Crimes Contra A Fe Publica
Crimes Contra A Fe Publica
Crimes Contra A Fe Publica
PÚBLICA
Da Moeda Falsa
Considerações iniciais
• Tutela da fé pública
• Requisitos do crime de falso:
- Fabricação e imitação: mudança ou imitação do
verdadeiro.
- Dano potencial
- Tipo subjetivo
- Classificação Doutrinária: Crimes comuns,
comissivos, plurissubsistente e instantâneos.
• Consumação e Tentativa
• Ação Penal
Moeda Falsa
• Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no
estrangeiro:
• Pena - reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa.
• § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria
ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca,
cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda
falsa.
• § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira,
moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de
conhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 (seis)
meses a 2 (dois) anos, e multa.
• § 3º - É punido com reclusão, de 3 (três) a 15
(quinze) anos, e multa, o funcionário público
ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de
emissão que fabrica, emite ou autoriza a
fabricação ou emissão:
• I - de moeda com título ou peso inferior ao
determinado em lei;
• II - de papel-moeda em quantidade superior à
autorizada.
• § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e
faz circular moeda, cuja circulação não estava
ainda autorizada.
• Bem jurídico tutelado: A fé pública, em particular
a circulação monetária.
• Sujeitos
• Tipo objetivo . OBS: Moeda fora de circulação ou
alteração para menor
• Crime subseqüente à falsificação (§ 1º ) ;Crime
privilegiado (§ 2º); Crime qualificado(§3º)
• Concurso de Crimes: Se o agente introduz na
circulação moeda falsa, de forma ardilosa, responde
em concurso com o crime de estelionato.
• Tipo subjetivo
• Competência da Justiça Federal.
Crimes Assimilados ao de Moeda Falsa
• Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de
moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes
verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete
recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal
indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula,
nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o
fim de inutilização:
• Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
• Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12
anos e o da multa a Cr$ 40.000, se o crime é cometido por
funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se
achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do
cargo.
• Sujeitos
• Tipo objetivo: O tipo tem como objeto material
exclusivamente o papel-moeda, não contemplando a
moeda metálica.
• Classificação doutrinária: crime de ação múltipla,
plurissubsistente e formal
• Forma Qualificada: parágrafo único.
• Este crime não deve ser confundido com o anterior,
pois aqui, se o agente recebe dinheiro nas condições
descritas por este artigo, somente responde pelo crime
de receptação se não tomou as cautelas necessárias.
Vide os arts. 43 e 44 da Lei de contravenções.
Petrechos para Falsificação de Moeda
DA FALSIDADE
DOCUMENTAL
Considerações iniciais
• O que é documento? Características:
- forma escrita: não configuram documento o escrito a lápis, pichação
em muro, escrito em porta de carro ou ônibus, quadro ou pintura, bem
como fotos isoladas;
- que tenha autor certo.
- o conteúdo deve expressar uma manifestação de vontade ou a
exposição de um fato
- relevância jurídica
- dano potencial
• a falsificação não pode ser grosseira.
• fotocópia não autenticada não tem valor probatório, por isso não é
documento.
Falsidade Material e ideológica
• A material se altera o aspecto formal do documento,
construindo um novo ou alterando o conteúdo do
documento, total ou parcialmente, mantendo inalterado seu
aspecto formal. Na falsidade ideológica, por sua vez, o
vício incide sobre as declarações que o objeto material
deveria possuir, sobre o conteúdo das idéias. Nesta, basta a
potencialidade de dano, independe de perícia.
•
Observações
• -Quem falsifica o próprio espelho em uma gráfica e
acrescenta dizeres inverídicos, comete “falsidade
material” (no todo);
• Quem tem em suas mãos um espelho verdadeiro em
branco e sem possuir legitimidade o preenche com
dados falsos, comete “falsidade material” (em parte);
• Quem tem em seu poder um espelho verdadeiro e,
tendo legitimidade para preenchê-lo, o faz com dados
falsos, comete “falsidade ideológica” (art. 299);
FALSIFICAÇÃO DO SELO OU
SINAL PÚBLICO
• Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
• I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;
• II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal
público de tabelião:
• Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
• § 1º - Incorre nas mesmas penas:
• I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
• II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em
proveito próprio ou alheio.
• III – quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer
outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração
Pública.
• § 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte.
• Bem jurídico
• Sujeitos
• Tipo subjetivo e objetivo
• Consumação – Com a falsificação (total ou parcial),
com a utilização do selo falso, ou com a verificação
efetiva do prejuízo ou vantagem.
• Tentativa – Admite-se, excluindo a figura de usar selo
falso.
• Crime majorado
• Classificação doutrinária: crime material, comum, de
forma livre, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente.
• Quando o usuário é o próprio falsificador responde pelo
crime de falsificação.
FALSIFICAÇÃO DE
DOCUMENTO PÚBLICO
• Art. 297 – Falsificar, no todo ou em parte, documento
público, ou alterar documento público verdadeiro:
• Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
• § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
• § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento
público o emanado de entidade paraestatal, o título ao
portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade
comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3º - Nas mesmas penas incorre quem
insere ou faz inserir:
• I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja
destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não
possua a qualidade de segurado obrigatório;
• II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em
documento que deva produzir efeito perante a previdência social,
declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;
• III - em documento contábil ou em qualquer outro documento
relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social,
declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.
• § 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos
mencionados no § 3º, nome do segurado e seus dados pessoais, a
remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de
serviços.
• Sujeito ativo – Qualquer pessoa.
• Documento público é aquele expedido por funcionário público,
na atividade própria de sua função, com observância das
formalidades legais. Consideram-se documentos públicos, por
equiparação, aqueles mencionados no § 2º. §§ 2º e 3º - incluídos
pela Lei 9.983/00.
• Troca de foto em identidade?“falsa identidade” (art. 307) ou
falsidade documental?.
• Classificação doutrinária – Crime formal, comum, de forma
livre, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente.
• Deve ser capaz de enganar. A simples eliminação de palavras de
um texto caracteriza o delito do art. 305 e não a alteração.
• Exame documentoscópico e “exame grafotécnico”.
• A competência será da Justiça Federal, se o documento foi ou
devia ter sido emitido por autoridade federal.
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO
PARTICULAR.
• SUPRESSÃO DE DOCUMENTO
• Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício
próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio,
documento público ou particular verdadeiro, de que
não podia dispor:
• Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa, se o documento é
público, e reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento
é particular.
Uso de documento falso
• O mero porte do documento é atípico.
• Não há crime se o documento foi exibido em razão de
solicitação de policial, uma vez que a iniciativa do uso não foi
espontânea por parte do agente; exceção: a Carteira Nacional de
Habilitação e o CRLV(Certificado de Registro e Licenciamento
de Veículo), de acordo com o Código de Transito, pois são
documentos de porte obrigatório por quem conduz veículo e
nesse caso, quando o policial solicita e o agente apresenta um
falso, há o crime.
• Se o documento é apreendido em poder do agente, em
decorrência de busca domiciliar ou revista pessoal feita por
policiais, não haverá crime, pois não houve apresentação do
documento; assim,
DE OUTRAS
FALSIDADES
FALSIFICAÇÃO DO SINAL EMPREGADO NO
CONTRASTE DE METAL PRECIOSO OU NA
FISCALIZAÇÃO ALFANDEGÁRIA, OU PARA
OUTROS FINS