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I.E.T.B.
INFORMATIVO BIMESTRAL DA I.E.T.B.: ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPRITA
ietb@ietb.com.br
RIO DE JANEIRO - RJ 201 ANO 0 NMERO 0
vivenciais, morais e intelectuais examinadas luz das obras codificadas por Kardec. O informativo caracteriza-se por um estilo dinmico e interativo, sempre receptivo a novas abordagens temticas. As portas esto abertas para todos que desejam colaborar. Para tanto, envie as suas sugestes atravs do e-mail esde@ietb.com.br. Contamos com as contribuies dos estudantes do ESDE, dos coordenadores de atividades da IETB, bem como dos tarefeiros da casa. Em princpio, a edio do informativo ser bimestral. Boa leitura.
Coordenao ESDE
Atravs desse veculo de comunicao digital, os participantes do ESDE tero o registro organizado de informaes, oriundas de diferentes fontes, relacionadas aos principais assuntos abordados nos grupos de estudos. Por outro lado, disponibilizamos tambm aos demais interessados a oportunidade de poderem refletir conosco suas experincias
a Doutrina Esprita
Espritas! Amai-vos; este o primeiro ensinamento; instru-vos, este o segundo.1
Esprito de Verdade
Necessidade de estudar
amor constitui, quase sempre, experincia simplesmente intelectual, podendo levar presuno e vaidade, ameaando o aprendiz de queda ou fracasso.3
O estudo doutrinrio-evanglico enriquece a capacidade de discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado, o necessrio e o suprfluo, desempenhando um papel importante na anlise das opes de escolha para identificar os valores reais da vida e aplic-los nas situaes do cotidiano. A desordem e a imprevidncia so duas chagas que s uma Na atualidade, mais do que nunca, o conhecimento educao bem entendida pode curar.4 doutrinrio e o exerccio da caridade, sinnimo de trabalho, servio e ao no bem, proporcionam maior segurana aos Por outro lado, a prtica do amor eleva nossos espritas na conquista de degraus mais altos na caminhada pensamentos e aes em sintonia com a Espiritualidade afinada evolutiva. Basicamente, o amor e instruo so os recursos com princpios morais elevados e nobres. Eis a razo pela qual utilizados no processo de reforma ntima, constituindo-se na se nos impe o estudo em todos os lances da vida, porquanto, chave para a transformao moral2. Interessante notar a confiar realizando o melhor e auxiliar na extenso do eterno, interdependncia que h entre eles. Amor sem estudo realmente demanda discernir.5 comportamento unilateral, favorecendo, apenas, o corao, o Adilson Gomes sentimento, mas retardando a ascenso para Deus. Estudo sem
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, O Cristo Consolador, item 5, INSTRUES DOS ESPRITOS, Advento do Esprito de Verdade. 2 Questo 917, LE.
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Desde os primrdios do Espiritismo, na fase de elaborao das obras bsicas da Codificao Kardequiana, a espiritualidade superior vem alertando sobre a necessidade do amor e da instruo para a continuidade e expanso da Doutrina Esprita.
Estudando o Evangelho, Martins Peralva. Questo 685, LE. Palavras da Vida Eterna, Emmanuel, F. C. Xavier, Cap. 122, Convite ao estudo.
NESTA EDIO
SAIBA MAIS:
NOTCIAS DO ESDE:
Reflexes Espritas
Mesas Girantes
esta coluna coube-me escrever sucintamente sobre os temas dos estudos doutrinrios aplicados no ESDE. Darse- especial destaque explicao dos seus objetivos assim como do carter imperativo de estudar-se reflexivamente a Doutrina Esprita, tambm denominada Doutrina dos Espritos, Frequentando reunies inmeras, onde, por meio da cesta, para evoluo moral e intelectual do esprito. muitas vezes se obtinham comunicaes que deixavam fora de A nomenclatura Doutrina Esprita ou dos Espritos decorre do qualquer dvida a interveno de entidades estranhas aos 13 fato de terem sido eles, os Espritos, que trouxeram os presentes , Rivail formulou diversas perguntas, metodicamente esclarecimentos a respeito das manifestaes ou fenmenos organizadas, cujas respostas gradativamente foram sendo espirituais que despertaram a ateno do mundo, explicitadas pelos espritos. As questes tratavam sobre Filosofia, particularmente, em meado do sculo XIX, com as chamadas Psicologia e a natureza do mundo invisvel. Mdiuns diversos mesas girantes e danantes. "O efeito mais simples, e um dos colaboraram como intermedirios com o alm pessoas com primeiros a serem observados, foi o do movimento circular numa aptides e percepes mais aguadas, capazes de captar e traduzir mesa. Esse efeito se produz igualmente em qualquer outro objeto. os pensamentos dos espritos. Mas sendo a mesa o mais empregado, por ser o mais cmodo, o nome de mesas girantes prevaleceu na designao desta espcie 6 de fenmenos". Amplamente difundidos na Europa e nos Estados Unidos, os fenmenos de efeito fsico, num segundo momento, despertaram o interesse cientfico em desvendar as possveis causas que, de forma aparentemente invisvel, produziam os movimentos nos objetos. O que havia por trs do espesso vu do desconhecido e da superstio comeou a ser levantado, contrariando os argumentos cegos e revelando com provas irrecusveis a existncia e a natureza do mundo espiritual e as suas relaes com o mundo corporal.7 O conceituado professor da poca, autor pedaggico famoso, Hippolyte Lon Denizard Rivail (Lyon, 1804- Paris, de 1869), posteriormente, mais conhecido pelo pseudnimo de Allan Kardec, inicialmente, negou-se a dar algum crdito aos fenmenos das mesas girantes. S acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem crebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonmbula. At l, permita que eu no veja no caso mais do que um conto da carochinha.8 Essa foi a sua resposta ao amigo e magnetizador, o Sr. Fortier, quando em fins de 1854, lhe trouxe a notcia extraordinria: no s se consegue que uma mesa se mova, magnetizando-a, como tambm que fale. Interrogada, ela responde.9 Finalmente, em maio de 1855, aceitou o convite feito pelo Sr. Ptier para assistir s experincias realizadas na casa da Sra. Plainemaison. Como nos relata Kardec: Foi a que, pela primeira vez, presenciei o fenmeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condies tais que no deixavam lugar para qualquer dvida.10 Ficou convencido de que algo mais srio ocorria por detrs daquele fato. Diante disso, o Professor Rivail concluiu sobre a existncia dos Espritos, ao verificar que a origem das manifestaes era extraterrena, geradas por almas de pessoas que haviam vivido na Terra. Mas, foi somente em 1856, na casa do Sr. Baudin, aps observaes cuidadosas, que Kardec inicia O Livro dos Espritos.11
Uma nascente Doutrina de cunho religioso-filosficocientfico despontava no horizonte, trazendo novas esperanas para a elevao espiritual da Humanidade, numa poca em que predominava na Europa o pensamento materialista, racionalista e cientfico. Kardec estava ciente da grandiosidade da sua misso: Compreendi, antes de tudo, a gravidade da explorao que ia empreender; percebi, naqueles fenmenos, a chave do problema to obscuro e to controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a soluo que eu procurara em toda a minha vida.12
Assim, Kardec sistematizou e codificou todo esse conhecimento, revelando em sua obra o registro de um esprito crtico e observador profundo dos homens e das coisas, uma prudncia, um equilbrio, uma sobriedade, um esprito positivo e despreconcebido, um bom senso.14 Correlacionou os relatos dos Espritos aos mdiuns, com pesquisas sobre a existncia de dados que pudessem dar a eles uma base coerente e plausvel. Deste modo, foram sendo construdos os livros bsicos da Doutrina Esprita: . Com esse breve histrico sobre a origem dos pilares do Espiritismo, temas como esse e outros so enfocados no ESDE atravs de reflexes e questionamentos. Pois, s a f raciocinada pode nos dar o rumo seguro para seguirmos o roteiro traado por Jesus no Evangelho. Esperamos que voc se motive para saber mais sobre a Doutrina Esprita, matriculando-se no ESDE 2010 da nossa casa. Muita Paz! Iliana Quelhas
Livro dos Mdiuns, Cap. 2 Manifestaes fsicas e mesas girantes, item 60. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. I, No vim destruir a lei, item 5. Obras Pstumas, Allan Kardec, Segunda Parte, Cap. A minha primeira iniciao no Espiritismo, FEB, 2005, 37. edio, pg. 265. 9 Ibidem. 10 Idem, ibidem. 11 Allan Kardec, O educador e o codificador, Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, Volume I, 2. edio, FEB, pg. 265. 12 Obras Pstumas, Allan Kardec, Segunda Parte, Cap. A minha primeira iniciao no Espiritismo, FEB, 2005, 37. edio, pg. 268. 13 Allan Kardec, O educador e o codificador, Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, Volume I, 2. edio, FEB, pg. 268. 14 Por que Allan Kardec? Silvio Seno Chibeni, em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geeu/porquekardec.html
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Para estimular a reflexo e pesquisa, responda por e-mail para a Seo do Leitor, ieteb@ietb.com.br, as seguintes questes:
1. Quais so os trs aspectos da doutrina dos espritos? 2. Que relao voc faz com esses aspectos com o seu dia a dia?
Na Prateleira
Doutrina Esprita
O LIVRO DOS ESPRITOS O LIVRO DOS MDIUNS
As Obras Bsicas da
Para espritas e interessados em conhecer melhor o Espiritismo, ter na prateleira os cinco primeiros livros publicados por Allan Kardec de fundamental importncia. So os seguintes:
Publicado em 1857, contm os princpios da Doutrina Esprita em seus aspectos filosficos, apresentando ao mundo as ideias sobre a imortalidade da alma; a natureza dos espritos e suas relaes com os encarnados; as leis morais; a vida presente; a vida futura e o porvir da humanidade.
Publicado em 1861, apresenta a teoria dos fenmenos espritas nos aspectos cientficoexperimental e prtico da Doutrina. Ensino especial dos Espritos sobre a teoria de todos os gneros de manifestaes, os meios de comunicao com o mundo invisvel, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeos que se podem encontrar na prtica do Espiritismo.
O CU E O INFERNO
Publicado em 1865, ensina-nos sobre a Justia Divina segundo o Espiritismo. um exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e os demnios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situao real da alma durante e depois da morte.
A GNESE
Publicado em 1868, revela-nos, segundo o Espiritismo, os Milagres e as Predies e que Doutrina Esprita resultado do ensino coletivo e concordante dos Espritos. Que a cincia foi chamada a constituir a Gnese de acordo com as Leis da Natureza. Que Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e no pela ab-rogao delas. E que para Deus, o passado e o futuro so o presente. EM CONTINUAO AOS CURSOS DO ESDE ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPRITA PROMOVIDOS PELA IETB, A PARTIR DE MARO DE 2010, DAR-SE- PROSSEGUIMENTO AOS ENCONTROS DE ESTUDOS (SEGUNDAS E QUINTAS FEIRAS S 19,30 HORAS) SOBRE TEMAS ABORDADOS NAS OBRAS BSICAS. Inscreva-se aqui!
SAIBA MAIS!
definitivo, no mais necessitando desta oportunidade de melhoria concedida aos demais pela Providncia Divina. Quanto iluminao dos caminhos dos Espritos no mais alm, procure os itens 246 e 248( na informao que se segue ao item), do Livro dos Espritos, ainda no Captulo VI, estes nos informam que os Espritos veem por si mesmos sem precisarem de luz exterior e que para eles no h trevas, salvo nas trevas em que podem se achar por expiao. No Esprito, como a faculdade de ver constitui um atributo seu, abstrao feita de qualquer agente exterior, a viso independe da luz. Quanto luz interior, os Espritos Superiores a projetam naturalmente (vide item 92- Ubiquidade) e os que ainda no a tm e a desejam para si, os veem como exemplo e almejam consegui-la um dia.
Gilka de S Roriz
Notcias do ESDE
Histria do ESDE
da Doutrina Esprita, mais uma vez, deixa evidente o grande valor do estudo para melhor compreenso dos fundamentos doutrinrios: Dissemos que o Espiritismo toda uma cincia, toda uma filosofia. Quem, pois, seriamente queira conhec-lo deve, como primeira condio, dispor-se a um estudo srio e persuadirse de que ele no pode, como nenhuma outra cincia, ser aprendido a brincar.18 Julio Cesar, na aula inaugural do ESDE, vai nos contar em detalhes a sua experincia pioneira na FEB, em particular, ao coordenar a implantao do Estudo Sistematizado. Alem disso, como testemunha ocular da histria, nos relatar situaes e fatos relativos quele perodo de disseminao de novas ideias no amplo campo do Movimento Esprita, dando nfase ao significado do estudo doutrinrio para o esprita e para a casa esprita. A apresentao de Julio Cesar ser no dia 11 de maro. Voc est convidado! Inscreva-se aqui!
Adilson Gomes
15 Vide a apresentao em PowerPoint sobre a O ESDE e sua Histria, Site da CEERJ, http://www.ceerj.org.br/ceerj/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=22&Itemid=122, acessado em 11/12/2009. 16 Vide as transcries do Jornal Mundo Esprita, ano XVIII, n 780, de 8.10.1949, no site Mundo Esprita, rgo de Divulgao da Federao Esprita do Paran, Recordando o Pacto ureo, http://www.mundoespirita.com.br/antigo/jornal/jornal99/recordando_o_pacto_aureo.htm, acessado em 11/12/2009. *USEERJ - Unio das Sociedades Espritas do Estado do Rio de Janeiro, atualmente CEEU, Conselho Estadual Esprita de Unificao do Movimento Esprita do Estado do Rio de Janeiro. 17 Idem, http://www.mundoespirita.com.br/antigo/jornal/jornal99/recordando_o_pacto_aureo.htm, acessado em 11/12/2009. 18 Allan Kardec, O Livro dos Mdiuns, Cap. III, Do Mtodo, item 18.
om o crescimento do Espiritismo em nosso pas e no mundo, cada vez mais, confirmam-se as preocupaes iniciais da Espiritualidade e de Allan Kardec, com relao ao risco de haver no futuro desvios e distores nos postulados espritas. O tempo passa e os espritas vo deixando de ler as obras bsicas. L pelos idos de 1889, em razo de interpretaes divergentes sobre os mesmos princpios doutrinrios, divises comearam a surgir no embrionrio Movimento Esprita, formando-se os grupos dos msticos e dos cientficos. Nessa poca, Dr. Bezerra de Menezes empenha-se em mant-los unidos, atendendo ao pedido de auxlio de Elias da Silva, um dos fundadores da FEB.15 Em 05 de outubro de 1949, foi celebrado o Pacto ureo da Confraternizao Geral dos Espritas do Brasil, acordo entre a FEB e as federativas estaduais, visando unificao dos espritas a nvel nacional. O Dr. Arthur Lins de Vasconcelos, poca diretor do jornal "Mundo Esprita", ressalta em seu discurso como a Doutrina deve ser estudada: "Em diferentes pontos do planeta a nossa doutrina tem conquistado numerosos adeptos. Uns a encaram somente sob o prisma cientfico; outros sob o aspecto religioso e ainda outros sob um ponto complexo e verdadeiro que o que a considera, como conjunto de cincia, religio e filosofia."16 Finalmente, aps uma srie de iniciativas isoladas, em 1983, lanado em campanha nacional pela FEB o ESDE. Em 1984, a USEERJ, seguindo orientaes da FEB, lana a campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Esprita em nvel estadual. Julio Cesar de S Roriz, que coordena os trabalhos desta implantao, dirige o departamento de Assuntos Doutrinrios da Entidade. (grifo nosso)17 Sendo assim, bem antes da sua implantao, o ESDE - IETB j possua o germe do estudo segundo as diretrizes preconizadas pela FEB e por Kardec. Tal fato se deu por termos como coordenador geral de nossa casa Julio Cesar de S Roriz, um de seus colaboradores e divulgador de primeira hora, como dito anteriormente. Podemos ir longe com citaes bibliogrficas sobre o assunto. Todavia, pertinente, para as ideias apresentadas, salientar que no Livro dos Mdiuns, o codificador e sistematizador
SAIBA MAIS!
I.E.T.B. - INSTITUIO ESPRITA TAREFEIROS DO BEM Rua Voluntrios da Ptria, 185, fundos, Botafogo, CEP: 22270-000 Adesa ao Conselho Esprita do Rio de Janeiro, CEERJ Site: www.ietb.com.br E-mail: ietb@ietb.com.br
expediente
EQUIPE EDITORIAL: ADILSON GOMES, GILKA DE S RORIZ, ILIANA QUELHAS, WANJA PENNA; PROJETO GRFICO E DIAGRAMAO: RICARDO JUNQUEIRA; PERIODICIDADE: BIMESTRAL