Trabalho Sobre o Estudo Do Fenómeno Da Comunicação
Trabalho Sobre o Estudo Do Fenómeno Da Comunicação
Trabalho Sobre o Estudo Do Fenómeno Da Comunicação
Pretende-se com este trabalho, abordar esta temática que serve como objecto de estudo e
reflexão. Retirei várias abordagens sobre o tema de várias fontes...artigos da net, livros,
comentários, vídeos...e fiz uma reflexão sobre os mesmos.
"Comunicar, hoje em dia, é ser capaz de utilizar judiciosamente o conjunto de meios de que o
homem moderno dispõe. É ser capaz de recorrer à tecnologia tanto para emitir como para
receber mensagens. O recurso a esta tecnologia requer uma certa aprendizagem e o
desenvolvimento de um certo número de capacidades técnico-sensoriais. Mas não se deverá
supor que a utilização dos meios de comunicação ligeiros exige tão-só conhecimentos de
ordem técnica. Longe disso. Estes meios "falam" diferentes linguagens audio-scripto-visuais,
cujo prévio conhecimento é um requisito indispensável."
Jean Cloutier
a) Jean Cloutier
O autor mais representativo da corrente comunicativa – modelo cibernético
É importante compreendermos a História da Comunicação, para assim compreendermos
a evolução das TIC ao longo de todo o processo de civilização.
Para Jean Cloutier, a comunicação é cumulativa, ou seja, cada novo meio junta-se aos
outros e os emergentes não servem para eliminar os já existentes. Ele propõe quatro
momentos da História da Comunicação.
Primeiro momento:
-“a comunicação interpessoal”, remete-nos para o início da história humana onde o
homem se expressa unicamente através do gesto e da palavra. A este momento
podemos fazer corresponder a estrutura educativa familiar. È um ensino cumulativo, que
contrariamente aos animais irracionais evolui com a descobertas de novas técnicas,
como por exemplo as representações icónicas.
- Segundo momento:
Posteriormente, com o aparecimento da escrita surge o segundo momento, a
“comunicação de elite”, onde aparece a escola como organização e sistema. A família
deixa de ser o único local de aprendizagem, e passa a existir um local determinado, “a
Escola”. No entanto assiste-se neste momento a uma separação de classes, uma vez
que só algumas classes sociais podem dedicar-se à aprendizagem pela escrita.
- Terceiro momento:
Com o aparecimento dos mass media passa a existir a “comunicação de massa”, o
terceiro momento da história da comunicação. A Escola deixa de ser a única fonte de
transmissão do saber, que passa a ser feita pelos livros, jornais, rádio e televisão. À
família e à escola junta-se então um novo estilo a “escola paralela”, uma vez que todos
têm a possibilidade de aceder livremente ao conhecimento através dos media.
- Quarto momento:
Jean Cloutier designou-o por “comunicação individual”. Aparece porque o homem
passa a ter acesso a todo o conhecimento e a poder exprimir-se através dos self-media.
Aqui o papel de professor e aluno modifica-se; o professor deixa de ser o único
transmissor da informação e o aluno passa a ser um auto-educando, capaz de construir
o seu próprio conhecimento, através de uma aprendizagem autónoma.
MODELO
ÁUDIO
AUDIOVISUAL
Ling. SCRIPTO AUDIO-
Base SCRIPTO-
VISUAL
SCRIPTOVISUAL
VISUAL
O Medium
Retirado do site
http://www.iep.uminho.pt/tcei/material/powerpoint%20%20modelos%20comunica
%C3%A7%C3%A3o%20.pdf
d) Aplicando a ideia de que o professor tende a assumir o papel de emissor activo que
transmite os conteúdos (de forma verbal) a alunos (receptores) que recebem
informações de forma passiva, pelas quais serão avaliados.
Para compreender melhor esta ideia recorremos à obra de Jean Cloutier (1975): “A Era
de EMEREC na hora dos self media”.
Este esquema inclui ainda um terceiro elemento, o médium, que funciona como
intermediário que transforma e modela as mensagens, transpondo-as no tempo e no
espaço.
Emerec é pois, “o homem que comunica com os seus semelhantes, com as máquinas
que cria, com o seu meio ambiente” (Cloutier, 1975, 0.00-14). Ressalta-se, assim, a
especificidade humana e a articulação desta com o desenvolvimento e progresso
científico e tecnológico. Importa, no entanto, analisar esta questão, no sentido de
apurar e valorizar a capacidade comunicativa voluntária e espontânea do indivíduo,
como factor determinante de qualquer acto comunicativo. Pode entender-se, ainda,
Emerec, como a ponte que permite a utilização articulada de tecnologias, na
conceptualização da comunicação áudio-scriptovisual.
MEDIA
A história da comunicação, ainda segundo o mesmo autor, conta-se em quatro
episódios que se sobrepõem, cada um dos quais é caracterizado pela utilização de
novas formas de relação interpessoal: exteriorização, o homem exprime-se através do
seu corpo, graças à sua linguagem verbal e gestual, sem deixar de se referenciar ao
seu meio ambiente imediato sendo portanto, o único médium de comunicação e só a
comunicaçãointerpessoal é possível; das linguagens de transposição, tais como o
desenho e o esquema, o ritmo e a música e sobretudo a escrita fonética. O espaço
pode ser atravessado, as mensagens são confiadas ao papiro ou ao pergaminho; o
tempo é vencido e o muro das cavernas constitui a primeira biblioteca. Tece-se então,
uma verdadeira rede de informação; a era da comunicação de elite nasce; da
amplificação, começa com a implantação da imprensa e conhece o seu apogeu
máximo com o satélite. Os média colectivos, os mass média, iniciam a era baseada na
comunicação de massa; da individualização, a gravação de sons e imagens,
tornada acessível a todos, permite novas possibilidades de expressão. Os média
individuais, os self média, iniciam a era da comunicação individual.
“Superar o atraso educativo português face aos padrões europeus, integrar todas as
crianças e jovens na escola e proporcionar-lhes um ambiente de aprendizagem
motivador, exigente e gratificante, melhorar progressivamente os resultados, fazendo
subir o nível de formação e qualificação das próximas gerações, tudo isto constitui uma
urgência nacional”
(Programa para a Educação do XVII Governo Constitucional).
O Decreto Lei 6/2001, que enquadra este processo, esclarece no seu preâmbulo que a
utilização dasTecnologias de Informação e Comunicação constitui uma formação
transdisciplinar, a par do domínio da língua e da valorização da dimensão humana do
trabalho. Tal significa que, no currículo deste nível de ensino, passam a ter presença
inequívoca na acção pedagógica em todas as disciplinas e áreas disciplinares, bem
como nas áreas curriculares não disciplinares. O artigo terceiro que explicita os
princípios orientadores do currículo, consagra a “valorização da diversidade de
metodologias e estratégias de ensino e actividades de aprendizagem, em particular
com recurso a tecnologias de informação e comunicação”
(Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro).
As Tecnologias de Informação e Comunicação são chamadas a assumir uma
importante dimensão pedagógica em toda a escolaridade obrigatória, desde o primeiro
ao nono ano, de forma diversificada e no quadro das diversas disciplinas e áreas
curriculares não disciplinares. Ao mesmo tempo, em cada um dos três ciclos do ensino
básico, estabelece-se que as Tecnologias de Informação e Comunicação devem ter
uma presença saliente nas áreas curriculares não disciplinares, a saber: “Área de
Projecto”, “Estudo Acompanhado” e “Formação Cívica”.
“As escolas não se vão tornar obsoletas por causa das novas tecnologias uma vez que
o seu papel como instituições de aprendizagem tornou-se mais importante hoje do que
no passado. A tecnologia pode suplementar as escolas, nunca substituí-las. Mesmo as
tecnologias electrónicas mais avançadas são incapazes de converter os seus mundos
de informação em conhecimento maduro, uma forma intelectual mágica que requer
professores competentes e bem preparados”.
(Diane Ravitch, 2000)
Dez 2009