Cartilha-CONVENIO Defensoria

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Entendendo o Convnio Defensoria SP / OAB

Maio / 2012

Apresentao
A presente apostila fruto de minucioso trabalho desenvolvido pela Assessoria de Convnios da Defensoria Pblica do Estado de So Paulo, visando esclarecer as principais dvidas a respeito do Convnio firmado entre a Instituio e a OAB-SP.

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ndice
I. DO ATENDIMENTO INICIAL (TRIAGEM) E DA AVALIAO ECONMICO-FINANCEIRA DA ENTIDADE FAMILIAR II. DO ARBITRAMENTO DOS HONORRIOS E EXPEDIO DE CERTIDO III. DA RECUSA DA INDICAO IV. DA DESISTNCIA DE ATUAO EM DETERMINADA REA, DO DESLIGAMENTO DO CONVNIO V. DAS INDICAES E DO RODIZIO ENTRE OS ADVOGADOS INSCRITOS VI. DA ATUAO NO JRI E NA INFNCIA E JUVENTUDE VII. DA ATUAO NA REA CRIMINAL VIII. DA ATUAO EM PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E SINDICNCIAS IX. DA ATUAO NAS REAS CVEL E FAMLIA X. DA CONCENTRAO OBRIGATRIA DOS PEDIDOS XI. DAS OBRIGAES E DA FISCALIZAO DO CONVNIO XII. DA PROIBIO DE SUBSTABELECIMENTO E NECESSIDADE DE PROCURAO XIII. DA SOLUO CONSENSUAL DO CASO XIV. DA PRESTAO DO SERVIO DE ASSISTNCIA JURDICA SUPLEMENTAR XV. RELAO DE ENUNCIADOS

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I. DO ATENDIMENTO INICIAL (TRIAGEM) E DA AVALIAO ECONMICO-FINANCEIRA DA ENTIDADE FAMILIAR 1. O que atendimento inicial? O atendimento inicial o primeiro momento de contato do usurio com o advogado conveniado. Em razo disto, o advogado conveniado tem o dever de acolher bem o usurio, colhendo os dados do problema trazido para fornecer a orientao necessria, para o encontro da soluo adequada. 2. Como deve ser realizado o atendimento inicial? O atendimento inicial deve ser realizado em duas etapas. A primeira com o questionamento oral sobre a situao econmico-financeira familiar do usurio e a segunda com o questionamento acerca do problema trazido. 3. Quais os critrios econmico-financeiros para o atendimento pelo convnio DPE/OAB? Os critrios econmico-financeiros para o atendimento esto fixados na Deliberao do Conselho Superior da Defensoria Pblica n. 89/08 devendo ser considerados, em conjunto, a renda familiar, o valor patrimonial e valores em aplicaes financeiras. 4. A conveniada obrigada a observar a Deliberao CSDP 89/08? Sim. Todos os convnios mantidos com a Defensoria Pblica do Estado obrigam os conveniados a observar os termos da Deliberao do Conselho Superior da Defensoria Pblica, que dispe sobre a avaliao econmico-financeira. 03

5. Atualmente, quais os valores de referncia para o atendimento pela Defensoria Pblica ou conveniados? Nos termos da Deliberao CSDP n. 89/08, o usurio pode obter a assistncia jurdica gratuita, em regra, se a renda familiar mensal no ultrapassar 3 (trs) salrios mnimos, o patrimnio familiar estiver dentro do limite de 5000 UFESPs e o valor da aplicao financeira no exceder 12 salrios mnimos. Ressalta-se que excees esto previstas com o aumento do limite da renda familiar para 4 (quatro) salrios mnimos nos casos expressos na normativa mencionada. 6. Como deve proceder a conveniada no caso de denegao da assistncia jurdica gratuita? Dever preencher o termo de denegao, em duas vias, entregar uma via ao usurio, informando-lhe a respeito do direito de recorrer da deciso junto ao Coordenador Regional da Defensoria Pblica no prazo de 15 dias, salvo nos casos urgentes. 7. Provido o recurso interposto da denegao, a conveniada poder deixar de atender ao usurio? No. A deciso em recurso encerra a fase de avaliao econmico-financeira, ficando a conveniada obrigada a realizar o atendimento do usurio. 8. Cabe recurso da deciso do Coordenador Regional em sede de denegao de atendimento? No. A deciso, em sede de recurso, encerra a discusso a respeito da avaliao financeira do usurio.

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9. possvel a solicitao de comprovantes de renda? Em regra, no. Porm, havendo dvidas quanto real situao econmico-financeira informada pelo usurio, este dever ser advertido sobre a responsabilidade penal pelas informaes falsas. II. DO ARBITRAMENTO DOS HONORRIOS E EXPEDIO DE CERTIDO 1. Como so arbitrados os honorrios advocatcios aos advogados conveniados? Os honorrios advocatcios pagos aos advogados conveniados so arbitrados de acordo com a tabela do convnio DPE/OAB. O arbitramento de honorrios advocatcios aos advogados conveniados realizados pelo juiz no considerado para a realizao dos pagamentos pelos trabalhos realizados em virtude do referido convnio. 2. Como realizado o pagamento dos honorrios dos advogados conveniados nomeados nos processos criminais de competncia do juzo singular e do Tribunal do Jri? O pagamento dos honorrios para os advogados conveniados nos processos criminais de competncia do juzo singular, no caso de sentena absolutria sem a interposio de recurso pela acusao e com trnsito em julgado, de 100% dos honorrios previstos na tabela do convnio DPE/OAB. No caso de sentena condenatria ou absolutria com interposio de recurso por quaisquer das partes so pagos 70% na prolao da sentena e os 30% restantes aps o trnsito em julgado.

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3. Nos processos criminais de competncia do Tribunal do Jri, havendo necessidade de realizao de novo jri, como so pagos os honorrios? Havendo necessidade de realizao de um novo Jri, o advogado conveniado que patrocinou a defesa e que realizou o primeiro plenrio ou o advogado conveniado que vier a ser indicado somente para o ato far jus ao recebimento de 60% dos honorrios previstos na tabela do convnio DPE/OAB, pagos aps o trnsito em julgado da deciso. Havendo recurso, interposto por quaisquer das partes, sero pagos 40% (quarenta por cento) dos honorrios advocatcios com a deciso e os restantes 20% (vinte por cento) com o trnsito em julgado do acrdo. 4. No caso de produo antecipada de provas, os honorrios advocatcios so devidos nos termos do convnio? No caso de produo antecipada de provas, o convnio DPE/OAB prev o pagamento de honorrios no valor de 30% dao correspondente. 5. Como a atuao do advogado conveniado no Juizado Especial Criminal e como so pagos os honorrios advocatcios? No caso de Juizado Especial Criminal, a atuao do advogado conveniado em regime de planto, o qual dever cobrir toda a jornada forense, sendo vedada a nomeao de mais de um advogado por perodo. Neste caso, solicita-se ao juiz que determine a expedio da certido, atestando a permanncia do advogado conveniado durante todo o perodo, sendo os honorrios pagos no valor integral. Caso a permanncia do advogado conveniado seja parcial no planto, no haver pagamento de honorrios.

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6. Como realizado o pagamento dos honorrios dos advogados conveniados nomeados nos processos da rea cvel? Na atuao dos advogados conveniados em processos da rea cvel, o pagamento dos honorrios nos termos do convnio ser realizado nas seguintes hipteses: Qualquer demanda que resultar acordo, o advogado conveniado nomeado far jus ao valor total previsto na tabela para acordo; Sentena favorvel ou desfavorvel da qual caiba recurso, far jus a 70% do valor previsto na tabela para a demanda. Os 30% restantes sero devidos aps o trnsito em julgado; Cartas precatrias em que a parte for beneficiria da assistncia judiciria no Juzo deprecado, aps o cumprimento da precatria, sero devidos honorrios de acordo com a tabela do convnio; 7. Caso o advogado conveniado no acompanhe a causa at o final, sero pagos honorrios advocatcios nos termos do convnio? Caso o advogado conveniado no atue no processo at seus ulteriores termos, far jus aos honorrios advocatcios na medida dos atos praticados, limitados em at 60% do valor previsto na tabela para a demanda. 8. Nomeado advogado conveniado para a defesa de usurio em carta de ordem, h previso de pagamento de honorrios? Caso positivo,qual o cdigo que deve constar na certido? Sim. O advogado receber seus honorrios pelo cdigo referente carta precatria.

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9. H vinculao entre o tipo de ao constante da indicao e o cdigo apontado na certido? O pagamento dos honorrios advocatcios est atrelado ao tipo de ao constante na indicao e ao cdigo apontado na certido. Nos casos de acordo, a certido far constar o cdigo do acordo e o tipo de ao em que houve a atuao. 10. Em caso de acordo judicial, qual o momento adequado para expedio da certido? No caso de acordo judicial, a certido dever ser expedida na deciso que encerra o processo, com ou sem trnsito em julgado, dependendo do caso. Sero pagos honorrios advocatcios parciais (at 60% do valor fixado na tabela) nos casos de encerramento do processo, sem trnsito em julgado. Aps o trnsito em julgado, com a expedio de certido complementar, ser pago o valor restante dos honorrios advocatcios previstos na tabela. 11. H direito aos honorrios nos casos de extino do feito sem resoluo do mrito por falta de condies da ao? O advogado conveniado nomeado no faz jus aos honorrios nos casos de extino do feito sem resoluo do mrito em que der causa, seja por falta das condies da ao, por incompetncia do juzo ou outra situaes previstas no artigo 267 do CPC. 12. Em quais situaes sero pagos honorrios advocatcios aos advogados conveniados no valor integral, ou seja, de 100% dos valores previstos na tabela do convnio? O valor integral dos honorrios advocatcios somente ser 08

pago, ao final do processo, certificado o trnsito em julgado e desde que o advogado conveniado indicado tenha acompanhado o feito desde o inicio at o resultado final. 13. A atuao no Juizado de Violncia Domstica JVD, a favor da vitima, ser objeto de pagamento de honorrios nos termos do convnio DPE/OAB? Caso positivo, qual o cdigo? Sim. A atuao no JVD, em defesa da vitima, ser objeto de pagamento de honorrios, mediante apresentao de certido, na qual conste o cdigo 302, item 3, da tabela do convnio. III. DA RECUSA DA INDICAO 1. Pode o advogado conveniado recusar a indicao? No. Nos termos da clusula terceira do convnio DPE/ OAB vedado, em regra, ao advogado conveniado recusar indicao recebida. 2. Quais os casos excepcionais em que o advogado conveniado pode, mediante justificativa apresentada Defensoria Pblica do Estado, recusar a indicao? O advogado conveniado pode, mediante justificativa presentada Defensoria Pblica do Estado, recusar a indicao nos casos previstos no artigo 15 da L. 1060/50, por quebra de confiana, inexistncia de estado de carncia ou de amparo jurdico, sendo vedada a recusa por motivo de foro ntimo ao advogado conveniado. 3) Como o juiz pode agir no caso de o advogado conveniado indicado apresentar recusa para atuao? Caso o advogado conveniado indicado para determinado 09

processo se recuse a atuar, sugere-se ao juiz que exija a juntada aos autos da justificativa de recusa, ratificada pela Defensoria Pblica do Estado. Havendo o descumprimento desta exigncia, o juiz poder comunicar Defensoria Pblica do Estado o fato para que esta instaure procedimento fiscalizatrio, que ensejar eventual aplicao de penalidade ao conveniado, sem prejuzo de nova indicao. IV. DA DESISTNCIA DE ATUAO EM DETERMINADA REA, DO DESLIGAMENTO DO CONVNIO 1. Pode o advogado conveniado desistir de atuar em determinada rea do convnio? Quais as implicaes? O advogado no poder desistir na rea de inscrio at o prximo perodo de inscrio. (resposta alterada em virtude do edital publicado em 21/01/12) 2. Pode o advogado conveniado pedir seu desligamento/ descredenciamento do convnio? Quais as implicaes? O advogado conveniado poder a qualquer tempo pedir seu desligamento/descredenciamento do convnio, o que implicar na interrupo de indicaes a partir do processamento da comunicao pela Defensoria Pblica do Estado, mantendo-se o advogado obrigado a continuar, em regra, o patrocnio das aes para os quais tiver sido indicado anteriormente.

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3. O advogado conveniado que tem processado o pedido de descredenciamento do convnio pode renunciar aos processos para os quais foi indicado? O advogado conveniado que tem processado o pedido de descredenciamento do convnio est obrigado, nos termos do convnio DPE/OAB, em regra, a continuar a atuao em todos os processos para os quais fora indicado, no podendo renunciar judicialmente aos processos. 4. Quais os casos excepcionais que o convnio DPE/ OAB autoriza o advogado conveniado a renunciar judicialmente aos processos para os quais foi indicado? O advogado conveniado pode ser autorizado a formular o pedido judicial de renncia aos processos para os quais foi indicado, aps autorizao da Defensoria Pblica do Estado, nos casos de quebra de confiana comprovada, de impedimento legal de continuidade de atuao (investidura em cargos pblicos), de mudana de endereo ou outro fator que dificulte ou prejudique o contato constante com a parte assistida. 5. Qual o procedimento a ser observado no caso de renncia? O advogado conveniado, antes de formular pedido judicial de renncia, dever peticionar Comisso de Assistncia Judiciria da OAB/ SP, a qual, aps anlise, submeter a ratificao pela Defensoria Pblica do Estado. 6. Como o juiz pode agir no caso de o advogado conveniado apresentar pedido de renncia? Caso o advogado conveniado apresente pedido de renncia, sugere-se ao juiz que exija a juntada aos autos, pelo advogado dativo, da ratificao do pedido feita pela Defen-

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soria Pblica do Estado. Havendo o descumprimento desta formalidade, a renncia, em tese, no pode ser aceita, ficando o advogado conveniado vinculado ao processo at seus ulteriores termos, bem como sujeito s sanes previstas no convnio em caso de desdia. V. DAS INDICAES E DO RODIZIO ENTRE OS ADVOGADOS INSCRITOS 1. Qual o sistema adotado para a indicao de advogados conveniados pela Defensoria Pblica do Estado? Para a indicao de advogados conveniados utilizado o sistema de rodzio por ordem alfabtica, considerando a rea de atuao para a qual o conveniado est inscrito. 2. Caso o advogado conveniado indicado, intimado, no comparea audincia ou no atue no processo, pode o juiz nomear advogado que saiba ser integrante do convnio para que este faa jus aos honorrios advocatcios? Caso o advogado indicado, intimado, no comparea audincia ou no atue no processo, solicita-se ao juiz que comunique o fato Defensoria Pblica do Estado para que adote as providncias cabveis. A nomeao de advogado pertencente ao convnio realizada pelo juiz sem a indicao prvia realizada pela Defensoria Pblica do Estado ou pela Subseco da OAB no dar ensejo ao pagamento de honorrios advocatcios pela Defensoria Pblica do Estado, a qual possui a obrigao legal de gerir os recursos pblicos envolvidos e de respeitar o rodzio dos advogados, conforme previsto no convnio DPE/OAB.

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VI. DA ATUAO NO JRI NA INFNCIA E JUVENTUDE 1. Qual o critrio de indicao para os processos de competncia do Tribunal do Jri? Para os processos de competncia do Tribunal do Jri, a indicao somente pode recair sobre advogados conveniados inscritos para atuar no Jri, devendo este atuar nas duas fases. 2. Pode haver indicao de advogado conveniado no inscrito na rea do Jri para atuao na primeira fase do processo? No pode haver indicao de advogado conveniado no inscrito na rea do Jri para atuao na primeira fase do processo, uma vez que isto fere o rodzio de advogados e ameaa a qualidade dos servios prestados. 3. Os advogados conveniados para atuao na rea do Jri e da Infncia e Juventude precisam comprovar algum requisito especfico para inscrio? De acordo com o disposto no convnio, para atuao nos processos da competncia do Tribunal do Jri, o advogado conveniado deve comprovar atuao em cinco sesses ou duas plenrias e concludo curso especfico. Quanto atuao na infncia e juventude, o profissional conveniado dever ter concludo curso especfico na rea, promovido pela Escola Superior da Advocacia com participao da Defensoria Pblica.

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VII. DA ATUAO NA REA CRIMINAL 1. Est obrigado o advogado conveniado a impetrar habeas Corpus? Neste caso, ser necessria nova indicao? O advogado conveniado indicado para atuao na rea criminal deve adotar todas as medidas cabveis que visem garantir o direito liberdade, inclusive mediante a impetrao de habeas corpus, sem a necessidade de nova indicao. 2. O advogado conveniado possui o dever de conversar com o assistido criminal e entrevistar pessoalmente o ru? O advogado conveniado que atua na rea criminal tem o dever de conversar com o assistido e entrevistar pessoalmente o ru, fornecendo-lhe todas as orientaes necessrias para o exerccio da ampla defesa. 3. O advogado conveniado pode atuar em favor de vrios rus no processo criminal, recebendo uma nica indicao? Sim, o advogado conveniado poder atuar em favor de vrios rus no processo criminal, recebendo uma nica indicao, desde que no haja colidncia entre as teses de defesa. Vale destacar que, neste caso, o advogado conveniado far jus a uma nica certido de honorrios advocatcios. 4. Como o juiz pode proceder caso o advogado conveniado no esteja atuando de forma a garantir a ampla defesa? 14

Verificando o juiz que o advogado conveniado no est atuando de forma a garantir a ampla defesa, solicita-se a comunicao do fato Defensoria Pblica do Estado, para que esta instaure procedimento fiscalizatrio e adote as demais providncias cabveis. 5. possvel indicao para atuao em processos de reviso criminal? Atualmente, no possvel indicao de advogados conveniados para processos de reviso criminal, sendo esta atuao exclusiva de Defensores Pblicos. 6. Qual a abrangncia da indicao de advogado conveniado para atuao em processo de execuo penal? Nos processos de execuo penal, a indicao abrange a atuao em todos os incidentes e todos os pedidos de benefcios, inclusive a impetrao de habeas corpus, a defesa em sindicncia e a interposio de recursos.

VIII. DA ATUAO EM PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E SINDICNCAIS 1. possvel a indicao para atuao em procedimento administrativo? Em regra, aps a Smula vinculante n05, do Supremo Tribunal Federal, no h indicao para defesa em procedimento administrativo. Contudo, casos singulares sero analisados pela Defensoria Pblica.

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2. possvel indicao de advogado conveniado para sindicncia? No possvel a indicao de advogado conveniado para atuao em sindicncia, inexistindo cdigo para expedio de certido de honorrios. IX. DA ATUAO NAS REAS CVEL E FAMLIA 1. O advogado conveniado indicado para atuar na fase de conhecimento deve prosseguir no feito at a execuo da sentena? Sim, o advogado indicado na fase inicial est obrigado a atuar na fase de cumprimento de sentena, no sendo necessria nova indicao e fazendo jus a uma nica certido de honorrios. 2. Havendo necessidade de adoo de medida cautelar, o advogado conveniado receber duas indicaes (uma para a ao cautelar e uma para a principal)? Havendo necessidade de adoo de medida cautelar, o advogado conveniado deve solicitar a medida em sede de tutela antecipada ou liminar na ao principal, recebendo uma nica indicao e conseqentemente uma certido. 3. Nas aes de divrcio consensual necessrio ter indicao de dois advogados? No, a atuao dever ser realizada por um nico profissional nos divrcios consensuais e, ao final, expedida uma certido ao advogado indicado.

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X. DA CONCENTRAO OBRIGATRIA DOS PEDIDOS 1. possvel o fracionamento de pedidos em aes autnomas? Nos termos do convnio DPE/OAB, para aes em que seja admissvel a cumulao de pedidos e para aquelas fundadas no mesmo fato, recomenda-se a nomeao de apenas um advogado conveniado, que dever, sempre, observar a concentrao das pretenses em um nico processo, visando a soluo clere da situao apresentada e a economicidade dos recursos pblicos. 2. Pode o juiz reunir os processos se verificar fracionamento dos pedidos? Sim, o juiz pode reunir os processos se verificar fracionamento dos pedidos, visando economicidade dos recursos pblicos. Neste caso, o advogado somente far jus ao pagamento de uma nica certido. 3. Caso o advogado conveniado se recuse ao procedimento de unificao, como pode agir o Magistrado? Caso o advogado conveniado se recuse ao procedimento de unificao, solicita-se ao juiz que noticie o fato Defensoria Pblica do Estado para a instaurao de procedimento administrativo, em virtude de violao aos termos do convnio.

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XI. DAS OBRIGAES E DA FISCALIZAO DO CONVNIO 1. Quais os deveres dos advogados conveniados previstos nos termos do convnio? Na ocasio da inscrio, o advogado conveniado adere aos termos do convnio, ficando obrigado a: manter instalaes adequadas para atendimento dos assistidos, providenciando que no seu domiclio profissional haja expediente normal; atender pessoalmente aos assistidos e familiares do ru preso com presteza e urbanidade; conversar, pessoalmente, com ru preso ou adolescente internado, antes da realizao do interrogatrio, no local a esse fim destinado nos prdios dos Fruns; peticionar pelo desarquivamento, extrao de cpias de documentos ou emisso de certides, ainda que referentes a outro processo judicial, instruindo o pedido com cpia da indicao e solicitando a concesso dos benefcios da Lei 1.060/50, caso haja necessidade de obteno de documentos essenciais instruo da medida judicial; acompanhar as intimaes no tocante aos processos confiados a seu patrocnio em razo do presente convnio; atuar de forma diligente nos feitos judiciais ou administrativos, acompanhando-os at o trnsito em julgado, adotando todas as medidas processuais cabveis para o melhor resguardo do interesse do assistido, incluindo a impetrao de habeas corpus; orientar o assistido e adotar as medidas necessrias efetivao de averbaes e registros e outras providncias necessrias em decorrncia do provimento jurisdicional, mesmo aps o recebimento da certido;

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observar os prazos para adoo das medidas jurdicas, conforme estabelecido no presente convnio, sempre atentando para a urgncia decorrente das particularidades do caso concreto; atualizar seus dados cadastrais em relao s alteraes posteriores a inscrio; no solicitar ou receber quaisquer valores a ttulo de custas, despesas ou honorrios advocatcios do assistido, captar clientes ou demonstrar erro grave no exerccio da profisso; registrar, em suas peties, que a atuao se d em razo do presente convnio, sendo vedado o uso do nome e smbolos da Defensoria Pblica, bem como a atribuio da condio de Defensor Pblico pelo advogado conveniado. 2. O advogado conveniado obrigado a manter atualizados seus dados cadastrais? Constitui dever do advogado conveniado manter atualizado seus dados cadastrais junto a OAB/SP e a DPESP, sob as penas das sanes previstas na clusula segunda, pargrafo 7 do convnio. 3. Quais providncias podero ser tomadas pelo juiz no caso de descumprimento do convnio eventualmente detectado? O juiz, ao tomar conhecimento de qualquer situao de violao aos deveres previstos no termo do convnio, poder comunicar o fato Subseco local da OAB/SP ou Regional da Defensoria Pblica do Estado para instaurao de procedimento fiscalizatrio solicitando, conforme o caso, a substituio da indicao.

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4. Quais so as penalidades previstas nos termos do convnio, nos casos de infraes aos deveres listados? O descumprimento dos termos do Convnio DPE/OAB pelo advogado conveniado poder ensejar a aplicao das seguintes penalidades: a) advertncia; b) suspenso de trs meses a um ano; c) descredenciamento. XII. DA PROIBIO DE SUBSTABELECIMENTO E NECESSIDADE DE PROCURAO 1. O advogado conveniado para atuar no processo para o qual foi indicado necessita juntar procurao do cidado assistido? O advogado conveniado para atuar no processo para o qual foi indicado no necessita juntar procurao do cidado do assistido, uma vez que a indicao j traduz os poderes conferidos pelo cidado Defensoria Pblica que os transmite ao advogado conveniado. 2. O advogado conveniado pode substabelecer seus poderes a outro advogado? O advogado conveniado no pode substabelecer seus poderes a outro advogado, mesmo que conveniado, tendo em vista o carter personalssimo do mnus assumido. A inobservncia desta norma sujeita o advogado conveniado s sanes previstas no convnio.

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XIII. DA SOLUO CONSENSUAL DO CASO 1. Deve o advogado zelar pela soluo consensual da demanda? De acordo com o disposto na clusula terceira, 4, XII, do Convnio DPE/ OAB, deve o advogado conveniado zelar pela soluo consensual do processo, bem como pela economicidade com a reunio de diversos pedidos, quando possvel. XIV. DA PRESTAO DO SERVIO DE ASSISTNCIA JURDICA SUPLEMENTAR 1. O advogado poder manter escritrio e domiclio profissional em local diverso do local de atuao? No, os advogados inscritos para a prestao de assistncia jurdica devero ter escritrio com instalaes adequadas, onde sero atendidos os usurios, no local de atuao, sob pena de infrao aos termos do convenio (clusula segunda, pargrafo 1). XV. RELAO DE ENUNCIADOS Tendo em vista as inmeras dvidas envolvendo a interpretao do Convnio DPE/OAB encaminhadas pelas Subseces da OAB/SP e pelas unidades da Defensoria Pblica, a Assessoria de Convnios da DPE, em acordo com a Comisso de Assistncia Judiciria da OAB, estabeleceram os seguintes enunciados:

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Enunciado n 1 Nas aes de separao e divrcio consensuais prescindvel a nomeao de um advogado para representao dos interesses de cada parte, bastando a indicao de um nico profissional que dever, inclusive, concentrar todos os pedidos na mesma ao, tais como definio de guarda, alimentos, visitas e outros possveis provimentos que possam ser concentrados no mesmo processo. Enunciado n 2 As nomeaes de advogados para propositura de aes cautelares preparatrias serviro, tambm, para o ingresso da ao principal, fazendo jus a uma nica certido para atuao em ambos os processos. A notcia de recebimento de honorrios para as duas aes poder dar ensejo ao pedido de restituio dos valores pagos, bem como abertura de Portaria para procedimento COMISTA. Enunciado n 3 Os pedidos de renncia sero analisados pela OAB e encaminhados Defensoria para anlise e ratificao. Nos casos em que a Defensoria entender injustificado o pedido de renncia em que j houver expedio de certido de honorrios, solicitar o bloqueio do pagamento. Se os valores j tiverem sido depositados, providenciar o pedido de restituio da quantia aos cofres pblicos. Enunciado n 4 No podem ser feitas nomeaes para atuao na rea previdenciria, ainda que seja nos casos de competncia delegada Justia Estadual, onde no houver Judicirio Federal. Excetuam-se s regras as nomeaes para aes acidentrias, uma vez pertencentes competncia estadual. 22

Texto: Assessoria de Convnios Produo, reviso e impresso: Coordenadoria de Comunicao Social e Assessoria de Imprensa So Paulo, outubro 2010 (atualizado em maio de 2012)

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