Concepções de Bion
Concepções de Bion
Concepções de Bion
CONTINENTE CONTIDO
Vnculo assume feies definidas que podem representar tomando a relao de um continente com o seu contido.
ELEMENTOS BETA
Impresses sensoriais Emoes
Em estado original Pr-verbal, no-simblico
De forma catica
Funo alfa
Elemento alfa: tudo que foi digerido e tornado apto a ser usado pelo psiquismo.
algum as compreende o que foi expelido Volta melhor. Torna-se suportvel pela mediao materna. Aquilo passa a possuir um sentido.
FUNO ALFA
Concreto psquico (abstrato) Transformao do estmulo concreto num significado
FUNO ALFA
Concreto psquico (abstrato) Transformao do estmulo concreto num significado
FUNO ALFA
Impresses sensoriais e emoes elementos capazes de ser acumulados para ser empregados
Identificao projetiva
Mecanismo para lidar com elementos beta Comunicao de ansiedades, de elementos prverbais e no simblicos tratados como se fossem coisas, no transformveis Porm podem ser atiradas, projetadas. Com a possibilidade de reintrojeo.
Estados psicticos
Elementos beta atuados por identificao projetiva: reao emocional ou reao concreta de algum no ambiente parece confirmar a formulao em questo. Parece que o psictico provoca reaes, mesmo sem ter feito nada pra isso confirmando a articulao delirante.
Identificao projetiva
O outro aquilo que se lhe atribui
Condio emocional do analista: tolerar e acolher elementos primitivos e caticos sem rejeit-los modificando identificaes projetivas: Possibilidade de gerar significados
Paciente pode introjetar uma funo.
Funo alfa
Converso da matria bruta em alimento, em abstrao.
Essa funo modifica o que h de concreto na experincia em direo formao do pensamento simblico. Abstrao articulao de elementos alfa
Barreira de contato
Funo alfa: transforma impresses sensoriais ligadas a uma experincia emocional em elementos-alfa. Estes se agrupam medida que se proliferam para formar uma barreira de contato. A distino entre consciente e inconsciente decorre da presena de uma barreira de contato composta de elementos-alfa.
TELA BETA
Indistino entre consciente e inconsciente faz pensar numa barreira composta de elementos-beta.
Tela beta tem a propriedade de suscitar no outro justamente o tipo de resposta emocional que o paciente deseja.
RVERIE
Capacidade da me de acolher afetivamente a emisso do beb Capacidade do beb de acatar de volta o elemento assim transformado que passa a comear a ter um sentido
RVERIE
rverie: capacidade de sonhar Hoje voltei a suspeitar que os eventos reais da sesso com X estejam sendo transformados em um sonho, quando, num certo ponto, suspeitei que minha interpretao estivesse sendo convertida em um sonho. [...] Tenho a impresso de que o deslocamento etc. de Freud seja relevante; mas ele levou em conta apenas a atitude negativa, o sonho escondendo algo, e no o modo pelo qual o sonho necessrio construdo (Bion - COGITAES)
RVERIE
...o que Freud queria dizer com trabalho onrico era que o material inconsciente, que de outro modo seria perfeitamente compreensvel, estava sendo transformado em um sonho, e que o trabalho onrico precisava ser desfeito para fazer com que o sonho, ento incompreensvel, fosse compreensvel. [...] O que eu entendo que o material consciente tem que ser submetido ao trabalho onrico para tornar-se adequado ao armazenamento e seleo; portanto, passvel de sofrer transformao da posio esquizoparanide para a posio depressiva... O sonho sonhado pelo analista durante a sesso ganhar o status de conceito e ser denominado de rverie um dos fatores da funo-alfa.
Me - beb
Capacidade de transformar os contidos que capta do filho ou que se expressam na me como referindo-se ao beb
Sustentao psquica e emocional de um outro Os prprios contidos maternos importam muito: amor
Lactante incapaz de tolerar a frustrao no pode sobreviver sem uma crise, apesar da experincia de identificao projetiva com uma me capaz de rverie.
CAPACIDADE DE PENSAR
Deixar que acontecimentos sigam seu curso, descobrindo seu significado ao seu tempo Grau de tolerncia: essencial para sua capacidade de pensar
POSIO ESQUIZO-PARANIDE Posio esquizo-paranide: desintegrao. Contidos: caoticamente dispersos Vivncia persecutria
nome possibilita invocar o ausente tornandoo presente at certo grau Seio mau presente seio ausente
Ex. - mame - chocolate acabou Ambas compreenderam dilogo apesar de no haver chocolate presente
PR-CONCEPO E REALIZAO
Pr-concepes inatas - a criana conhece o seio porque j nasceu preparada para isso expectativa desse conhecimento
Quando a pr-concepo posta em contato com a realizao, o resultado mental a concepo (um contido mental).
APRENDER DA EXPERINCIA
1. S se consegue chegar noo de ausncia do objeto aps t-lo usufrudo. 2. Capacidade de tolerncia frustrao: conservar objeto ausente e explicitar-lhe a ausncia Capacidade de rverie de outrem pode ajudar nessa luta-aprendizagem permitindo aprender da experincia
FRUSTRAO
Desenvolvimento de aparelho para pensar instrumentalizao para enfrentar frustrao abdicao certeza alucinatria e passagem incerteza do conhecimento possvel Ao efetiva leva-se em conta condies externas Lembrana do objeto bom Admisso de que tcnicas anteriores falharam
FRUSTRAO
Se houver: Desenvolvimento da crena na prpria onipotncia e oniscincia - nada h a aprender Desenvolvimento hipertrofiado do aparelho para identificao projetiva
REPRESENTAO
Representao: tornar presente de novo. Tornar presente o ausente presena boa no passado, tornada presente de novo.
NO-SABER
Falta a certos pacientes a possibilidade de suportar uma situao de incertezas, ignorncia e dvidas e, ainda assim, manter a capacidade para pensar. Teoria de Bion est prxima de um mtodo voltado para a sustentao de paradoxos, da incerteza e do no-saber. Para significado emergir necessrio tolerncia possibilidade de ausncia de significado
Fato selecionado
Introduz ordem na complexidade Produz sntese por intermdio da qual analista interpreta
Pensar do analista
Possibilidade de tolerar paradoxos, noorganizao Tolerncia frustrao Para emergir significado genuno
Bibliografia:
BLANDONU, G. Wilfred R. Bion: a vida e a obra. Trad: Laurice Levy Hoory e marcela Mortara. Rio de janeiro, Imago, 1993. FERRO, A. Marcella: da sensorialidade explosiva capacidade de pensar. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul; V. 24 n. 3, p. 241-249, 2002.
SALVITTI, A. Funo-alfa e estilo de pensamento em Bion: uma aproximao por meio da experincia da alteridade Percurso, v. 37, 2006.
SILVA, M. E. Pensando o pensar uma introduo a W. R. Bion. Campinas, SP: Flama Editora, So Paulo: Casa do Psiclogo, 2005. Imagens: http://www.insideweb.it/wallpaper/index.htm