07 Aromaterapia

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ARTIGO DE REVISO/REVIEW ARTICLE

Farmcia

Aromaterapia e suas aplicaes


Aromatherapy and its applications
Patrcia Andrei* Aparecida Peres Del Comune** RESUMO
O termo aromaterapia foi introduzido por Ren Maurice Gatefoss na dcada de 1920 e teve seu desenvolvimento posteriormente por seus seguidores. Esta terapia se vale dos poderes dos leos essenciais para predispor preveno, cura e ao equilbrio psicossomtico. A ao dos componentes dos leos essenciais pode se dar por contato com a pele: penetrao e conseqente alcance da corrente sangnea, ou por estimulao do sistema nervoso central pelo processo de transduo. Pode-se, portanto, dizer que so trs os sistemas fundamentais para se processar a aromaterapia: circulatrio, lmbico e olfativo. As propriedades e indicaes dos leos essenciais so extremamente numerosas, e para assegurar o sucesso da terapia, necessrio o acompanhamento por profissional especialista e habilitado, j que hoje a tendncia a prescrio cada vez mais individualizada e adequada para cada pessoa, pois a aromaterapia visa, alm de curar estados patolgicos, promover e restaurar o equilbrio mental e psicolgico.

DESCRITORES
Aromaterapia tendncias; Equilbrio psicossomtico; Aromaterapia leos essenciais

ABSTRACT
The term aromatherapy was introduced by Ren Maurice Gattefoss around 1920 and has been developed subsequently by his followers. This therapy uses the power of essential oils to predispose illnesses prevention and cure and the psychosomatic balance. The action of essential oil compounds can happen by contact with the skin: penetration and consequent reach of the blood chain, or by stimulation of the Central Nervous System through transduction. Therefore, we can say that there are three fundamental systems involved in the procedure of aromatherapy: circulatory, limbic and olfactory. There are plenty properties and indications of essential oils, and to ensure the success of the therapy it is necessary to have the assistance of a specialist and qualified professional, since nowadays the tendency is the individual prescription, suitable for each person, because aromatherapy, besides curing illnesses, must promote and restore the mental and psychological equilibrium.

* Farmacutica da empresa Naturelle, graduada pelo Centro Universitrio So Camilo. ** Docente do Curso de Farmcia do Centro Universitrio So Camilo.

KEYWORDS
Aromatherapy trends; Phychosomatic balance; Aromatherapy essential oils

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INTRODUO

O termo aromaterapia foi introduzido por Ren Maurice de Gatefoss, qumico francs, e comeou a ser difundido em 1964. Aromaterapia a arte e a cincia de usar leos de plantas em tratamento dos desequilbrios, atravs dos aromas. considerada medicina natural, alternativa, preventiva e tambm curativa. A aromaterapia vale-se dos poderes de cura do mundo das plantas, mas em vez de usar toda a planta ou parte dela, somente o leo aromtico empregado. Essa substncia aromtica poderosa encontrada em pequenas glndulas localizadas tanto nas partes mais externas quanto nas partes mais centrais das razes, caule, folhas, flores ou frutos de uma planta. (Price, 1999). Os principais mtodos usados em aromaterapia so: a inalao, o banho aromtico e a aplicao. Os aromas constituem o nosso contato mais ntimo com a natureza e tm o poder de nos predispor ao sono, ao repouso, ao estado de alerta, criatividade, irritabilidade e criao, dentre outros, pois o olfato o mais antigo e talvez o mais desconhecido dentre os sentidos desenvolvidos pelo homem. (Corazza, 2002). As substncias odorferas desprendem partculas que so carregadas pelo ar, e estimulam as clulas nervosas olfativas; tal estmulo suficiente para desencadear outras reaes, entre elas a ativao do sistema lmbico, ou seja, da rea cerebral responsvel pela olfao, memria e emoo. Desta forma, tm-se os processos de cura da aromaterapia. H uma variedade de fatores que ajudam a determinar a eficcia do tratamento aromaterpico. Dentre elas esto: a qualidade dos leos essenciais, os mtodos de aplicao, o conhecimento do aromaterapeuta, e as diversas precaues a serem tomadas. Dentre a diversa gama de leos essenciais, podemos citar: alecrim, artemsia, baunilha, berga58

mota, camomila-dos-alemes, canela, citronela, eucalipto, gengibre, gernio, hortel, lavanda, patchuli, tea-tree e ylangue-ylangue, cada um com suas respectivas caractersticas e propriedades.
TRAJETRIA METODOLGICA

As plantas e seus componentes vm sendo usados desde antes de Cristo (a.C.) pelos homens, com objetivos religiosos, medicinais e de incremento da beleza. No perodo Paleoltico (10000 a.C), a descoberta de utenslios trabalhados em lascas de pedra rstica proporcionaram a possibilidade da forma de vida em tribos (e no mais nmades), o que pde trazer maior conhecimento sobre a natureza. J no perodo Neoltico (4000 a.C.), o homem da tribo cultivava plantas e aprendeu a extrair os leos graxos vegetais atravs de presso aplicada por meio de pedras. J eram conhecidos os nveis de toxicidade de algumas plantas, que passaram a ser usadas com muita cautela. A histria da teraputica comea, provavelmente, por Mitridates, no sculo II a.C., sendo ele considerado o primeiro farmacologista experimental. Em meados do sculo passado, foi encontrado em Luxor, no Egito, o Papiro de bers, de 1550 a.C., no qual estavam registradas 700 drogas diferentes, inclusive extratos de plantas. Nos rituais que envolviam fogueiras, muitas vezes os homens queimavam plantas aromticas e descobriam que sua fumaa provocava ora sonolncia, ora revigoramento, e outras sensaes, evidenciando desta forma algumas de suas propriedades curativas. Observando os efeitos da fumaa sobre a mente, a humanidade passou a atribuir poder mesma. A palavra perfume tem sua origem no latim per fumum, que quer dizer atravs da fumaa. Os perfumes eram usados em rituais para agradar as divindades. Foi encontrado no Iraque, em 1975, por arquelogos, o esqueleto humano de seis mil anos de Shanidar IV (lder religioso de grande conhecimento botnico), ao lado de depsitos

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de plen, jacintos e ervas. Acredita-se ter sido este o primeiro ritual que teria utilizado plantas, flores e aromas. Os egpcios queimavam olbano ao nascer do sol, em homenagem ao deus R (do sol), e mirra ao chegar a noite. Embalsamavam os corpos com mirra pura moda, canela e essncias diversas. Era comum na medicina egpcia o uso de mirra como antiinflamatrio e o tratamento de fraturas sseas com misturas de plantas e leos. Entre 2551 e 28 a.C., foram datados os primeiros registros sobre o uso das ervas na medicina, aps o desenvolvimento da tcnica de fabricao do papiro. Na tumba do fara Quefn, guardada pela esfinge de Giz, eram realizadas oferendas devocionais de incenso e olbano. J na tumba de Tutancamon (1550-1295 a.C.) foram encontrados leos aromticos de cedro, coentro, mirra, olbano e zimbro (Corazza, 2002). A rainha da 18 dinastia (1550-1295 a.C.), Hatshepsut, utilizava mirra para massagear e perfumar suas pernas. Mas foi apenas no reinado dos Ramss (800-700 a.C.) que o cuidado com a aparncia chega ao auge, devido ao costume dos egpcios perfumarem a gua do banho com ervas aromticas, com predominncia de olbano. Na perfumaria sedutora, foi Clepatra (6930 a.C.) que se destacou, com o perfume cyprinum, feito com leo essencial das flores de henna, aafro, menta e zimbro. Segundo Kaly (1963), foram poucos os povos que se esmeraram na elaborao e utilizao dos perfumes. Os gregos relacionavam os aromas aos deuses do Olimpo. Tinham, assim como os egpcios, o hbito de ungir os mortos, queimar incenso, e perfumar a si mesmos para que sua beleza pudesse ser notada. Confeccionavam guirlandas de rosas para amenizar os sintomas da enxaqueca. Na Ilha de Creta, utilizavam-se ervas aromticas como o aafro, o pinheiro-de-creta e o cipreste como antisspticos. No orculo de Delfos, as sacerdotisas queimavam mirra e incenso e maceravam flores. Nas olimpadas, a recompensa do vencedor era uma coroa de louro aromtico. Foi Ibn Sina, conhecido como Avicena (9801037), quem criou o processo de destilao, extraindo o leo essencial de rosas e elaborou a gua-de-rosas, feita com Rosa centifolia, na Europa das Cruzadas.

As mulheres dos harns perfumavam o hlito e o corpo com banhos e loes de feno-grego. Na Idade Mdia, invadida pela peste, os aromas eram de extrema importncia, pois acreditava-se que contaminavam o ar purificado; ao visitar doentes, os mdicos queimavam ervas aromticas. J no sculo XVIII, foi Hahnemann que reafirmou a importncia das plantas, das flores e dos aromas (Kaly, 1963). Os farmacuticos Cadeac, Meunir, Gaffi, Cajola e Chamberland, foram de extrema importncia ao estudo dos perfumes, e Ren Maurice Gatefoss foi o primeiro a falar de aromaterapia, em 1928. Na Frana feudal, sementes e demais compostos aromticos derivados da violeta, lavanda e flor de laranjeira eram vendidos para serem usados como proteo contra as pragas. Com a decadncia dos feudos e o surgimento do comrcio urbano, teve incio a fabricao de perfumes, de modo organizado. A primeira descrio autntica e detalhada sobre leos essenciais foi feita apenas no sculo XIII, por Arnold Villanova de Bachuone, relacionando terebintina, alecrim e slvia. Logo aps, vrios outros leos essenciais foram destilados, dentre eles os de arruda, canela e sndalo.
Caminhando aos dias atuais

Por volta do ano de 1200, o perfumista reconhecido como profissional, pelo rei Felipe Augusto II, que concedeu licena abertura de locais para a comercializao de essncias. Surgem ento as primeiras escolas para aprendizes e oficiais de superviso em trabalhos de prensagem, macerao e formulao combinada para composies olfativas. Em 1370 foi criada a gua de Toalete [Eau de toillete], feita de leos essenciais combinados em lcool, para Isabele, a rainha da Hungria. No sculo XIV, foram feitos recipientes de ouro ou prata, que enfeitavam o pescoo ou a cintura, os pommanders, que continham uma fragrncia base de resinas e leos essenciais, com a finalidade de proteger seu usurio de pestes e doenas. Com a descoberta da Amrica, em 1492, muitas plantas at ento desconhecidas chegaram Europa. Entre 1560 e 1580, o padre Jos de Anchieta denomina a hortel-pimenta de erva boa, pois era usada pelos ndios contra indigesto e para amenizar nevralgias, reumatismo e doenas nervosas.
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Antes de falecer, em 1654, o mdico e astrlogo ingls Nicholas Culpeper afirma que os condimentos podem curar todo tipo de doena, por ao de seus leos essenciais. No sculo XVI, eram usadas cerca de setenta essncias em perfumaria e cosmticos. Mas foi apenas no sculo XVII que a perfumaria foi difundida pelo mundo; porm, neste mesmo sculo ocorreu um avano da pesquisa cientfica, devido descoberta de novas substncias qumicas com maior poder de cura em menor tempo que os leos essenciais, que caram em desuso, pois foram ento substitudos por substncias sintticas e passaram a ser vistos apenas por sua propriedade em perfumar. Em 1714, criada a gua de Colnia [Eau de cologne], por Jean-Marie Farina. A Frana se destaca no desenvolvimento de novas composies olfativas, com o objetivo de perfumar as luvas da nobreza. Com a descoberta da saponificao com soda custica, em 1791, a produo de sabonetes estimula mais a perfumaria. No sculo XVIII, foram criados nas casas a sala de banho e o sanitrio, o que trouxe novamente o hbito dos banhos perfumados. Em 1828 surgiu a primeira casa de perfumaria Perfumes Guerlain, com a posterior criao da gua de Colnia Imperial, vendida at hoje. No sculo XIX, os perfumes ganharam status e eram at usados para tratar doenas do sistema nervoso. No sculo XX, foram pesquisadas as substncias sintticas para a indstria da perfumaria. Em 1920, com a criao dos aldedos, surge o perfume Chanel n 5. J em 1928, na Frana, aps sofrer diversas queimaduras em laboratrio, que foram curadas com leo essencial de lavanda, Ren Maurice de Gatefoss deu incio ao seu trabalho com leos essenciais em cosmticos, e instituiu o termo aromaterapia. Em 1949, fundado o The Fragrance Research Foundation, por seis grandes indstrias de perfumaria: Elizabeth Arden, Coty, Guerlain, Helena Rubinstein, Chanel e Perfumes Weil, com o objetivo do estudo das fragrncias entre os norte-americanos. Tal instituio teve seu crescimento tributado a Anette Green, ao mostrar que as diversas categorias de perfume podem ser utilizadas de forma mais apropriada para cada etapa da vida. (Corazza, 2002). Podemos encontrar relatadas as prticas aromaterpicas usadas na Segunda Guerra mun60

dial para tratar os feridos no livro Aromatherapie, escrito em 1964 por Jean Valnet. Aps citar tantos nomes, devemos destacar Marguerite Maury (1895-1968), enfermeira e assistente cirrgica austraca, mais conhecida por ser a me da aromaterapia atual. Seu reconhecimento como pioneira da aromaterapia moderna deve-se ao fato de ter combinado a arte da massagem oriental s propriedades medicinais dos leos essenciais, formulados em prescries individuais. Ela fundou a primeira clnica aromaterpica, em Londres. Seu livro foi publicado em 1961, na Frana, com posterior traduo para o ingls [The secret of life and youth], sendo considerado obra de referncia em leos essenciais. Em 1962, recebeu o Prmio Internacional de Esttica e Cosmetologia por contribuio ao campo teraputico e cosmtico de tratamento da pele. Tm-se observado, nas ltimas dcadas, intensa preocupao com perfumes em relao aos seus poderes teraputicos. Este fato pode ser confirmado com o surgimento de instituies dedicadas apenas ao estudo e divulgao das propriedades dos leos essenciais; como exemplo podemos citar: Flower Essence Society (Califrnia) e Alaska Flower Essence (Alasca), dentre outras situadas nos Estados Unidos da Amrica.
LEOS ESSENCIAIS

Os leos essenciais so substncias orgnicas muito perfumadas e volteis, extradas de diversas partes das plantas. T m geralmente consist ncia aquosa e lmpida, mas podem se solidificar em temperaturas baixas. So solveis em lcool, ter e outros compostos graxos, insolveis em gua e podem ser incolores ou apresentar desde tons claros at fortes e opacos. Os leos essenciais so chamados de volteis, pois quando expostos ao ar (temperatura ambiente), evaporam. Podem tambm ser chamados de refringentes ou etreos. Entretanto, o termo mais usado leo essencial, j que estes representam as essncias ou compostos odorferos das plantas.
Composio

Fazem parte da composio dos leos essenciais elementos orgnicos como carbono, oxignio e hidrognio, formando ento molculas de lcoois, aldedos, steres, xidos, cetonas, fenis, hidrocarbonetos, cidos orgnicos, compostos

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orgnicos nitrogenados e sulforados e terpenos. Apresentam composio complexa, com exceo do sndalo, que contm 95% do mesmo componente (santalol) e os outros 5% de composio diversa. A maior importncia econmica e ecolgica atribuda aos terpenos, que so incolores, amarelados (se associados aos carotenides) ou esverdeados (se associados s clorofilas). Apesar do termo leo, no so obrigatoriamente gordurosos, e diferenciam-se dos leos vegetais por serem altamente volteis. As principais qualidades dos leos essenciais so o aroma e suas propriedades teraputicas. Segundo Corazza (2002), at o presente momento foram coletadas 378 plantas aromticas, que produziram 272 leos essenciais e 37 aromas de frutos e flores cujos componentes volteis foram quase todos determinados. Em geral, os leos essenciais com elevado teor de lcool e steres tm propriedades curativas moderadas e so portanto mais seguros para o uso. J os leos essenciais com altas concentraes de cetonas, fenis e aldedos, so muito ativos terapeuticamente e so pouco usados na aromaterapia, pois podem provocar efeitos adversos, sendo usados apenas quando necessrio e em pequenas quantidades. Os leos essenciais possuem odores caractersticos, tm densidade menor que a gua, elevado ndice de refrao, so geralmente opticamente ativos e sensveis luz e ao ar. Podem ser oriundos de folhas, flores talos, caule, haste, pecolo, casca, raiz, glndulas ou outro elemento das plantas, principalmente as laurceas, mirtceas, labiadas, compostas, rutceas e umbilferas. Constituem subproduto do metabolismo secundrio das plantas, ou seja, so produzidos com o propsito de defesa do vegetal. A composio e a qualidade dos leos essenciais pode variar em funo da regio de cultivo, do clima, do relevo, da idade do terreno, do processo de colheita e do mtodo de extrao. A concentrao de princpios ativos na planta pode variar devido ao controle gentico e estmulos do meio, como fatores climticos e edficos (relacionados com o solo), exposio a microorganismos, insetos e poluentes em geral. A quantidade extrada de leo essencial pode variar de 0,005% a 10%, em dependncia do processo de extrao utilizado. A concentrao de leos essenciais nas plantas frescas de 75 a 100 vezes maior que nas plantas secas. Nas plantas, os leos essenciais podem desempenhar as fun-

es de proteg-las contra ataque de parasitas e doenas, atuar na fertilizao, polinizao e na proteo da radiao solar. Nos homens, podem apresentar vrias aplicaes, que sero vistas adiante. Os grupos funcionais qumicos presentes nos leos essenciais para serem usados em aromaterapia so: Monoterpenos/Sesquiterpenos Possuem efeito anti-viral, antissptico, bactericida e antiinflamatrio. Atuam no fgado (processo de desintoxicao) e estimulam as funes glandulares. Os sesquiterpenos agem no crebro, aumentando a quantidade de oxignio das glndulas pituitria e pineal. Como exemplo temos o limoneno, pineno, canfeno e gamaterpineno. Esto presentes no limo, pinho e olbano. steres So fungicidas, sedantes e antiespasmdicos. Conferem ao produto um aroma caracterstico frutal. Como exemplo podemos citar o acetato de linalila e salicilato de metila. Esto presentes na bergamota, slvia e lavanda. Aldedos Agem como sedante, antissptico e antiinfeccioso. So exemplos o citral, neral e geranial e esto presentes na melissa, no capim-limo e na citronela. Cetonas Agem como descongestionante em quadros de asma, bronquite e resfriado, mas podem ser txicos. Temos como exemplos a tujona, carvona e pinocanfona. Esto presentes no funcho, gengibre e hissopo. lcoois Atuam como antisspticos, antivirais e estimulam o sistema imunolgico. So exemplos o linalol, borneol e estragol, e esto presentes, por exemplo, no pau-rosa, sndalo e gernio. Fenis So bactericidas, desinfetantes, antiinflamatrios e podem ser irritantes pele. Como exemplos temos o timol, carvacrol e eugenol, que esto presentes no tomilho e no cravo. xidos So bactericidas e expectorantes. Como representantes temos o xido de silcio, ferro, mangans e magnsio, que podem estar presentes no alecrim e na melaleuca. cidos Atuam como antissptico, diurtico e antipirtico. Possuem antibitico e vitaminas.
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Como exemplo temos o cido benzico, cinmico, cafico e olenico, presentes no benjoim e na melissa. Os mtodos de extrao de leos essenciais so: destilao a vapor, prensagem, extra o por meio de solventes, enfleurage ou enfloragem, extrao por dixido de carbono em estado supercrtico e extrao atravs de hidrofluorcarbonatos. Os leos essenciais sintticos no contm o mesmo valor teraputico dos leos botnicos naturais, j que a ao destes ltimos formada por foras naturais e holsticas, ou, falando mais claramente, por energia vital, conforme afirmam os aromaterapeutas e aromacologistas. Para comprovar a existncia da energia vital, foram feitas experincias na Rssia, que demonstraram que toda substncia orgnica viva emite radiaes que podem ser vistas como luz (Tisserand, 1993). Acreditam os estudiosos que o poder dos leos essenciais naturais est em sua energia vital, apenas encontrada em matria viva. Portanto, os leos sintticos podem ser muito semelhantes aos naturais quanto ao seu odor, mas no em relao s propriedades teraputicas. O motivo pelo qual o leo botnico natural reconstitudo em outro sinttico reside no menor custo deste ltimo e tambm devido extino de algumas plantas aromticas.
Toxicidade dos leos Essenciais

e outros sintomas (j que os leos essenciais atingem o sistema nervoso). Ao cheirar uma mistura de leos essenciais, o risco de efeito prejudicial no ser como se fossem vrios leos separadamente, pois a combinao harmnica, de forma que um leo aromtico completa as propriedades do outro.
PROCESSO OLFATIVO

A maior parte das plantas txicas no aromtica, mas apesar dos leos essenciais serem substncias naturais botnicas, no esto isentos de toxicidade. Muitas vezes, o leo essencial de uma planta pode ser txico e o prprio vegetal no, pois os leos essenciais so, geralmente, setenta vezes mais concentrados que a planta da qual foram obtidos. Os leos essenciais com diferentes graus de toxicidade so, em ordem decrescente: mostarda (Brassica nigra), arruda (Ruta graveolens), artemsia (Artemisia vulgaris), hissopo (Hyssopus officinalis), absinto (Artemisia absinthium) e erva-doce (Foeniculum vulgare). Como exemplos de leos essenciais que podem causar sensibilizao cutnea, temos, em ordem decrescente: bergamota ( Citrus bergamia ), cravo (Syzygium aromaticum), canela (Cynnamomum zeylanicum), pinho (Pinus pumilho) e junpero (Juniperus comunis). A inalao prolongada dos leos essenciais pode causar dores de cabea, nuseas, alergias
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O ser humano consegue detectar vrios cheiros diferentes em menos de um segundo, com preciso nas concentraes de at atogramas/g (ag/g 1ag = 1018g), enquanto que as mquinas mais modernas detectam concentraes de fentogramas/g (fg/g 1fg = 1015 g). As clulas receptoras para a sensao do olfato so as clulas olfativas, originadas do prprio sistema nervoso central. So os plos ou clios olfativos, localizados na extremidade mucosa da clula olfativa, que reagem aos odores presentes no ar e estimulam ento as clulas olfativas (Guyton, 1993). Atravs do olfato, conseguimos ter sensao de cheirar os mais diversos aromas. Para tal, ocorre em nosso organismo todo um processo que ser descrito adiante. Um estudo feito a respeito da ativao cerebral em resposta a odores mostrou que a ativao cerebral em resposta a um estmulo aromtico foi significantemente menor em regies que receberam o odor pela primeira vez (projees olfatrias primrias: crtex piriforme e amgdala), enquanto que o grau de ativao mostrou-se similar nas diversas regies, em resposta a um estmulo olfativo j conhecido por estas mesmas pessoas.
Descrio do processo olfativo

As partculas volteis desprendidas de qualquer matria odorante so carregadas pelo vento e so ento aspiradas pelo nariz; o ar entra pelas narinas, atravessa a cavidade nasal e sai pela nasofaringe. Na cavidade nasal, esto presentes estruturas denominadas cornetos, revestidas por epitlio olfativo, que contm as clulas receptoras olfativas. A funo dos cornetos (ou turbinados) atuar como deflectores, de forma a obrigar que o fluxo de ar no interior do nariz permanea turbulento para que possa assim atingir as regies superiores da cavidade nasal. As molculas odorantes chegam ao epitlio olfativo por intermdio das fossas nasais, e encontram na extremidade da mucosa nasal os clios,

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que respondem aos estmulos qumicos; esto a presentes tambm um elevado nmero de molculas proticas, denominadas protenas fixadoras de odorferos, que tm a capacidade de ligar-se a distintas substncias odorferas, sendo este, provavelmente, o estmulo requerido para excitar as clulas olfativas. Essas molculas de protenas fixadoras de odorferos provocam a abertura de canais inicos, ou ela prpria se abre e passa a funcionar como um canal inico, e ocorre ento a entrada em massa de muitos ons Na+ no interior da clula olfativa, despolarizandoa. Ao serem estimuladas, as clulas olfativas colocam em prtica o processo de transduo, cujo objetivo transformar a informao olfativa em mensagens, ou seja, impulsos nervosos que sero interpretados pelo crebro. Explicando melhor, a transoluo olfativa consiste na converso de um sinal qumico em eltrico, que possa ser transmitido ao sistema nervoso central; este processo divide-se em trs etapas: As partculas odorantes so fixadas nos receptores das clulas olfativas. Tais receptores so agora acoplados enzima adenelil ciclase, que ativada por uma protena chamada Gs. Com o aumento dos nveis intracelulares de AMPc (promovidos pela quebra de ATP em AMPc via adenilil ciclase), abrem-se os canais inicos de Na+ na membrana celular da clula receptora olfativa, que dessa forma despolarizada; a membrana chega ento ao seu limiar e despolariza o segmento inicial do axnio do neurnio bipolar olfativo. Visto que as clulas receptoras olfativas so tambm os neurnios aferentes primrios, sua reposio a partir das clulas basais contnua (neurognese). Deve-se ressaltar que as clulas receptoras olfativas so os nicos neurnios no ser humano adulto portador de renovao constante. J ao final do processo, os impulsos nervosos percorrem fibras nervosas, os chamados axnios, at atingir seu destino final, o crebro, ou melhor, a parte do crebro responsvel pela olfao, o sistema lmbico. A partir deste momento, as mensagens sero codificadas e produziro reaes de ordem fisiolgica e psicolgica (Corazza, 2002; Serrano, 1985; Constanzo, 1999; Guyton, 1993). Resumindo, o processo olfativo constitui uma srie de reaes interligadas, qumicas e eltricas, na seguinte ordem: a substncia odorante levada pelo ar, entra no nariz e chega s clulas ol-

fativas, que formam um tapete de muco e reagem aos diversos odores por ligar-se a molculas especficas, causando reaes qumicas e eltricas com conseqente estimulao dos clios olfativos. As protenas fixadoras de substncias odorferas, localizadas nos clios, encarregam-se da transmisso dos sinais do sistema nervoso central, atravs da placa crivosa, dotada de perfuraes nas quais nervos ligam-se aos glomrulos. Vale lembrar que glomrulos diferentes correspondem a distintos odores de diversos sinais olfativos (Corazza, 2002). Alm do mecanismo qumico de percepo dos odores, h tambm o vibratrio, no qual os odores podem ser percebidos sem as molculas odorferas chegarem ao nariz. Teorias vibratrias da percepo do odor sugerem que as partculas odorferas com vibraes em freqncias diversas comunicam essa vibrao aos plos olfativos. no sistema lmbico que esto localizadas as clulas que processam as informaes vindas dos terminais nervosos conectados ao bulbo olfativo (Grace, 1999). A primeira evidncia de participao do sistema lmbico em processos emocionais surgiu em 1933, quando Herrick afirmou que o sistema lmbico poderia ter influncia nos mecanismos de afeto do organismo. Esta idia e outras foram posteriormente mais bem desenvolvidas por Papez, Mclean e Arnold em 1937, 1949 e 1945, respectivamente (Corazza, 2002).
Mtodos de aplicao aromaterpica

Os mtodos de aplicao mais comum na prtica da aromaterapia so: pulverizao e difuso area, inalao, compressas, banhos e massagens. O modo mais adequado a ser empregado definido de acordo com a prescrio do mdico ou profissional especialista, levandose em conta a substncia a ser utilizada. H tambm a possibilidade de tratamento atravs de bochechos e gargarejos e ingesto (via oral). Antes de iniciar o tratamento, deve-se atentar ao prazo de validade dos leos e proceder, 24 horas antes do incio de qualquer aplicao, o teste de alegria, aplicando-se o leo em seu veculo sobre a pele (Corazza, 2002; Price, 1999).
Alguns leos essenciais e suas propriedades

ALECRIM (Rosmarinus officinalis). da famlia botnica das labiadas e possui como princi63

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pais componentes: pineno, limoneno, linalol, eucaliptol, borneol, canfeno e terpineol. usado principalmente para artrite, cansao mental, fraqueza geral, perda de memria, dores nas juntas, piolho, sarna, asma e bronquite. ARTEMSIA (Artemisia vulgaris). Tem como principais constituintes a tujona, borneol, cnfora, linalol, 1,8-cineol, 4-terpinoleno e alfacadinol. usado como regulador de distrbios menstruais, analgsico, antiespasmdico e estimulante mental. indicado para epilepsia, amenorria e dismenorria, vmitos nervosos, convulses, ascarase e oxiurose. BAUNILHA (Vanilla planifolia). Tem como principais constituintes: vanilina, hidroxibenzaldedo, cido actico, isbutrico, caprico, eugenol, furfural e aldedo metilprotocatquico. Propriedades teraputicas/Aplicaes de leo: antiespasmdico, emenagogo (estimula a menstruao), estimulante e intensamente afrodisaco. BENJOIM (Styrax tonkinensis). Tem como principais constituintes: cido benzico, vanilina, benzoato de cinamila, benzoato de coniferila e cido sia-resinlico. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: possui intensa propriedade anti-oxidante. indicado para tratar resfriados, tosse, bronquites, laringites e infeces das vias respiratrias. Estimula a circulao e til no tratamento da artrite reumatide e gota. Auxilia no combate ao estresse, pele rachada e ansiedade. BERGAMOTA (Citrus bergamia). Tem como principais constituintes: linalol, acetato de linalil, pineno, acetato de linalila, nerol, acetato de nerila, geraniol, bergapteno, terpineol e dipenteno. usado na medicina popular italiana no combate da febre e de vermes e muito usado nas indstrias alimentcia e de fragrncias. indicado para eczema, acne, seborria, furnculos, cistites, prurido vaginal, halitose, pele oleosa, psorase, problemas digestivos, perda de apetite, ansiedade, depresso, estresse, infeces da mucosa bucal e garganta. bactericida em infeces causadas por gonococcus, staphylococcus, meningococcus e bacilo da difteria. Possui tambm poder analgsico, antissptico, cicatrizante, sedativo e energizante. CAMOMILA-DOS-ALEMES (Matricaria chamomilla). Tem como principais componentes: azuleno (principal entre todos), alfa-bisabolol, farneseno, tujanol, flavonides (apigenina, luteolina, quercitina) e glicosdeos. usado como antiinflamatrio, cicatrizante, antiespasmdico, imunoestimulante e antianmico. indicado para tratar lceras gastrintestinais, inflamaes na pele,
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dermatites, acne, artrite, reumatismo, furnculos, TPM, menopausa, amenorria, dismenorria, enxaqueca, dor de cabea, dor de ouvido, dor de dente, picadas de inseto, insnia, nusea, estresse, problemas digestivos e clicas. tambm considerado suave sedativo para uso infantil e como um popular reequilibrador emocional. CANELA (Cinnamomum zeylanicum). Seus principais constituintes so: eugenol, cido cinmico, aldedo benznico, aldedo cinmico, benzoato de benzila, furfurol, safrol, cimeno, dipenteno, felandreno e pineno. utilizado como diurtico, analgsico, poderoso antissptico, antiprurido e antiespasmdico. indicado para estimular a digesto e a circulao, em gripes, infeces intestinais, impotncia, constipao, nusea, clculo renal, dores musculares e estresse. conhecido popularmente por seu poder estimulante. CITRONELA (Cymbopogon nardies). Seus principais constituintes so: cido hidrocinico, borneol, bourboneno, canfeno, cnfora, cariofileno, citral, citronelal, citronelol, etanol, eugenol, farnesol, furfurol, geraniol, limoneno, linalol, mentol, nerol, pineno e terpinoleno. utilizado como desodorizador, estimulante digestivo, antiespasm dico, antidepressivo, antiss ptico, cadiotnico, repelente de insetos e antiinflamatrio. indicado para perspirao excessiva, cansao, dor de cabea, pele e cabelos oleosos, dor de estmago, dores musculares, circulao deficiente e menstruao deficiente ( emenagogo: estimula a menstruao). EUCALIPTO (Eucalyptus globulus). Seus principais componentes so: citronelal, eucaliptol, eugenol, pineno, canfeno, limoneno, felandreno, pinocarvona e terpineol. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: potencial antissptico, antiviral, expectorante, estimulante do sistema respiratrio, antiinflamatrio, adstringente e ativa a circulao. indicado para tratar herpes simples, bronquite, asma, tosse, catarro, resfriado, diabetes, sinusite, m-circulao, distrbios do trato urinrio, dores musculares, reumatismo e mordida de cobra. Se aplicado diretamente sobre uma ferida, reduz o tempo de vida do vrus e reduz a dor. muito utilizado para reequilibrar a respirao (ofegante ou curta). Nas esferas mental e emocional, o leo de eucalipto indicado para pessoas pessimistas e com pensamentos fixos e obsessivos. Na esfera fsica, o leo de eucalipto dilata a musculatura dos brnquios, pulmes e traquia, reduz a coriza e a febre e limpa ou desobstrui as vias areas. Quando combinado a alecrim e hortel indi-

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cado para dificuldades respiratrias; com manjerona, para dores no nervo citico; e com lavanda, para coriza, dor no trax e resfriados. GENGIBRE (Zingiber officinalis). Tem como principais componentes: pineno, canfeno, cineol, linalol, borneol, terpineol, nerol, graniol, betabisaboleno e zingibereno. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: analgsico, tnico, estimulante geral, antiespasmdico, carminativo, digestivo, antissptico, adstringente e extremamente afrodisaco. indicado para dores musculares, aerofagia, dores de garganta, amigdalite, sinusite, m circulao, enxaqueca, fadiga, memria fraca, cansao mental e impotncia. considerado um excelente estimulante mental e psicolgico e proporciona ao usurio mais determinao e autoconfiana. GERNIO (Pelargonium graveolens). Seus principais componentes so: citronelol, geraniol, acetato de linalila, limoneno, eugenol, cariofileno e mentona. Pripriedades teraputicas/Aplicaes do leo: adstringente, cicatrizante, antissptico e diurtico. indicado para acne, celulite, amigdalite, dor de garganta, diabetes, hemorridas, TPM, menopausa, depresso, dermatites, queimaduras, pele oleosa, clculo renal, tenso nervosa e inflamao da mucosa vaginal. tambm indicado para pessoas que querem adquirir mais criatividade, coragem, determinao, inspirao e autoconfiana. conhecido por esclarecer as confuses mentais e extingir ou reduzir o medo de algo desconhecido. Se combinado com lavanda, mais indicado para depresso e m circulao; com alecrim, para tenso menstrual; com melaleuca, para acne, dermatites e seborria. O leo de gernio capaz de estimular o crtex supra-renal, no qual so produzidos os hormnios sexuais, e pode agir portanto, como estimulante e agente equilibrador dos rgos femininos e do sistema nervoso. HORTEL-PIMENTA (Mentha piperita). Tem como principais componentes: linalol, mentol, carvono, limoneno, eucaliptol, acetato de mentila, mentona, nicotinamida, cineol, felandreno, pipeno e cariofileno. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: antiespasmdico, descongestionante, antissptico, analgsico, vermicida, tnico e estimulante do aparelho digestivo e do sistema nervoso, reduz a febre e os sintomas de gripes e resfriados, antiinflamatrio, adstringente, carminativo, emenagogo, expectorante, refrescante e vasoconstritor. indicado para asma, laringite, gripe, resfriado, bronquite, indigesto, flatulncia, clica, congesto nasal com dores de cabea, sinusite, dores musculares e articulares, enxa-

queca, diarria e cansao mental. Quanto ao aspecto emocional, indicado para pessoas tmidas e depressivas, devido s suas propriedades estimulantes. intensamente afrodisaco e usado, ento, para tratar impotncia. O leo de hortel tambm conhecido por clarear idias at ento obscuras, trazer dinamismo e iniciativa. LAVANDA (Lavandula officinalis ou Lavandula angustifolia ou Lavandula vera). Seus principais constituintes so: limoneno, cariofileno, linalol, cineol, nerol, eucaliptol, terpineno, pineno, canfeno, felandreno, cnfora, geraniol, borneol, lavandulol, acetato de lavandila, bisabolol e alguns cidos como o benzico, valrico e coumrico. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: analgsico, antissptico, antibitico, antidepressivo, bactericida, sedativo, repelente de insetos, descongestionante, antiviral, carminativo, cicatrizante, diurtico e antitxico. indicado para asma, bronquite, dores de garganta, gripe, enxaqueca, depresso, tenso, insnia, leses de pele, queimaduras, leucorria, cistite, picada de inseto, acne, pele oleosa, alergia, catapora, TPM, amenorria, dismenorria, menopausa, flatulncia, hipertenso, reumatismo, contuses e feridas. considerado antiestresse por seu efeito sedativo no sistema nervoso central e auxilia a relaxar a mente, o corpo e as emoes. Pode ser til para mulheres em trabalho de parto, pois seu aroma provoca o relaxamento da me. Tem tambm ao no sistema respiratrio por reduzir os desconfortos da bronquite, sinusite e dos resfriados. importante ressaltar que o leo de lavanda o nico que pode ser aplicado na pele sem diluio prvia, ou seja, puro. Em cortes abertos ou feridas aplicado puro para prevenir infeces e auxiliar a cicatrizao do epitlio. comum tambm a prtica de sua utilizao como sedativo cutneo para refrescar a pele exposta ao sol ou picada de inseto. Acreditam os estudiosos que o leo de lavanda restaura o equilbrio mental, harmoniza os sentimentos, traz a conscincia da realidade e a paz e exerce ao imediata no corpo e na mente devido sua elevada vibrao. PATCHULI (Pogostemon cablin ou Pogostemon patchuli). Tem como principais componentes: patchulol, eugenol, fenol, cadineno, cariofileno, cinamaldedo, patchulipiridina e pogostol. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: antiinflamatrio, cicatrizante, descongestionante, regenerador, fungicida e repelente de insetos. indicado para acne, pele rachada e ressecada, pele oleosa, rugas, dermatites, seborria, caspa, ansiedade, fadiga mental, obesidade, reteno
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hdrica, depresso e estresse. Na pele, o patchuli tem ao de rejuvenescimento e reduo de rugas. O aroma do leo essencial de patchuli exerce ao nos centros psquicos, estimula o sistema nervoso central, resgata lembranas da juventude e estimula a criatividade. Sua ao nas glndulas endcrinas o torna um bom afrodisaco. largamente conhecido por equilibrar os corpos fsico, mental e espiritual. TEA-TREE (Melaleuca alternifolia). Seus principais componentes so: 4-terpineol, sesquiterpenos, eucaliptol e pineno. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: antiviral, antissptico, fungicida, estimulante, inseticida e cicatrizante. indicado para infeces, vaginite, afta, candidase, cistite, verrugas, fungos e herpes labial e genital. Sua funo mais relevante a de estimular o sistema imunolgico. prtica comum utilizar o leo do tea-tree em feridas, cortes, arranhes, gengivites, congesto nasal, odor ftido nos ps e acne. YLANGUE-YLANGUE (Cananga odorata). Seus principais componentes so: ylangol, safrol, linalol, farnesol, geraniol, granial, eugenol, pineno, cadineno e acetato de benzila. Propriedades teraputicas/Aplicaes do leo: antiespasmdico, sedativo, calmante, levemente eufrico e animador. indicado para depresso, taquicardia e frigidez. Por ser um potente afrodisaco, utilizado em casos de impotncia sexual. Na prtica, o ilangue muito aplicado para aumentar a auto-estima e a libido (apetite sexual). Na crena popular, as mulheres gostam de utilizar a fragrncia para atrair homens.
ESTUDO DE CASOS

mais informaes para que se possa chegar A concluses mais seguras (Spector et al., 2003). Em um trabalho cientifico, foi possvel mostrar que o leo essencial de lavanda (Lavandula angustifolia) e seus principais constituintes (linalol e acetato de linalila) apresentaram efeito sedativo em experimentos realizados com animais de laboratrio (fmea e macho), que puderam ser vistos devido reduo da mortalidade e hiperatividade induzida. (Buchbauer, 1991) Dados de um experimento cientfico revelaram que a massagem aromaterpica e outras formas de aromaterapia mostraram-se favorveis na reduo da ansiedade em pacientes com cncer. Observou-se tambm a reduo da dor e nusea nesses pacientes. (Barnes et al, 2004) Resultados de uma pesquisa feita com plantas de madagascar revelam presena de atividade antimicrobiana em leos essenciais. As plantas analisadas pertenciam s famlias Labiatae (Thymus vulgaris), Myrtaceae (Melaleuca viridiflora, Eugenia caryophyllata) e Compositae (Helichrysum lavanduloides). Foi tambm possvel notar que o leo essencial de melaleuca apresentou potente efeito inibitrio, principalmente em bactrias gr-positivas (Bianchini, 1987). Um acontecimento verdico relatado por Grace (1999) foi capaz de mostrar que leo de nroli e o aroma da flor de laranjeira foram capazes de reduzir a tenso do corpo e da mente de uma jornalista de cerca de trinta anos, ngela Peroba, que no conseguia engravidar h anos. Em menos de dois meses de tratamento por psicoaromaterapia, ocorreu-lhe a primeira gravidez.
CONCLUSO

Uma experincia feita sobre a memria de cheiros j apresentados s pessoas mostrou que quando aqueles foram mostrados novamente aos mesmos indivduos, estes tiveram seu crtex olfativo ativado, em recuperao do cheiro j conhecido. O trabalho cientfico sugeriu que as caractersticas sensoriais de um odor original so preservadas no crtex olfativo. (Dolan et al, 2004) Em uma pesquisa cientifica realizada com pacientes epilticos, a aromaterapia associada hipnose mostrou afeito satisfatrio no tratamento, apesar do paciente necessitar dispor de mais tempo e esforo pessoal. (Betts, 2003) A aromaterapia mostrou trazer benefcios no tratamento de demncia de variados tipos e graus de severidade, em relao aos sintomas neuropsiquitricos e agitao. O autor do trabalho menciona tambm que necessrio obter
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A aromaterapia apresenta uma alternativa de tratamento holstico mais suave, para o corpo e a mente, e est sendo mais procurada pela populao, visto a imensa gama de efeitos colaterais e reaes adversas que a alopatia (tratamento convencional) pode oferecer. Nos pases de Primeiro Mundo, a aromaterapia j utilizada com xito em ambientes de trabalho e hospitais, com propsitos teraputicos, e est ganhando seu espao. A terapia atravs dos aromas ainda no foi incorporada cultura brasileira, e a razo pela qual isto ainda no ocorreu pode residir na falta de sua difuso para as pessoas, ou no escasso investimento intelectual e financeiro para seu progresso. Na atual civilizao, pode-se dizer que vivemos em uma imensa competio, tanto na vida pessoal,como principalmente profissional, e isto

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nos torna mais cansados fisicamente e psicologicamente, alm de extremamente materialistas. A aromaterapia consegue atuar nesses desequilbrios, e resgatar, acima de tudo, o ser humano, ou melhor, a essncia humana, que esta cada vez mais esquecida, em detrimento das regras ditadas pela sociedade. Os leos essenciais tm o poder de purificar o ar que respiramos e, ao mesmo tempo, relaxar, estimular ou aliviar os nossos sentimentos. So capazes tambm de promover nos indivduos momentos de reflexo, para que se possa lembrar que somos pessoas dotadas de sentimentos e emoes, alm de nosso imenso potencial intelectual e de trabalho. H uma resistncia por parte da comunidade em no acreditar nos efeitos do tratamento por aromaterapia, j que no constitui uma prtica comum do cotidiano, mas, devido aos diversos benefcios que pode trazer populao, e aos relatos positivos de seus usurios, pode-se dizer que a aromaterapia est no incio de uma longa jornada, que h de se estabelecer no mundo todo, masque ainda h muito a ser estudado e investido para que seja reconhecida efetivamente como medicina convencional e cientfica, para que possa ento ganhar maior credibilidade e respeito.
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Recebido em 24 de maio de 2005 Aprovado em 28 de junho de 2005 68


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