Leis Integracionistas e Inclusivas
Leis Integracionistas e Inclusivas
Leis Integracionistas e Inclusivas
LEIS INTEGRACIONISTAS E INCLUSIVAS ESTATUTO DA CRIANA E ADOLESCENTE, PESSOA PORTADORA DE DEFICINCIA, LEI MARIA DA PENHA, ESTATUTO DO IDOSO ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE LEI N. 8.069 de 13 de julho de 1990 PARTE I DOUTRINA LEGAL, DIREITOS FUNDAMENTAIS E PREVENES Art. 1 Esta Lei dispe sobre a proteo integral criana e ao adolescente. Doutrina da proteo integral: desejo social que se entenda a condio peculiar da criana e do adolescente enquanto pessoa em desenvolvimento. Art. 2 Considera-se criana, para os efeitos desta Lei, a pessoa at doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. As idades devem ser bem observadas: CRIANA: ZERO AT 12 ANOS INCOMPLETOS, OU 11 ANOS, 11 MESES E 29 DIAS; ADOLESCENTE: 12 COMPLETOS AT 18 DE IDADE. Pargrafo nico. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto s pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. 18 A 21 ANOS ART 121 PAR. 5 A liberao (DE INTERNAO) ser compulsria aos vinte e um anos de idade. A ESSNCIA da Proteo Integral, est conceituada no Art. 3 da Lei 8.069/90, quando determina que devemos assegurar, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, em condies de liberdade e de dignidade, que entendemos ser uma ordem seqencial de prioridades, consonantes com a definio de sade concebida pela Organizao Mundial de Sade que consiste no equilbrio fsico, psquico e social. ATENO AOS DEVERES: Art. 4 dever da famlia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder pblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivao dos direitos referentes vida, sade, alimentao, educao, ao esporte, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria. OU: 1 FAMLIA, 2 COMUNIDADE, 3 SOCIEDADE EM GERAL E 4 O PODER PBLICO PARA ASSEGURAR AS AUSNCIAS OU NO COBERTURAS DOS OUTROS GRUPOS. A garantia de prioridade compreende (CRIANA E ADOLESCENTE TM PRIORIDADE EM TODOS OS SERVIOS/AES SOCIAIS/MEDIDAS PROTETIVAS, ETC): a) primazia de receber proteo e socorro em quaisquer circunstncias; b) precedncia de atendimento nos servios pblicos ou de relevncia pblica; c) preferncia na formulao e na execuo das polticas sociais pblicas; d) destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com a proteo infncia e juventude. FIXANDO CONTEDO... 1.Para as garantias de prioridades previstas no Estatuto da Criana e do Adolescente deve-se levar em conta: I. primazia de receber proteo e socorro em quaisquer circunstncias. II. precedncia de atendimento nos servios pblicos ou de relevncia pblica. III. destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com a proteo infncia e juventude. correto o que se afirma em: (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas.
Do Direito Vida e Sade Art. 7 A criana e o adolescente tm direito a proteo vida e sade, mediante a efetivao de polticas sociais pblicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condies dignas de existncia. Lembrar do fato de que a garantida fala das polticas sociais pblicas. O poder pblico quem deve garantir. Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de ateno sade de gestantes, pblicos e particulares, so obrigados a: I - manter registro das atividades desenvolvidas, atravs de pronturios individuais, pelo prazo de dezoito anos; II - identificar o recm-nascido mediante o registro de sua impresso plantar e digital e da impresso digital da me, sem prejuzo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; III - proceder a exames visando ao diagnstico e teraputica de anormalidades no metabolismo do recm-nascido, bem como prestar orientao aos pais; IV - fornecer declarao de nascimento onde constem necessariamente as intercorrncias do parto e do desenvolvimento do neonato; V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanncia junto me. FIXANDO CONTEDO... 2. O ECA, em seu Artigo 10, afirma que os hospitais e demais estabelecimentos de ateno sade de gestantes, pblicos e particulares, so obrigados a, EXCETO: A) Manter registro das atividades desenvolvidas, atravs de pronturios individuais, pelo prazo de dez anos. B) Identificar o recm-nascido mediante o registro de sua impresso plantar e digital e da impresso digital da me, sem prejuzo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente. C) Proceder a exames visando ao diagnstico e teraputica de anormalidades no metabolismo do recm-nascido, bem como prestar orientao aos pais. D) Fornecer declarao de nascimento onde constem necessariamente as intercorrncias do parto e do desenvolvimento do neonato. E) Manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanncia junto me. CRIANA E ADOLESCENTE ENQUANTO PESSOA EM DESENVOLVIMENTO MENTAL Do Direito Liberdade, ao Respeito e Dignidade Art. 15. A criana e o adolescente tm direito liberdade, ao respeito e dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituio e nas leis. Art. 16. O direito liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros pblicos e espaos comunitrios, ressalvadas as restries legais; II - opinio e expresso; III - crena e culto religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e comunitria, sem discriminao; VI - participar da vida poltica, na forma da lei; VII - buscar refgio, auxlio e orientao. FIXANDO CONTEDO... 3. Segundo o Estatuto da Criana e do Adolescente Lei n 8.069/90 , o direito liberdade compreende alguns aspectos. Dentre eles, podemos destacar: A) participar das decises do Conselho Municipal de Assistncia Criana e do Adolescente. B) ter acesso ao ensino de qualidade nos Estados e Municpios. C) ter acesso ao Sistema nico de Sade.
D) observar os direitos e deveres destinados criana e ao adolescente. E) brincar, praticar esportes e divertir-se.
Do Direito Convivncia Familiar e Comunitria Art. 19. Toda criana ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua famlia e, excepcionalmente, em famlia substituta, assegurada a convivncia familiar e comunitria, em ambiente livre da presena de pessoas dependentes de substncias entorpecentes. ATENO PARA A EXCEPCIONALIDADE DA FAMLIA SUBSTITUTA NOVIDADE DO ECA 1o Toda criana ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional ter sua situao reavaliada, no mximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciria competente, com base em relatrio elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegrao familiar ou colocao em famlia substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia 2o A permanncia da criana e do adolescente em programa de acolhimento institucional no se prolongar por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciria. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia Art. 21. O ptrio poder poder familiar ser exercido, em igualdade de condies, pelo pai e pela me, na forma do que dispuser a legislao civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordncia, recorrer autoridade judiciria competente para a soluo da divergncia. (Expresso substituda pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia MUITA ATENO ONDE SE LIA PTRIO PODER, COM A NOVA LEI DA ADOO 912010/09), PASSA-SE A LER PODER FAMILIAR. QUAL A DIFERENA? Ptrio poder dava mais poder ao homem dentro do lar/famlia. A nova doutrina do direito civil iguala os direitos do casal e estabelecem que os pais, sem distino, so titulares do Poder Familiar. Dessa forma, cabe ao casal, entre outras coisas, a responsabilidade de criar, educar, guardar, manter e representar os filhos. Havendo divergncia entre o casal quanto s decises relativas aos filhos, deve a parte interessada recorrer Justia. Art. 23. A falta ou a carncia de recursos materiais no constitui motivo suficiente para a perda ou a suspenso do poder familiar. Muito falada, mas importante, somente as condies financeiras no so requisito para perda da guarda. No entanto, se o juiz entender que a criana ou adolescente est em risco de vida, isso pode ser feito. FIXANDO CONTEDO... 4. Ao tratar da questo do ptrio poder (atual poder familiar), o ECA determina algumas condies para o seu exerccio. Sendo assim, correto afirmar que o poder familiar ser exercido: A) pelo pai e pela me, em igualdade de condies, podendo ser suspenso ou extinto; B) pela me, prioritariamente, e, em caso de seu impedimento, pelo pai, ambos podendo ser suspensos ou extintos; C) pelo pai e pela me, sendo que apenas o poder da me poder ser suspenso ou extinto; D) pelo pai, prioritariamente, e, em caso de seu impedimento, pela me, ambos podendo ser suspensos ou extintos; E) pelo me e pelo pai, sendo que apenas o poder do pai poder ser suspenso ou extinto; Da Famlia Natural Art. 25. Entende-se por famlia natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. ASCENDENTES NEM COLATERAIS SO CONTABILIZADOS. Pargrafo nico. Entende-se por famlia extensa ou ampliada aquela que se estende para alm da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes prximos com os quais a criana ou adolescente convive e mantm vnculos de afinidade e afetividade. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia
AQUI PODERAMOS COLOCAR OUTROS PARENTES NO CONTABILIZADOS. Da Famlia Substituta Art. 28. A colocao em famlia substituta far-se- mediante guarda, tutela ou adoo, independentemente da situao jurdica da criana ou adolescente, nos termos desta Lei. 1o Sempre que possvel, a criana ou o adolescente ser previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estgio de desenvolvimento e grau de compreenso sobre as implicaes da medida, e ter sua opinio devidamente considerada. (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, ser necessrio seu consentimento, colhido em audincia. (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia 4o Os grupos de irmos sero colocados sob adoo, tutela ou guarda da mesma famlia substituta, ressalvada a comprovada existncia de risco de abuso ou outra situao que justifique plenamente a excepcionalidade de soluo diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vnculos fraternais. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia Art. 31. A colocao em famlia substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissvel na modalidade de adoo. Da Guarda Art. 33. A guarda obriga a prestao de assistncia material, moral e educacional criana ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei n 12.010, de 2009) Vigncia Art. 35. A guarda poder ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministrio Pblico. Da Tutela Art. 36. A tutela ser deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de at 18 (dezoito) anos incompletos. (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia tutela tambm ia at 21 anos. Mudou o cdigo civil, mudou o ECA. Art. 38. Aplica-se destituio da tutela o disposto no art. 24. Da Adoo Art. 39. A adoo de criana e de adolescente reger-se- segundo o disposto nesta Lei. 1o A adoo medida excepcional e irrevogvel, qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manuteno da criana ou adolescente na famlia natural ou extensa, na forma do pargrafo nico do art. 25 desta Lei. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia Art. 40. O adotando deve contar com, no mximo, dezoito anos data do pedido, salvo se j estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia alterao, agora passa de 21 para 18 anos. 1 No podem adotar os ascendentes e os irmos do adotando. 3 O adotante h de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. Art. 46. A adoo ser precedida de estgio de convivncia com a criana ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciria fixar, observadas as peculiaridades do caso. 1o O estgio de convivncia poder ser dispensado se o adotando j estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possvel avaliar a convenincia da constituio do vnculo. (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia 3o Em caso de adoo por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do Pas, o estgio de convivncia, cumprido no territrio nacional, ser de, no mnimo, 30 (trinta) dias. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia ANTERIORMENTE: 15 DIAS DE ESTGIO PARA MENOS DE 2 ANOS, E 30 DIAS PARA ACIMA DE 2 ANOS. PARA FACILITAR O ESTUDO |GUARDA |TUTELA |ADOO | |AT 18 ANOS |AT 18 ANOS |AT 18 ANOS | |OBRIGA ASSISTNCIAS MATERIAIS E ETC. |ADMINISTRA OS BENS DA CRIANA OU ADOL. |STATUS DE FILHO COM TODOS OS DEVERES E DIREITOS | |STATUS DE DEPENDENTE |STATUS DE TUTOR/TUTELADO, MAS POSSUI A GUARDA | | |NO PROIBE AVS E IRMOS |NO PROIBE AVS E IRMOS |PROIBIDA A AVS E IRMOS. |
|PODE SER POR LIMINAR |TESTAMENTO NO GARANTE A TUTELA |NO PODE SER POR PROCURAO | |PODE SER PROVISRIA |- |NO PODE SER PROVISRIA. MAS, PREV ESTGIO DE | | | |CONVIVNCIA | |PODE SER FEITA POR AUSNCIA DOS PAIS OU SITUAO |- |ADOTANTE 16 ANOS MAIS VELHOS QUE A CRIANA/ADOL.| |PECULIAR | | | |PAIS PODEM VISITAR E TER O DEVER DE ALIMENTAR, |- |DEPENDE DE CONSENTIMENTO DOS PAIS, SALVO | |SALVO DETERMINAES LEGAIS | |DESTITUIDOS DO PODER FAMILIAR | |EXCEPCIONALMENTE PODE SER FEITA POR FAMLIA |- |NICA FORMA DE COLOCAO EM FAMLIA SUBSTITUTA | |ACOLHEDORA | |ESTRAGEIRA | |PODE SER REVOGADA |PODE SER DESTITUDA |NO PODE SER REVOGADA, MAS APS 18 ANOS, ADOTADO| | | |PODE BUSCAR SUA HISTRIA DE ORIGEM NA COMARCA | | | |ONDE FOI ADOTADO. |
Do Direito Educao, Cultura, ao Esporte e ao Lazer Art. 53. A criana e o adolescente tm direito educao, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exerccio da cidadania e qualificao para o trabalho, assegurando-se-lhes: I - igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola; II - direito de ser respeitado por seus educadores; III - direito de contestar critrios avaliativos, podendo recorrer s instncias escolares superiores; IV - direito de organizao e participao em entidades estudantis; V - acesso escola pblica e gratuita prxima de sua residncia. Art. 54. dever do Estado assegurar criana e ao adolescente: I - ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, inclusive para os que a ele no tiveram acesso na idade prpria; II - progressiva extenso da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino mdio; III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pr-escola s crianas de zero a seis anos de idade; V - acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado s condies do adolescente trabalhador; VII - atendimento no ensino fundamental, atravs de programas suplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia sade. Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicaro ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiterao de faltas injustificadas e de evaso escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados nveis de repetncia. FIXANDO CONTEDO... 5. O Artigo 53 da Lei no 8.069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente ECA) ao garantir criana e ao adolescente o direito educao, prev assegurar a elas: I. igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola; II. direito de contestar critrios avaliativos, podendo recorrer s instncias escolares superiores; III. direito de organizao e participao em entidades estudantis; IV. acesso escola pblica e gratuita prxima de sua residncia; V. reduo de jornada de trabalho, em at duas horas dirias, aos alunos maiores de 14 anos. correto o que se afirma APENAS em: (A) I, II e III. (B) I, III e V. (C) II, III e IV.
PARTE II Estatuto da Criana e do Adolescente: poltica de atendimento, medidas de proteo, prtica do ato infracional, medidas pertinentes aos pais ou responsvel, Conselho Tutelar, acesso Justia, crimes e sanes administrativas. Da Poltica de Atendimento Art. 86. A poltica de atendimento dos direitos da criana e do adolescente far-se- atravs de um conjunto articulado de aes governamentais e no-governamentais, da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. |Art. 87. So linhas de ao da poltica de atendimento: | |I - polticas sociais bsicas; EX. EDUCAO E SADE. | |II - polticas e programas de assistncia social, em carter supletivo, para aqueles que deles necessitem; MESMO PRINCPIO DA | |LOAS. | |III - servios especiais de preveno e atendimento mdico e psicossocial s vtimas de negligncia, maus-tratos, explorao, | |abuso, crueldade e opresso; | |IV - servio de identificao e localizao de pais, responsvel, crianas e adolescentes desaparecidos; | |V - proteo jurdico-social por entidades de defesa dos direitos da criana e do adolescente. | | VI - polticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o perodo de afastamento do convvio familiar e a garantir| |o efetivo exerccio do direito convivncia familiar de crianas e adolescentes; (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) | |Vigncia | | VII - campanhas de estmulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianas e adolescentes afastados do convvio familiar| |e adoo, especificamente inter-racial, de crianas maiores ou de adolescentes, com necessidades especficas de sade ou com | |deficincias e de grupos de irmos. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia ALGUMAS PREFEITURAS J AVANARAM. EX. | |PREF. DO RIO. | Art. 88. So diretrizes da poltica de atendimento: I - municipalizao do atendimento; II - criao de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criana e do adolescente, rgos deliberativos e controladores das aes em todos os nveis, assegurada a participao popular paritria por meio de organizaes representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; III - criao e manuteno de programas especficos, observada a descentralizao poltico-administrativa; IV - manuteno de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criana e do adolescente; V - integrao operacional de rgos do Judicirio, Ministrio Pblico, Defensoria, Segurana Pblica e Assistncia Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilizao do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional; VII - mobilizao da opinio pblica para a indispensvel participao dos diversos segmentos da sociedade. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia Diretrizes: |Municipalizao |Controle social |Descentralizao |Financiamento pblico |Integrao de rgo|Mobilizao social | | | | | |pblicos | |
6. A poltica de atendimento aos direitos da criana e do adolescente far-se- atravs de um conjunto articulado de aes governamentais e no governamentais, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. So linhas de ao da poltica de atendimento, entre outras: (A) manuteno de fundos nacional e municipal, no vinculados aos conselhos e direitos da criana e do adolescente. (B) mobilizao da opinio pblica no sentido da dispensa na participao dos diversos segmentos da sociedade. (C) criao e manuteno dos programas, observada a centralizao poltica-administrativa. (D) servio de identificao e localizao dos pais, responsvel, crianas e adolescentes desaparecidos. (E) proteo socioassistencial com primazia das entidades de defesa dos direitos da criana e do adolescente. Das Entidades de Atendimento Art. 90. As entidades de atendimento so responsveis pela manuteno das prprias unidades, assim como pelo planejamento e execuo de programas de proteo e scio-educativos destinados a crianas e adolescentes, em regime de: I - orientao e apoio scio-familiar; II - apoio scio-educativo em meio aberto; III - colocao familiar; IV - acolhimento institucional; (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia V - liberdade assistida; VI - semi-liberdade; VII - internao. Art. 91. As entidades no-governamentais somente podero funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, o qual comunicar o registro ao Conselho Tutelar e autoridade judiciria da respectiva localidade. Da Fiscalizao das Entidades Art. 95. As entidades governamentais e no-governamentais referidas no art. 90 sero fiscalizadas pelo Judicirio, pelo Ministrio Pblico e pelos Conselhos Tutelares. Art. 97. So medidas aplicveis s entidades de atendimento que descumprirem obrigao constante do art. 94, sem prejuzo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos: |I - s entidades governamentais: | |a) advertncia; | |b) afastamento provisrio de seus dirigentes; | |c) afastamento definitivo de seus dirigentes; | |d) fechamento de unidade ou interdio de programa. | |II - s entidades no-governamentais: | |a) advertncia; | |b) suspenso total ou parcial do repasse de verbas pblicas; | |c) interdio de unidades ou suspenso de programa; | |d) cassao do registro. |
Das Medidas Especficas de Proteo Art. 101. Verificada qualquer das hipteses previstas no art. 98, a autoridade competente poder determinar, dentre outras, as seguintes medidas: I - encaminhamento aos pais ou responsvel, mediante termo de responsabilidade; II - orientao, apoio e acompanhamento temporrios; III - matrcula e frequncia obrigatrias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV - incluso em programa comunitrio ou oficial de auxlio famlia, criana e ao adolescente; V - requisio de tratamento mdico, psicolgico ou psiquitrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - incluso em programa oficial ou comunitrio de auxlio, orientao e tratamento a alcolatras e toxicmanos; VII - acolhimento institucional; (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia VIII - incluso em programa de acolhimento familiar; (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia
IX - colocao em famlia substituta. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia Das Medidas Scio-Educativas Art. 112. Verificada a prtica de ato infracional, a autoridade competente poder aplicar ao adolescente as seguintes medidas: |I | advertncia; | |II | obrigao de reparar o dano; | |III | prestao de servios comunidade; | |IV | liberdade assistida; | |V | insero em regime de semi-liberdade; | |VI | internao em estabelecimento | | |educacional; | |VII | qualquer uma das previstas no art. 101, I| | |a VI. |
1 A medida aplicada ao adolescente levar em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstncias e a gravidade da infrao. 2 Em hiptese alguma e sob pretexto algum, ser admitida a prestao de trabalho forado. 3 Os adolescentes portadores de doena ou deficincia mental recebero tratamento individual e especializado, em local adequado s suas condies. Art. 114. A imposio das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112 pressupe a existncia de provas suficientes da autoria e da materialidade da infrao, ressalvada a hiptese de remisso, nos termos do art. 127. Pargrafo nico. A advertncia poder ser aplicada sempre que houver prova da materialidade e indcios suficientes da autoria. Da Liberdade Assistida Art. 118. A liberdade assistida ser adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. 2 A liberdade assistida ser fixada pelo prazo mnimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituda por outra medida, ouvido o orientador, o Ministrio Pblico e o defensor. Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a superviso da autoridade competente, a realizao dos seguintes encargos, entre outros: I - promover socialmente o adolescente e sua famlia, fornecendo-lhes orientao e inserindo-os, se necessrio, em programa oficial ou comunitrio de auxlio e assistncia social; II - supervisionar a freqncia e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrcula; III - diligenciar no sentido da profissionalizao do adolescente e de sua insero no mercado de trabalho; IV - apresentar relatrio do caso. Do Regime de Semi-liberdade Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o incio, ou como forma de transio para o meio aberto, possibilitada a realizao de atividades externas, independentemente de autorizao judicial. 1 So obrigatrias a escolarizao e a profissionalizao, devendo, sempre que possvel, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. 2 A medida no comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as disposies relativas internao. MEDIDAS SCIOEDUCATIVAS: |ADVERTNCIA |OBRIGAO DE REPARAR O |PRESTAO DE SERVIO A |LIBERDADE ASSISTIDA |SEMI-LIBERDADE |INTERNAO | | |DANO |COMUNIDADE | | | | |Pode ser aplicada por |Refere-se a patrimnio |Tarefas gratuitas em |Aplica se for a mais |PODE SER INCIO OU |Priva a liberdade do adol.| |remisso (fim) de processo | |entidades definidas pelo |adequada |TRANSIO, COM COLOCAO | aplicada por repetio | | | |Juiz | |DE ADOL EM MEIO ABERTO |de ato grave ou por ato de| | | | | | |violncia ou grave. |
|Admoestao verbal e escrita|Ressarcimento do dano |No excede 6 meses |Orientador deve |NO COMPORTA PRAZO |No comporta prazo | | | | |acompanhar, auxiliar e | |determinado | | | | |orientar o adol. | | | |Tem que comprovar |Restituir a coisa vtima|No excede 8 horas semanais|Prazo mmino de 6 meses|- |No pode exceder 3 anos | |materialidade do fato | | | | | | |Sem prazo |Sem prazo |Sb, dom e feriados |Ouvido o orientador, o |- |Mximo de 6 meses para | | | | |defensor e o MP pode | |reavaliar. | | | | |revogar, prorrogar ou | | | | | | |substituir | | | |- |- |Dias teis, no pode |Orientador designado |- |- | | | |prejudicar a |pelo juiz | | | | | |escola/trabalho | | | |
Do Conselho Tutelar Art. 131. O Conselho Tutelar rgo permanente e autnomo, no jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criana e do adolescente, definidos nesta Lei. Art. 132. Em cada Municpio haver, no mnimo, um Conselho Tutelar composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de trs anos, permitida uma reconduo (antes reeleio). (Redao dada pela Lei n 8.242, de 12.10.1991) Pargrafo nico. Constar da lei oramentria municipal previso dos recursos necessrios ao funcionamento do Conselho Tutelar. Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, sero exigidos os seguintes requisitos: I - reconhecida idoneidade moral; II - idade superior a vinte e um anos; III - residir no municpio. Da Escolha dos Conselheiros Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar ser estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, e a fiscalizao do Ministrio Pblico. PESSOA PORTADORA DE DEFICINCIA
(DECRETO No 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999 - regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispe sobre a Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia, consolida as normas de proteo, e d outras providncias).
Art. 1o A Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia compreende o conjunto de orientaes normativas que objetivam assegurar o pleno exerccio dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficincia. Art. 2o Cabe aos rgos e s entidades do Poder Pblico assegurar pessoa portadora de deficincia o pleno exerccio de seus direitos bsicos, inclusive dos direitos educao, sade, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, previdncia social, assistncia social, ao transporte, edificao pblica, habitao, cultura, ao amparo infncia e maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituio e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econmico. Art. 3o Para os efeitos deste Decreto, considera-se: I - deficincia toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou funo psicolgica, fisiolgica ou anatmica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padro considerado normal para o ser humano; II - deficincia permanente aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um perodo de tempo suficiente para no
permitir recuperao ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e III - incapacidade uma reduo efetiva e acentuada da capacidade de integrao social, com necessidade de equipamentos, adaptaes, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficincia possa receber ou transmitir informaes necessrias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de funo ou atividade a ser exercida. Art. 4o considerada pessoa portadora de deficincia a que se enquadra nas seguintes categorias: I - deficincia fsica alterao completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da funo fsica, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputao ou ausncia de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congnita ou adquirida, exceto as deformidades estticas e as que no produzam dificuldades para o desempenho de funes; II - deficincia auditiva perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e nveis na forma seguinte: a) de 25 a 40 decibis (db) surdez leve; b) de 41 a 55 db surdez moderada; c) de 56 a 70 db surdez acentuada; d) de 71 a 90 db surdez severa; e) acima de 91 db surdez profunda; e f) anacusia; III - deficincia visual acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, aps a melhor correo, ou campo visual inferior a 20 (tabela de Snellen), ou ocorrncia simultnea de ambas as situaes; IV - deficincia mental funcionamento intelectual significativamente inferior mdia, com manifestao antes dos dezoito anos e limitaes associadas a duas ou mais reas de habilidades adaptativas, tais como: a) comunicao; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilizao da comunidade; e) sade e segurana; f) habilidades acadmicas; g) lazer; e h) trabalho; V - deficincia mltipla associao de duas ou mais deficincias.
Da Equiparao de Oportunidades Art. 15. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal prestaro direta ou indiretamente pessoa portadora de deficincia os seguintes servios: I - reabilitao integral, entendida como o desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de deficincia, destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social; II - formao profissional e qualificao para o trabalho; III - escolarizao em estabelecimentos de ensino regular com a proviso dos apoios necessrios, ou em estabelecimentos de ensino especial; e IV - orientao e promoo individual, familiar e social. Seo I Da Sade Art. 16. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta responsveis pela sade devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritrio e adequado, viabilizando, sem prejuzo de outras, as seguintes medidas: I - a promoo de aes preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento gentico, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerprio, nutrio da mulher e da criana, identificao e ao controle da gestante e do feto de alto risco, imunizao, s doenas do metabolismo e seu diagnstico, ao encaminhamento precoce de outras doenas causadoras de deficincia, e deteco precoce das doenas crnico-
degenerativas e a outras potencialmente incapacitantes; II - o desenvolvimento de programas especiais de preveno de acidentes domsticos, de trabalho, de trnsito e outros, bem como o desenvolvimento de programa para tratamento adequado a suas vtimas; III - a criao de rede de servios regionalizados, descentralizados e hierarquizados em crescentes nveis de complexidade, voltada ao atendimento sade e reabilitao da pessoa portadora de deficincia, articulada com os servios sociais, educacionais e com o trabalho; IV - a garantia de acesso da pessoa portadora de deficincia aos estabelecimentos de sade pblicos e privados e de seu adequado tratamento sob normas tcnicas e padres de conduta apropriados; V - a garantia de atendimento domiciliar de sade ao portador de deficincia grave no internado; VI - o desenvolvimento de programas de sade voltados para a pessoa portadora de deficincia, desenvolvidos com a participao da sociedade e que lhes ensejem a incluso social; e VII - o papel estratgico da atuao dos agentes comunitrios de sade e das equipes de sade da famlia na disseminao das prticas e estratgias de reabilitao baseada na comunidade.
Do Acesso Educao Art. 24. Os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta responsveis pela educao dispensaro tratamento prioritrio e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, viabilizando, sem prejuzo de outras, as seguintes medidas: I - a matrcula compulsria em cursos regulares de estabelecimentos pblicos e particulares de pessoa portadora de deficincia capazes de se integrar na rede regular de ensino; II - a incluso, no sistema educacional, da educao especial como modalidade de educao escolar que permeia transversalmente todos os nveis e as modalidades de ensino; III - a insero, no sistema educacional, das escolas ou instituies especializadas pblicas e privadas; IV - a oferta, obrigatria e gratuita, da educao especial em estabelecimentos pblicos de ensino; V - o oferecimento obrigatrio dos servios de educao especial ao educando portador de deficincia em unidades hospitalares e congneres nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um ano; e VI - o acesso de aluno portador de deficincia aos benefcios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo. 1o Entende-se por educao especial, para os efeitos deste Decreto, a modalidade de educao escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educando com necessidades educacionais especiais, entre eles o portador de deficincia. 2o A educao especial caracteriza-se por constituir processo flexvel, dinmico e individualizado, oferecido principalmente nos nveis de ensino considerados obrigatrios. 3o A educao do aluno com deficincia dever iniciar-se na educao infantil, a partir de zero ano. 4o A educao especial contar com equipe multiprofissional, com a adequada especializao, e adotar orientaes pedaggicas individualizadas.
Do Atendimento Prioritrio Art. 5o Os rgos da administrao pblica direta, indireta e fundacional, as empresas prestadoras de servios pblicos e as instituies financeiras devero dispensar atendimento prioritrio s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida. 1o Considera-se, para os efeitos deste Decreto: I - pessoa portadora de deficincia, alm daquelas previstas na Lei no 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui limitao ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas categorias descritas acima.
II - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, no se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficincia, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando reduo efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenao motora e percepo. 2o O disposto no caput aplica-se, ainda, s pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, gestantes, lactantes e pessoas com criana de colo. 3o O acesso prioritrio s edificaes e servios das instituies financeiras deve seguir os preceitos estabelecidos neste Decreto e nas normas tcnicas de acessibilidade da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, no que no conflitarem com a Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983, observando, ainda, a Resoluo do Conselho Monetrio Nacional no 2.878, de 26 de julho de 2001. Art. 6o O atendimento prioritrio compreende tratamento diferenciado e atendimento imediato s pessoas de que trata o art. 5o. 1o O tratamento diferenciado inclui, dentre outros: I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaos e instalaes acessveis; II - mobilirio de recepo e atendimento obrigatoriamente adaptado altura e condio fsica de pessoas em cadeira de rodas, conforme estabelecido nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT; III - servios de atendimento para pessoas com deficincia auditiva, prestado por intrpretes ou pessoas capacitadas em Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com aquelas que no se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, prestado por guias-intrpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento; IV - pessoal capacitado para prestar atendimento s pessoas com deficincia visual, mental e mltipla, bem como s pessoas idosas; V - disponibilidade de rea especial para embarque e desembarque de pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida; VI - sinalizao ambiental para orientao das pessoas referidas no art. 5o; VII - divulgao, em lugar visvel, do direito de atendimento prioritrio das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida; VIII - admisso de entrada e permanncia de co-guia ou co-guia de acompanhamento junto de pessoa portadora de deficincia ou de treinador nos locais dispostos no caput do art. 5o, bem como nas demais edificaes de uso pblico e naquelas de uso coletivo, mediante apresentao da carteira de vacina atualizada do animal; e 2o Entende-se por imediato o atendimento prestado s pessoas referidas no art. 5o, antes de qualquer outra, depois de concludo o atendimento que estiver em andamento, observado o disposto no inciso I do pargrafo nico do art. 3o da Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso). 3o Nos servios de emergncia dos estabelecimentos pblicos e privados de atendimento sade, a prioridade conferida por este Decreto fica condicionada avaliao mdica em face da gravidade dos casos a atender. Das Condies Gerais da Acessibilidade Art. 8o Para os fins de acessibilidade, considera-se: I - acessibilidade: condio para utilizao, com segurana e autonomia, total ou assistida, dos espaos, mobilirios e equipamentos urbanos, das edificaes, dos servios de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicao e informao, por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida; II - barreiras: qualquer entrave ou obstculo que limite ou impea o acesso, a liberdade de movimento, a circulao com segurana e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso informao, classificadas em: a) barreiras urbansticas: as existentes nas vias pblicas e nos espaos de uso pblico; b) barreiras nas edificaes: as existentes no entorno e interior das edificaes de uso pblico e coletivo e no entorno e nas reas internas de uso comum nas edificaes de uso privado multifamiliar; c) barreiras nos transportes: as existentes nos servios de transportes; e d) barreiras nas comunicaes e informaes: qualquer entrave ou obstculo que dificulte ou impossibilite a expresso ou o recebimento de mensagens por intermdio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicao, sejam ou no de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso informao; III - elemento da urbanizao: qualquer componente das obras de urbanizao, tais como os referentes pavimentao, saneamento, distribuio de energia eltrica, iluminao pblica, abastecimento e distribuio de gua, paisagismo e os que materializam as indicaes do planejamento urbanstico; IV - mobilirio urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaos pblicos, superpostos ou adicionados aos
elementos da urbanizao ou da edificao, de forma que sua modificao ou traslado no provoque alteraes substanciais nestes elementos, tais como semforos, postes de sinalizao e similares, telefones e cabines telefnicas, fontes pblicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza anloga; V - ajuda tcnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida; VI - edificaes de uso pblico: aquelas administradas por entidades da administrao pblica, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de servios pblicos e destinadas ao pblico em geral; VII - edificaes de uso coletivo: aquelas destinadas s atividades de natureza comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turstica, recreativa, social, religiosa, educacional, industrial e de sade, inclusive as edificaes de prestao de servios de atividades da mesma natureza; VIII - edificaes de uso privado: aquelas destinadas habitao, que podem ser classificadas como unifamiliar ou multifamiliar; e IX - desenho universal: concepo de espaos, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes caractersticas antropomtricas e sensoriais, de forma autnoma, segura e confortvel, constituindo-se nos elementos ou solues que compem a acessibilidade. Art. 9o A formulao, implementao e manuteno das aes de acessibilidade atendero s seguintes premissas bsicas: I - a priorizao das necessidades, a programao em cronograma e a reserva de recursos para a implantao das aes; e II - o planejamento, de forma continuada e articulada, entre os setores envolvidos. Da Acessibilidade aos Servios de TTransportes Coletivos Seo I Das Condies Gerais Art. 31. Para os fins de acessibilidade aos servios de transporte coletivo terrestre, aquavirio e areo, considera-se como integrantes desses servios os veculos, terminais, estaes, pontos de parada, vias principais, acessos e operao. Art. 32. Os servios de transporte coletivo terrestre so: I - transporte rodovirio, classificado em urbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual; II - transporte metroferrovirio, classificado em urbano e metropolitano; e III - transporte ferrovirio, classificado em intermunicipal e interestadual. Art. 33. As instncias pblicas responsveis pela concesso e permisso dos servios de transporte coletivo so: I - governo municipal, responsvel pelo transporte coletivo municipal; II - governo estadual, responsvel pelo transporte coletivo metropolitano e intermunicipal; III - governo do Distrito Federal, responsvel pelo transporte coletivo do Distrito Federal; e IV - governo federal, responsvel pelo transporte coletivo interestadual e internacional.
Fixando Contedo...
7- As instncias pblicas responsveis pela concesso e permisso dos servios de transporte coletivo so, EXCETO: a) governo municipal, responsvel pelo transporte coletivo municipal; b) governo estadual, responsvel pelo transporte coletivo metropolitano e intermunicipal; c) governo do Distrito Federal, responsvel pelo transporte coletivo do Distrito Federal; d) governo federal, responsvel pelo transporte coletivo interestadual e internacional. e) governo municipal e interestadual, responsvel pelo transporte coletivo municipal-estadual;
LEI MARIA DA PENHA (Lei n 11.340, de 7 de agosto de 2006, que dispe sobre mecanismos para coibir a violncia domstica e familiar contra a mulher).
Art. 2 Toda mulher, independentemente de classe, raa, etnia, orientao sexual, renda, cultura, nvel educacional, idade e religio, goza dos direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violncia, preservar sua sade fsica e mental e seu aperfeioamento moral, intelectual e social. Art. 3 Sero asseguradas s mulheres as condies para o exerccio efetivo dos direitos vida, segurana, sade, alimentao, educao, cultura, moradia, ao acesso justia, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria. 1 O poder pblico desenvolver polticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no mbito das relaes domsticas e familiares no sentido de resguard-las de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso. 2 Cabe famlia, sociedade e ao poder pblico criar as condies necessrias para o efetivo exerccio dos direitos enunciados no caput. Art. 5 Para os efeitos desta Lei, configura violncia domstica e familiar contra a mulher qualquer ao ou omisso baseada no gnero que lhe cause morte, leso, sofrimento fsico, sexual ou psicolgico e dano moral ou patrimonial: I- no mbito da unidade domstica, compreendida como o espao de convvio permanente de pessoas, com ou sem vnculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; II- no mbito da famlia, compreendida como a comunidade formada por indivduos que so ou se consideram aparentados, unidos por laos naturais, por afinidade ou por vontade expressa; III - em qualquer relao ntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitao. Pargrafo nico. As relaes pessoais enunciadas neste artigo independem de orientao sexual. Art. 7 So formas de violncia domstica e familiar contra a mulher, entre outras: I - a violncia fsica, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou sade corporal; II - a violncia psicolgica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuio da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas aes, comportamentos, crenas e decises, mediante ameaa, constrangimento, humilhao, manipulao, isolamento, vigilncia constante, perseguio contumaz, insulto, chantagem, ridicularizao, explorao e limitao do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuzo sade psicolgica e autodeterminao; III - a violncia sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relao sexual no desejada, mediante intimidao, ameaa, coao ou uso da fora; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impea de usar qualquer mtodo contraceptivo ou que a force ao matrimnio, gravidez, ao aborto ou prostituio, mediante coao, chantagem, suborno ou manipulao; ou que limite ou anule o exerccio de seus direitos sexuais e reprodutivos; IV- a violncia patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure reteno, subtrao, destruio parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econmicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; V- a violncia moral, entendida como qualquer conduta que configure calnia, difamao ou injria.
Art. 9 A assistncia mulher em situao de violncia domstica e familiar ser prestada de forma articulada e conforme os princpios e as diretrizes previstos na Lei Orgnica da Assistncia Social, no Sistema nico de Sade, no Sistema nico de Segurana Pblica, entre outras normas e polticas pblicas de proteo, e emergencialmente quando for o caso. 1 O juiz determinar, por prazo certo, a incluso da mulher em situao de violncia domstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. 2 O juiz assegurar mulher em situao de violncia domstica e familiar, para preservar sua integridade fsica e psicolgica: I - acesso prioritrio remoo quando servidora pblica, integrante da administrao direta ou indireta;
II - manuteno do vnculo trabalhista, quando necessrio o afastamento do local de trabalho, por at seis meses. 3 A assistncia mulher em situao de violncia domstica e familiar compreender o acesso aos benefcios decorrentes do desenvolvimento cientfico e tecnolgico, incluindo os servios de contracepo de emergncia, a profilaxia das Doenas Sexualmente Transmissveis (DST) e da Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (AIDS) e outros procedimentos mdicos necessrios e cabveis nos casos de violncia sexual.
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Art. 10. Na hiptese da iminncia ou da prtica de violncia domstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrncia adotar, de imediato, as providncias legais cabveis. Pargrafo nico. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva de urgncia deferida. Art. 11. No atendimento mulher em situao de violncia domstica e familiar, a autoridade policial dever, entre outras providncias: I - garantir proteo policial, quando necessrio, comunicando de imediato ao Ministrio Pblico e ao Poder Judicirio; II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de sade e ao Instituto Mdico Legal; III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; IV- se necessrio, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrncia ou do domiclio familiar; V- informar ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os servios disponveis. Art. 15. competente, por opo da ofendida, para os processos cveis regidos por esta Lei, o Juizado: I - do seu domiclio ou de sua residncia; II - do lugar do fato em que se baseou a demanda; III - do domiclio do agressor. Das Medidas Protetivas de Urgncia que Obrigam o Agressor Art. 22. Constatada a prtica de violncia domstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poder aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgncia, entre outras: I - suspenso da posse ou restrio do porte de armas, com comunicao ao rgo competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003; II - afastamento do lar, domiclio ou local de convivncia com a ofendida; III - proibio de determinadas condutas, entre as quais: a) aproximao da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mnimo de distncia entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicao; c) freqentao de determinados lugares a fim de preservar a integridade fsica e psicolgica da ofendida; IV- restrio ou suspenso de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou servio similar; V- prestao de alimentos provisionais ou provisrios. 1 As medidas referidas neste artigo no impedem a aplicao de outras previstas na legislao em vigor, sempre que a segurana da ofendida ou as circunstncias o exigirem, devendo a providncia ser comunicada ao Ministrio Pblico. Das Medidas Protetivas de Urgncia Ofendida Art. 23. Poder o juiz, quando necessrio, sem prejuzo de outras medidas: I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitrio de proteo ou de atendimento; II - determinar a reconduo da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domiclio, aps afastamento do agressor; III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuzo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV- determinar a separao de corpos. Art. 24. Para a proteo patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poder determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: I - restituio de bens indevidamente subtrados pelo agressor ofendida; II - proibio temporria para a celebrao de atos e contratos de compra, venda e locao de propriedade em comum, salvo expressa autorizao judicial; III - suspenso das procuraes conferidas pela ofendida ao agressor; IV- prestao de cauo provisria, mediante depsito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prtica de violncia domstica e familiar contra a ofendida. Art. 26. Caber ao Ministrio Pblico, sem prejuzo de outras atribuies, nos casos de violncia domstica e familiar contra a mulher, quando necessrio: I - requisitar fora policial e servios pblicos de sade, de educao, de assistncia social e de segurana, entre outros; II - fiscalizar os estabelecimentos pblicos e particulares de atendimento mulher em situao de violncia domstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas; III - cadastrar os casos de violncia domstica e familiar contra a mulher. Fixando contedo... 8- Acerca da violncia familiar e domstica contra a mulher (lei 11.340/2006), marque a opo correta: a) so formas de violncia domstica e familiar contra a mulher, dentre outras: a violncia fsica, a violncia psicolgica, a violncia sexual, a violncia patrimonial e a violncia moral, desde que no praticadas pelo cnjuge; b) constitui violncia domstica e familiar contra a mulher qualquer ao ou omisso baseada no gnero que lhe cause morte, leso, sofrimento fsico, sexual ou psicolgico e dano moral ou patrimonial, seja no mbito da unidade domstica, no mbito da famlia ou em qualquer relao ntima de afeto; c) somente so cabveis medidas de proteo e urgncia em favor da mulher quando houver sido praticada uma conduta que cause violncia domstica e familiar e haja pedido formal do Ministrio Pblico d) nas aes penais pblicas condicionadas representao da ofendida de que trata a lei 11.340/06 somente ser admitida a renncia representao na presena do juiz, independentemente da oitiva do Ministrio Pblico; e) a lei 11.340/06 veda a aplicao de penas de prestao de servios comunitrios ou de penas de cestas bsicas, mas possibilita a substituio da pena privativa por pagamento isolado de multa.
Art. 1. institudo o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados s pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2. O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sem prejuzo da proteo integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservao de sua sade fsica e mental e seu aperfeioamento moral, intelectual, espiritual e social, em condies de liberdade e dignidade. Art. 3. obrigao da famlia, da comunidade, da sociedade e do Poder Pblico assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivao do direito vida, sade, alimentao, educao, cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria. Pargrafo nico. A garantia de prioridade compreende: I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos rgos pblicos e privados prestadores de servios populao; II - preferncia na formulao e na execuo de polticas sociais pblicas especficas; III - destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com a proteo ao idoso; IV - viabilizao de formas alternativas de participao, ocupao e convvio do idoso com as demais geraes; V priorizao do atendimento do idoso por sua prpria famlia, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que no a possuam ou caream de condies de manuteno da prpria sobrevivncia;
VI - capacitao e reciclagem dos recursos humanos nas reas de geriatria e gerontologia e na prestao de servios aos idosos; VII - estabelecimento de mecanismos que favoream a divulgao de informaes de carter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento; VIII - garantia de acesso rede de servios de sade e de assistncia social locais. DO DIREITO LIBERDADE, AO RESPEITO E DIGNIDADE
Art. 10. obrigao do Estado e da sociedade, assegurar pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, polticos, individuais e sociais, garantidos na Constituio e nas leis. 1. O direito liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos: I - faculdade de ir, vir e estar nos logradouros pblicos e espaos comunitrios, ressalvadas as restries legais; II - opinio e expresso; III - crena e culto religioso; IV - prtica de esportes e de diverses; V - participao na vida familiar e comunitria; VI - participao na vida poltica, na forma da lei; VII - faculdade de buscar refgio, auxlio e orientao. DO DIREITO SADE Art. 15. assegurada a ateno integral sade do idoso, por intermdio do Sistema nico de Sade - SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitrio, em conjunto articulado e contnuo das aes e servios, para a preveno, promoo, proteo e recuperao da sade, incluindo a ateno especial s doenas que afetam preferencialmente os idosos. 1. A preveno e a manuteno da sade do idoso sero efetivadas por meio de: I - cadastramento da populao idosa em base territorial; II - atendimento geritrico e gerontolgico em ambulatrios; III - unidades geritricas de referncia, com pessoal especializado nas reas de geriatria e gerontologia social; IV - atendimento domiciliar, incluindo a internao, para a populao que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituies pblicas, filantrpicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Pblico, nos meios urbano e rural; V - reabilitao orientada pela geriatria e gerontologia, para reduo das seqelas decorrentes do agravo da sade. 2. Incumbe ao Poder Pblico fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como prteses, rteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao ou reabilitao. 3. vedada a discriminao do idoso nos planos de sade pela cobrana de valores diferenciados em razo da idade. 4. Os idosos portadores de deficincia ou com limitao incapacitante tero atendimento especializado, nos termos da lei. Art. 16. Ao idoso internado ou em observao assegurado o direito a acompanhante, devendo o rgo de sade proporcionar as condies adequadas para a sua permanncia em tempo integral, segundo o critrio mdico. Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmao de maus-tratos contra idoso sero obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de sade a quaisquer dos seguintes rgos: I - autoridade policial; II - Ministrio Pblico; III - Conselho Municipal do Idoso; IV - Conselho Estadual do Idoso; V - Conselho Nacional do Idoso. DA EDUCAO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
Art. 20. O idoso tem direito a educao, cultura, esporte, lazer, diverses, espetculos, produtos e servios que respeitem sua peculiar condio de idade. Art. 21. O Poder Pblico criar oportunidades de acesso do idoso educao, adequando currculos, metodologias e material didtico aos programas educacionais a ele destinados. 1. Os cursos especiais para idosos incluiro contedo relativo s tcnicas de comunicao, computao e demais avanos tecnolgicos, para sua integrao vida moderna. 2. Os idosos participaro das comemoraes de carter cvico ou cultural, para transmisso de conhecimentos e vivncias s demais geraes, no sentido da preservao da memria e da identidade culturais. Art. 22. Nos currculos mnimos dos diversos nveis de ensino formal sero inseridos contedos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e valorizao do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matria. Art. 23. A participao dos idosos em atividades culturais e de lazer ser proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqenta por cento) nos ingressos para eventos artsticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais. DA PROFISSIONALIZAO E DO TRABALHO Art. 26. O idoso tem direito ao exerccio de atividade profissional, respeitadas suas condies fsicas, intelectuais e psquicas. Art. 27. Na admisso do idoso em qualquer trabalho ou emprego, vedada a discriminao e a fixao de limite mximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir. Pargrafo nico. O primeiro critrio de desempate em concurso pblico ser a idade, dando-se preferncia ao de idade mais elevada. DA PREVIDNCIA SOCIAL Art. 29. Os benefcios de aposentadoria e penso do Regime Geral da Previdncia Social observaro, na sua concesso, critrios de clculo que preservem o valor real dos salrios sobre os quais incidiram contribuio, nos termos da legislao vigente. Art. 30. A perda da condio de segurado no ser considerada para a concesso da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mnimo, o tempo de contribuio correspondente ao exigido para efeito de carncia na data de requerimento do benefcio. DA ASSISTNCIA SOCIAL Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que no possuam meios para prover sua subsistncia, nem de t-la provida por sua famlia, assegurado o benefcio mensal de 1 (um) salrio-mnimo, nos termos da Lei Orgnica da Assistncia Social - Loas. Art. 35. Todas as entidades de longa permanncia, ou casa-lar, so obrigadas a firmar contrato de prestao de servios com a pessoa idosa abrigada 1. No caso de entidades filantrpicas, ou casa-lar, facultada a cobrana de participao do idoso no custeio da entidade. 2. O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal da Assistncia Social estabelecer a forma de participao prevista no 1. , que no poder exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefcio previdencirio ou de assistncia social percebido pelo idoso. DA HABITAO Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da famlia natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituio pblica ou privada. 1. A assistncia integral na modalidade de entidade de longa permanncia ser prestada quando verificada inexistncia de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carncia de recursos financeiros prprios ou da famlia.
Art. 38. Nos programas habitacionais, pblicos ou subsidiados com recursos pblicos, o idoso goza de prioridade na aquisio de imvel para moradia prpria, observado o seguinte: I - reserva de 3% (trs por cento) das unidades residenciais para atendimento aos idosos; II - implantao de equipamentos urbanos comunitrios voltados ao idoso; III - eliminao de barreiras arquitetnicas e urbansticas, para garantia de acessibilidade ao idoso; IV - critrios de financiamento compatveis com os rendimentos de aposentadoria e penso. DO TRANSPORTE Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos pblicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos servios seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos servios regulares.
Fixando contedo...
9. No caso de suspeita ou confirmao de maus-tratos contra o idoso sero obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de sade a quaisquer dos seguintes rgos (Art. 19 do Estatuto do Idoso): a) Autoridade policial, Ministrio Pblico, SUS, Conselho Municipal e Estadual do Idoso. b) Guarda Civil Municipal, Ministrio Pblico, Conselho Municipal do Idoso, SUS. c) Delegacia do Idoso, Ministrio Pblico, Conselho Municipal e Estadual do Idoso, SUS. d) Autoridade policial, Ministrio Pblico, Conselho Municipal e Estadual e Conselho Nacional do Idoso.
10. A Lei n 10.741/03, que dispe sobre o Estatuto do Idoso, em seu art. 3, afirma que obrigao da famlia, da comunidade, da sociedade e do poder pblico assegurar ao idoso a efetivao do direito vida, sade, alimentao, educao, cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria: a) na medida do contexto familiar do idoso. b) priorizando o grau de pobreza de cada idoso. c) com absoluta prioridade. d) de acordo com a ordem de solicitao. e) com absoluta prioridade ao idoso institucionalizado (em abrigos e lares para idosos).
11. - De acordo com a Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso), em seu art. 15, pargrafo 2, correto afirmar: a) Incumbe ao Ministrio Pblico, por ao judicial, fornecer medicamentos aos idosos gratuitamente, especialmente os de uso continuado. b) Incumbe ao assistente social, como atividade privativa, fornecer aos idosos, atravs de avaliao pericial, prteses, rteses e outros recursos relativos ao tratamento de habilitao e reabilitao. c) Compete aos hospitais federais especializados em traumatologia o fornecimento gratuito de medicamentos aos idosos, especialmente os de uso continuado, assim como prteses, rteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao e reabilitao. d) Incumbe ao poder pblico fornecer medicamentos aos idosos gratuitamente, especialmente os de uso continuado, assim como prteses, rteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao ou reabilitao. e) Incumbe ao poder pblico fornecer aos idosos que ingressarem com ao judicial medicamentos, especialmente os de alta complexidade, assim como prteses, rteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao ou reabilitao.
GABARITO: |1 |2 |3 |4 |5 |6 | |E |A |E |A |A |D | |7 |8 |9 |10 |11 |- | |E |B |D |C |D |- | ----------------------[1] Doutoranda em Servio Social pela Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro/PUC-RIO; Assistente Social da Universidade Federal Fluminense. Pesquisadora na rea de Poltica Social voltadas para Assistncia Social, Gnero e Questes Raciais;