.
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Um dos pontos importantes na anlise de um livro didtico a identificao das principais caractersticas da metodologia nele adotada. Essa anlise inclui diversos aspectos: a estratgia de apresentao e sistematizao dos contedos; o tipo de participao dos alunos que a obra busca promover; as competncias que se procuram desenvolver; os recursos didticos utilizados; os tipos de atividades propostas; entre outros. A anlise das obras aprovadas permitiu construir o Quadro 1 com os traos caractersticos dessas colees. Na primeira coluna do quadro, as categorias so snteses baseadas em aspectos predominantes da obra, mesmo levando em conta algumas diferenas de encaminhamento. Quadro 1 Caracterizao da metodologia das obras aprovadas no PNLD 2012
25042 25116 25117 25121 25122 25125
ESTRATGIAS Introduzir os contedos por explanao terica, seguida de atividades resolvidas de cunho aplicativo e exerccios. Introduzir o contedo apresentando um ou poucos exemplos, usados para fazer generalizaes que levam apresentao sistematizada dos contedos. Iniciar por atividades propostas, e, logo em seguida, apresentar os contedos sistematizados, sem dar oportunidade ao aluno de tirar concluses prprias. Iniciar pela apresentao de textos que contextualizam histrica ou socialmente o conhecimento e contribuem para motivar a sistematizao do contedo, seguida de novos problemas resolvidos e propostos.
X X X X X X X
De certa forma, todas as obras contm pginas de abertura dos captulos (ou unidades) que apresentam aplicaes, questes, problemas, informaes ou reviso de pr-requisitos, relacionadas com aquilo que ser estudado. No entanto, as formas de fazer isso so diversas, algumas mais apropriadas ao ensino mdio, outras mais superficiais ou menos significativas. H, tambm, casos de contextos muito sofisticados para esse nvel de ensino. Em muitos casos, as sees iniciais incluem um pouco da Histria da Matemtica, com nfase nas motivaes sociais e econmicas que levaram ao avano desta cincia. Em outros, o uso da Histria se reduz a dados factuais, do tipo quem e quando. Observa-se a sistematizao, algumas vezes apressada, dos contedos, acompanhada de exerccios resolvidos que servem como modelos a serem
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seguidos. Essa uma caracterstica que dificulta as tentativas de o professor conduzir aulas nas quais os alunos pensem, discutam possveis solues e reconheam a necessidade de ampliao dos conhecimentos. Nas colees aprovadas, os contedos so apresentados, quase sempre, de forma bem cuidada. No entanto, h casos de inadequaes ou falta de ateno a especificidades matemticas que podem comprometer uma compreenso adequada dos conceitos, como j exposto neste texto. Nesses casos, os problemas detectados no invalidam a adoo da obra, mas so apontados nas resenhas para que o professor aperfeioe ou complemente a abordagem adotada. Outro ponto a se destacar como concepo comum nas obras didticas para os jovens do ensino mdio a nfase em exerccios. Sem dvida, consensual que se aprende Matemtica resolvendo problemas. No entanto, pela seleo e quantidade de exerccios disponibilizados, pode-se afirmar que a nfase recai no treinamento a partir de modelos. Tal opo tira do aluno qualquer necessidade de deciso sobre o contedo e a estratgia de resoluo necessria. Essas competncias so essenciais para a realizao de atividades matemticas. preciso ressaltar a excessiva incluso de exerccios de concursos, vestibulares e do Enem. Tais exerccios esto disponveis em outros meios e no precisariam ocupar tantas pginas dos livros didticos. Alm disso, ao distribuir exerccios do Enem, por exemplo, em listas propostas logo aps a apresentao de um determinado tpico, desperdia-se uma ocasio para desenvolver a principal habilidade para resoluo de exerccios em concursos, que identificar a que tpico e a que estratgia se pode recorrer para resolv-lo. A Tabela 2 apresenta o total de exerccios presentes nas colees aprovadas, confirmando a avaliao de que, em muitas obras, esse nmero muito elevado. Nela, apresentamos em separado os exerccios que so reproduzidos de concursos, exames de vestibular ou do Enem. Tabela 2 Nmero total de exerccios presentes nas obras aprovadas.
Coleo Resolvidos e propostos Exerccios de concursos, vestibular e Enem Total 25042 3.972 576 4.548 25116 2.332 659 2.991 25117 1.771 254 2.025 25121 2.442 237 2.679 25122 2.467 768 3.235 25125 2.501 313 2.814 25133 2.735 300 3.035
O excesso de contedos e exerccios no leva em conta o tempo didtico, a carga horria da disciplina e o ano letivo. Em qualquer das obras aprovadas
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ser preciso fazer escolhas, tanto dos contedos includos em cada srie do ensino mdio, quanto das atividades e exerccios. Para alm da quantidade, buscamos caracterizar aspectos metodolgicos das listas de exerccios propostos nas obras aprovadas no PNLD 2012. O Quadro 2, a seguir, mostra a distribuio dos exerccios em relao apresentao dos contedos e aos aspectos mais gerais que podem ajudar a caracteriz-los. Quadro 2 Caracterizao dos exerccios propostos nas obras aprovadas
OS EXERCCIOS Exerccios na abertura de captulos para levantar conhecimentos prvios ou motivar o estudo. Exerccios para apresentar novos contedos, entremeados a listas de exerccios propostos. Exerccios inovadores e desafiadores. Exerccios envolvendo questes da sociedade moderna, bem contextualizados e desafiadores. Exerccios que incentivam o uso de diferentes estratgias de resoluo. Exerccios que valorizam a verificao de processos e validao de respostas. Atividades que estimulam a interao dos alunos e o trabalho em grupo. Exerccios de reviso de tpicos de diversos captulos ou unidades que, portanto, exigem a escolha de contedo e estratgia. Exerccios de aplicao, anlogos aos exemplos usados na apresentao do contedo. Exerccios entremeados aos tpicos que subdividem a apresentao dos contedos. Exerccios de treino de procedimentos e simples aplicao de frmulas. Exerccios de vestibulares, concursos e Enem. Legenda Excesso Sempre s vezes Raro No observado
25042 25116 25117 25121 25122 25125 25133
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Alm de buscar uma tipologia, classificamos a nfase dada nas obras a cada opo para a abordagem dos campos da Matemtica. Para isso, recorremos a categorias: em excesso; sempre; s vezes; raro; no observado. Quando o item foi marcado com no observado significa que, se existe aquele tipo de exerccio, ele no se destaca para nenhum campo da Matemtica naquela coleo. Como raro classificamos tipos que so muito pouco frequentes, mas que foram utilizados em algum campo ou volume da coleo. A classificao s vezes significa que tal aspecto ocorre com frequncia, mas no parece ser o foco principal da metodologia adotada. J o sempre mostra que aquele o principal enfoque dado aos exerccios na grande maioria dos campos e em todos os volumes. Finalmente, excesso evidencia que alm de ser uma opo marcante, h exagero na quantidade de exerccios daquele tipo. No mbito da metodologia tambm foi analisado o quo a obra incentiva e explora o uso de recursos didticos, como mostra o Quadro 3, a seguir. Quadro 3 Caracterizao das obras quanto ao incentivo ao uso de recursos didticos
RECURSOS DIDTICOS Materiais concretos Instrumentos de desenho Calculadora Computador No observado
25042 25116 25117 25121 25122 25125 25133
Legenda
consistente
suficiente
ilustrativo
Superficial
Observamos que apenas uma obra apresenta incentivo suficiente ao uso de materiais concretos, instrumentos de desenho, calculadora e computador. O uso de instrumentos de desenho, que poderia contribuir para a aprendizagem da geometria, pouco frequente na maioria das obras. Destacamos, porm, o incentivo ao uso da calculadora simples que aparece, ao menos superficialmente, em todas as colees e suficientemente em trs delas. No entanto, o uso da calculadora cientfica, e do computador tambm, ainda pouco presente nas propostas de atividades para os alunos. Algumas obras citam e outras at sugerem atividades, no manual do professor, que envolvem o uso dos recursos didticos aqui mencionados. Alm dos recursos mencionados no Quadro 3, uma das obras apresenta alguns jogos, o que pode funcionar como um apoio didtico eficiente para alterar a rotina da sala de aula.
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Em geral, as obras avaliadas usam ilustraes e textos visando contextualizar os temas abordados. Quase sempre as ilustraes escolhidas so atuais, interessantes e de boa qualidade grfica. Algumas contextualizaes so adequadas e bem aproveitadas, como no estudo das funes. Entretanto, h ilustraes e textos que pouco contribuem para a aprendizagem. Por vezes, tambm, h boas contextualizaes em exemplos, exerccios resolvidos ou propostos. o que se nota, entre outras, em algumas apresentaes de espelhos parablicos ou hiperblicos e das rbitas dos planetas em torno do Sol. Salientamos menes s aplicaes dos logaritmos para compreender escalas (sonora, de medio de terremotos, de acidez) e juros compostos e da funo exponencial ao decaimento radioativo. Porm, algumas vezes so apresentadas modelagens matemticas de situaes artificiais. Destacam-se, nas obras, as conexes feitas com outras cincias, com o mundo do trabalho, em uma sociedade permeada pela tecnologia e na qual esto presentes novas exigncias de formao cientfica e polivalente. Muitas obras mencionam dados relativos ao crescimento do pas e falta de profissionais habilitados e especializados para o tipo de emprego que a indstria e os servios exigem.
MAnUAL DO pROFeSSOR
Todas as colees aprovadas trazem uma parte comum aos trs volumes na qual so apresentados a estrutura da obra e os pressupostos tericos e metodolgicos que serviram de base sua elaborao. Em muitas delas, podem ser encontrados textos bastante significativos. Isto porque, alm de informar os pressupostos assumidos por seus autores, eles so bons instrumentos de divulgao de discusses atuais do campo da Educao e, mais especificamente, da Educao Matemtica, o que enriquece a formao dos professores. Contudo, em alguns casos, os quadros tericos que orientam as obras so apresentados de forma muito sucinta e superficial, o que limita seu valor pedaggico. No cenrio complexo do ensino mdio, com seus mltiplos objetivos, gerase a necessidade de um uso diversificado do livro didtico de Matemtica, que deve sempre se adequar ao projeto pedaggico da escola e integrar-se ao trabalho do professor. Para isso, fundamental que o manual oferea boas orientaes ao professor. Uma delas diz respeito a alternativas para a seleo e sequenciamento dos
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COnteXtUALIZAO
contedos trabalhados nos livros. Em especial, as limitaes de carga horria e o excesso de contedos apresentados nas colees requerem a indicao de tpicos que podem ser omitidos, sem prejuzo da formao bsica do aluno do ensino mdio. Tambm recomendvel que se indiquem as possibilidades de aplicaes dos conhecimentos matemticos em diferentes contextos. Uma das obras aprovadas, por exemplo, destaca-se por discutir opes no lineares de utilizao do livro do aluno e apresentar caminhos alternativos que dispensam alguns captulos, sem prejuzo do uso do restante da obra. Em outra obra, encontra-se um quadro com as competncias e habilidades visadas em cada captulo, o que tambm auxilia o professor em suas tarefas didticas. Espera-se que o manual do professor assuma outro papel importante, o de se constituir um instrumento de apoio ao trabalho didtico cotidiano. Para isso, fundamental que contenha orientaes e sugestes relacionadas com as atividades que compem a obra, particularmente, com as questes didticas associadas a elas. Ele deve, tambm, trazer sugestes de atividades complementares que contribuam para a superao de dificuldades de aprendizagem, alm de outras que ampliem ou aprofundem o livro do aluno. Alm da parte comum, as colees aprovadas trazem, para cada volume, uma parte especfica, que visa auxiliar o trabalho do professor. Com exceo de uma das obras aprovadas, as demais oferecem comentrios, em letras pequenas e de cor diferente, na cpia do livro do aluno que compe o manual. Em muitas dessas obras, tais comentrios so breves. Mesmo assim, contm informaes sugestivas para o uso do livro do aluno. Essas sugestes complementam as orientaes destinadas a cada captulo ou unidade, presentes no suplemento pedaggico de seus manuais. Sugestes de materiais didticos e de uso de recursos tecnolgicos que complementem a aprendizagem podem ser encontradas nos manuais de apenas duas das obras cujas resenhas constam deste Guia. Todas as colees aprovadas apresentam solues para os exerccios propostos, e tambm incluem sugestes de atividades complementares. Alguns manuais cumprem essa tarefa de forma detalhada, o que, efetivamente, contribui para o trabalho docente, outros o fazem de forma breve.
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esta leitura, juntamente com a das resenhas e dos demais textos deste Guia, tenha cumprido o papel desejado. Esperamos, alm disso, que percorrer as sees do texto tenha aumentado seu interesse pelos temas tratados e sua disposio em recri-lo. Se isso tiver acontecido, teremos atingido o nosso objetivo.
FICHA De AVALIAO
Coleo: (cdigo) Meno: (Aprovada ou Excluda)
PARTE I IDENTIFICAO GERAL 1 Descrio da obra 2 Contedos por volume PARTE II ANLISE AVALIATIVA Para cada item abaixo indique sim, parcialmente ou no e justifique 1 Respeito legislao, s diretrizes e s normas oficiais relativas ao ensino mdio. 1.1 A coleo respeita a proibio de trazer informaes que contrariem, de alguma forma, a legislao vigente, como Constituio da Repblica Federativa do Brasil; Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, com as respectivas alteraes introduzidas pelas Leis n 10.639/2003, n 11.274/2006, n 11.525/2007 e n 11.645/2008; o Estatuto da Criana e do Adolescente; Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio; Resolues e Pareceres do Conselho Nacional de Educao, em especial, o Parecer CEB n15, de 04/07/2000, o Parecer CNE/CP n 003, de 10/03/2004 e a Resoluo CNE/CP n 01 de 17/06/2004. 2 Observncia de princpios ticos necessrios construo da cidadania e ao convvio social republicano. 2.1 A coleo livre de esteretipos e preconceitos de condio social, regional, tnico-racial, de gnero, de orientao sexual, de idade ou de linguagem, assim como de qualquer outra forma de discriminao ou de violao de direitos. 2.2 A coleo isenta de doutrinao religiosa e/ou poltica, respeitando o carter laico e autnomo do ensino pblico. 2.3 A coleo apresenta-se sem publicidade ou sem difuso de marcas, produtos ou servios comerciais. S/N S/N
S/N S/N
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3 Coerncia e adequao da abordagem terico-metodolgica assumida pela coleo, no que diz respeito proposta didtico-pedaggica explicitada e aos objetivos visados. 3.1 A metodologia adotada contribui para o desenvolvimento de capacidades bsicas do pensamento autnomo e crtico (a compreenso, a memorizao, a anlise, a sntese, a formulao de hipteses, o planejamento, a argumentao). 3.2 H coerncia metodolgica entre os diferentes volumes. Metodologia do ensino e aprendizagem 3.3 A metodologia adotada na coleo caracteriza-se predominantemente por (marque ou explicite outra): ntroduzir os contedos por explanao terica, seguida de atividades I resolvidas e propostas, de cunho aplicativo. ntroduzir o contedo, apresentando um ou poucos exemplos seguidos de I alguma sistematizao e depois de atividades de aplicao. ropor um projeto, a partir do qual contedos da Matemtica so P estudados. niciar por atividades propostas, seguidas da sistematizao, sem dar I oportunidade ao aluno de tirar concluses prprias. onstituir-se de uma lista de atividades propostas, e deixar a sistematizao C dos contedos a cargo do professor. utras modalidades. Explicite: O 3.4 A coleo valoriza e incentiva: 3.4.1 o uso de conhecimentos j trabalhados na coleo; 3.4.2 o uso de conhecimentos extraescolares; 3.4.3 o uso de conhecimentos previamente trabalhados; 3.4.4 a interao entre alunos. 3.5 A coleo favorece o desenvolvimento de competncias complexas, como: (avalie se com Destaque, Suficientemente ou Raramente e d exemplos) 3.5.1 observar, explorar e investigar. Exemplos: 3.5.2 estabelecer relaes, classificar e generalizar. Exemplos: 3.5.3 argumentar, tomar decises e criticar. Exemplos: 3.5.4 visualizar. Exemplos: 3.5.5 utilizar a imaginao e a criatividade. Exemplos: 3.5.6 inferir, conjecturar e provar. Exemplos: 3.5.7 expressar e registrar ideias e procedimentos. Exemplos: 3.6 A coleo apresenta situaes que envolvem: 3.6.1 questes com falta ou excesso de dados. Exemplos: 3.6.2 desafios. Exemplos: D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/N
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3.6.3 problemas com nenhuma soluo ou com vrias solues. Exemplos: 3.6.4 utilizao de diferentes estratgias na resoluo de problemas. Exemplos: 3.6.5 comparao de diferentes estratgias na resoluo de problemas. Exemplos: 3.6.6 verificao de processos e resultados pelo aluno. Exemplos: 3.6.7 formulao de problemas pelo aluno. Exemplos: 3.7 A coleo valoriza o desenvolvimento de habilidades relativas ao: 3.7.1 clculo por estimativa. Exemplos: 3.7.2 aproximaes numricas. Exemplos: 3.8 A coleo estimula a utilizao de recursos didticos diversificados: 3.8.1 materiais concretos. Exemplos: 3.8.2 instrumentos de desenho geomtrico. Exemplos: 3.8.3 calculadora. Exemplos: 3.8.4 outros recursos tecnolgicos. Exemplos: 3.8.5 leituras complementares. Exemplos: Contextualizao 3.9 Na coleo, os conhecimentos matemticos so contextualizados, de forma significativa, no que diz respeito a: (avalie se sim, parcialmente, ou no e justifique) 3.9.1 a prpria Matemtica; 3.9.2 outras reas do conhecimento; 3.9.3 a histria da Matemtica; 3.9.4 as prticas sociais atuais. Formao da cidadania 3.10 A coleo contribui para a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento posteriores. 3.11 A coleo contribui para o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico. 3.12 A coleo contribui para a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos e a preparao do aluno para a continuidade dos estudos. 3.13 A coleo contribui para a compreenso dos fundamentos cientficotecnolgicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prtica, no ensino da Matemtica.
D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R D/S/R
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4 Correo e atualizao de conceitos, informaes e procedimentos A coleo, incluindo o livro do aluno, glossrio e manual do professor, apresenta os contedos sem (avalie se sim ou no): 4.1 erro conceitual; 4.2 induo ao erro; 4.3 erro de informaes bsicas. Seleo e distribuio dos contedos matemticos 4.4 A coleo apresenta adequadamente os conhecimentos relativos a nmeros e operaes; funes; equaes algbricas; geometria; estatstica e probabilidades, quanto : (avalie se sim, parcialmente, ou no e justifique) 4.4.1 seleo; 4.4.2 distribuio; 4.4.3 articulao entre o conhecimento novo e o j abordado; 4.4.4 articulao entre os diversos campos da Matemtica. Abordagem dos contedos 4.5 A coleo contribui para a compreenso dos conceitos e procedimentos matemticos, favorecendo a atribuio de significados aos contedos do campo: (avalie se sim, parcialmente, ou no e justifique) 4.5.1 Nmeros e operaes: 4.5.1.1 Conjuntos 4.5.1.2 Nmeros reais 4.5.1.3 Nmeros e grandezas 4.5.1.4 Nmeros complexos 4.5.1.5 Princpios de contagem 4.5.1.6 Outros temas que julgue importante analisar 4.5.2 Funes: 4.5.2.1 Sequncias 4.5.2.2 Funes como relao entre grandezas 4.5.2.3 Funo no contexto dos conjuntos 4.5.2.4 Funo afim e afim por partes 4.5.2.5 Funo quadrtica 4.5.2.6 Funes exponencial e logartmica 4.5.2.7 Funo trigonomtrica 4.5.2.8 Outras Funes 4.5.2.9 Matemtica financeira 4.5.2.10 Introduo ao clculo diferencial 4.5.2.11 Outros temas que julgue importante analisar S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/N S/N S/N
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4.5.3 Equaes algbricas: 4.5.3.1 Polinmios 4.5.3.2 Matrizes e determinantes 4.5.3.3 Sistemas lineares 4.5.3.4 Outros temas que julgue importante analisar 4.5.4 Geometria Analtica 4.5.5 Geometria: 4.5.5.1 Geometria plana 4.5.5.2 Geometria espacial 4.5.5.3 Grandezas geomtricas 4.5.5.4 Outros temas que julgue importante avaliar 4.5.6 Estatstica e probabilidades: 4.5.6.1 Estatstica 4.5.6.2 Probabilidades 4.6 A coleo aborda de forma articulada os diferentes significados de um mesmo conceito; 4.7 Na coleo h equilbrio e articulao entre conceitos, algoritmos e procedimentos. S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N
5 Observncia das caractersticas e finalidades especficas do manual do professor e adequao da coleo linha pedaggica nele apresentada. (avalie se sim ou no e justifique) 5.1 O manual do professor explicita os pressupostos tericos e os objetivos que nortearam a elaborao da coleo. 5.2 H coerncia entre os pressupostos tericos explicitados no manual do professor e o livro do aluno. (avalie se sim, ou no e justifique) 5.3 O manual do professor emprega uma linguagem clara. 5.4 O manual do professor traz subsdios para a atuao do professor em sala de aula: 5.4.1 apresentando orientaes metodolgicas para o trabalho com o livro do aluno; 5.4.2 sugerindo atividades diversificadas (projetos, pesquisas, jogos, experimentos etc.) alm das contidas no livro do aluno; 5.4.3 apresentando resolues das atividades propostas aos alunos; 5.4.4 contribuindo para reflexes sobre o processo de avaliao do aluno. 5.5 O manual do professor favorece a formao e a atualizao do professor: 5.5.1 sugerindo leituras complementares; 5.5.2 apresentando a bibliografia utilizada pelo autor; 5.5.3 indicando fontes de informao. S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/N S/N S/P/N
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6 Adequao da estrutura editorial e do projeto grfico aos objetivos didticopedaggicos da coleo. (avalie se sim ou no e justifique) 6.1 A coleo apresenta as ilustraes sem erros ou induo a erro que comprometam a compreenso do contedo matemtico. Parte textual (avalie se sim, parcialmente ou no e justifique) 6.2 A estrutura da coleo bem hierarquizada (ttulos, subttulos etc.) e essa hierarquia evidenciada por meio de recursos grficos. 6.3 A coleo apresenta um sumrio que auxilia na localizao dos contedos matemticos. 6.4 A coleo apresenta ndice remissivo. (avalie se sim, parcialmente, ou no e justifique) 6.5 Na coleo, a reviso isenta de erros. (avalie se sim ou no e justifique) Linguagem (avalie se sim, parcialmente ou no e justifique) 6.6 A linguagem utilizada na coleo adequada ao aluno a que se destina quanto: 6.6.1 ao vocabulrio; 6.6.2 clareza na apresentao dos contedos e na formulao das instrues; 6.6.3 ao emprego de vrios tipos de texto. 6.7 A coleo articula as diferentes representaes matemticas (lngua materna, linguagem simblica, desenhos, grficos, tabelas, diagramas, cones, etc.); Qualidade visual 6.8 Os textos e ilustraes da coleo so distribudos nas pginas de forma adequada e equilibrada. 6.9 Os textos mais longos so apresentados de forma a no desencorajar a leitura. Ilustraes 6.10 As ilustraes enriquecem a leitura dos textos, auxiliando a compreenso. 7 Outras observaes Acrescente observaes adicionais, se julgar necessrio. S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/P/N S/N S/N
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ReSenHAS
VISO GERAL
Na abertura das unidades, encontram-se questes que buscam valorizar os conhecimentos prvios ou extraescolares dos alunos. Em seguida, so apresentados textos e imagens que relacionam, adequadamente, a Matemtica a outras reas do conhecimento ou a situaes do dia a dia. Em geral, a explanao dos contedos feita de maneira satisfatria. Alm disso, vrias atividades propiciam reflexes e aprofundamento dos conceitos. No entanto, a partir do captulo 3, do volume 2, passa-se a enfatizar o emprego de frmulas e procedimentos. Entre as diversas sees includas na obra, destaca-se a chamada Autoavaliao, com indicaes teis para o aluno localizar no livro e revisar, contedos j estudados.
DESCRIO
A obra organiza-se em itens, que contm explanaes sobre um tpico matemtico, acompanhadas de exemplos, de Exerccios resolvidos e de Exerccios propostos. Esses itens formam captulos, cujos ttulos indicam um tpico mais geral. Nas margens das pginas, encontram-se pequenos textos: Observao, em que se destaca alguma particularidade do assunto em estudo e Reflita, com questionamentos para o aluno. Ao fim dos captulos, h as sees Resumo do captulo, Autoavaliao, Retomada de conceitos e, por vezes, Solues comentadas, com problemas de vestibulares recentes.
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Nos livros, os captulos ligados a um mesmo tema so reunidos em unidades. Cada uma delas traz um texto inicial de motivao e termina, quase sempre, com atividades de Compreenso do texto. Os volumes so concludos com Questes de vestibular, Questes do Enem, Sugestes de leitura, Respostas, Lista de siglas e Bibliografia. Na coleo so abordados: 1 SRIE 5 unidades - 10 captulos 408 pp.
Unidade 1 Trabalho com a Informao 1 2 3 Coleta, organizao e interpretao de dados Operaes com conjuntos; conjuntos numricos; intervalos da reta Funo: conceito, grfico; funo definida por sentenas; funo: composta, inversa, par, mpar Funo afim: definio, grfico, inequaes Funes quadrticas e modulares: definio, grfico, inequaes Funo exponencial: equaes, grficos, inequaes Logaritmo: propriedades, mudana de base; funes logartmicas: grfico, equaes, inequaes 28 pp 30 pp 42 pp Unidade 2 Introduo ao Estudo das Funes
Sequncias: definio e exemplos de sequncias; progresses aritmticas 36 pp e geomtricas Teorema de Tales; semelhana de polgonos; Teorema de Pitgoras Trigonometria no tringulo retngulo: seno, cosseno, tangente 24 pp 24 pp
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6 7 8 9 10
Poliedros: prismas e pirmides, propriedades, troncos, reas e volumes Cilindro, cone e esfera: propriedades, seces, reas e volumes Matrizes: operaes, inversas; determinantes: propriedades, regra de Sarrus, regra de Laplace Sistemas de equaes lineares: regra de Cramer, escalonamento Anlise combinatria: princpios de contagem, permutaes, arranjo, combinao; coeficiente binomial, tringulo de Pascal, binmio de Newton Probabilidade: conceitos, probabilidade condicional, modelo binomial
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26 pp.
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ANLISE
Abordagem dos contedos
Conforme o grfico a seguir, os contedos de funes esto muito concentrados no livro da 1 srie.
A anlise da obra revelou que h excesso de contedos. H, tambm, um nmero extremamente elevado de atividades, em mdia 1500 por volume. Isso exigir muito esforo de seleo por parte do professor ou do aluno.
Nmeros e operaes No incio do volume 1, h um captulo em que so introduzidos os conceitos bsicos e a notao relativos aos conjuntos. Nota-se a uma ateno demasiada ao tema. Em seguida, feita uma apresentao satisfatria dos conjuntos numricos. Em combinatria, o princpio fundamental da contagem pouco explorado e, na abordagem dos agrupamentos, enfatiza-se o emprego de frmulas.
Funes A introduo do conceito de funo feita com base na inter-relao entre grandezas e inclui bons exemplos. Na soluo de inequaes que envolvem as
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funes linear, afim e modular so utilizadas adequadamente representaes grficas. De modo apropriado, as sequncias so introduzidas como funes e so apresentados exemplos interessantes, alm das progresses aritmticas e geomtricas. A trigonometria e as funes trigonomtricas recebem uma ateno excessiva. Grficos de outras funes peridicas so focalizados, o que pouco comum e oportuno. No entanto, h imprecises em resolues de exerccios sobre mudana de varivel em funes trigonomtricas. A abordagem das funes exponenciais iniciada com uma situao motivadora e aps uma reviso das propriedades de potncias, o que adequado. A matemtica financeira estudada em um captulo do livro 3, com exemplos pertinentes.
Equaes algbricas Neste campo, so acertadamente explorados exemplos envolvendo volumes de slidos e reas de superfcies, aos quais podem ser associados polinmios. O estudo das matrizes acompanhado de aplicaes, o que positivo. Entretanto, sente-se falta de um tratamento mais detalhado das operaes elementares com as linhas de uma matriz, fundamentais para a compreenso do mtodo de escalonamento. A representao grfica usada, com propriedade, no trabalho com sistemas de duas incgnitas.
Geometria O contedo desse campo estudado, de forma sistematizada, apenas no volume 3. Em geral, a abordagem de pontos, retas, circunferncias e cnicas no plano cartesiano satisfatria, sendo feita uma conexo apropriada entre funo afim e equao da reta. No entanto, a abordagem muito extensa e dividida em um grande nmero de tpicos especficos.
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Geometria analtica Os teoremas de Tales e Pitgoras, assim como o conceito de semelhana, so adequadamente retomados no final do volume 1. Entretanto, registram-se algumas imprecises, como na definio de polgono. Na geometria espacial, adota-se uma combinao adequada de apoio tanto na visualizao e na intuio espacial quanto no mtodo lgico-dedutivo. Na introduo ao mtodo axiomtico, feita uma escolha apropriada de postulados. Entretanto, nem sempre o rigor matemtico contemplado satisfatoriamente. Na geometria espacial mtrica, verificam-se demonstraes de algumas frmulas, em especial as que envolvem volumes de slidos, com o uso frequente do Princpio de Cavalieri.
Estatstica e probabilidades No 1 volume da obra, h uma rpida reviso de conceitos e a apresentao de um exemplo interessante sobre a importncia da boa organizao dos dados coletados, para facilitar concluses neles baseadas. Contudo, h um nmero excessivo de grficos, a maioria pouco explorada, em especial no volume 3. Alm disso, sente-se falta da apresentao de histogramas. A noo de independncia probabilstica de eventos no adequadamente definida. Nota-se, ainda, a incluso de muitos problemas de probabilidade, que so repetitivos e no abordam situaes significativas para o aluno.
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Nota-se a ausncia de sugestes de trabalho com materiais ou instrumentos concretos. O emprego da calculadora no suficientemente explorado e h apenas uma meno a planilhas eletrnicas. Os conhecimentos prvios, ou extraescolares, so valorizados nos quadros Teste seu conhecimento prvio, presentes a cada abertura de unidade. Os temas j abordados na obra so oportunamente reapresentados, especialmente nos textos intitulados Observao.
Contextualizao
Na coleo, recorre-se a diversos textos e exerccios relacionados a prticas sociais, nos quais esto presentes temas significativos, como polticas pblicas, meio ambiente e sade. Entretanto, h pouca meno evoluo de conceitos matemticos, sendo apresentadas, apenas, algumas curiosidades histricas.
Manual do professor
O manual contm uma cpia do livro do aluno, acrescida de pequenas observaes e um Guia do professor. Nesse Guia, h uma parte comum aos trs volumes, em que feita a apresentao da coleo e de sua organizao, alm de uma breve descrio dos pressupostos tericos adotados. So includos, ainda, textos sobre temas educacionais e sugestes de fontes de consulta para o professor e para o aluno. O Guia tambm inclui uma seo especfica a cada volume, em que so apresentados: exerccios extras, por captulo; resoluo de todos os problemas propostos; e comentrios sobre algumas atividades, que podem ser teis ao trabalho docente. No manual da 1 srie, h um suplemento com problemas de reviso de contedos do ensino fundamental, o que elogivel. No entanto, nessa reviso a nfase recai em procedimentos de clculo.
EM SALA DE AULA
A coleo possibilita um desenvolvimento satisfatrio dos conhecimentos matemticos.
MAteMtICA
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No incio dos captulos e unidades, encontram-se textos que abordam situaes interessantes de aplicaes da Matemtica no dia a dia. Sugere-se ao professor aproveit-los bem. Ao lado disso, o docente precisar fazer escolhas, devido ao excesso de contedos na obra. Para isso, precisar levar em conta o currculo, o projeto pedaggico da escola e a carga horria da disciplina. Alm disso, a anlise dos livros revelou que h um nmero elevado de atividades, em mdia 1500 por volume. Isso exigir muito esforo de seleo por parte do professor ou do aluno. Recomenda-se ao professor ficar atento s imprecises que ocorrem na coleo. Poder ajud-lo a contorn-las a leitura do texto Consideraes gerais sobre as colees aprovadas, que precede as resenhas.
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VISO GERAL
Observa-se uma boa conexo entre os diversos campos da Matemtica e desta com outras reas do conhecimento. Tambm verifica-se a preocupao em articular os conhecimentos novos e os j abordados. A coleo apresenta um excesso de contedos e de atividades, em particular no livro da 1 srie. Tambm h exagero em procedimentos e no uso de terminologias, o que exigir do docente uma seleo cuidadosa, a fim de priorizar aqueles que considerar indispensveis formao dos alunos do ensino mdio. Grande parte das atividades e situaes-problema propostas nos livros do aluno so, imediatamente, seguidas de uma abordagem tcnica ou terica. Essa opo pode tornar o desenvolvimento dos contedos desinteressante ou de difcil compreenso.
DESCRIO
A coleo composta por captulos, divididos em unidades. Na abertura dos captulos, h textos com informaes e propostas de atividades sobre os temas a trabalhar. Em seguida, vm as explanaes tericas, acompanhadas de exemplos, problemas resolvidos e entremeadas por Exerccios Propostos. Cada captulo inclui uma seo de exerccios, intitulada Tim-tim por Tim-tim, em que so seguidas, em detalhes, diferentes fases de resoluo de um problema; A Matemtica e as prticas sociais, com situaes-problema relacionadas formao para a cidadania; e Atividades adicionais, que renem questes de
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vestibulares de todas as regies do pas. No final dos livros, encontram-se: Questes do Enem; Glossrio; Sugestes de leituras complementares; Significado das siglas de vestibulares; Referncias bibliogrficas e Respostas.
So abordados na obra:
40 pp.
4 5 6 7 8 9 10 11 12
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8 9 10 11
Determinantes: de ordens 1, 2 e 3; propriedades regra de Chi vetores Sistemas lineares: 2x2, 3x3; escalonamento; equivalncia; sistemas lineares homogneos; introduo programao linear Geometria espacial de posio; Paralelismo e perpendicularidade; projeo ortogonal; distncias mtodo dedutivo Poliedros: convexos e no convexos, regulares; relao de Euler; prismas - Princpio de Cavalieri; reas de superfcie; volume de prismas pirmides Corpos redondos: cilindro, cone e esfera reas de superfcies e volumes Combinatria: princpio fundamental da contagem; permutaes, arranjos e combinaes; permutaes com repetio binmio de Newton; tringulo de Pascal Probabilidades: noes bsicas e clculo
12 13
30 pp. 32 pp.
14
35 pp.
3 4 5 6
30 pp.
26 pp.
ANLISE
Abordagem dos contedos
O grfico seguinte revela uma ateno excessiva ao campo de funes no livro da 1 srie, em que praticamente 70% das 500 pginas do volume tratam desse tema.
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Nmeros e operaes O estudo de conjuntos muito extenso. Mas feita uma conexo interessante entre noes de conjuntos e a contrapositiva de uma afirmao matemtica. H um texto adequado sobre a crise dos irracionais, seguido da demonstrao da irracionalidade da 2 . Contudo, no captulo de reviso, verifica-se uma impreciso relativa a medidas de segmentos e nmeros irracionais. Valorizam-se diferentes estratgias de contagens, que no se limitam ao uso de frmulas.
Funes So apresentados exemplos contextualizados de funes antes da sistematizao do assunto. O conceito de sequncia articulado com a noo de funo, o que elogivel, mas os exemplos restringem-se, quase sempre, a progresses aritmticas ou geomtricas. As funes afim, quadrtica, modular, exponencial e logartmica so discutidas corretamente. Porm, h uma subdiviso excessiva em casos, o que torna esta apresentao fragmentada. No estudo de algumas dessas funes
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introduzido o conceito de taxa de variao, sem uma adequada atribuio de seu significado. A abordagem dos conceitos de clculo diferencial, presente no volume 3, realizada com nfase em procedimentos, o que limita a compreenso desses conceitos, que so mais elaborados e, nessa fase escolar, estudados pela primeira vez.
Equaes algbricas Polinmios e equaes algbricas so desenvolvidos de maneira satisfatria, com exerccios bem escolhidos. Matrizes e determinantes so introduzidas por meio de um grande conjunto de propriedades e verificadas em exemplos. A interpretao geomtrica de sistemas 2x2 est bem trabalhada e a abordagem de sistemas lineares 3x3 feita a partir da anlise de possibilidades para as posies relativas de trs planos no espao.
Geometria analtica O estudo da geometria analtica feito adequadamente, com boas ilustraes e exerccios bem escolhidos. Notam-se diversas aplicaes em outros campos da Matemtica, inclusive em relao geometria plana. Entretanto, constatase fragmentao na apresentao dos contedos.
Geometria Aproximadamente 10% do livro da 1 srie dedicado a uma reviso de geometria plana, que feita, em geral, de maneira cuidadosa. No entanto, tal reviso demasiado extensa e, em alguns pontos, contm imprecises, como na demonstrao do teorema de Tales. A geometria espacial articula-se, satisfatoriamente, com a geometria plana. As dedues das frmulas de reas de superfcies esto bem estruturadas e claras. Porm, o estudo da rea de uma superfcie esfrica deveria ter sido mais bem justificado quanto s aproximaes envolvidas no processo. O emprego do Princpio de Cavalieri na deduo das frmulas de volumes de slidos feito corretamente.
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Estatstica e probabilidades Os conceitos introdutrios da estatstica so apresentados, em geral, de forma apropriada. Mas no so estimuladas atividades de coleta e tratamento de dados pelos alunos e os contedos so desenvolvidos, prioritariamente, com base em pesquisas fictcias. Os conceitos bsicos de probabilidades so trabalhados de forma clara e adequada, notando-se aplicaes interessantes.
Contextualizao
As propostas de contextualizao e o convite ao estudo, por meio de questionamentos, permeiam o conjunto da obra. A Histria da Matemtica abordada em todos os livros. Sua aplicao frequente ao se explorarem problemas extrados de documentos histricos, como o papiro de Rhind. A seo A Matemtica e as Prticas Sociais busca conscientizar o aluno sobre a importncia da compreenso e da resoluo de problemas atuais da sociedade e pode contribuir para a sua formao tica.
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compreenso. Isso acontece, por exemplo, nos tpicos: conjuntos; induo finita; determinantes; transformaes no plano; matemtica financeira; clculo e vetores, entre outros. H tambm algumas imprecises em ilustraes na geometria espacial, como no estudo de slidos redondos.
Manual do professor
Bastante sinttico, o manual divide-se em duas partes. A primeira contm a cpia do livro do aluno, com observaes para o docente. A segunda, denominada Manual Pedaggico do Professor, composta de uma parte geral e outra especfica. Na primeira, h textos que visam contribuir para a formao contnua do professor e estimular reflexes sobre a sua prtica. So apresentadas as caractersticas da coleo e os pressupostos tericos para o ensino de Matemtica, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio. Tambm so discutidos alguns recursos didticos auxiliares, a formulao e resoluo de problemas, os temas transversais e a avaliao, entre outros. Por fim, so dadas indicaes bibliogrficas para o professor e sugestes de sites interessantes para os alunos. Na parte especfica, esto includos breves comentrios sobre os captulos; h propostas de atividades complementares, indicaes de leituras, informaes sobre o Enem e resolues dos exerccios.
EM SALA DE AULA
possvel realizar um trabalho didtico satisfatrio com a obra. Para isso, podem contribuir tanto as sugestes feitas a seguir, quanto as Consideraes gerais sobre as colees aprovadas, que vm na parte introdutria deste Guia. Como os livros apresentam grande quantidade de contedos, sugere-se que o docente escolha aqueles que considerar mais importantes para uma boa formao matemtica no ensino mdio. A coleo no prope o uso de materiais de desenho e nem de novas tecnologias. Assim, recomendvel que o professor programe o seu uso nas atividades de geometria, na construo e na anlise de grficos de funes e em estatstica.
MAteMtICA
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MAteMtICA - pAIVA
25117COL02 Manoel Paiva Editora Moderna
VISO GERAL
Nesta coleo, os contedos so desenvolvidos em um nmero adequado de pginas e, em geral, a sistematizao dos conceitos matemticos cuidadosa. No entanto, essa sistematizao feita, quase sempre, sem o estmulo investigao por parte do aluno. Ao longo dos captulos, as explanaes e os exerccios partem de situaes contextualizadas sugestivas, em sua maioria. Destaca-se, ainda, a seo Matemtica sem fronteiras, em que as conexes com outras reas do conhecimento so bem exploradas. Ao longo dos livros, h atividades relativas a temas que, se explorados pelo professor, podem favorecer a formao para a cidadania.
DESCRIO
A obra composta por captulos temticos, subdivididos em itens. Na abertura dos captulos, apresentada uma situao contextualizada relativa ao tema a ser abordado. Em alguns captulos, o item inicial trata de um fato histrico ou de uma aplicao. Seguem-se os itens com os contedos matemticos do captulo, ao longo do qual se distribuem as sees Exerccios resolvidos e Exerccios propostos. Os captulos incluem as sees Roteiro de trabalho, com questes para serem resolvidas em grupo, e Exerccios complementares, para fixao dos contedos tratados. J a seo Matemtica sem fronteiras, presente na maioria dos captulos, contm aplicaes prticas dos assuntos ali desenvolvidos.
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Os livros so finalizados com: indicaes de leituras complementares; respostas de todos os exerccios propostos; siglas de instituies educacionais e bibliografia da obra. Na coleo so trabalhados: 1 SRIE 11 captulos 256 pp.
1 2 3 Conjuntos: conceitos primitivos, notao; finitos e infinitos; operaes; conjuntos numricos; o eixo real lgebra: equaes, inequaes e sistemas de equaes polinomiais do 1 grau; equaes polinomiais do 2 grau; matemtica financeira Geometria plana: polgonos; tringulos e suas propriedades, teorema de Tales; semelhana de tringulos; relaes mtricas no tringulo retngulo Funo: sistema de coordenadas; definio; representaes; grficos Funo real de varivel real; inversa de uma funo Funo polinomial de 1 grau: grfico, definida por sentenas; inequaes produto e quociente Funo polinomial do 2 grau: grfico, mximo e mnimo; inequaes polinomiais do 2 grau Eixo real: distncia entre pontos; mdulo, equaes e inequaes modulares; funo modular Potenciao e radiciao; funo exponencial; equaes e inequaes exponenciais Conceito de logaritmo; funo logartmica; equaes e inequaes logartmicas Sequncia; progresses aritmticas e geomtricas
34 pp 18 pp 22 pp
4 5 6 7 8 9 10 11
20 pp 16 pp 19 pp 19 pp 14 pp 20 pp 24 pp 28 pp
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Sistemas lineares: resoluo Determinantes e aplicaes; sistema linear homogneo Combinatria: princpio fundamental e princpio aditivo da contagem; fatorial Agrupamentos: arranjos, permutaes, combinaes simples; binmio de Newton Geometria espacial: noes iniciais; posies relativas entre duas retas; posies relativas entre reta e plano e entre plano e plano; perpendicularidade; projeo ortogonal; ngulos; poliedros
13 14 15
Prismas, paraleleppedo, cubo, pirmide: definies, elementos; Princpio 26 pp. de Cavalieri; reas das superfcies laterais e volumes Cilindro, cone, esfera: definies, reas das superfcies laterais e volumes Probabilidades: definio, adio de probabilidades, probabilidade condicional, multiplicao de probabilidades.
25 pp. 19 pp.
ANLISE
Abordagem dos contedos
Como mostra o grfico a seguir, a distribuio dos campos matemticos nos trs volumes no equilibrada. Aproximadamente, o contedo de funes
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domina 70% do volume, o de geometria 43% do livro 2, assim como a geometria analtica ocupa a metade do livro da 3 srie. Alm disso, estatstica e probabilidades esto ausentes no 1 volume.
Apesar disso, elogivel que a obra contenha um nmero razovel de pginas, em mdia 223 por volume, e que o nmero de exerccios resolvidos e propostos, em mdia 630 por livro, no seja exagerado.
Nmeros e operaes No estudo dos conjuntos, h introduo de nomenclatura e simbologia sem excessos. A irracionalidade do nmero 2 apresentada, inicialmente, por meio de aproximaes sucessivas, o que favorece a compreenso do conceito. No entanto, nos dois primeiros volumes, observam-se alguns casos de uso indevido de igualdades e de aproximaes. Em combinatria, so abordadas, inicialmente, situaes motivadoras e os princpios de contagem, o que favorece a compreenso dos conceitos. No entanto, registra-se certo excesso de frmulas.
Funes As funes so bastante exploradas ao longo da obra, com muitas representaes grficas e boas contextualizaes. No entanto, no incio da
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sistematizao do tpico verifica-se uma inadequao na abordagem do conceito de grfico de uma funo. As sequncias so, acertadamente, definidas como funes e bem conduzido o estudo das progresses aritmticas e geomtricas. A matemtica financeira estudada em uma seo de um captulo do volume da 1 srie, com alguns exerccios bem contextualizados.
Equaes algbricas Polinmios e equaes polinomiais so tratados adequadamente no volume 3. O estudo de matrizes associado a tabelas, o que fornece bons exemplos de contextualizao. Os sistemas lineares 2x2 so interpretados geometricamente, o que favorece a atribuio de significados s noes trabalhadas. Entretanto, h impreciso quando se descreve o mtodo de escalonamento. O clculo de determinantes feito, apropriadamente e de forma inovadora, a partir da resoluo de um sistema escalonado, tanto para matrizes de ordem 2 quanto para as de ordem 3.
Geometria analtica A abordagem , em geral, adequada, embora, por vezes, com nfase em regras e frmulas, sem atividades de descobertas e de explorao. As cnicas so apresentadas de forma apropriada, iniciando-se com a correta contextualizao dessas curvas como sees de um cone. Embora com certa fragmentao, o estudo da reta comea com a deduo de uma equao fundamental e as demais equaes so abordadas como variao dessa, o que positivo.
Geometria Os conceitos so desenvolvidos de maneira articulada entre si e apoiados por uma boa quantidade de exemplos, de exerccios e de desenhos. A geometria relacionada com outros campos e com aplicaes prticas. Nessas ltimas, no
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entanto, nem sempre o modelo geomtrico adequado situao no mundo fsico, como ocorre, no volume 2, quando um piso plano entendido como um piso horizontal. Alm disso, no est bem justificada a afirmao de que toda reta tangente a uma circunferncia perpendicular ao raio no ponto de contato. As grandezas geomtricas so abordadas adequadamente nos clculos de reas e de volumes.
Estatstica e probabilidades De modo geral, h pouca discusso sobre o raciocnio estatstico propriamente dito, privilegiando-se os exemplos numricos e os clculos. Alm disso, esto ausentes temas bsicos da estatstica e registram-se algumas definies imprecisas. Por exemplo, no se discute a classificao das variveis em qualitativas e quantitativas (discretas e contnuas). No estudo de retas de tendncia, no h referncia possvel fragilidade das previses, pois mesmo o modelo ajustado pode no ter significado frente enorme variabilidade dos dados ou diante de uma amostra muito pequena.
Contextualizao
No incio de cada captulo, com o objetivo de motivar os estudos, so indicados problemas de outras reas a serem resolvidos com os contedos abordados na sequncia. Situaes contextualizadas tambm so encontradas nas explanaes e nos exerccios, embora algumas delas sejam artificiais. Destaca-se, ainda, a seo Matemtica sem fronteiras, em que as conexes com outras reas do conhecimento so bem exploradas.
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Manual do professor
O manual do professor composto por uma cpia do livro do aluno, acrescida de breves comentrios e um Suplemento com orientaes para o professor. Esse ltimo possui uma parte comum aos trs volumes que inclui comentrios sobre a Matemtica no Ensino Mdio e sobre os temas interdisciplinaridade e avaliao. H, tambm, uma apresentao da obra e de seus objetivos e, ainda: sugestes para o trabalho com a coleo; Sugestes de leituras para o professor e para o aluno; e a seo intitulada Algumas atividades para o desenvolvimento do pensamento cientfico. O suplemento inclui uma parte especfica a cada volume, que detalha a estrutura do respectivo livro do aluno, com comentrios sobre os tpicos abordados, seguidos de um quadro com os contedos e os objetivos visados em cada captulo. Seguem-se Sugestes para o desenvolvimento dos captulos, alm da resoluo detalhada de todos os exerccios, que so teis para o trabalho de sala de aula.
EM SALA DE AULA
Os conhecimentos para a formao matemtica no ensino mdio podero ser desenvolvidos satisfatoriamente com o auxlio desta obra. Sugere-se que o docente complemente os Roteiros de trabalho propostos e as atividades sugeridas na seo Matemtica sem fronteiras. Tambm recomendvel que o professor promova uma discusso sobre os conhecimentos prvios dos alunos, especialmente no campo da geometria, o que nem sempre sugerido na obra. Vale a pena incentivar discusses que favoream o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico dos alunos em assuntos relevantes do cotidiano, voltados s prticas sociais e formao tica e cidad.
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No tratamento das probabilidades e da estatstica ser conveniente realizar uma discusso mais apropriada dos conceitos bsicos. Para isso, pode contribuir a leitura do texto Consideraes sobre as colees aprovadas, que vem na parte introdutria deste Guia. Uma caracterstica interessante do manual do professor so as indicaes de tpicos opcionais que podem substituir outros apresentados no texto do aluno.
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VISO GERAL
Os contedos da matemtica escolar so expostos e sistematizados com auxlio de exemplos e de atividades propostas. No entanto, a metodologia adotada oferece poucas oportunidades para um papel mais autnomo do aluno na aprendizagem. Alguns tpicos so tratados de modo muito extenso na obra, como a trigonometria, os nmeros complexos e as equaes polinomiais. Por outro lado, o trabalho com sequncias destaca-se positivamente. O projeto grfico da coleo satisfatrio e a linguagem utilizada adequada. Alm disso, inclui-se uma inovao que um ndice remissivo, muito til para o leitor localizar tpicos nos livros.
DESCRIO
Os livros esto organizados em captulos, nos quais so apresentados os contedos, acompanhados de exemplos e de exerccios, alguns desses j resolvidos e outros propostos. Tambm h sugestes de exerccios complementares. As aplicaes da Matemtica esto presentes ora em exemplos, distribudos nos captulos, ora em sees especficas. Presente em alguns captulos da obra, a seo Um pouco de histria trata de aspectos da Histria da Matemtica relativos ao contedo em questo. Em anexo, no volume 3, h uma coletnea de questes do Enem. Na coleo, so focalizados:
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Conjuntos: noes gerais; subconjuntos; operaes; noes de Lgica Conjuntos numricos: naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais; mdulo de um nmero; intervalos; o nmero de ouro Funes: noo intuitiva; definio; definidas por frmulas; domnio, contradomnio; grficos; histria do conceito Funo afim: linear, constante; proporcionalidade; equaes e inequaes do 1 grau Funo quadrtica: definio; grfico; equaes do 2 grau; parbola; inequaes Funo definida por sentenas; mdulo; funo modular; equaes e inequaes modulares Potncia; funo exponencial; equaes e inequaes exponenciais; notao cientfica Logaritmos; funo logartmica; equaes exponenciais e logartmicas; inequaes logartmicas; histria dos logaritmos Complemento sobre funes: injetoras, sobrejetoras, bijetoras; inversa; composio de funes
20 pp 15 pp 26 pp 23 pp 24 pp 14 pp 20 pp 31 pp 12 pp
Sequncias numricas; progresses aritmticas e geomtricas; sequncia 27 pp de Fibonacci Matemtica comercial e financeira: porcentagem; aumentos; descontos; juros simples e compostos; juros e funes Semelhana entre figuras e entre tringulos; relaes mtricas no tringulo retngulo; Teorema de Pitgoras
20 pp 21 pp
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Geometria espacial: noes iniciais, postulados; posies relativas; paralelismo; perpendicularidade; projees ortogonais; distncias; slidos geomtricos Prisma: elementos, classificao; paraleleppedo; princpio de Cavalieri; reas e volume Pirmide: elementos, classificao; reas e volumes; tetraedro regular; slidos semelhantes; tronco de pirmide Cilindro: elementos, classificao; reas e volumes; equiltero Cone: elementos, classificao; reas e volumes; equiltero; tronco de cone Esfera: seo de uma esfera; elementos, fuso esfrico, cunha esfrica; rea da superfcie e volume Combinatria: princpio fundamental da contagem; fatorial; agrupamentos simples: permutaes, arranjos, combinaes; permutaes com repetio Binmio de Newton; tringulo aritmtico
26 pp.
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16 17
11 pp.
Probabilidade: espao amostral, evento; relao com frequncia relativa, 25 pp. equiprobabilidade, unio e interseco de eventos; probabilidade condicional; lei binomial; histrico do conceito
25 pp.
4 5
27 pp. 38 pp.
18 pp.
22 pp.
37 pp.
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Alm disso, alguns tpicos recebem excessiva ateno, como a trigonometria, que ocupa 72 pginas do volume 2.
Nmeros e operaes No incio do volume 1, h um apndice com noes de lgica. Tais noes so teis para o raciocnio dedutivo em Matemtica. No entanto, a discusso desse tema de forma concentrada e terica pode afastar o interesse dos alunos. No estudo dos nmeros complexos, tambm se percebe excesso de teorizao, com muitas demonstraes. O princpio fundamental da contagem e o diagrama de rvores so, acertadamente, apresentados na introduo anlise combinatria.
Funes O estudo das sequncias um dos pontos altos da coleo, com exemplos interessantes, como a sequncia de Fibonacci.
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ANLISE
O conceito de funo como relao entre grandezas desenvolvido acertadamente por meio de vrios exemplos. Contudo, nas representaes grficas das funes, as opes feitas nem sempre contribuem para a compreenso dos conceitos em jogo. O estudo das funes afim, quadrtica, exponencial e logartmica abrangente e inclui sugestivas aplicaes a outras reas do conhecimento. Na matemtica financeira estabelece-se uma boa articulao entre juros e funes.
Equaes algbricas Na apresentao das equaes polinomiais, a nfase recai sobre os aspectos mais tericos e tcnicos desse tema, o que pode afastar o interesse dos alunos. As matrizes so associadas a tabelas e so feitas aplicaes em problemas contextualizados, o que possibilitar uma melhor aprendizagem desse conceito. O emprego do mtodo de escalonamento para resoluo de sistemas lineares recebe merecida ateno. Outra boa escolha a apresentao de transformaes geomtricas no plano, associadas s suas representaes matriciais.
Geometria analtica Este campo concentrado no livro da 3 srie. Alm disso, a abordagem das equaes da reta e da circunferncia muito detalhada e fragmentada em um grande nmero de situaes particulares. Apesar disso, o estudo das cnicas, por exemplo, inclui dedues cuidadosas das equaes dessas curvas, tanto com centro na origem como fora da origem. As elpses so relacionadas, de forma apropriada, s rbitas dos planetas.
Geometria O estudo da geometria espacial apoia-se tanto em ideias intuitivas e na visualizao de desenhos quanto em um tratamento lgico-dedutivo. Tal escolha apropriada para o ensino mdio. Entretanto, por vezes, h imprecises na argu-
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mentao lgica, pois so utilizados alguns conceitos que ainda no foram definidos e, em alguns casos, as afirmaes feitas no so justificadas claramente. O Princpio de Cavalieri exposto e aplicado de maneira apropriada para a obteno das frmulas do volume de slidos geomtricos.
Estatstica e probabilidades Na estatstica, os contedos so desenvolvidos de forma contextualizada, o que contribui para a aprendizagem. No entanto, sente-se falta de um trabalho mais investigativo e crtico em relao a resultados de pesquisa e de medidas estatsticas. As abordagens da probabilidade da interseo de eventos e do conceito de independncia, nas quais usado o conceito de probabilidade condicional, so apropriadas. Notam-se imprecises, como na definio e representao de espao amostral.
Contextualizao
Os contedos da obra esto, em geral, bem contextualizados. Predominam as conexes estabelecidas dentro da prpria Matemtica, mas tambm so feitas ligaes sugestivas com outras reas do saber. So, ainda, frequentes as contextualizaes na Histria da Matemtica, nos itens Um pouco de histria. Os temas ligados s prticas sociais atuais so menos presentes e, quando ocorrem, no so estimuladas as discusses que contribuam para a formao da cidadania.
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Em contrapartida, observam-se falhas de reviso textual e nas ilustraes, que podem confundir o professor ou o aluno. A existncia de um ndice remissivo um aspecto positivo da obra, pois certamente facilitar a localizao dos tpicos abordados.
Manual do professor
O manual constitudo de duas partes. A primeira uma cpia literal do livro do aluno, sem comentrios adicionais dirigidos ao professor. A segunda um suplemento pedaggico, com uma parte comum aos trs volumes e outra especfica a cada volume. Na parte comum, apresentada a coleo, com descrio da sua estrutura, objetivos gerais, trechos das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio e da Matriz de Referncia para o Enem 2009, alm de dois textos para estudo e reflexo. Tambm constam consideraes sobre avaliao, indicaes de leituras, sites e softwares, para professores e alunos. Na outra parte, apresentam-se comentrios e sugestes sobre a abordagem dos contedos especficos do respectivo volume, bem como a resoluo das atividades.
EM SALA DE AULA
Esta coleo permite um trabalho pedaggico eficiente. Os comentrios a seguir e a leitura do texto Consideraes sobre as colees aprovadas, na parte introdutria deste Guia, podem contribuir para que o docente contorne as limitaes que a obra apresenta. A coleo inclui demasiado contedo e detalhamento excessivo de alguns tpicos, bem como a apresentao de demonstraes longas. Cabe ao docente selecionar os contedos que julgar mais apropriados ao projeto educacional de sua escola. No estudo da geometria espacial, o professor deve estar atento aos axiomas propostos, s definies e s demonstraes, a fim de sanar algumas imprecises. Como o aluno no estimulado a exercer um papel mais autnomo na aprendizagem, sugere-se que o docente proponha atividades de explorao e investigao. Seria bom, tambm, organizar discusses com os alunos que possibilitem o desenvolvimento do senso crtico e da formao cidad.
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VISO GERAL
A obra caracteriza-se pela apresentao dos contedos por meio de definies, propriedades, regras e nomenclatura. Contudo, muitas vezes, tal abordagem fragmentada. So frequentemente exploradas as conexes da Matemtica com as prticas sociais atuais ou com outras disciplinas. O uso da calculadora cientfica e o trabalho em grupo so incentivados. As leituras complementares so, tambm, estimuladas. Na coleo, o manual do professor inova ao oferecer textos de apoio pedaggico, estrategicamente apresentados antes de cada captulo, que visam contribuir para o trabalho em sala de aula.
DESCRIO
Os livros so organizados em unidades, subdivididas em captulos. Todos esses iniciam-se com uma introduo, seguida das sees: Conversando..., Exerccios resolvidos, Exerccios propostos e Prepare-se, que propem questes de aprofundamento e reviso. No desenvolvimento dos captulos, a coleo apresenta, ainda, outras sees que complementam os contedos abordados, tais como: Um pouco de histria, Saiba mais, Conectando ideias, Finalizando a conversa e Leitura. Cada volume finalizado com o Caderno de Respostas dos exerccios propostos, alm de uma lista de sugestes de leitura e de sites da Internet para consulta dos alunos.
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A coleo, em geral, trabalha contedos em demasia, e traz um nmero excessivo de exerccios em mdia, mais de mil por volume - que resultam em livros muito extensos. Isso exige do professor um grande esforo de seleo, para que se possam assegurar os contedos fundamentais formao matemtica de um aluno do ensino mdio.
Nmeros e operaes No primeiro volume, o estudo de conjuntos inclui a simbologia e os conceitos bsicos, mas muito extenso para essa etapa da aprendizagem. Segue-se a abordagem dos conjuntos numricos, em que so resgatados os conhecimentos prvios sobre nmeros naturais, inteiros e racionais. S depois so introduzidos os irracionais, os reais e apresentada a noo de intervalo e sua representao na reta numrica. Em anlise combinatria, so explorados separadamente o princpio fundamental da contagem, os conceitos de fatorial, arranjos, permutaes
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e combinao simples, o que dificulta ao aluno analisar e decidir o tipo de raciocnio a ser usado. Ao longo da obra, so trabalhadas diversas grandezas, como velocidade, energia e temperatura, o que elogivel, visto que essa opo permite uma abordagem interdisciplinar. No entanto, h descuido em relao ao tratamento matemtico dado s igualdades que envolvem clculos com grandezas. Muitas vezes, nesses clculos ocorrem igualdades em que um dos membros um nmero e o outro envolve uma unidade de medida.
Funes O conceito de funo como relao entre grandezas introduzido, apropriadamente, a partir de exemplos de suas aplicaes em situaes do cotidiano e, tambm, como subconjunto de um produto cartesiano. Conceitos e propriedades, como zeros de funo, funo crescente e decrescente, so apresentados a cada vez que um novo tipo de funo definido, tornando o estudo um pouco extenso e repetitivo. A tcnica de completar quadrados amplamente usada na abordagem da funo quadrtica, o que considerado positivo. A funo exponencial , apropriadamente, motivada por um contexto de juros compostos e introduzida aps se explorar a potncia com expoente real. A funo logartmica tambm apresentada por meio de um contexto interessante que envolve o clculo da intensidade de terremotos. Constata-se, por outro lado, uma ateno exagerada aos contedos relativos s funes trigonomtricas. A matemtica financeira estudada a partir de um comentrio sobre a recente crise econmica mundial. Com aplicaes sugestivas, abordam-se proporo numrica, porcentagem, acrscimo e desconto, alm de juros simples e compostos e a representao da evoluo do montante como funo do tempo.
Equaes algbricas Polinmios e equaes so focalizados no ltimo captulo do livro 3. Nesse, contemplam-se exaustivamente: operaes com polinmios; equaes polinomiais; o teorema fundamental da lgebra e o da decomposio; razes reais e complexas e relaes de Girard.
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O tratamento de matrizes e de determinantes realizado de modo extenso, chegando-se s equaes matriciais. No desenvolvimento de sistemas de equaes lineares, elogivel a opo pelo mtodo do escalonamento, em vez da tradicional regra de Cramer.
Geometria analtica Neste campo, o estudo da reta e da circunferncia detalhado, mas fragmentado. Apesar disso, o uso do mtodo de completar quadrados para encontrar o centro e o raio da circunferncia elogivel. As cnicas so introduzidas por suas propriedades geomtricas como subconjuntos do plano, para, em seguida, suas equaes serem deduzidas, de forma satisfatria.
Geometria No estudo da geometria plana, retoma-se cuidadosamente o teorema de Tales, a semelhana de tringulos e as relaes mtricas e trigonomtricas do tringulo retngulo. A geometria espacial iniciada com a abordagem das posies relativas de retas e planos. Nesse momento, alguns teoremas bsicos so enunciados e, dentre esses, alguns so demonstrados. O princpio de Cavalieri enunciado de maneira precisa e clara. No entanto, o mesmo no ocorre, em geral, no seu emprego para a obteno das frmulas de volume.
Estatstica e probabilidades Na obra, busca-se frequentemente facilitar o entendimento dos raciocnios estatstico e probabilstico. No entanto, as frmulas e os clculos so privilegiados. Alm disso, ocorrem imprecises em algumas das explanaes dos contedos e as medidas descritivas poderiam ser mais exploradas na discusso do raciocnio estatstico, especialmente as de disperso. Destacam-se, positivamente, a ateno dada ao planejamento de uma pesquisa estatstica e o cuidado na definio de varivel estatstica.
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Em probabilidade, o trabalho com a representao por diagramas de rvore facilita a compreenso de vrios conceitos e aplicaes.
Contextualizao
H preocupao na escolha de temas sociais que propiciem a formao cidad, o desenvolvimento do pensamento crtico e a compreenso do mundo. Entretanto, existe um texto bastante controverso, no estudo da matemtica financeira, sobre compras a prazo, que deve ser cuidadosamente abordado. Frequentemente, o estudante convidado a refletir e a se posicionar acerca de questes que fazem parte do debate atual, como as preocupaes com o ambiente, a incluso de minorias, o desenvolvimento tecnolgico e a crise financeira mundial, entre outras.
Manual do professor
O manual inicia-se por uma parte comum a todos os volumes, intitulada O Ensino Mdio e esta coleo, na qual so feitas, de maneira sucinta, consideraes gerais sobre os objetivos de ensino da Matemtica a serem atingidos, o papel
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do professor e so apresentadas Sugestes para aprofundamento, com livros, sites e endereos de instituies de formao. Completam a parte comum a apresentao e a descrio da estrutura e das sees da coleo. Constitui, tambm, o manual uma parte especfica para cada srie. No incio dela, h um quadro com as competncias e habilidades visadas, por captulo. Seguem-se as cpias do livro do aluno, acrescidas de respostas e de orientaes para o docente. Vinculadas a cada captulo, em pginas que o antecedem, so apresentadas orientaes pedaggicas que incluem tanto informaes complementares, resoluo das atividades propostas, comentrios sobre diversas questes abordadas, quanto textos, sistematizaes e propostas de atividades extras. Essa inovao pode contribuir para o trabalho docente.
EM SALA DE AULA
A obra rene qualidades suficientes para um trabalho eficiente de formao matemtica no ensino mdio. As observaes abaixo visam auxiliar o professor a tirar maior proveito de seu emprego como instrumento do trabalho pedaggico. Como, na coleo, faz-se uso de contextos variados, em particular nas sees Conectando ideias e Finalizando a conversa, o docente deve se preparar para discuti-los com os seus alunos e, assim, enriquecer as ligaes entre esses contextos e a formao matemtica. Em vista do excesso de contedos, em especial de atividades propostas, recomenda-se ao professor ser bem cuidadoso em sua seleo, levando em conta o projeto pedaggico de sua escola, o tempo disponvel em cada ano escolar e a possibilidade de que sejam estudados os contedos fundamentais para a formao matemtica. Para auxiliar o professor a contornar algumas das inadequaes presentes na obra, pode ser til a leitura do texto Consideraes gerais sobre as colees aprovadas, na introduo deste Guia.
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VISO GERAL
As unidades da coleo iniciam-se sempre pela apresentao de situaes contextualizadas pertinentes, que procuram incentivar o estudo dos temas focalizados. Na sequncia, o contedo matemtico rapidamente sistematizado, e seguem-se exerccios resolvidos, o que, por vezes, desfavorece a explorao dos temas pelos alunos. A obra destaca-se pela presena de tpicos interdisciplinares relevantes e atuais. Entretanto, eles so muito numerosos e alguns envolvem assuntos mais complexos, em particular os que so tratados na seo Conexo. Nesses casos, o trabalho com tais textos poder ser dificultado e ficar em um nvel apenas informativo. um ponto positivo da coleo o emprego de diversos recursos didticos, em especial o trabalho frequente com a calculadora, simples ou cientfica, e com softwares variados e importantes, todos eles livres.
DESCRIO
O livro do aluno estrutura-se em unidades, subdivididas em itens. Cada um dos itens contm a explanao de um contedo, com exemplos, seguidos, quase sempre, pelas sees Problemas e exerccios e Exerccios resolvidos. Entremeadas ao longo das unidades, h vrias sees especiais: Para saber mais, de aprofundamento e ampliao dos tpicos estudados; Invente voc, para o aluno elaborar problemas; Saia dessa, com propostas de desafios; Para recordar, que traz exerccios de reviso; Palavras-chave, com propostas de resumos e anotaes pelo aluno; Ler para resolver e Conexo, que incluem temas interdisciplinares; Calculadora; No computador; Clculo rpido; Projeto e Jogos.
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No final dos livros, h jogos, tabelas, referncias bibliogrficas, indicaes de leitura para os alunos e respostas de todos os problemas e exerccios propostos. Os contedos desenvolvidos na obra so: 1 SRIE 11 unidades 320 pp.
Parte 1: Nmeros, Estatstica e Funes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Conjuntos numricos Estatstica: coleta, organizao e representao de dados Introduo ao estudo de funo Funo afim Funo quadrtica Sequncias e progresses Funo exponencial Funo logartmica Operaes com funes e funo modular Relaes trigonomtricas no tringulo retngulo Leis dos senos e dos cossenos 27 pp. 30 pp. 26 pp. 23 pp. 25 pp. 31 pp. 17 pp. 24 pp. 20 pp. 24 pp. 14 pp.
Parte 2: Trigonometria
Parte 3: Geometria espacial 8 9 10 11 12 13 14 35 pp. 30 pp. 18 pp. 48 pp. 22 pp. 29 pp. 19 pp.
Parte 4: lgebra
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Parte 3: Estatstica
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Abordagem dos contedos
Observa-se, no grfico a seguir, que os contedos de nmeros e operaes e de estatstica e probabilidades so distribudos de maneira equilibrada pelos trs volumes da coleo.
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A coleo contm excesso de contedos. Mas, muitos tpicos so indicados como opcionais. o caso da introduo aos limites e s derivadas.
Nmeros e operaes O trabalho aqui feito de forma contextualizada e diversificada. Na abordagem dos conjuntos numricos, a linguagem simblica usada de maneira concisa, o que o mais adequado. As habilidades de clculo mental so incentivadas, mas as estimativas esto pouco presentes. Na apresentao dos nmeros irracionais, destaca-se o clculo de aproximaes de alguns deles e a demonstrao da irracionalidade de 2 . Vrias estratgias de contagem so usadas para a resoluo de problemas, como listagens dos casos, tabelas e diagramas de rvores. A seguir, o Princpio Fundamental da Contagem formulado e aplicado. No entanto, aps a definio e a apresentao de arranjos, permutaes e combinaes, dedicada ateno excessiva ao uso de frmulas.
Funes Na abordagem deste campo, destacada a ideia de relao entre grandezas e h exemplos de situaes modeladas pelos vrios tipos de funo. De modo geral, feita boa articulao entre as representaes matemticas das funes: notao simblica, tabelas, grficos, diagramas e expresses algbricas. Esses aspectos, somados explorao bem feita da calculadora e do computador, contribuem para um estudo apropriado das funes e de seus grficos. As funes afim, quadrtica, exponencial e logartmica so bem caracterizadas por suas propriedades relevantes e por seus grficos cartesianos. As conexes entre as funes afins e as progresses aritmticas, e entre as exponenciais e as geomtricas, so feitas de maneira apropriada.
Equaes algbricas A abordagem dos sistemas lineares antes da discusso de matrizes e determinantes um ponto positivo da coleo. O mtodo de escalonamento
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tambm trabalhado adequadamente. Entretanto, a introduo dos mtodos de resoluo dos sistemas feita de forma fragmentada e com nfase apenas nos procedimentos. Por outro lado, existem boas sugestes de uso do software livre Winplot para a visualizao das solues de sistemas lineares e do grfico de funes polinomiais. Os polinmios so apresentados adequadamente como uma retomada e ampliao do trabalho com as funes afins e quadrticas. Nas operaes com polinmios, h destaque para a diviso por binmios do 1 grau.
Geometria analtica So focalizadas, no plano cartesiano, as representaes de pontos, retas, circunferncias e cnicas e suas relaes com as figuras geomtricas planas. O tratamento , no geral, correto, mas pouco articulado com as funes afim e quadrtica. Alm disso, o estudo desses contedos recai na subdiviso excessiva de conceitos e procedimentos.
Geometria A geometria espacial concentra-se no livro 2, no qual tambm feita uma reviso bem articulada de tpicos da geometria plana. Alm disso, a abordagem informal dedicada a esse campo satisfatria. So apresentadas as definies e os teoremas bsicos, sem demonstraes, acompanhados de desenhos para visualizao das propriedades em jogo. No entanto, sente-se falta de alguma ateno ao tratamento dedutivo da geometria, compatvel com o ensino mdio. E mais, na apresentao do Princpio de Cavalieri, o fenmeno escolhido (preenchimento simultneo de dois recipientes) como modelo fsico para o referido Princpio no adequado.
Estatstica e probabilidades Os contedos da estatstica so retomados e, em seguida, ampliados ao longo da coleo. Opta-se por apresentar o estudo de contagem e de probabilidades em relao com a estatstica. O uso das planilhas eletrnicas estimulado na construo de grficos e tabelas e no clculo das medidas de disperso. A calculadora usada para facilitar os clculos e seus recursos estatsticos so explorados.
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No entanto, ao lado desses aspectos positivos, observam-se imprecises, s quais o professor deve estar atento. o que ocorre, por exemplo, tanto nas propriedades da mdia e da mediana, como em certos histogramas e na abordagem da curva normal. Tambm h inadequaes na apresentao dos conceitos de probabilidades.
Contextualizao
A ligao dos contedos com as prticas sociais atuais uma constante na obra. So propostos temas como: eleies, pesquisas de opinio, salrios, custos de produo e planos comerciais de pagamento. Tambm so frequentes as contextualizaes nas outras reas do conhecimento, bem como na prpria Matemtica ou na sua histria, com destaque para os textos apresentados nas sees Conexo. As atividades com tabelas e com grficos retirados de revistas, jornais ou sites da internet oferecem boas oportunidades de formao para a cidadania. Contudo, diversas questes da atualidade, presentes na obra, no so problematizadas.
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Manual do professor
O manual contm uma cpia do livro do aluno, com o acrscimo de recomendaes teis ao professor, distribudas ao longo das unidades. Inclui, tambm, um suplemento pedaggico, com duas partes. A primeira comum a todos os volumes. E, nela, encontram-se os fundamentos tericos da coleo, alm de sugestes para projetos, planejamento e avaliao. A segunda parte oferece orientaes especficas para cada srie e a resoluo de todos os exerccios propostos. Distinguem-se os subsdios detalhados para um bom aproveitamento das diversas atividades. A avaliao outro aspecto bem cuidado, pois h sugestes relevantes para o docente.
EM SALA DE AULA
Esta obra permite ao professor realizar um trabalho didtico eficiente. Para tanto, sugere-se que, antes de apresentar as sistematizaes de cada um dos tpicos, ele os discuta com os alunos e valorize os seus conhecimentos prvios. Tambm vale a pena trabalhar algumas unidades fora da sequncia dos livros. Alm disso, as atividades da seo Saia dessa contribuem para a problematizao de alguns assuntos. Importantes para a formao do jovem de hoje, as atividades com emprego da calculadora e de tecnologias de informao e comunicao so valorizadas. Para aproveit-las bem, interessante que o docente prepare cuidadosamente o seu uso e se familiarize com os softwares sugeridos. igualmente desejvel um planejamento apropriado de outros materiais didticos, em particular na geometria. Como h contedos em demasia na obra, recomenda-se ao professor selecion-los cuidadosamente. As indicaes de tpicos opcionais presentes na obra podem auxili-lo nessa tarefa. Alm disso, para ajud-lo a contornar as imprecises, recomenda-se a leitura do texto Consideraes gerais sobre as colees aprovadas, na introduo deste Guia.
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VISO GERAL
A contextualizao dos contedos matemticos um aspecto interessante da obra, pois se observam conexes sugestivas com as prticas sociais, com a prpria Matemtica e sua histria e com outros saberes. Na abordagem adotada, so feitas generalizaes com base em exemplos, mas no h discusso adequada dessa atitude e nem referncia s demonstraes lgicas, muitas das quais so acessveis e importantes para introduzir os alunos no mtodo lgico-dedutivo, uma das caractersticas da Matemtica. Nota-se um grande nmero de atividades propostas, muitas delas transcritas de exames vestibulares e de provas do Enem. Embora a variedade de atividades seja positiva, ela exigir uma difcil tarefa de seleo. O manual do professor rico em informaes que contribuem para o trabalho em sala de aula e para a formao continuada do docente.
DESCRIO
A coleo est organizada em unidades compostas por captulos, que se subdividem em itens. As unidades iniciam-se com um texto que visa estimular o estudo de um grande tema desenvolvido nos captulos. Cada item traz explanaes sobre tpicos da matemtica escolar, acompanhadas de exemplos e de atividades resolvidas ou propostas. Nas atividades, em especial nas intituladas Contexto, recorre-se a situaes relacionadas s prticas sociais. Outras atividades destacadas so Desafio
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e Calculadora. Caixas de texto, distribudas nos captulos, incluem notas, muitas delas com informaes histricas. No final dos captulos, encontramse as sees Explorando o tema, tambm voltadas contextualizao dos conhecimentos; Refletindo sobre o captulo, com questionamentos ao aluno e Atividades complementares, de reviso e articulao entre diversas reas. Na concluso dos livros, h: Questes do ENEM e vestibular; Ampliando seus conhecimentos, com sugestes de leitura e de sites; Respostas das atividades e Bibliografia consultada. Os contedos trabalhados so: 1 SRIE 4 unidades - 9 captulos 336 pp.
Unidade 1 Conjuntos 1 2 3 4 5 6 7 Conjuntos; operaes; conjuntos numricos; intervalos Produto cartesiano - funes: conceito; grfico Funo afim: grfico; sinal; funo linear; inequao de 1o grau Funo quadrtica: grfico; extremos; sinal; inequao de 2o grau Potenciao - funo exponencial; equao e inequao exponencial Logaritmo: propriedades; funo logartmica; equao e inequao logartmica Mdulo de um nmero funo modular; equao e inequao modular Sequncias; progresso aritmtica; progresso geomtrica Trigonometria no tringulo retngulo; trigonometria em um tringulo qualquer
36 pp.
Unidade 2 Funes
37 pp. 35 pp. 38 pp. 22 pp. 25 pp. 17 pp.
Unidade 3 Progresses 8 9
42 pp.
Unidade 4 Trigonometria
38pp.
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Unidade 4 Geometria 7 8 9 rea: polgonos; crculo Princpio fundamental da contagem; fatorial; anlise combinatria; binmio de Newton Probabilidade; probabilidade condicional; estatstica e probabilidades
28 pp. 34 pp. 34 pp.
Unidade 2 Geometria 2 3 4 5 6 7 8
26 pp. 42 pp. 36 pp.
Unidade 3 Geometria analtica Geometria analtica: distncia; rea de tringulo; retas; inequao do 1o 42 pp. grau com duas variveis 38 pp. Circunferncias; cnicas Nmeros complexos: operaes; mdulo; representao trigonomtrica Polinmios: operaes; equaes: teorema fundamental da lgebra
26 pp. 32 pp.
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Abordagem dos contedos
Como possvel ver no grfico seguinte, h forte concentrao do campo das funes no livro da primeira srie.
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Nmeros e operaes Os conjuntos numricos so introduzidos de maneira satisfatria, recorrendose linguagem da teoria dos conjuntos e aos usos dos nmeros como modelos matemticos para contagem de colees e medio de grandezas. Entretanto, no adequado admitir que o conjunto dos racionais sirva para a contagem de conjuntos discretos. Tambm no estudo dos nmeros complexos, no bem definida a unidade imaginria. feita uma boa discusso sobre potncias. Aquelas que possuem expoentes irracionais, por exemplo, so estudadas por meio de aproximaes racionais do expoente. De maneira apropriada, o princpio fundamental da contagem introduzido a partir de problemas contextualizados, acompanhado de diagramas de rvore.
Funes As funes so introduzidas como uma correspondncia entre grandezas variveis e, tambm, como um tipo especial de relao, mas no h ligao apropriada entre essas duas ideias. Cada tipo de funo apresentado por um problema contextualizado e motivador, que mostra as aplicaes e a importncia do tema. Observa-se uma boa anlise do papel dos coeficientes no grfico das funes quadrtica e afim. No caso dessa ltima, tambm discutido o alinhamento dos pontos e sua relao com a proporcionalidade. O estudo da funo exponencial antecedido, de maneira adequada, por uma reviso das potncias com expoente real e da notao cientfica. Acertadamente, o logaritmo definido como recurso para resolver equaes exponenciais e as funes logartmicas so apresentadas como inversas das exponenciais. A coleo faz uma abordagem concisa das funes trigonomtricas, sem os excessos comuns. A tangente definida, porm, no estudada como funo. As sequncias so trabalhadas como um caso especial de funo. Na apresentao das progresses aritmtica e geomtrica, as frmulas so deduzidas com clareza e faz-se a articulao com funes afim, quadrtica e exponencial.
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O estudo da matemtica financeira envolve questes de porcentagem, desconto, acrscimos sucessivos, juros simples e compostos. Porm, as frmulas so deduzidas muito rapidamente, sem deixar claro que os problemas podem ser resolvidos sem elas.
Equaes algbricas O conceito de matriz introduzido com o auxlio de tabelas empregadas em vrios contextos, o que elogivel. Contudo, h excesso de nomenclatura no desenvolvimento que se segue. Alm disso, o conceito de determinante trabalhado de maneira inadequada. H, tambm, impreciso na relao entre matriz invertvel e seu determinante. No estudo dos sistemas lineares, o mtodo de escalonamento ocupa, acertadamente, um lugar de destaque. No entanto, h impreciso na definio de sistema escalonado. A obra traz uma grande quantidade de conceitos sobre polinmios, como as operaes, os teoremas sobre equaes polinomiais e suas razes. Mas no precisa nas definies de polinmio e de equaes polinomiais de grau n.
Geometria analtica O estudo de pontos e retas em um sistema cartesiano ortogonal de coordenadas feito de maneira abrangente e detalhada. Tambm so adequadas as conexes entre equao da reta e funo afim e, tambm, entre os sistemas lineares 2x2 e a posio relativa de duas retas no plano. No entanto, na abordagem da equao da reta prevalece a fragmentao em casos particulares, o que no favorece a formao de conceitos unificadores. As cnicas so introduzidas como sees de cones por planos, com o apoio de atividades prticas.
Geometria Os livros 1 e 2 trazem uma reviso satisfatria de temas de geometria plana. So feitas algumas demonstraes simples das relaes mtricas nos tringulos e das frmulas de rea de figuras planas.
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Na geometria espacial, os conceitos de ponto, reta e plano so associados adequadamente aos objetos do mundo fsico e a slidos geomtricos bsicos, o que um aspecto positivo da coleo. No entanto, de forma equivocada, as figuras bidimensionais reduzem-se apenas s figuras planas. Os poliedros, prismas, pirmides, cilindros, cones, troncos e esferas so abordados com o rigor adequado, assim como a relao de Euler para poliedros convexos. Notam-se, entretanto, falhas no enunciado de algumas atividades, como naquela que trata de polgonos inscrito e circunscrito em uma circunferncia, no volume 2 e, tambm, no exerccio que se refere a um poliedro que no existe, no volume 3.
Estatstica e probabilidades Os temas do campo so desenvolvidos em linguagem clara e com propostas de atividades variadas e interessantes. Encontram-se tabelas e grficos com dados relativos a variados contextos. No entanto, h excesso deles e no feita uma explorao adequada das noes estatsticas envolvidas. Em particular, no se explicitam os conceitos de populao e amostra. Verifica-se impreciso na discusso do conceito de mediana e tambm nas relaes entre estatstica e probabilidade, quando se aborda a curva normal.
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Contextualizao
Os conhecimentos matemticos so contextualizados de maneira significativa. Relacionam-se s prticas sociais, propria Matemtica, sua histria, ou a diferentes reas do conhecimento. Muitas atividades tambm incluem dados interessantes, que favorecem o debate crtico, a formao para a cidadania e, por vezes, as reflexes sobre o papel da Matemtica em diferentes contextos.
Manual do professor
O manual compe-se da cpia do livro do aluno, com sugestes, e um texto de Orientaes para o professor, dividido em duas partes. Na primeira, comum aos trs volumes, apresentam-se a estrutura da coleo, os objetivos do ensino mdio e as caractersticas do novo Enem. Descrevem-se programas pblicos de acesso ao ensino superior e discorre-se sobre trabalho interdisciplinar, avaliao, recursos didticos e o papel do professor. Na parte especfica a cada volume, encontram-se as sees Objetivos, Comentrios e sugestes, com orientaes didticas e metodolgicas, e Resoluo das atividades. Com linguagem acessvel, o manual um timo apoio atuao em sala de aula e formao continuada do professor.
EM SALA DE AULA
A coleo rene qualidades para uma boa formao matemtica no ensino mdio. Para que o docente possa colher mais contribuies de uso da obra, so feitas algumas recomendaes, nos pargrafos seguintes. Tambm se sugere ao professor a leitura do texto Consideraes sobre as colees aprovadas, na introduo deste Guia, que pode ajud-lo a contornar as imprecises observadas na coleo. Seria til que o docente fizesse uma seleo das leituras e das atividades propostas, para garantir o estudo dos contedos matemticos fundamentais
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para a formao no ensino mdio, visto que h excesso de textos voltados contextualizao. Vale a pena explorar um pouco mais os recursos oferecidos pelas novas tecnologias. Apesar de sempre despertarem a ateno dos alunos, eles esto pouco presentes na coleo. recomendvel que o professor recorra frequentemente ao manual, que traz observaes sugestivas para um melhor desenvolvimento das atividades propostas no livro do aluno.
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