A Eficácia Da Espinheira Santa No Sistema Digestório
A Eficácia Da Espinheira Santa No Sistema Digestório
A Eficácia Da Espinheira Santa No Sistema Digestório
SO PAULO
2009
MXIMO GHIRELLO
SO PAULO
2009
_______________________________________________
Professor Vicente Eduardo Jofre - Fitoterapeuta
________________________________________________
Professora Janete Santos Moreno - Fitoterapeuta
e recebendo
AGRADECIMENTOS
Sou grato aos meus pais Plnio e Carlina pela compreenso, pacincia e amor. Sou
especialmente grato a Nivea, amiga querida, pela inspirao e apoio em toda minha
trajetria de amizade, estudos e trabalho com a natureza e com o ser humano.
Agradeo tambm a todas as pessoas, amigos, rgos e instituies que
contriburam para a minha formao. E, sou ainda imensamente grato Espinheira
Santa, presena certa em todos os jardins que planto pelo mundo.
RESUMO
ABSTRACT
The purpose of this work is to demonstrate the effects on the human Digestive
System resulting from the intake of infusions made with the plant Espinheira Santa
(Maytenus ilicifolia). The INTRODUCTION part addresses the actual theme,
justification and objectives thereof. FUNDAMENTALS OF CHINESE MEDICINE
presents a description on Taoism, Yin-Yang principles; Substances such as Energy,
Blood, Organic Fluids; Theory on the Five Elements; Zan Fu Internal Organs; and
Standards according to the Eight Principles. Second chapter LIVER AND
DIGESTIVE SYSTEM describes functions and imbalances of the liver and the
respective relation with the kidneys, spleen/pancreas and stomach according to
Chinese Medicine. The third chapter includes a description of the plant itself. Fourth
chapter ESPINHEIRA SANTA FOR DIGESTIVE COMPLAINTS addresses the
applied methodology whose results promoted a detoxifying effect in the three cases
presented herein where it was possible to observe a considerable revealing action of
the plant Espinheira Santa on the Lymphatic System, thus the resulting effects
suggest that the toxins mobilized by the use of this plant have directly affected this
vital internal system. In FINAL CONSIDERATIONS a broader perspective on the
results obtained from the application of Espinheira Santa can be verified.
Key words: 1. Chinese Phytotherapy. 2. Espinheira Santa. 3. Gastritis.
SUMRIO
INTRODUO, 10
1.2
Yin Yang, 14
1.3
1.4
1.5
1.6
FGADO, 38
2.1
2.2
Metodologia, 50
4.2
Estudos de caso, 52
4.3
Resultados, 56
CONSIDERAES FINAIS, 57
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS, 59
APNDICES, 60
INTRODUO
Este trabalho pretende investigar como o uso da Espinheira Santa pode ser eficaz
no retorno ao equilbrio do funcionamento do fgado e do sistema digestrio.
Justificativa
Objetivo Geral
Esta pesquisa tem como objetivo verificar se o uso da Espinheira Santa realmente
eficaz no tratamento dos males do fgado e do sistema digestrio.
Objetivo Especfico
Para tanto, foi ministrado e acompanhado o uso de ch, infuso, da erva em trs
voluntrios que apresentam algum tipo de disfuno no fgado e\ou sistema
digestrio.
Este tratamento energtico pode ser obtido atravs de diversas prticas teraputicas
orientais, como: acupuntura, moxabusto, ventosa, massagens, fitoterapia, dieta,
tchi kun, I ching. Estas prticas so integrantes de uma cincia com conceitos
prprios, diferentes e independentes dos conceitos da medicina ocidental.
No Brasil, a MTC foi trazida principalmente pela imigrao japonesa que introduziu
aqui o Shiatsu e a Acupuntura, h 100 anos. A fitoterapia chinesa e o tchi kun foram
introduzidos posteriormente pela imigrao chinesa. Mas estas tcnicas s
comearam a serem amplamente divulgadas aps a criao do Instituto Brasileiro
de Chi Kung.
Tsang, grande cnone taosta que tinha nada menos que 5.485 volumes.
Tao
De Lao Tse, no livro Tao Te King, aprendemos que [...] o grande Tao onipresente
(WILHEM, poema 34, p.70) e tambm que O Tao flui sem cessar, no entanto, na
sua atuao, ele jamais transborda [...] (poema 4, p.40). E ainda, "A coisa mais
macia na terra vence a mais dura. O que no existe penetra at mesmo no que no
tem frestas. Nisso se reconhece o valor da no-ao. O ensino sem palavras, o valor
da no-ao, so raros os que conseguem na Terra. (poema 43, p.8).
Por ser "Todo em tudo", o Tao indivisvel e seu movimento que nos ilude de que
existem objetos separados e distintos uns dos outros.
Compreendendo o
A teoria do Yin e Yang considera o mundo como um todo e que esse todo o
resultado da unidade contraditria dos dois princpios, o Yin e o Yang.
O caractere chins Yin, indica o lado com sombra de uma colina e o caractere
chins Yang indica o lado ensolarado. Ento, podemos dizer que tambm indicam:
escurido e luminosidade ou sombreado e brilhante.
YIN
YAN
bem provvel que a mais antiga origem do fenmeno Yin e Yang tenha se
originado da observao de camponeses sobre as alteraes cclicas entre o dia e a
noite. Levando em considerao a natureza do conceito Yin e Yang, o dia
corresponde ao Yang e a noite ao Yin, e, por conseguinte, a atividade refere-se ao
Yang e o repouso ao Yin. Alternncia contnua de todo o fenmeno entre os dois
plos cclicos: um corresponde luz, sol, luminosidade e atividade (Yang), e o outro,
escurido, lua, sombra e repouso (Yin).
Portanto, sob este ponto de vista, Yin e Yang uma expresso de dualidade no
tempo, uma alternncia de dois estgios opostos no tempo. Cada fenmeno no
universo se altera por meio de movimentos cclicos de altos e baixos, e a alternncia
de Yin e Yang a fora motriz desta mudana e movimento. Assim temos o dia se
transformando em noite, o vero em inverno, crescimento em deteriorao e viceversa. Sendo assim, o desenvolvimento de todos os fenmenos do universo
resultado de uma interao destes dois estgios, Yin e Yang. E cada fenmeno
contm em si mesmo ambos os aspectos, porm em diferentes graus de
manifestao. Por exemplo: O dia pertence ao Yang, mas aps alcanar o seu pico
ao meio-dia, o Yin dentro dele, comea gradualmente a se desdobrar e a se
manifestar.
Yang
Yin
Imaterial
Material
Espao
Energia
Matria
Ascendente
Descendente
Expanso
Contrao
Rpido
Lento
Vero
Inverno
Calor
Frio
Fogo
gua
Seco
Molhado
Cu
Terra
Luz
Escurido
Dia
Noite
Masculino
Feminino
O Tai-Ji
Todos os aspectos do Yin e Yang so assim, o Yin existe pelo Yang, o Yang pelo
Yin. Cada um tem o outro como condio de existncia.
Yin e Yang esto num constante estado de equilbrio dinmico, que mantido por
meio de ajustes contnuos dos nveis relativos do Yin e Yang. Isto quer dizer que os
dois aspectos opostos e unidos do Yin e do Yang no esto em repouso, mas em
movimento de crescimento e decrescimento mtuo.
Quando Yang decresce, o Yin cresce, quando o Yin decresce, o Yang cresce.
Quando eles esto em desequilbrio, afetam-se mutuamente e modificam sua
proporo, alcanando um novo equilbrio.
Alm do estado de equilbrio normal do Yin e Yang, existem outros quatro possveis
estados de desequilbrio:
Nos dois casos de deficincia, o excesso somente aparncia j que este excesso
se d apenas em relao a uma qualidade deficiente, no em absoluto.
Cada parte do corpo representa um carter com predominncia Yin ou Yang, e isto
muito importante na prtica clnica. Observe-se que este carter somente relativo.
Tomemos por exemplo: a rea torcica Yang em relao ao abdome porque se
encontra mais acima, porm Yin em relao cabea.
Yang
Yin
Funo
Estrutura
Costas
Cabea
Corpo
Interior (rgos)
Acima da cintura
Abaixo da cintura
Qi energia
Xue Sangue
Movimento e ao
Tranqilidade e repouso
Simptico
Parassimptico
Ritmo respiratrio
Ritmo cardaco
Extrovertido
Introvertido
Prazer em experimentar
Os ps na terra
Progressista
Conservador
Excitvel, reativo
Contemplativo
Eufrico
Depressivo
A energia - QI
Esta energia (Qi) a matria fundamental que constitui o universo, e tudo no mundo
o resultado de seus movimentos e transformaes. O Qi invisvel, mas est
presente. Sua parte material o sangue (Xue). O Qi transforma-se o tempo todo,
portanto ele mutvel.
O conceito de energia que circula no corpo est ligado a uma antiga forma de
compreenso da vida baseada na comparao do ser humano com o meio ambiente
em que ele habita.
Se existe uma fora csmica capaz de produzir o movimento nos corpos celestes,
todos eles se movem. Se existe uma fora terrestre capaz de fecundar o solo com
uma semente, que germina, e brota, e cresce, e floresce e fecunda novamente o
solo, e envelhece, e morre e se perpetua na planta seguinte - a filha.
A energia corporal sendo uma extenso, uma continuao, uma representao, uma
energia csmica, pode ser medida, interpretada, localizada, modificada e reequilibrada pelo ser humano. Ela tem fontes onde podemos re-elaborar a energia
que colocamos em contato com a nossa prpria energia e que transforma o
momento, a ponto de produzir reaes que re-equilibrem o organismo.
As fontes de energia so em nmero de cinco, divididas em: primordiais: Macrocsmica e Ancestral, presentes j nos primrdios da vida; e de manuteno:
Respiratria, Alimentar, Interpessoal.
Fonte macro-csmica - a primeira fonte, aquela que nos induz a tomar o prprio
universo como causador e maior interlocutor de nossas vidas. Representa a fora
universal que deu origem vida e que, no caso, permitiu toda a evoluo da espcie
humana at aqui e permite prosseguir nas crianas de hoje, que sero os pais de
amanh. esta a fonte que contm todas as demais, que rene toda a energia pura.
O Sangue (Xue)
O sangue circula por todo o corpo; no interior, atinge todos os rgos e vsceras
(Zang e Fu), no exterior atinge a pele, a carne, os tendes e os msculos. Sua
atuao dupla, de um lado nutre e umedece os tecidos orgnicos do corpo inteiro,
do outro lado serve como base material atividade mental.
O sangue circula sem parar nos vasos para responder s necessidades de todos os
rgos e tecidos. A circulao normal do sangue resulta da ao coordenada dos
rgos: a energia do Corao a fora motora de base, a energia do Pulmo
permite a difuso no corpo todo, a energia do Bao permite que o sangue seja
contido nos vasos, a energia do Fgado permite ao Fgado estocar o sangue e o
liberar em funo das necessidades.
A teoria dos cinco elementos (ou dos cinco movimentos) considera que o universo
formado pelo movimento e transformao dos cinco princpios representados por:
Madeira, Fogo, Terra, Metal e gua.
Estas afirmaes mostram de forma clara, que os cinco elementos simbolizam cinco
qualidades inerentes diversas e expressam o fenmeno natural. Ao relatar sobre o
sabor dos cinco elementos, indica que estes sabores representam mais uma
qualidade inerente de determinada coisa e no necessariamente o seu gosto de
fato.
Os ciclos sazonais
Cada um dos cinco elementos representa uma estao no ciclo anual. A Madeira
corresponde primavera e est associada ao nascimento; o Fogo corresponde ao
vero e est associado ao crescimento; a Terra corresponde estao anterior e
est associada transformao; o Metal corresponde ao outono e est associado
colheita, e a gua corresponde ao inverno e est associada ao armazenamento.
Os inter-relacionamentos
Ciclo de Gerao
Com base nos conhecimentos gerais fcil entender que a Madeira, por sua
combusto, capaz de gerar o fogo, assim como promover sua intensidade. Aps a
combusto da Madeira, restam cinzas, que so incorporadas Terra. Ao longo dos
anos, a Terra, sob o efeito de grandes presses, produz os Metais. E dos metais e
rocha brotam as fontes de gua. Por outro lado, a gua d vida aos vegetais e,
gerando a Madeira, fecha o ciclo da natureza.
Ciclo da Dominao
Para a MTC alm das funes metablicas os Zang Fu tambm esto relacionados
com rgos dos sentidos, estados mentais, emocionais, sentimentos, sabores,
tecidos corporais, estaes do ano, tempo e aspectos da natureza entre outros
fatores. (ver tabela).
A grande circulao de energia: A MTC considera que a energia flui pelo organismo
de acordo com um relgio biolgico, a saber:
E
07:00
09:00
BP
09:00
11:00
C
11:00
13:00
ID
13:00
15:00
B
15:00
17:00
R
17:00
19:00
CS
19:00
21:00
TA
21:00
23:00
VB
23:00
01:00
F
01:00
03:00
A diferenciao entre Exterior ou Interior no feita com base naquilo que causou a
desarmonia, mas sim a localizao da doena. O padro pode ter sido exterior
(vento, frio, umidade, calor, secura), mas a desarmonia se instalou nos rgos
internos.
A doena pode evoluir de modos diferentes: Pode ter incio tanto na superfcie
quanto na profundidade; a condio exterior pode tornar-se progressivamente
interior; a condio interior pode aparecer antes da supresso completa da
desarmonia exterior; se a raiz da desarmonia estiver no interior, pode estender-se
progressivamente ao exterior.
Exterior
Interior
Lngua
Pulso
Frio
Rev. fino e
branco
Superficial
e tenso
Calor
Ver. fino e
amarelo
Superficial
e rpido
Vazio
Plida
Superficial
e lento
Plenitude
Rev. fino e
branco
Superficial
e tenso
Frio
Rev. branco
escorregadio
Profundo e
retardado
Calor
Vermelha,
rev. amarelo
Rpido
Vazio
Plida, rev.
branco
Fraco
Plenitude
Rev.amarelo
gorduroso
Profundo e
cheio
perverso. Ocorre temor de frio aliviado pelo calor, boca plida, e mida, ausncia de
sede, rosto de tom azulado, revestimento da lngua branco, brilhante, pulso
retardado, tenso.
A condio de calor expressa um aumento da atividade funcional do organismo, ou
porque o Yang est florescendo, e o Yin vazio, ou porque h o ataque pelo calor
perverso. Ocorre febre aliviada pela frescura, sede, desejo de bebidas frescas, rosto
e olhos vermelhos, agitao, obstipao seca, lngua vermelha, revestimento
amarelo, pulso rpido.
Condio de Calor apresenta rosto vermelho, febre, sede, gosta de bebidas frescas,
fezes densas, secas. Lngua vermelha, revestimento amarelo, seco. Pulso rpido.
Existem diferenas e relaes entre as duas formas e os outros Princpios, devendose ampliar essa compreenso, pois ambas podem estar emaranhadas, ocorre a
passagem de um estado para o outro, e ainda ocorrem formas enganadoras de frio e
calor nas manifestaes.
Se a energia do corpo est fraca e um fator patognico fica no corpo por certo tempo
a condio tem carter de Vazio complicado com Plenitude.
A distino entre ambos se faz, mais que qualquer outra, pela observao.
Condio de Plenitude apresenta voz forte e alta, dor cruciante, face muito
vermelha, transpirao profusa, agitao, vontade de tirar as cobertas, acessos de
mau-humor. Lngua com revestimento espesso e gorduroso. Pulso grande com
fora.
Condio de Vazio apresenta voz fraca, dor surda prolongada, face plida, pouca
transpirao, apatia, vontade de ficar em posio encolhida na cama e disposio
para ficar quieto. Lngua plida sem ou pouco revestimento. Pulso fino e fraco.
Conforme MACIOCIA (2005, p. 836) as categorias de Yin e Yang dentro dos Oito
Princpios tm dois significados: em um sentido geral, elas so um resumo dos
outros seis princpios, j que Interior, Vazio e Frio so de natureza Yin, e, Exterior,
Plenitude e Calor so de natureza Yang. Alm disso, possuem tambm um sentido
especfico, onde Yin e Yang definem dois tipos de Vazio e dois tipos de colapso:
Vazio de Yin e Vazio de Yang, e colapso de Yin e colapso de Yang que definem um
estado extremamente grave de vazio.
O Yin e o Yang se sustentam e esto unidos. Se o Yin se esgota o Yang Qi fica sem
apoio e se dispersa. Se o Yang desaparece o Yin nada tem para se reproduzir e
chega ao fim. Assim, no se pode por o desaparecimento do Yin e o
desaparecimento do Yang e na sndrome do desaparecimento, h apenas uma
diferena de prioridade de tempo entre o Yin e o Yang. (AUTEROCHE, 1992, p.
269).
2 FGADO
Quando o sangue volta para o fgado com o organismo em repouso contribui para
restaurar a energia da pessoa. (MACIOCCIA, 1989, p.102).
Outra funo importante do fgado harmonizar o fluxo livre de Chi (Energia vital)
dentro do organismo.
Se
formos
rastrear
as
possveis
origens
deste
padro
desarmnico
Estes sintomas, alm de serem mais intensos podem ser repentinos, pois resultam
da subida rpida de Yang Chi (calor) e de sangue para a cabea. Destacamos que o
movimento da energia do fgado ascendente, vertical, e, portanto pode ocorrer um
movimento descontrolado para a cabea. Isso pode inclusive dar cimbras ou
reaes emocionais mais fortes e at violentas.
Conforme a Teoria dos Cinco Elementos (um dos fundamentos da MTC) neste caso
a madeira (fgado) estar sobrecarregando o bao-pncreas e o estmago, ambos
ligados ao elemento terra em nosso organismo.
No tratamento com fitoterapia temos que usar frmacos que ajam no bao,
tonificando-o para que ele possa gerar menos umidade, e no rim para que a
umidade seja eliminada pela urina. Tambm seria favorvel que esse fitoterpico, ou
frmaco, melhorasse o funcionamento do intestino grosso para que a umidade fosse
eliminada junto com as fezes.
Figura: Planta fotografada por Ronaldo Rgis Christensen em 14/04/2010 no bairro Boa Vista
Campinas/So Paulo - Brasil. A fotografia da espcie Maytenus aquifolium Mart.
A planta escolhida para essa pesquisa foi a Espinheira Santa Maytenus ilicifolia
por ser mais fcil de encontrar no comrcio. Seu habitat natural o Brasil,
aparecendo espontaneamente desde Minas Gerias at o Rio Grande do Sul. muito
comum ao longo do Rio Paran.
Na escolha dos frmacos temos que ter em mente que para combater a umidade
temos que expulsar as toxinas pela urina (diurtico) e pelo intestino grosso
Por ltimo seria eficaz que esse fitoterpico tivesse propriedades antiinflamatrias,
pois um bao sob estresse gera inflamaes pelo organismo.
Quando o cliente estiver em um estgio Yang (quente) com sinais de presso alta,
face vermelha, febre, dor de cabea e pulso cheio, temos que ministrar frmacos
frescos ou frios. Porm, quando o cliente estiver em estado Yin (frio) com sinais de
cansao, aptico, inchado nas pernas, lngua e rosto plidos, com cobertura da
lngua branca, temos que ministrar fitoterpicos mornos e quentes. Buscaremos
sempre o equilbrio.
Azedo para a Madeira, Amargo para o Fogo, Adocicado para a Terra, Picante para o
Metal e Salgado para a gua.
A falta ou excesso desses sabores pode ser prejudicial ao indivduo. O sabor nem
sempre condiz com o paladar. Os chineses identificam o sabor do frmaco pela sua
sensao ou efeito provocado dentro do organismo. So os sinais e sintomas que
guiam o observador.
4.1 Metodologia
Esse mtodo tem por fundamento rastrear pistas, sintomas, sinais, que por vezes
passam despercebidos aos olhos de leigos em determinados assuntos. O olhar
atento, daquele que se dispe a investigar, pesquisar, aprofundar uma situao
qualquer ou uma patologia, pode levantar sinais ou sintomas que aos olhos de um
leigo no despertam nenhum significado.
O critrio que adotamos na escolha dos trs indivduos participantes para essa
pesquisa foi que tivessem o seguinte perfil: sintomas de desajuste entre fgado e
estmago, ou fgado e bao, sendo que pelo menos um deles fosse acentuado;
Foi pedido que os trs participantes tomassem o ch das folhas da Espinheira Santa
na forma de infuso.
Administrao orientada: tomar o infuso de espinheira santa durante dez dias, trs
vezes ao dia. Interromper por cinco ou dez dias. Tomar novamente por mais dez
dias, trs vezes ao dia. O perodo avaliado, portanto foi de vinte cinco ou trinta dias.
Desta forma nos primeiros dez dias todos os sintomas de desarranjo do fgado
podero vir tona, de forma suave, como por exemplo, dores pelo corpo, dores de
cabea, vertigem, enjo, leve diarria.
Os cinco (ou dez) dias de intervalo seriam para o indivduo avaliar e assimilar os
efeitos do ch.
Nos dez dias seguintes espera-se um conforto maior, uma diminuio dos sintomas
patolgicos iniciais e dos efeitos do prprio ch, tais como dores pelo corpo, dores
de estmago, tontura, vertigem, e uma sensao de confiana e alvio. E na
seqncia sustentao do bem estar.
Participante JA:
O trabalho profissional tem sido exaustivo nesses ltimos trs anos, trabalha no
setor de meio ambiente e reciclagens, percorrendo vrias cidades com um
caminho. O trabalho requer um fsico forte e resistente.
Dorme rpido, mas durante a noite fica inquieto e acorda muitas vezes, dormindo
novamente. Tem sonhos confusos e que emendam. Sente muito sono de dia, ao
meio dia e s seis da tarde (horrios do corao dos rins respectivamente).
Mede 1,83m de altura, normalmente forte e vigoroso, atualmente tem sentido menos
disposio. Prefere o inverno, sente-se timo. No vero sua disposio cai bastante
e tem dor de cabea. A pele do rosto oleosa e com espinhas.
No estmago, sua queixa principal, sente dores quando toma caf, come pizza,
exagera nos doces. Tem que tomar remdio para o estmago para sentir-se melhor.
Foi orientado para tomar o ch trs vezes ao dia durante dez dias, interromper dez
dias, voltar a tomar por mais dez dias.
Nos trs primeiros dias sentiu uma maior movimentao no intestino. Nos dias que
se sucederam sentiu melhora na disposio fsica. Dormiu melhor e as dores de
estmago cessaram aps o quinto dia. At o final do primeiro perodo de dez dias
manteve o bem estar e a disposio para o trabalho.
No segundo perodo as dores cessaram a partir do quarto dia. Porm ocorreu uma
dor muscular muito forte, inicialmente no brao esquerdo, e logo aps no direito.
Disse que no conseguia levantar um copo. A urina ficou um pouco presa. A
hemorrida inflamou muito, e ficou absolutamente desconfortvel. Aumentou o
funcionamento intestinal. Teve uma intensa dor de cabea.
Percebeu neste ltimo perodo que todo o cansao do final de ano e do trabalho
estavam acumulados no corpo. Observou tambm que no perodo da manh era
ineficiente, tipo enrolado, atrasava-se. Ao perceber isso, passou a dar ateno ao
seu desempenho e a se organizar melhor.
Participante CE:
A casa onde mora confortvel, arejada, possue um belo jardim com rvores.
Sua queixa principal foi inchao nos ps, alm de dor de cabea constante,
propenso priso de ventre, uma distenso muscular, cimbras.
Foi orientada para tomar o ch trs vezes ao dia, durante dez dias. Interromper por
cinco dias e prosseguir por mais dez dias.
Nos primeiros dias no sentiu muita diferena, mas a seguir percebeu que os ps
desincharam. A seguir sentiu uma melhora generalizada, sem se fixar num ou outro
sintoma. Bem estar no geral.
No segundo perodo de dez dias notou que estava sentindo-se mais leve, disposta e
mais resistente no trabalho. As cibras cessaram, porm as dores de cabea
permaneceram. Melhorou muito seu aspecto, com brilho nos olhos, olhar mais
radiante, jovialidade no rosto. Parece que o organismo passou por uma
desintoxicao eliminando o que estava estagnado.
Participante NS:
Costuma beber bastante gua, de dois a trs litros por dia, sente que proporciona
bem estar e frescor. Consequentemente urina bastante, urina clara.
Foi orientada para tomar o ch trs vezes ao dia, durante dez dias. Interromper por
cinco dias e prosseguir por mais dez dias.
Nos primeiros dez dias adorou. Sentiu leveza e bem estar, gosto muito neutro na
boca, digesto leve e adequada. Perdeu umas gordurinhas localizadas, sentiu-se
mais magra, mais esguia e leve.
Desde o primeiro dia observou rajadas de dores pelo corpo. Aconteciam como raios,
muito rpidos no rosto, pelo corpo, nos braos.
No segundo perodo, entretanto, sentiu muitas dores nos seios e axilas. Dor
bastante expressiva, sensao de inchao nos seios, dificuldade para acomodar o
corpo para dormir etc. As dores cessaram apenas aps sessenta dias sem tomar o
ch.
4.3 Resultados
CONSIDERAES FINAIS
Alm dos estudos de casos desta monografia o que averigei nesses anos de
pesquisas e experimentos que a Espinheira Santa realmente eficaz em drenar,
expulsar rapidamente o calor-umidade do estmago quando as descargas de
toxinas tm como origem o desequilbrio e a agresso do calor txico do fgado. Ou
seja, com o acmulo de energia o fgado descarrega sua sobrecarga no estmago.
A digesto e a assimilao so interrompidas e o indivduo sofre de enjo, dor de
cabea, vmito, febre, fraqueza e dor de estmago. Nessa situao a Espinheira
Santa age com eficcia aliviando os sintomas e reestruturando as energias do
indivduo. Ela desintoxica, diurtica e levemente laxativa, drena a umidade-calor
atravs dos rins e intestinos. tranqilizante, destenciona e harmoniza. Ao mesmo
tempo diminui o Yang excessivo que vem do fgado (drena umidade-calor).
Caso esse mar de energia no consiga ser transportado para o corpo pode haver
um acmulo de umidade. O contnuo processo de transformao de energias e seu
encaminhamento para o corpo como energia correta ou nutritiva quem o faz o
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Ficha de anamnese
Bom
Regular
Ruim
Regular
Ruim
Descrio
Regular
Ruim
Idade:
Bom
Aspectos Emocionais
Sexo:
Bom
Cliente:
Aspectos Fsicos
Sintomas fsicos\fisiolgico
Descrio
Ficha de anamnese
Outros
Aspectos Fsicos
Ruim
Regular
Bom
Responsabilidade e autonomia
em relao prpria vida
Hbitos alimentares
Sedentarismo
Clima e qualidade de vida onde
mora
Regular
Bom
Ruim
Outros
Descrio
Sono
Sintomas fsicos\fisiolgico
Ruim
Aspectos Emocionais
Idade: 43
Regular
Sexo: M
Bom
Cliente: JA
Descrio
oleosa.
As vezes vermelhido.
Outros
Ficha de anamnese
Responsabilidade e autonomia
em relao prpria vida
Ruim
Aspectos Emocionais
Idade: 52
Regular
Sexo: F
Bom
Cliente: CE
Ruim
Regular
Aspectos Fsicos
Bom
Outros
Descrio
Sono
Hbitos alimentares
Sedentarismo
Ativa,
pratica
Toga,
trabalha
bastante.
Bom, confortvel.
Ruim
Regular
Sintomas fsicos\fisiolgico
Bom
Outros
Descrio
Normal
Outros
Ficha de anamnese
Bom
Aspectos Emocionais
Idade: 52
raiva,
Ruim
Sexo: F
Regular
Cliente: NS
Normal.
Sono
Hbitos alimentares
Sedentarismo
Descrio
Se comer gorduras e temperos fortes:
Viso:
embaamento,
involuntrio, vermelhido.
movimento
Ruim
Bom
Sintomas fsicos\fisiolgico
Regular
Outros
Descrio
Outros
Ruim
Bom
Aspectos Fsicos
Regular
Outros