Apostila Tomografia - Prof. Ricardo Pereira
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
BIOIMAGEM
DEFINIÇÃO
que receberá esses raios. O que se obtém é uma projeção em duas dimensões
do interior do corpo do paciente. Nas máquinas de tomografia a ampola que
emite os Raios X gira totalmente em volta do corpo do paciente e, a medida em
que gira, emite Raios X em 360° graus, ou seja, fazendo uma circunferência
completa em torno do paciente. Na TC os Raios-X são concentrados num feixe
estreito que passa apenas por uma pequena parte (fatia) do corpo.
Ao contrário da tomografia linear, onde a imagem de um corte fino é
criada mediante borramento da informação de regiões indesejadas, a imagem
da TC é construída matematicamente usando dados originados apenas da
seção de interesse. A geração de tal imagem é restrita a cortes transversais da
anatomia que são orientados essencialmente perpendiculares à dimensão axial
do corpo. A reconstrução da imagem final pode ser realizada em qualquer
plano, mas convencionalmente é realizada no plano transaxial.
INTRODUÇÃO / HISTÓRICO
As duas principais
qualidades dos Raios-X em
termos de aplicação clínica são a
enorme resolução espacial e
capacidade de documentação
panorâmica da região irradiada.
Por outro lado, a radiografia
simples não consegue mostrar
diferenças muito sutis de
densidade tecidual, sendo difícil
visibilizar diferenças dentre as
partes de um mesmo órgão, por exemplo.
Para vencer este obstáculo, vários tipos de exames contrastados foram
idealizados e utilizados durante décadas, como, por exemplo, a
pneumoventriculografia, a ventriculografia iodada e a angiografia. Porém, a
introdução destes meios de contraste torna o exame invasivo e não isento de
morbidade. Por esta razão, é contínua a busca de novos métodos de
diagnóstico cada vez menos invasivos e com maior capacidade de
visibilização. Neste sentido, na década de 70, foi introduzido na prática clínica
dois métodos extremamente poderosos, a tomografia computadorizada (TC) e
a ultrasonografia, os quais, pela primeira vez, permitiram a visibilização do
parênquima cerebral, ao invés de informações indiretas, como o desvio de
vasos ou de ventrículos.
A idealização da TC foi decorrente da dificuldade de se documentar uma
estrutura oculta dentro da cavidade craniana. A invenção do método é atribuída
a Hounsfield, um engenheiro inglês da empresa E.M.I., que iniciou seus
trabalhos no final da década de 60 juntamente com o Físico Alan Cormak e, em
1973 apresentou os primeiros resultados clínicos.
Um tomógrafo e
formado por um tubo de RX
conectado mecanicamente e
eletronicamente a um sistema
de detectores. Este conjunto
gira 360°em torno do
paciente. As estruturas
corpóreas vão atenuar o feixe
de RX dependendo de vários
fatores, entre eles sua
densidade e numero atômico. Depois de passar pelo corpo a radiação atinge
finalmente os detectores. Um giro de 360° produz uma “vista” que e um
conjunto de projeções. Cada vista produz um conjunto de sinais analógicos que
são enviados ao sistema de computação. Ao termino de cada giro o sistema
tubo/detectores volta à posição inicial e a mesa sobre a qual esta o paciente,
move-se alguns milímetros. Este processo vai se repetindo e gera uma enorme
quantidade de dados.
Os sinais elétricos gerados pelos detectores contem informação a
respeito do quanto o feixe foi atenuado por cada estrutura do corpo
(“coeficientes de atenuação”). Estas informações são acopladas aos dados
sobre posição da mesa e do cabeçote. Dessa forma e possível a determinação
das relações espaciais entre as estruturas internas e a fatia selecionada do
corpo.
Os sinais elétricos analógicos são então enviados ao sistema de
computação que através de algoritmos específicos vai transformá-los em sinais
digitais para compor as imagens que iremos ver na tela do computador. O
SISTEMAS DE VARREDURA
• Surgiu em 1972
• Feixe “em lápis”
• Detector único
• Rotação/translação
• 5 minutos para fazer um corte
• Surgiu em 1974
• Feixe “em leque” com ângulo de abertura de 10 graus
• Múltiplos detectores (~30)
• Rotação/translação
• Múltiplos ângulos de aquisição em cada posição
• Maior ângulo de rotação
• Tempo de varredura entre 10-90 segundos
Surgiu em 1981
Feixe “em leque”, largo
Rotação do tubo
Múltiplos detectores fixos (até 4800) circundando completamente o
paciente
Tempo de rotação mais curto – até 0.5 segundos
Durante os primeiros
anos da década de 1990, um
novo tipo de scanner foi
desenvolvido, chamado scanner
de TC por volume
(helicoidal/espiral). Com esse
sistema, o paciente é movido de
forma contínua e lenta através da abertura durante o movimento circular de
360° do tubo de raios X e dos detectores, criando um tipo de obtenção de
dados helicoidal ou “em mola espiral”. Dessa forma, um volume de tecido é
examinado, e dados são coletados, em vez de cortes individuais como em
outros sistemas. (Helicoidal e espiral são termos específicos de fabricantes
para scanners do tipo de volume.)
O grande progresso que ocorreu entre a segunda e a terceira geração
de tomografia foi a passagem do movimento linear para o giro de 180º. Agora,
outro progresso importante ocorreu: a passagem do giro de 180º para o giro
contínuo. Os equipamentos eram obrigados, pelos cabos utilizados na
transmissão de energia elétrica, a fazer um movimento de ida e voltar ao ponto
de partida antes de fazer outro movimento de ida.
O desenvolvimento de anéis de deslizamento para substituir os cabos de
raios X de alta tensão permite rotação contínua do tubo, necessária para
varredura do tipo helicoidal. Anteriormente o movimento do tubo de raios X era
restrito por cabos de alta tensão fixados, e limitado a uma rotação de 360° em
uma direção compreendendo um corte, seguida por outra rotação de 360° na
direção oposta, criando um segundo corte com o paciente movendo um
incremento entre os cortes. Permitindo rotações contínuas do tubo, que,
quando combinadas com o movimento do paciente, criam dados de varredura
do tipo helicoidal com tempos totais de varredura que são a metade ou menos
daqueles de outros scanners de terceira ou quarta geração.
Nesta técnica a ampola
gira e emite RX ao mesmo
tempo em que a mesa é
deslocada, sendo a imagem
obtida a partir de uma espiral
ao invés de um círculo. A
apresentação da imagem não
muda, entretanto. Continuamos
a fotografar uma fatia circular.
O que ocorre é que o
computador interpola parte da imagem de uma espira com parte da seguinte,
formando uma imagem como a do corte circular.
O que muda então com a técnica espiral? Primeiro existe um ganho
em velocidade. Segundo, existe um ganho ao se realizar uma série de cortes
durante uma apnéia, pois, não havendo movimento respiratório a reconstrução
é muito melhor. Imagine a reconstrução sagital ou coronal como uma pilha de
moedas (os cortes axiais) que podemos “cortar” de cima para baixo. Na técnica
helicoidal não existe desalinhamento entre os cortes, provocados pelas pausas
respiratórias. Assim as reconstruções são muito melhores, em especial a dos
vasos.
O avanço mais marcante com a técnica helicoidal ocorreu a nível do
abdome e tórax, devido ao impacto da técnica sobre a dificuldade de se lidar
com a movimentação respiratória. No SNC ela é somente usada em situações
onde existem problemas com movimentação, como em estudos de pediatria,
por exemplo.
Vantagens da TC helicoidal:
Scanners de TC Multicorte
Os scanners de terceira e
quarta gerações desenvolvidos
antes de 1992 eram
considerados scanners de corte
único, capazes de obter imagens
de um corte de cada vez. No final
de 1998, quatro fabricantes de
TC anunciaram novos scanners
multicorte, todos capazes de
obter imagens de quatro cortes
simultaneamente. Esses são
scanners de terceira geração com capacidades helicoidais e com quatro
bancos paralelos de detectores, capazes de obter quatro cortes de TC em uma
única rotação do tubo de raios X.
Características:
Este modelo de
tomógrafo é o mais
moderno que existe e
utiliza-se de um
conceito diferente na
geração de raios X.
Conhecido como
Electronic Beam
Computed Tomography
– EBCT (Tomografia Computadorizada por Canhão de Elétrons), este tipo de
aparelho se destaca por não possuir tubo de raios X ou ampola. A geração do
feixe de fótons é realizada ao ar livre, sem confinamento, a partir de um canhão
de elétrons, que faz às vezes do cátodo. Os elétrons são acelerados pelo
canhão e desviados por um conjunto de bobinas ao longo to trajeto em direção
ao alvo. O alvo, ou o ânodo, a ser atingido é um dos vários anéis de tungstênio
que circundam o paciente na metade inferior do equipamento (parte inferior da
mesa). Quando os elétrons atingem o alvo com energia suficiente ocorre o
fenômeno de geração de raios X pela transferência de energia dos elétrons
para o átomo de tungstênio. Este fenômeno é idêntico àquele que ocorre
dentro de uma ampola comum de raios X.
Os anéis são desenhados para que as "pistas anódicas" neles contidas
produzam um feixe de fótons com direção conhecida e precisa. A direção do
feixe é a dos sensores de raios X, que estão posicionados diametralmente
opostos aos anéis-alvo. No caminho entre os anéis e os sensores, o feixe de
fótons interage com o paciente que está sobre a mesa.
A vantagem deste tipo de tecnologia está principalmente no fato de não
existirem partes móveis, o que sempre é um fator de limitação na velocidade de
geração de imagens nos tomógrafos giratórios. Além disso, há uma grande
melhora na dissipação de calor gerado pela produção de raios X, já que a
"pista anódica" possui área muito maior e fica um tempo muito menor
recebendo o impacto dos elétrons acelerados. Atualmente, existem mais de
100 EBCT instalados no mundo, com os Estados Unidos hospedando mais de
70% destas unidades.
Tomógrafo Móvel
A Philips Medical System já possui
um tomógrafo móvel, conhecido como
Tomoscan M. Dividido em três partes,
todas com rodas, o portal (450 kg), a
mesa para o paciente (135 kg) e o
console de comando podem ser levados
a qualquer local do hospital. Com
dimensões que permitem passar por
portas de 90 cm de largura, inclusive ser
levado em elevadores, este sistema
diminui o trauma do paciente de ser removido de seu leito para ser levado até a
sala de tomografia.
O tomógrafo possui um sistema elétrico que funciona com 4 baterias, o
que permite que qualquer tomada de parede de 220 V, com capacidade para
10 Amperes, possa carregar as baterias. Alem da mobilidade, o sistema de
baterias permite ao tomógrafo funcionar quando há falta de energia elétrica no
hospital, aliviando o sistema de fornecimento de emergência de energia.
SISTEMA TOMOGRÁFICO
Inicialmente poderíamos dizer
que o tomógrafo de forma geral,
independente de sua geração, é
constituído de três partes:
a) portal;
b) eletrônica de controle;
c) console de comando e computador.
1 - Gantry (portal):
água, filamento que pode ser simples ou duplo (dual); filtros e colimadores,
sistema de aquisição de dados, motores e Sistemas mecânicos que permitem
angulação e posicionamento (laser).
Engrenagens e
motores elétricos
garantem precisão e
velocidade ao sistema
de rotação. Pistões
hidráulicos permitem a
angulação que pode
alcançar ate 30 graus, o
que e importante para
alinhar a anatomia
quando necessário.
Os detectores são dispostos em oposição ao tubo ou como nos
tomógrafos mais modernos, em toda a circunferência do portal, podendo ser
moveis ou estáticos. Junto aos detectores encontram-se placas e circuitos
eletrônicos responsáveis pela transdução da informação sobre a quantidade
absorção do feixe de RX pelo corpo do paciente, em sinal eletrônico analógico.
A seguir essa informação e digitalizada e será transmitida ao
computador que fará os cálculos matemáticos necessários para a formação da
imagem. A tecnologia de anéis deslizantes (“slip rings”) - dispositivos
eletromecânicos condutores de eletricidade – eliminou a necessidade de cabos
de alta tensão, o que permite rotação continua sem a interferência de cabos. A
abertura e relativamente estreita – em torno de 70-85 cm.
Tubo de raios-X;
Conjunto de detectores;
DAS - Data Aquisition System;
OBC - On-board Computer - (controle de kV e mA);
Stationary Computer – (interação dos comandos do painel de controle
com o sistema);
Transformador do anodo;
Transformador do catodo;
Transformador do filamento;
Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry;
Painel identificador do posicionamento da mesa e do gantry;
Dispositivo laser de posicionamento;
Motor para rotação do tubo;
Motor para angulação do gantry.
2 – Cabeçote:
O cabeçote de um tomógrafo é idêntico
ao de um equipamento de raios X convencional:
ampola com ânodo giratório, copo catódico,
refrigeração, filtragem, etc. Porém, devido ao
funcionamento constante do tubo durante um
exame, existe a necessidade de um sistema de
refrigeração eficiente. Vale lembrar, que no tubo
de raios X, 99% da energia gerada é
transformada em calor e apenas 1% é
convertida em fótons. No tomógrafo, todo este
calor é gerado durante alguns segundos de funcionamento, o que resulta numa
produção de calor de 1.000 a 10.000 vezes mais do que um tubo de raios X
convencional, que funciona durante tempos menores que 1 segundo. Cada
fabricante tem sua própria forma de energizar o tubo de raios X, dependendo
do desenho e da operação do tomógrafo computadorizado.
3 - Mesa de Exames
4 - A Mesa de Comando
5 - Sistema de Radioproteção
Finalidades:
6 - Sistemas Integrados
SENSORES DE RAIOS X
Câmaras de ionização
Consistem de câmara preenchida
por gás comprimido (geralmente Xenônio)
na pressão de 30 atm. Por dois motivos:
aumentar a energia das moléculas de gás
facilitando a liberação de elétrons quando
incidir o RX e também para aumentar a
quantidade de átomos do gás disponível
para interagir com o feixe. A câmara é compartimentalizada através de laminas
de Tungstênio que coletam os íons liberados. Este tipo de detector tem
eficiência quântica menor se comparado ao de estado solido.
Neste tipo de dispositivo a detecção da radiação X ocorre de maneira
muito simples. O fóton X ao atravessar o gás pode atingir um dos átomos e
transferir sua energia para que um elétron do mesmo se torne livre. Uma alta
tensão é aplicada aos separadores de tungstênio, que são colocados entre as
câmaras, a fim de coletar os elétrons livres que são produzidos pela radiação.
Uma vez que vários elétrons sejam coletados, obtém-se então uma corrente
elétrica facilmente mensurável.
Colimação
A colimação é necessária durante a
operação do tomógrafo pelas mesmas razões que
ela é necessária na radiografia convencional. Uma
colimação adequada reduz a dose no paciente pela
restrição do volume de tecido a ser irradiado. Mais
importante ainda é a qualidade de contraste da
imagem que é aumentada pela diminuição da
radiação secundária.
Na tomografia computadorizada é comum
ser colocado dois conjuntos de colimadores. Um
conjunto de colimador é montado junto ao cabeçote (pré-paciente) e ajuda a
controlar a dose de radiação no paciente.
O outro conjunto de colimadores é colocado logo a frente dos detectores
(pós-paciente) e influencia na qualidade da imagem, pois reduz a radiação
secundária, define a espessura do corte e também limita o campo de visão ou
largura do corte (scan diamenter ou field of view).
Sistema Elétrico
Todos os tomógrafos
computadorizados trabalham com
tensão de tubo (kVp) fornecida por
sistemas trifásicos ou de alta freqüência.
Isto garante a eficiência do sistema, pois
garante que a produção de fótons seja
constante durante todo o exame e o
feixe terá sempre o mesmo espectro. Os
sistemas de alta freqüência têm sido
Características:
FORMAÇÃO DO TOMOGRAMA
Matriz da Imagem
Para entendermos melhor
como é gerado um tomograma,
primeiro temos que entender
como o computador trabalha com
a imagem. A imagem que é
apresentada ao técnico ou ao
radiologista, seja no monitor ou
no filme, é formado pela diferente
coloração em níveis de cinza de
milhares de pontos. Assim, como
ocorre no televisor, a imagem obtida do corte da anatomia é na realidade um
conjunto de pontos com tons diferentes. É como se a imagem fosse dividida em
uma matriz de N x N pontos.
Atualmente, a imagem tomográfica é gerada com matrizes a partir de
256 x 256 pontos, passando por 320 x 320 até 512 x 512 pontos.
Equipamentos mais modernos chegam a trabalhar com matrizes de 1024 x
1024 pontos, o que significa dividir a imagem em mais de 1 milhão de pontos.
E o trabalho do equipamento tomográfico, juntamente com o
computador, é justamente definir, indiretamente, o valor da densidade daquela
pequena porção de tecido humano que cada um destes pontos está
representando. Se houver uma mínima diferença de densidades entre dois
pontos consecutivos, então o computador atribuirá um tom de cinza diferente
para cada um dos pontos, resultando no contraste que levará ao diagnóstico
médico.
Elementos Fotográficos
A menor unidade de dimensão
ou de imagem do tomograma
computadorizado é o ponto
fotográfico, conhecido em inglês por
pixel (picture element), conforme
demos uma idéia acima. O pixel não
tem uma dimensão ou comprimento
definido, pois depende do tamanho do
campo de visão e da matriz de
imagem. Assim, a escolha dos dois
pelo técnico irá determinar que o pixel represente certa porção da área
transversal ou corte realizado no paciente.
O campo de visão (CDV), ou field of view (FOV), ou ainda scan
diameter, é um valor fornecido pelo técnico operador quando da realização de
Como podemos ver, o ponto colorido na tela pode representar uma área no
paciente de 0,6835 mm x 0,6835 mm ou uma área de 1,3671 mm x 1,3671mm.
Isto dá uma diferença de 4 vezes entre a menor (0,467 mm2) e a maior área
(1,869 mm2). Logo, por exemplo, patologias menores que 1 mm2 não seriam
detectadas com a escolha da resolução maior (opção b).
Esta mesma relação também pode ser estendida para a questão do
voxel, bastando apenas multiplicar os valores das dimensões do pixel pela
espessura do corte realizado. Assim, teríamos a noção do menor volume
identificável pelo exame tomográfico.
Vejamos os exemplos:
Com os exemplos podemos notar que para que um tumor seja detectável,
seu volume mínimo deve ser muito próximo do volume de voxel. Por isso,
cortes mais finos e matrizes maiores são sempre recomendadas por permitirem
uma maior resolução na imagem. No entanto, o tempo e o esforço
computacional aumentam também consideravelmente.
Reconstrução da Imagem
A imagem tomográfica,
embora pareça ser a
representação quase perfeita das
anatomias do paciente em exame,
na realidade é um conjunto de
números, transformados em tons
de cinza, que informam a
densidade ou atenuação de cada
ponto da anatomia examinada.
Como as partes anatômicas
possuem densidades distintas,
dependendo das células que a compõem, as informações das densidades
acabam formando imagens que, na tela, desenham as várias anatomias do
corpo humano.
Para descobrir o valor de densidade de cada ponto interior ao corpo
humano, o tomógrafo realiza a medição da atenuação de radiação que o corpo
humano provoca quando atravessado por um feixe de raios X. Como esta
atenuação é realizada por todo o corpo, é necessário que se façam várias
exposições em diferentes ângulos. Assim, se obtém uma grande quantidade de
dados para que o computador possa definir ponto por ponto da imagem qual
seu valor de atenuação, ou de densidade. A transformação desses valores de
atenuação nos vários níveis de cinza a cria uma imagem visual da seção
transversal da área examinada.
Os valores de atenuação para cada conjunto de projeção são
registrados no computador e a imagem tomográfica computadorizada é
reconstruída através de um processamento computacional complexo. O
número finito de valores de atenuação correspondente ao objeto varrido é
organizado na forma de uma matriz ou tabela. O tamanho da matriz da
imagem, ou seja, o número de pontos fotográficos calculados (pixel’s) irá
implicar no número de projeções individuais. O tamanho da matriz, ou tabela,
contudo, também influencia na qualidade da resolução da imagem. Matrizes
maiores significam mais pontos e pixel’s de menor área, o que resulta em mais
detalhes. No entanto, implicam num esforço computacional muito maior pelo
computador.
A Intensidade de Radiação Residual compreende a radiação incidente
menos a radiação absorvida pelo objeto e pode ser obtida segundo a equação:
Onde:
N = NO . e- (µ1 + µ2 + µ3 + µ512) . x
1. retroprojecão;
2. O método interativo;
3. O método analítico.
Retroprojeçao
O método Interativo
O método Analítico
Retroprojeçao Filtrada
Resumao:
QUALIDADE DE IMAGENS EM TC
RC melhora com:
> Pixel
> Matriz (matriz fina)
> mAs ( < ruído)
> Espessura de corte
Tudo o que < o ruído aumenta a resolução de contraste
Matriz
> Matriz (matriz fina): > CSR – coeficiente sinal/ruído - (mas >
tempo de reconstrução)
FOV
> FOV sem mudar a matriz: > pixel (mas < CSR)
Espessura de corte
Numero de projeções
a) Fatores de Exposição
b) Espessura de Corte
A espessura nominal do corte, entre 1 a 10 mm, é selecionada de
acordo com o tamanho da estrutura ou da lesão que se deseja estudar.
Contudo, deve-se estar atento às implicações da espessura de corte na
qualidade de imagem e na dose de radiação para o paciente.
c) Incremento de Mesa
Na TC seriada, a separação entre cortes irradiados e de imagem, é
definida como o incremento da mesa menos a espessura nominal do corte, que
são os parâmetros selecionáveis. Nos estudos clínicos, a separação entre
cortes encontra-se na faixa de 0 a 10 mm se os cortes não são superpostos.
e) Inclinação do “Gantry”
f) Volume de Investigação
b) Algoritmo Matemático
e) Filtros pós-Processamento
f) Fator de “zoom”
3 - Parâmetros Clínicos
COEFICIENTE DE ATENUAÇÃO
Valores de densidade
Escala Hounsfield
Em tomografia
computadorizada, os
valores de atenuação são
medidos em unidades
Hounsfield (HU). O valor de
atenuação do ar padrão e
da água pura, definidos
como –1 000 HU e 0 HU,
respectivamente, representam pontos fixos na escala de densidade do TC e
mantêm-se inalterados mesmo com a variação da tensão do tubo. Esta é a
vantagem da Escala de Hounsfield, sua invariância com qualquer parâmetro
eletro-eletrônico, mecânica ou de processamento computacional. Desta forma,
os tomógrafos do mundo todo trabalham com esta escala, facilitando a troca de
informações entre técnicos e médicos radiologistas. Trata-se, pois, de um
padrão universal.
Dependendo da radiação efetiva gerada pelo aparelho de tomografia, a
relação da atenuação dos diferentes tipos de tecidos para o padrão da água
poderá variar. Portanto, os valores de densidades listados na literatura devem
ser considerados como simples indicações ou pontos de referência, e não
como valores absolutos para um determinado tecido ou órgão. Mas mesmo
assim, estes valores são suficientes para indicar ao radiologista se há sangue
Densitometria
Tempo de aquisição
VARIAÇÃO DA IMAGEM
Ex. 1: valor central = 200 HU largura = 1400 HU cada nível de cinza representa
5,5 HU
Ex. 2: valor central = 1000 HU largura = 400 HU cada nível de cinza representa
1,5 HU
Resumão:
JANELA: define a extensão de níveis de cinza que me interessa para ver uma
determinada parte do corpo. A largura de janela define os limites superior e
inferior da Escala de Hounsfield que me interessam:
CENTRO (LEVEL):
com pouca resolução (matrizes baixas), um voxel pode ser representado numa
tonalidade de cinza não correspondente ao tecido que representa. Isto pode
acontecer, por exemplo, quando um voxel representa a imagem de um material
de baixa densidade e parcialmente a imagem de um material de alta
densidade. Os cálculos efetuados pelo computador podem atribuir uma
tonalidade de cinza correspondente a de um tecido muscular, causando um
artefato de imagem conhecido por Efeito de Volume Parcial.Este efeito tende a
ser reduzido nas matrizes de alta resolução.
Artefatos
Ruído da Imagem
PROCESSAMENTO DE IMAGENS
A unidade de processamento
é um computador, centro de todo o
sistema. Recolhe os dados brutos de
cada tomograma através dos
detectores. Os dados são
inicialmente armazenados no
formato digital. Imagens médicas
apesar de processadas digitalmente
tem que ser exibidas em formato
analógico.
Imagens analógicas incluem fotos, pinturas e imagens médicas
gravadas em filmes ou exibidas em monitores de computador, por exemplo.
Neste tipo de imagem podemos ver vários níveis de brilho (ou densidade do
filme) e cores. Trata-se de uma imagem continua e não composta de partes
(pixels). Imagens digitais são gravadas como vários números. A imagem e
dividida em uma matriz de pequenos elementos pictóricos (pixels). Cada pixel e
representado por um valor numérico.
A principal vantagem das imagens digitais e que podem ser processadas
de varias maneiras por sistemas de computação. Para serem captadas pelo
olho humano as imagens devem ser analógicas. Todos os métodos de imagem
que produzem imagens digitais devem convertê-las para imagens analógicas.
Não podemos “ver” imagens digitais, pois se trata de uma matriz matemática
de números.
Uma imagem digital é uma matriz de pixels. Cada pixel e representado por um
valor numérico. O valor do pixel esta relacionado ao brilho (ou cor) que vamos
enxergar quando a imagem digital for convertida em imagem analógica para
visualização. Quando visibilizamos uma imagem na tela do computador, por
exemplo, a relação entre o valor numérico atribuído ao pixel e o brilho exibido,
e determinada por ajustes de ”janela” como iremos discutir depois. Uma
imagem digital e representada no sistema de computação por números em
forma de dígitos binários denominados “bits” (binary digits).
Contrastes negativos
– Ar (colonotomografia e pneumoartrotomografia),
– Água (meio de contraste isodenso):
• não produz diferença de intensidade;
• evidencia a morfologia de determinadas vísceras,
Administração do contraste
MEDIDAS PROFILÁTICAS
Hidratação e Jejum
Sedação e Anestesia
Uso de Medicamentos
• Anti-histamínicos e corticóides
• Administrados antes da injeção via venosa, quando o paciente já apresentou
reações e necessita realizar novamente o contraste.
CONCLUSÕES
Indicações
Indicações
Abdome
Pelve
Resumao:
Incidências
As imagens registram: