Práticas Processuais Laborais II PDF
Práticas Processuais Laborais II PDF
Práticas Processuais Laborais II PDF
Distribuio
Artigo 21. - Espcies
Na distribuio h as seguintes espcies:
1. Aces de processo comum;
2. Aces de impugnao judicial da regularidade e licitude do despedimento;
3. Processos emergentes de acidentes de trabalho;
4. Processos emergentes de doenas profissionais;
5. Aces de impugnao de despedimento colectivo;
6. Aces para cobranas de dvidas resultantes da prestao de servios de sade ou de
quaisquer outros que sejam da competncia dos tribunais do trabalho;
7. Procedimentos cautelares;
8. Processos especiais do contencioso das instituies de previdncia;
9. Controvrsias de natureza sindical sem carcter penal;
10. Execues no fundadas em sentena;
11. Outras cartas precatrias ou rogatrias que no sejam para simples notificao ou
citao;
12. Outros processos especiais previstos neste Cdigo;
13. Quaisquer outros papis ou processos no classificados.
Distribuio
Artigo 22. - Apresentao de papis ao Ministrio
Pblico
As participaes e demais papis que se destinam a servir
de base a processos das espcies 2. e 3. so
apresentados obrigatoriamente ao Ministrio Pblico,
que, em caso de urgncia, deve ordenar as diligncias
convenientes, com precedncia da distribuio.
3 e 4
Citaes e Notificaes
Artigo 23. - Regra geral
s citaes e notificaes aplicam -se as regras
estabelecidas no Cdigo de Processo Civil, com as
especialidades constantes dos artigos seguintes.
Artigos 219 a 255 CPC
Citaes e Notificaes
Artigo 24. - Notificao da deciso final
1 A deciso final notificada s partes e aos respectivos mandatrios.
2 Nos casos de representao ou patrocnio oficioso, a notificao
feita simultaneamente ao representado ou patrocinado e ao representante
ou patrono oficioso, independentemente de despacho.
3 Se as cartas dirigidas s partes vierem devolvidas, aplicam -se as
regras relativas s notificaes aos mandatrios.
Artigo 248 CPC
4 Os prazos para apresentao de quaisquer requerimentos contam -se
a partir da notificao ao mandatrio, representante ou patrono oficioso.
Citaes e Notificaes
Artigo 25. - Citaes, notificaes e outras diligncias em tribunal alheio
1 As citaes e notificaes que no devam ser feitas por via postal nem por mandatrio
judicial, bem como as diligncias que, no critrio do juiz da causa, no exijam
conhecimentos especializados, so solicitadas:
a) Ao tribunal do trabalho com sede na comarca onde tenham de ser efectuadas;
b) Ao tribunal de comarca, se no houver tribunal do trabalho.
2 As diligncias que exijam conhecimentos especializados so solicitadas, salvo disposio
em contrrio:
a) Ao tribunal do trabalho territorialmente competente;
b) Ao tribunal competente para conhecer de questes do foro laboral, na falta de tribunal do
trabalho.
3 Quando exista mais de um tribunal do trabalho na mesma comarca, a respectiva
competncia, para efeito do disposto no n. 1, determina -se de acordo com a rea de
jurisdio dentro dessa comarca.
Instncia
Artigo 26. - Processos com natureza urgente e oficiosa
1 Tm natureza urgente:
a) A aco de impugnao da regularidade e licitude do despedimento;
b) A aco em que esteja em causa o despedimento de membro de estrutura de representao colectiva
dos trabalhadores;
c) A aco em que esteja em causa o despedimento de trabalhadora grvida, purpera ou lactante ou
trabalhador no gozo de licena parental;
d) A aco de impugnao de despedimento colectivo;
e) As aces emergentes de acidente de trabalho e de doena profissional;
f) A aco de impugnao da confidencialidade de informaes ou da recusa da sua prestao ou da
realizao de consultas;
g) A aco de tutela da personalidade do trabalhador;
h) As aces relativas igualdade e no discriminao em funo do sexo.
i) A aco de reconhecimento da existncia de contrato de trabalho.
2 Sem prejuzo do disposto no n. 2 do artigo 143. do Cdigo de Processo Civil, os actos a praticar nas
aces referidas nas alneas f), g) e h) do nmero anterior apenas tm lugar em frias judiciais quando,
em despacho fundamentado, tal for determinado pelo juiz.
3 As aces a que se refere a alnea e) do n. 1 correm oficiosamente.
4 Na aco emergente de acidente de trabalho, a instncia inicia-se com o recebimento da
participao.
5 Na aco de impugnao da regularidade e licitude do despedimento, a instncia inicia -se com o
recebimento do requerimento a que se refere o n. 2 do artigo 387. do Cdigo do Trabalho.
6 Na aco de reconhecimento da existncia de contrato de trabalho, a instncia inicia-se com o
recebimento da participao.
Instncia
Processos com natureza urgente
Instncia
Artigo 27. - Poderes do juiz
O juiz deve, at audincia de discusso e julgamento:
a) Mandar intervir na aco qualquer pessoa e determinar a
realizao dos actos necessrios ao suprimento da falta de
pressupostos processuais susceptveis de sanao;
b) Convidar as partes a completar e a corrigir os articulados,
quando no decurso do processo reconhea que deixaram de ser
articulados factos que podem interessar deciso da causa, sem
prejuzo de tais factos ficarem sujeitos s regras gerais sobre
contraditoriedade e prova.
Tanto a procedncia como improcedncia da aco
Instncia
Artigo 27. -A - Mediao
Ao processo de trabalho aplicam -se, com as necessrias
adaptaes, os artigos relativos mediao previstos no
Cdigo de Processo Civil.
Artigo 273 CPC
Mediao Laboral
A mediao laboral permite que o empregador e o trabalhador sejam
auxiliados por um terceiro imparcial, o mediador, para alcanar um
acordo, permitindo assim pr termo ao conflito laboral, sem necessidade
de interveno de um tribunal.
O Sistema de Mediao Laboral abrange todos os litgios laborais, excepto
os relativos a acidentes de trabalho ou direitos indisponveis. So
exemplos de conflitos que podem ser resolvidos por mediao Laboral:
- litgio relativo ao montante devido ao trabalhador por
despedimento;
- litgio quanto transferncia de um trabalhador para outro local
de trabalho;
- litgio relativo marcao de datas para o gozo de frias pelo
trabalhador.
Mediao Laboral
Vantagens:
Mediao Laboral
O sistema de mediao laboral foi criado atravs de um
Mediao Laboral
- a mediao laboral pode ser requerida tanto pelo
Mediao Laboral
A Direco Geral da Poltica de Justia define cinco passos
para realizar uma Mediao Laboral:
i. O trabalhador ou o empregador podem solicitar a
interveno de um mediador laboral DGPJ;
ii. A DGPJ indica um Mediador Laboral constante da lista;
iii. O mediador laboral contacta o empregador e o
trabalhador para viabilizar a mediao;
iv. Se a mediao for aceite por ambas as partes, so realizadas
sesses de mediao, procurando obter acordo;
v. Se o trabalhador e o empregador chegarem a um acordo,
esse acordo escrito e assinado. Se no chegarem a acordo,
qualquer das partes pode utilizar a via judicial.
Mediao Laboral
- a escolha do local onde ter lugar a mediao livre,
obrigatria;
ao processo de mediao.
Instncia
Artigo 28. - Cumulao sucessiva de pedidos e de causas de pedir
1 permitido ao autor aditar novos pedidos e causas de pedir, nos
termos dos nmeros seguintes.
2 Se at audincia de discusso e julgamento ocorrerem factos que
permitam ao autor deduzir contra o ru novos pedidos, pode ser aditada a
petio inicial, desde que a todos os pedidos corresponda a mesma
espcie de processo.
3 O autor pode ainda deduzir contra o ru novos pedidos, nos termos
do nmero anterior, embora esses pedidos se reportem a factos ocorridos
antes da propositura da aco, desde que justifique a sua no incluso na
petio inicial.
4 Nos casos previstos nos nmeros anteriores, o ru notificado para
contestar tanto a matria do aditamento como a sua admissibilidade.
Instncia
Artigo 29. - Modificaes subjectivas da instncia
1 A instncia no pode ser modificada por sucesso
entre vivos da parte trabalhadora.
2 S reconhecida no processo, quanto transmisso
entre vivos do direito litigioso contra o trabalhador, a
substituio resultante de transmisso global do
estabelecimento; a substituio no necessita de acordo
da parte contrria.
Instncia
Artigo 30. - Reconveno
1 Sem prejuzo do disposto no n. 3 do artigo 98. -L,
a reconveno admissvel quando o pedido do ru emerge
do facto jurdico que serve de fundamento aco e nos casos
referidos na alnea p) do artigo 85. da Lei n. 3/99, de 13 de
Janeiro, ou na alnea p) do artigo 118. da Lei n. 52/2008, de
28 de Agosto, desde que, em qualquer dos casos, o valor da
causa exceda a alada do tribunal.
2 No admissvel a reconveno quando ao pedido do ru
corresponda espcie de processo diferente da que
corresponde ao pedido do autor.
Instncia
Artigo 31. - Apensao de aces
267
1 A apensao de aces nos termos do artigo 275. do
Cdigo de Processo Civil pode tambm ser ordenada
oficiosamente ou requerida pelo Ministrio Pblico, ainda
que este no represente ou patrocine qualquer das partes.
2 A apensao de aces emergentes de despedimento
colectivo obrigatria at ao despacho saneador, sendo
ordenada oficiosamente logo que conhecida a sua existncia.
3 Para o efeito dos nmeros anteriores, a secretaria deve
informar os magistrados das aces que se encontrem em
condies de ser apensadas.
a) suspenso de despedimento;
b) proteco da segurana, higiene e sade no trabalho;
c) procedimentos cautelares especificados previstos no CPC
aplicveis ao foro laboral.
Suspenso de Despedimento
- aplica-se ao despedimento individual e ao
despedimento colectivo;
Suspenso de Despedimento
Este procedimento visa:
i. assegurar os direitos segurana no emprego
(artigo 53 CRP) e retribuio pelo trabalho prestado
e
ii. remover o perigo que resulta da demora a que o
processo principal (aco de impugnao judicial da
regularidade e licitude do despedimento) est sujeito.
Suspenso de Despedimento
O artigo 386 do CT determina:
O trabalhador pode requerer a suspenso
preventiva do despedimento, no prazo de cinco dias teis
a contar da data da recepo da comunicao do
despedimento, mediante providncia cautelar regulada
no Cdigo de Processo do Trabalho.
Suspenso de Despedimento
Artigo 34. - Requerimento
1 Apresentado o requerimento inicial no prazo previsto no artigo 386. do
Cdigo do Trabalho, o juiz ordena a citao do requerido para se opor, querendo, e
designa no mesmo acto data para a audincia final, que deve realizar-se no prazo
de 15 dias.
2 Se for invocado despedimento precedido de procedimento disciplinar, o juiz,
no despacho referido no nmero anterior, ordena a notificao do requerido para,
no prazo da oposio, juntar o procedimento, que apensado aos autos.
3 Nos casos de despedimento colectivo, por extino do posto de trabalho e por
inadaptao, o juiz notifica o requerido para, no prazo da oposio, juntar aos
autos os documentos comprovativos do cumprimento das formalidades exigidas.
4 A impugnao judicial da regularidade e licitude do despedimento deve ser
requerida no requerimento inicial, caso no tenha ainda sido apresentado o
formulrio referido no artigo 98. -C, sob pena de extino do procedimento
cautelar.
Suspenso de Despedimento
Artigo 35. - Meios de prova
1 As partes podem apresentar qualquer meio de prova,
sendo limitado a trs o nmero de testemunhas por
parte.
2 O tribunal pode, oficiosamente ou a requerimento
fundamentado das partes, determinar a produo de
quaisquer provas que considere indispensveis deciso.
Suspenso de Despedimento
Artigo 36. - Audincia final
1 As partes devem comparecer pessoalmente na audincia final ou, em
caso de justificada impossibilidade de comparncia, fazer -se representar
por mandatrio com poderes especiais para confessar, desistir ou transigir.
2 Na audincia, o juiz tenta a conciliao e, se esta no resultar, ouve as
partes e ordena a produo da prova a que houver lugar, proferindo, de
seguida, a deciso.
3 Se a complexidade da causa o justificar, a deciso pode ser proferida
no prazo de 8 dias, se no tiverem decorrido mais de 30 dias a contar da
entrada do requerimento inicial.
4 Requerida a impugnao judicial da regularidade e licitude do
despedimento, aplica -se o disposto no n. 3 do artigo 98.-F, sendo
dispensada a tentativa de conciliao referida no n. 2.
Suspenso de Despedimento
Artigo 37. - Falta de comparncia das partes
1 Na falta de comparncia injustificada do requerente, ou de
ambas as partes, sem que se tenham feito representar por
mandatrio com poderes especiais, a providncia logo indeferida.
2 Se o requerido no comparecer nem justificar a falta no
prprio acto, ou no se fizer representar por mandatrio com
poderes especiais, a providncia julgada procedente, salvo se tiver
havido cumprimento do disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 34., caso
em que o juiz decide com base nos elementos constantes dos autos
e na prova que oficiosamente determinar.
3 Se alguma ou ambas as partes faltarem justificadamente e no
se fizerem representar por mandatrio com poderes especiais, o
juiz decide nos termos da segunda parte do nmero anterior.
Suspenso de Despedimento
Artigo 38. - Falta de apresentao do processo
disciplinar
1 Se o requerido no cumprir injustificadamente o
disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 34., a providncia
decretada.
2 Se o no cumprimento for justificado at ao termo
do prazo da oposio, o juiz decide com base nos
elementos constantes dos autos e na prova que
oficiosamente determinar.
Suspenso de Despedimento
Artigo 39. - Deciso final
1 A suspenso decretada se o tribunal, ponderadas todas as circunstncias
relevantes, concluir pela probabilidade sria de ilicitude do despedimento,
designadamente quando o juiz conclua:
a) Pela provvel inexistncia de processo disciplinar ou pela sua provvel
nulidade;
b) Pela provvel inexistncia de justa causa; ou
c) Nos casos de despedimento colectivo, pela provvel inobservncia das
formalidades constantes do artigo 383. do Cdigo do Trabalho;
2 A deciso sobre a suspenso tem fora executiva relativamente s retribuies
em dvida, devendo o empregador, at ao ltimo dia de cada ms subsequente
deciso, juntar documento comprovativo do seu pagamento.
3 A execuo, com trato sucessivo, segue os termos do artigo 90., com as
necessrias adaptaes.
Suspenso de Despedimento
Artigo 40. - Recurso
1 Da deciso final cabe sempre recurso de apelao para a
Relao.
2 O recurso tem efeito meramente devolutivo, mas ao
recurso da deciso que decretar a providncia atribudo
efeito suspensivo se, no acto de interposio, o recorrente
depositar no tribunal a quantia correspondente a seis meses
de retribuio do recorrido, acrescida das correspondentes
contribuies para a segurana social.
3 Enquanto subsistir a situao de desemprego pode o
trabalhador requerer ao tribunal, por fora do depsito, o
pagamento da retribuio a que normalmente teria direito.
Suspenso de Despedimento
Artigo 40. -A - Caducidade da providncia
O procedimento cautelar extingue-se e, quando decretada,
a providncia caduca:
a) Se o trabalhador no propuser a aco de impugnao de
despedimento colectivo da qual a providncia depende
dentro de 30 dias, contados da data em que lhe tenha sido
notificada a deciso que a tenha ordenado;
b) Nos demais casos previstos no Cdigo de Processo Civil
que no sejam incompatveis com a natureza do processo do
trabalho.
Suspenso de Despedimento
Tramitao Processual:
Suspenso de Despedimento
A providncia ser decretada nas seguintes situaes:
Procedimentos Cautelares
Especificados previstos no CPC
Artigo 47. - Regime especial
Procedimentos Cautelares
Especificados previstos no CPC
Procedimentos Cautelares Especificados previstos no
CPC aplicveis ao foro laboral:
i. arresto;
ii. arrolamento;
iii. arbitramento de reparao provisria.