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SUMRIO
Introduo ......................................................................................................................... 2
Mdulo I Conhecimento Bsicos do Setor de Transporte de Cargas ............................ 6
Mdulo II Legislao e Documentao do Transporte de Carga ................................ 95
Mdulo III Procedimentos Operacionais do Transporte de Carga ............................ 153
Mdulo IV Qualidade na Prestao dos Servios de Transporte de Cargas ............. 332
Mdulo V Responsabilidade Socioambiental ........................................................... 367
Referncias ................................................................................................................... 405
Introduo
INTRODUO
O traslado de cargas uma operao meramente comercial, isto , no considerado um
servio pblico. realizado por todas as modalidades, por terra, ar, gua e dutos. Mas, a
modalidade com maior participao ativa no Brasil, em quantidade e volume,
incontestavelmente, o transporte rodovirio. Nesta esfera, a organizao dos transportes se d
por um grande nmero de empresas particulares e por autnomos e o poder pblico s
interfere por meio de legislaes especficas. A ttulo de ilustrao, segundo dados colhidos
no RNTR-C (Registro Nacional de Transportadores Rodovirios de Carga), cuja gesto de
competncia da ANTT (Agncia Nacional de Transportes Terrestres), o transporte rodovirio
de cargas abrange:
Transportadores e Frota de Veculos
RNTR-C
Tipo do
Registros
Veculos
Transportador
Emitidos
Autnomo
570.085
776.690
Empresa
109.366
895.249
Cooperativa
297
12.166
Total
679.748
1.684.105
Esta situao, oriunda de uma poltica de transportes foi implementada a partir da dcada de
50, com a abertura de rodovias e a chegada de montadoras de veculos, tende a permanecer
assim nos prximos anos, em que pese os esforos pontuais do governo federal em implantar
novas ferrovias, e em que pese o aumento do comrcio exterior, que, neste caso, requer a
utilizao das modalidades de transporte areo e martimo.
Os desafios que se apresentam para esta atividade dizem respeito prioritariamente
modernizao da gesto, principalmente quanto aos custos, frente grande competio nos
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preos dos fretes. Essa modernizao passa, tambm, pela utilizao mais intensa de
conceitos e processos desenvolvidos por uma rea bastante nova de conhecimentos, chamada
Logstica de Transportes.
Acredita-se que o espao privilegiado para novos profissionais est centrado especificamente
em duas tendncias ainda pouco desenvolvidas entre ns: a logstica e a gesto de transportes.
A Lei Federal n 11.442/07, define o Transporte Rodovirio de Cargas (TRC) como:
Art. 2o A atividade econmica de que trata o art. 1o desta Lei de natureza comercial,
exercida por pessoa fsica ou jurdica em regime de livre concorrncia, e depende de prvia
inscrio do interessado em sua explorao no Registro Nacional de Transportadores
Rodovirios de Cargas - RNTR-C da Agncia Nacional de Transportes Terrestres - ANTT,
nas seguintes categorias:
I - Transportador Autnomo de Cargas - TAC, pessoa fsica que tenha no transporte
rodovirio de cargas a sua atividade profissional;
1o O TAC dever:
I - comprovar ser proprietrio, coproprietrio ou arrendatrio de, pelo menos, 1 (um) veculo
automotor de carga, registrado em seu nome no rgo de trnsito, como veculo de aluguel;
II - comprovar ter experincia de, pelo menos, 3 (trs) anos na atividade, ou ter sido aprovado
em curso especfico.
Art. 4 - Para inscrio e manuteno do cadastro no RNTRC o transportador deve atender aos
seguintes requisitos, de acordo com as categorias:
Art. 16. O curso especfico para o TAC ou para o Responsvel Tcnico dever ser ministrado
por instituio de ensino credenciada junto s Secretarias Estaduais de Educao ou em cursos
ministrados pelo Servio Nacional de Aprendizagem em Transporte, Sistema S, nos quais a
estrutura curricular proporcione conhecimentos, no mnimo, das matrias que compem a
ementa apresentada nos Anexos III e IV, respectivamente.
O contedo deste E-book, parte integrante do curso livre EAD de mesmo ttulo, foi
desenvolvido com o objetivo de capacit-lo para o desempenho da atividade de Transportador
Rodovirio de Cargas. Seus mdulos foram estruturados em conformidade com o itinerrio
formativo contido no anexo III da Resoluo n 3.056/2009 da ANTT e a ele foi acrescido um
mdulo especfico sobre responsabilidade socioambiental buscando atender s exigncias do
Ministrio Pblico Federal junto aos fabricantes de veculos, firmadas no TAC Termo de
Ajustamento de Conduta realizado em funo dos Processos das Aes Civis Pblicas de n
2007.61.00.034636-2 e n 2008.61.00.013278-0.
O desenvolvimento do Curso em ambiente virtual de aprendizagem (AVA) equivale a uma
carga horria de 84 horas de curso presencial. Faa bom proveito do material disponibilizado
e dedique-se aos estudos de cada mdulo para ter sucesso nas avaliaes.
Mdulo I
Conhecimentos Bsicos do Setor
de Transporte de Cargas
Uma mensagem real era levada pelas estradas de Susa, a capital do imprio, at os pontos de
Egeu, a uma distncia de 2.500 quilmetros. Havia postos de troca de cavalos, para que o
mensageiro fizesse o percurso em 10 dias. Porm, uma caravana normal levava 3 meses.
Com o crescimento do nmero de veculos depois do advento da roda, era preciso tornar as
condies do terreno compatveis. Os cartaginenses, em 500 a.C., por exemplo, tinham um
sistema de caminhos de pedra ao longo da costa sul do Mediterrneo e os etruscos entre 830 e
350 a.C., desenvolveram suas estradas bem antes da fundao de Roma.
GRCIA ANTIGA E IMPRIO ROMANO
Os romanos foram os grandes peritos em construo de estradas. Comearam em 312 a.C.,
com a via pia. medida que iam estendendo suas conquistas, iam construindo estradas
sempre ligadas ao tronco principal, via pia e os outros caminhos romanos. Possuam uma
rede de 80.000 km de estradas para o ocidente na Glia, na Espanha e at na Inglaterra e para
o oriente construram estradas na Grcia e na atual Iugoslvia. Era uma extensa rede viria
com mais de 350.000 km de estradas sem pavimentao. Da o velho ditado: Todos os
caminhos levam a Roma. Ainda existem alguns trechos destas quase como um monumento.
insuficiente e alarg-las seria intil, uma vez que o volume de trfego tenderia a crescer.
Assim, desde a antiguidade, j estava claro que privilegiar o veculo um erro.
No imprio Romano, havia preocupao em resolver os problemas de trnsito. Foi onde
surgiram sinalizaes, marcos quilomtricos, indicadores de sentido e as primeiras
regulamentaes de trfego. Os administradores romanos procuraram resolver os problemas
do trfego fazendo uso da lei, atravs da sua regulamentao.
O historiador Tito Lvio advertia os poderes competentes sobre a necessidade de disciplinar o
uso das ruas, restringindo a circulao de veculos em certas horas do dia, assim como os
estacionamentos. Isso lhe causou muitas crticas por parte dos senadores e dos figures do
imprio, que resistiam s mudanas das normas.
Com o aumento do nmero de veculos, as ruas estreitas e com muitos pedestres, o
congestionamento era uma constante. Foram adotadas medidas como a seleo do tipo de
veculo que poderia circular, conforme a quem se destinava e a que a autoridade ou nobre
pertencia.
No primeiro sculo antes de Cristo, o congestionamento era uma caracterstica do trfego em
Roma, tanto que um dos primeiros atos de Jlio Cezar, ao tomar o poder foi banir o trfego de
rodas do centro da cidade, durante o dia e permitir a circulao de veculos oficiais e os
pertencentes aos patrcios.
NA EUROPA: DA IDADE MDIA AT O FINAL DO SCULO XIX
Durante a Idade Mdia, o comrcio terrestre perdera quase toda a importncia. Cada
comunidade cuidava da prpria subsistncia, no havia utilidade em transportar mercadorias.
Os feudos eram autnomos e no cuidavam das estradas. Dentro do feudo estas eram cuidadas
pelos camponeses.
No fim do sculo XVII a rede viria da Europa se resumia em trilhas abandonadas. Os
mercadores carregavam suas mercadorias em burrinhos, os nobres viajavam a cavalo, os
velhos e as mulheres iam de palanquim, sustentado por mos humanas ou por animais.
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A Frana em 1747 criou a Escola Pontes e Estradas para formar tcnicos. Porm, as vias s
melhoraram quando os ingleses desenvolveram um sistema de drenagem do solo. Tambm foi
a partir de Mc Adam, um ingls que inventou um meio barato de pavimentar, utilizando
pedrinhas e cascalho. Desse ingls veio o termo macadame.
At o fim do sculo XIX, as estradas que mais se desenvolveram foram s estradas de ferro,
porque no existiam automveis e caminhes e o transporte ferrovirio era muito mais
cmodo e barato.
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No contexto das estruturas territoriais criadas pela configurao espacial do capitalismo e dos
novos meios de produo, o Sistema de Transportes, funciona como vaso comunicante
entre os diversos momentos do ciclo do capital: produo; circulao; distribuio e consumo.
O princpio da Funo Social do Transporte reside na dissoluo da sociedade autossuficiente
que pelo desenvolvimento da comercializao dos produtos criados, pelo avano nas relaes
de troca e principalmente pelo aumento na diviso do trabalho e das foras produtivas
transforma as relaes de produo, construindo uma espacialidade que venha a comportar
essas mudanas e atenda as necessidades das alteraes, qualitativas e quantitativas, da troca.
Uma comunidade que seja suficiente no tem necessidade da troca como ato social e essencial
sua reproduo. Todavia, isto no significa que no haja relaes de intercambio com outras
comunidades objetivando, to somente, a satisfao de necessidades especiais e de forma
espordica. Como se pode deduzir o que esta comunidade leva troca sua produo
excedente e, portanto o trabalho humano gasto no transporte dos produtos no podem ser
considerados como custos sociais e devem ser apenas incorporados ao valor do produto
destinado troca.
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lugar ao outro. O prprio processo produtivo, que ocorre fora do processo da circulao,
necessita desses dois momentos para dar incio ao seu processo de realizao enquanto
capital.
Os momentos da produo e da circulao integram o ciclo do capital social. Embora fazendo
parte de um nico processo, esta unidade contraditria. Como argumenta Marx (1987: 386vol. I) a conduo no espao, o transporte dos produtos ao mercado, faz parte do prprio
processo de sua produo.
no processo produtivo que o capital valoriza-se. Entretanto no processo de circulao que
se viabiliza a criao de valor e mais-valor. Somente no processo produtivo ocorre
transformao qualitativa no valor o tempo de criao de mais valia. Os momentos de
circulao so momentos em que este processo de valorizao interrompido e este tempo
de circulao do capital aparece como tempo de desvalorizao.
Podendo-se concluir que, para o capital o tempo de circulao limita, portanto, em geral, seu
tempo de produo, e por isso, seu processo de valorizao (idem 1987,86-Livro II/vol. III).
A unidade desses dois momentos em termos temporais, a soma do tempo de rotao do capital
fundamental para a possibilidade de valorizao do capital depende da agilidade deste em
repetir o ciclo com maior rapidez possvel quanto menos for o tempo de rotao de um dado
capital maior a possibilidade de acumular. Enquanto possibilidade apenas, posto que, o tempo
de circulao est colocado enquanto barreira a ser vencida. Isto porque, quando falamos da
velocidade da circulao do capital supomos que a passagem de uma fase a outra s se
opem barreiras exteriores, que surgem do processo de produo e da circulao mesmo
(idem: 29).
H momentos em que essas barreiras se tornam intransponveis e afetam o tempo de
circulao fazendo com que o processo produtivo tambm seja afetado e um prolongamento
do tempo em que o capital est confinado forma mercadoria provoca um refluxo
diretamente retardado do dinheiro, retardando, portanto tambm a transformao do capital
monetrio em produtivo (idem: 178).
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Tudo leva a crer que uma dessas barreiras exteriores, a que se refere Marx e que surgem do
processo produtivo e da circulao, o sistema de transporte e comunicao que, por sua vez
depende do grau de desenvolvimento de outros setores produtivos, mas tambm, necessita ser
revolucionado medida que a produo revoluciona seu processo.
No se pode deixar de incluir nas condies materiais do processo produtivo os meios de
transporte e comunicao uma vez que este o setor que ao transportar as mercadorias ao
mercado produz um bem econmico imprescindvel ao processo social de produo que o
prprio deslocamento de um lugar ao outro do capital na forma de mercadoria, qualquer que
seja ela.
Sendo o setor de transporte um setor que deve ser considerado como continuidade do
processo produtivo, e, como j apontado acima, sua funo social no processo global do
capital reduzir o tempo de circulao do mesmo na forma mercadoria pela aniquilao do
espao pelo tempo.
O INTERCMBIO DE CARGAS ENTRE REGIES IMPORTAES E
EXPORTAES DE BENS
O comrcio de exportao e importao tem uma relevncia muito especial pelo fato do
estabelecimento de relaes comerciais entre regies ter se tornado imperativo, desde a
antiguidade, para que os governantes pudessem assegurar o fornecimento dos recursos
essenciais s necessidades dos exrcitos e aos setores chaves da economia. Certos estados
acordavam mesmo o fornecimento regular de certas matrias-primas ou a instalao de
armazns comerciais em locais escolhidos dos seus territrios. Estabeleciam-se tratados
bilaterais que continham clusulas a autorizar o comrcio, a definir as restries ou as zonas
de monoplio. Com o tempo, fixaram-se regras precisas sobre direitos aduaneiros,
arrecadao de impostos ou isenes.
As transaes comerciais externas eram influenciadas por mltiplas diferenas entre diversas
reas, tais como: os produtos objeto da troca; as polticas comerciais, a moeda, os preos; os
meios de transporte; as taxas aplicadas pelos diferentes territrios e etc.
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desenvolveu. Foi aps a Primeira Grande Guerra Mundial que o transporte areo alcanou
maior notabilidade.
CARACTERSTICAS
1. Utiliza o ar como meio de navegao.
2. Servio terminal a terminal (aeroportos).
3. Obedecem a um conjunto de regulamentos extremamente rgido.
4. A capacidade de carga dos avies aumentou significativamente.
VANTAGENS
Ideal para o envio de mercadorias com pouco peso e volume.
Maior rapidez.
Acesso a mercados difceis de serem alcanados por outros meios de transporte.
Reduo dos gastos de armazenagem.
Agilidade no deslocamento da carga.
DESVANTAGENS
Custos bastante elevados em relao aos outros meios de transporte.
Pouca flexibilidade por trabalhar terminal a terminal.
Menor capacidade de carga.
NO BRASIL
No Brasil. a aviao iniciou-se com um voo de Edmond Plauchut em 22 de outubro de 1911. O
aviador que fora mecnico de Alberto Santos Dumont em Paris, alou voo na Praa Mau,
sobrevoou a Avenida Central e caiu no mar, de uma altura de 80 metros, ao chegar Ilha do
Governador.
A Aviao Comercial Brasileira comeou a operar em 1927 e expandiu-se rapidamente, em
funo da extenso do pas e da precariedade dos outros meios de transporte.
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O transporte areo brasileiro conta com um total de 67 aeroportos operados pela Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroporturia (Infraero), que realizam voos comerciais regulares,
nacionais e internacionais, totalizando 128 milhes de passageiros transportados em 2009.
Segundo a Agncia Nacional de Transportes Terrestres ANTT (2010), o modal areo
participa da matriz de transporte de carga com 0,4% do total, com a operao de 32
aeroportos que possuem terminais de processamento de cargas areas. Em 2009, o setor
transportou aproximadamente 1,1 milho de toneladas de carga area em voos nacionais e
internacionais.
EVOLUO DO TRANSPORTE DUTOVIRIO
O transporte dutovirio pode ser definido como aquele que efetuado no interior de uma linha
de tubos ou dutos, realizado por presso sobre o produto a ser transportado ou por arraste
deste produto por meio de um elemento transportador.
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As canalizaes para a distribuio da gua, um exemplo desse modal, tem sido utilizadas
desde as civilizaes mais antigas. Os dutos (Pipelines), apenas surgiram aps 1859 com a
descoberta do petrleo e os seus desdobramentos.
O transporte dutovirio pode ser dividido de acordo com o material transportado, em trs
classes:
Oleodutos.
Minerodutos.
Gasoduto.
CARACTERSTICAS
1. Veculo transportador fixo.
2. Permite que sejam percorridas grandes distncias.
3. Na maioria dos casos, no necessita de embalagens.
4. A movimentao do produto d-se pelo processo de bombagem.
VANTAGENS
Permite que grandes quantidades de produtos sejam deslocadas com segurana,
diminuindo o trfego de cargas perigosas por caminhes.
Possibilita que o armazenamento seja dispensado.
Processo simplificado de carga e descarga.
Diminuio dos custos de transporte.
Diminuio das possibilidades de perda e roubo.
Baixos custos operacionais.
Baixa dependncia da fora de trabalho humano.
DESVANTAGENS
Limitada diversidade de produtos.
Investimentos elevados na construo da rede de dutos.
Possibilidade de acidentes ambientais provocados por vazamento de produtos.
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CARACTERSTICAS
1. Transporte efetuado atravs dos meios aquticos (mares e rios).
2. Representam importantes elos de ligao entre os continentes.
3. Os portos absorvem o impacto do fluxo de cargas do sistema.
4. Existe uma grande quantidade de tipos de navios, adequando-se, portanto s diversas
necessidades para utilizao desse meio de transporte.
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VANTAGENS
Competitivo para produtos com baixo custo de tonelada por quilmetro transportado.
Transporta qualquer tipo de carga.
Maior capacidade de carga.
Menor custo de transporte.
DESVANTAGENS
Baixa velocidade.
Disponibilidade limitada.
Maior exigncia de embalagens.
Necessidade de transbordo nos portos.
Menor flexibilidade nos servios aliada aos frequentes congestionamentos nos portos.
NO BRASIL
O sistema aquavirio brasileiro composto de vias martimas e interiores e de portos e
terminais porturios. Dessa forma, h basicamente dois subsistemas: o fluvial ou de
navegao de interior, que utiliza as hidrovias e rios navegveis3, e o martimo, que abrange a
circulao na costa atlntica. O primeiro conta com aproximadamente 44.000 km de rios, dos
quais 29.000 km so naturalmente navegveis, mas apenas 13.000 km so efetivamente
utilizados economicamente. J a parte martima tem cerca de 7.500 km de vias.
Fazem parte desses subsistemas, ainda, os portos e terminais fluviais e os martimos, que
totalizam 45 portos organizados e 131 terminais de uso privativo, de acordo com a Agncia
Nacional de Transportes Aquavirios ANTAQ (2010), sendo responsveis pela participao
de cerca de 14,0% na matriz de transporte de cargas. Esses portos so administrados pelo
setor pblico (Governos Federal, Estaduais ou Municipais) ou pelo setor privado por meio de
concesso pblica.
Cabe ressaltar que a vocao das hidrovias brasileiras o transporte de commodities, como
gros, minrios e insumos (como fertilizantes e combustveis, entre outros), o que facilita a
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A FORA DO VAPOR
O inventor escocs James Watt (1736-1819) introduziu um condensador separado do cilindro
ao projeto de Newcomen. Assim, o cilindro no precisava ser aquecido e resfriado
sucessivamente. O resultado foi uma grande reduo de consumo de combustvel e de custos
operacionais.
A inveno de Watt, a engrenagem de sistema planetrio, permitiu o movimento recproco
(para cima e para baixo) do travesso, usado na movimentao de rodas, tornando possvel
seu uso nos transportes.
No incio do sc. XIX, os barcos movidos a vapor estavam em operao com xito comercial.
Richard Trevithick (1771-1833), que construiu motores a vapor operando a presses muito
mais elevadas que os de Watt, instalou em uma locomotiva um motor capaz de puxar uma
carga de dez toneladas a uma velocidade de 8 km/h.
A Revoluo Industrial provocou um aumento no volume de produo de mercadorias e fez
surgir necessidade de transport-las com rapidez. Por esse motivo a Europa comeou a
incentivar os meios de transporte ferrovirio e passou a desenvolver as suas prprias redes de
ferrovia e as ligaes entre pases vizinhos. A primeira locomotiva foi apresentada em pblico
em 1814, graas colaborao de George Stephenson.
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VANTAGENS
Menor custo de transporte para grandes distncias.
Sem problemas de congestionamento.
Terminais de carga prximos das fontes de produo.
Possibilita o transporte de variedades de produtos.
Eficaz em termos energticos.
Adequado para grandes volumes.
DESVANTAGENS
No possui flexibilidade de recursos.
Necessidade maior de transbordo.
Elevada dependncia de outros transportes.
Pouco competitivo para pequenas distncias.
Elevados custos de manuseamento.
NO BRASIL
Atualmente, a malha ferroviria brasileira em operao apresenta 29.817 km de extenso,
sendo quase a totalidade (28.066 km) operada por empresas privadas, por meio de onze
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concesses (CNT, 2009). Sua principal caracterstica dos pontos de vista histrico,
econmico e geogrfico a interligao de reas de produo agrcola e de explorao
mineral do interior do Pas com os pontos de exportao de mercadorias: os portos.
As maiores concentraes de vias frreas nacionais esto situadas nos Estados do Rio Grande
do Sul, So Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Alm disso, segundo a Agncia Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT), o material rodante brasileiro, constitudo de equipamentos
para a formao das composies ferrovirias, contabilizava ao final de 2009 um total de
92.890 vages de carga e 2.876 locomotivas.
EVOLUO DO TRANSPORTE RODOVIRIO
A necessidade de se deslocar ou de transportar bens, entre variados lugares, to antiga
quanto prpria existncia do homem. Durante muitos sculos, os deslocamentos e o
transporte de bens, utilizou a fora de trao animal. Com o surgimento da roda e com o
desenvolvimento natural da humanidade, surgiu no homem a necessidade de meios de
transporte cada vez mais rpidos para deslocar-se e para realizar a troca de mercadorias e as
prticas de comrcio.
Com a inveno da mquina e dos motores a vapor assim como do motor a Diesel, alm da
revoluo industrial, ocorreu tambm uma revoluo nos sistemas de transporte.
A era do automvel foi lanada com o surgimento do Model T de Henry Ford.
Aps o surgimento do automvel e com o desenvolvimento das redes de estradas, o transporte
rodovirio de cargas e de passageiros passou a crescer em relao ao seu principal
concorrente, o transporte ferrovirio.
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CARACTERSTICAS
1 - Os veculos movimentam-se em vias pavimentadas.
2 - No requerem a presena de terminais.
3 - A infraestrutura viria de propriedade pblica.
4 - Em algumas vias exigida taxa de utilizao.
5 - Tem normatizao especificada pelo Estado.
VANTAGENS
Flexibilidade do servio.
Flexibilidade no deslocamento de cargas.
Rapidez (ponto a ponto).
Elevada cobertura geogrfica.
Muito competitivo em curtas e mdias distncias.
Menores custos de embalagem.
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DESVANTAGENS
Unidades de carga limitadas.
Dependente da infraestrutura.
Dependente das condies de trnsito.
Dependente de regulamentaes locais.
Maior custo para maiores distncias.
NO BRASIL
At a dcada de 50 a Economia brasileira se fundamentava na exportao de produtos
primrios, o que fez com que o Sistema de transportes se limitasse aos modais, aqutico
(fluvial) e ferrovirio. Com a acelerao do processo industrial na segunda metade do Sculo
XX, a poltica concentrou os recursos no setor rodovirio, com prejuzo para as ferrovias,
especialmente na rea da indstria pesada e extrao mineral. Como resultado dessa poltica,
no final do Sculo XX, o Setor Rodovirio, segundo com maior custo depois do areo,
transportava mais de 60 % (sessenta por cento) das cargas, no Pas.
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A malha rodoviria brasileira tem atualmente uma extenso de 1.580.809 km, com apenas
212.618 km de pistas pavimentadas o que representa aproximadamente de 13,4% da
extenso total. Essas, por sua vez, esto distribudas conforme a jurisdio da seguinte forma:
61.961 km de rodovias federais, 123.830 km de rodovias estaduais e 26.827 km de rodovias
municipais.
Cabe destacar que a responsabilidade objetiva pela ampliao, conservao e manuteno da
malha compete aos Governos Federal, Estaduais e Municipais, conforme a respectiva
jurisdio. Contudo, esses podem, por meio de licitao, conceder trechos iniciativa privada
seja para todos os servios, seja apenas para a manuteno. Assim, hoje, em torno de 15.816
km das rodovias pavimentadas so administrados por operadoras estaduais e pela iniciativa
privada, mediante a cobrana de tarifas de pedgio revertidas para servios de atendimento
ao usurio, ampliao da capacidade e manuteno da malha rodoviria.
A Pesquisa CNT de Rodovias de 2009 revelou que, dos 89.552 km de rodovias pavimentadas
avaliados, 69,0% apresentavam alguma deficincia no pavimento, na sinalizao e/ou na
geometria da via. Esse cenrio compromete a qualidade e a segurana dos fluxos de carga e de
pessoas, restringindo a integrao com os demais modais e gerando custos operacionais
elevados em razo de problemas mecnicos que ocorrem nos veculos, principalmente nos
de carga. Ou seja, alm do baixo ndice de pavimentao da malha rodoviria do Pas,
observa-se um elevado grau de deteriorao das poucas estradas pavimentadas, o que
compromete todo o sistema logstico, alm de aumentar o Custo Brasil.
Com relao frota de veculos rodovirios de carga do Pas, de acordo com o Departamento
Nacional de Trnsito DENATRAN (2010) ela formada por 3.743.137 unidades, sendo
composta por caminhes unitrios de carga, cavalos-mecnicos, reboques e semirreboques.
J a frota de nibus interestaduais e de fretamento de 39.096 unidades. Segundo a ANTT,
em 2007, somente a frota de nibus interestaduais e internacionais contava com 13.976
veculos que transportaram 131,5 milhes de passageiros. Alm disso, o Brasil contava, em
2006, com 173 terminais de nibus equipados com instalaes fsicas de postos da ANTT,
destinados aos passageiros em viagens estaduais e interestaduais.
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Com tudo isso, o transporte rodovirio detm a maior participao na matriz do transporte de
cargas no Brasil de aproximadamente 61,1% o que correspondeu a 420,6 bilhes de
toneladas-quilmetro TKM em 2009, com a movimentao de 1,1 bilho de toneladas de
cargas por rodovias.
O TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL, SUA IMPORTNCIA PARA O
DESENVOLVIMENTO DO PAS
Uma das mais importantes dimenses a serem analisadas no transporte de cargas brasileiro a
econmica. interessante ressaltar que um transporte eficiente economicamente gera grande
valor para o desenvolvimento regional e internacional de um pas.
No obstante, dentro das questes econmicas, uma das mais importantes medidas a
produtividade do setor. Com relao a esta medida, verifica-se uma grande deficincia no
transporte de cargas no Brasil.
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A ANTT (Agncia Nacional de Transportes Terrestres) foi criada em 2002 com a misso de
regular a circulao de cargas e passageiros no Brasil. Seu papel est consolidado no cenrio
nacional e a Agncia pea chave na garantia da qualidade desses servios.
Competncias
Concesso: ferrovias, rodovias e transporte ferrovirio associado explorao da
infraestrutura.
Permisso: transporte coletivo regular de passageiros pelos meios rodovirio e ferrovirio
no associados explorao da infraestrutura.
Autorizao: transporte de passageiros por empresa de turismo e sob regime de
fretamento, transporte internacional de cargas, transporte multimodal e terminais
REAS DE ATUAO
Transporte Ferrovirio
Explorao da infraestrutura ferroviria.
Prestao do servio pblico de transporte ferrovirio de cargas.
Prestao do servio pblico de transporte ferrovirio de passageiros.
Transporte Rodovirio
Explorao da infraestrutura rodoviria.
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TERMINAIS E VIAS
Explorao.
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Criada em 1954 com o status jurdico de entidade sindical de grau superior, sem fins
lucrativos, a Confederao Nacional do Transporte (CNT) tem como misso atuar na defesa
dos interesses do setor de transportes.
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DE
PRODUTOS
PERECVEIS
SOB
TEMPERATURA
CONTROLADA
o realizado com a utilizao de veculos dotados de equipamentos isotrmicos ou
frigorficos, providos de mecanismos auxiliares destinados a manter a temperatura adequada
da carga, a ventilao e o teor de umidade adequado, dentro de limites mximos e mnimos,
em funo do tempo de trfego e de acordo com as especificaes da carga transportada,
compreendendo o transporte de carnes, frutos do mar, de produtos hortifrutigranjeiros e
outros.
TRANSPORTE DE CARGAS AQUECIDAS
o realizado sob temperatura controlada, que emprega veculos especiais, equipados com
dispositivos auxiliares, tais como maaricos e similares para a conservao de temperatura de
carga ou para facilitar a operao de carregamento e descarregamento, compreendendo o
transporte de asfalto, betumes, breu e outros.
TRANSPORTE DE VALORES
o que se realiza em unidades blindadas e providas de mecanismo especiais de segurana,
destinados a oferecer segurana carga e ao pessoal de vigilncia que acompanha a operao,
e compreende o transporte de dinheiro, ttulos, aes, joias, pedras e metais preciosos e
outros.
TRANSPORTE DE GADO EM P
aquele que emprega veculos apropriados para preservar a integridade fsica e as condies
sanitrias dos animais transportados, compreendendo o transporte de gado vacum, equino,
asinino, suno, ovino e caprino.
46
DE
PRODUTOS
PERIGOSOS
FRACIONADOS
(LQUIDOS
SLIDOS E GASOSOS)
o que se realiza em embalagens ou recipientes adequados, observados as normas de
segurana, de preveno e compatibilizao com outras cargas, podendo ser utilizados
veculos convencionais para carga geral fracionada.
TRANSPORTE DE PRODUTOS EXPLOSIVOS
o que abrange produtos que, por sua natureza e caractersticas esto sujeitos ao risco de
exploso, pela ao do calor, do atrito ou de choque, pondo em perigo a vida humana e bens
materiais, e requer embalagens adequadas, bem como normas rgidas de segurana, de
quantificao, de manuseio e arrumao, de carregamento e descarregamento. Compreende o
transporte de explosivos propriamente ditos, munies, artifcios pirotcnicos e outros
produtos.
TIPOS DE VECULOS UTILIZADOS NO TRANSPORTE RODOVIRIO
O transporte de carga pode ser efetuado por diferentes tipos de veculos.
Quando se trata do transporte rodovirio, o principal veculo utilizado para o transporte de
carga o caminho, o qual pode apresentar diferentes tipos e utilizaes.
48
Assim, conhecer melhor essas tecnologias disponveis auxilia na escolha daquela que melhor
se encaixa as necessidades do transportador.
CLASSIFICAO DOS CAMINHES
Existem diversos modelos de caminhes, e cada um utilizado para um servio de transporte
especfico.
Dessa forma, existem diferentes maneiras para classificar os caminhes de carga.
A primeira maneira consiste em dividi-los em veculos rgidos e articulados.
CAMINHES RGIDOS
CAMINHES ARTICULADOS
Os caminhes articulados tm a cabine com o motor separada do reboque.
Em geral, so veculos formados por um cavalo mecnico e uma carreta.
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50
VAN E VUC
So veculos para transportar produtos de pequenos e mdios volumes. A capacidade de uma
van de at 1,5 tonelada. O VUC o caminho de menor porte, mais apropriado para reas
urbanas. Esta caracterstica de veculo deve respeitar as seguintes caractersticas: largura
mxima de 2,2 metros; comprimento mximo de 6,3 metros e limite de emisso de poluentes.
A capacidade do VUC de 3 toneladas.
CAMINHES
So veculos fixos, monoblocos, constituindo-se de uma nica parte que incorpora a cabine,
com motor, e a unidade de carga (carroceria). Podem apresentar os mais variados tamanhos
ter 2 ou 3 eixos, podendo atingir a capacidade de carga (payload) de at cerca de 23 toneladas.
Alguns exemplos de caminhes:
51
Bitrem ou treminho: uma combinao de veculos de carga composta por um total de sete
eixos, que permite o transporte de um peso bruto total de 57 toneladas. Os semirreboques
dessa combinao podem ser tracionados por um cavalo-mecnico trucado.
Rodotrem: uma combinao de veculos de carga (dois semirreboques) composta por um
total de 9 eixos que permite o transporte de um peso bruto total de 74 toneladas. Os dois
semirreboques
por um
veculo
intermedirio
denominado Dolly. Essa combinao s pode ser tracionada por um cavalo-mecnico trucado
e necessita de um trajeto definido para obter Autorizao Especial de Trnsito (AET).
O bitrem um conjunto que possui duas articulaes (quinta-roda do caminho e a quintaroda do semirreboque dianteiro) e o rodotrem um conjunto que possui trs articulaes
(quinta-roda do caminho, engate dianteiro do dolly e quinta roda do dolly).
TIPOS DE CARROCERIA
Os caminhes podem apresentar diferentes tipos de carrocerias, sendo que cada modelo
existente serve para cargas especficas.
SEMIRREBOQUE SIDER
Atende as necessidades do furgo, porm com a vantagem de poder ser carregado
lateralmente pelos seus dois lados, onde sua lona deslocada em forma de cortina, sendo de
rpida e segura amarrao.
SEMIRREBOQUE TANQUE
Para lquidos, inflamveis e derivados de petrleo. H tambm a verso para laticnios e
sucos.
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SEMIRREBOQUE PRANCHA
Indicado para transporte de mquinas, implementos rodovirios e agrcolas. Sua altura dos
chassis ao cho menor que os equipamentos convencionais, permitindo que a carga no
exceda a altura mxima permitida no Mercosul, ou seja 4,10 m.
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FURGO FRIGORFICO
Para cargas perecveis que necessitem temperatura especial. Usado nas cargas de carnes,
lcteos, peixes frutas e demais mercadorias que devem ser mantidas em temperatura estvel
durante todo o transporte.
Os semirreboques so equipamentos (conforme imagens acima) que no apresentam qualquer
eixo na dianteira, mas to somente na traseira, devendo ser acoplados aos cavalos mecnicos.
Eles podem ser dos mais diversos tipos como abertos, em forma de gaiolas, plataformas,
cegonheiras, tanques ou fechados (bas), cada qual apropriado a uma determinada carga. Os
semirreboques fechados podem ser equipados com maquinrios de refrigerao para
transporte de cargas que necessitam de controle de temperatura.
Tambm apresentam capacidades de carga diversas que, dependendo do nmero de eixos do
cavalo mecnico (dois ou trs), e do semirreboque (dois ou trs), variam at cerca de 30
toneladas.
So mais versteis que os caminhes, podendo deixar o semirreboque para ser carregado e
recolhido posteriormente. Enquanto isso o cavalo pode ser utilizado para transporte de outros
semirreboques, o que significa que possvel ter uma quantidade de semirreboques maior do
que a de cavalos, graas ao fato de poder conjug-los adequadamente, conforme as
57
PORTA CONTINER
58
60
I CV = 75 mkgf (DIN) S
I HP = 75,9 mkgf
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CAIXA DE PAPELO
Usada para acondicionar produtos leves ou sensveis, tambm usada para transportar
mquinas, equipamentos, ferramentas e outros produtos que exigem embalagem rgida e
fechada.
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ENGRADADO
Indicado para peas e equipamentos grandes ou de formas irregulares, difceis de arrumar,
como vidros, latarias de automveis, motos, peas de fibra e etc.
FARDO
Para mercadorias que no exigem embalagem especial: tecidos, algodo e etc.
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FEIXE (AMARRADO)
Para produtos resistentes, mas difceis de serem embalados e que no necessitam de muita
proteo durante o transporte, como vassouras, picaretas, tubos plsticos, ferragens e etc.
SACOS
Utilizados para embalar alimentos como arroz, feijo, milho e cereais; materiais de construo
como cal e cimento; produtos qumicos como adubos e inseticidas. Podem ser de papel
multifolhado (como o saco de cimento), de juta, algodo ou plstico.
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LATA
Transportam diversos produtos em estado lquido e pastoso, como leos comestveis,
alimentos, tintas e solventes.
DISPOSITIVOS DE UNITIZAO DE CARGAS
Unitizao o agrupamento das embalagens em uma carga maior, ou seja, a arrumao de
pequenos volumes em unidades maiores padronizadas, para que possam ser movimentadas
mecanicamente.
O processo de unitizar cargas traz muitas vantagens para o transporte e a logstica. Vamos
conhecer algumas delas:
permite movimentao de cargas maiores;
reduz o tempo de carga e descarga;
reduz o custo de movimentao e armazenamento de materiais;
permite maior ocupao volumtrica de armazns e veculos;
melhora a organizao do armazenamento;
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Palete de madeira
Palete de alumnio
Palete de plstico
o elemento unitizador mais utilizado e pode ser feito de madeira, ao, alumnio, plstico e
papelo.
Suas dimenses tambm podem variar, sendo que as mais utilizadas so:
0,80 m x 1,00 m; 1,00 m x 1,00 m; 1,00 m x 1,20 m e 1,20 m x 1,20 m
CONTINER
O continer tambm conhecido como cofre de carga, contentor ou contenedor.
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uma estrutura em geral metlica de grandes dimenses que permite acomodar, estabilizar e
proteger certa quantidade de materiais em seu interior.
Podem ser refrigerados ou no, dependendo do produto a ser transportado. So tambm
bastante utilizados para tanques de gases ou lquidos.
Os dispositivos de unitizao so essenciais para arrumar e organizar a carga. So
equipamentos que do agilidade ao processo de movimentao das cargas e tambm
contribuem com a melhor utilizao dos espaos fsicos, dando maior produtividade aos
equipamentos e instalaes.
CAPACIDADE MXIMA DE PESO POR EIXO E ALTURA MXIMA DO
VECULO
Conhecer as caractersticas dos veculos (capacidade mxima de carga e dimenses) de
grande importncia para garantir que o transportador opere dentro das normas estabelecidas e
garanta a sua segurana e a dos demais motoristas. importante para o transportador e para a
sociedade que os limites mximos de carga sejam respeitados, para garantir a qualidade da via
por onde os veculos trafegam.
CARGA MXIMA TRANSMITIDA AO PAVIMENTO
A legislao brasileira estabelece limites mximos para valores do peso bruto por eixo de
veculos de carga.
O Art. 2, da Resoluo do CONTRAN n 210/2006, estabelece os limites mximos de peso
bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veculo, nas superfcies das vias pblicas.
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69
Esta resoluo estabelece, no seu art. 1, que as Combinaes de Veculos de Carga, com mais
de duas unidades, includa a unidade tratora, com peso bruto total acima de 57 t ou com
comprimento total acima de 19,80 m, s podero circular portando Autorizao Especial de
Trnsito (AET).
TARA OU PESO DO VECULO EM ORDEM DE MARCHA
Peso prprio do veculo, acrescido dos pesos da carroaria e/ou equipamento, do combustvel,
das ferramentas e acessrios, da roda sobressalente, do extintor de incndio e do fluido de
arrefecimento, expresso em quilogramas.
LOTAO
Carga til mxima, incluindo a carga, o condutor e os passageiros, que o veculo transporta,
expressa em quilogramas para os veculos de carga.
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72
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso
IV, da Constituio.
Considerando que o Tratado de Montevidu de 1980, que criou a Associao LatinoAmericana de Integrao (ALADI), firmado pelo Brasil em 12 de agosto de 1980 e
promulgado pelo Decreto n 87.054, de 23 de maro de 1982, prev, em seus artigos 7 e
seguintes, a modalidade de Acordos de Alcance Parcial;
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74
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QUANTIDADE DE RODAS
LIMITE (t)
SIMPLES
SIMPLES
10,5
DUPLO
10
DUPLO
14
DUPLO
18
TRIPLO
14
TRIPLO
10
21
TRIPLO
12
25,5
4.1 Entende-se por eixo duplo o conjunto de 2 (dois) eixos, cuja distncia entre centros de
rodas igualou superior a 1,20 m e igualou inferior a 2,40 m.
4.2 Entende-se por eixo triplo o conjunto de 3 (trs) eixos, cuja distncia entre centros de
rodas igualou superior a 1,20 m e igualou inferior a 2,40 m.
Artigo 5 - At que seja harmonizado um procedimento de pesagem no mbito do
MERCOSUL, deve ser respeitada a norma vigente no pas transitado.
Artigo 6 - As infraes a disposies estabelecidas neste Acordo so de carter
administrativo e se sancionaro segundo as normas MERCOSUL vigentes sem prejuzo das
responsabilidades civis e penais emergentes.
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Artigo 7 - O limite mximo para o Peso Bruto Total ser de 45t, dependendo das
caractersticas do veculo ou conjunto de veculos.
Artigo 8 - As dimenses mximas permitidas para a circulao de veculos de transporte de
carga e de passageiros no mbito do MERCOSUL so:
Artigo 9 - O presente Acordo entrar em vigor trinta dias aps a notificao da SecretariaGeral da ALADI aos pases signatrios de que recebeu a comunicao d Secretaria do
MERCOSUL informando a incorporao deste Acordo aos ordenamentos jurdicos dos quatro
Estados Partes do MERCOSUL.
A Secretaria-Geral da ALADI dever efetuar tal notificao, na medida do possvel, no
mesmo dia em que receber a comunicao da Secretaria do MERCOSUL.
A Secretaria-Geral da ALADI ser depositria do presente Acordo, do qual enviar cpias
devidamente autenticadas aos Governos dos pases signatrios e Secretaria do MERCOSUL.
EM F DO QUE, os respectivos Plenipotencirios assinam o presente Acordo na cidade de
Montevidu, aos vinte e sete dias do ms de maio de dois mil e dez, em um original nos
idiomas portugus e espanhol, sendo ambos os textos igualmente vlidos.
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A anlise dos modais para a escolha do tipo de transporte adequado perpassa pela verificao
dos investimentos necessrios, infraestrutura existente, poltica de preos, poltica operacional
e gesto de informao.
Os fatores importantes que devem ser considerados na escolha do modo de transporte
(influncia no nvel de servio) podem ser elencados como:
pontos de embarque e desembarque;
custos relacionados com o item anterior, cuidados especiais com a carga, frete at o ponto
de embarque, frete internacional, manuseio de carga e etc.;
urgncia da entrega;
caractersticas da carga (peso, volume, formato, dimenso, periculosidade, cuidados
especiais, refrigerao e etc.);
possibilidade de uso do modo de transporte (disponibilidade, frequncia, adequao
operacional, exigncias legais e etc.).
CONSIDERAES DOS EFEITOS E CONSEQUNCIAS
Impactos ambientais (Art. 1 - Resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONAMA 1/86 23/01/1986).
Alterao das propiedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de materia ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam a sade, a segurana e o bem-estar da populao; as atividades sociais e
econmicas; a biota; as condies estticas e sanitrias do meio ambiente e a qualidade dos
recursos ambientais
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QUALIDADE DA INFORMAO
importante ressaltar que a qualidade da informao de suma importncia para
determinao do tipo de anlise no planejamento de transportes.
O fluxo de produo desce do canal de distribuio em direo ao cliente e o fluxo de
informao sobe em direo s fontes de matria-prima.
FLUXO DE PRODUTOS + FLUXO DE INFORMAES = SISTEMA LOGSTICO
Para se estimar os valores para o planejamento, utilizam-se, principalmente, dados estatsticos
ou simulao.
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A formulao dos nveis de planejamento repousa em trs princpios cuja verificao deve ser
assegurada:
B) INTERMODAL
Baseado na anlise da estrutura do meio fsico, no padro histrico da evoluo dos servios
de transporte, na demanda, no custo e nas caractersticas de cada modalidade.
Baseia-se tambm na avaliao do desempenho futuro de cada modo de transporte no que se
refere ao atendimento da demanda dos servios de transporte para uma adequada alocao de
recursos econmicos.
C) MODAL
Visa eficincia dos servios dos modos de transporte a um custo mnimo, por intermdio da
anlise detalhada como os recursos so empregados.
Geralmente esta anlise revela vulnerabilidades atribudas, principalmente alocao de
recursos, a poltica de preos irrealista e a precariedade da organizao e operao do modo.
COMPONENTES QUE ORIENTAM O PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE
TRANSPORTE
a) INDICATIVA
Compreende o plano Nacional de Viao (PNV lei n 5917 de 10 de setembro de 1973 e
que revisada a cada 5 anos) com caractersticas indicativas da infraestrutura a ser utilizada.
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b) MACROECONMICO
d) PROGRAMAO
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e) COMPLEMENTARES
1) Fornecedor
Sistema de base que supre que abastece as necessidades de um processo de uma determinada
atividade, possibilitando a criao e o desenvolvimento de seus produtos. Aqui se trata de
matrias-primas, onde encontramos as fases iniciais de qualquer processo produtivo, onde se
renem os meios necessrios para se iniciar a cadeia produtiva.
Esse primeiro elo suficiente para dar incio ao processo de construo de uma cadeia, mas
necessrio que haja adiante uma conexo com etapas sucessivas at encontrar o produto
acabado e mais adiante o seu destinatrio.
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2) Produo
Etapa de fator decisivo a cadeia, tanto para o fornecedor quanto para o consumidor, est
diretamente relacionado ao modo da transformao da matria-prima que deu entrada ao
processo industrial ou de transformao, produzindo bens de uso e consumo conforme
demanda e necessidade do mercado nas quantidades e no seu tempo exato.
Podemos ressaltar o grande salto evolutivo ocorrido neste segmento de produo nos ltimos
anos atravs da chegada de novas tecnologias, sistemas de informaes, telecomunicaes,
capacitao de pessoas e etc., que fizeram aumentar volumes, baixar custos e diminuir erros,
desperdcios e prazos.
3) Distribuio
Atividade que trata da movimentao de produtos acabados, onde toda cadeia precisa de
alternativas para distribuir seus produtos aos seus consumidores.
Consideramos que existam vrios meios de transportes que podem ser empregados para
entrega do produto no local destinado e no prazo combinado, um sistema de distribuio bem
desenvolvido trs melhoria de resultados obtidos em funo da confiabilidade ofertada, pela
entrega rpida, segurana e com baixo ndice de avarias ao produto transportado.
O sistema de distribuio sempre dever se adequar aos conceitos fundamentais e
indispensveis de custo e benefcio para vendedor e comprador
4) Consumidor
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IMPORTNCIA
DA
LOGSTICA
DE
TRANSPORTE
NAS
CADEIAS
DE
SUPRIMENTO
Cadeia de suprimentos a inter-relao de diversas unidades, sejam elas produtivas ou apenas
de fornecimento de bens e servio, para o atendimento das necessidades do consumidor final.
Portanto, cadeia de suprimento pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que
compreendem os fluxos fsicos, informativos, financeiros e de conhecimento, cujo objectivo
satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e servios de vrios fornecedores
ligados.
A cadeia de fornecimento, no entanto, no est limitada ao fluxo de produtos ou informaes
no sentido Fornecedor - Cliente. Existe tambm um fluxo de informao, de reclamaes e de
produtos, entre outros, no sentido Cliente - Fornecedor.
A gesto da logstica e do fluxo de informaes em toda a cadeia permite aos executivos
avaliar pontos fortes e pontos fracos na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de
decises que resultam na reduo de custos, aumento da qualidade, entre outros, aumentando
a competitividade do produto e/ou criando valor agregado e diferenciais em relao
concorrncia.
Alguns dos resultados que se esperam da utilizao de sistemas que automatizem o
gerenciamento de suprimentos so: reduzir custos; aumentar a eficincia; ampliar os lucros;
melhorar os tempos de ciclos da cadeia de fornecimento; melhorar o desempenho nos
relacionamentos com clientes e fornecedores; desenvolver servios de valor agregado que do
a uma empresa uma vantagem competitiva; obter o produto certo, no lugar certo, na
quantidade certa e com o menor custo; manter o menor estoque possvel.
Esses resultados so obtidos medida que a gesto da cadeia de fornecimento simplificar e
acelerar as operaes que esto relacionadas com a forma como os pedidos do cliente so
processados pelo sistema, at serem atendidos, e tambm, com a forma das matrias-primas
serem adquiridas, e entregues, pelos processos de fabricao e distribuio.
89
tambm aos que j fazem parte de sua carteira de clientes, para convenc-los a comprar de
voc. Envolvendo: faixa etria, poder aquisitivo, classe social, localizao, concorrente; alem
da funo de propaganda e sistemas promocionais. As empresas reconhecem a importncia do
marketing e direcionam uma boa parte de seus recursos humanos e financeiros a essa
atividade.
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ATIVIDADES PRIMRIAS
Transportes.
Manuteno de estoques.
Processamento de pedido.
ATIVIDADES SECUNDRIAS
Armazenagem.
Manuseio de materiais.
Embalagem de materiais.
Obteno (seleo de fontes, quantidades de compra).
Programao do produto (distribuio - fluxo de sada - oriente programao PCP).
Manuteno de informao (base de dados gerada pela cadeia - fonte de dados para futuros
planejamentos).
91
O transporte uma das principais funes logsticas, visto que o elo bsico de conexo entre
a produo e o consumo, e, portanto, o custo desse servio um dos componentes do preo
final do produto.
Alm de representar a maior parcela dos custos logsticos na maioria das organizaes, tem
papel fundamental no desempenho de diversas dimenses do servio ao cliente. Do ponto de
vista de custos, representa, em mdia, cerca de 60% das despesas logsticas, o que em alguns
casos pode significar duas ou trs vezes o lucro de uma companhia, como o caso, por
exemplo, do setor de distribuio de combustveis.
A escolha do transportador de grande importncia na formao dos custos na cadeia
logstica, pois no momento de despachar algum produto de um ponto a outro, seja na forma de
matria-prima bruta ou produto acabado, vrios itens devem ser ponderados, tais como:
estabilidade financeira do prestador dos servios, qualidade e pontualidade na prestao dos
servios, nvel de qualificao de seus colaboradores, equipamentos e tecnologia disponveis
(prprios e/ou agregados), histrico de roubos e acidentes e rea de cobertura da prestao dos
servios.
A qualidade e pontualidade na prestao do servio de transporte fator de fundamental
importncia satisfao do cliente, sendo comprovado por estudos que o tempo mdio e a
variabilidade do tempo da entrega esto sempre nos primeiros lugares das relaes das mais
importantes caractersticas de desempenho dos transportes. Entendemos que, em lugar de
qualidade e pontualidade no podem ser entendidos outros sinnimos seno a entrega da
mercadoria certa, da forma certa e no momento certo, de acordo com as condies
previamente estabelecidas.
Percebe-se ento que as principais funes do transporte na Logstica esto ligadas
basicamente s dimenses de tempo e utilidade de lugar. Desde os primrdios o transporte de
mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial,
92
93
Conclui-se, portanto que o transporte o mais importante dos processos logsticos, pela
quantidade, valor das mercadorias transportadas e pela praticidade de deslocamento entre um
e outro ponto do pas, de modo que todo o restante da cadeia logstica dependente dos
modais de transporte.
94
Mdulo II
Legislao e Documentao do Transporte
de Carga
95
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Reverencia-se, assim, a autonomia da vontade individual, cuja atuao somente poder ceder
ante os limites pr-estabelecidos pela lei. Neste obstante, tudo aquilo que no est proibido
por lei juridicamente permitido.
O imprio e a submisso ao princpio da legalidade conduzem a uma situao de segurana
jurdica, em virtude da aplicao precisa e exata da lei preestabelecida.
Complementando o raciocnio, o insigne doutrinador Celso Ribeiro Bastos leciona que o
princpio da legalidade mais se aproxima de uma garantia constitucional do que de um direito
individual, j que ele no tutela, especificamente, um bem da vida, mas assegura, ao
particular, a prerrogativa de repelir as injunes que lhe sejam impostas por outra via que no
seja a da lei.
De um modo mais simplificado, pode-se afirmar que nenhum brasileiro ou estrangeiro pode
ser compelido a fazer, a deixar de fazer ou a tolerar que se faa alguma coisa seno em virtude
de lei.
LEGALIDADE PENAL
O princpio da legalidade penal est previsto no inciso XXXIX do Artigo 5 da Constituio
da Repblica, no qual estatui que no haver crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prvia cominao legal.
Como j sobredito, trata-se de um limite para a atuao do Estado, agora no aspecto penal, na
medida em que somente poder tipificar situaes como caracterizadoras como crime,
instituir sanes ou penalidades se for por meio de lei. Ainda que o fato seja imoral,
antissocial ou danoso, no h possibilidade de se imputar a qualquer pessoa a prtica de um
crime ou aplicar-lhe uma sano penal pela conduta praticada.
No mbito penal, o princpio da legalidade rotulado pela reserva absoluta de lei, onde
apenas a lei em sentido formal pode tipificar condutas e impor sanes. Logo, uma funo
precpua do Poder Legislativo.
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O doutrinador Fernando Capez, com muita maestria, ensina que nenhuma outra fonte
subalterna pode gerar a norma penal, uma vez que a reserva de lei proposta pela Constituio
absoluta, e no meramente relativa (...) somente a lei, na sua concepo formal e estrita,
emanada e aprovada pelo Poder Legislativo, por meio de procedimento adequado, pode criar
tipos e impor penas.
A reserva legal no Direito Penal est implcita no conceito de tipicidade, ou seja, somente
haver um crime quando ocorrer um fato descrito em lei como tal.
LEGALIDADE TRIBUTRIA
O princpio da legalidade tributria vem disposto no artigo 150, inciso I, da Constituio
Federal, e prescreve que apenas as situaes descritas em lei so tributveis, ou seja, nenhum
tributo pode ser criado, aumentado, reduzido ou extinto sem que seja por lei. Ressalta-se, que
a lei deve ser editada pela pessoa poltica competente.
Logo, a Unio competente para a edio de leis tributrias federais, instituindo, assim,
tributos federais; aos Estados, compete instituir tributos estaduais; aos Municpios, tributos
municipais; e, ao Distrito Federal cabe a edio de leis tributrias distritais.
Somente a lei poder diminuir e isentar tributos, parcelar e perdoar dbitos tributrios, criar
obrigaes acessrias, e no s isso, necessrio que haja competncia do ente tributante
para que seja vlida sua criao.
A Constituio Federal, no intento de conferir carter mais rgido s normas tributrias,
instituiu o princpio da estrita legalidade, impossibilitando qualquer margem de
discricionariedade em face aos tributos. A vista de todo o exposto, o princpio da legalidade,
no que permite instituio ou aumento de tributos, manifesta-se entre ns, como princpio
da reserva absoluta de lei (Roque Antonio Carrazza, Princpios Constitucionais Tributrios,
Editora Revista dos Tribunais).
O princpio da reserva legal uma limitao ao poder de tributar, o Estado tem sua atividade
tributria limitada quilo que estiver previsto em lei.
99
A lei, ainda, deve descrever todos os elementos essenciais do tributo, ou seja, deve estipular a
sua hiptese de incidncia, sujeito ativo e passivo, base de clculo e alquota. Noutros dizeres,
deve fixar os elementos essenciais do tributo, os fatores que influam no an debeatur (quem
deve) e no quantum debeatur (quanto deve).
Outro ponto importante que deve ser elucidado que o princpio da legalidade tributria traz
implcito no seu contedo o princpio da irretroatividade dos tributos, onde este corolrio
daquele, j que todo tributo deve ser previamente autorizado por lei. Da se extrai que a lei
precisa ser anterior quela situao jurdica ensejadora do tributo. nesse particular que
legalidade tributria tambm significa irretroatividade das leis tributrias (Maria das Graas
Strapasson, Princpio constitucional da legalidade tributria, editora Juru, 2003).
Arrematando o assunto, citamos os ensinamentos do doutrinador Roque Antonio Carrazza:
O princpio da legalidade garante, decisivamente, a segurana das pessoas,
diante da tributao. De fato, de pouco valeria a Constituio proteger a
propriedade privada (Arts. 5, XXII, e 170, II) se inexistisse a garantia cabal
e solene de que os tributos no seriam fixados ou alterados pelo Poder
Executivo, mas s pela lei.
100
a) art. 7, I e II;
b) art. 8, pargrafo nico;
c) art. 9 e pargrafo nico;
d) art. 10 e pargrafo nico;
e) art. 11, 1 a 6;
f) art. 12, incisos I a VI e pargrafo nico;
g) art. 13, incisos I e II e pargrafo nico;
h) art. 14 e pargrafo nico;
i) art. 15;
j) art. 16;
l) art. 17, Incisos I e II;
m) art. 18.
Como demonstrado, dos vinte e quatro artigos que compem a Lei n. 11.442, de 05 de janeiro
de 2007, temos doze artigos voltados ao disciplinamento da responsabilidade civil no negcio
jurdico de transporte de carga nas vias pblicas.
Essa nfase dada pelo normativo em exame ao fenmeno da responsabilidade civil dos TAC e
das ETC exige uma ateno toda especial dos envolvidos com o servio de transporte
rodovirio de carga, haja vista, o fato de que ao interpretar a legislao vigente dever faz-lo
considerando, tambm, os ditames fixados pelo Cdigo Civil de 2002 sobre o assunto.
No h, tambm, de ser afastada a ateno sobre a afirmao contida nos Arts. 2 e 5 da lei
ora examinada, no sentido de que a atividade econmica por ela regulada e as relaes
decorrentes do contrato de transporte de cargas so de natureza comercial. Essas afirmaes
102
reiteradas feitas pela Lei n. 11.442, de 05.01.2007, tm reflexos na interpretao das regras
nela estabelecidas, porque, alm dos princpios adotados pelo Direito Civil para interpretar as
clusulas contratuais firmadas pelos envolvidos com esse tipo de negcio jurdico, no podem
ser esquecidos os valores dos usos e dos costumes no campo aplicado s atividade negociais
comerciais.
A compreenso completa e segura do normativo examinado exige que a sua anlise
interpretativa desenvolva-se em harmonia com a disciplina geral imposta pelo Cdigo Civil
de 2002, pelos Arts. 743 a 756, conforme j afirmado, aos contratos de transporte de coisas.
O RELACIONAMENTO DA LEI N 11.442 DE 05.01.2007, COM OS ARTS. 743 A 756
DO CDIGO CIVIL DE 2002
O Cdigo Civil de 2002, em seus artigos 743 a 756, regula o contrato de transporte de coisas.
Considera-o como tpico. Submete-se, ainda, s disposies gerais fixadas pelo mencionado
Cdigo Civil, nos Arts. 730 a 733, assim redigidos:
Art. 730 - Pelo contrato de transporte algum se obriga, mediante retribuio, a transportar,
de um lugar para outro, pessoas ou coisas.
Art. 731 - O transporte exercido em virtude de autorizao, permisso ou concesso, rege-se
pelas normas regulamentares e pelo que for estabelecido naqueles atos, sem prejuzo do
disposto neste Cdigo.
Art. 732 - Aos contratos de transporte, em geral, so aplicveis, quando couber, desde que no
contrariem as disposies deste Cdigo, os preceitos constantes da legislao especial e de
tratados e convenes internacionais.
Art. 733 - Nos contratos de transporte cumulativo, cada transportador se obriga a cumprir o
contrato relativamente ao respectivo percurso, respondendo pelos danos nele causados a
pessoas e coisas.
1 O dano, resultante do atraso ou da interrupo da viagem, ser determinado em razo da
totalidade do percurso.
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Art. 748 - At a entrega da coisa, pode o remetente desistir do transporte e pedi-la de volta, ou
ordenar seja entregue a outro destinatrio, pagando, em ambos os casos, os acrscimos de
despesa decorrentes da contraordem, mais as perdas e danos que houver (Sem correspondente
no CC anterior).
Art. 749 - O transportador conduzir a coisa ao seu destino, tomando todas as cautelas
necessrias para mant-la em bom estado e entreg-la no prazo ajustado ou previsto (Sem
correspondente no CC anterior).
Art. 750 - A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do conhecimento,
comea no momento em que ele, ou seus prepostos, recebem a coisa; termina quando
entregue ao destinatrio, ou depositada em juzo, se aquele no for encontrado (Sem
correspondente no CC anterior).
Art. 751 - A coisa, depositada ou guardada nos armazns do transportador, em virtude de
contrato de transporte, rege-se, no que couber, pelas disposies relativas a depsito. (Sem
correspondente no CC anterior)
Art. 752 - Desembarcadas as mercadorias, o transportador no obrigado a dar aviso ao
destinatrio, se assim no foi convencionado, dependendo tambm de ajuste a entrega a
domiclio, e devem constar do conhecimento de embarque as clusulas de aviso ou de entrega
a domiclio. (Sem correspondente no CC anterior)
Art. 753 - Se o transporte no puder ser feito ou sofrer longa interrupo, o transportador
solicitar, incontinenti, instrues ao remetente, e zelar pela coisa, por cujo perecimento ou
deteriorao responder, salvo fora maior.
1 Perdurando o impedimento, sem motivo imputvel ao transportador e sem manifestao
do remetente, poder aquele depositar a coisa em juzo, ou vend-la, obedecidos os preceitos
legais e regulamentares, ou os usos locais, depositando o valor.
2 Se o impedimento for responsabilidade do transportador, este poder depositar a coisa,
por sua conta e risco, mas s poder vend-la se perecvel.
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Responder civilmente por danos, perdas e avarias decorrentes de aes ou omisses de seus
empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados para a execuo
dos servios de transporte, como se essas aes ou omisses fossem prprias.
Responder civilmente pelo agravamento das perdas e danos de que deram causa, mesmo nos
casos de excluso de sua responsabilidade, nas situaes previstas nos incisos I a VI do art. 12
da Lei n. 11.442, de 05.01.2007.
Os operadores de terminais, armazns e quaisquer outros que realizem operaes de
transbordo so responsveis, perante o transportador que emitiu o conhecimento, pelas perdas
e danos causados s coisas no momento da realizao das operaes assumidas, inclusive de
depsito (art. 16 da Lei).
O expedidor, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei, ser responsabilizado
civilmente perante o transportador, pelas perdas, danos ou avarias que resultarem de
inveracidade na declarao de carga ou de inadequao dos elementos que lhe compete
fornecer para a emisso do conhecimento de transporte, sem que ao dever de indenizar exima
ou atenue a responsabilidade do transportador, nos termos previstos na Lei n. 11.442, de
05.01.2207, especialmente nas situaes elencadas no art. 12, incisos I, II e IV, do
mencionado diploma legal.
Quais so os direitos assegurados ao transportador, alm do de exercerem suas
atividades quando regularmente inscritos na ANTT, previstos na Lei n 11.442, de
05.01.2007?
So os de:
promover ao regressiva contra os terceiros contratados ou subcontratados, para
ressarcimento do valor da indenizao que houver pago, em caso de danos ou avarias
provocados na coisa transportada, por aes ou omisses daqueles;
de s assumir a responsabilidade prevista no art. 8 da Lei n.11.442, de 05 de 01.2007, em
face do dano ou da avaria constatada, durante o perodo compreendido entre o momento do
recebimento da carga e o de sua entrega ao destinatrio;
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A esse respeito inclusive, o artigo 606 da CLT confirma que a falta de pagamento da
Contribuio Sindical passvel de cobrana judicial.
Estes so apenas alguns aspectos legais que envolvem a obrigatoriedade do pagamento da
Contribuio Sindical. Mas o mais importante, diz respeito ao poder de representatividade das
classes profissionais atravs de uma entidade sindical forte, em condies de ser ouvido pelos
poderes pblicos, o que s ser possvel com a participao de todos e o indispensvel recurso
financeiro.
A OBRIGATORIEDADE DO REGISTRO DO TRANSPORTADOR AUTNOMO DE
CARGAS NO RNTRC
LEGISLAO BSICA
O instrumento legal que institui o Registro Nacional de Transportadores Rodovirios de
Cargas - RNTRC a Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, Arts. 14 - A e 26, item IV, a Lei
n 11.442, de 5 de janeiro de 2007 e a Resoluo n 3056, de 12 de maro de 2009, da ANTT,
que dispe sobre o exerccio da atividade de transporte rodovirio de cargas por conta de
terceiros e mediante remunerao, estabelecendo procedimentos para inscrio e manuteno
no RNTRC.
Conforme Resoluo n 3056, de 12 de maro de 2009, e alteraes, as Empresas de
Transporte Rodovirio de Cargas, as Cooperativas de Transporte de Cargas e os
Transportadores Autnomos de Cargas, que praticam atividade econmica de transporte
rodovirio de cargas no Brasil, por conta de terceiros e mediante remunerao, tero que
atender aos requisitos da referida Resoluo para se registrarem no RNTRC.
Somente aps a inscrio no RNTRC, os transportadores estaro habilitados ao exerccio de
sua atividade.
114
superior a quinhentos quilos, registrados em seu nome no rgo de trnsito como de categoria
aluguel, na forma regulamentada pelo Conselho Nacional de Trnsito - CONTRAN;
f) estar regular com suas obrigaes fiscais junto Seguridade Social - INSS. (Revogada pela
Resoluo n 3.196, de 16.07.09).
II - Empresas de Transporte Rodovirio de Cargas - ETC:
a) possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas - CNPJ ativo;
b) estar constituda como Pessoa Jurdica por qualquer forma prevista em Lei, tendo no
transporte rodovirio de cargas a sua atividade principal;
c) estar regular com suas obrigaes fiscais junto Receita Federal do Brasil, ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional - PGFN, ao Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS, e
Seguridade Social - INSS (Revogada pela Resoluo n 3.196, de 16.07.09);
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Seo VI
Do curso especfico
Art. 16. O curso especfico para o TAC ou para o Responsvel Tcnico dever ser ministrado
por instituio de ensino credenciada junto s Secretarias Estaduais de Educao ou em cursos
ministrados pelo Servio Nacional de Aprendizagem em Transporte, Sistema S, nos quais a
estrutura curricular proporcione conhecimentos, no mnimo, das matrias que compem a
ementa apresentada nos Anexos III e IV, respectivamente.
1 Considerar-se- aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior a setenta por
cento da nota mxima em prova de conhecimento e no tenha deixado de cursar mais do que
quinze por cento das aulas.
2 As instituies de ensino referidas no caput devem informar ANTT o cadastro
atualizado dos alunos quando da aprovao nos respectivos cursos, para registro, conforme
orientao disponibilizada no endereo eletrnico da Agncia.
Seo VII
Da Idoneidade
Art. 17. A idoneidade dos scios, dos diretores ou dos responsveis legais da ETC ser
preferencialmente demonstrada mediante declarao em formulrio eletrnico, conforme o
art. 9, 1, desta Resoluo.
Art. 18. A idoneidade do Responsvel Tcnico ser inicialmente demonstrada mediante
declarao da ETC requerente, sobre a capacidade do indicado para o exerccio da atividade.
Art. 19. Ser declarada, por vinte e quatro meses, para os efeitos desta Resoluo, a
inidoneidade do Responsvel Tcnico e dos scios da ETC na reincidncia das infraes
previstas no art. 34, inciso I, alneas d e e, desta Resoluo, ou quando cometerem outras
infraes a esta Resoluo, punidas por deciso definitiva, em nmero superior a doze, nos
doze meses anteriores ltima infrao.
121
CAPTULO IV
DAS INFRAES E PENALIDADES
Art. 33 - As infraes ao disposto nesta Resoluo sero punidas com multa, suspenso e
cancelamento da inscrio do transportador no RNTRC.
1 O cometimento de duas ou mais infraes ensejar a aplicao das respectivas
penalidades, cumulativamente.
2 A aplicao das penalidades estabelecidas nesta Resoluo no exclui outras previstas em
legislao especfica, nem exonera o infrator das cominaes civis e penais cabveis.
Art. 34 - Constituem infraes:
I - efetuar transporte rodovirio de carga por conta de terceiro e mediante remunerao:
a) sem portar os documentos obrigatrios definidos no art. 39 ou port-los em desacordo ao
regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);
b) com Conhecimento de Transporte do qual no constem as informaes obrigatrias: multa
de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);
c) sem a identificao do cdigo do RNTRC no veculo ou com a identificao em desacordo
com o regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);
d) com veculo de carga no cadastrado na sua frota: multa de R$ 750,00 (setecentos e
cinquenta reais) e suspenso do registro at a regularizao;
e) com o registro suspenso ou vencido: multa de R$ 1.000,00 (mil reais);
f) sem estar inscrito no RNTRC: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);
g) com o registro cancelado: multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
122
h) para fins de consecuo de atividade tipificada como crime: multa de R$ 3.000,00 (trs mil
reais) e cancelamento do RNTRC.
II - deixar de atualizar as informaes cadastrais no prazo estabelecido no art. 11: multa de R$
550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e suspenso do registro at a regularizao;
III - apresentar informao falsa para inscrio no RNTRC: R$ 3.000,00 (trs mil reais) e
impedimento do transportador para obter um novo registro pelo prazo de dois anos;
III - apresentar informao falsa para inscrio no RNTRC: multa de R$ 3.000,00 (trs mil
reais) e impedimento do transportador para obter um novo registro pelo prazo de dois anos;
(Alterado pela Resoluo n 3.196, de 16.7.09);
IV - apresentar identificao do veculo ou CRNTRC falso ou adulterado: multa de R$
3.000,00 (trs mil reais) e cancelamento do RNTRC;
V - contratar o transporte rodovirio de cargas de transportador sem inscrio no RNTRC, ou
com a inscrio suspensa ou cancelada: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);
VI - contratar o transporte de veculos rodovirios de cargas de categoria particular: multa
de R$ 3.000,00 (trs mil reais);
VI contratar o transporte em veculos rodovirios de cargas de categoria particular: multa
de R$ 3.000,00 (trs mil reais); e (Alterado pela Resoluo n 3.196, de 16.7.09);
VII - evadir, obstruir ou de qualquer forma dificultar a fiscalizao: multa de R$ 5.000,00
(cinco mil reais) e cancelamento do RNTRC. (Alterado pela Resoluo n 3.196, de 16.7.09).
Art. 35. O RNTRC ser cancelado a pedido do prprio transportador ou em virtude de deciso
definitiva em Processo Administrativo.
Pargrafo nico. O transportador que tiver seu registro no RNTRC cancelado em virtude de
deciso em Processo Administrativo ficar impedido de requerer nova inscrio durante dois
anos do cancelamento.
123
1 Nos casos de fiscalizao nas dependncias do transportador sero verificados, alm dos
Conhecimentos de Transporte emitidos, outros documentos que se faam necessrios para a
efetiva averiguao da regularidade do RNTRC.
2 Na eventualidade de denncia, sero assegurados ao denunciante e ao denunciado o
efetivo sigilo, at concluso do respectivo processo.
DVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE O RNTRC
1 - Posso efetuar meu cadastro no RNTRC pelos correios ou pela internet?
No, de acordo com a Resoluo ANTT n 3056, de 2009, o processo de inscrio,
manuteno e renovao do cadastro no RNTRC dever ser realizado diretamente nos postos
credenciados ou nas unidades da ANTT, na presena do transportador ou do seu representante
constitudo.
2 - Quais so os documentos exigidos na fiscalizao do RNTRC?
Na fiscalizao, sero dos exigidos dos transportadores que estiverem transportando cargas
em veculos em normas especficas:
- Conhecimento de Transporte Rodovirio de Carga CTRC ou Manifesto de Cargas, quando
se tratar de transporte fracionado, contento informaes previstas no art.23 da Resoluo
ANTT n3056, de 2009.
- Certificado de inscrio no Registro Nacional de Transportadores Rodovirios de Cargas
CRMTRC, obtido junto ANTT, original ou em cpia autenticada, em tamanho original ou
reduzido.
- Identificao do nmero de inscrio no RNTRC na lateral dos veculos, na forma prevista
na Resoluo ANTT n 3056, de 2009.
3 - obrigatrio o porte do Conhecimento de Transporte Rodovirio de Cargas
CTRC durante a prestao de servios?
Conforme determina o Cdigo Civil, o CTRC documento de porte obrigatrio na prestao
do servio de transporte rodovirio remunerado de cargas, durante toda a viagem, mesmo no
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caso de mltiplas viagens vinculadas a um mesmo contrato, hiptese na qual dever ser
emitido um CTRC especfico para cada viagem.
4 - Tenho vrios caminhes e s recebi um certificado do RNTRC. Tenho que tirar cpia
para todos os veculos? Precisam ser autenticadas?
Sim. Todos os veculos devero ter uma cpia do Certificado CRNTRC, em tamanho
natural ou reduzido, sendo necessria a autenticao.
5 - Ainda no fiz o pedido de registro junto a ANTT. Quais so os procedimentos e de
que forma devo encaminhar o pedido?
Todos os procedimentos necessrios ao pedido de registro da no RNTRC podem ser
consultados no site da ANTT.
Link: http://www.antt.gov.br/carga/rodoviario/rntrc.asp
A solicitao de inscrio permanente e no tem prazo de limite. Poder ser feita nas
unidades da ANTT ou nos Postos Credenciados espalhados por todo o pas. A listagem pode
ser obtida no site da ANTT, no link acima.
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MODELO DE CERTIFICADO
Modelo de adesivo:
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MODELO DE EXTRATO
A REGULAMENTAO DO VALE-PEDGIO
Institudo pela Lei n 10.209, de 23 de maro de 2001, o Vale-Pedgio obrigatrio foi criado
com o principal objetivo de atender a uma das principais reivindicaes dos caminhoneiros
autnomos:
a) Desonerao do transportador do pagamento do pedgio.
Por este dispositivo legal, os embarcadores ou equiparados, passaram a ser responsveis pelo
pagamento antecipado do pedgio e fornecimento do respectivo comprovante, ao
transportador rodovirio. A Medida Provisria n 68, de 04 de setembro de 2002, convertida
na Lei n 10.561, de 13 de novembro de 2002, transferiu ANTT a competncia para
regulamentao, coordenao, delegao, fiscalizao e aplicao das penalidades, atividades
at ento desempenhadas pelo Ministrio dos Transportes.
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APLICAO DE MULTAS
Verificada a infrao, o rgo fiscalizador lavra o respectivo auto de infrao, com
notificao ao infrator para pagamento da multa ou apresentao de defesa.
Ao embarcador ou equiparado ser aplicada multa no valor de R$ 550,00 por veculo, para
cada viagem na qual no fique comprovada a antecipao do Vale-Pedgio obrigatrio.
A operadora de rodovia sob pedgio que no aceitar o Vale-Pedgio obrigatrio ser
penalizada com multa no valor de R$ 550,00, a cada dia que deixar de aceitar os modelos de
Vale-Pedgio obrigatrio habilitados pela ANTT ou descumprir as demais determinaes
legais sobre a matria.
O FIM DA CARTA FRETE: UMA INOVAO DA LEI N 11.442, DE 5 DE
JANEIRO DE 2007
A Lei n 11.442/07 classifica o transporte rodovirio de cargas como sendo uma atividade
econmica de natureza comercial que poder ser exercida por pessoa fsica ou jurdica.
Em 2010, o governo federal aprovou o fim da carta-frete e mudanas no pagamento dos
caminhoneiros autnomos, uma conquista que vai mudar a vida de cerca de 1,12 milhes de
motoristas. Agora esses profissionais podem comprovar renda e fazer financiamentos.
A carta-frete era usada h 50 anos no mercado de transporte de carga. O documento no tinha
valor fiscal, era emitido pelas prprias empresas sem permisso legal e dificultava a vida do
caminhoneiro, pois ele s podia descont-lo nos postos de combustvel que tivesse convnio
com a empresa que o contratou. Alm disso, uso da carta-frete fazia com que o governo
deixasse de arrecadar cerca de R$44 bilhes em impostos.
132
A nova lei define como deve ser o pagamento do frete no transporte rodovirio brasileiro. Um
dos meios o depsito direto na conta do caminhoneiro. Outras formas sero definidas pela
Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
No dia 15 de dezembro de 2010, a Agncia realizou uma audincia pblica para receber
sugestes sobre a regulamentao das formas de pagamento.
Art. 5-A. O pagamento do frete do transporte rodovirio de cargas ao Transportador
Autnomo de Cargas - TAC dever ser efetuado por meio de crdito em conta de depsitos
mantida em instituio bancria ou por outro meio de pagamento regulamentado pela Agncia
Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. (Includo pela Lei n 12.249, de 2010).
a Resoluo ANTT n 3.658/11, de 19 de abril de 2011, que regulamenta o pagamento
eletrnico do frete (PEF). E com relao ao Transportador Autnomo de Cargas, ela
estabelece o seguinte:
O pagamento do frete do transporte rodovirio de cargas ao TAC ou ao seu equiparado ser
efetuado obrigatoriamente por crdito em conta de depsitos mantida em instituio bancria
ou outros meios de pagamento eletrnico habilitado pela ANTT (art. 4, incisos I e II).
Segundo a resoluo, todos os valores creditados no Meio de Pagamento Eletrnico devem ter
livre utilizao, exceto o Vale-Pedgio. Uma vez que o valor do frete a retribuio pelo
trabalho do transportador, a administradora no poder definir onde ele ir abastecer ou qual o
valor que ser gasto em combustvel.
Ainda previsto, na mesma resoluo que o contratante do transporte dever cadastrar a
Operao de Transporte por meio de uma administradora de meios de pagamento eletrnico
de frete e receber o respectivo Cdigo Identificador da Operao de Transporte (CIOT). O
cadastramento da Operao de Transporte ser gratuito e dever ser feito pela internet ou por
meio de central telefnica disponibilizada pela administradora de meios de pagamento
eletrnico de frete, que gerar e informar o Cdigo Identificador da Operao de Transporte.
133
RGOS
REGULADORES
FISCALIZADORES
DO
TRANSPORTE
RODOVIRIO DE CARGAS
O Ministrio dos Transportes do Brasil o rgo responsvel pelo assessoramento do
presidente da Repblica na execuo e formulao e da poltica de transporte do pas.
A Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atua na regulao e fiscalizao de
transportes nos ramos rodovirio, ferrovirio e dutovirio do Brasil.
A ANTT foi criada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso atravs da Lei n 10.233, de 5
de junho de 2001 que dispe sobre a reestruturao dos transportes aquavirio e terrestre, cria
o Conselho Nacional de Integrao de Polticas de Transporte, a Agncia Nacional de
Transportes Terrestres, a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios e o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes, e d outras providncias. A ANTT absorveu dentre
outras, as competncias relativas a concesses do extinto DNER.
A Polcia Rodoviria Federal (PRF) uma polcia federal, subordinada ao Ministrio da
Justia, cuja principal funo combater os crimes nas rodovias e estradas federais do Brasil,
assim como monitorar e fiscalizar o trfego de veculos, embora tambm tenha passado a
exercer trabalhos que extrapolam
sua
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135
136
Risco Principal
Risco Subsidirio
Desprendimento de gs devido presso ou
Explosivos
2
reao qumica.
Inflamabilidade de lquidos (vapores) e
Gs
3
gases ou lquido sujeitos ao autoaquecimento.
Inflamabilidade de slido ou slidos
Lquidos inflamveis
4
sujeitos ao autoaquecimento.
Slidos inflamveis
Substncia oxidante
Substncia txica
Radioatividade.
138
Material radioativo
Corrosividade.
Substncia corrosiva
Substncias e
A substncia reage perigosamente com gua
9
artigos perigosos
X
(utilizado como prefixo do cdigo numrico).
diversos
139
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142
MODELO 7
143
144
145
146
MANIFESTO DE CARGA
147
COLETNEA
DAS
PRINCIPAIS
LEGISLAES
DO
TRANSPORTE
RESOLUES CONTRAN
Resoluo CONTRAN n 258 de 30 de novembro de 2007.
Regulamenta os artigos 231, X e 323 do Cdigo Trnsito Brasileiro, fixa metodologia de
aferio de peso de veculos, estabelece percentuais de tolerncia e d outras providncias.
Resoluo CONTRAN n 211 de 11 de novembro de 2006.
Requisitos necessrios circulao de Combinaes de Veculos de Carga CVC, a que se
referem os Arts. 97, 99 e 314 do Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB).
Resoluo CONTRAN n 210 de 13 de novembro de 2006.
Estabelece os limites de peso e dimenses para veculos que transitem por vias terrestres e d
outras providncias.
Resoluo CONTRAN n 577 de 21 de setembro de 1966.
Dispe sobre o transporte de cargas sobre carrocerias dos veculos classificados nas espcies
automveis e mistos. Ex: Transporte de barcos, asa delta sobre veculos de passeio.
149
RECEITA FEDERAL
Instruo Normativa n 21/Secretaria da Receita Federal/MF, de 14 de fevereiro de
1989.
Estabelece normas relativas operacionalidade aduaneira a ser observada no transporte
internacional de carga, por via rodoviria. DOU de 1/3/89 p. 3.096/98
Instruo Normativa DPRF n 56 - de 23 de agosto de 1991.
Institui o Manifesto Internacional de Carga Rodoviria/Declarao de Trnsito Aduaneiro MIC/DTA e estabelece normas para sua emisso e utilizao.
150
ANTT
Resoluo N 3658 de 19/04/2011.
Regulamenta o art. 5- A da Lei n 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispe sobre o
transporte rodovirio de cargas por conta de terceiros mediante remunerao e revoga a Lei n
6.813, de 10 de julho de 1980.
Resoluo n 3056, de 12 de maro de maro de 2009. DOU de 13 de maro de 2009.
Dispe sobre o exerccio da atividade de transporte rodovirio de cargas por conta de terceiros
e mediante remunerao, estabelece procedimentos para inscrio e manuteno no Registro
Nacional de Transportadores Rodovirios de Cargas RNTRC e d outras providncias.
Resoluo n 68, de 23 de setembro de 1998.
Estabelece os requisitos de segurana necessrios circulao de Combinaes de Veculos
de Carga - CVC, a que se referem os artigos 97, 99 e 314 do Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB e os 3 e 4 dos artigos 1 e 2, respectivamente da Resoluo 12 / 98 do CONTRAN.
Destinada a combinao de veculos que transportam cargas divisveis. Ex: Caminho tipo
Romeu e Julieta, Bi trem articulado, Treminho, Tri trem e Rodo trem. (*) Revogada pela
Resoluo n 211, de 13.11.2006.
Resoluo n 21, de 28 de maio de 2002.
Disciplina a expedio de Licena Originria e Autorizao de Viagem Ocasional, para
empresas nacionais de transporte rodovirio de cargas autorizadas a operar no transporte
151
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Mdulo III
Procedimentos Operacionais
do Transporte de Cargas
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Dentro das cidades o transporte de produtos perigosos exige um controle maior devido ao
grande volume de pessoas. Dentre os produtos que so transportados nesse meio, os que mais
trazem riscos a populao so os derivados dos combustveis fosseis, qumicos e os lixos
hospitalares. A fiscalizao que ocorre nesses meios de transporte bem severa com as
empresas, mais ainda apresentam falhas devido falta de funcionrios qualificados e em
quantidade suficiente. bastante comum ver o transporte do botijo de gs, ser feito em
motos o que proibido pela legislao de trnsito, mas pouco fiscalizado pelos rgos
competentes.
Os danos representados pela alterao das caractersticas fsicas, qumicas, biticas,
culturais, artificiais e/ou antrpicas do meio ambiente , independentemente de sua extenso,
quantidade e gravidade, podero atingir, de forma direta ou indireta: residncias e moradias;
as atividades humanas relacionadas ao trabalho e produo (comrcio, indstria, institucional,
agricultura, pecuria, etc.), ao ensino, ao transporte, ao lazer e etc.
No bastassem, os impactos negativos podero afetar tambm postos de servio, depsitos de
alimentos, creches, hospitais, consultrios, escritrios, igrejas e templos, etc., assim como os
cursos dgua, inclusive mananciais e suas respectivas reas de proteo; as Unidades de
159
160
expedidor; problemas com amarrao de embalagens e com a qualidade das embalagens; falta
de profissionalismo; falta de fiscalizao.
Todos os envolvidos no transporte de cargas tm as suas responsabilidades bem definidas:
O fabricante importante nesse segmento, deve colaborar para que o translado seja feito da
melhor maneira possvel. Sua parte compete em fornecer todas as informaes sobre o
produto transportado, dentre elas o cuidado que deve ser ministrado ao produto no manuseio.
As informaes que devem constar na ficha de emergncia e as especificaes tcnicas que
devem ser seguidas para o devido acondicionamento e forma de transporte do produto.
O expedidor o responsvel pelo transporte, deve ter conhecimentos tcnicos especficos para
esse tipo de transporte; verificar as condies do veiculo transportador (fazer um check list);
em se tratando de produtos perigosos, proporcionar o treinamento para os empregados que
iro manipular os produtos; zelar para que no se efetue o transporte de produtos perigosos
incompatveis, bem como o transporte em conjunto com alimentos destinados ao consumo
humano ou animal; dentre outras providncias que achar necessrio para o transporte de
forma mais adequada.
Caber, tambm, ao empregador divulgar as instrues de segurana aos trabalhadores,
mantendo esta informao devidamente atualizada.
Estas instrues devem conter informaes de segurana genricas como, por exemplo, a
preparao do veculo para as viagens, o acondicionamento da carga e os procedimentos de
carga e descarga, a colocao de toldos nos reboques, as regras de acoplamento do trator ao
reboque/semirreboque e demais instrues de conduo como a organizao do tempo de
conduo e descanso, o controle da administrao de medicamentos (por exemplo, atravs da
divulgao de instrues que contenham os medicamentos que podem afetar a conduo) e
outras regras tais como as que visem a eliminao do consumo de bebidas alcolicas.
A Consolidao das Leis Trabalhistas brasileiras ao tratar da segurana do trabalho, reza em
seu art. 157 que: Cabe s empresas: I cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e
161
Discos de freio
Pastilhas de freio
Tambor de freio
Freio a tambor
Amortecedores
Quando esto gastos deixam de exercer a sua funo e fica sem ao, o que leva ao desgaste
prematuro dos componentes da suspenso.
Molas
Quando esto gastas ficam sem ao e provocam o desgaste prematuro dos componentes da
suspenso.
Bandejas e braos
Pivs e buchas
Folga ou gastos.
Folga ou gastos.
163
Filtro de ar
Fazer teste visual regularmente e se estiver escuro, substitua o componente por outro da
mesma qualidade e especificaes sugeridas pelo fabricante.
Palhetas do para-brisa
Substituir o componente por outro de qualidade que atenda s especificaes do fabricante
quando a borracha der sinais de ressecamento. O ideal trocar a pea a cada seis meses. Para
promover a limpeza do para-brisa e eliminar as impurezas ali acumuladas, o ideal usar uma
soluo de gua com um pouco de lcool e aplic-la com um pano limpo no vidro.
Bateria
Sempre que ligar o veculo procure mant-lo em funcionamento por pelo menos 20
minutos para que nesse perodo a carga da bateria perdida durante a partida, seja
totalmente recomposta.
Uma bateria descarregada pode ser identificada por dificuldade de partida, luzes fracas,
problemas causados por regulador de voltagem desregulado, correia frouxa ou fio de terra
solto.
Lembre-se que a constatao de defeito s possvel por meio de equipamentos que testam
todos os elementos da bateria.
No aceite que testem sua bateria com cabos, fechando o curto-circuito entre os polos. Este
procedimento, alm de ser enganoso, pode prejudicar a bateria, fazendo-a ferver, o que no
caracteriza defeito.
Se desejar instalar qualquer opcional eltrico no original, verifique antes se poder haver
um comprometimento do sistema eltrico. Aps essa verificao, assegure-se que a bateria
164
atual compatvel com a nova demanda eltrica. As duas verificaes podem ser feitas
numa rede autorizada e no seu autoeltrico de confiana.
Evite o uso prolongado de equipamentos eletrnicos como rdio e DVD com o veculo
desligado. O consumo excessivo poder descarregar a bateria.
Evite ligar e desligar o veculo muitas vezes durante o dia sem intervalos suficientes (20
minutos pelo menos) para a recomposio da carga da bateria.
Faris
A troca deve feita, sempre aos pares, a cada 50 mil km garantindo, assim, que os faris direito
e esquerdo estejam iluminando de forma uniforme. As lmpadas podem perder a fora antes
mesmo desse perodo, por isso importante ficar de olho nelas. Se estiverem escuras, sinal
que esto com baixa luminosidade.
Quando os faris esto regulados, os fachos de luz tm uma inclinao de 15 graus para o
lado direito, permitindo que o motorista enxergue placas de sinalizao distncia e tambm
para evitar a perda da visibilidade momentnea de que quem trafega no sentido contrrio.
Pneus
Pneus em bom estado garantem a segurana do veculo, a dirigibilidade e o desempenho do
veculo.
Os pneus possuem indicadores de desgaste que so visveis, nunca deixe ultrapassar o limite
permitido (1,6 mm), aps anlise do seu estado geral.
Ao fazer a substituio dos pneus, opte por modelos que possuem a mesma medida ou medida
opcional recomendada pelo fabricante.
165
O rodzio deve ser feito a intervalos de 5.000km, ou antes, se voc perceber um desgaste
irregular nos pneus.
Alinhamento
A cada 5.000 km
A cada troca de pneus quando os pneus estiverem apresentando desgaste excessivo na rea
do ombro.
Vibrao do carro.
Volante duro.
Balanceamento
166
Subclasse
Definies
1.1
1.2
1.3
Classe 2
Gases
1.4
1.5
1.6
2.1
2.2
2.3
4.1
Slidos
inflamveis,
substncias
autorreagentes
e
explosivos
slidos
insensibilizados: slidos que, em condies de
transporte, sejam facilmente combustveis, ou
que por atrito possam causar fogo ou
contribuir para tal; substncias autorreagentes
que possam sofrer reao fortemente
exotrmica;
explosivos
slidos
insensibilizados que possam explodir se no
estiverem suficientemente diludos.
4.2
Classe 3
Lquidos Inflamveis
Classe 4
Slidos Inflamveis;
Substncias sujeitas
168
combusto espontnea;
substncias que, em
contato com gua,
emitem gases
inflamveis.
4.3
5.1
5.2
6.1
6.2
Classe 5
Substncias Oxidantes e
Perxidos Orgnicos
Classe 5
Substncias Oxidantes e
Perxidos Orgnicos
Classe 6
Substncias Txicas e
Substncias Infectantes
Classe 7
Material radioativo
Classe 8
Substncias corrosivas
Classe 9
169
170
conhecido como Orange Book, bem como no Acordo Europeu para o Transporte
Rodovirio e no Regulamento Internacional Ferrovirio de Produtos Perigosos na Europa.
Tal regulamentao compreende, basicamente, os Decretos 96.044, de 18 de maio de 1988, e
98.973, de 21 de fevereiro 1990, que aprovam, respectivamente, os Regulamentos para o
Transporte Rodovirio e Ferrovirio de Produtos Perigosos, complementados pelas Instrues
aprovadas pela Resoluo ANTT n 420, de 12 de fevereiro de 2004, e alteraes posteriores.
172
EMBALAGENS E VOLUMES
Produtos perigosos devem ser acondicionados em embalagens e volumes de boa qualidade e
resistentes para suportar os choques e as operaes do transporte.
Exigncias aplicveis:
Ensaios de acordo com programa de avaliao da conformidade conforme
regulamentao de cada Estado Parte.
Marcao.
Exibio do nome apropriado para embarque e do nmero ONU correspondente,
precedido das letras UN ou ONU em cada volume.
173
PERIGOS E PICTOGRAMAS
174
175
A Resoluo ANTT 420/04 foi resultado da anlise da equipe tcnica da ANTT, tendo como
parmetro as recomendaes internacionalmente praticadas, bem como as contribuies
encaminhadas pelos agentes envolvidos em toda a cadeia dessa atividade, quando da
submisso do texto da referida resoluo a processos de Audincia Pblica.
Um produto considerado perigoso para o transporte, quando o mesmo se enquadrar numa
das nove classes de produtos perigosos, que esto estabelecidas tambm na Resoluo n 420,
de 12/2/04 da ANTT.
No entanto, o produto no precisa necessariamente estar listado na Relao de Produtos
Perigosos, cabendo ao expedidor ou fabricante verificar a partir das caractersticas fsicoqumicas, se o seu produto se enquadra em uma das classes.
A Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou, ontem (08), duas resolues
publicadas no Dirio Oficial da Unio DOU.
A resoluo de n 3.762, altera e revoga dispositivos da Resoluo ANTT n 3.665, de 4 de
maio de 2011, que "Atualiza o Regulamento para o Transporte Rodovirio de Produtos
Perigosos". Segundo o documento, foi percebida a necessidade de proceder ajustes na
regulamentao do transporte rodovirio de produtos perigosos. Esta resoluo entra em vigor
a partir do dia 07 de maio de 2012.
176
3.762,
DE
26
DE
JANEIRO
DE
2012
Art. 1 - Os artigos 2, 3, 6, 7, 25, 26, 28, 38, 46, 47, 53, 54 e 59 da Resoluo ANTT n
3665, de 4 de maio de 2011, que Atualiza o Regulamento para o Transporte Rodovirio de
Produtos Perigosos, aprovado pelo Decreto n 96.044, de 18 de maio de 1988, e d outras
providncia, passam a vigorar com a seguinte redao:
Art. 2 - O transporte rodovirio, por via pblica, de produtos que sejam perigosos, por
representarem risco para a sade de pessoas, para a segurana pblica ou para o meio
ambiente, fica submetido s regras e aos procedimentos estabelecidos neste Regulamento e
nas suas instrues complementares, sem prejuzo do disposto nas normas especficas de cada
produto.
177
perigosos para fins de transporte deve atender ao disposto nas instrues complementares a
este Regulamento. (NR)
Art. 3
1 Para veculos e equipamento de transporte que no apresentem contaminao ou resduo
dos produtos transportados, a sinalizao deve ser retirada aps o descarregamento."
Art. 6 O transporte de produtos perigosos somente pode ser realizado por veculos e
equipamentos de transporte cujas caractersticas tcnicas e operacionais, bem como o estado
de conservao, limpeza e descontaminao, garantam condies de segurana compatveis
com os riscos correspondentes aos produtos transportados, conforme estabelecido pelas
autoridades competentes." (NR)
Art. 28. Sem prejuzo do disposto na legislao fiscal, de transporte, de trnsito, relativa aos
produtos transportados, e nas instrues complementares a este Regulamento, os veculos ou
178
...
3 ..
III - acidentado ou danificado, no comprovar a realizao de reparo acompanhado por
organismo de inspeo acreditado e de nova vistoria aps sua recuperao." (NR)
Art. 47. Quando o transporte for realizado por transportador autnomo, os deveres e
obrigaes a que se referem os itens VII, VIII, e de X a XIII do art. 46, constituem
responsabilidade de quem o tiver contratado."(NR)
179
"Art. 53:
...
II - ..
b) transportar produtos perigosos em veculo ou equipamento de transporte em estado
inadequado de conservao, limpeza ou descontaminao, em desacordo ao art. 6.
e) transportar produtos perigosos em embalagens que no possuam a identificao relativa aos
produtos e seus riscos, em desacordo ao art. 11.
III
e) transportar produtos perigosos em veculo cujo condutor ou auxiliar no estejam usando o
traje
mnimo
obrigatrio
previsto
no
pargrafo
nico
do
art.
26."
(NR)
"Art. 54
Iq) expedir produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais de violao, deteriorao
ou
mau
estado
de
conservao,
em
desacordo
ao
art.
48;
e"
(NR)
...
"Art. 59. Esta Resoluo entra em vigor 360 dias aps a sua publicao." (NR)
Art. 2 O artigo 3 e o inciso II do artigo 54 passam a vigorar acrescidos do pargrafo 2 e das
alneas e e f, respectivamente:
"Art. 3.
2 Para veculos e equipamento de transporte que apresentem contaminao ou resduo dos
produtos transportados, a sinalizao deve ser retirada aps operaes de limpeza e
descontaminao, observado o disposto nas Instrues Complementares a este Regulamento."
(NR)
180
"Art. 54.
II - .....
e) expedir produtos perigosos em veculo cujo condutor no esteja devidamente habilitado em
desacordo ao caput do art. 22;
f) expedir produtos perigosos em veculo ou equipamento de transporte em estado inadequado
de conservao, limpeza ou descontaminao, em desacordo ao art. 6." (NR)
Art. 3 Ficam revogados o pargrafo nico do art. 3, o 2 do art. 28, e o inciso XIV do art.
46, da Resoluo ANTT n 3.665, de 4 de maio de 2011; e a Resoluo ANTT n 3.671, de 17
de maio de 2011.
Art. 4 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.
BERNARDO FIGUEIREDO
Diretor-Geral
181
RESOLUO
3.763,
DE
26
DE
JANEIRO
DE
2012.
c) Produtos perigosos que estejam sendo utilizados para a operao dos equipamentos
especializados dos meios de transporte (Ex: Unidades de refrigerao).
d) Produtos perigosos embalados para venda no varejo, portados por indivduos para uso
prprio.
Nota 1: Provises especiais, estabelecidas no Captulo 3.3, podem tambm indicar produtos
no-sujeitos a este Regulamento."(NR)
III - O captulo 1.1 passa a vigorar acrescido dos itens 1.1.3, 1.1.3.1, 1.1.4 e 1.1.4.1, com as
seguintes redaes:
"1.1.3 Normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT aplicveis ao transporte
terrestre de produtos perigosos
1.1.3.1. No transporte terrestre de produtos perigosos, as seguintes Normas da ABNT devem
ser atendidas:
183
184
IX
item
5.1.1.2
passa
vigorar
com
seguinte
redao:
"5.1.1.2 A informao dos riscos para expedio de produtos perigosos, para transporte,
constituda pela sinalizao da unidade e os equipamentos de transporte e pela identificao
dos volumes."( NR)
X - O item 5.1.1.2 passa a vigorar acrescido dos itens 5.1.1.2.1, 5.1.1.2.2 e de Nota com as
seguintes redaes:
5.1.1.2.2 A identificao dos volumes feita por meio da rotulagem (afixao dos rtulos de
risco), marcao e demais smbolos aplicveis. Tal marcao consiste, em regra, na aposio
do nmero ONU e do nome apropriado para embarque do produto.
Nota: Volumes podem exibir informaes ou smbolos adicionais para indicar, por exemplo,
as precaues a serem tomadas durante seu manuseio ou estivagem." (NR)
XI - O item 5.1.1.3 fica excludo.
XII - O item 5.1.3.1 passa a vigorar com a seguinte redao:
"5.1.3.1 Exceto no caso da Classe 7, uma embalagem vazia e no limpa que tenha contido
produtos perigosos deve permanecer identificada como exigido para aqueles produtos
perigosos, a no ser que, para anular qualquer risco, tenham sido adotadas medidas como
limpeza, desgaseificao ou novo enchimento com uma substncia no perigosa que
neutralize o efeito do produto anterior."(NR)
185
externa, esta deve ser identificada conforme exigido para cada substncia. Rtulos de risco
subsidirio so dispensados se os riscos estiverem representados por um rtulo de risco
principal."(NR)
com
setas
abaixo
que
correspondam
ou
de
orientao
s
semelhantes
disposies
da
ilustraes
norma
ISO
mostradas
780:1997.
5.2.3.2.1.1 As setas de orientao devem ser colocadas em dois lados verticais opostos do
volume e apontar corretamente para cima. Devem figurar dentro de um retngulo e terem
dimenses proporcionais ao tamanho do volume, de forma que fiquem claramente visveis.
Devem ser de cor preta ou vermelha sobre um fundo de cor branca ou de cor contrastante.
Opcionalmente, pode ser exibida uma borda retangular de linha contnua.
ALGUMAS NORMAS SOBRE O TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS:
DECRETO N 96.044, DE 18 DE MAIO DE 1988
Art 2 - Durante as operaes de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e
descontaminao os veculos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso
devero portar rtulos de risco e painis de segurana especficos, de acordo com a
ABNT/NBR-7500 e 8286 (A ABNT/NBR 8286 foi incorporada a ABNT/NBR 7500).
Art. 3 - Os veculos utilizados no transporte de produto perigoso devero portar o conjunto
de equipamentos para situaes de emergncia indicado por Norma Brasileira ou, na
inexistncia desta, o recomendado pelo fabricante do produto (A norma brasileira aplicada
a ABNT/NBR 9735).
187
188
190
191
Toda vez que houver suspeita de pequenos vazamentos, dever ser usada uma esponja
embebida com gua e sabo, passando-se a mesma no local, verificando-se se h formao de
bolhas.
Nunca dever ser usada chama direta para detectar vazamentos de gs!
Todas as vlvulas devem ser completamente fechadas aps a drenagem, para evitar formao
de gelo nas mesmas.
Sem esta precauo, quando o gelo derreter, o escapamento de gases poder ocasionar srios
acidentes.
Arames ou varetas no devem ser utilizados para desobstruir conexes de purga interrompidas
pela formao de gelo. Recomenda-se, a desobstruo atravs da asperso de gua ou vapor.
Lquidos e slidos inflamveis
Se o produto for transportado a granel, ele dever estar embalado em contineres, levantados
por guindastes apropriados.
No carregamento e descarregamento de slidos inflamveis, no h envolvimento do
motorista, salvo em situaes onde o controle do veculo de transporte deve ser feito de forma
conjunta com o procedimento de carga e descarga.
Para garantir segurana no transporte, as substncias autorreagentes podem ser
insensibilizadas com o uso de diluentes compatveis.
So considerados diluentes compatveis aqueles slidos ou lquidos que no tenham influncia
prejudicial sobre a estabilidade trmica nem sobre o tipo de risco da substncia autorreagente.
A substncia autorreagente deve ser previamente ensaiada com o diluente, na concentrao e
na forma adotadas no transporte.
No se devem empregar diluentes que, em caso de vazamentos, permitam concentraes
perigosas da substncia autorreagente.
192
193
194
Fogo ou combusto o resultado de uma reao qumica simples e, para que ela se efetive,
necessria presena de quatro elementos: combustvel, comburente, ignio e reao em
cadeia.
Muitas vezes o fogo pode ocorrer a partir da mangueira de borracha envelhecida. Alm disso,
incndios causados pelo aquecimento das lonas de freio so muito comuns.
A combusto pode ser iniciada por fontes de origem trmica, eltrica, mecnica ou qumica.
Alguns materiais, em temperatura ambiente, podem pegar fogo com uma simples fasca.
Outros, no entanto, necessitam de aquecimento prvio para que entrem em combusto.
Cada material possui pontos de inflamabilidade, que se constituem da seguinte forma:
PONTO DE FULGOR - Temperatura mnima em que um combustvel comea a liberar gases
ou vapores inflamveis que, se entrarem em contato com alguma fonte externa de calor, se
incendeia.
S que as chamas no se mantm, no se sustentam, por no existirem gases ou vapores
suficientes.
195
Tetraedro do Fogo
TIPOS DE FOGO
Classe de fogo uma classificao do tipo de fogo, de acordo com o tipo de material
combustvel onde ocorre. As classes de fogo so as seguintes:
196
Fogo Classe A
Fogo Classe B
Ocorre em produtos inflamveis que queimem somente em sua superfcie, no deixando
resduos, como leo, graxas, vernizes, tintas, gasolina e etc.
Fogo Classe C
197
Fogo Classe D
Ocorre em elementos pirofricos como magnsio, zircnio, titnio, entre outros.
198
199
Sendo, a empresa, obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco,
em perfeito estado de conservao e funcionamento, sempre que, as medidas de ordem geral
no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas
profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo
implantadas; e para atender a situaes de emergncia.
Cabe ainda para a empresa, exigir o uso dos EPIs pelos seus funcionrios durante a jornada
de trabalho, realizar orientaes e treinamentos sobre o uso adequado e a devida conservao,
alm de substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
Como em todas as relaes empregador empregado, os trabalhadores tm seus direitos e
deveres, nessa situao no diferente, sendo responsabilidade dos empregados, usar
corretamente o EPI, e, apenas durante o trabalho, mantendo sempre em boas condies de uso
e conservao.
Abaixo, esto listados os principais itens de EPI disponveis, alm de informaes
importantes para assegurar a sua identificao e o uso correto.
PROTEO DA CABEA
Capuz - proteo do crnio contra riscos de origem trmica, respingos de produtos qumicos e
contato com partes mveis de mquinas.
culos - proteo contra partculas, luz intensa, radiao, respingos de produtos qumicos.
200
PROTEO DA PELE
Calados de segurana, botas e botinas - proteo de ps, dedos dos ps e pernas contra
riscos de origem trmica, umidade, produtos qumicos, quedas.
Cintos de segurana tipo paraquedista e com talabarte, trava quedas, cadeiras suspensas
- uso em trabalhos acima de 2 metros.
PROTEO RESPIRATRIA
201
Calas, conjuntos de cala e bluso, aventais, capas - proteo contra calor, frio, produtos
qumicos, umidade, intempries.
Muitos trabalhadores e empresas, que no utilizam o EPI se baseiam em alguns mitos como
desculpa que no mais servem como argumento. O mito mais constante, EPI so
desconfortveis j est ultrapassado, pois hoje em dia eles so confeccionados com materiais
leves e confortveis, a sensao de desconforto est associada a fatores como a falta de
treinamento e ao uso incorreto. Outro comum, EPI caro tambm no comporta com a no
utilizao, estudos comprovam que os gastos relativos a eles representam em mdia, menos de
0,05% dos investimentos.
O trabalhador recusa-se a usar, somente quando no est consciente do risco e da importncia
de proteger sua sade. Assim como na dcada de 80, quase ningum usava cinto de segurana
nos automveis, com a divulgao dos benefcios e a conscientizao da populao, hoje, a
maioria dos motoristas usa e reconhece a importncia deste dispositivo.
Usar corretamente o EPI um tema em constante evoluo, exigindo reciclagem contnua dos
profissionais responsveis, para assim, encontrarem medidas cada vez mais econmicas e
eficazes para proteo dos trabalhadores, alm de evitar problemas trabalhistas.
O desenvolvimento da percepo do risco aliado a um conjunto de informaes e regras
bsicas de segurana so ferramentas fundamentais para evitar exposio e assegurar o
sucesso das medidas individuais de proteo sade das pessoas.
Sendo o transporte de produtos perigosos uma situao que expe a riscos o trabalhador, os
EPIs so uma obrigatoriedade. A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) traz os
equipamentos pertinentes a esse tipo de atividade.
202
Filtros para poeira: so dispositivos que contm membrana que purifica o ar respirvel,
retendo poeira.
Mscara panormica: o equipamento que cobre a boca, o nariz e olhos, que pode ser
acoplado diretamente ou atravs de uma traqueia, a filtro que protege o usurio contra
atmosfera inspita e permite um campo de viso amplo.
Semimscara: o equipamento que cobre somente a boca e nariz, que pode ser acoplada a
um filtro, protegendo o usurio contra uma atmosfera inspita.
Em relao a situaes de emergncia no transporte rodovirio de produtos perigosos h um
conjunto mnimo de equipamentos. Por emergncia entende-se a ocorrncia caracterizada por
um ou mais dos seguintes fatos:
Incndios.
Exploses.
203
204
205
SADE
Nenhuma atividade de trabalho est livre de riscos de acidentes, mas algumas so mais
factveis pelo fato de os trabalhadores permanecerem constantemente expostos a algum tipo
de ameaa. Cada atividade apresenta determinadas caractersticas que aumentam a
probabilidade de doena ou morte. As condies de vida aliadas tambm s condies de
trabalho so fatores determinantes nas diversas situaes de vida dos trabalhadores e logo
podem influenciar a sade de forma negativa.
As atividades ligadas ao setor de transporte rodovirio so de elevado risco sade fsica e
mental do trabalhador. A significativa participao deste setor nas mortes, doenas, acidentes
do trabalho e de trajeto, tendo em vista sua importncia ao fornecer o direito de ir e vir da
sociedade aponta para urgentes compromissos na criao de condies de trabalho e sade
para este profissional.
Inmeros so os prejuzos sade decorrente da atividade de trabalho no setor de transporte
rodovirio. Vrios estudos investigam as relaes de causalidade entre as condies de
trabalho e a incidncia de doenas crnicas. A maior parte destes ressalta que os riscos de
acidentes e doenas so oriundos do ambiente de trabalho, ou seja, dos prprios veculos de
transporte de cargas e de passageiros. Estes riscos podem precipitar a ocorrncia de um
acidente de trnsito, pois causam desvios na habilidade, nas percepes auditivas e visuais e
condies psquicas do motorista profissional. Os riscos que advm do local de trabalho
podem ser avaliados segundo seus principais agentes: rudo, calor, ventilao e os aspectos
ergonmicos. Estes fatores agem diretamente sobre a sade fsica e mental do motorista que,
em conjunto com outros fatores de natureza exgena (congestionamentos, hbitos
comportamentais e a violncia) potencializam os acidentes de trnsito, de trajeto e as doenas
ocupacionais.
O rudo no trnsito, alm de potencial causador de surdez ocupacional, pode tambm agir
contra a sade mental do motorista profissional. Os trabalhadores expostos ao excesso de
rudo esto mais propensos surdez ocupacional, assim como pode levar a uma alterao de
seu comportamento associado ao barulho constante. A fadiga e a irritabilidade so exemplos
206
de reaes relatadas por profissionais que ficam expostos a rudos intensos. Desse modo, a
poluio sonora vem a ser um perigo sade pessoal, estabilidade emocional e eficincia
do motorista. Outros fatores capazes de alterar a estabilidade emocional do motorista so o
excesso de calor e a falta de ventilao no ambiente de trabalho.
As condies ergonmicas dos veculos de transporte de cargas so um aspecto importante
para a sade e segurana dos motoristas. As precrias condies de instalaes so
prejudiciais, por exemplo, para a coluna vertebral dos profissionais que passam horas a fio
sentados ao volante. O assento na maior parte das vezes a principal causa das dores nas
costas, pois em muitos veculos os itens ergonmicos mnimos necessrios para o conforto e
maior adequabilidade do trabalhador ao instrumento de trabalho no so atendidos. O tipo de
cmbio e direo nos veculos so tambm elementos ergonmicos importantes para evitar a
fadiga do profissional e o surgimento de doenas decorrentes dessa atividade. A sobrecarga
muscular do motorista intensa, pois a troca de marcha feita mais de mil vezes por jornada
de trabalho. Desta forma, o uso de cmbio automtico e da direo hidrulica so alternativas
que diminuem a fadiga e o cansao muscular do profissional.
Outro fato importante a considerar o prolongamento da jornada de trabalho, que em
conjunto com os demais fatores acima potencializa os danos sade do trabalhador.
O excesso de atividade de trabalho dos profissionais no setor de transporte e a incidncia de
doenas podem despontar para os distrbios do sono, varizes, hrnia de disco e hemorroidas
como as principais doenas que acometem os trabalhadores que esto sujeitos a uma intensa
jornada de trabalho. Por isso, essencial que se faa pausas entre as viagens para o descanso.
Nos percursos de longas distncias os transportadores alimentam-se de forma inadequada (em
geral, eles comem muita protena, proveniente de carnes e gorduras e apresentam ndice de
massa corporal acima de 25, indicando sobrepeso), dormem mal e consomem, de forma
exagerada, refrigerantes, cafena e medicamentos para inibir o sono e aumentar o estado de
alerta (mas que se consumidos de forma excessiva podem causar alucinaes e
hiperexcitabilidade).
207
ato, que reduza a capacidade do condutor de pensar, decidir e agir no trnsito torna-se
preocupante.
Os ndices de mortalidade por acidentes de trnsito, ocasionados por uso de lcool e outras
drogas, vm crescendo assustadoramente, seja por consumo do prprio condutor ou mesmo de
pedestres.
lcool, medicamentos (como os tranquilizantes e moderadores de apetite, conhecidos tambm
por rebites) e as drogas de abuso como a maconha, a cocana e o crack, so exemplos desses
fatores que, alm de interferir na capacidade do condutor de dirigir, causam srios danos sua
sade e muitas vezes, levam ao envolvimento em graves acidentes, com vtimas fatais.
Alm desses impactos, o consumo e o abuso dessas drogas podem ainda ocasionar srios
problemas sociais e profissionais, levando o usurio a uma situao de total isolamento,
afastando-o de seus colegas de trabalho, amigos e familiares.
As drogas, em geral so divididas em dois grandes grupos, segundo o critrio de legalidade:
drogas lcitas e ilcitas.
As lcitas so todas aquelas legalizadas, produzidas e vendidas livremente e aceitas
socialmente. Os principais exemplos dessas drogas so o cigarro e o lcool.
J as drogas ilcitas so aquelas que tm sua venda e consumo proibidos por lei e tambm, no
so aceitas socialmente, como a maconha, a cocana e o crack, alm dos medicamentos
comprados clandestinamente, ou seja, sem a prescrio mdica, quando obrigatria.
LCOOL
Algumas pessoas acreditam que o consumo de bebida alcolica est relacionado somente ao
teor de lcool que elas contm. Entretanto, apesar das diferentes graduaes do lcool, o que
determina os efeitos do seu consumo , sem dvida, a quantidade que ingerida.
Ao tomar a bebida alcolica (independente da quantidade), o lcool rapidamente absolvido
pelo organismo, atinge a corrente sangunea e distribudo por todo o corpo. Depois de meia
209
hora, a absoro quase completa. Ele eliminado atravs da urina, suor e ar exalado, por
isso pode ser detectado por um equipamento chamado etilmetro (nome correto do que
conhecemos como bafmetro).
E os efeitos variam de pessoa para pessoa devido a fatores como peso, idade, sexo, estmago
cheio ou vazio ( absorvido mais rapidamente se o estmago estiver vazio), tipo de refeio, a
quantidade, o tipo de bebida, associao ou no com medicamentos e drogas e o estado geral
de sade.
O lcool uma droga que, quando ingerida , ocasiona o desligamento de certas reas do
crebro provocando sensaes diversas. Em um primeiro momento, a rea atingida a que
atua sobre o estado de inibio do indivduo. A pessoa fica mais falante, socivel, desinibida.
Mas, conforme aumenta a quantidade de lcool no sangue ficam comprometidas a capacidade
de concentrao, de reao, reflexos, assim como o aumento do tempo para tomada de
deciso,componentes fundamentais para a conduo de veculos com segurana.
A intoxicao por lcool conhecida como embriaguez e neste quadro manifestam-se os
sintomas anteriormente descritos. Quando se est intoxicado (embriagado) o nico remdio
esperar o organismo realizar seu trabalho de desintoxicao atravs da eliminao do lcool.
Aps a intoxicao segue-se a ressaca, quando o indivduo ainda continua com os reflexos e
coordenao motora prejudicada e ainda alguns sintomas secundrios tais como dor de
cabea, sensibilidade a sons e claridades. Este quadro pode permanecer por at 48 horas.
Pela atual legislao (Lei n 11.705/2008) no se pode dirigir com concentrao de lcool
igual ou superior a 0,2 gramas por litro de sangue. Com essa quantidade, o condutor j fica
com os reflexos mais lentos, a viso alterada e pode dirigir de forma perigosa.
DROGAS
Drogas so substncias que ao serem introduzidas no organismo produzem alteraes nas
funes, sensaes e nos sentidos, pois so distribudas pela corrente sangunea para todo o
corpo e alcanam os locai, onde exercero sua ao rapidamente.
210
Maconha o nome que se d no Brasil para uma planta cujo nome cientifico Cannabis
Sativa que possui mais de 400 substncias qumicas. A planta Cannabis Sativa ilegal no
Brasil, de acordo com a Lei n 11.343/2006 que estabelece normas para represso produo
no autorizada e ao trfico ilcito de drogas.
As partes da planta depois de secas podem ser fumadas ou ingeridas (via oral) onde so
adicionadas a alimentos. Quando fumada, passa dos pulmes para a corrente sangunea,
atingindo o crebro em segundos, seus efeitos eufricos tm incio em 20 a 30 minutos e
levam em mdia de 2 a 5 horas para desaparecem. Quando ingerida, a absoro bem mais
lenta, levando at de 30 a 60 minutos.
Essa droga desencadeia tanto sintomas fsicos como psquicos em curto prazo: olhos
avermelhados; boca seca; taquicardia (o corao bate mais rpido); dilatamento da pupila;
vermelhido no rosto; perda da coordenao motora; inquietao; aumento da agressividade;
paranoia; diarreia ou priso de ventre; dor de cabea; hipertenso (presso alta); aumento da
temperatura corprea-febre; viso borrada; insnia; torpor (dormncia) e at convulso
quando utilizada em altas doses; perda da noo de tempo e espao (o tempo passa mais
lentamente, um minuto pode parecer uma hora e as distncias parecem ser muito maiores do
que realmente so); euforia; coordenao motora diminuda; alterao da memria recente;
falha nas funes intelectuais e cognitivas; maior fluxo de ideias, pensamento mais rpido do
que a capacidade de falar (o que acaba por dificultar a comunicao oral, a concentrao, o
aprendizado e o desenvolvimento intelectual); gerao de ideias confusas.
Cocana uma substncia presente nas folhas de uma planta nativa dos Andes cujo nome
Erythroxylon Coca. As folhas so conhecidas por folhas de coca e so usadas pelas
populaes nativas do Peru, Bolvia e Venezuela.
211
A cocana, que uma droga ilegal, pode ser encontrada no mercado clandestino na forma de
p branco, o cloridrato de cocana, que consumida por via nasal (cheirada) ou dissolvido
em gua e injetado. Pode tambm ser encontrada na forma de base que fumada, conhecida
por ckack, merla (mela, mel ou melado) e pasta de coca.
Crack uma pedra branca obtida ao aquecer o p de cocana com uma substancia bsica
(bicarbonato de sdio ou amnia), e fumado em cachimbo. A merla, um produto muito
impuro, obtida das primeiras fases de extrao de cocana, das folhas da planta e contm
muitas impurezas que, quando fumada, prejudicam ainda mais sade.
O modo de consumo que determina o inicio dos efeitos da droga. Quanto mais rapidamente
entra na corrente sangunea e atinge o crebro, mais intensa a ao. Se a cocana for injetada
ou fumada, o incio dos efeitos ocorre em alguns segundos, que podem durar
aproximadamente 5 minutos. Esse o grande perigo do crack e das outras formas que so
fumadas, pois o efeito rpido e o usurio vai busca de mais drogas, o pode torn-lo
dependente mais rapidamente. Se cheirada, somente 20 a 30% da cocana so absorvidos e os
efeitos surgem aps 10 a 15 minutos.
A cocana um potente estimulador do sistema nervoso central, isto afeta diretamente o
crebro. Por ser estimulante, pode levar a problemas cardacos e cerebrais, em um curto
espao de tempo podendo, inclusive, ocasionar um ataque cardaco e consequentemente, a
morte do usurio.
Quando consumida junto com bebidas alcolicas, h a formao (pelo fgado) de uma
terceira substncia chamada Cocaetileno, que causa uma sensao ainda maior de euforia e
mais txica para o sistema cardiovascular, tornando iminente o risco de morte sbita.
Anfetaminas ou anfetamnicos so substncias produzidas em laboratrios e apresentam-se
na forma de medicamentos e tambm como drogas ilegais (ecstasy e a metanfetamina, por
exemplo).
Esse medicamento de uso controlado e s podem ser vendidos com receita mdica, que fica
retida na farmcia, pois seu consumo para outros fins, que no mdicos, so proibidos.
212
214
Alm dos efeitos j descritos, os anfetamnicos, assim como a cocana e o crack, agem na
pupila do olho produzindo a sua dilatao e prejudicando a viso noturna. Se utilizados em
grandes quantidades, podem ainda, surgir distrbios como paranoia, reaes de pnico e
alucinaes, levando o indivduo a frear repentinamente o veiculo ou mesmo desvi-lo de
obstculos inexistentes.
ERGONOMIA E GINSTICA LABORAL PARA CONDUTORES DE TRANSPORTE
RODOVIRIO DE CARGAS
CONCEITO DE ERGONOMIA: um trabalho interprofissional que procura contribuir
para o ajuste mtuo entre o ambiente de trabalho e o ser humano, tornando-os compatveis
com as necessidades, habilidades e limitaes dos profissionais no desempenho de suas
atividades laborais.
No caso dos condutores de veculos de transporte rodovirio de cargas possvel afirmar que
a ergonomia pode contribuir para o conforto, segurana e produtividade do mesmo
enquanto dirige seu veculo.
O corpo se acostuma com posturas erradas que se tornam confortveis, e assim acontece com
o condutor dentro da sua cabine. Ao corrigir a postura, o condutor provavelmente sentir
desconfortos, o que normal no incio. A grande dica que mude aos poucos, ou seja:- ao
iniciar a viagem arrume o banco e comece com a postura recomendada nos itens descritos
abaixo.
215
- ao sentir desconforto, o condutor deve utilizar a postura que j est acostumado (postura de
descanso);
- no se esquecendo de voltar postura correta logo que o desconforto aliviar.
RECOMENDAES AO CONDUTOR QUANTO POSTURA
OMBROS RELAXADOS - Mantenha-os na mesma altura.
O mau posicionamento ou tenso na regio dos ombros pode causar dores, formigamento,
perda de fora nos braos e no pescoo, alm de provocar desvios na coluna.
LOMBAR (parte de baixo das costas) - Mant-la apoiada no encosto do banco,
conservando a curva normal da coluna.
Ao manter a curvatura normal da coluna lombar, evitamos a compresso dos rgos internos e
distribumos o peso entre o quadril e a parte de trs das coxas, aumentando assim a base de
sustentao, o que minimizar problemas de circulao.
PESO DO CORPO Distribu-lo entre o quadril e a parte detrs das coxas.
Ao distribuir o peso do corpo entre o quadril e a parte de trs das coxas, aumentamos a rea
de contato, minimizando a presso exercida em pontos especficos, o que evita problemas de
circulao.
CALCANHARES Mant-los apoiados no assoalho.
216
O quadril deve ficar a pouco mais de 90, mantendo a curvatura normal da coluna e o peso
bem distribudo, para evitar a compresso dos rgos internos, alm de manter a boa
circulao do sangue.
COTOVELOS Mant-los dobrados a pouco mais de 90 e o mais prximo possvel
do tronco.
Os cotovelos devem ficar o mais prximo possvel do tronco para evitar dores e problemas
nos ombros, pescoo e parte de cima das costas, devido tenso constante dos msculos
dessas regies. Alm disso, devem ficar a pouco mais de 90 para favorecer a circulao.
CABEA E QUADRIL Manter o alinhamento entre eles.
Se o condutor mantiver seu corpo de acordo com as recomendaes anteriores, manter o
alinhamento do tronco, ou seja, alinhamento da cabea com o quadril, o que evitar problemas
de coluna.
O trabalho atrs da direo do veculo pode ser muito desgastante e cansativo, por isso vamos
ensinar uma srie de exerccios que vo servir para prevenir danos parte motora do
condutor, ou seja, seus msculos e articulaes. So exerccios simples e muito teis, fceis
do condutor aplicar no seu dia a dia.
217
2 - Fazer crculos com os ps nos sentidos horrio e anti-horrio - fazer 10 vezes para os dois
ps.
EXERCCIOS PARA ALONGAMENTO DAS PANTURRILHAS (batata da perna)
Objetivo: Relaxar os msculos
1 - Uma perna dobrada frente e a outra esticada atrs. Empurrar o quadril frente sem tirar o
calcanhar de trs do cho, alinhando o tronco com a perna de trs. Procure manter as pontas
dos ps voltadas para frente, assim voc sentir bem o alongamento. Manter posio por 30
segundos e fazer com as duas pernas, alternando-as.
2- Apoiar a ponta do p num degrau e levar o calcanhar para baixo deixando o joelho esticado
at sentir que a parte de trs da perna esticou. Manter posio por 30 segundos e fazer com as
duas pernas, alternando-as.
EXERCCIOS PARA ALONGAMENTO DA PARTE ANTERIOR DA COXA E DA
PARTE POSTERIOR DAS PERNAS
Objetivo: Relaxar os msculos.
1 - Apoiar a perna sobre uma superfcie e manter o joelho esticado. Em seguida, incline o
tronco em direo ao joelho da perna elevada (manter a coluna ereta). Manter posio por 30
segundos e fazer com as duas pernas, alternando-as.
2 - Esticar os braos um pouco abaixo da linha dos ombros e girar as mos para dentro e para
fora.
Repetir 10 vezes.
3 - Com os cotovelos prximos ao tronco, abrir as mos esticando bem os dedos. Manter
posio por 30 segundos.
5 - Esticar o brao, um pouco abaixo da linha do ombro e, com a palma da mo para frente,
puxar os 4 dedos para baixo. Manter posio por 30 segundos e fazer com ambas as mos.
6 - Esticar o brao um pouco abaixo da linha do ombro e, com a palma da mo voltada para
cima, puxar o polegar para baixo e para fora. Manter posio por 30 segundos e fazer com
ambas as mos.
219
7 - Esticar o brao um pouco abaixo da linha do ombro e, com a palma da mo para o tronco,
puxar o dorso (costas) da mo em direo ao tronco. Manter posio por 30 segundos e fazer
com ambas as mos.
EXERCCIOS PARA PARTE POSTERIOR DOS BRAOS E OMBROS
Objetivo: Relaxar os msculos.
1 - Colocar uma das mos atrs do ombro e puxar o cotovelo para trs com a outra mo.
Mantenha o olhar para frente deixando o queixo longe do peito e a cabea alinhada. Manter
posio por 30 segundos e fazer com os dois braos.
2 - Com um dos braos esticado, segure atrs do cotovelo e puxe o brao esticado em direo
ao tronco e para cima, no deixando os ombros subirem em direo s orelhas. Manter
posio por 30 segundos e fazer com os dois braos.
EXERCCIOS PARA PEITORAL E REGIO CERVICAL
Objetivo: Relaxar os msculos.
1 - Entrelaar os dedos atrs da nuca, olhar para cima e abrir os cotovelos o mximo possvel.
Manter posio por 30 segundos.
2 - Entrelaar os dedos atrs da nuca, puxar a cabea para baixo relaxando os cotovelos e
permanecer com a coluna ereta. Manter posio por 30 segundos.
EXERCCIOS PARA O PESCOO
Objetivo: Relaxar os msculos
1 - Apoiar uma das mos na lateral da cabea (logo acima da orelha) e puxar lentamente em
ngulo de 45. Manter posio por 30 segundos e fazer para os dois lados.
220
2 - Apoiar uma das mos no topo da cabea, olhar para o lado (45 graus) e puxar a cabea
lentamente em direo ao cho, mantendo a coluna sempre ereta. Manter posio por 30
segundos e fazer para os dois lados.
3 - Girar lentamente a cabea em sentido horrio e anti-horrio por 3 vezes cada lado,
utilizando a amplitude mxima que voc conseguir.
221
TECNOLOGIA
EMBARCADA
EQUIPAMENTOS
DE
CONTROLE
OPERACIONAL
COMPETNCIAS
Conhecer as caractersticas dos equipamentos e tecnologia embarcada.
Identificar equipamentos de tecnologia embarcada.
Conhecer os equipamentos eletrnicos de bordo do veculo.
Conhecer as caractersticas gerais dos equipamentos de comunicao e controle
operacional.
Conhecer o sistema de monitoramento de veculos (rastreamentos via satlite).
222
223
224
225
EBS
O EBS um sistema de traves de disco antibloqueio controlado eletronicamente com um
efeito de travagem elevado e uma reao imediata graas transmisso eletrnica de sinal.
O EBS aumenta a segurana rodoviria para conjuntos de rgidos e semirreboques/reboques.
Os traves das rodas e os traves auxiliares interagem entre si, aumentando a segurana e a
eficincia. Faz parte do equipamento de srie nos caminhes com suspenso pneumtica e
pode ser instalado nalgumas aplicaes com suspenses de molas.
So enviados sinais de travagem para a unidade de comando EBS quando o condutor
pressionar o pedal do travo. Uma srie de sensores para a velocidade das rodas e o desgaste
das pastilhas dos traves envia informaes e a unidade de comando verifica a presso de
travagem de cada eixo e roda. Os moduladores tambm regulam a presso pneumtica
distribuda para os cilindros dos traves. O EBS tambm tem um sistema de segurana
pneumtico.
226
227
228
desta
forma
dosagem
de
combustvel
ideal
RFID
(RADIO
para
relao
consumo/desempenho.
ADM
(MDULO
ADMINISTRATIVO)
FREQUENCY
IDENTIFICATION)
J existem no mercado brasileiro caminhes que possuem Unidades de Comando Eletrnico
consistente em dois mdulos eletrnicos bem distintos entre si. Um mdulo est abrigado na
cabina e recebe o nome de ADM, o outro est no motor preso na lateral esquerda do bloco e
recebe o nome de PLD. Estes dois mdulos esto ligados entre si, atravs de quatro fios
chamados de CAN (Controler Area Network) que muito usado em comunicao entre
computadores.
MDULO DE GERENCIAMENTO DA CABINE (ADM)
O mdulo ADM est abrigado na cabine do veculo prximo da central eltrica, ele possui na
sua disposio construtiva (parte frontal), quatro conectores denominados I, II, III, IV. Estes
conectores so responsveis pelas entradas e sadas e informao deste mdulo.
O mdulo ADM tem como funo:
Ativar as lmpadas de advertncia no painel do veculo.
Verificar se no h nenhuma marcha engrenada no instante da partida.
Solicitar ao mdulo do motor PLD a partida.
Reconhecer e transmitir a solicitao de torque ao PLD aps identificar a posio do pedal
do acelerador.
229
A evoluo em larga escala da tecnologia RFID iniciou-se em 1990 com a inveno do RFID
passivo em UHF (Ultra High Frequency) pela IBM.
CARACTERSTICAS EXCLUSIVAS DO RFID
possvel a leitura a grandes distncias.
Leitura simultnea de vrios itens em alta velocidade.
Permite a gravao de informaes personalizadas em cada chip (rastreabilidade).
Possibilita a identificao de cada item individualmente (Item Level Identification)
O Tag de RFID pode fazer parte do produto: placas de celulares, embalagens de
remdios e etc.
230
Leitores - so os elementos que fazem a leitura e escrita de TAGs. Podem ser fixos, mveis,
portteis e etc.
Antenas - todo interrogador precisa de antenas para comunicao com os tags. Existe um
modelo de antena para cada tipo de aplicao.
Software / Middleware - todo sistema de RFID requer software para comunicao entre o
hardware (leitores e TAGs) e os sistemas (software) existentes de ERP, WMS e etc.
COMO FUNCIONA O RFID PASSIVO?
Princpio de Backscattering = retroespalhamento
231
TAGs RFID
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Semipassivo (BAP Battery Assisted Passive) - um TAG passivo com uma bateria
utilizada para aumentar o desempenho e distncia de leitura/escrita.
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Mveis (Handhelds)
Para leitura manual de itens.
Pequenas quantidades.
Distncias curtas.
Wi-Fi / GPRS / Cdigo de Barras e etc.
234
UM PORTAL RFID
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ANTENAS RFID
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RFID RTLS
RTLS (REAL TIME LOCATION SYSTEM)
Soluo sem fio de frequncia de rdio que monitora continuamente em tempo real recursos
locais monitorados (ativos, veculos, pessoas e etc.).
O sistema utiliza redes Wi-Fi existentes ou infraestrutura prpria para obter o posicionamento,
podendo interagir com GPS.
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APLICAES EM ARMAZNS
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ESOFT
O Esoft uma tecnologia que avalia os parmetros ideais de funcionamento do caminho,
como temperatura e presso do leo do motor. No caso de funcionamento inadequado, o Esoft
pode limitar a rotao do motor e at deslig-lo.
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TRIP MANAGER
UTILIDADE
Com informaes precisas sobre como seu motorista est conduzindo o caminho longe de
seus olhos, o empresrio pode gerenciar melhor sua frota e identificar aspectos em que cada
motorista poder receber treinamento especfico, para otimizar seu desempenho.
VANTAGENS
240
241
243
O computador mostra o veculo em tempo real, plotando sua localizao a cada 15 segundos
com margem de erro de 30 metros no site de rastreamento.
Composio
MCT (hardware embarcado).
Software inteligente.
Base de operaes.
Sistema de satlites.
O MCT (Mobile Communication Terminal) um equipamento de comunicao digital, via
satlite. Tem capacidade de suportar variadas condies de temperatura, trepidaes, quedas e
at tentativas intencionais de quebra. Pode ser instalado em caminhes, nibus, veculos
mdios (utilitrios e caminhonetes), embarcaes e ferrovias.
Adicionais ao MCT: UTM, impressora, pagers, palmtops.
Quanto ao receptor GPS (GPSR) capta as transmisses enviadas pelos mltiplos satlites e
calcula a sua posio com base nas distncias a estes. A posio dada por latitude, longitude
e altitude.
244
O uso de tal tecnologia possibilita ao seu usurio muito mais que os mapas das cidades, eles
podem calcular o melhor trajeto at um determinado destino, levando em considerao o
trnsito, o combustvel que ser gasto, a menor distncia, etc.
MONITORAMENTO DE CARGAS
Empresas transportadoras tm instalado o sistema GPS em seus veculos com a finalidade de
monitorar em tempo real o deslocamento de suas cargas.
Atravs desse sistema possvel se ter informaes como e onde a carga se encontra, a que
velocidade ela se desloca, e quanto falta at o seu destino final.
Mas a principal utilidade dessa tecnologia a segurana. Com o aumento do nmero de casos
de roubo de carga no pas, as empresas e os transportadores autnomos utilizam o GPS para
evitar assaltos e localizar seus veculos roubados.
245
CONDUO
ECONMICA
DEFENSIVA
NO
TRANSPORTE
RODOVIRIO DE CARGA
COMPETNCIAS
Conhecer as estatsticas de acidentes rodovirios envolvendo caminhes.
Conhecer as consequncias de acidentes rodovirios envolvendo caminhes.
Conhecer as tcnicas de direo defensiva.
Conhecer as tcnicas de direo econmica.
Conhecer os benefcios da direo econmica e defensiva para o meio ambiente.
246
247
CONCEITOS BSICOS
POTNCIA
a medida, realizado numa unidade de tempo do trabalho de uma fora aplicada sobre um
objeto fazendo com que ele se movimente. Ela a medida da capacidade do veculo de
desenvolve velocidade. Quanto maior a potncia, maior a capacidade de atingir maiores
velocidades. O motor oferece maior potncia na medida em que a rotao aumenta. A
potncia mxima est disponvel na rotao mxima.
Potncia = Trabalho x Tempo
A unidade que expressa a potncia de uma mquina o cavalo vapor (CV) ou quilowatt (KW)
conforme definio do Sistema Internacional de Unidades.
A potncia de 1 CV corresponde fora necessria para elevar 75 quilogramas-fora (kgf) a
uma altura de 1 metro.
248
TORQUE
Torque a multiplicao de uma fora por uma distncia. Ele nasce no motor, passa pela
transmisso e chega s rodas. quando voc ganha flego para as retomadas. Ao sair de uma
lombada e o caminho exigir reduo de marcha, s reparar no conta-giros: voc estar
perto da faixa de torque do motor, por isso consegue recuperar flego. Corresponde fora de
giro exercida em determinado brao de alavanca. Ele a medida da capacidade que o veculo
tem de desenvolver fora. O torque mximo, ou mxima capacidade do veculo tracionar uma
carga, sempre ocorre numa rotao inferior mxima. por isso que quando um veculo de
carga passa de um trecho plano da estrada para um trecho de aclive, a sua velocidade tende a
diminuir. Isso ocorre porque o motor necessita de mais torque para aquela situao e o
encontra numa rotao inferior qual estava. Nessa situao, se a rotao do motor continuar
caindo aps ter passado pela rotao de torque mximo, o condutor do veculo dever reduzir
sua marcha sob pena do veculo parar. Manuais e catlogos de veculos sempre informam
sobre potncia mxima, torque mximo e a rotao onde cada um deles ocorre.
249
250
REDUES
Transmisso da fora (torque) e das rotaes (velocidade) pelas engrenagens.
EFEITO ALAVANCA
Quando uma engrenagem menor aciona outra maior.
Resulta em:
Aumento do torque (fora).
Perda proporcional de rotaes.
251
Reduo da velocidade.
TREM DE FORA
1 - motor;
2 - embreagem;
3 - caixa de mudanas;
4 - rvores de transmisso (card);
5 - eixo traseiro.
252
Aproveitar a inrcia de maneira correta melhora a viagem e gasta menos combustvel e polui
menos ar!
RESISTNCIA AO DESLOCAMENTO
So foras que tendem a frear o veculo naturalmente e que se opem ao movimento, devendo
ser superadas da melhor forma possvel.
A resistncia ao rolamento originada pelo contato dos pneus com a pista durante o
rolamento.
Fatores que influenciam:
Tipo e tamanho dos pneus.
Presso dos pneus.
Estado de conservao das estradas.
Peso do veculo.
Condies do clima.
Carga sobre as rodas.
Presso de inflao dos pneus.
)
Forma e superfcie frontal do veculo.
Velocidade do veculo.
Velocidade e direo do vento.
Em velocidades baixas, a resistncia oferecida pelo ar desprezvel.
A resistncia exercida pelo ar s deve ser considerada em velocidades acima de 55 km/h.
COMO ADMINISTRAR A RESISTNCIA DO AR A FAVOR DO MOTORISTA?
O tamanho da carroceria influencia muito: quanto maior for o tamanho, maior a resistncia
do ar (Ex: Caminho ba para o transporte de mveis).
Disposio/arrumao da carga em carroceria aberta.
255
Ateno!
RESISTNCIA
MOTOR
256
QUE
INFLUENCIAM
NA
RESISTNCIA
EXERCIDA
PELA
GRAVIDADE
Inclinao da subida.
Peso e a velocidade do veculo.
O QUE O CONDUTOR PODE FAZER PARA CONTRIBUIR NA REDUO DA
RESISTNCIA EXERCIDA PELA GRAVIDADE?
Escolher trajetos alternativos, como um aclive com maior inclinao, porm mais curto, para
alcanar o destino.
Com essa tcnica podemos obter:
257
menor consumo;
menor uso dos freios;
maior velocidade mdia;
menor tempo de viagem.
FORA DE ATRITO
Em nosso dia a dia, encontramos alguma forma de resistncia sempre que tentamos mover
alguma coisa: quando empurramos um carro quebrado ou quando uma criana, brincando com
o vento, coloca a mo para o lado de fora do carro em movimento. Podemos verificar que
existe, em quase todos os movimentos que executamos, um movimento contrrio fora que
estamos exercendo, esse movimento contrrio o que chamamos de fora de atrito.
A fora de atrito nos auxilia em muitos aspectos. Por exemplo, quando andamos, estamos
empurrando o cho para trs e este nos empurra para frente, permitindo que andemos. Se
caminhssemos sobre uma superfcie de gelo ou mesmo em um cho cheio de cera, teramos
problemas para nos deslocar, pois no haveria atrito. Um automvel anda para frente quando
seus pneus empurram o cho para trs e este os empurra para frente. Quando o caminho
faz uma curva, isso ocorre porque existe fora de atrito entre o pneu e o cho; se no houvesse
esse atrito o veculo sairia reto nas curvas.
Quando a fora que est sendo feita sobre um objeto suficiente para moviment-lo, a fora
de atrito passa a ter seu valor constante. Nessa situao, o atrito chamado de atrito dinmico.
258
Um exemplo muito comum desse tipo de atrito acontece quando empurramos um carro:
inicialmente comeamos a aplicar uma determinada fora para que o carro comece a andar.
Quando o carro colocado em movimento, a fora necessria que ento fazemos para
empurrar o carro menor do que a fora que fizemos quando o carro ainda estava parado.
FREIOS
FREIO DE SERVIO
o sistema de freio acionado pelo pedal localizado ao lado do acelerador. Deve ser
empregado o mnimo possvel.
Onde deve ser empregado?
Parada total do veculo.
Controle de velocidade em declives acentuados.
Controle de velocidade em situaes de emergncia.
A aplicao prolongada do freio de servio provoca o superaquecimento das lonas e pastilhas,
peas que fazem parte do sistema de freios. Se isso acontecer, o freio de servio perde a
eficincia, podendo o veculo ficar totalmente sem freios. O superaquecimento altera e
danifica o equipamento.
Existem outras maneiras de frear o veculo, e devem ser exploradas ao mximo pelo
motorista, como fazer redues de marchas e utilizar freio-motor.
Em descidas longas, em serras, no acione continuamente o freio de servio. A velocidade
deve ser controlada pelo acionamento intermitente, ou seja, frear aos poucos como se
estivesse tirando casquinha. Fique atento s situaes do trnsito e s condies da via para
que no seja necessrio o acionamento exclusivo do freio de servio para desacelerar o
veculo.
O desempenho dos freios deve ser sempre observado.
O cuidado tem de ser redobrado ao dirigir nas seguintes situaes:
259
260
261
VELOCIDADE MDIA
DISTNCIA = 100 KM
v (km/h)
t (min.)
10
600
20
300
30
200
40
150
50
120
60
100
70
86
80
75
90
67
100
60
110
55
120
50
130
46
140
43
150
40
RECOMENDAES
PARA
PRTICA
DA
CONDUO
ECONMICA
Regra n 1: Guiar com previso.
No frear nem acelerar desnecessariamente.
Planejar a ao antecipadamente para o que poder acontecer.
Observar locais de paradas obrigatrias, semforos e trnsito lento.
Observar o fluxo de veculos na via que vai entrar ou cruzar.
Controlar a velocidade nas proximidades de declive, aproveitando a inrcia do veculo.
Melhor prtica para o freio de servio:
Tirar o p do acelerador.
Aplicar freio motor.
Reduzir marchas.
Utilizar o freio de servio na finalizao do procedimento de desacelerao.
Regra n 2: Operar na faixa ideal de operao.
O motor tem mais fora e consome menos combustvel quando trabalha em rotaes.
Como?
O condutor deve acionar (escolher) as redues (marchas) sempre de acordo com as rotaes
do motor na sua faixa ideal, ou seja, do torque mximo.
Faixa operacional torque (verde) maior torque com menor consumo de combustvel.
Faixa de atuao do freio-motor (amarela).
263
Qualquer motor tem o seu maior torque junto com o seu menor consumo de combustvel!
Em determinadas condies de operao, como quando a temperatura do motor pode estar
elevada (veculo muito carregado, aclives prolongados, temperatura ambiente elevada ou
grandes altitudes), essa regra no deve ser seguida, devendo o motorista utilizar rotaes mais
elevadas.
Cuidado com simplificaes como opere somente dentro da faixa verde. Elas podem no s
comprometer os resultados, mas tambm causar danos ao veculo.
Regra n 3: Sempre que possvel, pule marchas.
A escolha da marcha certa determinar sempre o maior torque (fora) do motor junto com o
seu menor consumo de combustvel, alm do prolongamento da vida til dos componentes
mecnicos.
Por que pular marchas?
264
Ateno!
Lembrando
novamente:
aplicao
prolongada
do
freio
de
servio
provoca
superaquecimento das lonas e pastilhas de freio, podendo o veculo ficar totalmente sem
freios. O superaquecimento altera e danifica as lonas, pastilhas e tambores de freio.
Regra n 7: Trafegar somente com o veculo engrenado.
Por questes de segurana e de ordem legal, o veculo nunca dever transitar desengrenado.
O Artigo 231, Inciso IX, do Cdigo de Trnsito Brasileiro probe o trfego de veculo
desligado ou desengrenado em declive. muito importante lembrar que muitos dos
equipamentos do veculo (sistemas hidrulicos e sistemas a ar) no funcionam adequadamente
com o veculo desligado. Pense na situao de necessidade urgente de frear o veculo e o
sistema de freios a ar no funcionar! Alm disso, se em uma emergncia o veculo necessitar
de trao nas rodas e o motorista no conseguir engrenar a marcha, ou por descuido engrenar
a marcha errada: a chance de ocorrer acidentes aumenta muito.
Em declives, quando o acelerador no acionado, mesmo o veculo estando engrenado, o
consumo de combustvel nulo. No h a necessidade de colocar o caminho na banguela.
Regra n 8: Inspecionar pneus.
Os pneus devem ser inspecionados diariamente! Essa prtica evita que o motorista seja pego
de surpresa em situaes como objetos grudados no pneu.
Quais outros cuidados regulares devem ser tomados?
A presso de inflao deve ser comprovada sempre com os pneus frios. A calibragem
correta est relacionada com o consumo de combustvel e com o desgaste do pneu.
Eliminar corpos estranhos incrustados na banda de rodagem ou presos entre rodas duplas.
Fazer periodicamente balanceamento das rodas e alinhamento da direo. O alinhamento
deve ser feito em mdia a cada 10 mil quilmetros, para quem roda no asfalto, e a cada 5 mil
para quem roda no campo.
266
e leo devem ser verificados, assim como devem ser observados aspectos no comuns no
funcionamento do veculo.
Um exemplo prtico verificar a fumaa emitida pelo escapamento do veculo quando de seu
funcionamento:
Um motor com desgaste dos anis e cilindros pode produzir fumaa branca azulada e
consumir inadequadamente leo lubrificante.
No caso especfico dos motores a diesel, a fumaa branca (excessiva) significa que o leo
diesel est impuro. Desconfie principalmente da presena de gua, que pode estar passando do
sistema de arrefecimento para o leo diesel.
No caso da fumaa preta (tambm em excesso) trata-se de sistema de injeo de
combustvel desregulado ou de passagem imprpria de leo lubrificante para a cmara de
combusto do motor.
Esteja tambm sempre atento a barulhos e cheiros estranhos (como o cheiro de
combustvel no interior da cabine, por exemplo).
Seguindo essas dicas, com certeza a sua operao vai melhorar!
Regra n 10: Seguir as recomendaes do fabricante.
Todo veculo possui o manual com as especificaes do fabricante, onde esto listados os
cuidados que devem ser tomados com o veculo, e quando cada manuteno deve ser feita.
Para que se tenha o mximo de desempenho do veculo muito importante seguir todas as
recomendaes do manual.
268
CONCEITOS,
REGRAS
RECOMENDAES
PARA
PRTICA
DA
CONDUO DEFENSIVA
Direo defensiva um conjunto de princpios e cuidados aplicados com a finalidade de
evitar acidentes. possvel afirmar que uma forma de conduzir preservando a vida, a sade
e o meio ambiente, e prevendo situaes de risco que podem causar acidente envolvendo o
seu veculo, os outros veculos e os demais usurios da via.
Acidente de trnsito todo evento ocorrido na via pblica, inclusive caladas, decorrente do
trnsito de veculos e pessoas, que resulta em danos humanos e materiais. Compreende
colises entre veculos, choques com objetos fixos, capotagens, tombamentos, atropelamentos
e queda de pedestres e ciclistas. Para caracterizar-se como acidente, necessria a presena de
ao menos dois dos fatores: o veculo, a via, o homem e/ou animais. Na maioria dos acidentes,
o fator humano est presente, ou seja, cabe aos condutores e aos pedestres uma boa dose de
responsabilidade.
Acidentes acontecem devido a um fator ou uma combinao de fatores causadores. So
evitveis, porque sempre haveria algo que poderia ter sido feito por algum para evit-lo, caso
o responsvel tivesse usado a razo e o bom-senso.
Os dados estatsticos elaborados pelos mais diversos institutos de pesquisas e pelos rgos
executivos estaduais de trnsito apontam que, no Brasil:
75% so causados por falhas humanas;
12% so causados por falhas mecnicas dos veculos;
6% so causados por ms condies das vias;
7% outras causas.
COMO CONDUZIR DEFENSIVAMENTE E EVITAR ACIDENTES COM OUTROS
VECULOS?
Para evitar acidentes importante conhecer os conceitos de:
Tempo de reao.
269
Tempo de frenagem.
Tempo de parada.
Distncia de reao.
Distncia de frenagem.
Distncia de parada.
Qualquer veculo em movimento necessita de uma distncia mnima para parar, por menor
que seja sua velocidade.
A distncia de parada a soma da distncia da reao mais a distncia de frenagem e,
portanto, deve ser maior que essas duas juntas para poder evitar a coliso.
Para poder evitar acidentes, preciso estudar tambm o que distncia de seguimento.
Distncia de seguimento: aquela que voc deve manter entre o seu veculo e o que vai sua
frente, de forma que voc possa parar mesmo numa emergncia, sem colidir.
COMO EVITAR COLISES COM O VECULO DA FRENTE
Para evitar este tipo de coliso, o condutor deve:
Concentrar sua ateno no que est ocorrendo no trnsito.
Observar os sinais do motorista da frente.
Olhar alm do veculo sua frente, a fim de perceber possveis situaes que possam
for-lo a agir.
Manter os vidros do veculo limpos e desimpedidos de objetos que diminuam o campo de
viso.
Manter a distncia de segurana.
Evitar as frenagens bruscas.
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271
272
273
NOES
DE
OPERAES
EM
TERMINAIS
ARMAZNS
DE
MERCADORIAS
O transporte uma das principais funes logsticas, representando cerca de 60% do custo
total logstico em grande parte das organizaes. E um dos fatores que influenciam bastante
nesse custo concerne ao carregamento e descarregamento dos veculos.
O carregamento e descarregamento representam custo, tanto para o transportador como para o
contratante do servio. Estes custos podem ser verificados da seguinte forma: tempo de espera
do veculo, tempo no carregamento, tempo no descarregamento, veculo adequado para o
transporte, pessoal treinado para o carregamento e descarregamento, entre outros.
Hoje muitas empresas esto adotando o sistema Just in Time (tempo certo), no seu processo
com isso tem-se melhorado significativamente o Lead Time (tempo de espera), na
produo. Para o sistema funcionar corretamente necessrio fazer programaes de
carregamentos e descarregamentos para cada fornecedor, estabelecer horrios de entrega e
coleta, deixar equipes preparadas para fazer a movimentao rpida dos materiais e
estabelecer juntamente com o transportador o tipo correto de veculo (sider, aberto, ba), para
o transporte solicitado.
ARMAZNS
O armazm um espao fsico no qual se faz estoques de matrias-primas e produtos
acabados ou semiacabados. Funciona como regulador do fluxo de mercadorias entre oferta e
procura, pois garante uma reduo do tempo entre o pedido do consumidor final e as linhas de
produo do material desejado. Na medida em que o mercado consumidor demanda um
pedido os estoques e o armazenamento garante que a entrega seja imediata, bastando para esse
atendimento apenas que o fornecedor cuide do sistema de transporte e entrega.
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ARMAZM
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Armazm de mercadorias
Armazm de bens sem investimento prprio.
Armazm de expedio e de material antigo.
Armazm de lquidos
Receptculos, bides, entre outros.
Armazm de distribuio
Armazm de produtos de grande volume e em grandes quantidades.
Armazm de retalhos, aqui feita uma diviso consoante o artigo e uma numerao
rigorosa dos produtos.
Armazm de sobresselente para reparaes.
AS PRINCIPAIS FUNES DE PROCESSAMENTO OU DE MANIPULAO DE
MATERIAIS QUE UM ARMAZM DESEMPENHA SO:
Recebimento de mercadorias: O armazm aceita mercadorias entregues atravs de um
transportador externo, ou provenientes da fbrica a ele ligada, e ento aceita a
responsabilidade por ela.
Identificao de mercadorias: Os itens a serem estocados devem ser devidamente
registrados e do registro deve constar o nmero do item recebido. Pode ser necessrio marcar
o item utilizando um cdigo fsico, etiqueta e etc. O item pode ser identificado por um cdigo
no item, um cdigo no continer, ou por suas propriedades fsicas.
Classificao de mercadorias: As mercadorias podem ser classificadas e enviadas para o
local adequado de armazenagem.
Remeter as mercadorias para o armazm: As mercadorias devem ser guardadas onde
possam ser encontradas quando necessrio.
276
277
Descarregamento do veculo.
Preparao da contagem do material recebido.
Comparao da contagem com guia de remessa.
Separao dos artigos na categoria vendvel ou no vendvel.
Liberao do veculo.
Preparao do relatrio dos produtos recebidos.
Aramazenagem das mercadorias num local pr-definido.
No entanto, para o incio dessas atividades necessrio que o armazm preencha alguns
requisitos e possua certas caractersticas.
Requisitos:
Existncia de dockboards.
Caractersticas:
Fluxo de materiais linear entre os veculos, zona de ordenao de mercadoria e reas de
armazenagem.
Fluxo contnuo sem paragens (congestionamentos) excessivas.
Uma rea concentrada de operaes, que minimize a movimentao de materiais e
aumente a eficincia da superviso.
Movimentao eficiente de materiais.
Operaes seguras.
Minimizao de estragos.
Fcil de limpar.
279
280
Convm ressaltar ao transportador que, segundo a Lei Federal n 11.442 que regulamenta o
transporte rodovirio de cargas, a recepo e operao de descarga deve ser finalizada at a 5
hora aps a chegada do veculo, sendo devido aps esse tempo o pagamento de estadia na
equivalncia de R$ 1,00 por tonelada/hora.
No momento do descarregamento existem alguns procedimentos de segurana na portaria:
examina-se e registram-se os documentos relativos s mercadorias, dados do veculo,
motorista e pesagem. Tais dados constituem o incio de um conjunto sequenciado de
atividades a serem executadas pelo motorista, sob superviso de um sistema de controle:
processamento dos documentos das mercadorias embarcadas e pesagem, autorizao para
estacionamento numa doca, finalizao do recebimento, pesagem e sada.
Para priorizar os recebimentos, h necessidade de ter cincia das mercadorias contidas nos
veculos aguardando entrada nas docas e os pedidos de sada em carteira (integrao
considerada sofisticada). Este tipo de procedimento tem por objetivo acelerar o atendimento
de pedidos, principalmente tratando-se de mercadorias orientadas para processos cross
docking, porm pode aumentar o tempo de permanncia de veculos no ptio pela
desobedincia ordem de chegada.
Para fazer frente a reclamaes das transportadoras, avaliar o desempenho do recebimento e a
eficincia do uso de equipamentos/docas, necessrio conhecer o tempo de permanncia dos
veculos de descarga, desde a sua chegada at sua liberao. Tal prazo dever ser subdividido:
prazo documental (chegada at a finalizao do processamento das notas fiscais), prazo de
ptio (do processamento das notas at a entrada na doca), prazo de descarga (chegada na doca
e trmino do descarga) e prazo de liberao (do fim da descarga at a sada da portaria).
A EXPEDIO, diferentemente da recepo a atividade mais complexa e sobre a qual as
atenes esto mais voltadas, pois concerne a separao e preparao para posterior satisfao
dos pedidos.
uma atividade realizada aps a embalagem da mercadoria e envolve em sua logstica: a
verifio da concluso do pedido; preparao dos documentos da remessa (informao
relativa aos artigos embalados, local para onde vo ser enviados); pesagem, para determinar
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282
Por ltimo temos a criao de uma interface dos sistemas de informao entre vendedor e o
receptor, pois quanto mais rpido e mais eficazmente realizada a recepo mais benefcios
trar aos dois.
O departamento de contabilidade obtm a informao, realizando os pagamentos mais cedo e
disponibilizando mais rapidamente as mercadorias em vez destas estarem paradas.
Tal como o receptor deseja influenciar o vendedor, o cliente deseja influenciar o fornecedor
assim tem que se considerar as atividades de ps-expedio, fazendo j parte os casos da prrecepo existem ainda os seguintes casos a ter em conta: contentores e produtos retornveis,
regresso das transportadoras e programao de encomendas.
Se forem enviadas mercadorias em contentores retornveis deve-se criar um sistema para
localizar os contentores e assim assegurar que so devolvidos. So devolvidas mercadorias
porque estas no apresentam a qualidade exigida pelo cliente, seja devido a erros de
quantidade ou o tipo de mercadoria enviada ou at por rejeio do cliente, estas mercadorias
devolvidas devem ser manuseadas com a criao de um sistema prprio.
Se o fornecedor possuir a sua prpria transportadora deve ser tomado em considerao que a
viagem de retorno s instalaes pode tambm ser utilizada no transporte de mercadorias,
materiais ou algo necessrio tais como contentores retornveis. Quanto programao das
encomendas esta deve ser de confiana e precisa, pois h um grande impacto nos requisitos de
recursos para a expedio.
EXEMPLIFICAO DO PROCESSO DENTRO DO ARMAZM
283
284
DOCA NA EXPEDIO
CAMINHES COM
CARREGAMENTO APENAS
PELA PORTA TRASEIRA
TERMINAIS DE CARGAS
Terminais de carga so locais preparados para o embarque e desembarque de mercadorias e
produtos nos diversificados modais de transporte. Assim sendo, existem terminais
rodovirios, hidrovirios (portos), aerovirios, ferrovirios e dutovirios.
285
Quando da efetiva transao comercial, os terminais de carga podero ser utilizados ponto a
ponto em um mesmo modal ou ponto a ponto e de forma fracionada em modais diferenciados.
Exemplo: as mercadorias de uma loja de eletrodomsticos podem ser transportadas ponto a
ponto em terminais hidrovirios e a partir do desembarque dos mesmos podero ser
transportados do terminal hidrovirio para um rodovirio, armazns, ou ainda, diretamente
para o consumidor final.
Em verdade, independente do modal os terminais de carga so reas de recepo e expedio
de mercadorias e produtos, cujos procedimentos operacionais para embarque e desembarque
se adequam natureza do material que ser deslocado e ao veculo de transporte que far o
deslocamento.
Portanto, recomenda-se que o transportador de cargas ao dirigir-se a um terminal de carga,
procure conhecer previamente as regras que norteiam as atividades daquele terminal, a saber:
entrada, locomoo interna, estacionamento do veculo, ancoragem e sada.
286
287
Perecibilidade da carga: representa o quanto a carga pode perder sua utilidade antes de
chegar ao consumidor final. Alm dos produtos perecveis, h tambm produtos que se
tornam obsoletos em prazos muitos curtos. Um exemplo bem tpico o jornal dirio, que
precisa ser entregue diariamente, pois, caso contrrio perde sua validade.
Nvel de periculosidade da carga: algumas cargas podem pr em risco a sade das pessoas e
a integridade do meio ambiente. Lembre-se de que qualquer acidente que ocorre no transporte
de produtos perigosos pode pr em jogo a vida de muitas pessoas.
Compatibilidade entre cargas diversas: alguns produtos nao podem ser transportados no
mesmo veculo que outros. o caso, por exemplo, do caf com detergentes, de fsforos com
lcool e inseticidas com produtos alimentcios.
Assimetria (diferenas de tamanho e de forma das embalagens): algumas cargas podem
apresentar dimenses muito diferentes, o que pode dificultar o arranjo no veculo. Esse o
caso de perfis de ao, toras de madeira, postes e etc.
DICAS DE AMARRAO DE CARGAS
Amarrao Vertical (Atrito)
Na amarrao vertical, um dos principais fatores que far com que a carga realmente no se
mova durante o transporte o Coeficiente de Atrito ou Coeficiente de Frico entre a carga e
o piso do caminho. Na prtica, isso significa que, quanto mais lisas forem estas superfcies
em contato, mais facilmente a carga poder deslizar para frente, para os lados ou para trs, no
caso de frenagens emergenciais, curvas e fortes arrancadas. Desta forma, o que realmente far
com que a carga se prenda ao veculo ser uma combinao de atrito, que poder ser
aumentado por meio do uso de borrachas ou mantas especiais, e a fora aplicada pelos
tensionadores (que aplicada por meio de catracas e cintas de amarrao, correntes ou cabos
de ao).
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Amarrao Diagonal
Na amarrao diagonal, o coeficiente de atrito tambm importante, mas o que realmente
segura a carga em todas as direes a capacidade de carga dos equipamentos, da a
necessidade de todos estarem devidamente identificados com o nome do fabricante, a
capacidade de carga, cdigo de rastreabilidade e devidamente certificados. de extrema
importncia o conceito da inspeo peridica nos equipamentos. Em uma rpida visita a
caminhes, encontramos equipamentos totalmente desgastados, entortados, emperrados e
danificados, o que aumenta o risco de falhas e acidentes.
A carga e descarga devem ser realizadas de maneira controlada, para evitar danos por
impacto.
No fazer trajetrias de carregamento cruzadas, pois esse tipo de fator grande fonte de
acidentes com mercadorias.
Deve-se verificar as condies das embalagens antes de fazer o carregamento. E avisar ao
contratante sobre aquelas que estiverem danificadas, rasgadas, furadas, corrodas ou com
vazamentos.
Observar as instrues especiais indicadas nas embalagens, por exemplo: este lado para
cima. Observar os smbolos de manuseio, os rtulos de risco e os de segurana afixados
nas embalagens.
Nas operaes de cargas, acomodar os recipientes e as embalagens de forma que o peso
seja distribudo uniformemente sobre os eixos dianteiro e traseiro do caminho.
Nao sobrecarregar apenas um lado da carroceria. O excesso de peso em um dos lados
prejudica o equilbrio do veculo e exige maior esforo da suspenso e dos pneus,
provocando condies desiguais de frenagem, derrapagens e deformaes no quadro do
chassi.
Levar sempre em conta a resistencia e o peso relativo dos vasilhames: arrumar
cuidadosamente as embalagens, de modo que as mercadorias mais leves fiquem sobre as
mais pesadas, evitando assim avarias.
Nao colocar mercadorias lquidas sobre as secas.
As mercadorias que possuam algum grau de periculosidade devem permanecer prximas
porta/grade para acesso mais fcil.
Ao empilhar as embalagens, seguir a recomendao do fabricante, no que diz respeito
altura mxima das pilhas de caixas, latas e etc. Na ausncia de recomendaes, adotar os
seguintes procedimentos:
Barricas e baldes: nao mais de quatro numa mesma pilha (20 l cada ou 20 kg cada)
Tambores de 115 a 210 litros: fazer somente uma camada na carroceria. Quando a
carga for de recipientes que possa manter as pilhas pouco estveis, dever ser utilizado
madeira ou outro material adequado entre as camadas.
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291
COMPETNCIAS
Identificar os vrios processos e mtodos de recepo, manipulao, armazenamento e
despacho de cargas, relacionando-os com os vrios tipos de cargas.
Acompanhar o controle da movimentao de cargas.
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293
operaes com processos logsticos incluem neles o uso da armazenagem direta de produtos
muito automatizada.
Se o material tiver de ser ordenado para armazenagem pode-se proporcionar locais de
armazenamento para receb-lo, minimizando assim o espao necessrio para a ordenao.
Muitas vezes os locais podem estar bloqueados at que haja recepo confirmada da
mercadoria. Uma boa opo ser o aproveitamento da rea por cima das portas do cais para o
funcionamento de locais de armazenagem.
O maior tempo disponvel para preparar um produto para ser expedido ir acontecer durante a
recepo, pois assim que a encomenda do produto seja recebida no existe muito mais tempo
disponvel para essa preparao antes deste ser expedido.
O processamento das mercadorias deve ser sempre realizado com antecedncia caso seja
possvel. E estas atividades incluem:
1. Pr-embalagem nas quantidades com maior procura.
2. Marcao correta e colocao de etiquetas.
3. Medio do volume e peso de mercadorias para o planejamento de armazenagem e
transporte.
A armazenagem e retiradas de produtos do armazm realizadas em conjunto reduz o nmero
de viagens que os veculos industriais fazem vazios, esta tcnica especialmente usada para
paletes. Um veculo que pode realizar esta tcnica ser a empilhadora de contrapeso que
executa descargas, armazenagens e carregamentos.
Um mtodo eficaz para aumentar a produtividade da separao e preparao de pedidos,
principalmente quando se tem de realizar diversos processos nas mercadorias retiradas, tais
como: embalar, contar e etiquetar, ser a colocao das existncias no local de satisfao de
pedidos. Que dever estar equipado com a devida assistncia e informaes necessrias para
realizar os processos mencionados. O mtodo referido dever ser tambm utilizado na
294
PALETE DE MADEIRA
PALETE DE METAL
295
2 - Para artigos soltos - Algumas das opes para agrupar artigos soltos so: tabuleiros
empilhveis ou rebatveis e caixas de carto. Os fatores a ter em conta quando se seleciona a
opo mais correta incluem o impacto ambiental, custo inicial, custo do ciclo de vida, limpeza
e a qualidade oferecida na proteo do produto que contm.
CAIXA DE CARTO
296
Os fatores de seleo sero: impacto ambiental, custo inicial, custo do ciclo de vida,
reutilizveis e a qualidade oferecida na proteo do produto que contm;
2 - Agrupar e acondicionar as caixas soltas em paletes, embora o processo mais comum seja o
de embrulhar as caixas na palete com tela de plstico expansvel tambm podem ser usadas
cintas de velcro entre outros, sendo que estas tm o selo ambiental.
3 - Agrupar e acondicionar as paletes soltas nos caminhes, os processos mais comuns so
placas de espuma e madeira.
Eliminar a preparao da operao de expedio e executar o carregamento
diretamente para os caminhes tanto na recepo como na expedio na preparao que
se vai utilizar mais mo de obra e espao. Para facilitar a carga direta das paletes nos
caminhes podem usar-se empilhadoras para retirar as paletes do armazm e carregar os
veculos, evitando assim a preparao.
Minimizao das reas necessrias para a preparao da expedio - atravs do uso de
prateleiras pode-se tambm preparar a carga diretamente em prateleiras reduzindo assim as
necessidades de rea.
Dar instrues aos condutores sobre os percursos dentro das instalaes reduzindo a
burocracia e tempo - atravs do uso de smart cards possvel melhorar a gesto da
expedio e dos condutores dos caminhes. Outro mtodo ser a utilizao de pontos de
acesso on-line com informao do estado da encomenda e disponibilidade de acesso aos
horrios dos cais.
Utilizao de parcelas de pequena dimenso em certas operaes de expedio - o espao
de trabalho para a expedio e ordenao de parcelas de dimenso reduzida ser obviamente
diferente do que um espao em que se realizam carregamento de mercadorias.
297
ARMAZENAMENTO
a) Polticas de armazenagem
Aleatria os itens so armazenados em posies aleatrias, resultando em menores custos
de espao (pela compactao) e maiores custos de movimentao.
Dedicada os itens so armazenados em posies pr-definidas, resultando maiores custos de
espao e menores custos de movimentao (itens de maior trnsito so alocados prximos s
entradas e sadas).
b) Sistemas de armazenagem
So conjuntos de equipamentos que servem para arrumar, de forma conveniente, as matriasprimas ou produtos acabados, quer manualmente, quer utilizando equipamentos de
movimentao de materiais como, por exemplo, empilhadoras e porta-paletes. Existem vrios
tipos de sistemas de armazenagem utilizados de acordo com o tipo de produto a armazenar e
rea disponvel, entre outros parmetros.
Para se determinar qual o melhor sistema de armazenagem, em primeiro lugar deve atender-se
s caractersticas do produto, isto , o seu peso, dimenses e a possibilidade ou
impossibilidade de juno em paletes. De seguida, deve observar se as condies do espao,
tais como, o p direito e as condies do piso. Por fim deve-se ter em ateno s condies
operacionais, como por exemplo, a seletividade do produto e a quantidade de itens a
armazenar.
Segundo a profundidade de armazenagem pode-se constituir algumas regras da colocao de
mercadorias:
Mercadorias que entram e saem pelo mesmo local do armazm Nesse caso devem-se
colocar as mercadorias com mais procura o mais perto possvel deste local.
298
299
necessidades do dia a dia. Este armazm de movimento possui uma variada gama de
materiais.
300
Sabemos que isso pode ser feito de diversas maneiras, dependendo da fonte do movimento, ou
seja, se simplesmente manual ou se utiliza uma fora externa, como um equipamento
motorizado ou eltrico.
MOVIMENTAO MANUAL
Dependendo da situao, pode ser o mtodo mais fcil, eficiente e barato de movimentar
materiais. Quando a quantidade de material a ser movimentada grande, a operao manual
requer mais tempo e mo de obra para ser realizada. muito importante dar ateno aos
limites de peso e distncia para a movimentao manual de embalagens. No Brasil, uma
norma reguladora estabelece que:
Homens no podem manipular cargas de mais de 30 kg, e mulheres no podem carregar
objetos com peso superior a 10 kg.
Cargas acima de 50 kg no devem ser levadas a uma altura superior a um metro sem ajuda
mecnica.
As cargas no podem ser movimentadas, manualmente, por uma distncia maior do que 60
metros.
As reas de carga e de descarga devem ser cobertas.
O carregamento de sacas de gros ou de outros produtos em locais onde no possvel o uso
de empilhadeiras pode ser realizado manualmente.
MOVIMENTAO COM EQUIPAMENTOS NO MOTORIZADOS
Equipamentos no motorizados so aqueles operados manualmente. Exemplos so a paleteira
manual e o carrinho de mo. O uso desse tipo de equipamento recomendado:
Quando o volume a ser transportado for limitado, ou a atividade de transporte puder ser
realizada num perodo de tempo mais longo.
Quando o tipo de construo do depsito ou do armazm limitar o uso de equipamento
motorizado.
Quando as cargas forem leves e o equipamento tiver de ser movido manualmente.
301
PONTE ROLANTE
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305
CATEGORIAS DE CUSTOS
As principais categorias de custos so:
a) Custos de caixa (custos explcitos).
b) Custos de oportunidade (custos implcitos).
Os custos de caixa representam uma sada de caixa passada, presente ou futura. Considere um
emprstimo para a aquisio de um caminho. Os pagamentos referentes s prestaes
constituem custos de caixa.
Os custos de oportunidade equivalem aos benefcios perdidos pela no aplicao de um
recurso em algo alternativo.
Exemplo:
Qual o custo de oportunidade do emprstimo para a aquisio de um caminho?
Imagine que voc dispe de recursos para adquiri-lo a vista!
Ento, o custo de oportunidade poderia ser dado pelos juros que voc obteria aplicando os
seus recursos no mercado financeiro.
CLASSIFICAES E COMPONENTES DE CUSTOS
Os custos so classificados em direto e indireto.
Objeto do custo: qualquer item a que um custo atribudo; uma unidade em estoque, um
departamento ou uma linha de produtos.
Qualquer custo que pode ser relacionado diretamente com um objeto do custo representa um
custo direto daquele objeto; ao passo que qualquer custo que no pode, um custo indireto
(ou administrativo).
306
RT
CT
Lucro L
[1]
CV
Custo total CT
[2]
Onde:
(a) = custo varivel unitrio de produo + custo varivel unitrio de marketing + custos
variveis unitrios administrativos;
(b) F = custos fixos de produo + custos fixos de marketing + custos fixos administrativos no
perodo;
(c) Q = quantidade produzida e vendida (demanda).
A equao [1] pode ser escrita assim:
L P Q ( F Q) , ou L ( P ) Q F .
F
Q
(P
v)
Esta equao fornece a quantidade produzida e vendida ao nvel de lucro L .
O clculo para o valor das vendas facilmente feito.
Primeiro, vamos multiplicar essa equao por P:
PQ
(L F ) P
(P )
308
Segundo, vamos dividir o numerador e o denominador do lado direito desta equao por P:
(L F ) P
P
PQ
(P )
P
Se cancelarmos P no numerador da equao acima se pode obter:
PQ
(L F )
(P ) P
F
F
, em unidades, ou ( P Q) PE
.
(P ) P
(P )
Muitas vezes, atingir o ponto de equilbrio uma questo de sobrevivncia. J que o ponto de
equilbrio o volume para o qual a receita total igual ao custo total, ento:
a) Se Q < QPE, a atividade incorre em prejuzo.
b) Se Q > QPE, a atividade obtm lucro.
O modelo CVL tem outras aplicaes, como por exemplo:
a) Clculo de quantias desconhecidas (lucro, custos fixos e variveis).
b) Clculo da margem de segurana.
309
310
Carga retorno a no existncia de frete retorno faz com que o transportador tenha que
considerar o custo do retorno para compor o preo do frete.
Especificidade do veculo de transporte quanto mais especifico for o veculo menor a
flexibilidade do transportador, assim caminhes refrigerados ou caminhes-tanques acabam
tendo um preo de frete superior que um veculo de carga granel.
COMPARAO
ENTRE
OS
CUSTOS
CALCULADOS
OS
PREOS
PRATICADOS
Quando se compara o custo, calculado pela metodologia de custeio, com os preos praticados
pelo mercado para as cargas fechadas, de grande volume e baixo valor agregado, percebe-se
que o preo praticado sistematicamente menor que o custo.
Essa situao at seria aceitvel caso existisse capacidade ociosa, o preo cobrisse pelo menos
os custos marginais (ou seja, os custos variveis) e se essa fosse uma poltica de curto prazo.
No entanto, tem-se percebido que essa situao vem se arrastando por alguns anos.
Assim, para viabilizar a operao nesse mercado, com preos abaixo do custo, as
transportadoras subcontratam o servio de motoristas autnomos, os agregados. Esses por sua
vez trabalham cobrindo apenas os custos variveis mais imediatos, sem se dar conta que um
dia tero que repor o veculo e que ainda deveriam ser remunerados pelo seu investimento. O
resultado disso uma frota com idade mdia superior a 15 anos e muitas vezes trafegando
sem condies de uso.
No mercado de frete fracionado, onde se movimenta cargas de menor volume, maior valor
agregado e entrega pulverizada, a situao um pouco diferente. A relao entre o preo e o
custo acontece de acordo com a capacidade de consolidao de cargas do transportador. A
escala da operao possibilita que sejam cobertos todos os custos e ainda seja gerada uma
margem satisfatria, em contrapartida a falta de escala compromete a consolidao de carga,
comprometendo a rentabilidade da operao. Para garantir essa escala tem sido fundamental o
311
foco dos transportadores em regies especficas. Alm da escala, o sucesso desse setor
depende sobretudo do planejamento e da coordenao da operao.
TARIFAS
As tarifas de transportes so os preos que as demandas cobram por seus servios. Os critrios
utilizados para o desenvolvimento dessas tarifas so variados.
As estruturas mais comuns de tarifas tm relao com o volume, a distncia e a demanda.
TARIFAS RELACIONADAS AO VOLUME
As empresas de transporte mostram que os custos para este servio dependem do tamanho da
carga.
Carregamentos em volumes consistentemente maiores so transportados com tarifas mais
baixas do que carregamentos de menor volume.
possvel cotar as taxas diretamente em relao quantidade embarcada. Se o carregamento
pequeno e gera escasso lucro para o transportador, ser taxado ou por um preo mnimo ou
por uma tarifa de qualquer quantidade. Cargas maiores que se traduzem em tarifas maiores
que a mnima mais ainda assim no atinjam o nvel de carga completa pagaro tarifas de carga
incompleta que variam de acordo com os vrios volumes estipulados.
Grandes carregamentos que sejam iguais ou excedam a carga completa pagam a tarifa de
carga completa.
TARIFAS RELACIONADAS A DISTNCIA
As tarifas, em funo da distncia, variam conforme a distncia percorrida. Abaixo citamos
alguns tipos de tarifas:
Tarifas Uniformes: estrutura simples, onde se estabelece uma tarifa de transporte para
todas as distncias.
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A segunda considerao que um custo varivel pode se tornar fixo medida que um
determinado nvel de servio comprometido a priori. Por exemplo, se uma empresa de
nibus se compromete a oferecer uma determinada frequncia de viagens necessariamente
todos os custos variveis (por exemplo, o combustvel) dessas viagens se tornam
independentes do nmero de passageiros, ou de qualquer outra varivel. Ento esses custos
passam a ser considerados fixos.
Como j foi definido anteriormente, os custos diretos correspondem a outros dois tipos de
custos: os custos fixos e os custos variveis. Os custos fixos so aqueles cujo valor no varia
em funo da quantidade de servio realizado ou da utilizao do veculo. Ou seja, tendo ou
no frete os custos fixos vo sempre existir, como por exemplo, seguros. J os custos
variveis so aqueles que so proporcionais utilizao do veculo. Ou seja, quanto mais
viagens o autnomo tiver, mais altos sero os seus custos, por exemplo: combustvel,
lavagem, lubrificao.
Lucro o que sobra depois de se descontar todos os seus custos (valor de bens e de servios
utilizados para a prestao do servio de transporte da carga).
ESTABELECENDO O VALOR DO FRETE
Para cada viagem, voc ter que fazer uma conta especfica com base na quilometragem a ser
percorrida.
Veja o que voc tem que levar em considerao para ter uma noo aproximada do valor do
frete (sem considerar todas as operaes financeiras que precisam ser feitas):
Estipular a demanda mensal da quantidade de carga a ser transportada.
Fixar os dias de trabalho por ms e as horas de trabalho por dia.
Verificar todas as rotas a serem seguidas, analisando as condies de trfego e tipo de
estrada a serem trafegadas, por exemplo: cascalho, asfalto ou terra.
Determinar os tempos de carga e descarga, da espera, de refeio e de seu descanso.
Identificar a capacidade de carregamento de seu caminho (ver o quanto cabe, para saber
quantas viagens sero necessrias para a entrega total da carga).
Calcular o nmero de viagens por ms possveis de ser realizadas por veculo (lembre-se
de que cada carga corresponde um tipo de caminho).
Determinar o nmero de toneladas a serem transportadas por viagem.
ITENS E DEFINIES DE CUSTOS FIXOS E VARIVEIS
Como j explicitado, existem dois grandes componentes de custos a serem considerados em
qualquer situao: os fixos e os variveis.
Os custos fixos so aqueles indispensveis ao funcionamento do negcio. Entram nessa
categoria:
Depreciao do veculo.
IPVA, seguro obrigatrio e licenciamento.
Salrio do motorista e do ajudante (se houver).
Seguro do veculo.
Despesas administrativas e previdencirias.
Manuteno preventiva.
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Considerando esses dado, o autnomo deve pesquisar no mercado quanto custa um veculo da
mesma marca e modelo que o seu (10 anos mais velho). Neste exemplo vamos imaginar que o
mesmo veculo, 10 anos mais velho esteja custando R$150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais).
R$ 300.000,00 - R$ 150.000,00 = R$ 150.000,00
Ento, nesse perodo houve uma desvalorizao de R$150.000,00 que deve ser diluda por 10
anos (120 meses) que o tempo que o autnomo pretende ficar com o veculo.
Assim teremos:
R$150.000,00 : 120 meses = Teremos uma depreciao de R$ 1.250,00 por ms.
Esse valor da depreciao dever ser reservado mensalmente pelo autnomo em uma conta
separada (poupana) para quando chegar a hora de trocar o veculo por um novo no ter a
necessidade de realizar emprstimos.
b) Salrios
Mesmo que o autnomo seja seu prprio patro e funcionrio, deve considerar como parte dos
custos um salrio fixo referente ao seu trabalho.
O salrio custo fixo mensal que pode ser calculado de uma forma bem simples e seu valor
definido pelo prprio autnomo.
Vamos supor que o autnomo tenha definido como seu salrio o valor de R$1.500,00 (mil e
quinhentos reais) por ms.
Sendo assim, R$ 1.500,00 ser o custo fixo mensal com seu salrio.
Caso o autnomo possua um ajudante, o salrio desse profissional e as demais despesas que
envolvem essa contratao devero ser considerados.
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e) Manuteno Preventiva
A manuteno do veculo, seja ela preventiva ou corretiva, um aspecto de grande relevncia
para o transporte de frete e tem um custo mdio de 1,6% do valor do veculo por ano para
caminhes antigos. Para caminhes novos esse percentual varia entre 0,8% a 1,0%.
Para esse exemplo usaremos o percentual maior, de 1,6%.
Sendo assim, se o veculo custa R$ 300.000,00 teremos um gasto de manuteno de R$
4.800,00:
R$ 300.000,00 X1,6% = R$ 4.800,00 por ano.
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Para fins de clculo, estimamos que 50% desse valor seja gasto com manuteno preventiva e
os outros 50% com a manuteno corretiva.
Dessa forma, o valor da manuteno preventiva ser 50% de R$ 4.800,00, ou seja,
R$ 2.400,00.
Esse valor ter que ser diludo em 12 meses para obtermos o custo mensal com a manuteno
preventiva.
R$ 2.400,00 : 12 meses = R$ 200,00 por ms
A manuteno preventiva um custo fixo que deve ser considerado pelo autnomo, que
evitar gastos inesperados ao longo da viagem e diminuir a probabilidade de avarias no
prprio veculo.
Por isso recomendado que a manuteno preventiva seja feita constantemente, no apenas
quando h quebra ou defeito em peas e equipamentos
A manuteno preventiva um custo fixo, pois independente da distncia percorrida
pelo veculo ou da quantidade de fretes e viagens realizadas, j a manuteno corretiva
um custo varivel que depende desses aspectos.
Depreciao do veculo
R$ 1.250,00
Salrios
R$ 1.500,00
R$ 375,00
R$ 885,00
Manuteno Preventiva
R$ 200,00
TOTAL
R$ 4.210,00
Importante! Esse o valor do custo fixo mensal que deve ser dividido pelo nmero de
viagens estimadas no ms. Se considerarmos, neste exemplo, que o transportador autnomo
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faa 08 viagens todo ms, o valor do custo fixo por viagens/ fretes ser: R$ 4.210,00 : 8
fretes = custo fixo por frete : R$ 526,25.
O seguro do veculo tambm um custo fixo, mas infelizmente, devido ao seu elevado valor
de mercado, muitos autnomos optam por no contrat-lo. Entretanto, essa prtica no
aconselhvel, pois o caminho representa, muitas vezes, a nica fonte de renda do autnomo e
de sua famlia. Ento, para no correr riscos, o ideal fazer sempre o seguro do veculo. Para
calcular essa despesa bem simples, basta dividir o valor da aplice do seguro pelo perodo
de sua validade.
2 PASSO CALCULANDO CUSTOS VARIVEIS
a) Combustvel
Por exemplo: Considerando que o caminho faa uma mdia de 4 km por litro e que o valor
do diesel seja de R$ 2,00.
Assim, basta dividir o valor do litro do combustvel pela mdia que o veculo faz:
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R$ 2,00 : 4 km/litro - O gasto com combustvel ser de R$ 0,50 por quilmetro rodado.
b) Pneus
Os pneus representam segundo ou terceiro maior custo do transporte de frete, por isso todos
os cuidados com manuteno (como rodzio, troca e recapagem) devem ser providenciados.
Para calcular o custo com o desgaste dos pneus o autnomo precisa somar o valor dos pneus
com o valor da recapagem dos pneus.
Neste exemplo vamos considerar que o autnomo faa apenas uma recapagem em cada pneu
a um custo de R$ 300,00 e que o valor do pneu novo de R$1.200,00.
R$ 1.200,00
R$
300,00
R$ 1.500,00
O custo total com a compra e recapagem do pneu ser de R$1.500,00. Esse valor dever ser
dividido pela vida til do pneu, ou seja, quantos quilmetros estimamos que esse pneu ir
rodar com uma recapagem. Para esse exemplo consideremos 150.000 km.
Ento:
Num veculo com 10 pneus teremos: R$ 0,010 X 10 = R$ 0,10 = custo por km para os 10
pneus.
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Esse valor de R$ 0,10 deve ser multiplicado pelos quilmetros rodados em cada viagem.
Assim o autnomo ter o custo do desgaste dos pneus em cada frete.
c) Manuteno corretiva
Esse gasto pode ser muitas vezes evitado se o autnomo realizar corretamente a manuteno
preventiva. Entretanto, nem sempre a manuteno preventiva garantia de que o veculo no
apresentar defeitos eventualidades podem ocorrer.
Por isso, importante reservar sempre a cada frete/viagem um valor para eventuais problemas
mecnicos.
Esse valor ter que ser diludo em 12 meses para que tenhamos o custo mensal com a
manuteno corretiva.
Para calcularmos o custo de manuteno por quilmetro, teremos que dividir esse valor pela
mdia de quilmetros rodados por ms. Para esse exemplo vamos imaginar que o autnomo
rode por ms 10.000 km.
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Sendo assim:
R$ 200,00 : 10.000 km = o custo por quilmetro rodado com manuteno corretiva ser
de R$ 0,02.
d) Lubrificantes
O custo varivel com lubrificantes inclui todos os tipos de leos (motor, cmbio diferencial e
etc.) e vai variar conforme a quantidade de quilmetros rodados pelo veculo.
Para calcular essa despesa o autnomo deve considerar a capacidade do reservatrio (no caso
do motor/crter, a capacidade ser de 20 litros) e somar ao remonte, o leo necessrio para
completar o crter quando ele baixa de nvel entre duas trocas. Esse nmero deve ser
multiplicado pelo preo do leo (nesse caso, vamos estimar o valor de R$ 7,00 por litro).
Para saber o gasto com lubrificantes por quilmetro rodado, basta dividir esse valor pelo
intervalo de troca. Vamos supor que com esse leo o veculo rode 10.000 km at a prxima
troca.
R$ 210,00 : 10.000 km = R$0,021 ser o custo com lubrificante por km.
Nesse exemplo foi calculado apenas o custo do leo de motor. Alm desse, o autnomo tem
que calcular os demais, como: leo de cmbio e diferencial. Para fazer esse clculo o
autnomo deve somar a capacidade dos dois reservatrios, multiplicar pelo valor do leo e
dividir pela quilometragem da troca.
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e) Lavagem
O ltimo dos custos variveis o da lavagem do veculo, que apesar de ser menos importante
que os demais gastos, tambm precisam ser considerados.
Uma lavagem para caminho tem em mdia um custo de R$100,00. Para esse exemplo vamos
arbitrar o valor de R$100,00. Alguns postos de combustvel oferecem esse servio
gratuitamente para seus clientes, entretanto, como isso no regra, o autnomo precisa
considerar essa despesa.
Ento vamos estimar que a cada 5.000 km rodados o autnomo faa lavagem do seu veculo.
R$ 100,00 : 5.000 km, ento teremos que o custo com a lavagem do veculo ser de
R$0,02 por km rodado.
Para melhor visualizao vamos lanar todos os valores dos custos variveis na tabela para
descobrir qual ser o custo varivel do autnomo por quilmetro.
Combustvel
R$ 0,50
Pneus
R$ 0,10
Manuteno corretiva/Oficina
R$ 0,02
Lubrificantes
R$ 0,021
Lavagens
R$ 0,02
Total
R$ 0,66
326
A cada viagem/ frete o autnomo ter que somar o custo fixo (que nesse caso ficou em
R$ 526,25 + o custo varivel por quilmetro (R$ 0,66).
Imaginemos que o autnomo tenha sido contratado para fazer uma viagem de SP para o RJ e
que nesse percurso o autnomo far 430 km para ir e 430 km para voltar (viagem redonda),
num total de 860 km.
Sendo assim, para realizar essa viagem o autnomo no poder cobrar menos do que R$
1.093,85; seno estar trabalhando no prejuzo.
Procuramos descrever e calcular as principais despesas do frete, mas nada impede que o
autnomo tenha outras a serem computadas. Caso isso ocorra, fundamental que ele inclua
tambm no clculo do valor do frete para no ter prejuzos.
comum que o autnomo esquea certos valores, no porque os mesmos sejam baixos, mas
sim porque mais conveniente esquecer-se de sua existncia. Normalmente estes valores no
saem do seu bolso durante o transporte de carga.
Esses custos gerados pelo caminho a cada quilmetro rodado, um dinheiro que aparenta ter
sobrado, mas que na realidade do gasto com pneus, desvalorizao do caminho, peas
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que sero trocadas mais frente, IPVA, seguro obrigatrio e licenciamento, entre outros.
Portanto, antes de qualquer coisa, necessrio se organizar, sem esquecer qualquer despesa.
Se o valor do frete est abaixo do valor do mercado, isso pode ter acontecido porque o
profissional deixa de considerar todos os custos do transporte, assim tomando prejuzo.
c) Anotar numa caderneta os pagamentos, gastos com manuteno etc., que existirem durante
o percurso.
d) Guardar recibos e notas fiscais que voc for acumulando.
e) Evitar gastos extras com multas: siga a legislao.
f) Evitar transitar sem equipamentos obrigatrios ou documentao necessria
f) Obteno de lucro
O lucro o valor que sobra aps o pagamento de todos seus custos. muito comum a pessoa
considerar como lucro todo o dinheiro que ela recebe com sua atividade, e acabar enrolada
com as dvidas depois. Isso no significa que, uma vez definido o preo que bom para voc,
ele ser bom para os clientes muitos deles podem no aceitar.
Ento, se utilizarmos o exemplo acima no qual o custo do frete foi de R$1.093,85 e adotarmos
a margem de lucro de 12%, o autnomo ter um resultado de R$131,26 a cobrar o frete de
R$ 1.225,11, neste frete/viagem.
s vezes, em funo da grande concorrncia do mercado, o autnomo se v obrigado a
estabelecer uma margem de lucro menor do que a esperada. Entretanto, ele sempre ter a
328
opo de fazer ou no o servio ou de escolher o servio que lhe trar maior resultado.
Procure saber o preo praticado pela concorrncia, pelas pessoas que praticam um
servio parecido ou igual ao seu. Se o seu preo calculado for maior que o preo das
pessoas que praticam o mesmo tipo de atividade, ento saber que preciso encontrar
novas formas de reduzir gastos ou obter vantagens (descontos e etc.). Por outro lado, se o
preo for menor que dos concorrentes, voc tem um poder de competio o que
muito bom.
g) Pedgio
A tarifa bsica cobrada varia entre R$ 0,02 a R$ 0,14 por quilmetro rodado.
Entretanto, o pedgio um custo que ainda gera muitas dvidas, especialmente com relao
ao responsvel pelo seu pagamento.
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331
Mdulo IV
Qualidade na Prestao dos Servios
de Transporte de Cargas
332
333
Atualmente os dias vm sendo marcados por uma expanso sem precedentes do setor de
servios. Na maior parte do mundo esse j o setor que mais cresce na economia, tanto no
que diz respeito ao faturamento quanto no que se refere ao emprego da mo de obra
(KOTLER, 1994). simples dizer que as empresas e os profissionais autnomos precisam
estar orientados para o cliente, que devem procurar superar as expectativas deste, oferecendo
um alto nvel de qualidade e ele retribuir com sua lealdade. Na prtica, porm, transformar
tais recomendaes em mtodos concretos de trabalho, fazer com que o profissional ou todos
os integrantes de uma organizao os compreendam e os apliquem, e instituir um controle da
qualidade na busca do defeito zero tarefa complexa, e precisa seguir determinadas
etapas para que a sua implantao seja eficaz.
O QUE UM SERVIO?
Para trabalharmos bem a questo da qualidade na prestao de servio precisamos conhecer,
primeiramente, o conceito de servio.
Voc, transportador de carga, j parou para pensar no quem vem a ser um servio?
As ilustraes que voc ver a seguir certamente vo dar-lhe uma boa pista sobre essa
questo: elas nos traduzem as imagens de uma loja, de um hotel, um restaurante e, finalmente
um banco.
Voc deve ter observado que em todas essas situaes se oferece ao mercado consumidor
(clientes) alguma coisa que devidamente paga por ele. Pagamos, por exemplo, pela
mercadoria comprada numa loja qualquer, pelo talo de cheques fornecido pelo banco, pela
refeio no restaurante ou pela hospedagem no hotel.
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Alm desses casos, podemos ainda nos lembrar de alguns outros como, por exemplo, um
salo de beleza, uma seguradora ou uma corretora de valores. E em todos os outros tambm
nos oferecem algo um corte de cabelo, o seguro de um bem qualquer, a realizao de um
investimento. E tudo isso feito em troca de um pagamento que efetuamos.
Como percebemos, em todas as situaes aqui destacadas se desenvolvem atividades que so
oferecidas no mercado de consumo, em troca de uma remunerao. E exatamente isso que
denominamos servio.
Analise agora como nossa legislao conceitua um servio. No artigo 3 do Cdigo de Defesa
do Consumidor encontramos o seguinte:
Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de credito e
securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.
Repare que, por essa definio, a atividade comercial tambm um servio. Percebemos isso
claramente porque o comrcio envolve a compra e a venda de mercadorias que acontece no
mercado de consumo, mediante uma remunerao. uma atividade que geralmente ocorre no
contato direto com o cliente, que, nesse caso, o consumidor final.
Portanto, toda vez que falamos em servio, estaremos tambm nos referindo s atividades
comerciais.
DIFERENA ENTRE PRODUTO E SERVIO
Produto pode ser definido como o conjunto de bens resultantes da atividade produtiva, ou
seja, o resultado concreto da atividade humana, do trabalho.
O Servio algo no palpvel, no material. a atividade que normalmente acontece entre
algum que fornece o servio (uma empresa) e algum que cliente e que precisa deste
servio.
335
Agora que voc entendeu bem os conceitos e a diferena entre produto e servio, vamos
observar algumas de suas caractersticas. Para tanto, analise a situao a seguir:
O atendente de uma farmcia de manipulao recebe a cliente com cortesia, e ambos travam o
seguinte dilogo:
- Vocs tm silicone para os cabelos?
- Temos sim, e de tima qualidade. Os nossos preos tambm so bons! A senhora vai gostar!
Temos aqui esses folhetos que informam sobre toda a nossa linha de produtos. Leve um de
cada! E, se precisar de mais informaes, estamos aqui sua inteira disposio.
- Muito obrigada. E os produtos j esto prontos, ou preciso encomendar com antecedncia?
- Temos pouca coisa pronta, mas a senhora pode encomendar at por telefone, e ns
entregamos em casa. Ser sempre um prazer atend-la.
Essa farmcia expe seu horrio de atendimento aos clientes, e, alm disso, aceita vrios
cartes de crdito, oferece folhetos explicativos de seus produtos, dispe de um ambiente
confortvel para atendimento, aceita encomendas por telefone e faz entregas domiclio.
Esses so alguns dos servios prestados pela empresa que podem ser considerados palpveis,
por serem vivenciados ou percebidos concretamente pelos clientes.
Esse tipo de servio , por isso, denominado servio objetivo ou servio tangvel.
Outros exemplos:
336
- Os padres de atendimento, como, por exemplo, datas, horrios, prazos, tempo de resposta.
- A forma de conduta durante a prestao do servio que est sendo executado.
Ao trabalhar dessa maneira, a empresa ou o profissional estaro administrando os seus
servios de forma global, envolvendo todas as atividades que decorrem da prestao de
servio. E isso, sem dvida, ir interferir diretamente na qualidade do servio prestado, como
veremos no prximo item.
O QUE QUALIDADE?
Certamente voc j se deparou com a palavra qualidade em inmeras situaes.
Observe s:
- Que tal levar este Whisky?
- J provei dele e no gostei. Se voc lev-lo, est pagando apenas pela marca. No h menor
relao entre o preo e a qualidade do produto.
- Voc foi quela nova loja de autopeas?
- Fui e recomendo. Os produtos so de excelente qualidade!
- Durante quanto tempo o caminho do Romeu ficou nesta oficina?
- Durante uma semana. E que atendimento de qualidade!
Voc se deu conta de como a qualidade est presente em todos os lugares? E sabe quando
apareceu a preocupao com a questo da qualidade?
A questo da qualidade no , de forma alguma, algo novo. Muito pelo contrrio, remonta ao
incio do sculo XX. Naquela poca, eram os prprios artesos que controlavam a qualidade
de seus produtos. O aumento da produo e da procura fez surgir ento, a figura do inspetor
de equipamentos e os departamentos de controle de qualidade.
338
Esses agentes eram responsveis pela fiscalizao das aes dos operrios, no processo de
produo, com findo propsito de garantir a apresentao de um produto final no padro das
exigncias do pblico consumidor.
Nos dias de hoje, os produtos e servios se mostram bem mais complexos e sofisticados, e
com a competitividade crescendo dia aps dia, o nvel de exigncia do cliente consumidor se
aprimora e a qualidade passa a ser o principal fator de diferenciao em tudo.
MAS QUAL O REAL SENTIDO DE QUALIDADE?
Bom padro de qualidade representa alguma coisa benfeita, bem concebida, bem projetada,
bem elaborada, bem organizada, bem administrada, que atende s especificaes,
satisfazendo, assim, produtores, prestadores de servios e clientes. Qualidade, ento, a
totalidade de caractersticas de algum, ou de alguma coisa, que lhe confere a capacidade de
atender a necessidades explicitas ou implcitas.
NECESSIDADES EXPLCITAS so aquelas expressas formalmente, sejam em contratos,
em especificaes de projetos, em folhetos promocionais, material de propaganda, manuais de
operao de equipamentos e etc., elas tratam de questes objetivas.
As NECESSIDADES IMPLCITAS, por sua vez, dizem respeito s expectativas ou aos
desejos dos clientes. Portanto, no podem estar formalizadas ou predeterminadas em nenhum
documento. Essas necessidades tm a ver com questes de ordem subjetiva, mas ligadas ao
modo de pensar das pessoas de uma maneira geral.
H de se considerar que a qualidade uma das mais importantes ferramentas para conquistar
consumidores, competitividade e produtividade, dando sustentao s empresas e aos
profissionais autnomos, bem como a todo o sistema econmico de um pas.
Existe uma avaliao da qualidade feita pelo cliente durante ou aps o trmino do processo de
prestao do servio que se d atravs da comparao entre o que o cliente esperava do
servio e o que ele percebeu do servio prestado (Gianesi e Corra, 1994).
339
Pense, por exemplo, em uma loja que vende roupas femininas e masculinas. Pense nas
necessidades explcitas e implcitas a serem atendidas, para a loja ser considerada de
qualidade. Vamos conferir?
As necessidades explcitas se referem ao projeto arquitetnico propriamente dito: provadores
masculinos separados dos provadores femininos, e bem ventilados, iluminao adequada,
araras para exposio das roupas bem distribudas no espao, caixas registradoras em locais
de fcil acesso.
J as necessidades implcitas estariam relacionadas ao subjetivismo do cliente: a forma como
atendido, o tecido empregado na confeco das roupas e seu acabamento, a variedade dos
modelos, cores e tamanhos, o preo das roupas, as embalagens, a arrumao das vitrines, a
decorao da loja, a sua limpeza.
A IMPORTNCIA DA QUALIDADE DOS SERVIOS
A qualidade de um servio , sem dvida, essencial ao perfeito funcionamento de qualquer
empresa ou ao sucesso de profissionais prestadores de servios.
Quando falamos de um servio de qualidade estamos nos referindo plena satisfao do
cliente. E o segredo para isso concentrar-se profundamente nas necessidades e nos desejos
do cliente, criando um servio que atenda ou exceda as suas expectativas.
essa maneira de encarar a prestao de servios que, atualmente, tem-se tornado a principal
fora que impulsiona o desenvolvimento das empresas e dos profissionais em direo ao
sucesso.
Podemos concluir, ento, que a qualidade na prestao de um servio se faz presente quando
ele garante a plena satisfao do cliente. Para tanto, o servio deve ser benfeito e ter um preo
justo e, alm disso, no deve dar lugar a desperdcios. Assim, o cliente vai consumi-lo
novamente e se tornar o divulgador daquele servio e de sua qualidade.
A partir dessa concluso podemos compreender que um servio de qualidade no s vai
satisfazer o cliente como tambm vai garantir a sobrevivncia do profissional, da empresa e
340
da prpria sociedade. Ganha o cliente, que gasta apenas o necessrio. Ganha a empresa e o
profissional, que economizam tempo e dinheiro. E ganha ainda sociedade, que deixa de
sofrer um estrago ou uma perda com um servio de m qualidade.
Quando um servio malfeito, envolve desperdcio e, desse modo, a prpria sociedade que
acaba desviando seus recursos para os reparos necessrios, acarretando prejuzos, sem sombra
de dvida.
Vamos refletir agora sobre outra questo importante: a qualidade na prestao de servios
obtida por intermdio de quem?
A qualidade na prestao de um servio se faz por intermdio das pessoas, j que depende
exclusivamente do desempenho de cada trabalhador, consciente do papel que tem a cumprir,
comprometido com o sucesso dos negcios em questo. So as pessoas, portanto, que fazem
com que os servios sejam diferenciados pelo atendimento prestado ao cliente.
O profissional precisa ter conscincia atender s expectativas do cliente no tarefa difcil!
Basta querer e, logicamente, estar capacitado para faz-lo.
Os atuais especialistas em administrao so unnimes em afirmar que pessoas amistosas,
cordiais, educadas e competentes, quando prestam um servio, so muito mais valiosas do que
a mais sofisticada tecnologia.
E porque afirmar isso?
Justamente porque o tratamento na prestao de servio realizado por pessoas, profissionais
ou trabalhadores das empresas, e no por mquinas! Mquinas no dialogam, no sabem ouvir
e argumentar, no negociam, no lidam com o emocional e o afetivo, atravs de atitudes,
comportamentos, enfim, no estabelecem o nvel de relao de que o cliente precisa para se
sentir plenamente atendido e satisfeito.
Dessa forma, se uma empresa direciona a modernizao de sua administrao, de sua gesto,
para as pessoas que fazem o atendimento, certamente ela estar entre os fornecedores de
servios de alta qualidade. Da mesma forma o profissional que o faz de forma autnoma
341
Tornamos, portanto, a afirmar que o contato do trabalhador com o cliente uma parte
importante na prestao do servio, uma vez que cumpre um papel fundamental na
valorizao desse investimento. Por isso que chamamos esse contato de hora da verdade.
Mas por que tal denominao?
Porque exatamente no momento da hora da verdade que o cliente ao entrar em contato com
o profissional ou com a realidade da organizao, tem oportunidade de formar um conceito da
empresa ou do profissional e dimensionar a qualidade dos servios por eles, prestados.
Observe como as situaes a seguir exemplificam bem esse fato.
Olhe s a reao de um cliente diante do balco de uma relojoaria cheia de pessoas esperando,
num ambiente abafado, catico e tumultuado, principalmente pelas grosserias do atendente:
- Mas escuta aqui, ento meu relgio ainda no ficou pronto?
- Estou aqui h um tempo enorme! Acho melhor levar o relgio de volta e procurar outra
relojoaria!
- O senhor j devia ter feito isso h mais tempo!
J na segunda situao um casal almoa num restaurante simples, mas aconchegante e com
um atendimento de primeira:
- Wilson, que pores fartas, e que comida saborosa e bem apresentada! Estou adorando!
- sim. Eles primam pela limpeza e so amveis e simpticos. Gostei de termos vindo aqui.
Com certeza ficaremos fregueses!
Na nossa ultima situao, vamos observar as impresses de uma cliente que, ao sair do salo
de beleza comenta com o marido, que aguarda no carro:
343
- Estava to ansiosa com o corte de cabelo da Tereza. Essa foi a primeira vez que ela me
atendeu. Mas fiquei encantada! Alm de ter sido rpida, ela foi muito amvel e cortou
exatamente o cabelo o tamanho que eu queria, nada alm!
Essas situaes revelam com clareza a importncia da hora da verdade, para o fracasso ou o
sucesso de uma empresa ou de um profissional.
, portanto, nas empresas, o pessoal da linha de frente, o atendente, que administra esses
momentos especiais e que determina o resultado deles, controlando seu comportamento e suas
atitudes em relao ao cliente. No caso do profissional autnomo ele prprio o responsvel
pela hora da verdade
Logo, necessrio que esses profissionais ou trabalhadores estejam concentrados no servio
que prestam, de modo a realiz-lo com eficcia e habilidade. Assim, possvel maximizar o
impacto positivo de certos aspectos sobre o cliente, ou, ao menos, minimizar o impacto de
aspectos negativos.
A hora da verdade , pois, uma importante questo a ser considerada quando tratamos da
qualidade dos servios, porque a partir dela que o cliente vai construir a imagem do
profissional ou da organizao.
Outra questo com a qual o profissional ou a empresa deve se preocupar, quando busca a
qualidade na prestao de servios, em ter uma estratgia bem concebida para o servio.
Essa estratgia vai definir a metodologia de trabalho do profissional ou as polticas da
organizao, os procedimentos, as instalaes e tudo o mais, de modo a atender
convenincia do cliente e no somente da empresa. Ela vai, portanto, orientar o profissional
ou os membros da organizao para as verdadeiras prioridades do cliente.
Nesse momento, ento, a empresa no pode se esquecer de que o pessoal da linha de frente,
aquele que realmente tem contato com o pblico precisa concentrar-se nas necessidades dos
clientes, dando-lhes ateno e dispondo-se a ajud-los, para ficarem satisfeitos, bem atendidos
em suas exigncias, adquirindo sua fidelidade e fazendo com que sintam a vontade de voltar
sempre.
344
Como voc pode observar, esses so conceitos aparentemente simples. Mas transform-los em
realidade nem sempre fcil, principalmente quando preciso mudar a cultura do profissional
ou da empresa, o modo de ser de uma organizao na real acepo do termo.
Um exemplo tpico dessa mudana de cultura o caso dos supermercados. No passado eles
no existiam, e os clientes eram atendidos por balconistas que retiravam as mercadorias das
prateleiras.
Hoje, o prprio cliente quem faz esse servio e, por isso, dizemos que ele esta dentro desse
tipo de organizao. Ele passou a ser um integrante efetivo da organizao.
Portanto, muito importante que o pessoal da linha de frente possa entender o ponto de vista
do cliente, pois s assim ser possvel satisfaz-lo plenamente.
E o que possvel fazer para que o profissional autnomo ou o trabalhador de uma empresa
compreenda o ponto de vista do cliente?
A tcnica que pode ser usada para isso bastante simples e produz bons resultados,
consistindo em orientar o profissional ou empregado para vivenciar uma situao como se
fosse um cliente da empresa, passando por todas as etapas da prestao de um servio.
Vejamos isso melhor, por meio do exemplo de um cliente que se dirige a uma loja de
equipamentos esportivos para adquirir uma bicicleta. Vamos analisar os vrios momentos da
situao por ele vivenciada:
Primeiramente o cliente l um encarte de jornal com informaes sobre a bicicleta que esta
em oferta na loja.
O cliente vai loja se informar sobre o equipamento e recebido pelo atendente; ele deseja
saber o preo, as condies de pagamento, algumas especificaes da bicicleta, como aro,
nmero de marchas e etc.
De posse das informaes e observando de perto a bicicleta, o cliente decide pela compra,
e o vendedor acerta a data de entrega da mercadoria.
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3. O cliente deve ser tudo. Por isso, a empresa ou o profissional precisam estar sempre
sintonizados com as necessidades de seu pblico, conhecer suas percepes, valores e
motivaes de compra, atravs de constantes pesquisas.
8. A administrao no deve apenas ditar regras, fixar prioridades, mas tambm ajudar e
apoiar o pessoal da linha de frente, ouvindo seus problemas, comentrios e tirando suas
dvidas.
materiais, como, por exemplo, um salrio justo. necessrio, tambm, manter uma liderana
atenta e cuidadosa, que trate o pessoal como seres humanos e no como nmeros ou peas de
um processo.
Todas as pessoas que trabalham na prestao de servios precisam sempre buscar qualidade,
mesmo quando tudo parece perfeito. Essa uma pratica fundamental, que visa ao constante
aperfeioamento desses servios.
Os servios so muito variveis e pouco padronizados e uniformes. KOTLER (1994) e
COBRA (1986) destacam que isso deve ao fato de que os servios so muito dependentes dos
funcionrios que o realizam, ou seja, so muito dependentes do fator humano.
Segundo BERRY & PARASURAMAN (1992: 16) a essncia do marketing de servios o
servio. A qualidade do servio base do marketing de servios. O marketing de servios
eficaz um slido conceito de servio bem feito, um servio desejado perfeitamente
executado. Estes autores afirmam que tanto o marketing de servios como o de mercadorias
se baseiam na identificao das necessidades dos clientes. Alm disso, quanto mais difcil
para o cliente identificar os aspectos mais tangveis do produto antes da compra, mais forte o
potencial de influncia das comunicaes boca a boca e mais o produto precisar receber
marketing como um servio. Outra estratgia importante a de se ouvir as opinies dos
clientes aps a prestao de servios terem sido executadas.
Segundo WHITELEY (1992) quando se conhece as reais necessidades dos clientes e procura
resolver os seus problemas encontra-se a o caminho para a real vantagem competitiva.
Quando suas necessidades e expectativas se tornam o norte para todas as atividades da
organizao, os clientes vero suas expectativas constantemente e superadas, resolvendo os
seus problemas e gerando at mesmo a fidelizao destes.
Segundo LEVITT (1990) os consumidores usam aparncias para julgar realidades e isso se
torna muito importante no setor de servios, pois os clientes no podem testar pegar ou
provar o servio antes de compr-lo. Na verdade os clientes compram as suas promessas de
satisfao, e a aparncia exerce um grande poder de persuaso sobre os clientes.
348
Para LAS CASAS (1991) a importncia da imagem sobre o setor de servios. A imagem e
aparncia profissional dos funcionrios em contato direto com os clientes e das instalaes
fsicas so uma grande preocupao dos profissionais de marketing e por isso devem ser
agradveis e possuir boa aparncia. Esse autor afirma ainda que (1991: 64) os prestadores de
servios devem tangibilizar o mximo possvel suas promessas. A tangibilizao do intangvel
deve fazer parte e acompanhar as apresentaes de venda.
Outro ponto ao qual se deve estar atento em relao ao nvel do servio percebido pelo
cliente, pois segundo LAS CASAS (1991) o consumidor deve perceber que est recebendo
bons servios. Sempre que possvel e necessrio ele deve ser comunicado para tomar cincia
deste fato.
De acordo com BERRY & PARASURAMAN (1992: 29) a confiabilidade do servio o
corao da excelncia do marketing de servios.
A organizao quando deixa de cumprir promessas sedutoras feitas para
atrair clientes, ela estremece a confiana do cliente em suas capacidades e
abala suas chances de obter reputao pela excelncia do servio. Do ponto
de vista do cliente, a prova de um servio sua realizao impecvel.
Assim, imprescindvel que o servio seja feito corretamente da primeira vez. Os recursos
humanos pertencentes s organizaes prestadoras de servios exercem um papel
preponderante na qualidade do servio prestado. Desse modo, LAS CASAS (1991) lembra
que produo e consumo de servios ocorrem simultaneamente, tornando o preparo
profissional dos funcionrios da organizao objeto de comercializao. Assim, quanto mais
preparado for o profissional, melhor ser o nvel da prestao do servio. Desse fato ocorre a
grande nfase no treinamento dos funcionrios dessas organizaes prestadoras de servio.
BERRY & PARASURAMAN (1992) destacam ainda que nos servios, o relacionamento e o
contato entre consumidor e prestador de servios um aspecto fundamental. Assim, muitas
organizaes se preocupam e concentram diretamente em desenvolver os seus recursos
humanos para as atividades de venda e atendimento ao cliente. Entretanto, LAS CASAS
(1991) lembra que essa atividade de treinamento como tambm outras atividades relativas
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III - a substituio do produto por outro da mesma espcie, marca ou modelo, sem os aludidos
vcios;
IV - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de
eventuais perdas e danos.
1 Aplica-se a este artigo o disposto no 4 do artigo anterior.
2 O fornecedor imediato ser responsvel quando fizer a pesagem ou a medio e o
instrumento utilizado no estiver aferido segundo os padres oficiais.
Art. 20 - O fornecedor de servios responde pelos vcios de qualidade que os tornem
imprprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicaes constantes da oferta ou mensagem publicitria, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e sua escolha:
I - a reexecuo dos servios, sem custo adicional e quando cabvel;
II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preo.
1 A reexecuo dos servios poder ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por
conta e risco do fornecedor.
2 So imprprios os servios que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente
deles se esperam, bem como aqueles que no atendam as normas regulamentares de
prestabilidade.
Art. 21 - No fornecimento de servios que tenham por objetivo a reparao de qualquer
produto considerar-se- implcita a obrigao do fornecedor de empregar componentes de
reposio originais adequados e novos, ou que mantenham as especificaes tcnicas do
fabricante, salvo, quanto a estes ltimos, autorizao em contrrio do consumidor.
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QUALIDADE
NO
ATENDIMENTO
AO
CLIENTE
DO
TRANSPORTE
RODOVIRIO DE CARGAS
Para atender a um cliente com qualidade, primeiro preciso saber o que ele entende por
qualidade no servio de transporte!
Um cliente busca o trabalho de um profissional ou de uma empresa se ele tem alguma
necessidade a ser atendida.
No caso do transporte, se vrias empresas e profissionais autnomos prestam servios to
bons ou melhores que voc, ento, por que os usurios devem optar por transportar seus
produtos com voc?
importante que voc consiga oferecer qualidade maior ao seu cliente.
A escolha entre as empresas e os profissionais autnomos que podem atender s necessidades
dos clientes se d a partir de vrios aspectos, tais como: oferta de um servio de qualidade,
pontualidade na entrega, segurana no transporte, compromisso, responsabilidade social, entre
outros.
Para garantir a satisfao do cliente, faz parte de seu trabalho, como transportador, assegurar:
Que o cliente tenha certeza da entrega, certificando a idoneidade da empresa ou do
profissional autnomo.
Pontualidade, reforando a imagem de organizao.
362
Integridade ao produto at que ele chegue a seu destino, evitando quebras, estragos ou
extravios.
Que o cliente receba o pedido completo e sem erros.
Ausncia de acidentes com o caminho e/ou a carga.
Que o meio ambiente no sofra qualquer dano.
Se o profissional no presta um bom servio ou se no entrega ao cliente um produto de
acordo com o esperado, este cliente escolher outro profissional quando precisar novamente
deste produto ou servio.
Portanto, a priorizao na qualidade de atendimento e na qualidade do servio prestado
essencial.
QUALIDADE
NA
OPERAO
EM
TERMINAIS
ARMAZNS
DE
MERCADORIAS
Conhecer as principais operaes envolvidas com a movimentao das cargas
imprescindvel para oferecer um servio de qualidade ao seu cliente.
As atividades bsicas que devem ser desenvolvidas com qualidade num terminal de cargas ou
em um armazm esto relacionadas com as tarefas de movimentao e armazenagem da
carga.
Para um bom desempenho importante que sejam executadas com cuidado e ateno e que
haja a integrao entre o terminal e os transportadores.
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365
Transportar no apenas levar produtos de um lugar para outro. Percebe-se que esta atividade
envolve uma srie de outros fatores interligados que so indispensveis para oferecer bons
servios aos clientes e manter-se competitivo no mercado.
As empresas e os profissionais autnomos devem se preocupar em melhorar o atendimento ao
cliente, considerando suas expectativas em relao ao servio que est contratando.
366
Mdulo V
Responsabilidade Socioambiental
367
A questo ambiental est cada vez mais presente no cotidiano da sociedade brasileira. Alm
disso, atualmente, a questo ambiental ponto fundamental na pauta de discusses de projetos
estruturantes que buscam o desenvolvimento sustentvel do Brasil.
Ouvir falar de conscincia ambiental no novidade nenhuma para caminhoneiros e
empresrios do ramo de transporte. Ainda assim, esse um tema que continua sendo
pertinente, e pelo andar dos acontecimentos, h de se tornar cada vez mais. No apenas pelos
enormes impactos que o modo de vida da sociedade contempornea vem causando, mas
principalmente pelo perigoso futuro, para o qual temos contribudo todos.
A situao, apesar de iminentemente catastrfica, pode mudar: inicialmente devemos ter o
bom senso de admitir que tudo depende de ns, na sequncia, promover as mudanas de
comportamento necessrias e depois agir, pois, ou fazemos algo agora, ou nada haver a ser
feito, a no ser arcar com as consequncias do tremendo descuido com o nosso planeta.
368
O que vamos fazer? essa a grande questo. O eco dessa pergunta vem ressoando cada vez
mais alto. No mundo todo vemos iniciativas ecolgicas, empreendimentos ecossustentveis e
o conceito de simplicidade voluntria se espalhando e ganhando espao. um sinal de que
estamos agindo, criando solues, arregaando as mangas e partindo para ao.
Ainda assim, somando tantos e todos os esforos, nossa participao continua pequena. No
h nada de desanimador nisso. apenas um aviso de que devemos continuar evoluindo,
olhando pra frente e caminhando na direo de um desenvolvimento mais coerente com a
realidade em que estamos inseridos. Estamos agora vivendo na prtica o dilema de aprender a
lidar conscientemente com os recursos que temos. No podemos mais deixar para amanh o
debate sobre o que vamos fazer com os resduos. Muito menos esquecer de que tudo deve ser
aproveitado, reciclado, transformado, reorganizado em direo da vida, na contramo do
desperdcio.
Com relao s mudanas climticas, as pesquisas indicam que os brasileiros esto mais
comprometidos, otimistas, e at preocupados, que a mdia global. Correndo junto com a ndia
e o Mxico, o Brasil apresenta elevados ndices de conscincia ambiental, superando pases
supostamente mais desenvolvidos, como Frana, Estados Unidos e Alemanha.
Todos ns, sabemos que crescer economicamente um dos objetivos da Nao brasileira, mas
no podemos perder de vista, destacar como prioridade o cuidado com o meio ambiente. Os
efeitos do aquecimento global j so sentidos em todo o mundo e no diferente no Brasil. As
mudanas climticas, alm das catstrofes naturais, causam enormes transtornos sociais que
impactam sobremaneira os oramentos de municpios, Estados e do Governo Federal, enfim,
deixar de cuidar do meio ambiente e deixar de priorizar aes preventivas gera nus para toda
a sociedade e compromete a sustentabilidade do planeta.
Em suma, se faz prioritrio que tambm na atividade de transporte rodovirio de carga e entre
seus agentes operadores haja a conscientizao da responsabilidade ambiental, individual e
coletiva, necessrias garantia do desenvolvimento sustentvel na cadeia de servios
logsticos que caracterizam o modal e o comprometimento com o meio ambiente e a
qualidade de vida da sociedade.
369
Assim,
construo,
instalao,
ampliao
funcionamento
de
O licenciamento ambiental, institudo pela Lei n 6.938, 31 de agosto de 1981, que aprovou a
Poltica Nacional do Meio Ambiente (PNMA) que considerada o marco regulatrio para o
370
371
Assim, quando constatada a emisso veicular acima dos padres estabelecidos pela norma
acima, o veculo autuado pela CETESB e pela Polcia Militar.
372
373
O EFEITO ESTUFA
O Efeito de Estufa consiste, basicamente, na ao do dixido de carbono e outros gases sobre
os raios infravermelhos refletidos pela superfcie da terra, reenviando-os para ela, mantendo
assim uma temperatura estvel no Planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos
oriundos do sol so absorvidos e transformados em calor, outros so refletidos para o espao,
mas s parte destes chega a deixar a Terra, em consequncia da ao refletora que os
chamados "Gases de Efeito de Estufa" (dixido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos
CFCs - e xido de azoto) tm sobre tal radiao reenviando-a para a superfcie terrestre na
forma de raios infravermelhos.
Sem o efeito estufa, a temperatura mdia da Terra seria de 18C abaixo de zero, ou seja, ele
responsvel por um aumento de 33C.
374
375
Michaelis et al (1996) citado por Mattos (2001) ressaltam as estimativas para o setor
transportes que pode reduzir suas emisses no ano de 2025 em at 40% a partir de mudanas
nos projetos dos veculos, atravs de materiais e mecanismos mais eficientes; reduo do
tamanho dos veculos; mudana para combustveis alternativos; reduo no nvel de atividade
de transporte de passageiros e cargas pela alterao do padro do uso do solo, sistemas de
transporte, padres de deslocamento e estilos de vida; e a mudana para modais de transporte
menos intensivos em energia.
A implantao do Plano Nacional de Logstica dos Transportes (PNLT) citada pelo PNMC
como uma ao de melhoria dos transportes e representa a volta do planejamento a mdio
longo prazo para o setor, dotando-o de uma estrutura de gesto e servindo de base para a
formulao dos Planos Plurianuais. Alm disso, o PNLT enfatiza a diretriz que trata do forte
compromisso com a preservao do meio ambiente, com a evoluo tecnolgica e com a
racionalizao energtica.
376
Apesar das diferenas no processo de combusto, os motores de ciclos Diesel e Otto tm forte
parentesco: emitem poluentes em comum, embora em quantidades bem distintas. As excees
so os aldedos, exclusividade dos motores a lcool e gasolina, e o material particulado, quase
todo emitido pelos motores a diesel.
CICLO DIESEL
Nos motores de ciclo Diesel, a combusto ocorre por compresso. O cilindro se enche de ar,
que comprimido. Depois, injetado o diesel, que, com a alta temperatura do ar, entra em
combusto. Por fim, h a exausto dos gases, como os xidos de nitrognio, o dixido de
enxofre e o material particulado.
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CICLO OTTO
No motor de ciclo Otto - gasolina, lcool, Flex ou GNV - a sua combusto ocorre por
exploso. A mistura de combustvel e ar entra no cilindro, comprimida e recebe a centelha,
provocando a queima. Em seguida so liberados os materiais resultantes, como
hidrocarbonetos, dixido e monxido de carbono e aldedos.
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PRINCIPAIS POLUENTES
Dixido de carbono (CO2): no faz mal ao homem ( o gs produzido na nossa respirao),
mas o principal causador do efeito estufa. Em um ano, um veculo que roda 20.000
quilmetros lana em mdia na atmosfera 3,4 toneladas de CO2. O modal rodovirio o
maior emissor desse gs.
Modo de Transporte
Emisses de CO2
(%)
Rodovirio
90,0
Areo
7,6
Ferrovirio
0,4
Hidrovirio
2,0
(%)
Gasolina
18,9
37,7
leo Diesel
26,0
62,2
379
380
381
Quanto menor a partcula, maior e a sua absoro nas trocas gasosas efetuadas pelo pulmo,
carregando consigo compostos nocivos que podem se manifestar causando leses no s
locais, no sistema respiratrio, mas tambm de ordem sistmica, manifestada em qualquer
outro rgo ou sistema de organismo.
Considerando que o material particulado (MP) uma mistura composta que inclui a maioria
dos poluentes primrios da combusto do diesel, sero abordadas as evidncias que suportam
o conceito de que a poluio do ar por material particulado afeta a sade humana, em termos
de mortalidade e de capacidade de causar doenas (morbidade).
Mortalidade
Diversos grupos de todo o mundo tem demonstrado associaes entre variaes agudas de
nveis ambientais de MP e mortalidade e apontam para alguns pontos comuns na relao entre
MP (Material Particulado) e mortalidade:
Os efeitos do MP sobre a contagem de bitos ocorrem antes que os limites atuais de
qualidade do ar sejam ultrapassados.
382
Os eventos patolgicos, acima citados, que levam a uma reduo da expectativa de vida so,
mais provavelmente, relacionados a exposio crnica aos poluentes atmosfricos e no o
resultado de exposies eventuais. Uma analogia neste sentido pode ser feita com o
tabagismo, onde a exposio prolongada aos poluentes derivados da queima do tabaco e a
base para ocorrncia de doenas que aumentam a mortalidade entre fumantes.
Assumindo-se como reais os efeitos agudos associados inalao de MP, e esperado que
ocorram efeitos crnicos (longas exposies) consequentes a estas mltiplas agresses agudas
383
(exposies curtas). Na verdade, diverso estudo tem relacionado exposio continuada aos
nveis ambientais de PM, com a reduo da expectativa de vida.
Desta forma, plausvel postular que o MP sirva de veiculo transportador para que elementos
txicos a ele aderidos penetrem nos espaos areos distais e sejam liberados, a partir dos
pulmes, para diferentes compartimentos do organismo humano, favorecendo
desenvolvimento de doenas crnicas na espcie humana.
384
385
(Feema, 2004), verificou-se que as fontes mveis so responsveis por 77% do total de
poluentes emitidos para a atmosfera, enquanto as fontes fixas contribuem com 22%.
A poluio do ar pode ser definida como a "alterao das propriedades fsicas, qumicas ou
biolgicas normais da atmosfera que possa causar danos reais ou potenciais sade humana,
flora, fauna, aos ecossistemas em geral, aos materiais e propriedade, ou prejudicar o pleno
uso e gozo da propriedade ou afetar as atividades normais da populao ou o seu bem-estar"
(Hasegawa, 2001).
Desde ento, vrias aes foram desenvolvidas e implementadas, no sentido de
promover melhorias na qualidade do ar: eliminao dos incineradores domsticos,
substituio do combustvel usado nas padarias e em indstrias, controle, inclusive com a
desativao, de vrias pedreiras situadas na Regio Metropolitana, restrio de passagem de
veculos pesados nos tneis da cidade, entre outras. Quanto poluio atmosfrica de origem
veicular, procurando viabilizar um programa de controle de emisses veiculares que fosse
tecnicamente factvel e economicamente vivel o Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA) criou, em 1986 atravs da Resoluo 18, o Programa de Controle da Poluio do
Ar por Veculos Automotores (PROCONVE). Programa bem aceito e elogiado por todos os
segmentos envolvidos, considerado, mesmo a nvel internacional, como um dos mais bem
elaborados para o controle de emisso em fontes mveis (IBAMA, 2004). O PROCONVE
tem como objetivos a:
386
EVOLUO DO PROCONVE
Para cumprir os limites estabelecidos pelas sucessivas fases, a indstria automobilstica lana
mo de novas tecnologias de reduo das emisses de poluentes nos veculos. So exemplos:
os catalisadores, que so responsveis por parte do ps-tratamento dos gases e os sistemas de
387
para uso nas regies metropolitanas das seguintes capitais: Porto Alegre, Curitiba, So
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Aracaju.
TIPO D Diesel martimo. produzido especialmente para utilizao em motores de
embarcao martimos. Difere do Diesel Tipo A por ter especificado o seu ponto de fulgor
em, no mnimo, 60o C.
leo Diesel Aditivo
Parte do leo diesel (normalmente diesel dos tipos A ou B), aps sair da refinaria, recebe, nas
distribuidoras, uma aditivao que visa conferir ao produto as melhores caractersticas de
desempenho. Normalmente esses aditivos apresentam propriedades desemulsificante,
antiespuma, detergente, dispersante e de inibidor de corroso.
Com essas caractersticas pretende-se evitar que o diesel forme emulso com a gua,
dificultando sua separao do produto e impedindo a sua drenagem. Pretende-se, tambm,
permitir o rpido e completo enchimento dos tanques dos veculos (o que antes era
prejudicado pela gerao de espuma), manter limpos o sistema de combustvel e a cmara de
combusto, aumentando a vida til do motor, minimizando a emisso de poluentes e
otimizando o rendimento do combustvel.
Testes da Especificao e seus Significados
A seguir apresentamos os testes previstos na especificao do leo diesel, assim como os seus
respectivos significados e sua influncia no funcionamento dos motores.
Aspectos
uma indicao visual da qualidade e de possvel contaminao do produto. O diesel deve
apresentar-se lmpido e isento de materiais em suspenso que, quando presentes, podem
reduzir a vida til dos filtros do equipamento. O teste feito observando-se, contra a luz
natural, uma amostra de 0,9 litros do produto contido em recipiente de vidro transparente e
com capacidade total de 1 litro.
389
Cor ASTM
uma avaliao da cor caracterstica do produto. Alteraes na mesma podem ser indicativas
de problemas no processo produtivo, contaminao ou degradao do diesel (o que ocorre
quando o mesmo estocado por perodos longos ou quando fica exposto a temperaturas acima
do ambiente). O teste feito comparando sua cor com discos coloridos que apresentam uma
faixa de valores de 0,5 a 0,8. Nesse ensaio utiliza-se uma fonte de luz padro que compe
uma aparelhagem especfica para esta avaliao. Na expresso do resultado desse teste, a letra
L colocada antes de um valor numrico significa que a cor do produto foi definida como
sendo menor que a cor do padro indicado e maior do que o padro imediatamente inferior.
Por exemplo, uma cor expressa como L3 indica que a cor menor que 3, porm, maior que o
valor anterior da escala de padres, isto , maior do que 2,5.
Teor de Enxofre
um indicativo da concentrao deste elemento no leo. O enxofre um elemento
indesejvel em qualquer combustvel devido ao corrosiva de seus compostos e formao
de gases txicos com SO2 (dixido de enxofre) e SO3 (trixido de enxofre), que ocorre
durante a combusto do produto. Na presena de gua, o trixido de enxofre leva formao
de cido sulfrico (H2SO4), que altamente corrosivo para as partes metlicas dos
equipamentos, alm de ser poluente. O teste feito queimando-se uma pequena quantidade de
amostra em equipamento especfico para este fim. Essa queima transforma o enxofre presente
em xidos que, aps serem quantificados, fornecem a concentrao de enxofre total no leo.
Esto tambm disponveis equipamentos que fazem a anlise incidindo raios X em uma
amostra do produto, colocada confinada em uma clula prpria. Nesse caso os tomos de
enxofre absorvem energia de um comprimento de ondas especifico numa quantidade
proporcional concentrao de enxofre presente no Diesel.
Temperatura da destilao de 50% do produto
a temperatura na qual 50% do volume do produto so destilados. Essa anlise visa controlar
a relao entre o teor de fraes leves e pesadas no produto com objetivo, entre outros de
possibilitar um bom desempenho do motor quando o mesmo j se encontra em regime normal
390
391
Viscosidade
uma medida da resistncia oferecida pelo diesel ao escoamento. Seu controle visa permitir
uma boa atomizao do leo e preservar sua caracterstica lubrificante. Valores de viscosidade
abaixo da faixa podem levar a desgaste excessivo nas partes autolubrificantes do sistema de
injeo, vazamento na bomba de combustvel e danos ao pisto. Viscosidades superiores
faixa podem levar a um aumento do trabalho da bomba de combustvel, que trabalhar
forada e com maior desgaste, alm de proporcionar m atomizao do combustvel com
consequente combusto incompleta e aumento da emisso de fumaa e material particulado.
O teste feito fazendo-se escoar, sob gravidade, uma quantidade controlada da amostra
atravs de um viscosmetro de tubo capilar de vidro, sob temperatura previamente fixada e
mantida sob controle. Anota-se o tempo necessrio ao escoamento que posteriormente
corrigido conforme o fator do tubo. Quanto maior for o tempo necessrio ao escoamento,
mais viscoso o produto. A viscosidade assim determinada conhecida como viscosidade
cinemtica sendo seu resultado expresso em centsimos de stokes (centistokes).
Ponto de Nvoa
definido como a menor temperatura em que se observa a formao de uma turvao numa
amostra do produto, indicado o incio da cristalizao de parafinas e outras subsistncias de
comportamento semelhante que esto presentes e tendem a separar-se do diesel, quando este
submetido a baixas temperaturas de resfriamento contnuo. Valores do Ponto de Nvoa
superiores temperatura ambiente conduzem a maiores dificuldades de partida do motor e a
perdas de potncia do equipamento devido a obstruo, por parafinas, das tubulaes e filtros
do sistema de combustvel. O teste feito submetendo-se uma dada quantidade da amostra a
resfriamento numa taxa especfica, at que haja o aparecimento, pela primeira vez, de uma
rea turva no fundo do tubo de teste.
Corrosividade ao cobre
uma avaliao do carter corrosivo do produto. Esse teste d uma indicao do potencial de
corrosividade do diesel no que se diz respeito peas de cobre, ligas de cobre e outros metais.
392
393
Onde:
D = densidade a 15o C, (g/cm3)
B = temperatura da destilao de 50% do produto ( oC )
O mtodo ASTM D4737 tambm fornece uma frmula que pode ser usada para clculo de
ndice de cetano. Baixos valores de ndice de cetano acarretam dificuldades de partida a frio,
depsito nos pistes e mau funcionamento do motor. Valores altos de ndice de cetano
apresentam as seguintes influncias:
Facilita a partida a frio do motor. Permite aquecimento mais rpido do motor. Reduz
a possibilidade de eroso dos pistes. Impede a ocorrncia de ps-ignio. Possibilita
funcionamento do motor com baixo nvel de rudo. Minimiza a emisso de poluentes
como hidrocarbonetos, monxido de carbono e material particulado.
Ponto de Fulgor
a menor temperatura na qual o produto gera uma quantidade de vapores que se inflamam
quando se d a aplicao de uma chama, em condies controladas. O ponto de fulgor est
ligado inflamabilidade e serve como indicativo dos cuidados a serem tomados durante o
manuseio, transporte, armazenamento e uso do produto. Atualmente, o ponto de fulgor
especificado apenas para o diesel tipo D. o ponto de fulgor varia em funo do teor de
hidrocarbonetos leves existentes no diesel. Devido a isso, ele limita o ponto inicial de
destilao do produto e, consequentemente, a sua produo. Por esse motivo, a especificao
dessa caracterstica foi eliminada do leo Diesel do tipo A e B, com o fim de se permitir uma
maior produo desse combustvel. O ensaio do ponto de fulgor desses dois tipos de diesel
realizado facultativamente pelas refinarias da Petrobrs. O teste consiste em aplica uma
chama padro em uma amostra de diesel colocado em um vaso fechado e submetida a
aquecimento, at que os vapores gerados se inflamem, o que detectado por um lampejo que
se apaga logo aps o correr. Esse ensaio feito usando-se equipamento especfico para esse
fim mantendo-se sob controle fatores como: velocidade do aquecimento, temperatura inicial
do banho, tamanho da chama piloto, intervalo entre aplicaes e etc.
395
No Brasil, at 1994, o diesel possua 13.000 ppm de enxofre. A partir de 1994, passaram a
existir no pas duas qualidades distintas de leo diesel previstas em lei: o diesel interior e o
diesel metropolitano (comercializado num raio de at 40 km dos grandes centros).
Desde 2009, em algumas cidades e/ou regies metropolitanas, existe a oferta do diesel com 50
ppm de S (S-50) disponvel populao ou, em alguns casos, apenas s frotas cativas de
nibus urbanos. Todos os tipos de combustvel atendem s exigncias legais e dos fabricantes
de motores at o momento.
A nica vantagem existente na presena de enxofre no diesel a lubricidade do combustvel,
caracterstica importante para auxiliar na diminuio do atrito entre as partes mveis do
motor. No Brasil, a perda da lubricidade observada com a diminuio do teor de enxofre no
396
O Brasil iniciou uma nova etapa na busca da melhoria da qualidade do ar, com a adoo de
metas mais rigorosas no controle de emisses veiculares. Desde o dia 1 de janeiro de 2012, o
leo diesel de baixo teor de enxofre, o Diesel S-50, est sendo ofertado em todo territrio
nacional. A medida faz parte da implantao das fases P-7 e L-6 do Programa de Controle da
Poluio do Ar por Veculos Automotores PROCONVE (que abrange veculos pesados e
utilitrios movidos a diesel produzidos a partir de 2012), previstas desde 2008. Para garantir o
abastecimento do leo Diesel S-50 em todo o pas a partir deste ano, a ANP (Agncia
Nacional de Petrleo) selecionou 3.100 postos que se juntaro aos mais de 1.100
estabelecimentos que j vendem o produto nas regies metropolitanas de Belm, Recife e
Fortaleza.
Os postos de revenda foram escolhidos supondo uma autonomia mnima de 100 km para os
veculos pesados. O universo abrangeu os postos em que o nmero de bicos para abastecer
motores a diesel fosse superior ao de bicos para veculos com motores do ciclo Otto (carros de
397
passeio, comerciais leves, motocicletas movidos a gasolina, etanol ou GNV). De acordo com
o plano de abastecimento da ANP, a distribuio para as revendas ser realizada por 14 polos
de suprimento da Petrobras (refinarias e terminais) e 49 bases de armazenagem e distribuio.
O plano foi elaborado aps diversas reunies com a Petrobrs (produtora de leo diesel),
distribuidoras e revendedores de combustveis e instituies, representantes destes segmentos.
A ANP submeteu minutas de resolues de implantao da oferta do Diesel S-50 a partir de
2012 (e do Diesel S-10 a partir de 2013) consulta e audincia pblicas, em novembro de
2011. As propostas tcnicas resultaram nas quatro resolues abaixo transcritas:
Resoluo ANP n65, de 9/12/2011.
Indica os municpios das regies metropolitanas de Belm, Fortaleza e Recife que devem
comercializar exclusivamente o leo diesel S-50, conforme o disposto na Resoluo ANP
N 43/2008.
Substitui integralmente os leos Diesel A S-50 e B S-50 pelos leos Diesel A S-10 e B S10, respectivamente, a partir de 1 de janeiro de 2013.
Substitui, integralmente, o leo Diesel B S-1800, de uso rodovirio, pelo leo Diesel B S500, em 1 de janeiro de 2014.
Estabelece que a partir de 1 de julho de 2012, o corante vermelho dever ser adicionado
ao leo Diesel A S-500, a fim de diferenci-lo do S-50. Ficar proibida a adio de corante
ao leo Diesel A S-1800.
Resoluo ANP n 63, de 7/12/11.
D orientaes ao consumidor e ao revendedor. Previne que o consumidor, proprietrio de
veculo da fase P-7, abastea de forma incorreta. Os motores desses veculos somente
podem ser abastecidos com leo diesel de baixo teor de enxofre, sob risco de causar perda
de potncia, danos ao equipamento de ps-tratamento das emisses de escapamento e
perda de garantia.
Determina que todos os revendedores varejistas de combustveis automotivos que
comercializarem leo diesel devero confeccionar adesivos plsticos coloridos informando
o tipo de leo diesel oferecido, afixando-os em local de destaque, a partir de 1 de janeiro
de 2012, nas bombas abastecedoras de leo diesel, independente do tipo.
398
O leo Diesel S-50, no perodo de 2009 a 2011, substituiu o leo Diesel S-500 (antigo leo
diesel metropolitano) nas frotas cativas de nibus urbanos nas regies metropolitanas de So
Paulo e do Rio de Janeiro, e nos municpios de Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e
Salvador.
O leo Diesel S-500 vem substituindo o S-1800 (antigo leo diesel interior), que dever ser
completamente eliminado do segmento rodovirio at o final de 2013. Em 2010, diversos
municpios dos estados de So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paran, Maranho, e
todos os municpios do Esprito Santo e do Piau deixaram de comercializar o leo Diesel
S-1800. A partir de 1 de maro de 2012, centenas de municpios de diversos estados
brasileiros passaro a comercializar o Diesel S-500 em substituio ao S-1800.
A FASE P-7 DO PROCONVE E O IMPACTO NO SETOR DE TRANSPORTES
RODOVIRIOS
Em outubro de 2008, o Ministrio Pblico Federal, a ANP, o Ibama, a Petrobrs, a
Associao Nacional dos Fabricantes de Veculos Automotores (Anfavea) e outras entidades,
assinaram um acordo com o intuito de promover a transio das fases P-5 e L-4 s fases P-7 e
L-6, que foi antecipada para 1 de janeiro de 2012, j que as fases anteriores (P-6 e L-5) no
foram implementadas. Para dar curso a esta transio, a ANP elaborou, desde 2009, diversas
resolues. As mais recentes so as Resolues N 61, N 62, N 63 e N 65, j citadas acima.
A melhoria da qualidade do ar um objetivo comum a ser perseguido para melhorar as
condies ambientais do Planeta. A implantao da fase P-7, em janeiro de 2012, tem como
objetivo reduzir em 60% o xido de nitrognio (NOx), e em 80% as emisses de material
particulado (MP) em relao fase anterior. A fase P-7, quando plenamente implantada, far
com que as emisses dos veculos pesados brasileiros se igualem s verificadas na fase do
programa de reduo de poluentes automotivos Euro-5, da Unio Europia.
De acordo com o Ministrio do Meio Ambiente, a reduo da quantidade de poluentes
lanados na atmosfera pela frota brasileira, que teve crescimento mdio de 12% nos ltimos
anos, j vem sendo sentida. Nos carros de passeio, a reduo gradativa, que comeou h 25
400
anos, entra na fase L-6 daqui a dois anos. O resultado ser uma gasolina de alta qualidade e
baixo teor de enxofre, alm de motores muito mais eficientes do ponto de vista ambiental.
DE
QUE
FORMA
VOC
PODE
COLABORAR
PARA
AJUDAR
A reduo dos nveis de emisso de poluentes por veculos fator fundamental no controle da
poluio do ar, porm necessrio manter as caractersticas originais do veculo para que os
nveis de emisses sejam mantidos sob controle. Isso s possvel executando as revises de
manuteno preventiva previstas pelo fabricante.
Consulte sempre o manual de garantia e manuteno que acompanha seu veculo. L, voc
encontrar toda a informao necessria para manter seu veculo dentro dos padres e da
qualidade.
Com isso, seu veculo se mantm em perfeitas condies de operao, sem paradas no
previstas para a manuteno corretiva, bem como contribuir para a melhoria da qualidade do
ar que respiramos.
MANUTENO PREVENTIVA
Veja abaixo, alguns cuidados que voc deve tomar e itens que voc pode verificar
periodicamente para deixar em dia a manuteno de seu veculo, garantindo assim que ele
atenda s normas da legislao vigente.
No ultrapasse os perodos de troca de leo do motor, da caixa de mudanas e do eixo
traseiro: leo vencido no proporciona lubrificao adequada e causa o desgaste prematuro
dos componentes. Utilize somente leo que atenda especificao do fabricante.
Troque os filtros de ar, de combustvel e do leo do motor nas quilometragens indicadas.
Utilize somente filtros originais.
401
Tenha uma ateno especial para o destino dado a leos e filtros usados. No descarte no
solo, sistema de esgoto ou em qualquer lugar que possa afetar negativamente o meio
ambiente.
Nas trocas de baterias e pneus, para sua segurana e conforto, entregue-os a um
distribuidor ou revendedor idneo, que garanta uma destinao final ambientalmente
adequada, dentro das leis em vigor.
Mantenha sempre o sistema de injeo calibrado de acordo com as especificaes do
fabricante. No permita que pessoas no autorizadas alterem a calibrao dos injetores ou
do mdulo eletrnico. Isso causar reduo da vida til do motor, alm de um aumento de
emisses de gases.
Utilize sempre disco de embreagem, lonas e pastilhas de freio originais. Peas no
originais, durante seu desgaste, podem gerar partculas altamente txicas.
Lubrifique as juntas universais da rvore de transmisso.
Inspecione e elimine vazamentos de combustvel ou de leo.
Verifique diariamente a presso dos pneus, calibrando-os se necessrio.
Mantenha a folga dos rolamentos das rodas regulada.
Mantenha as rodas balanceadas e a direo alinhada.
Respeite o limite de carga do veculo. A sobrecarga causa desgaste prematuro do veculo,
quebra de componentes e aumenta o consumo de combustvel.
Ao observar fumaa preta, branca ou azulada saindo pelo escapamento, verifique as
condies do filtro de ar e/ou possveis desgastes do motor.
402
As aes comeam na nossa prpria casa, local em que devemos procurar gerar cada vez
menos lixo e destinar corretamente o que produzido. Porm, os veculos automotores
constituem uma das maiores preocupaes ambientais do mundo atual. Alm da poluio
causada pelos gases do escapamento, os veculos deixam tambm leo usado, filtros de leo e
filtros de combustvel, os quais, se no tiverem uma destinao correta, sero lanados sem
nenhum cuidado em lixes, aterros ou em qualquer terreno baldio, podendo promover a
contaminao do solo, dos rios e do lenol fretico.
No descarte leo usado de motor, caixa de mudanas, eixo traseiro ou de qualquer outro
agregado do veculo no solo, no sistema de esgoto, lixo comum ou em qualquer outro lugar
que possa, de alguma forma, alcanar o lenol fretico ou rios e lagos. Saiba que um litro
de leo, se disposto inadequadamente, capaz de contaminar um milho de litros de gua,
ou seja, inutiliza a gua que abasteceria 4.000 brasileiros durante um dia (ou, ento: que
abasteceria uma famlia de cinco pessoas durante dois anos).
Ao fazer a manuteno preventiva do veculo, como troca de leos, filtros, lonas de freio,
discos de embreagem e etc. Procure a rede de concessionrias da marca, ou grandes redes
de servio que, devido ao grande volume de lixo gerado, est orientada e preparada para
armazenar os resduos e encaminh-los para a destinao final, de forma ambientalmente
correta e com o mnimo de riscos.
Baterias e pneus usados possuem legislao especfica para descarte. Para a sua segurana
e conforto, entregue-os a um distribuidor ou revendedor idneo, que garanta uma
destinao final ambientalmente adequada, de acordo com a lei. Jamais jogue pneus usados
em terrenos baldios ou ponha fogo. A queima de pneus gera uma fumaa altamente
poluente, e a estocagem inadequada forma ambientes ideais para a proliferao do
mosquito da dengue, entre outros.
No arremesse lixo, como papel, latas de bebidas e pontas de cigarros acesas, para fora do
veculo. Alm de sujar o ambiente, essa ao representa perigo para outras pessoas e
animais. Pontas de cigarros acesas podem causar srios incndios quando em contato com
o mato seco. At o lixo de tamanho reduzido, como papeizinhos e embalagens, entope os
bueiros das cidades, causando grandes transtornos em dias de chuva, provocando as
enchentes e alagamentos que tanto atrapalham o trnsito e a vida das pessoas.
403
404
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