Comunicação Empresarial e Correspondência
Comunicação Empresarial e Correspondência
Comunicação Empresarial e Correspondência
2010
© 2010– IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito
dos autores e do detentor dos direitos autorais.
ISBN: 978-85-387-0817-9
CDD 808.6
Bons estudos!
Comunicação nas organizações
A comunicação nas organizações é um processo vital para as funções adminis-
trativas. É a partir dos fluxos e dos processos comunicacionais, existentes dentro das
instituições, e entre a organização e seus contatos externos, que surgem as condições
de sua existência, de sua sobrevivência e de seu desenvolvimento.
Fluxos da comunicação
Dentro das organizações, encontramos fluxos de comunicação classificados em:
fluxos descendentes, fluxos ascendentes, fluxos horizontais e fluxos transversais de
comunicação.
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É a comunicação de
cima para baixo nas
organizações.
É a comunicação de
baixo para cima nas
organizações.
Fluxos horizontais
Comunicação nas organizações
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É a comunicação que
ocorre no mesmo nível
hierárquico.
Fluxos transversais
Essa é uma tendência nos fluxos de comunicação, principalmente em empresas
que buscam uma gestão moderna de informação e gerenciamento; uma administra-
ção mais participativa e integrada. O objetivo é que a comunicação esteja integrada
em todos os setores e níveis hierárquicos em uma empresa. As informações são re-
passadas a todas as direções organizacionais. Proporciona uma maior efetividade da
comunicação e do trabalho (KUNSCH, 2003).
É a comunicação que
se dá em todas as dire-
ções.
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O ideal é conseguir trabalhar dentro das empresas com todos os fluxos acima
citados – como o transversal propõe. Em determinadas situações, por exemplo, é ne-
cessário que haja maior autoridade da diretoria, por meio de uma comunicação des-
cendente. No entanto, abrir caminhos para que a comunicação ascendente e horizon-
tal se efetivem é de fundamental importância para o bom desenvolvimento do clima
organizacional.
quando isso acontece de forma desordenada surge espaço para as fofocas. Inúmeras empresas de
renome já passaram por situações complicadíssimas devido a esse fenômeno que os comunicadores
denominam de rádio-peão. Entretanto, esse ruído na comunicação não é um problema dos
funcionários e sim da empresa. É a prova real de que algo não vai bem. É uma consequência da
ausência ou do mau funcionamento de um sistema integrado de comunicação.
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meios formais. Para isso, os gestores da empresa devem ter em planejamento sempre
a proporção inversa desses sistemas, isto é: quanto maior a comunicação formal (expli-
cando a maioria dos procedimentos administrativos), menor a comunicação informal
– oriunda das dúvidas. Observe a figura abaixo:
Comunicação
formal: manuais, Comunicação
jornais internos, informal: fofocas,
informativos, boatos.
jornal mural.
Meios orais
Os meios orais podem ser divididos em diretos e indiretos. São exemplos de meios
Comunicação nas organizações
orais diretos: diálogos face a face, reuniões, entrevistas, encontros com os diretores e
presidentes. Meios orais indiretos são o telefone, as rádios, os alto-falantes.
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Meios pictográficos
São os mapas, os diagramas, os desenhos, as fotografias, as pinturas etc.
Meios simbólicos
São as bandeiras, as luzes, as sirenes, os sinos etc.
Comunicação nas organizações
IESDE Brasil S.A.
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Meios telemáticos
Cada vez mais usuais e solicitados pelas empresas, os meios telemáticos são
aqueles que unem os instrumentos de telecomunicações e de informática. Exemplos:
a internet, a intranet, os celulares, os pagers, entre outros.
Meios presenciais
Comunicação nas organizações
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comportamento, pois propõe situações em que as pessoas possam identificar-se com os personagens
e ações, facilitando a sensibilização dos funcionários para a reflexão e solução de problemas,
promovendo aprimoramento da qualidade de seus produtos e serviços. Uma das maneiras de se
trabalhar com o teatro na empresa é através da apresentação de uma cena como estímulo para
debates e cuja temática é desenvolvida para abrir questões e não para encerrar “verdades”. A cena
busca ser provocadora, mobilizadora, capaz de aquecer o público para uma leitura que forneça
subsídios para reflexões e mudanças.
Outra maneira de se trabalhar é fazer a plateia ver/refletir uma cena para, em seguida, através de
um processo interativo, estimular o funcionário a viver a situação (muitas vezes inconscientemente
produzida por ele no dia a dia de seu trabalho). Ele, agora, passa de espectador à protagonista da
ação dramática, de objeto a sujeito, de observador a agente. Assim, ao viver a história do outro (por
exemplo, de atendente a cliente), ele tem uma nova ótica do processo, das tessituras do mercado,
uma visão mais ampla da cadeia das relações e da emergência do outro. O teatro, dessa maneira,
permite uma expansão de seus atributos, abrindo portas para Diagnósticos na Empresa, Seleção/
Recrutamento, Avaliação Psicológica e Treinamento. A trilogia ver/debater/viver estabelece uma
dinâmica rica, concreta, viva e de mudanças imediatas.
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Transmite Mensagem Recebe
Ruído
Feedback
Recebe Transmite
Barreiras físicas
Correspondem a problemas físicos da comunicação. Como exemplos, podemos
citar: uma parede, uma antena quebrada, a falta de sinal de uma celular, um e-mail que
não chega ao seu destinatário.
Barreiras fisiológicas
Correspondem à fisiologia do corpo humano. Como exemplos: uma pessoa com
deficiência auditiva, um locutor afônico, uma pessoa com problemas na fala.
Barreiras psicológicas
Correspondem às nossas crenças, valores e filosofias. Para verificar as barreiras
Comunicação nas organizações
psicológicas que todas as pessoas possuem, basta conversarmos, por exemplo, sobre
política, times de futebol e religião, normalmente assuntos complicados e de diferen-
tes entendimentos entre os envolvidos. Os trabalhadores podem facilitar ou dificultar
as comunicações, dependendo da personalidade, do estado de espírito, das emoções,
dos valores e das experiências anteriormente vividas nas esferas familiares e educacio-
nais. Para cada grupo social existem valores a serem compreendidos e aceitos. Por esse
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motivo, não existe uma fórmula mágica da comunicação. É necessário compreender
os níveis e as regras sociais de cada ambiente organizacional para depois planejar a
linguagem adequada das informações.
Barreiras semânticas
Correspondem ao nosso entendimento em relação à linguagem que está sendo
utilizada. Em profissões que exigem muitos termos técnicos, essa barreira é facilmente
vista. Como na advocacia, na engenharia, na saúde. É necessário que haja um cuidado
com a linguagem para que o entendimento da mensagem consiga ser efetivo.
interno quanto para o externo. Quando uma empresa valoriza o seu boletim informativo,
o quadro-mural, a intranet, a extranet, o comunicado geral, enfim, podemos dizer que esta é
uma organização moderna. Dessa forma, torna-se uma questão de investimento em cultura
organizacional e, acima de tudo, em crescimento e valorização da empresa. [...] as barreiras
sempre existirão. Mas, hoje, mais do que em qualquer outra época, estamos preocupados com
as mudanças e aceitando-as. Temos que aproveitar este momento para criar forças para transpor
esses empecilhos e garantir que sua organização tenha orgulho de ter vencido os obstáculos que
impediam a comunicação eficaz.
19
Texto complementar
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tos. Por exemplo, você recebe um cliente sério e de poucas palavras que não realiza
compra alguma. A partir desse fato, você generaliza que todas as pessoas reservadas
e de pouco papo são apenas visitantes que não realizam compras, algo que não tem
nenhum fundamento além de suas conclusões pessoais.
Para lidar com os três mecanismos é necessário, num primeiro momento, ter
conhecimento de que eles existem. Para isso, é preciso conscientizar os colabora-
dores sobre esses mecanismos e estimulá-los a perceber quando estão eliminando,
distorcendo ou generalizando uma informação. A partir do momento em que o indi-
víduo conhece a si mesmo e reconhece a presença desses mecanismos no dia a dia
de sua atividade profissional, ficará mais fácil perceber quando isso acontece no pro-
cesso de comunicação com o outro. É nesse instante que se pode assumir o controle
do processo de comunicação e utilizar-se de técnicas para checar se a informação
que está circulando em sua empresa é verdadeira ou um simples “telefone sem fio”,
com uma mensagem distorcida.
baseada na realidade objetiva. Seu interlocutor não é como você acha que ele é e
muito menos como você gostaria que ele fosse, portanto, duvide sempre da infor-
mação que chega até você. Como dizia William Shakespeare: “As coisas não são boas
nem más. É o pensamento que as torna desse ou daquele jeito”. Assumir a responsa-
bilidade pela comunicação eficaz é o primeiro passo para o sucesso!
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Ampliando conhecimentos
O livro Tudo que seus Gurus não lhe Contaram sobre Comunicação Empresarial,
aborda de forma prática e divertida toda a estrutura da comunicação empresarial e
sua importância para o desenvolvimento de uma organização. Por meio de um texto
simples e realista, o autor transmite conceitos fascinantes sobre o tema.
Atividades
1. Qual a importância de formalizar as informações dentro das empresas?
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3. O que são as barreiras de comunicação? De que maneira elas ocorrem?
Referências
CAHEN, Roger. Tudo que seus Gurus não lhe Contaram sobre Comunicação Empre-
sarial. São Paulo: Best Seller, 2005.
CRUZ, Carlos. Comunicação: o desafio no mundo dos negócios. Disponível em: <www.
sebrae-sc.com.br/newart/default.asp?materia=17655>. Acesso em: 1 set. 2009.
23
Gabarito
2. Existem dois fluxos de comunicação que possibilitam uma maior abertura para
as ideias dos trabalhadores – são os fluxos ascendentes e os fluxos transversais.
Nos fluxos ascendentes, as opiniões dos trabalhadores se direcionam à cúpula
diretiva da empresa; e nos fluxos transversais, as informações seguem em todas
as direções organizacionais.
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Comunicação nas organizações
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Públicos organizacionais
e veículos de comunicação
Os públicos são os destinatários da comunicação empresarial, dentro de uma
organização. Por serem os receptores das informações, é necessário conhecê-los e
analisá-los para que uma comunicação empresarial eficiente e eficaz se torne possível.
Após o mapeamento dos públicos, esta aula segue demonstrando possibilidades de
veículos de comunicação de massa dirigidos dentro de uma organização.
Públicos organizacionais
Existem nas referências teóricas sobre o assunto, várias maneiras de classificar e
identificar os públicos organizacionais. Iremos abordar aqui algumas dessas maneiras.
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com ou sem contiguidade física – isto é, estando ou não em um mesmo lugar; com
reflexão e busca de melhorias para chegar a uma opinião comum. Grupos de pessoas
que se inter-relacionam com a empresa e que, de certa forma, interferem no cotidiano
da organização, sob diversos aspectos.
b) Externo: formado por aqueles que não atuam no âmbito da empresa, mas têm algum tipo de
ligação com ela. Ex.: escolas, imprensa, comunidade, poderes públicos, concorrentes.
c) Misto: formado por aqueles que não atuam no âmbito da empresa, mas têm ligações com ela. Ex.:
revendedores, distribuidores, fornecedores, acionistas.
Para Simões (1995) os públicos podem ser classificados de acordo com seu grau
de influência dentro das organizações. O autor percebe que “os públicos precisam ser
compreendidos sob outra ótica. É imprescindível identificá-los, analisá-los e referenciá-
-los quanto ao poder que possuem de influenciar os objetivos organizacionais, obsta-
culizando-os ou facilitando-os” (SIMÕES, 1995 apud KUNSCH 2003, p. 330).
Uma classificação que segue a teoria de Simões é a de Matrat, citada por Kunsch
(2003, p. 330), que utiliza o critério do poder que os públicos possuem de influenciar as
organizações. Nessa classificação existem quatro tipos de públicos:
Públicos organizacionais e veículos de comunicação
a) De decisão: aqueles cuja autorização ou concordância permite o exercício das atividades das
organizações. Ex.: diretoria, governo, comissões de trabalhadores.
b) De consulta: aqueles que são sondados pela organização quando esta pretende agir. Ex.:
acionistas, sindicatos, patronais, governo.
c) De comportamento: aqueles cuja atenção pode frear ou favorecer a ação da organização. Ex.:
funcionários, clientes.
d) De opinião: aqueles que influenciam a organização pela simples manifestação de seu julgamento
e de seu ponto de vista. Ex.: líderes de opinião, multiplicadores de opinião, empresários, jornalistas.
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onde será trabalhada a comunicação empresarial. As organizações são vivas, heterogê-
neas – portanto, para cada uma delas, existirão mapeamentos diferentes frente a seus
públicos e frente a suas estratégias de ação da comunicação.
Representantes Imprensa/mídia
Parceiros Comunidade
EMPRESA
Clientes/consumidores Governos municipais/
estaduais e federais
Concorrentes
Sindicatos
Órgãos ambientais
Acionistas
Fornecedores
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Assim, cada público da organização se relaciona com a empresa em busca de seus
interesses, e por outro lado, a empresa também possui seus interesses em cada um de
seus públicos. A empresa deseja que seu trabalhador seja assíduo, produtivo, criativo;
e que seu cliente seja fiel e divulgue seus serviços; deseja que seus acionistas confiem
em sua gestão etc. Por esse motivo, os conflitos são inerentes aos processos comunica-
cionais de uma organização.
Outra questão a ser analisada pelo profissional que irá planejar e desenvolver a
comunicação empresarial dentro da organização é a linguagem. Muitas vezes esque-
cida, a linguagem das informações repassadas aos públicos estratégicos da empresa
se tornam tão técnicas ou de difícil entendimento que a mensagem não consegue ser
entendida por seu receptor. Mesmo que a empresa necessite passar uma mesma in-
formação a seus diversos públicos, vários canais de comunicação e várias maneiras de
escrever essa mensagem devem ser utilizados. Esse cuidado é importante e vital para
que o processo de comunicação ocorra com menos ruídos possíveis.
Para acertar o canal correto a ser implantado, é preciso conhecer o público para
o qual a mensagem será enviada e levantar dados a respeito de seu contexto social,
de suas práticas cotidianas de leitura e de entendimento e, por meio dessas questões,
direcionar a comunicação empresarial de acordo com os conhecimentos do público
em questão. Dessa forma, a comunicação que será enviada aos acionistas não será a
Públicos organizacionais e veículos de comunicação
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Ainda, segundo Zanetti,
Quando a diretoria diz: “eu quero que estes assuntos sejam comunicados desta maneira e ponto
final”, está cometendo um grande erro. O outro lado vai criar anticorpos e dizer: “isto não é comigo,
não tenho nada a ver com este assunto”. A maneira correta de se comunicar com o público é aprender
a pensar com a cabeça dele. Desça do pedestal, saia da sala, desligue o computador e vá conversar
com as pessoas. Perceba o que elas pensam e principalmente o que sentem a respeito dos assuntos
relativos à empresa. A partir dessas observações elabore a comunicação. (2005, p. 47)
31
Jupiter Images/DPI Images.
Veículos de comunicação dirigida
A comunicação dirigida tem como objetivo transmitir informações de forma limi-
tada e sistemática (orientada e frequente) para um grupo específico de pessoas. É uma
comunicação voltada a públicos definidos.
Para Teobaldo de Andrade (1962), os veículos de comunicação dirigida podem ser
divididos em: escritos, orais, aproximativos, auxiliares, visuais, auditivos e audiovisuais.
Segundo Cesca (1995), os veículos de comunicação dirigidos escritos são as cor-
respondências, a mala direta, os e-mails, os manuais, as publicações, os relatórios, os
periódicos.
Públicos organizacionais e veículos de comunicação
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Abordaremos alguns desses instrumentos da comunicação dirigida de acordo
com Martins (2009):
Mala direta Considerado um dos veículos de maior eficiência quando bem dirigido.
Esse veículo abrange outros que são: folhetos, revistas, cartas comerciais,
convite, catálogo, livreto, prospectos, questionário, folder, filipeta, volante.
A vantagem é que esse instrumento circula de forma ágil e agradável ao
receptor. Sua desvantagem é o alto custo das peças.
Publicações (jornal inter- Um dos veículos mais antigos dentro das organizações. Seu objetivo é in-
no, revistas) formar as políticas, as diretrizes, as atividades da empresa. Sua vantagem é
informar diversos públicos sobre os acontecimentos da empresa. Sua des-
vantagem é ser dispendiosa, pois envolve mão de obra especializada para
sua confecção, impressão e distribuição.
Reunião Existem dois estilos. O primeiro é uma reunião informativa que tem ob-
jetivo de informar um grande número de pessoas, sem caráter formal. O
segundo tipo é a reunião de discussão e possui a finalidade, por meio co-
operativo, de promover a solução de problemas práticos ou a formulação
de diretrizes. Esta pode ser realizada através de seminários, mesa redonda,
simpósio e debate. A vantagem desse veículo é a possibilidade da intera-
ção entre as pessoas, evitando ruídos na comunicação. Sua desvantagem
é que seu excesso pode trazer desânimo.
Barra do holerite Um instrumento utilizado quando se deseja passar uma informação co-
mum a todos os funcionários seja ela didático-educativa ou informati-
va. É um veículo com grande audiência, pois, geralmente, fazem leituras
minuciosas dele, que vem no rodapé do contracheque. Suas mensagens
precisam ser curtas e objetivas. Sua vantagem é a certeza do recebimen-
to, e a sua desvantagem é que pode ficar ocioso, sem ser utilizado após a
entrega.
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Manual de integração Sua finalidade é de integrar o funcionário ao ambiente do trabalho, dei-
xando claros seus direitos e deveres. Precisa estar atualizado e condizente
com os objetivos e normas da empresa. Sua vantagem é a padronização
dos procedimentos da empresa. E sua desvantagem é que pode levar à eli-
minação de projetos mais específicos para a apresentação do trabalhador
nas empresas.
Quadro de avisos É um veículo de comunicação utilizado nas empresas para transmitir, aos
funcionários, informações gerais. Sua vantagem é agilidade nos avisos. E
sua desvantagem é que o uso inadequado pelas organizações acabou ba-
nalizando o meio.
Caixa de sugestões Consiste em uma caixa onde sugestões são colocadas mediante o preen-
chimento de um formulário. Sua vantagem é que estimula o público em
participar das atividades da empresa. E sua desvantagem é que precisa de
um feedback rápido para o meio continuar com a credibilidade.
Vídeo empresarial O vídeo empresarial, com a ajuda das imagens, dos sons e da integração
multimídia, faz com que os valores e as filosofias da empresa sejam repre-
sentados de maneira lúdica e de fácil percepção.
Correio eletrônico, e-mail São os meios telemáticos, que unem estratégias da telecomunicação e da
e intranet informática. Bastante utilizados atualmente nas empresas, têm como van-
tagens: o baixo custo e a rapidez de transmissão e como desvantagem: o
afastamento das conversas face a face.
Cartaz Cesca (1995) defende que a elaboração de um cartaz precisa ser atraente,
verificando o tipo de letra, cores, imagens etc. A quantidade e a mensa-
gem do texto também devem ser controlados para que o objetivo seja
atingido. Sua vantagem é agilidade nas informações, e a desvantagem é
que excesso de cartazes pode produzir poluição visual.
Públicos organizacionais e veículos de comunicação
34
Texto complementar
35
Os colaboradores de uma organização só sentem que algo está para mudar
quando percebem uma certa movimentação entre eles próprios ou quando os
boatos começam a se tornar fatos verdadeiros. Nessa mudança que está por vir é
que a comunicação deve garantir a qualidade nos seus processos e fazer valer a sua
verdadeira função na empresa. Gouillart e Kelly relembram a importância da valori-
zação dos funcionários da organização. Eles afirmam que o segredo da vida eterna
de uma empresa estaria em sua capacidade de orquestrar a transformação simultâ-
nea de todos os seus sistemas numa busca unificada e metas comuns. Para tanto,
os sistemas precisam ser examinados e trabalhados concomitantemente, sempre
com a preocupação de mantê-los coesos durante a transformação. A base para que
a empresa alcance a vida eterna é o seu capital humano.
O que fazer, então, quando essas mudanças causam resistência? Mesmo que as
alterações possam ter um reflexo positivo no desenvolvimento individual de cada
colaborador, nem sempre é fácil lidar com a reação que essa mudança pode causar.
Mais uma vez, a clareza na comunicação e a boa relação empresa-funcionário podem
garantir melhor aceitação e impedir conclusões sem fundamento.
Ampliando conhecimentos
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Atividades
1. Como podemos conceituar públicos organizacionais? Cite seis públicos que in-
teragem com uma empresa.
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Referências
CAHEN, Roger. Tudo que seus Gurus não lhe Contaram sobre Comunicação Empre-
sarial. São Paulo: Best Seller, 2005.
FRANÇA, Fábio. Públicos: como identificá-los em uma nova visão estratégica. São Ca-
etano do Sul: Yendis, 2004.
SIMÕES, Roberto P. Relações Públicas: função política. São Paulo: Summus, 1995.
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Gabarito
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Gêneros e documentos
empresariais modernos
Ao produzir um texto utilizamos determinada forma estrutural para escrevê-lo.
Por exemplo, se escrevo para uma amiga, uso determinada linguagem e forma no
texto; se escrevo para um chefe, vou utilizar outra forma e outra linguagem; se escrevo
uma receita de bolo, utilizo a forma do texto de uma maneira; se escrevo um currículo,
uso outra forma de texto e assim por diante. Essas formas de textos diferenciadas se
chamam “gêneros textuais” e representa sua estrutura, sua linguagem.
Dentro das empresas existem alguns gêneros de documentos formais para que
a comunicação se efetue. Entre eles estão a carta comercial, o memorando, o ofício, a
circular e o requerimento. Além desses gêneros formais de comunicação, dentro das
organizações temos outros canais de comunicação que também seguem uma série de
estratégias para sua produção – entre eles o e-mail, a produção de um jornal mural,
uma caixa de sugestões, uma mala direta, um boletim e o relatório público anual, que
vem sendo muito utilizado nas organizações modernas como forma de prestação de
contas aos seus públicos.
E Medeiros (2001, p. 18) complementa: “para que uma mensagem se torne efe-
tiva são necessários alguns requisitos: estar fisicamente ao alcance do receptor; ser
compreendida por ele; poder ser por ele comprovada; ser de alguma utilidade para o
receptor”.
Correspondências
Todas as formas de comunicação escrita de uma empresa colaboram para tornar
positiva ou negativa a sua imagem, isto é, o sentimento que os seus públicos sentem
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em sua relação. Desse modo, é muito importante ofertar atenção devida a todas as
informações transmitidas pela organização.
Segundo Medeiros (2001, p. 67), a redação administrativa deve primar pela conci-
são e precisão vocabular. A preocupação principal do escritor deve ser com a informa-
ção e o receptor. Por isso é que se recomenda o uso da denotação, de palavras simples
e conhecidas, textos sem adjetivação excessiva nem muitos advérbios. Também é re-
comendável a eliminação de estrangeirismos, se possível, bem como de conjunções
impertinentes.
As gírias também devem ser evitadas. Expressões como ah, ui, hem, pá, sabe como
é, tipo assim, entre outras, tão comuns na linguagem oral e no cotidiano, nas correspon-
dências empresariais dão um tom excessivamente informal ao texto. A linguagem pro-
lixa, cheia de palavras rebuscadas e frases intermináveis, também não é aconselhada.
A correspondência é a ação que tem por objetivo informar; um ato de troca de in-
formação que se caracteriza pela emissão da mensagem, por sua recepção e por todo
o processo de construção de sentidos inerentes à comunicação. É uma forma de comu-
nicação escrita entre as pessoas.
Para a produção de uma carta comercial, uma série de regras deve ser seguida.
Veja o que Medeiros (2001) propõe:
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o vocativo de uma carta deve ser seguido de dois pontos (:);
Participamos-lhe.
Atenciosamente;
Um grande abraço;
Saudações;
Cordialmente;
Abraços;
Logotipo da empresa
Gerente de Marketing
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Ofício
Traz informações oficiais da empresa.
Deputado [Nome]
70.160-900 – Brasília – DF
3. Nos termos do Decreto 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de
estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, §1.o, da Constituição Federal. Os
estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste
último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.
4. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a de-
cisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja
informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade. (texto)
[Nome] (assinatura)
[cargo]
(297 x 210mm)
45
Aviso
É um instrumento para ordenar, cientificar, informar, convidar, noticiar.
[Nome e cargo]
2,5cm
Senhor Ministro, (vocativo)
[cargo do signatário]
Gêneros e documentos empresariais modernos
(297 x 210mm)
46
Memorando
São notas e comunicações ligeiras realizadas entre os departamentos.
Mem. 118/DJ
Curitiba, 29 de setembro de 2009.
(data)
2,5cm
3,0cm Estou enviando, para sua análise e comentários, os dados colhidos entre os trabalhado-
res da empresa, visando à elaboração do Manual do Servidor.
(297 x 210mm)
47
Correio eletrônico:
regras para utilizar o texto no e-mail
Na atualidade, o correio eletrônico se tornou um veículo de comunicação de
grande importância para as organizações. Assim como nas correspondências escritas e
impressas, existem normas para um bom texto de e-mail.
Abaixo, algumas regras que devem ser seguidas para todos os tipos de email:
Escreva um e-mail curto, não se prolongue. Reduza seu e-mail para o essencial.
Use letras maiúsculas e minúsculas, da mesma forma que na escrita comum. Cartas em papel não são
escritas somente com letras maiúsculas; na internet, escrever em maiúsculas é o mesmo que gritar!
(CASTRO, 1997)
Para enfatizar frases e palavras, use os recursos de _sublinhar_ (colocando palavras ou frases entre
sublinhados) e/ou *grifar* (palavras ou frases entre asteriscos). Utilize as frases maiúsculas apenas em
títulos e ênfases ou avisos urgentes. (CASTRO, 1997)
Envie arquivos anexados apenas quando solicitado, e nunca para listas.
Gêneros e documentos empresariais modernos
Cuidado para não realizar o “spamming”. Fazer spam é enviar mensagens por e-mail para dezenas de
pessoas, listas ou newsgroups, não importando o assunto da lista, ou o interesse das pessoas destinatá-
rias das mensagens (CASTRO, 1997).
Ao receber mensagens com alertas sobre vírus, correntes de qualquer tipo, histórias estranhas, não pas-
se adiante. Antes, verifique sua credibilidade. (CASTRO, 1997)
Tenha uma assinatura bonita, concisa e sem imagens. Não ultrapasse as 4 linhas. Uma assinatura legal
tem este formato:
—
NOME
Empresa
Site
Telefone
—
48
Curiosidade:
A empresa declarou que decidiu demitir a contadora porque seus e-mails esta-
vam repletos de palavras em letras maiúsculas, em negrito e com letras vermelhas, e
prejudicavam a “ harmonia do ambiente “.
incentivar o lazer;
O texto escrito para o jornal deve conter fontes grandes favorecendo a leitura,
chamadas que estimulem a curiosidade dos trabalhadores, layout atrativo e textos
curtos, pois não há muito tempo para grandes leituras. E é extremamente importante
mantê-lo atualizado e com uma periodicidade fixa.
Penteado apud Cesca (1995, p. 98) menciona algumas soluções para incentivar os tra-
balhadores a participarem desse canal de comunicação empresarial. Entre as estratégias:
fixar um prêmio em dinheiro para sugestões úteis e aproveitadas; patentear a sugestão
oferecida; proporcionar bolsas de estudos ou estágios no exterior, entre outros.
A caixa de sugestões é um veículo que pode também ser utilizado para os públicos
externos e mistos, porém sua efetividade está vinculada ao processo de retorno dos
50
gestores da empresa. Caso haja algum tipo de coação, ou de ação negativa – frente às
sugestões apresentadas – os trabalhadores e demais públicos logo perceberão a sua
inutilidade.
O boletim é um jornal com poucas páginas e acabamento simples. Pode ser im-
presso em folhas sulfite (A4) na própria empresa. Sua redação deve ser sincera, amis-
tosa, honesta e simpática e deve seguir as mesmas considerações realizadas no jornal
mural. Os colaboradores podem levar as informações do boletim para sua família – in-
tegrando os ambientes e fortalecendo os relacionamentos.
51
também informações sobre o desempenho anual da empresa e suas perspectivas fu-
turas. As ilustrações e os gráficos ajudam no entendimento dos leigos.
Existem empresas que estão divulgando esse relatório também ao público inter-
no, para que os trabalhadores conheçam a realidade da empresa onde atuam.
Texto complementar
[...]
O e-mail nas organizações vem ganhando espaço a cada dia, e em algumas si-
Gêneros e documentos empresariais modernos
tuações tem até substituído algumas cartas, ofícios e outras comunicações internas,
por sua praticidade, velocidade de envio da informação e informalidade.
Mas como escrever um bom e-mail? Eis a questão que quero abordar aqui.
1. Para quem você está enviando esse e-mail? Para o seu supervisor, chefe,
colega de trabalho, fornecedor etc.?
52
Nesse caso, se for para uma pessoa apenas, é educado citar o nome da pessoa
a quem se endereça e o cumprimento.
Ex.:
Sr. Luiz,
Bom dia!
Isso faz com que a pessoa que lê sinta a pessoalidade da mensagem e transmite
uma certa simpatia.
Ex.:
Dr. Luiz,
Boa tarde!
Ex.:
Prezados Colaboradores,
Bom dia!
Para isso, deve-se evitar as abreviações muito usadas na internet, como: vc, tb,
pq, e também evitar palavras com grafia “inventada” no mundo virtual como: naum,
aki e outros. Para isso, atente-se às regras de regência verbal, nominal, concordân-
cias, regra de acentuação gráfica e à grafia correta das palavras.
53
5. Ao escolher o assunto do e-mail, dê referências para que realmente o leitor
entenda o contexto do e-mail, evite: URGENTE! IMPORTANTE! Se você tiver alguma
referência que identifique todos os seus e-mails, é importante manter sempre no
título. Ex.: CT 2222 – Xxxxxxx. Com essa atitude simples fica fácil o leitor encontrar
seus e-mails que foram arquivados, pelo assunto.
7. Colocar uma assinatura sua, com seu nome, telefone e o nome da empresa,
é imprescindível.
[...]
Ampliando conhecimentos
Atividades
1. Por que devemos considerar que as correspondências não são apenas simples
Gêneros e documentos empresariais modernos
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2. Cite cinco tipos diferentes de correspondências empresariais.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da Repú-
blica. 2. ed. rev. e atual. Brasília: Presidência da República, 2002.
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MEDEIROS, João Bosco. Redação Empresarial. São Paulo: Atlas, 2001.
Gabarito
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Gêneros e documentos empresariais modernos
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Língua padrão escrita,
qualidade e argumentação
Iniciaremos esta aula com uma pergunta: você sabe o que é “língua”? Para respon-
der a essa pergunta, vejamos o que nos diz Faraco e Tezza (1992, p. 9):
A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas
atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas
as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde
estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. [...] É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos
únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no
meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.
Segundo Faraco e Tezza (1992), a língua pode ser separada em duas categorias: a
língua falada e a língua escrita. A primeira categoria que aprendemos é a língua falada,
a fala. Em seguida, surge a escrita – que tanto na nossa vida pessoal como no contexto
histórico da humanidade também surgiu depois da fala.
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b) o nível social do falante – nessa questão estão envolvidos os recursos esco-
lares, a forma de compreensão e prática da leitura e escrita, algumas concor-
dâncias verbais advindas de uma educação mais formal. Exemplo: nós vamos e
nóis vai ou menos e menas;
Mesmo com tantas variações, conseguimos, quase sempre, nos entender e com-
preender, pois seguimos um padrão para o desenvolvimento da fala e da escrita – a
gramática.
Existem autores que trabalham com o termo “preconceito linguístico”. Ele aconte-
ce quando as pessoas não utilizam essa gramática ideal, tanto na fala como na escrita.
A exigência de que a língua falada siga os padrões da língua escrita faz com que muitas
vezes os sujeitos se desmotivem com práticas de texto e não consigam, na escrita, de-
senvolver o mesmo tipo de pensamentos e reflexões. Ainda, segundo Bagno (2006),
[...]toda variedade linguística atende às necessidades da comunidade de seres humanos que a
empregam. Quando deixar de atender, ela inevitavelmente sofrerá transformações para se adequar
Língua padrão escrita, qualidade e argumentação
às novas necessidades.
Para as ciências da linguagem, não existe erro na língua. Se a língua é entendida como um sistema
de sons e significados que se organizam sintaticamente para permitir a interação humana, toda e
qualquer manifestação linguística cumpre essa função plenamente. A noção de “erro” se prende
a fenômenos sociais e culturais, que não estão incluídos no campo de interesse da Linguística
propriamente dita, isto é, da ciência que estuda a língua “em si mesma”, em seus aspectos
fonológicos, morfológicos e sintáticos. Para analisar as origens e as consequências da noção de “erro”
na história das línguas será preciso recorrer a uma outra ciência, necessariamente interdisciplinar,
a Sociolinguística, entendida aqui em sentido muito amplo, como o estudo das relações sociais
intermediadas pela linguagem.
Essas discussões teóricas sobre a linguagem nos fazem refletir sobre a sua intera-
ção direta na cultura de cada falante. Ao tratarmos da comunicação empresarial e suas
correspondências na forma da língua escrita, é importante utilizar uma linguagem
dentro dos padrões gramaticais ideais.
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Língua padrão e qualidade na comunicação
Na comunicação empresarial, a língua padrão deve ser utilizada. Porque, segundo
Gold (2001, p. 10), somente a língua padrão, nos textos empresariais, evitará:
o uso de expressões informais, pois como tudo que nos é mais próximo, elas
tendem a evocar mais intensamente nossas situações emocionais. Essas ex-
pressões, por serem próprias a grupos de amigos ou familiares, determinam a
quebra de uma imparcialidade na transmissão de informação e, consequente-
mente, a possibilidade de descrédito da mensagem;
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Gold (2001, p. 5) nos cita um exemplo:
Uma grande empresa precisava alertar seus credenciados sobre várias mudanças, algumas fun-
-damentais, outras nem tanto. Na estruturação da carta, as informações menos importantes obtiveram
tanto destaque que os credenciados não valorizaram as outras, as principais. Consequência: os pro-
-cedimentos adotados só atenderam em parte ao que foi solicitado, fazendo com que houvesse
posteriormente um gasto extraordinário de tempo com telefonemas explicativos.
clareza – é necessário uma organização mental das ideias e uma boa execução
com as palavras;
Assim, surgiu uma redação de forma mais clara e objetiva, que trabalha na dire-
ção da qualidade total, discriminando os procedimentos e padrões cotidianos, uma
linguagem concisa, sem ambiguidades, com agilidade para o entendimento das
informações.
Veja, agora, os dois parágrafos abaixo. Eles possuem o mesmo conteúdo, porém
um está escrito de forma mais rebuscada – outro de maneira mais simples (GOLD, 2001,
Língua padrão escrita, qualidade e argumentação
p. 11. Adaptado.)
CARTA ANTIQUADA
Desejamos acusar o recebimento do seu prezado favor datado de 12 de outubro próximo passado, junto ao
qual V. Sas. tiveram a gentileza de nos encaminhar os documentos relativos às mercadorias por nós enco-
mendadas.
CARTA MODERNIZADA
Informamos que recebemos as mercadorias encomendadas, assim como os documentos a elas relativos,
anexos à sua carta de 12/10/2009.
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satisfatória de nossos atuais empregados (...)”, pode ser escrita: “A insatisfação
contínua de nossos empregados (...);
chavões – expressões antigas que não devem ser utilizadas nos textos moder-
nos. Exemplo: debalde, destarte, outrossim;
tautologias – repetição de uma ideia já posta. Exemplo: elo de ligação, acaba-
mento final, fato real, retornar de novo;
coloquialismo excessivo – é uma maneira muito informal ou com gírias. Exem-
plo: gírias como: e aí? Tipo assim (...);
jargão técnico – palavras específicas de grupos profissionais, como advoga-
dos, engenheiros.
Veja nos dois exemplos abaixo (GOLD, 2001, p. 25. Adaptado.) o mesmo conteúdo,
sendo que o primeiro utiliza um texto com verbosidade e jargão técnico e o segundo
traz o texto corrigido de forma objetiva e simples.
TEXTO CONFUSO
TEXTO CORRIGIDO
Visando ajudar os órgãos no entendimento da Circular 4522/95, informamos que a Tabela de Limite de Com-
petência em vigor na Companhia é válida para estabelecer quais os contratos que devem prosseguir nas
bases pactuadas e quais os que deverão ser objeto de reavaliação.
TEXTO PROLIXO
Os clientes consideram que a utilização de um caixa automático para transações bancárias não só é mais
conveniente, mas também é mais barata do que lidar com os caixas no balcão. Eles acham moroso este
último tipo de transação.
TEXTO SIMPLES
TEXTO PROLIXO
Você nos avisará com antecedência dentro de sete dias sobre qualquer mudança em material que afete o
risco em anexo a qualquer uma das prioridades seguradas. Podemos, por nossa própria opção, depois desse
aviso, eleger descontinuar o seguro ou, alternativamente, continuar o seguro dependendo de um aumento
de prêmio.
TEXTO SIMPLES
Com antecedência de sete dias, você nos avisará de qualquer mudança de risco em anexo. Após esse aviso,
podemos descontinuar ou continuar o seguro dependendo de um aumento de prêmio.
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(GOLD, 2001, p. 39. Adaptado.)
TEXTO COM REDUNDÂNCIAS
Prezados Senhores,
Em resposta à sua gentil solicitação a nós enviada pelo digníssimo representante de V. Sas., Sr. Eldoro Cunha,
viemos, através desta, informar que já se encontram à sua disposição nossos estúdios para a gravação dos
disco em epígrafe.
Conforme contato pessoal com o representante supracitado de V. Sas., os estúdios deverão ser utilizados nos
dias 28 e 29 p.p.
Outrossim, comunicamos que o custo total pelo uso do estúdio e dos equipamentos sofrerá um desconto de
10% (dez por cento), de acordo com o que ficou estabelecido em nossa última reunião, em 20-2-97.
Sem mais que se nos possa apresentar para o momento, despedimo-nos.
TEXTO CORRIGIDO
Prezados Senhores,
Em resposta à solicitação do Sr. Eldoro da Cunha, informamos que se encontram à disposição, nos dias 28 e
29 de abril, nossos estúdios para a gravação de seu disco.
Comunicamos ainda que, de acordo com o estabelecido em nossa reunião em 20/02/97, o custo total sofrerá
um desconto de dez por cento.
Atenciosamente.
Veja o exemplo de um bom texto, citado por Faraco e Tezza (1992, p. 132):
A prefeitura de Iracemápolis, interior de São Paulo, está erguendo um alambrado em torno da
área urbana. Quando ficar pronto, ninguém entrará na cidade despercebido. Em toda parte haverá
Língua padrão escrita, qualidade e argumentação
Um texto bem escrito segue uma ordem de informações que são divididas em
parágrafos. As informações não devem ser “atropeladas”, devem seguir uma sequência
natural.
Senhor Credenciado
Estamos enviando em anexo o Comunicado CIEFAS 7/93, que contém alterações nas Instruções Gerais e
a nova Tabela de Honorários Médicos, decorrente do convênio CIEFAS/AMB>
Informamos, ainda, que os novos procedimentos, assim como a nova tabela, estão em vigor em nossa
empresa a partir de 01/05/08.
Atenciosamente.
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Texto de opinião e texto crítico
aos públicos organizacionais
O texto de opinião tem como objetivo provocar uma reação no leitor, pois traba-
lha com os sistemas de valores das pessoas. Toda informação colocada na mensagem é
uma escolha realizada pelos produtores do texto. Esse tipo de texto também transmite
informações aos públicos, mas estão planejadas para explicitar uma opinião sofre os
fatos narrados.
Muito comum no dia a dia, o texto de opinião traz uma série de argumentos para
convencer o leitor.
pense, sempre, no seu leitor. Tente compreender como ele entenderá seu texto.
Prezado Senhor,
Em resposta ao documento reivindicando indenização por perdas materiais, concluímos, após análise
No texto crítico, existe uma mescla entre o texto de informação e o texto de opi-
nião. Qualquer argumentação para um texto crítico deve possuir dois traços essenciais:
o primeiro é a informação e o segundo, a opinião.
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Prezado Senhor,
Reiteramos respeitar o juízo e a ética profissional desta Instituição, mas temos um papel a cumprir: zelar
para que o quadro de credenciados prime pela qualidade, tanto na técnica quanto no atendimento aos
nossos empregados.
A fim de nortear nossas ações, contactamos o empregado e podemos afiançar que suas críticas não
foram baseadas na emoção do momento doloroso, mas, muito pelo contrário, foram racionais e equili-
bradas.
Atenciosamente.
Para finalizar esta aula, uma frase de Faraco e Tezza (1992): “todo texto é um ponto
de encontro”. Um texto é um encontro entre as linguagens, entre os sujeitos, entre as
pessoas, entre as empresas que estão se comunicando. Por isso, a extrema importância
da linguagem para o nosso cotidiano, em qualquer âmbito da vida – no trabalho, na
escola, na família, nos relacionamentos.
Texto complementar
A arte de negociar
(VANETTI, 2009)
Após alguns anos ministrando cursos in company, pude concluir que o homem
de negócios, o executivo moderno, às voltas com telefonemas, e-mails, cotações,
Língua padrão escrita, qualidade e argumentação
Arrisco dizer que, a exemplo do jornalista, que precisa encontrar o termo ade-
quado para relatar os fatos com a mais profunda exatidão, o executivo necessita de
uma relação íntima com a palavra para não acabar dando com “os burros n’água”.
Insisto nessa questão e, indo mais além: quem não estiver preparado, não estiver ini-
ciado na arte da palavra, estará sujeito a não fechar negócios com tanta facilidade.
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No mundo competitivo de nossos dias, a eficiência é imprescindível. Diante de
tantas empresas, de tantas opções, o cliente vai escolher aquela que melhor atender
suas necessidades, é óbvio. No entanto, deve figurar no meio dessas necessidades
o relacionamento, a cordialidade, tudo aliado a uma imagem de solidez; para que o
cliente se sinta mais seguro ao sentar e conversar. Os resultados são mais negócios e
satisfação para ambas as partes envolvidas no processo.
Todavia, tão importante quanto o produto oferecido pela empresa é o seu acom-
panhamento. Em outras palavras, a embalagem pode chamar a atenção, só que se o
conteúdo não for bom, se afastar o cliente, a coisa começa a se complicar. Digo isso
pelo simples fato de existirem negociadores que dispõem de um leque de opções
sedutoras, mas não conseguem transmitir toda essa atratividade no ato de negociar.
E por quê?
Entre outros fatores, isso ocorre devido a uma comunicação deficiente utilizada
pelo negociador, por dizer algo que o cliente não entende. E se o cliente não entende,
não se sente seguro para fechar a parceria. Por sua cabeça passam mil e uma ques-
tões. De repente ele pede ao representante à sua frente: “Você poderia me explicar
melhor as vantagens de assinarmos este contrato? Ainda não compreendo?”. Aqui
começa a se destacar o artista. Se, em vez de atender prontamente à solicitação, o
negociante começar a gaguejar, demonstrar impaciência, o cliente, que já não estava
muito inclinado a ceder, termina por não assinar o contrato, quem dirá o cheque.
Afinal de contas, investir em algo não compreendido em sua totalidade é uma tre-
menda insensatez.
Por outro lado, o artista do mundo dos negócios, domina a palavra. Consegue,
através dela, seduzir o cliente. Pode até parecer bobagem, porém, uma linguagem
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Se passarmos para o texto escrito, a situação pode se agravar: “Viemos por meio
desta”; “Vossa Senhoria só terá benefícios com a parceria”; “Enviamos em anexo”;
“Acusamos o recebimento”.
Ampliando conhecimentos
Língua padrão escrita, qualidade e argumentação
68
Atividades
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Referências
BAGNO, Marcos. Nada na Língua é por Acaso: ciência e senso comum na educação
em língua materna. Disponível em <www.marcosbagno.com.br>. Acesso em: 14 set.
2009.
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de Texto para Estudantes Univer-
sitários. Petrópolis: Vozes, 1992.
70
Gabarito
2. A língua padrão, norma culta, ou gramática ideal é aquela que é ensinada nas
escolas, registrada nos livros didáticos. São estruturas que norteiam de forma
geral a escrita correta da língua.
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Redação de textos empresariais
Existem alguns erros que são comuns na escrita da comunicação empresarial.
Esta aula tem como objetivo reforçar tópicos da língua padrão para redação de textos
e observar exemplos de estruturas gramaticais nas correspondências empresariais. Ve-
jamos o que Kaspary diz a respeito da correspondência empresarial:
[…] a correspondência deve ser redigida em linguagem atual, simples e espontânea, despida de
artifícios inúteis e de palavras ocas e inexpressivas. Ao mesmo tempo, a serviço de uma redação
clara e simples, deve estar numa apresentação impecável, que leve em conta a funcionalidade que
impera no mundo dos negócios e que possa preparar o espírito do destinatário a receber com
disposição favorável a mensagem que lhe é enviada. (KASPARY, 1994, p. 10)
Construção de períodos
Provavelmente você já conheça alguma regra específica sobre a construção
de períodos, isto é, das orações, das frases. De qualquer maneira, iremos enfatizar
alguns pontos importantes para a realização de uma comunicação empresarial bem
delineada.
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Ao escrever uma oração temos que cuidar da transposição da linguagem oral
para a linguagem escrita, ou seja, na hora de escrever devemos ter mais cuidado com
as palavras e com sua ordem do que na fala, pois quando falamos utilizamos outros
recursos como os gestos, as pausas, os retornos – o que não acontece com a escrita. O
texto escrito não deve ser contaminado pela linguagem oral.
Parágrafos
Com um vocabulário simples, escreva uma informação em cada parágrafo (con-
junto de frases que tratam a respeito do mesmo tema).
Gold (2001, p. 35) exemplifica em dois textos: o primeiro, confuso em suas infor-
mações – misturando os pontos principais da mensagem. O segundo, logo de início
com a ideia principal. Perceba a diferença:
Redação de textos empresariais
74
Texto 1
Texto 2
O comitê investigou o recente e vertiginoso aumento no
número de empregados que se demitiram da companhia. Con-
cluiu-se que a principal razão é o fato de a escala de salário ser
muito baixa. Nossa firma paga, em média, 13% menos que as
indústrias congêneres e 19% menos que o nosso competidor
local. A fim de melhorar a situação, recomendamos um aumen-
to mínimo de 13%. Se for possível chegar a 19%, temos a certeza
de que a situação se reverterá.
Evite iniciar o texto com uma frase solta, avulsa, sem relação.
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Concordância
Como regra geral de concordância verbal, o verbo concorda com o sujeito em
número e pessoa. Exemplo: “o homem observou a máquina: os homens observaram
as máquinas.”
A palavra “anexo”, muito utilizada, gera muitas dúvidas na hora de sua escrita.
Quando utilizamos apenas a palavra “anexo”, ela é variável – isto é, concorda com o
gênero (feminino ou masculino) e em número (plural ou singular). Exemplo: “Enviamos
anexa a carta; Relacionamos os relatórios anexos.”
No entanto, quando usamos a expressão “em anexo”, ela é invariável – isto é, não
admite alterações nem com o gênero, nem com o número. Exemplo: “Enviamos em
anexo a carta; Relacionamos os relatórios em anexo.”
Outra questão a respeito da concordância é o verbo “haver”. Quando empregado
no sentido de existir, o verbo haver não aceita o plural. Deve ser utilizado sempre no
singular.
Nicoleti (2009) aborda, sobre a concordância verbal, que frases como: “A maio-
ria das pessoas escolheu o mesmo candidato” e “A maioria das pessoas escolheram o
mesmo candidato”, podem estar corretas nas duas formas. Embora o verbo deva, por
princípio, concordar com o núcleo do sujeito, há casos em que se verifica outro tipo de
concordância.
Segundo a autora “ocorre que, nos casos em que o núcleo do sujeito é uma ex-
Redação de textos empresariais
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Em alguns casos, a opção pelo singular ou pelo plural, pela concordância lógica ou pela atrativa,
depende mesmo é do bom senso, que é intuitivo nas pessoas. Veja-se o caso de uma frase como
“A maioria dos homens presentes é casada”. Embora esteja gramaticalmente “correta”, essa frase
não soa muito bem, como se diz por aí. O estranhamento vem do fato de o predicativo do sujeito,
“casada”, ser uma palavra feminina e o sujeito ser referente a um elemento masculino. A segunda
maneira de construção, “A maioria dos homens presentes são casados”, é mais natural. Em suma,
valem as duas construções, mas cada contexto conduz a uma opção mais adequada.
Pontuação
Na comunicação empresarial o maior erro de pontuação está na utilização das
vírgulas. De forma generalizada a primeira regra a ser seguida: não se quebra uma se-
quência de sentido com a vírgula (GOLD, 2001). Não devemos separar sujeito do predi-
cado pela vírgula. Exemplo: João, perdeu todos os arquivos do processo.
Devemos utilizar a vírgula para encaixar palavras, termos ou ideias em uma sequên-
cia já planejada (GOLD, 2001). Exemplo: João perdeu, depois do almoço, todos os ar-
quivos do processo.
Nos endereços.
Exemplo:
Exemplos:
77
Em termos independentes entre si.
Exemplo:
Adjunto adverbial.
Exemplos:
Termos deslocados.
Exemplos:
Redação de textos empresariais
78
Crase
Faraco e Tezza (1992, p. 142) brincam que a crase é uma unanimidade nacional,
pois “ninguém sabe usá-la!”. Para a utilização da crase, existem algumas regras a serem
seguidas. GOLD (2001) esquematiza da seguinte maneira:
Exemplos:
Exemplos:
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Atas
Cabeçalho
Ata da Assembleia Geral Ordinária de ____/____/____
Aos ____ dias do mês ___________ de_____ de 20_____, às...horas, na sede
social da...., na Rua...., n.º..., Curitiba (PR) reuniram-se......
...
...
A sessão encerrou-se às..... horas. Eu, ......, secretário em exercício, lavrei, transcre-
vi e assino a presente ata.
Curitiba, ____ de ____________ de 20___.
Assinaturas
a) Presidente
b) Secretário.
Atestado
Eu, _________________ (nome), __________________ (profissão), atesto para
os devidos fins que_____________________________________________________
________________.
Por ser expressão da verdade, firmo o presente atestado.
Curitiba, __ de _________ de 20___.
Assinatura
a) Responsável
Circular
Senhores:
Nossa empresa desenvolve suas atividades na área de legislação do estrangeiro e
conta com experiência de mais de 15 anos. Objetivando ampliar o número de assinan-
Redação de textos empresariais
80
Convocação
Cabeçalho
São convocados os Srs. acionistas a participarem da assembleia geral extra-
ordinária a ser realizada às 15 horas do dia 26 de janeiro de 20..., na sede social na
Rua......., n.º..., nesta cidade a fim de deliberarem:
a).......................
b)......................
c)......................
Poderão participar da Assembleia:
a)...................
b)..................
Curitiba,....de....de 20...
Assinatura
a) Responsável
Declaração
Eu, ................., declaro, para os devidos fins, que me foram furtados em ..../...../....os
seguintes documentos........,............,.............,....... Comunico que não me responsabilizo
por cheques emitidos e pelo mau uso dos documentos. Ocorrência registrada em ...
B.O. n.º... no mesmo dia.
Curitiba, ....de....de 20...
Assinatura
a) Responsável
Edital de convocação
Pelo presente Edital, ficam convocados os senhores....., membros do Conselho
Redação de textos empresariais
Assinatura
a) Responsável
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Texto complementar
Na empresa, a escrita é coletiva, isto é, você não escreve em seu próprio nome,
mas em nome da companhia para a qual trabalha. Por isso, deve pensar não em “eu”,
mas em “nós”. Mesmo na comunicação interna, você deve considerar que se trata da
empresa interagindo verbalmente com seus funcionários.
Isso exige de você um esforço duplo: ao mesmo tempo em que você precisa
apropriar-se da mensagem, colocando-se no lugar do locutor real, você não pode
se esquecer do interlocutor, da outra empresa, preocupando-se com o modo como
ela pensa, a forma como ela vai reagir ao conteúdo do texto produzido por você e
enviado por sua empresa.
É preciso lembrar ainda que o texto empresarial não reflete apenas o trabalho
de quem o redigiu, ele reflete toda a empresa. É por isso que uma carta mal es-
crita, rasurada, mal formatada, sem clareza nem correção, por exemplo, representa
uma empresa pouco confiável. Daí a importância de você se preocupar com a cla-
reza, concisão e correção ao redigir em nome de sua empresa, a fim de evitar uma
imagem negativa dela.
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MITO: as pessoas querem ler seu documento.
DICAS
Um texto longo, cheio de detalhes, desvia a atenção do leitor dos pontos mais
importantes e não atinge seu real objetivo. Tenha em mente o que pretende com o
documento e atenha-se às informações pertinentes aos seus objetivos.
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Ampliando conhecimentos
O Manual de Redação e de Atos Oficiais da Agência Nacional de Águas, traz
exemplos de correspondências empresariais oficiais baseadas no Manual de Re-
dação da Presidência da República, com vários exemplos de correspondên-
cias públicas e seus padrões de formatação. Logo no início de seu texto é abor-
dada a questão sobre a formalidade das comunicações oficiais. Disponível em:
<www.ana.gov.br/acoesadministrativas/resolucoes/resolucoes/2005/101-2005-
anexoI.pdf>.
Atividades
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Referências
NICOLETI, Thaís. Concordância Verbal nem Sempre É Camisa de Força. Publicado
em 2008. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts>. Acesso em: 20
out. 2009.
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de Texto para Estudantes Univer-
sitários. Petrópolis: Vozes, 1992.
SOUSA, Roberta Laisa Dantas de. Utilização da Vírgula. Disponível em: <www.infoes-
cola.com/portugues/utilizacao-da-virgula/>. Acesso em: 2 out. 2009.
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Gabarito
1. Não. Devemos cuidar para que os vícios da linguagem oral não recorram no
texto escrito. Esse é um erro bem comum, pois em nossa fala temos mais li-
berdade gramatical do que na forma escrita. Utilizamos gírias, concordâncias
verbais erradas, entre outras formas não formais gramaticalmente. Ao desen-
volvermos um texto escrito, devemos seguir os padrões da gramática ideal e
padronizada.
3. Sim, verificar o uso correto das vírgulas é essencial para que a ideia principal do
texto seja compreendida. Muitas vezes, ao utilizarmos uma pontuação errada,
destacamos no texto outras vertentes do tema – desviando do nosso objetivo
principal.
Redação de textos empresariais
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Redação de textos empresariais
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