Protocolo Iam
Protocolo Iam
Protocolo Iam
2. DIAGNÓSTICO
Baseado na associação de dois ou mais dos seguintes critérios:
a. Dor Torácica
b. Alteração Eletrocardiográfica
“Tempo é músculo!”
1. ECG em 10 minutos.
2. Trombolíticos em até 30 minutos.
3. Angioplastia em até 90 minutos.
• O TIMI risk para IAM com supra de ST deve ser calculado e anotado no
prontuário:
Histórico
Idade≥75 anos 3
65-74 anos 2
DM ou HAS ou angina 1
Exame Clínico
PA< 100mmHg 3
FC>100 bpm 2
Killip II – IV 2
Peso < 67 kg 1
Apresentação Clínica
Elevação de ST na parede anterior ou bloqueio de ramo esquerdo 1
Tempo de apresentação > 4hrs 1
Escore de Risco Mortalidade no 30º dia em “Time II” *
0 0,8 %
1 1,6 %
2 2,2 %
3 4,4 %
4 7,3 %
5 12 %
6 16 %
7 23 %
8 27 %
>8 36 %
*Critérios de inclusão (elegível para terapia fibrinolítica) DP>30 min., aumento de ST, início dos sintomas
< 6 horas.
Morfina
Oxigênio
Nitratos
Aspirina
Betabloqueador
4. TRATAMENTO IMEDIATO
OXIGÊNIO
Fundamento:
Dose e Administração:
Fundamento:
Dose e Administração:
Observações:
Fundamento:
Indicações:
Dose e administração:
Tabela 1:
NITROGLICERINA IV
• Diluição: 1 ampola (25mg) de Tridil® em 250ml de SG5%(concentração de
100mcg/min), administrar em bomba infusora.
• Dose: Inicial deve ser 10mcg/min (6ml/h) e deverá ser aumentada em 5-10mcg/min a
cada 5-10min até melhora da dor ou ocorrer efeitos colaterais(↓10% PAS nos
normotensos e ↓30% PAS nos hipertensos).
Complicações:
• O seu uso deve ser continuado além das primeiras 48 horas se houver
IAM extenso ou complicado. (classe IIb).
MORFINA
Fundamento:
Indicações:
Dose e Administração:
Complicações:
Observações:
Fundamento:
Indicações:
Dose ideal de
Betabloqueador Dose inicial
manutenção
Metoprolol IV 5mg a 1mg/min com 25mg VO 30 min após a
intervalo de 10 min até total dose IV seguidos de
de 15 mg* 50mg VO 12/12 hrs.
Metoprolol VO 25mg VO 12/12 hrs. 50-100 mg VO 12/12hrs.
Carvedilol VO 3,125mg VO 12/12 hrs. 25mg VO 12/12 hrs.
Propranolol IV 0,5-1mg IV a 1mg/min a 10-120mg VO 8/8 hrs.
cada 5min até total de 5mg.
Propranolol VO 20mg VO 8/8 hrs. 40-80mg VO 8/8 hrs.
Atenolol VO 25mg VO 24/24 hrs. 50-100mg VO 24/24 hrs.
Esmolol IV 0,5mg/Kg em 1 minuto 50-300mg/Kg/minuto
Contra-indicações:
• FC < 60 bpm.
• PAS < 100 mmHg.
• Insuficiência grave de VE.
• Sinais de Hipoperfusão.
• BAV de 1º grau com intervalo PR > 0,24.
• BAV de 2º e 3º graus.
• Doença vascular periférica grave.
• História de asma ou doença pulmonar obstrutiva grave.
5. TERAPIA DE REPERFUSÃO
É conduta prioritária no tratamento do IAMCSST nas primeiras 12 horas
de evolução, possibilitando a recanalização coronariana e interrupção do dano
ao miocárdio. Pode ser realizada por angioplastia transluminal coronariana
percutânea primária (ATCP) ou através de agentes trombolíticos. Devem ser
observados os seguintes aspectos antes da escolha da estratégia a ser
utilizada:
Fundamento:
• Restaura a patência do vaso via dilatação arterial por cateter balão com
90% de sucesso quando realizada em centros experientes, com pessoal
treinado. É uma técnica de reperfusão isenta do risco de sangramento
associado à trombólise. Possui uma maior taxa de patência do vaso e
uma mortalidade menor em 40% do que a trombólise.
Indicações:
ANGIOPLASTIA DE RESGATE
Fundamento:
Indicações:
Indicações:
TERAPIA FIBRINOLÍTICA
Fundamento:
Indicações:
• Apresentação dos sintomas > 3 horas com atraso para terapia invasiva.
o Angioplastia superior a 90 min*.
o Transporte prolongado.
• ATCP não é uma opção.
o Dificuldades de acesso vascular.
o Laboratório de hemodinâmica não disponível.
• Elevação de ST com PAS > 180 ou PAD > 110 mmHg na chegada +
IAM de alto risco. (classe IIb)
Estreptoquinase (Streptase):
CRITÉRIOS DE REPERFUSÃO
1. Diminuição da dor
2. Diminuição de 50% no supradesnível do segmento ST
3. Arritmias de reperfusão.
4. Pico precoce das enzimas cardíacas
6. MANEJO HOSPITALAR
Exames laboratoriais:
Exames complementares:
Cuidados de enfermagem:
8. TERAPIA ADJUVANTE
DIETA:
TERAPIA ANTITROMBÍNICA
Fundamento:
Indicações:
Dose e Administração:
• HBPM não deve ser usada como alternativa à HNF em pacientes com >
75 anos que recebem terapia fibrinolítica.
• HBPM não deve ser usada como alternativa à HNF em pacientes com
menos 75 anos que recebem terapia fibrinolítica e apresentam disfunção
renal significativa (creatinina > 2,5 mg/dL para homens; ou creatinina >
2,0 mg/dL para mulheres).
Fundamento:
Indicações:
• Os IECA devem ser administrados por via oral nas primeiras 24 horas do
IAM com supradesnível de ST em pacientes com IAM de parede
anterior, congestão pulmonar ou fração de ejeção de VE < 0,40 na
ausência de hipotensão (PAS < 100 mmHg ou PAS inferior a 30 mmHg
abaixo da pressão de base) ou contra-indicações para o uso desta
classe de medicamentos. (classe I; nível A).
• Os IECA podem ser administrados por via oral nas primeiras 24 horas
do IAMCSST em pacientes sem infarto anterior, congestão pulmonar, ou
fração de ejeção de VE < 0,40 na ausência de hipotensão (PAS < 100
mmHg ou PAS inferior a 30 mmHg abaixo da pressão de base) ou
contra-indicações para o uso desta classe de medicamentos. (classe IIa;
nível B).
Contra-Indicações:
ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA
Fundamento:
Indicações:
• Devem ser administrados para pacientes com IAM sem disfunção renal
significativa (creatinina < 2,5 mg/dl para homens e < 2,0mg/dl para
mulheres) ou hiperpotassemia (≥ 5 mEq/L) que já estão recebendo
doses terapêuticas de IECA e betabloqueadores, com FE de VE ≤ 0,40,
e com sinais ou sintomas de insuficiência cardíaca. (classe I, nível C).
Dose e administração:
Observações:
Fundamento:
Indicações:
Recomendação Importante:
Fundamento:
Indicações:
Contra-indicações absolutas:
Dose: Bolo de 180 mg/kg, duplo bolo separado por 10 minutos. Infusão:
2,0 mg/kg/min por 18 horas.
3. Tirofiban: É uma droga não-peptídea derivada da tirosina, que se liga
na seqüência RGD e é altamente específico para os receptores da
glicoproteína IIb/IIIa. Tem meia-vida plasmática de 2 horas com 65% da
excreção por via renal e 25% pela bile. Cerca de 4 horas após o término
da infusão da droga o tempo de sangramento se normaliza e a
agregação plaquetária retorna em aproximadamente 80% de sua
atividade. Pacientes com "clearance" de creatinina menor que 30 ml/min
têm 50% de diminuição do "clearance" plasmático da droga, devendo,
portanto, ter a dose corrigida.
Instruções de uso:
ESTATINAS
Fundamento:
ATROPINA
Fundamento:
ANTIPIRÉTICOS:
ANSIOLÍTICOS:
8. MEDIDAS AUXILIARES
MAGNÉSIO
Ajustes:
1. Glicemia < 80:
- Parar infusão 1 hora – repetir glicemia de 1/1 hora;
- Reiniciar infusão quando glicemia capilar > 100, com metade da dose
anterior;
2. Queda de 50 a 75 mg/dl em 2 horas: manter infusão até glicemia entre 80
e 120 mg/dl, então diminuir a velocidade da infusão pela metade;
3. Queda > 75 mg/dl em 2 horas: diminuir a infusão pela metade;
4. Queda < 25 mg em 1 hora: ajuste conforme a tabela;
5. 2 medidas consecutivas iguais ou com aumento: ajuste conforme a
tabela;
Glicemia Ajuste
120 – 150 Aumentar infusão em 0,5 U/h
150 – 200 Aumentar infusão em 1,0 U/h
200 – 250 Aumentar infusão em 2,0 U/h
250 – 300 Aumentar infusão em 3,0 U/h
> 300 Aumentar infusão em 4,0 U/h
Controle:
• Glicemia capilar: 2/2 horas;
• Manter infusão contínua de SG 5% - 100 ml em 24 horas.
Esquema: insulina NPH: 0,4 a 0,6 U/Kg/dia, doses divididas 12/12 ou 8/8
horas.
120 – 150 2U
150 – 200 4U
200 – 250 6U
250 – 300 10 U
> 300 14 U – considerar infusão contínua
Suporte nutricional
• Dieta oral ou enteral: se possível, manter infusão contínua nas 24 horas.
NÃO SIM
Se PAS > 100 mmHg e não houver IAM de VD, considerar a infusão de Nitroglicerina IV em dose baixa (10 mcg/ml)
Se PAS > 100 mmHg e não houver contra-indicações, iniciar Metoprolol 5mg IV em 5 minutos (dose máx. de 15mg)
objetivando uma FC de 60 bpm.
Decidir terapêutica de reperfusão miocárdica. Se a ATCP puder ser realizada em até 90 minutos, ela é sempre
preferível à trombólise.
NÃO SIM
NÃO SIM
Referências bibliográficas:
II diretriz da SBC para Tratamento do IAM. Arq Bras Cardiol , vol 74 ( usp. II ),
2000.
1999 Update ACC /AHA Guidelines for the Management of Patients With Acute
Myocardial Infarction. Circulation, 1999;100:1016-1030.
I Diretriz Sobre dor Torácica .Arq Bras Cardiol, vol 79, sup II , 2002.