Pantografo
Pantografo
Pantografo
Eduardo Colli
O pant
ografo
Este simples e engenhoso instrumento foi concebido para reduzir
ou ampliar desenhos prontos como mapas, por exemplo. A extremidade da ripa A que nao articula com C e fixa, a articulacao entre
B e D segue o desenho e a extremidade da ripa C que nao articula
com A traca a ampliacao. Para reduzir um desenho, inverte-se a
posicao do lapis com o seguidor.
Se for bem escolhido o ponto de articulacao entre A e D (os
numeros das ripas devem coincidir nesse ponto) entao o ponto
1
Semelhanca de tri
angulos
P
lla
la
1
la
la
R
lla
Homotetia
Se o ponto fixo estiver na origem das coordenadas, se as coordenadas do ponto seguidor forem (x, y) e se as coordenadas do
lapis forem (x0 , y 0 ) entao (x0 , y 0 ) e determinado por (x, y) por uma
transformac
ao, que chamaremos de T , escrevendo
(x0 , y 0 ) = T (x, y) .
Nem sempre as coordenadas cartesianas sao as mais adequadas. Se
tomarmos (r, ) e (r0 , 0 ), onde r e r0 sao as respectivas distancias
`a origem e , 0 marcam os angulos em relacao `a abscissa (com
sinal positivo no sentido anti-horario), entao
0
r = ar
,
0 =
pois o lapis, o seguidor e o ponto fixo estao sempre alinhados, mas a
distancia do lapis ao ponto fixo e a vezes maior do que do seguidor
ao ponto fixo.
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O pant
ografo desregulado
Vejamos agora o que acontece quando os encaixes nao sao feitos
da forma prevista para o bom funcionamento do pantografo. Na
figura mostramos um caso onde RP 0 , OR, P R0 e l P 0 R0 nao sao
iguais entre si.
Formulas explcitas podem ser obtidas para a transformacao T ,
mas por serem grandes e deselegantes optaremos por ilustrar a
transformacao de modo grafico. Nos exerccios encorajamos o leitor
a buscar as formulas.
Em primeiro lugar, trocamos as coordenadas do seguidor P 0 para
(1 , 2 ), onde 1 e o angulo de OP para com a abscissa e 2 o angulo
de RO para RP 0 .
Para entender melhor essas coordenadas, tracamos as linhas de
1 constante e as linhas de 2 constante. O leitor, se estiver com a
peca, deve seguir as construcoes com o auxlio de um compasso e
do proprio aparelho. A figura abaixo ilustra os passos que seguirao.
Para 2 constante, a variacao de 1 faz P 0 andar num crculo
em torno de O. Evidentemente, o raio desse crculo depende do
valor que for fixado para 2 , mas continuaremos firmes em nossa
resolucao de nao fazer contas.
Seria natural desenhar os crculos para valores regularmente espacados de 2 , mas para que a compreensao visual seja facilitada
mais adiante optaremos por desenhar os crculos para valores regularmente espacados de seus respectivos raios. Alem disso, incluiremos os crculos de raios OR RP 0 , OR e OR + RP 0 .
A segunda etapa consiste em tracar as linhas de 1 constante.
Escolhemos uma faixa de valores para 1 (de 2 a + 2 , por exemplo), escolhendo valores regularmente espacados, e para cada valor
de 1 desenhamos OP . Observe que, fixado 1 , a variacao de 2
faz P 0 variar num crculo em torno de R. O crculo nao chega a
4
l1
l4
R
R
2
l2
l3
O 1
Exerccios e experimentos
1. Experimente com o pantografo e veja que valores de l1 , l2 , l3 , l4
ele pode assumir.
2. Monte uma situacao em que P 0 possa se alinhar com R e R0 .
Ache o correspondente crculo tracejado. Escreva seu nome
em letras de forma geometrizadas de forma a atravessar esse
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