Chapéu de Couro
Chapéu de Couro
Chapéu de Couro
CHAPÉU-DE-COURO
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS................................................................................................. 03
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 04
2 OBJETIVOS............................................................................................................... 05
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................06
3.1 Situação atual das plantas medicinais........................................................... 06
3.2 Importância do controle de qualidade...........................................................06
3.3 O gênero Echinodorus....................................................................................... 08
3.4 Aspectos de cultivo............................................................................................. 11
3.5 Propriedades medicinais e uso popular.........................................................11
3.6 Modos de preparo...............................................................................................12
3.7 Efeitos colaterais e contra-indicações............................................................ 12
4 METODOLOGIA.....................................................................................................13
4.1 Análise macroscópica.........................................................................................13
4.2 Análise microscópica......................................................................................... 13
4.3 Análise química...................................................................................................14
4.4 Identificação de flavonóides............................................................................. 14
4.5 Doseamento de flavonóides...............................................................................15
4.6 Identificação de taninos.....................................................................................15
4.7 Doseamento de taninos...................................................................................... 16
4.8 Identificação de alcalóides................................................................................ 16
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................19
6 CONCLUSÃO............................................................................................................20
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 21
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
O uso de produtos fitoterápicos tem crescido muito, no mundo todo, sendo uma das
vantagens a economia para a população mais carente e a grande disponibilidade de plantas
medicinais. O grande consumo leva a uma preocupação em relação a produção e controle
de qualidade. No Brasil cerca de 80% da população usam como fonte de recurso
terapêutico produtos de origem natural, principalmente plantas medicinais (DI STASI,
1996).
As plantas de gênero Echinodorus são conhecidas popularmente por chapéu-de-
couro e são nativas do Brasil, encontradas em várzeas, a beira de lagoas e de represas
(TESKE & TRENTINI, 1995). As espécies de Echinodorus mais conhecidas são E.
grandiflorus e a E. macrophyllus.
Na medicina popular são indicadas para reumatismo, afecções cutâneas, doenças
renais e das vias urinárias, problemas do fígado, gripe, resfriado, sífilis e gota (TESKE &
TRENTINI, 1995 e OLIVEIRA & AKISUE, 1997).
As folhas de chapéu-de-couro são as partes da planta utilizadas na fitoterapia, sendo
muito atacadas por insetos, os quais perfuram e recortam o limbo foliar (KISSMANN,
1991).
Segundo DI STASI (1996), é importante a elaboração de estudos referentes ao
cultivo de espécies medicinais para a obtenção da matéria-prima sempre com as mesmas
características e sem afetar determinados ecossistemas.
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2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O chapéu-de-couro pode ser utilizado como chá por infusão, 20 g de folhas verdes
por litro de água e com indicação de 3 a 4 xícaras por dia (MARTINS et al., 1995), por
decocção de suas folhas a 2%, tomar 1 xícara três vezes ao dia, em pó (cápsula) 300-600
mg três vezes ao dia e em tintura 20 a 30 gotas três vezes ao dia (TESKE & TRENTINI,
1995).
4 METODOLOGIA
A análise química dos componentes é feita através da trituração manual das folhas
secas. A secagem das folhas é feita em estufa com circulação de ar durante 24 horas a uma
temperatura de 40 ºC sendo assim assegurado que não é retirado os princípios ativos da
planta.
As folhas são colocadas em um erlenmeyer e deixadas em maceração ativa com 50
mL de metanol por 24 horas.
Posteriormente pelo processo de filtragem comum obtem-se os extratos das folhas e
estes são analisados pelo método de cromatografia de camada delgada – CCD. E com o
auxílio de uma micro-seringa de 20 µ L são feitos pontos na placa cromatográfica.
Para uma outra análise química é utilizado outro tipo de solvente, a água, onde as
plantas depois de trituradas são transferidas para um erlenmeyer com 100 mL de água
fervente e deixados por 5 horas, em seguida são filtrados por filtração comum e deixados
em banho-maria até que quase toda a água evapore.
a) Extração genérica:
- Ferver em banho-maria por alguns minutos cerca de 2 g da droga com 40
mL de etanol 75%;
- Resfriar e filtrar por papel filtro umedecido em etanol 75%;
- Executar as reações a seguir:
b) Identificação genérica:
b.1) Reação oxalo-bórica:
- Preparar um resíduo a partir de 8 mL de extrato inicial;
- Juntar ao resíduo 3 mL de solução de ácido bórico 3% em etanol 75% e 1
mL de solução de ácido oxálico 10% em etanol 75%;
- Atritar e evaporar em banho-maria até secura e prolongar o aquecimento
por mais 5 minutos;
- Resfriar e juntar 5 mL de éter etílico;
- Observar na luz UV uma fluorescência amarelo-esverdeada.
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a) Extração genérica:
- Colocar cerca de 2 g da droga tânica em erlenmeyer;
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Processo A:
- Colocar 1 a 2 gramas de droga pulverizada num erlenmeyer de 125 mL;
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Processo B:
- Colocar 1 a 2 gramas de droga pulverizada num erlenmeyer de 125 mL;
- Alcalinizar a droga com amônia diluída 10% de tal modo que a droga fique
umedecida (não encharcada);
- Juntar à droga 15 mL de clorofórmio e agitar por alguns minutos;
- Deixar em repouso e filtrar por algodão;
- Repetir a extração com mais duas porções de CHCl3;
- Executar as reações de identificação genérica de coloração e de
precipitação.
Processo C:
- Colocar 1 a 2 gramas de droga pulverizada num erlenmeyer de 125 mL e
juntar 20 mL de EtOH;
- Aquecer até fervura;
- Resfriar e filtrar o sobrenadante por algodão;
- Repetir a operação com mais duas porções de EtOH;
- Juntar os extratos e evaporar em banho-maria até secura;
- Redissolver o resíduo em HCl 2%;
- Alcalinizar com amônia diluída e extrair com clorofórmio em funil de
separação;
- Executar as reações de identificação genérica de coloração e de
precipitação.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6 CONCLUSÃO
Através das observações realizadas por esta pesquisa pôde-se perceber que o estudo
sobre a planta conhecida como chapéu-de-couro teve importância significativa, pois esse é
um dos trabalhos pioneiros em relação a esta planta.
O uso constante de chapéu-de-couro faz com que, em pouco tempo, os efeitos
benéficos da planta sejam sentidos em todo o organismo. As manchas, cravos e espinhas
desaparecem da pele, a energia e o bem-estar voltam, o humor melhora. Isto acontece
porque as folhas desta planta brasileira fazem os rins, o fígado e os intestinos funcionarem
melhor, eliminando todas as toxinas que, permanecendo no corpo, comprometem a saúde.
Além disso, ela ainda tem boa atuação na depuração do sangue, o que a torna indicada
como remédio auxiliar no tratamento de artroses, do ácido úrico, do artritismo e das demais
formas de reumatismo. Poderoso anti-séptico das vias urinárias, o chá também é indicado
nos regimes de emagrecimento, já que além de ajudar na eliminação da água e da gordura,
fortalece os nervos e aumenta a energia.
Na colheita das folhas de chapéu-de-couro deve-se existir uma seleção, pois para a
produção de um medicamento fitoterápico de boa qualidade é necessário utilizar uma
matéria-prima uniforme, sem alterações na sua superfície foliar. Caso isto não ocorra este
medicamento estará com sua concentração de princípios ativos diminuída e/ou alterada,
resultando em um produto de efeito duvidoso.
O controle de qualidade possibilita a obtenção de exemplares de plantas com maior
teor e pureza das drogas biologicamente ativas. Isso é importante na fabricação dos
fitofármacos utilizados pela população, pois os princípios ativos é que são responsáveis
pelas propriedades de cada um dos medicamentos.
Sugere-se para um novo estudo, fazer a investigação científica das utilizações
medicinais do chapéu-de-couro, confirmando se a planta realmente possui atividades
antiinflamatórias, anti-hipertensivas, anti-reumáticas e diuréticas, para que a população
mais carente e até mesmo aquela que possui melhores condições financeiras façam uso
desta planta de forma segura.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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09. LOPES, L. da C. et al. Toxicological evaluation by in vitro and in vivo assays of an aqueous extract
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10. LOPES, R. A.; BREDA, C. O. Aspectos do cultivo e efeito da ocorrência de insetos fitófagos na
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Monografia (Graduação em Farmácia). Centro de Ciências da Saúde, Universidade do Vale do Itajaí.
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13. OLIVEIRA, F. de; AKISUE, G. Fundamentos de farmacobotânica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1997.
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15. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Good manufacturing pratices for pharmaceutical products.
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