Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho
Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho
Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho
07 14:33 Page 1
Apresentação
A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou
grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi-
ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação
que os acolha.
Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer-
cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.
Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti-
nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for-
mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente
excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino
Fundamental.
Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas
nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na
escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei-
tando as experiências e os conhecimentos dos alunos.
Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o
2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem
dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos.
A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con-
cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos
de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões
para o trabalho com esses textos.
A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário,
com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação
e a integração das diversas áreas do conhecimento.
Bom trabalho!
Caro professor
E ste caderno foi desenvolvido para você, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens
e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta útil para aprimorar esse trabalho. O cader-
no que você tem em mãos faz parte da coleção “Cadernos de EJA”, e é um dos frutos de uma
parceria entre as universidades brasileiras ligadas à Rede Unitrabalho e o Ministério da Educação.
As atividades deste caderno contemplam assuntos e conteúdos destinados a todas as séries
do ensino fundamental e seguem a seguinte lógica:
• Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes áreas
do conhecimento; cada atividade está formulada como um plano de aula, com objetivos, des-
crição, resultados esperados, etc.
• As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que você considerar
mais adequada aos seus alunos. Cabe a você escolher quais atividades irá usar e de que forma.
Os segmentos para os quais as atividades se destinam estão indicados pelas cores das tarjas
laterais: as atividades do nível I (1-ª a 4-ª séries) possuem a lateral amarela; as do nível II (5-ª a 8 ª-
séries) têm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os níveis, a lateral
será laranja. Essa classificação é apenas indicativa. Cabe a você avaliar quais atividades são as
mais adequadas para a turma com a qual está trabalhando.
• Graças à proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a área de
Matemática, por exemplo, poderá ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante.
As atividades de Educação e Trabalho e Economia Solidária também poderão ser aplicadas aos
mais diversos componentes curriculares.
Ao produzir este material pedagógico a equipe teve a intenção de estimular a liberdade
e a criatividade. Se a partir das sugestões aqui apresentadas, você decidir escolher outros textos
e elaborar suas próprias atividades aproveitando algumas das idéias que estamos partilhando,
estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir
o que é melhor para as pessoas com as quais está dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar
da cultura letrada e se formar cidadão.
Bom trabalho!
Equipe da Unitrabalho
CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 3
Numeração: indica o
Área: indica a área
texto correspondente
do conhecimento.
ao caderno do aluno.
Objetivos:
ações que tanto aluno Nível: sugere o segmento
como professor do ensino fundamental
realizarão. para aplicação da atividade.
Introdução:
pontos principais do
texto transformados
em problematizações Contexto:
e questões para o insere o tema
professor. no cotidiano do aluno.
Descrição:
passos que o professor
deve seguir para discutir Materiais e tempo:
com os alunos os materiais indicados para
conceitos e questões a realização da atividade,
apresentados na especialmente aqueles que não
atividade proposta. estão disponíveis em sala
de aula (opcional), e o tempo
sugerido para o desenvolvimento
da atividade.
Dicas:
bibliografia de suporte,
sites, músicas, filmes, etc.
que ajudam o professor
Cor lateral:
a ampliar o tema indica o nível sugerido.
(opcional).
CP11_indice.qxd 19.01.07 14:42 Page 4
2 O jornal Artes II 17
Precarização do trabalho no campo Geografia I e II 18
O setor agrícola em gráfico Matemática II 19
3 O rito Artes I e II 20
Rotação e translação Ciências I 21
O contador de causos Português I e II 22
6 Simbólico Artes I e II 33
Sabores e cheiros do associativismo Ed. e Trabalho I e II 34
“Do caju brasileiro se aproveita até o cheiro” Geografia I e II 35
O caju e o trabalhador rural brasileiro História I e II 36
Você só come a Castanha? Português I e II 37
15 Segredos Inglês II 70
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Calcular densidade demográfica. Uma classificação depende de critérios. Segundo
• Usar critérios para fazer análise de definição o texto, os critérios de definição de uma cidade
de um conceito de cidade. no Brasil são diferentes de Portugal. Sua cidade
seria uma cidade em Portugal? A política de clas-
sificação das cidades no Brasil é adequada? Que
vantagens e desvantagens ela traz?
Descrição da atividade
Te x t o
Atividade P O observador
Objetivo Introdução
• Estimular a criatividade por meio de exercícios
Proponha a seus alunos a seguinte reflexão: se
que desenvolvam as habilidades de fluência,
você fosse uma cidade, qual gostaria de ser? Por
humor e analogia.
quê?
Te x t o
Atividade P O jornal
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Organizar dados em uma tabela e apresentá- Os números do texto expressam a precariedade
los na forma de um gráfico de setor. do trabalhador no setor agrícola. O texto traz
• Analisar a situação dos trabalhadores no setor ainda uma avaliação do professor Sérgio Leite.
agrícola. Você concorda com ele? Por quê? Quais políticas
deveriam ser desenvolvidas para solucionar a
precariedade revelada no texto? Para ajudar
nesta análise, propomos, na atividade a seguir,
uma organização dos dados na forma de uma
tabela e de um gráfico. Ele permite visualizar a
situação com mais clareza.
Te x t o
Atividade P O rito
Te x t o
1. Ler o texto e discutir com os alunos algumas 4. Pedir aos alunos que representem na figura as
situações ali apresentadas. Por exemplo: é quatro estações do ano: primavera, verão, ou-
possível alguém trabalhar todos os dias, sem tono e inverno.
parar, durante um ano inteiro? Materiais indicados: Tempo sugerido: 1 hora
Como nosso corpo reagiria se isso fosse Cartolina e lápis de cor.
feito? Somos capazes de perceber os movi-
mentos de rotação e translação? Por quê? Resultados esperados:
2. Pedir aos alunos que façam um desenho do • Compreensão do movimento de rotação.
planeta Terra e do Sol, mostrando a órbita • Compreensão do movimento de translação.
elíptica do planeta em seu movimento de Dicas do professor: As naves espaciais giram ao redor da
translação. Terra, ficando em órbita, numa velocidade maior do que a
3. Os alunos devem mostrar (na elaboração de própria velocidade de rotação do planeta. Por isso, durante
um período de 24 horas, os astronautas visualizam por
um cartaz) a Terra girando em seu próprio
diversas vezes o nascer e o pôr-do-Sol.
eixo, identificando ainda o eixo imaginário
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Resolver problemas usando regra de três sim- O texto apresenta o problema político social e
ples e porcentagem. econômico dos cortadores de cana, com dados
• Identificar causas, conseqüências e soluções de numéricos, análise de causas e conseqüências e
uma situação-problema. possibilidades de solução. Pode-se dizer que esse é
também um problema matemático. Que soluções
os alunos poderiam apresentar para esse proble-
ma? Que outras perguntas poderiam fazer?
Quantos alunos da EJA vivenciam o problema do
trabalho no corte de cana? Que perspectivas apon-
tariam para o futuro desses trabalhadores?
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivo Introdução
• Estimular a criatividade por meio de paráfrases. Quais são os alimentos que saem da terra e são
saborosos? Abóbora com chuchu é uma boa pedida?
Te x t o
6
5 Área: Artes Nível I e II
Atividade P Simbólico
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Introdução
Conta Câmara Cascudo que o cajueiro é natural
das terras brasileiras e já era uma árvore muito
conhecida das populações indígenas quando os
portugueses aqui chegaram. Com o caju, os índios
faziam uma bebida fermentada consumida em
momentos de festas. Torravam também a castan-
ha no fogo para comer. Foram os indígenas que
espalharam a fruta por várias regiões do ter-
ritório brasileiro. E conta-se que, como a flor do
caju tem sua regularidade, comunidades indíge-
nas marcavam o tempo de um ano quando ela
aparecia. Hoje em dia o caju pode ser encontra-
do em supermercados: seu suco engarrafado, sua
polpa congelada e suas castanhas enlatadas. Passou
1. Perguntaar aos alunos o que sabem sobre o Resultados esperados: Espera-se que os
caju e o cajueiro. alunos conheçam a relação do caju com a vida do
2. Ler o texto coletivamente. A partir dele iden- trabalhador rural brasileiro que vive do cajueiro.
tifique o uso do caju, a importância dele para
os trabalhadores rurais nordestinos e qual a
idéia defendida no texto.
3. Propor uma pesquisa a respeito da história do
caju, onde ele tem sido plantado, sua relação
com as sociedades indígenas, a sua dissemi-
nação pelo mundo, os diferentes tipos de plan-
tações de caju atualmente e quem é o trabal- Dicas do professor: Livros: História da Alimentação
hador rural que vive dessa economia. no Brasil, de Luís da Câmara Cascudo (Itatiaia / Edusp);
Frutas no Brasil, de Silvestre Silva e Helena Tassaía
4. Socialize a pesquisa dos alunos na sala de (Empresa das Artes). Biblioteca Virtual dos Estudantes – Frutas
aula e proponha a organização de um mural no Brasil: http://bibvirt.futuro.usp/especiais/frutasnobrasil/
sobre o tema.
Te x t o
Objetivo Introdução
• Ampliar a capacidade de adjetivação. Você só come a castanha do caju? Dizem os espe-
cialistas que do caju brasileiro se aproveita até o
cheiro! Vamos refletir sobre isso com nossos alunos!
Te x t o
Te x t o
Atividade P ”Sem-Terrinha”
Te x t o
Te x t o
Atividade P Reportagem
Objetivo Introdução
• Incentivar a criação de textos a partir de estí- Junto com nossos alunos, vamos dar vida a essas
mulos não-verbais. fotos, imaginado a dinâmica do universo que elas
representam. Observando o ensaio vamos pensar:
quem serão essas pessoas? Como vivem? O que
lêem? Quais seriam seus sonhos?
Perguntar:
Descrição da atividade 1. Qual o nome de seu (sua) noivo(a)? 2.
Onde se encontraram pela primeira vez? 3.
1. Atividades de Pré-Leitura Que idade tem ele(a)? 4. Quanto tempo
Iniciar a aula dizendo que, às vezes, é possí-vel namoraram? 5. Qual o número do sapato
brincar com a imaginação e criar perso-nagens. dele(a)? 6. Qual o maior desejo dele(a)? 7.
Peça aos alunos para registrar no caderno É bonito e inteligente? 8. Qual a cor dos
respostas às perguntas que serão feitas por olhos dele(a)? 9. Qual o pior defeito dele(a)?
você. Devem numerar as respostas de 1 a 12 e 10. Quanto dinheiro levarão para a lua-de-
não é necessário escrever as perguntas. Inicie o mel? 11. Qual a canção que gostariam de
jogo: ouvir no casamento? 12. Onde vai ser a lua-
de-mel?
1. Escrevam um nome de pessoa, homem
Por certo, as respostas serão estapafúrdias.
ou mulher.
Repita as perguntas para outros alunos.
2. Escrevam o nome de um lugar distante.
Peça que escrevam um texto literário curto
3. Escrevam um número entre 1 e 500.
que tenha por título “A lua-de-mel”.
4. Anotem um espaço de tempo (segundos,
minutos, horas, dias, meses, anos, séculos). 2. Atividades de leitura e produção de texto:
5. Escrevam um número qualquer. Peça que observem bem as fotos das crianças
6. Escrevam um desejo qualquer, seu ou fictício. fotografadas por Ruy Fraga. Solicitar que
7. Escrevam a palavra SIM ou a palavra soltem a imaginação, observem uma delas e
NÃO. lhe dêem nome, idade, gostos, qualidades,
8. Escrevam uma cor. defeitos, anseios, frustrações, amores, raivas
9. Escrevam um hábito que classificam etc. e registrem essas características numa fo-
como defeito. lha. Depois, pedir que criem uma reportagem
10. Escrevam um certo valor em dinheiro. sobre a visita que fizeram às crianças num
11. Escrevam o nome de uma música ou de acampamento dos sem-terrinha.
um grupo musical.
12. Escrevam o nome de um lugar muito
próximo.
A seguir, pedir a um aluno que dê respostas Tempo sugerido: 3 horas
para as questões que você fará. Todas as
respostas já estão dadas. Basta que ele con- Resultados esperados: Desenvolvimento do
sulte a lista acima, lendo-a na ordem. gosto pela escrita.
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
9
5 Área: Ciências Nível II
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Discutir a importância do biodiesel para a agri- O biodiesel é o combustível obtido por reação
cultura familiar. química, a partir do óleo extraído de grãos
• Verificar, por meio de cálculos matemáticos, o oleaginosos, tais como: girassol, mamona, soja e
expressivo volume de produção de combustível. outros. Dessa forma, esse combustível ganha
importância por ser uma nova fonte de energia
ecológica e poderá beneficiar os pequenos agri-
cultores que terão a oportunidade para se estab-
elecer na terra. O emprego do biodiesel tem
como objetivo substituir parte do óleo conven-
cional em cerca de 2%, sendo obrigatório a par-
tir de 2008. A produção do biodiesel oportuniza
recuperação da agricultura familiar? Por que o
biodiesel é um produto renovável? Quais serão
as regiões mais beneficiadas com o Programa do
Biodiesel?
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivo Introdução
• Ampliar a capacidade de redigir um texto para Pergunte aos alunos: se vocês fossem empregado-
o jornal a partir de anúncios reais res, como redigiriam um classificado para con-
tratar colhedores de cana?
Te x t o
11
5 Área: Artes Nível I e II
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Avaliar as condições de vida e emprego das po- O trabalho no campo, diferente do trabalho
pulações do interior do estado de Pernambuco. urbano, sofre a influência direta das condições
• Tomar conhecimento das condições de vida naturais. A entressafra, que é o período que
dessas populações e suas estratégias de sobre- medeia uma safra e outra imediata, de determi-
vivência diante das dificuldades. nado produto, colcoa boa parte da mão-de-obra
• Conhecer as peculiaridades da produção no cam- empregada na cultura em condição de desem-
po diante das maior dependência das condições prego. Desprovidos de rendimentos, os traba-
naturais para a sua efetivação. lhadores são forçados a lançar mão de serviços
mal remunerados, em condições precárias, além
de circunstâncias extremas, como a prostituição.
Te x t o
Objetivos Introdução
• Questionar a situação degradante a que são sub- A exploração de crianças, como nos mostra o
metidos crianças, homens e mulheres em função texto em questão, continua ocorrendo em vários
do desemprego. lugares do Brasil, não obstante, o Ministério
• Realizar transformações numéricas. Público e o Estatuto da Criança e do Adolescente
tentem coibir esse tipo de exploração. Na co-
lheita de cana-de-açúcar, para citar um dos
muitos exemplos, crianças de 5 anos de idade são
empregadas e chegam a cortar 5 toneladas de
cana por dia. Por que continua ocorrendo explo-
ração de mão-de-obra infantil se ela é proibida?
No lugar onde você mora notícias de exploração
do trabalho infantil? Que fatores levam a criança
a um trabalho escravo ou à prostituição? Qual o
papel do Ministério Público nessas situações?
Qual o papel de cada cidadão comum diante desse
fato? Na sua região tem-se conhecimento de algum
tipo de trabalho escravo? A quem interessa essa
situação de exploração do ser humano? O que
deve ser feito para que isso não ocorra?
Te x t o
Objetivo Introdução
• Exercitar a capacidade de construir a coesão e Alguém sabe com quem está o resto da frase?
coerência textuais. Sugira que os alunos conversem com seus cole-
gas, pois eles também estão procurando o que
falta na frase que têm em mãos!
4. Cana-de-açúcar, e a fome;
Descrição da atividade 5. Está levando meninas de 5 a 10 anos ao;
6. Eixo das rodovias federais e estaduais.
1. Reescrever o texto em folhas de papel e recortar
as frases, de modo que o sentido fique truncado.
Entregar as folhas a alunos diferentes. Assim,
um deles terá o início de uma frase e deverá
encontrar a parte final com um outro colega.
2. O objetivo é verificar se conseguem reconsti-
tuir o sentido original. O jogo terá a seguinte
ordem:
a. Entrega das folhas com meia-frase, retiradas
do primeiro parágrafo, para seis alunos.
b. Num primeiro momento, deverão procurar
seus pares e reconstituir o parágrafo original.
c. Proceder da mesma forma com os demais
parágrafos, de modo que cada equipe se
encarregue de um parágrafo do texto.
d. A seguir, deverão, todos num só grupo, ve-
rificar a ordem possível dos parágrafos do
texto original. Quando chegarem a um con-
senso, devem montar o texto, no chão da
sala, juntando as diversas frases de um Tempo sugerido: 2 horas
único parágrafo e separando, com espaço
adequado, aquelas que pertencem a um
novo parágrafo. Resultados esperados:
Sugestão de recortes para o primeiro parágrafo: Ampliar a capacidade de trabalho em grupo e de
1. O desemprego atinge 70% dos trabalhadores; obter coesão e coerência textuais em um texto de
2. rurais de municípios da Zona da Mata de; informação.
3. Pernambuco no período da entressafra da;
Te x t o
12
5 Área: Educação e Trabalho Nível II
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Analisar e resolver situações-problema extraí- Os números do texto revelam os crimes do lati-
das do texto. fúndio. Quantos alunos e alunas da EJA no Brasil
• Elaborar síntese de um texto, destacando vivenciam situações semelhantes? Quem não as
dados numéricos. vivencia, que opinião tem sobre elas? O que expli-
ca essa violência? Qual é o perfil dos trabalha-
dores que sofrem violência do latifúndio? O que
poderia se fazer para evitar tantos crimes?
Te x t o
Objetivo Introdução
• Desenvolver a habilidade de opinar com base Lendo o texto e tentando relembrar o episódio
em dados concretos. divulgado no mundo inteiro, vamos refletir com
nossos alunos: como o massacre de Eldorado dos
Carajás atingiu você? A violência é a melhor
forma de eliminar nossos inimigos?
Te x t o
13
5 Área: Educação e Trabalho Nível I
Atividade P ”Vida! Vida! Por que tens que ser tanto dividida?”
Te x t o
Objetivo Introdução
• Levar o aluno a perceber o sentido produtivo Durante a maior parte do tempo de nosso proces-
da terra, como fonte de vida, como elemento so civilizatório, a terra sempre foi um bem cole-
essencial ao desenvolvimento social. Mais do tivo, cuja posse se dava pelos que nela produziam.
que um bem que se compra e vende, que se Com o passar do tempo, ela foi se transformando
acumula e se guarda, a terra é uma dádiva da em bem privado, num processo que se completou
natureza que sua importância prioritariamente com a hegemonia do sistema capitalista. Na
pelo alimento que produz. medida da sua apropriação, também se desen-
volveu um processo de expulsão do homem da
terra e a restrição ao seu acesso.
Te x t o
Te x t o
Atividade P Haicai
Objetivo Introdução
• Sensibilizar os alunos para o sintetismo e a poe- Os alunos sabem o que é haicai? Sugira que façam
sia do haicai. a atividade proposta e, depois, criem-nos à vontade!
Te x t o
14
5 Área: Educação e Trabalho Nível I e II
Te x t o
Objetivos Introdução
• Pesquisar sobre os diferentes povos indígenas Quando desenhamos o mapa político do Brasil,
que vivem no território brasileiro. incluímos as divisões por estados e as posições
• Criar um no mapa do Brasil considerando ape- de suas capitais. Outras vezes, desenhamos o
nas os povos indígenas. mapa climático ou físico. Não determinamos a
• Conhecer melhor pelo menos um povo indíge- localização das nações indígenas existentes em
na existente no Brasil. nosso país. Os povos indígenas estão espalhados
em diversos países do mundo. Só no Brasil exis-
tem mais de 200 povos diferentes, os mais conhe-
cidos são os povos xavantes, guajajaras, tamoios,
guaranis, yanomamis, entre muitos outros. Como
seria o mapa do Brasil indígena?
Te x t o
Objetivo Introdução
• Ampliar a capacidade de ouvir com atenção, Quem tem boa memória? Vamos fazer um teste?
compreender, parafrasear, interpretar e recor-
dar o que foi dito.
Descrição da atividade
8. Da mesma forma, esse aluno contará o que ou-
viu para o seguinte, que estava do lado de fora.
1. Antes da leitura, verificar o conhecimento
prévio dos alunos a respeito da situação efeti- 9. Provavelmente, muitos detalhes desaparece-
va dos índios no Brasil. O que eles conhecem rão durante o reconto da história. Discutir as
ou ouviram falar sobre o assunto? Conhecem omissões, as trocas, as discrepâncias e os erros
alguma comunidade indígena? Em caso afir- cometidos ao longo dos diversos relatos.
mativo, peça que citem sobre o modo de vida
e costumes
2. Ler o texto com os alunos e verificar se os
comentários anteriores se confirmaram.
3. Solicitar três voluntários e pedir a eles que se
retirem da sala.
4. Pedir aos alunos que ficaram na sala de aula
que releiam a primeira parte do texto
(Demarcação...) e que resumam o conteúdo
dos três parágrafos. Esclarecer que devem
ficar atentos, pois deverão, posteriormente,
passar o conteúdo do texto, usando apenas a
memória, para um colega que está esperando
lá fora. Tempo sugerido: 2 horas
Te x t o
Atividade P Segredos
Objetivo Introdução
• Rever com os alunos as estruturas de formação O texto trata dos trabalhadores do campo, princi-
de sentenças. palmente, do movimento dos sem-terra. O texto
utiliza bastante o passado simples e por estar em
inglês, favorece o estudo da ordem das palavras
em uma sentença.
Te x t o
16
5 Área: Economia Solidária Nível I e II
Objetivo Introdução
• Mostrar que a economia solidária privilegia o A atividade procura chamar a atenção para a ló-
trabalho, a preservação do meio ambiente e a gica implícita na economia solidária (que é dife-
qualidade de vida. rente daquela do capital) que viabiliza a estrutu-
ra produtiva para trabalhadores em seu ambiente
de origem e que precisam de trabalho e renda,
preservando o meio ambiente e a sua qualidade
de vida.
Te x t o
Objetivo Introdução
• Criação de poema. Assim como a borracha, outros bens naturais do
Brasil também despertaram e despertam interesses
econômicos, que mobilizam o capital e abrem
frentes de trabalho, em ondas temporárias. Mas o
que acontece com o trabalhador quando a “febre”
passa e os investimentos somem?
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Adquirir familiaridade com a linguagem poética. Propor aos alunos as seguintes questões: quem
• Exercitar a escrita poética. gosta de ler poemas? Conhece alguns de cor?
Gosta de escrevê-los?
Te x t o
Objetivo Introdução
• Aprender a identificar os pronomes reflexivos. O texto de Luiz Fernando Veríssimo trata de um
personagem que criticava latifúndios e que era a
favor da reforma agrária. No entanto, ele próprio
era filho de um latifundiário. Trata-se de uma
boa oportunidade para trabalharmos os pro-
nomes reflexivos com os alunos.
Te x t o
17
5 Área: Língua estrangeira - Inglês Nível II
Atividade P Pesquisa
Objetivo Introdução
• Aprender o uso dos pronomes reflexivos como A personagem do texto mostra-se contrária a
“sozinho”, “sem auxílio”. suas próprias opiniões quando o problema afeta
ela mesma ou sua família. É interessante que ela
mesma, sozinha, demonstra a contradição entre
prática e discurso, ou seja, “... as terras do velho
e a teoria”. Essa é uma boa introdução para outra
utilização dos pronomes reflexivos, significando
“ele mesmo” ou “sem auxílio”.
1. Relembrar com os alunos os pronomes refle- Quando terminarem, pedir a alguns alunos que
xivos apresentados na atividade anterior. Pedir socializarem com a classe as questões que fizeram
alguns exemplos de uso aos alunos e verificar e as respostas obtidas. Se todos quiserem socia-
se eles compreenderam o primeiro tipo de uso lizar a atividade fica muito mais interessante!
para esses pronomes (SUJEITO da ação =
OBJETO da ação).
Ex.: He killed himself.
Ele se matou.
2. Explicar então que há uma 2.ª forma de utiliza-
ção os reflexivos, que é quando queremos dizer
que se faz algo sozinho, sem auxílio externo.
Por exemplo: She did the homework herself – Ela
fez a lição de casa sozinha (sem auxílio). Depois da
explicação dos exemplos, peça então para que
eles escrevam cinco perguntas para os colegas
sobre coisas que conseguem fazer sozinhos, sem
auxílio. Por exemplo: Can you cook by yourself?
(Você consegue cozinhar sozinho?) ou Can you
program the VCR by yourself? (Você consegue
programar o videocassete sozinho?)
Tempo sugerido: 1 hora
Quando terminarem de escrever as questões, pe-
dir aos alunos que andem pela classe, escolham Resultados esperados:
um colega e entrevistem-no. Eles devem anotar o Saber utilizar os pronomes reflexivos correta-
nome do colega escolhido para a entrevista, bem mente.
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Calcular área. Por que a reforma agrária tarda tanto no Brasil?
• Transformar unidades de medidas de áreas. O que cada um de nós tem com isso? Refletir
• Refletir sobre a necessidade da reforma agrária. sobre essas e outras questões é a proposição da
atividade a seguir.
Te x t o
Atividade P Dialogando
Objetivo Introdução
• Praticar a habilidade de criar textos em discur- Refletir sobre a questão da reforma agrária?
so direto e de dar expressividade à pontuação. Contra ou a favor? Na teoria ou na prática.
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivo Introdução
• Mostrar que a agroecologia tem conexão com a A atividade procura chamar a atenção para a agroe-
economia solidária, pois ambas se apresentam cologia e a economia solidária como uma alternati-
como uma alternativa inovadora concreta, privi- va concreta e criativa em relação à estrutura pro-
legiando o trabalho e a qualidade de vida. dutiva, ao meio ambiente, trabalho, a relação com
setores da sociedade civil e qualidade de vida dos
trabalhadores(as) e pequenos produtores(as).
Te x t o
Te x t o
Objetivo Introdução
• Ampliar a capacidade de argumentar em situa- Como o trabalho em grupo pode beneficiar toda
ções concretas. a sociedade?
Te x t o
Te x t o
Te x t o
Objetivo Introdução
• Estabelecer relação entre as condições precá- A atividade se insere no contexto da discussão
rias de existência de trabalhadores(as) pobres das difíceis condições de vida de uma parcela
e o movimento da economia solidária como significativa da população trabalhadora, que,
alternativa. sem muita opção de trabalho e renda em seus
locais de origem, engrossa o fluxo migratório
entre regiões em busca de alternativas. Nessa
busca, querem construir um futuro melhor que
pode ser encontrado numa forma diferente da
relação de emprego tradicional – a economia
solidária é uma alternativa possível.
Te x t o
Te x t o
Objetivos Introdução
• Desenvolver a capacidade de expressão oral e A sala de aula pode ser um ótimo ambiente para
de adaptação e textos para teatro. desenvolvimento da expressão oral, por meio de
manifestações artísticas.
Atividades de pré-leitura: testar o conhecimento e. O texto da antologia também poderia ser adap-
prévio dos alunos. Perguntar se já ouviram o poema tado para o teatro e, assim, uma nova visão do
de João Cabral, se gostariam de conhecê-lo. poema poderia ser dada para a platéia.
Te x t o
Objetivo Introdução
• Mostrar que a união sempre faz a força. Não A atividade procura chamar a atenção para os
são novos os exemplos concretos de movimen- aspectos positivos da união de pessoas por meio
tos coletivos que criam condições de as pessoas do trabalho coletivo, característico da economia
produzirem eficientemente, defenderem seus solidária no Brasil contemporâneo. Chamar a aten-
direitos e interesses por meio da organização ção para o fato de que o trabalho coletivo não
coletiva. impede a utilização de técnicas de produção cria-
tivas e de alta produtividade, aproveitando os
recursos naturais e respeitando o meio ambiente.
Proposta de atividade
T e x t o
21 Área: Nível
Nome da atividade P
Descrição:
Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 4
Anotações:
eja_expediente_Campo_2372.qxd 1/26/07 3:37 PM Page 96
Expediente
Comitê Gestor do Projeto
Timothy Denis Ireland (Secad – Diretor do Departamento da EJA)
Cláudia Veloso Torres Guimarães (Secad – Coordenadora Geral da EJA)
Francisco José Carvalho Mazzeu (Unitrabalho) – UNESP/Unitrabalho
Diogo Joel Demarco (Unitrabalho)
Coordenação do Projeto
Francisco José Carvalho Mazzeu (Coordenador Geral)
Diogo Joel Demarco (Coordenador Executivo)
Luna Kalil (Coordenadora de Produção)
Equipe Pedagógica
Cleide Lourdes da Silva Araújo
Douglas Aparecido de Campos
Eunice Rittmeister
Francisco José Carvalho Mazzeu
Maria Aparecida Mello
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Equipe de Consultores
(Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)
Ana Maria Roman – SP
Trabalho no campo : caderno do professor /
Antonia Terra de Calazans Fernandes – PUC-SP [coordenação do projeto Francisco José Carvalho Mazzeu,
Armando Lírio de Souza – UFPA – PA Diogo Joel Demarco, Luna Kalil]. -- São Paulo :
Célia Regina Pereira do Nascimento – Unicamp – SP Unitrabalho-Fundação Interuniversitária de Estudos
e Pesquisas sobre o Trabalho ; Brasília, DF : Ministério
Eloisa Helena Santos – UFMG – MG
da Educação. SECAD-Secretraria de Educação Continuada,
Eugenio Maria de França Ramos – UNESP Rio Claro – SP Alfabetização e Diversidade,2007, -- (Coleção Cadernos de EJA)
Giuliete Aymard Ramos Siqueira – SP
Vários colaboradores.
Lia Vargas Tiriba – UFF – RJ Bibliografia.
Lucillo de Souza Junior – UFES – ES ISBN 85-296-0079-7 (Unitrabalho)
Luiz Antônio Ferreira – PUC-SP ISBN 978-85-296-0079- 6 (Unitrabalho)
Equipe editorial
Preparação, edição e adaptação de texto: Pesquisa iconográfica e direitos autorais:
Editora Página Viva Companhia da Memória