Apostila Maquinas Térmicas - Prof Rolando UFSJ
Apostila Maquinas Térmicas - Prof Rolando UFSJ
Apostila Maquinas Térmicas - Prof Rolando UFSJ
Autor: Rolando Nonato Oliveira Lima. D.Sc. Planejamento de Sistemas Energticos. DCTEF - UFSJ.
Setembro 2003
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35 36 37 AVALIAO NO. 6 / TAREFA NO.6 38 39 40 41 42 43 44 45 AVALIAO NO. 7 / TAREFA NO.7- Projeto Dimensionamento de Sistemas de Vapor - Apostila 2 Dimensionamento de Sistemas de Vapor Dimensionamento de Sistemas de Vapor Dimensionamento de Sistemas de Vapor Dimensionamento de Sistemas de Vapor Dimensionamento de Sistemas de Vapor - Dicas Projeto Dimensionamento de Sistemas de Vapor - Dicas Projeto Cogerao - Ciclos a Vapor Aloc Custos I Cogerao - Ciclos a Vapor Aloc Custos II
Condies de Aprovao:
Media = [(7 x Soma das Avaliaes Tericas) + (3 x Soma Avaliaes Projeto)] / 10 Mdia 60 % do total de pontos previstos nas avaliaes APROVADO feito um ajuste final das notas em funo da MDIA conseguida pelo grupo. Portanto procure ficar o mais prximo possvel desse valor. Se a mdia do grupo for muito baixa esse ajuste no ser feito e,valer o critrio bruto de 60% dos pontos vlidos nas avaliaes realizadas. Avaliaes tericas valem 12 pontos ** As tarefas associadas valem 3 pontos
PARTE I: Geradores de Vapor; Tipos e Aplicaes; Balanos Energticos e Exergticos de Processos diversos com Vapor; Diagrama T-s, h-s e p-v para processos com vapor; Ciclos de Vapor com turbinas de condensao, contrapresso e extrao-condensao; Anlises clssicas do ciclo de Rankyne; Balano e Clculo de perdas em caldeiras; Cogerao; Anlise Econmica bsica de aspectos diversos associados a componentes e acessrios utilizados em sistemas distribuidores de vapor; PARTE II: Metodologia de clculo e pr-dimensionamento de sistemas distribuidores de vapor.
Processo de Avaliao(detalhes):
Sistema de Avaliao Continuada com diversas avaliaes sendo compostas de testes individuais e tarefas propostas. As notas da PARTE I tm peso 7 e as notas da PARTE II peso 3. A NOTA FINAL calculada de acordo com NF = ( notas da PARTE I x 7 + notas da parte II x 3 ) / 10,0. Se essa nota atingir 60% dos pontos totais o aluno considerado APROVADO. Em caso contrrio REPROVADO. A avaliao da parte II composta de um teste e da execuo de um projeto de sistema de distribuio de vapor.
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Tpico I - Generalidades Sobre o Vapor.
Um sistema de produo e distribuio de vapor um conjunto de componentes acoplados mais os acessrios necessrios que, produz e distribui o vapor dentro de uma instalao industrial ou de uma central termoeltrica, de acordo com as necessidades e aplicaes daquela instalao ou central. Existem situaes onde tal sistema vai produzir o vapor na forma de calor de processo para uso nas diversas unidades componentes do arranjo industrial; ou ento vai produzir o vapor para acionamento de mquinas produtoras de energia (eltrica ou mecnica) as turbinas a vapor; ou tambm situaes onde vai produzir as duas formas de energia acopladas (sistemas de cogerao). O esquema bsico de tais arranjos pode ser visto na figura que se segue:
vapor de baixa
Calor de Processo
Ar
Gases de Combusto
Condensado
V. Superaq H2O de Alimentao + Condensado Calor Sensvel T Mudana de Estado Lsat Calor Latente ( T cte.) V. Sat. Calor Sensvel T
Note-se que a caldeira rigorosamente falando composta apenas da seo geradora de vapor sendo a cmara de combusto um complemento necessrio e essencial. Da porque os sistemas que utilizam vapor para produo de energia mecnica ou eltrica atravs de turbinas serem chamados de sistemas de combusto externa.Assim, considerando o diagrama anterior o vapor entra na caldeira na forma de lquido (comprimido ou quase saturado) e, recebendo calor atinge a condio de lquido saturado na primeira seo da caldeira
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(ocorre variao de temperatura - calor sensvel). Continua a receber calor na segunda seo da caldeira sofrendo mudana de estado (temperatura e presso constantes - calor latente). Finalmente recebe mais calor na terceira seo da caldeira e superaquece, sendo o grau de superaquecimento dado pela diferena de temperatura atingida nessa etapa e aquela da condio de vapor saturado (aqui tambm h fornecimento de calor sensvel, pois, ocorre variao de temperatura). Se o vapor utilizado como vetor energtico nas mais diversas aplicaes certamente ele deve ter suas vantagens e convenincias para justificar tal emprego. Tem e elas so: 1 - libera calor temperatura constante simplificando o controle das instalaes de troca trmica; 2 - a gua necessria sua produo ainda abundante e relativamente mais barata que outras alternativas, alm de quimicamente estvel e inofensiva; 3- possui bom poder calorfico e boas condies entalpicas fazendo com que tubulaes de dimetros relativamente pequenos possam transportar quantidades significativas de energia; 4 - limpo, inodoro, inspido, no inflamvel, no comburente e atxico no caso de vazamentos; 5 - tanto pode ser usado para produo de calor de processo como de potncia eltrica ou mecnica; 6 - controle e distribuio relativamente fceis: sistema de tubulaes, vlvulas, acessrios e instrumentos pouco sofisticados. Para operar e lidar com sistemas envolvidos na produo e distribuio de vapor usual recorrer ao uso de tabelas e diagramas que contm dados relativos a esse vetor energtico to importante nas aplicaes industriais. Os mais utilizados so:
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b)Diagrama T-s
c) Diagrama h-s
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Alm dos diagrama trabalha-se tambm com tabelas de vapor encontradas em dezenas de publicaes includos os textos usuais de Termodinmica como Van Wyllen, Moran, Cengell, etc. Existem alguns processos bsicos que devem ser avaliados e entendidos, pois, so essenciais como base de fundamentao para qualquer estudo sistemtico envolvido com sistemas que utilizem vapor. Como sugesto inicial prope-se o clculo das seguintes propriedades de vapor utilizando diagramas e tabelas: (a) entalpia do vapor saturado e seco a 689,5 kPa; (b) entalpia, volume especfico e, entropia do vapor a 68,9 kPa e umidade de 40%; (c) entalpia do vapor a 689,5 kPa e 315,6 C. (os resultados corretos seriam: a- 2761 kJ/kg ; b- 1744,5 kJ/kg; c- 3100 kJ/kg). Seja usando tabelas ou diagramas sempre usual citar a fonte de referncia, pois, pode haver diferenas significativas nos resultados finais em funo de clculos efetuados com essas propriedades.Uma segunda bateria de exerccios prope as seguintes questes: a) - h,v e s do vapor a 1000 kPa (manomtrica) - ateno tabelas e diagramas de vapor geralmente operam com presses ABSOLUTAS; b) - h e v do vapor a 758,4 kPa e 315,6 C; c) - h, v,s e t do vapor saturado seco a 1041,1 kPa; d) h,v,s e t do vapor a 1898,675 kPa manomtrica. Ademais do uso de tabelas e diagramas qualquer estudo consistente de sistemas produtores e, distribuidores de vapor tm de utilizar duas leis bsicas da Termodinmica.Essas leis, conhecidas como primeira e segunda lei da Termodinmica, tratam de dois modelos bsicos e essenciais: o sistema aberto ou volume de controle e, o sistema fechado ou massa de controle.O primeiro deles admite que ao se definir uma regio para estudo, podem ocorrer fluxos de energia e massa atravs da fronteira que delimita a regi o definida como de interesse (superfcie de controle).O segundo permite apenas a fluxos de energia e no de massa.O balano de entradas e sadas de cada caso sempre deve estar equilibrado quando aplicando a primeira lei, pois, ENERGIA no pode ser criada nem destruda apenas transformada. Portanto uma lei que lida com QUANTIDADES e conservativa.J o balano de segunda lei que centrado na QUALIDADE de cada tipo ou forma de energia envolvida nos processos (ou EXERGIA ou CAPACIDADE DE REALIZAR TRABALHO), no conservativa, pois, as diversas formas de energia ao serem convertidas vo perdendo gradualmente a capacidade de realizar trabalho, em funo das IRREVERSIBILIDADES dos processos REAIS. Assim a segunda lei s enxerga uma nica forma final de energia, o trabalho, enquanto que a primeira lei enxerga os diversos tipos de energia na forma em que elas se encontram. Como a EXERGIA pode assumir diversas formas em funo do tipo de ENERGIA considerada passa-se ento a identifica-las:
ExT =
Qr [(Tr - To)/ Tr] ou seja a exergia trmica associada a uma quantidade de calor Qr a uma
temperatura Tr , no totalmente equivalente a essa quantidade de calor sendo que uma parcela igual a Qr*To/Tr dissipada ou destruda quando houver a converso de calor em trabalho. To uma temperatura
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de referncia sempre associada a anlises de segunda lei e, para fins prticos igual temperatura mdia do meio circundante. ex = exergia fsica equivalente s mudanas de estado sem que ocorram reaes qumicas. exSF= (u - uo) + po (v - vo) + V2/2 + gz - To (s - so) fechados. exVC = (h -ho) + V2/2 + gz - To (s - so) ==>exergia fsica para mudanas de estado em volumes de controle. exch= exergia qumica que para fins prticos exatamente igual ou muito prxima da energia qumica ,quando utilizada em anlises que envolvem principalmente combusto e aporte de energia via combustveis. Normalmente se desprezam os efeitos de energia cintica e potencial gravitacional para mudanas de estado e, assim esses termos podem ser descartados das duas frmulas anteriores. Novamente o ndice o se refere a um estado de referncia que normalmente identificado pelas condies de temperatura e presso do meio circundante ou vizinhana do SF ou VC. ==>exergia fsica para mudanas de estado em sistemas
onde dE=dU + dEc + dEp como normalmente se desprezam efeito cinticos e potenciais resulta dE = dU e, integrando entre dois estados resulta finalmente: dE = E2 - E1 = 1Q2 - 1W2 = U2 - U1 Ciclos Q = W
potenciais resulta:
VC e e
e2
/2 + gZe
)=W
VC
+ m (h + V
s s
s2
/2 + gZs
Q + m (h ) = W
VC
+ m (h )
s s
= ms.
B.1 - Sistema Fechado: Q[(Tr - To) / Tr] + Ex1 = Ex2 + w + Irr (lei no conservativa) Como Q[(Tr - To) / Tr] = ExT resulta:
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ExT + Ex1 = Ex2 +w + Irr OU ExT + Ex1 = Ex2 + [1W2 - po(V2 - V1)] + Irr
A expresso realada entre colchetes equivale exergia lquida (Exw) associada a trabalho no sistema fechado e, Ex1= m.ex1 , Ex2 = m.ex2 , Irr = To [m.(s2 - s1) - Qr/Tr ]. Como = (S2 - S1) - Qr / Tr e, mede a produo lquida de entropia do sistema fechado resulta Irr = To. . Note-se que a parcela (S2 S 1) representa a variao de entropia associada s mudanas de estado no SF e, a parcela Qr / Tr a variao de entropia associada s trocas de calor no SF.
Como i Qi.[(Ti - To) / Ti] = ExT exergia trmica associada a fluxos de calor ocorridos no volume de controle e, e me.exe = Exe , s ms.exs = Exs (fluxos de exergia fsica em funo das entradas e sadas de massa no VC) resulta: ExT + Exe = Exs + ( Wvc - po.dVvc/dt) + Irrvc = 0,0. Nessa equao o termo entre parntesis indica a exergia lquida associada a trabalho produzido ou consumido pelo VC, sendo a parcela po.dVvc/dt o trabalho contra o meio. Alm disso pode-se definir a Irrvc como: Irrvc = To [s ms.ss - e me.se - Qvc/Tr] caso haja apenas uma entrada e uma sada de massa os somatrios se reduzem apenas ao fluxo de massa ocorrido. Nessas equaes deve-se obedecer s convenes de sinal, ou seja, trabalho positivo aquele feito pelo sistema ou VC e, o negativo aquele feito sobre o sistema ou VC. Calor positivo aquele transferido para o sistema ou VC e, calor negativo aquele rejeitado pelo sistema ou VC. Como vc = s ms.ss - e me.se - Qvc/Tr (produo liquida de entropia no volume de controle), resulta ento Irrvc = To.vc .
B.3 - Balanos de entropia: Para SISTEMA FECHADO tem-se: (S2 - S1) = j (Qj / Tj) + onde indica a produo lquida de entropia do SF.Se > 0.0 ocorrem irreversibilidades no sistema fechado
e, se for igual a zero no h irreversibilidades no SF.Portanto a produo lquida de entropia no pode ser negativa e, no limite seu valor igual a zero.Aqui S 2 = m.s2 , S1= m.s1 . Caso haja taxas de variao a equao se transforma em: dS/dt = j (Qj / Tj) +
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Qj/Tj + e me.se - s ms.ss taxa de transferncia de entropia via fluxos de massa e de calor
de entropia
Como para o VC em RP dSvc/dt = 0,0 resulta ento: Qj/Tj + e me.se - s ms.ss + vc = 0,0 . Se houver apenas uma entrada e uma sada resulta finalmente: Qj/Tj + m.( se - ss ) + vc = 0,0 e, vc = m(ss - se) - Qj / Tj .
E tambm de relevncia para anlises de primeira e segunda lei so as equaes Tds: T.ds = du + p.dv e, T. ds = dh - v.dp.
Caso Especial - Processo de Fluxo Uniforme: esse um caso especial de aproximao para processos fora do regime permanente. Geralmente envolve variao de massa dentro do volume de controle mas, numa taxa uniforme: . QVC + me (he + Ve2/2 + gZe) = WVC + ms (hs + Vs2/2 + gZ s) + (m2e2 - m1e1)VC onde o ltimo termo representa
a variao (uniforme) de massa dentro do volume de controle.Se desprezados efeitos cinticos e potenciais resulta: QVC
+ m (h ) = W
e e VC
+ m (h ) + (m u - m u )
s s 2 2
1 1 VC
Observe que se no houver variao de massa dentro do vc a equao se reduz quela do sistema fechado. Para anlise de segunda lei e mais especificamente para clculos de irreversibilidade resultaria: Irr = To [ SmSsS - EmEsE -m1s1 + m2s2 - (QJ/TJ)] Onde s representa sada e E entrada , m fluxos de massa e, m 1 e m2 as condies inicial e final dentro do volume de controle. Resolva os exerccios sugeridos a seguir para entender a aplicao desse caso.
Exerccio 1 - um tanque rgido isolado est inicialmente vazio e conectado a uma vlvula que pode encher o tanque, atravs de uma linha que mantm vapor a 1 MPa e 300 C. A vlvula aberta e vapor flui de forma uniforme para dentro do tanque. A presso final dentro do tanque atinge 1Mpa quando a vlvula ento fechada.Calcule a temperatura final do vapor dentro do tanque. Resp. 456,2 C.
Exerccio 2 - uma panela de presso usada como elemento de cozinhar por manter uma presso mais elevada dentro de seu interior e, um fluxo contnuo de vapor de escape para manter a presso constante.Por isso cozinha mais rpido economizando energia.Uma panela de 6 litros que opera a 75 kPa manomtrica,
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inicialmente contm 1 kg de gua.Calor fornecido para a panela a uma taxa de 500 W durante 30 min depois que a panela atinge a presso nominal da panela.Assumindo que a presso atmosfrica de 100 kPa calcule: (a) a temperatura em que ocorre o cozimento e ,(b) e a quantidade de gua deixada dentro da panela no final do processo. Resp. (a) 116,06 C ; (b) 0,6 kg.Os processos mais usuais onde se pode aplicar esse modelo enchimento e esvaziamento de tanques, vasos e bales; acionar mquinas com ar armazenado em tanques, enchimento de pneus, e cozimento em panelas de presso e similares.
1 - Identifique o sistema e tente fazer um diagrama que facilite entender o enunciado; 2 Liste as propriedades e informaes dadas pelo enunciado; 3 - Verifique os possveis processos fceis de identificar (presso constante, volume constante, adiabtico, etc); 4 - Estabelea as hipteses adequadas de acordo com o enunciado (desprezar energias que no so relevantes ou que no foram informadas, processos reversveis ou no, dispositivos adiabticos,etc); 5 - Aplique as equaes adequadas para cada modelo identificado na anlise: sistema fechado ou volume de controle; 6 - Utilize diagramas apropriados e tabelas(T-s, p-v, h-s, etc) para tentar visualizar os estados e processos descritos e, identificar propriedades de interesse para o caso em estudo.
PROCESSOS BSICOS COM VAPOR. Existem processos essenciais e bsicos que so da mxima importncia no estudo de questes associadas produo e distribuio de vapor. Eles sero estudados na seqncia. (I) Processo Presso Constante: Exemplo I - 1,4 kg de vapor com 15% de umidade (x = 0,85) sofrem uma mudana de estado presso constante que mantida em 2758 kPa ( 27,58 bar ) atingindo uma temperatura final de 315,6 C . Faa os diagramas T-s e o h-s do processo e calcule: (a) h1, t1, u1, v1, s1, ex1. (b) h2, t2, u2, v2, s2, ex2. (c) 1Q2, 1W2, (d) U, V, S, Ex, Irr.
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T h 2 1 1 Tcte VS
Tvar 2
Como foi solicitada uma anlise de segunda lei necessrio estabelecer um estado de referncia. Considerando os dados desse problema o estado de referncia seria lquido comprimido mas, pode-se adotar as condies de referncia com a temperatura do meio e, adotando dados do lquido saturado naquela temperatura (equivalente a 25 C). Assim as propriedades do estado de referncia seriam: u o = 104,88
= 104,9 kJ / kg. Para o estado um
1
foram dadas a presso e a umidade e, portanto tambm o ttulo x = 0,85.Logo as propriedades so: h
= hv -
y.hlv = 2531,0 kJ/kg; u1 = uv - y.ulv =2360,05 kJ / kg ; v1 = vv - y.vlv = 0,06184m3 / kg ; s1 = sv - y.slv = 5,676 kJ / kg K .Para o clculo de ex 1 o modelo de sistema fechado uma vez que foi definida uma quantidade fixa de massa.Logo ex1 = (u1 - uo ) + po(v1 - vo) - To.(s1 - so) = (2360,5 - 104,88) + 1,013*105 N/m2 (0,062 1,0029*10-3) - 298,15*(5,68 -0,3674) = 678,48 kJ/kg.Para o estado dois foram dadas a presso (que permaneceu constante) e a temperatura 315,6 C. Como essa temperatura maior que a temperatura de saturao dada em funo da presso, o estado de vapor superaquecido. Os estados inicial e final so ento identificados no T-s e no h-s. Usando tabelas de vapor com a presso e a temperatura definidas tem-se: h2 = 3038,07 kJ/kg ; v2 = 0,09214 m 3/kg; u 2 = 2784,00 kJ/kg;s2 = 6,653 kJ/kg K ; ex2 = (u 2 - uo ) + po(v2 - vo) To.(s2 - so) = 814,25 kJ/kg. Passa-se anlise de primeira lei para clculo de calor e trabalho envolvidos no processo para sistema fechado, equao geral dE = Q - W , considerando dE = dU ao desprezar efeitos de EC e EP. Portanto dU = Q - W resultando U2 - U1 = 1Q2 - 1W2 . Como 1W2
1
p.dV = p.m.(v2
- v ) = 116,99 kJ resulta
1
Q2
= 710,59. Esse foi o calor total fornecido ao sistema para provocar a mudana de estado. Note-se que
nesse processo o calor fornecido em duas etapas: a primeira temperatura constante para fazer com que o vapor na regio de mistura atinja a condio de vapor saturado; a segunda com temperatura varivel onde o vapor passa da condio de saturado para superaquecido e, a temperatura varivel. Portanto
vs 1
Q2
= Q +
1 vs
dada de 229,1
Q2
,onde Q
1
vs
= m.(hvs - h ) = 380,8 kJ e
1
vs
temperatura dada por: ExT = 1Qvs [(Tsat - To) / Tsat] = 380,8 [(502,25 - 298,150) / 502,25] = 154,75 kJ. A exergia trmica correspondente troca de calor com temperatura varivel ser dada por ExT = vsQ2 [(Tm - To)/ Tm], sendo
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Tm uma temperatura mdia a ser definida para a troca de calor ocorrida entre a condio de vapor saturado e superaquecido. Duas hipteses podem ser adotadas para cculo de Tm : uma mdia aritmtica simples entre Tsat e Tvsuper, ou ento com o uso da equao Tds = dh - vdp. Nesse ltimo caso resultaria Tm.s = h - v.dp e, uma vez que p constante o termo v.dp = 0,0 resultando Tm = (h2 - hvs) / (s2 - svs.). No caso da mdia aritmtica o resultado seria Tm = 545,5 K e, no caso da equao Tds, Tm = 541,47 K.As respectivas exergias trmicas seriam 149,54 kJ e 148,20 kJ. A equao da irreversibilidade se reduz a Irr = To .[ m.( s2 -s1) - (
1
Qvs
/ Tsat +
vs
Q /Tm)] (1) e, como h duas hipteses sobre Tm vo ser obtidos dois resultados para Irr. A
2
checagem dever ser feita com o balano de exergia para o processo atravs da equao geral Ex T
+ Ex1 =
Ex2 + [1W2 - poV] + Irr (2). ExT nesse caso a exergia trmica total composta da parcela calculada com temperatura constante e da parcela calculada com temperatura varivel. As irreversibilidades devem ser
ento idnticas ou muito prximas quando os clculos forem feitos com qualquer arranjo de equaes (1) ou (2). Essa tarefa deixada como exerccio para o leitor e, tambm os clculos finais pedidos.
(II)
2 v cte
p cte
kg de vapor inicialmente a 827,4 kPa e com 30% de umidade so aquecidos num processo a
, W,
1 2
volume constante a uma temperatura final de 537,8 C. Calcule para o processo: (a) t1, h1, u1, v1, ex1 ; (b) p2, h2, u2, v2, ex2 ; ( c) 1Q2 U, V, S, Ex, Irr. ; (d) identifique os estados no h-s e no T-s. Aqui
novamente se trata de sistema fechado, pois foi dada uma quantidade fixa de massa. Portanto as equaes de primeira e segunda lei para sistema fechado sero utilizadas novamente: dE = Q - W onde dE = dU + dEc + dEp e desprezados efeitos de Ec e Ep resulta dE = dU.A equao geral
de exergia fsica ou de estado ex = ( u - uo) + po.(v - vo) - To.(s - so). A equao geral de balano de exergia dada por ExT + Ex1 = Ex2 + 1W2 + Irr e ExT = 1Q2 .[( Tm - To) / Tm].Consultando tabelas de vapor se descobre que o estado um est na regio de mistura ( x = 0,70) logo t 1 = tsat na presso dada, isto , t1 = 171,8 C.Outras propriedades:h1 = hv - y.hlv = 2156,2 kJ / kg ; u1 = uv - y.ulv = 2021,1 kJ/kg ; v1 = vv - y.vlv = 0,16 m3 / kg ; s1 = sv - y.slv = 5,3 kJ / kg K.O estado de referncia novamente adotado com 25 C e uma atmosfera. Logo ex1 ser dada por: ex1 = (2021,1 - 104,88) + 1,01325*102*(0,16 - 1,0029*10-3) - 298,15*(5,3 0,3674) = 462,41 kJ / kg. O estado dois tem o mesmo volume pois, o processo a volume constante t 2 foi dado e igual a 537,8 C.Como essa temperatura maior do que qualquer temperatura de saturao do vapor (a temperatura de saturao limite igual quela do estado crtico), o estado dois de vapor superaquecido.
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Fazendo interpolao dupla nas tabelas de vapor (entre 2 MPa e 3 Mpa) resulta p2 = 2240,9 kPa 2,241 Mpa. Com esses dados se obtm finalmente: h2 = 3545,8 kJ / kg ; v2 = v1 = 0,16 m3/kg ; s2 = 7,5 kJ / kg K ; u2 = 3177,1 kJ /kg ;
lei resulta:
ex2 = 961,75 kJ/kg. A prxima etapa aplicar equaes de balano de primeira lei para
=
p.dv e v constante
Q2
= m.(u - u ) = 2,3 .(3177,1 - 2021,1) = 2658,8 kJ. Para o balano de segunda lei ExT
2 1
Q2
*[(Tm - To) / Tm]. Aqui sero testadas novas hipteses sobre Tm e, deve ser lembrado SEMPRE que Tm no limite deve ser aquela que leva a irreversibilidade a tomar um valor nulo pois, a irreversibilidade NUNCA pode ser negativa. Trs hipteses no mnimo podem ser consideradas : mdia aritmtica simples ( T 2 + T1) / 2,0 ; Tds = dh - vdp com Tm substituindo T para se fazer a integral da equao ; e Tm = [ ( T 2 -T1) / ln (T2/T1)]. Vai ser utilizada aqui o resultado obtido via equao Tds e, recomend-se ao leitor refazer o exerccio com as outras duas hipteses, para se verificar o nvel de aproximao das diversas hipteses.Com a equao Tds obtm-se para Tm o valor de 528,84 K, resultando Ex T = 2658,8 .[(528,84 - 298,15) /
528,84] = 1159,8 kJ. Levando esse e os outros valores obtidos na equao de balano de segunda lei resulta Irr = 12,12 kJ e, utilizando a equao da irreversibilidade na forma Irr = To[ m.(s2 - s1) - 1Q2/ Tm ] = 9,66 kJ. H portanto uma boa aproximao entre os resultados. Os demais clculos de U, Ex, V so deixados como exerccio para o leitor. importante observar aqui que nesse processo aquela hiptese de troca de calor em duas etapas no se aplica. Ou seja, aquela uma hiptese especfica do caso presso constante.
2,7 kg de vapor a 8274 kPa e umidade de 50% expandem temperatura constante at atingirem a presso de 2068,5 kPa. O estado de referncia para anlises de segunda lei to 25 C e uma atmosfera.Calcule para esse processo: (a) t1, h1, u1, v1, s1, ex1 ; (b) t2, h2, u2, v2, s2, ex2 ; (c) 1Q2 , 1W2 , U, V, S, Ex ; (d) identifique os estados no T-s e h-s .
h 2 1
p1
1 p2
Figura 6 - Processo a T constante No estado um o vapor se encontra na regio de mistura uma vez que foi dada a presso e a umidade.Temse ento: t1 = tsat = 297,3 C, h1 = hv - y.hlv = 2041,53; u1 = uv - y.ulv = 1942,2 ; v1 = vv - y.vlv = 0,0123 ; s1 = sv - y.sv = 4,4768 ; ex1 = (u1 - uo) + po.(v1- vo) - To(s1- so) = 613,25 kJ/kg sendo o clculo feito com base no
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modelo SF pois, foi dada uma quantidade fixa de massa. O estado dois caracterizado pela mesma temperatura uma vez que o processo temperatura constante e, pela presso final dada de 2068,5 kPa.Isso corresponde a um estado de vapor superaquecido.Interpolando nas tabelas de vapor resulta: t 2 = 297,30 ; h2 = 3015,02 ; u2 = 2766,07 ; v2 = 0,1211 ; s2 = 6,7378 ; ex2 = (u2 - uo) + po.(v2 - vo) - To(s2 - so) = 774,02 kJ/kg. Anlise de primeira lei para clculo de calor e trabalho envolvidos no processo: dU = Q - W e integrando resulta U2 -U1 = 1Q2
- W (1). Usando o conceito de variao de entropia dS =
1 2
Q/T + para
1
sistema fechado nesse caso e, admitindo como hiptese inicial que = 0,0 resulta m.( s2 - s1) =
vez que T constante no processo.Logo (1) obtm-se:
1 1 1
Q2
/ T uma
Q2
W2 = 3482,73 - m.(u2 - u1) = 1258,28 kJ. Aplicando a anlise de segunda lei ExT + Ex1 = Ex2 + = 3482,73 .[(570,5 - 298,15) / 570,5] = 1662,61
W2
kJ. Usando esse valor e os outros calculados na equao de balano de segunda lei resulta que Irr = 0,0 e, como Irr = To. e To diferente de zero resulta que = 0,0 o que confirma a hiptese inicial adotada.
(IV)
p1 1 h T p1
p2 p2 2 2
Figura 7 - Processo Isentrpico Esse um dos processos mais utilizados na anlise termodinmica.Pela sua generalidade e aplicao as duas anlises SF e VC sero avaliadas aqui.Considere-se 4,5 kg de vapor no caso de SF e 4,5 kg / s no caso do VC que se expandem segundo um processo isentrpico.Em ambos os casos o estado inicial tem 13790 kPa e 427,6 C e o final 13,8 kPa.Despreze efeitos e EC e EP em ambas as anlises e, considere o estado de referncia a 25 C e uma atmosfera.Calcule: (a) h1, u1, v1, s1, ex1 ; (b) t2, y, h2, u2, v2, s2, ex2 ; (c) 1Q2 , 1W2 , U, H, V, S, Ex ; (d) identifique os estados no T-s e h-s . Usando as tabelas de vapor e os dados do problema identific-se o estado um como vapor superaquecido resultando: h1 = 3106,4 kJ / kg ; u1 = 2844,39 ; v1 = 0,019 m3 / kg ; s1 = 6,1 kJ / kg K ; ex1 = (u1 - uo) + po.(v1- vo) - To(s1- so) = 1033,0 kJ / kg para o sistema fechado e, ex1 = (h1 - ho) - To.(s1 - so) = 1293,2 para o volume de controle.Como o processo isentrpico a entropia do estado dois idntica quela do estado um ,ou seja, s1 = s2 = 6,1 kJ / kg K e a presso do estado dois foi dada sendo igual a 13,8 kPa. Com esses dados o estado dois fica caracterizado na regio de mistura. Assim, y = (sv - s2) / slv = 0,265 pois, s2 = sv - y.slv = 6,1; h2 = hv - y.hlv = 1966,2 kJ / kg ; u2 = uv - y.ulv = 1855,8 kJ / kg ; v2 = vv - y.vlv = 8,0 m3 / kg ; ex2 = (u2 - uo) + po.(v2- vo) - To(s2- so) = 852,9 kJ /kg para o
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modelo de sistema fechado e, ex2 = (h2 - ho) - To(s2 - so) = 153,0 kJ / kg. Usando anlise de primeira lei dE = Q - W e a definio de variao de entropia ds = Q/T + e, verificando que como s constante ds = 0,0 e que para que tal ocorra 1Q2 = 0,0 e tambm = 0,0. Portanto o processo isentrpico ADIABTICO (no h troca de calor) e REVERSVEL (no h produo interna de entropia), o que j de conhecimento generalizado nos estudos de termodinmica.O resultado final ento: U2 - U1 = 1W2 = 4448,7 kJ. Para o volume de controle em regime permanente vale a equao geral: Qvc +me.he = ms.hs + Wvc onde Qvc = 0,0 conforme j visto. Assim, Wvc =me.he - ms.hs. Como me = ms = m = 4,5 kg/s Wvc = 4,5.(he - hs) = 4,5 . (h1 - h2) = 4,5 .(3106,4 - 1966,2) = 5130,9 kW. A anlise de segunda lei para SF e VC permite escrever IrrSF
= To.[m.(s2 - s1) - 1Q2/Tm] e IrrVC = To.[m.(s2 - s1) - Qvc/Tm]. Em ambos os casos Irr = 0,0 pois, (s2 -s1) = 0,0 e tanto 1Q2 como Qvc = 0,0.O balano de exergia produz: SF ==> ExT + Ex1 = Ex2 + 1W2 + Irr portanto, 1W2 = Ex1 - Ex2. Para o VC ==> Exe + ExT = Exs + Wvc + Irr . Como ExT = 0,0 e Irr = 0,0 resulta Wvc = Exe - Exs.
V - Processo de Expanso adiabtica irreversvel: Esse processo est normalmente associado s mquinas trmicas como turbinas a vapor.O processo anterior a condio ideal de expanso em qualquer mquina trmica isto , representa a condio limite da expanso.Logo desempenha papel importante tambm no caso da anlise aqui desenvolvida.Considere-se 4,5 kg/s de vapor fluindo em regime permanente de forma adiabtica ou seja, sem troca de calor com as vizinhanas. O estado inicial 13790,0 kPa e 426,7 C.O estado final de 13,9 kPa. A eficincia isentrpica da expanso de 0,75. Desprezam-se efeitos de EC e EP .Calcule: (a) U, H, S, V, Ex, Irr, Qvc e Wvc. (b) identifique os estados no T-s e no h-s. O estado um considerando as propriedades dadas vapor superaquecido logo : h1 = 3106,4 kJ/kg ; t1 = 426,7 C; v1 = 0,019 m3/kg ; u1 = 2844,39 kJ/kg; s1 = 6,1 kJ/kg K; ex1 = (h1 - ho) - To.(s1 - so) = 1293,20 kJ/kg. Para se chegar ao estado dois necessrio utilizar o conceito de eficincia isentrpica is ou en ( considerada a eficincia clssica de primeira lei ou energtica). en = h
real
/ hideal.Ou (h1 - h2) / ( h1 - h2s) onde h2s representa o estado atingido na condio ideal isto , a
2s
2s
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O clculo de h 2s feito segundo o processo anterior e produz h 2s = 1966,2 kJ/kg. A eficincia isentrpica foi dada e igual a 0,75 logo, (h 1 - h2) = 0,75.( h 1 - h2s) resultando 2251,3 kJ/kg. Portanto tem-se p2 = 13,9 kPa valor dado h2 = h1 - 0,75.(h1 - h2s) =
caracteriza o estado dois como regio de mistura. Calcula-se y = (hv - h2) / hlv = 0,1451 (hv = 2596,3 kj/kg; hlv = 2377,6 kJ/kg). As demais propriedades so obtidas ento: u2 = uv -y.ulv = 2123,4 kJ/kg; v2 = vv - y.vlv = 9,8 m3/kg ; s2 = sv - y.slv = 7,0 kJ/kg K ; ex 2 = (h2 - ho) - To.(s2 - so) = 169,9 kJ/kg. Para os clculos das variaes basta apenas fazer as diferenas respectivas entre os dois estados.Aplicando a equao de primeira lei e considerando que o processo adiabtico resulta: Qvc + me.he = Wvc + ms.hs, como me = ms = m = 4,5 kg/s e Qvc = 0,0 tem-se Wvc = m.(h 1 - h2) = 3848 kW. Uma questo interessante de ser avaliada como calcular a eficincia exergtica dessa expanso.Observe-se de passagem que essa eficincia diferente da eficincia isentrpica. Prosseguindo com a anlise de segunda lei ter-se-ia: Exe + ExT = Exs + Wvs + Irr. Como a expanso adiabtica Qvc = 0,0 e portanto Ex T = 0,0.A equao da irreversibilidade produz Irr = To.[m.(s2 - s1) - Qvc/Tm] = 1206,9 kW. Assim m.(ex1 - ex2) = Wvc +Irr confirmando Wvc = 3848 kW e fechando o balano de segunda lei.
(V)
Esse processo a contrapartida das expanses e normalmente est associado a bombas e compressores.Considere-se 0,9 kg de vapor sendo bombeados adiabaticamente. A condio inicial de
vapor saturado com 80% de ttulo e a uma presso de 827,4 kPa.A condio final de uma presso de 11721,5 kPa (~ 117,2 bar).A eficincia isentrpica do bombeamento de 0,75.Calcule: (a) t 1, h1,u1, v1, s1, ex1; (b) t2, h2,u2, v2, s2, ex2; (c) 1Q2, 1W 2, Irr; (d) faa a identificao dos estados no T-s e no h-s. A condio inicial ou estado um de vapor na regio de mistura uma vez que foi dado o ttulo.Com o ttulo x = 0,80 e a presso de 827,4 kPa t1= tsat = 171,8 C na presso dada. Nesse caso h1 = hl +x.hlv = 2362,4 kJ/kg; u1 = ul + x.ulv = 2206,5 kJ/kg; s1 = sl + x.slv = 5,73 kJ/ kg K ; v 1 = vl + x.vlv = 0,187 m 3/kg ;ex1 = (u1 - u0) + po.( v 1 v0) - To.( s1 - s0) = (2260,5 - 104,88) + 1,01325 x10 2x(0,187 - 1,0029x10-3) - 298,15x(5,73 - 0,3674) = 521,61 kJ/kg pois, trat-se de massa fixa logo aplica-se o modelo de SF. O T-s dado a seguir (como seria o h-s?):
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Aqui como no modelo de expanso tambm existe uma condio limite ou ideal, o estado 2s que corresponde ao bombeamento isentrpico (isto , s1 = s2s).O estado dois fica identificado pela presso final de 11721,5 kPa e pela eficincia isentrpica dada de 0,75. O estado 2s fica identificado pela mesma presso e pela entropia que idntica quela do estado um conforme j dito.Sendo assim h 2s = 2826,802 kJ/kg; v 2s = 0,017233 m3/kg; e u2s = h2s - p2. v2s = 2624,81 kJ/kg. A eficincia isentrpica definida para SF como is = en = (u2s - u1) / (u2 - u1) logo, u2 = u1 + (u2s - u1) / is = 2764,25.Aplicando a primeira lei para SF resulta dE = Q - W com Q = 0,0 (processo adiabtico). Logo W = dU e
1
501,98 kJ (o sinal negativo nesse caso indica trabalho fornecido ao sistema e, portanto consumido no processo de bombeamento.Assim uma mquina expansora como uma turbina produz trabalho til enquanto que uma mquina
2
W2
compressora
como
uma
bomba
ou
compressor
consome
trabalho
calculado de u
m3/kg. Assim ex 2 = (u 2 - u0) + po.(v2 - vo) - To.(s2 - so) = 982,04 kJ/kg. A irreversibilidade calculada pela equao de balano de exergias e pela prpria equao de irreversibilidade produz Irr = 72,45 kJ/kg.(os clculos de verificao so deixados ao leitor como tarefa proposta). Aqui tambm seria inter essante calcular a eficincia exergtica desse processo.Como ela seria obtida? E, para encerrar a anlise do processos de compresso prope-se a seguinte anlise para VC em regime permanente:2,9 kg/s de vapor so bombeados de forma adiabtica partindo de uma condio inicial de vapor com ttulo de 0,80 e presso de 827,4 kPa.A condio final de uma presso de 10 Mpa sendo a eficincia isentrpica do processo de 0,80. Calcule: (a) t1, h1,u1, v1, s1, ex1; (b) t2, h2,u2, v2, s2, ex2; (c) 1Q2, 1W2, Irr; (d) faa a identificao dos estados no T-s e no h-s. (e) calcule a eficincia exergtica do processo ex.Dica a eficincia isentrpica nesse caso definida por is = en = (h2s - h1) / (h2 - h1) pois, trata-se de VC em regime permanente.E h 2s fica identificada por p2 e s2s pois, s2s = s1.
(VI)
Processo muito usual e normalmente associado a dispositivos como vlvulas(comuns e redutoras) e purgadores por exemplo.Normalmente considerado adiabtico e,no se realiza trabalho quando ocorre. Inicia-se estrangulamento de vapor numa presso de 3447,5 kPa e encerra-se com uma presso de 101,4 kPa nas seguintes situaes: (a) vapor a 260 C ; (b) vapor com 4% de umidade; (c) vapor com 50% de umidade; (d) lquido saturado.Calcule em cada situao: estado um h 1,u1,v1,s1,ex1 ; estado dois h2,u2,v2,s2,ex2,y2,t2 e,a irreversibilidade Irr 1->2.Use os dois modelos, SF e VC em regime permanente para cada caso. Esse processo quando ocorre tende a produzir vapor de flash na sada e,dependendo das condies a quantidade de vapor pode ser (assunto que ser visto posteriormente) significativa.Portanto deve ser analisado com
ateno pois,se esse vapor formado for perdido de alguma forma pode representar uma penalidade bastante alta para o processo.Admitindo anlise para VC em regime permanente e considerando o caso (a) vem:estado um p1 = 3447,5 kPa e t1 = 260 C, vapor superaquecido.Propriedades do estado (tabelas de vapor): h1 =
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2864,4 kJ/kg; v1 = 0,0621 m3/kg; u1 = 2650,9 kJ/kg; s1 = 6,235 kJ/kg K ; ex1 = (h1 - ho) - To.(s1 -so) = 1011,0 kJ/kg. No estado dois p2 = 101,4 kPa e como Qvc + me.he = ms.hs + Wvc com Qvc = 0,0, Wvc =0,0 e me = ms = m resulta he = hs ou seja, o processo por ser adiabtico e no produzir trabalho isentlpico( h1 = h2).
P1 P2 T 1 1 1 1 (a) (d) 2 (c) 2 S Figura 10 - Reduo de presso via estrangulamento Assim p2 = 101,4 kPa e h 2 = h1 = 2864,4 kJ/kg resultando em vapor superaquecido tambm nesse estado. Assim y2 no faz sentido uma vez que s est definido (como zero) quando o estado de lquido saturado, (como um) quando o estado de vapor saturado e, valores intermedirios quando o estado se encontra na regio de mistura. J t2 = 194,6 C, v2 = 2,12 m3/kg, u2 = 2649,74 kJ/kg, s2 = 7,80 kJ/kg K, ex2 = (h2 - ho) - To.(s2 - so) = 544,6 kJ/kg. O balano exergtico produz: Exe + ExT = Exs + Wvc + Irr , com ExT =0,0 e Wvc = 0,0 e, portanto Irr = Exe - Exs = m.(ex 2 - ex 1) e Irr/m = (ex 2 - ex1) = 466,4 kJ/kg. Para confirmar a anlise utiliza-se a equao da irreversibilidade Irr = To.[m(s2 -s1) - Qvc/Tm] = To.[m.(s2 - s1)]. Logo Irr/m = To.(s2 - s1) = 466.4 kJ/kg o que confirma o resultado anterior. Para os demais casos a anlise em tudo similar e deixada como exerccio ao leitor. Observe que unidades de potncia (kW, MW, etc) quando divididas por fluxos de massa (kg/s) produzem resultados na forma de grandezas especficas (kJ/kg por exemplo). Na anlise para sistema fechado as alteraes so a substituio do fluxo de massa (kg/s) por quantidade fixa de massa (kg) e, unidades de potncia (kW por exemplo) devem ser substitudas por unidades de energia (kJ por exemplo). (b) 2 2
VII - Processo de Produo Reversvel de Vapor. Esse processo a base de referncia para a produo de vapor em geradores de vapor ou caldeiras. a condio idealizada pois, as irreversibilidades presentes nas diversas etapas que compem essa produo so desconsideradas e, tudo analisado como se elas no existissem.Posteriormente essas irreversibilidades sero vistas e analisadas.Os esquemas anteriores mostram as partes principais da caldeira e o T-s associado quando ocorre produo reversvel de vapor. A gua de alimentao (geralmente na condio de lquido comprimido) entra na caldeira - estado 1. Para clculos precisos essencial saber o estado real da gua
nesse ponto,principalmente se a presso da caldeira for superior a 2700 kPa.Para presses abaixo desse
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valor usual utilizar dados do lquido saturado considerando a temperatura do estado. Pode-se tambm usar a equao aproximativa h = h(T) + v(T)[p - psat (T)] para o caso mais geral. Considere-se ento os esquemas dados e as seguintes condies: superaquecedor 3 4 Sada de vapor Superaquecido
Tubulo Superior
Economizador
Vsup
LC 1
LS qarev
qbrev
VS qcrev s
lquido comprimido a 10342,5 kPa e 60 C aquecido presso constante na entrada de uma caldeira e, posteriormente atinge a condio de vapor superaquecido a 537,8 C.Os processos todos so considerados reversveis.Calcule: (a) calor necessrio para fazer com que o lquido comprimido atinja a condio de lquido saturado no economizador - estado 2; (b) calor necessrio para vaporizar o Lsat fazendo com que ele atinja a condio de Vsat na caldeira - estado 3; (c) calor necessrio para tornar o vapor saturado superaquecido e fornecido via superaquecedor - estado 4; (d) Q , ExT, S, Ex, Irr desde a condio de lquido comprimido at o estado final de vapor superaquecido. Como o estado um LC a 10342,5 kPa >> 2700 kPa deve-se consultar tabelas de lquido comprimido. Com a presso e a temperatura dadas resulta para o estado um: h1 =
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259,79 kJ/kg; v1 = 0,00101 m3/kg; u1 = 249,32 kJ/kg; s1 = 0,8237 kJ/kg K; ex1 = 18,9 Kj/kg. O estado dois de lquido saturado na presso de 10342,5 kPa. Interpolando nas tabelas de vapor tem-se: h2 = 1422,6 kJ/kg; v2 = 0,0015 m3/kg; s2 = 3,37 k/kg K ;t2 = 313,6 C ; u2 = 1407,2 k/kg ; ex2 = 422,7 kJ/kg. Aplicando a primeira lei para volume de controle em regime permanente Qvc + me.he = Wvc + ms.hs com Wvc = 0,0 e me = ms = m, resulta Qvc = m.(hs -he) e Qvc/m = qvc = (hs -he) = (h2 -h1) = 1162,81 kJ/kg. Como o processo considerado reversvel esse ento o calor reversvel trocado no processo 1 2 ou qarev . A segunda lei serve para checar esse resultado. Irr = To.[m.(s2 - s1) - Qvc/Tm] ou Irr/m = To.[(s2 -s1) - qarev/Tm]. Usando a equao Tds = dh - vdp. Como p constante Tds = dh e Tm = h / s = qarev / s e qarev = Tm.s. Logo
Irr/m = To.[ s - (Tm. s/Tm)] e, Irr/m = To[s -s] = 0,0 confirmando a hiptese de reversibilidade do processo. bom observar que a condio limite mxima para Tm T2 caso em que ocorreria a irreversibilidade mxima e, a condio limite mnima Tm = 456,33 K (158,18 C) que equivaleria irreversibilidade igual a zero. Abaixo dessa temperatura ter-se-ia Irr < 0,0 o que impossvel. O balano de exergias pode ser aplicado aqui para calcular a exergia trmica Ex Ta e,conseqentemente Tm. interessante que o leitor faa tal clculo. Para a mudana de estado de 2 3 ou vaporizao (passagem do lquido saturado a vapor saturado) tem-se h3 = 2718,8 kJ/kg; v3 = 0,017 m3/kg ; u3 = 2539,5 kJ/kg ; t3 = t2 = tsat =313,49 C ; s3 = 5,5941 kJ/ kg K ; ex3 = 1056 KJ/kg. Primeira lei VC/RP Qvc / m = qbrev = (h3 - h2) = 1296,2 kJ/kg. Observe que nessa regio hipteses consistentes sobre Tm deveriam considerar Tsat como a referncia correta pois, na mudana de estado a temperatura mantida constante. Usando Irr /m = To[(s3 -s2) - qbrev/Tm] e Tds = dh vdp e, considerando que p constante resulta Tm = h / s = 582,8 K valor um pouco menor do que Tsat (586,64). Essa discrepncia se deve ao fato de que utiliz-se uma temperatura de referncia To (valor portanto arbitrado) nas anlises de segunda lei e que a presso suposta constante. Alm disso, como o processo considerado reversvel tem-se que ds = Qrev /T e para calcular Tm dever-se-ia conhecer a relao funcional exata entre T e S. O balano de exergias serviria para calcular ExTb e conseqentemente Tm. deixado como proposta ao leitor. Para a mudana de estado de 3 4 ou superaquecimento do vapor saturado tem-se p4 = p3 = 10342,5 kPa ; t4 = 537,8 C = 811,0 K ; h4 = 3466,5 kJ/kg ; v4 = 0,03391 m3/kg ; s4 = 6,70 kJ /kg K ; u4 = 3117,7 kJ/kg ; ex4 = 1474,4 kJ/kg. Primeira lei VC/RP qcrev = (h4 - h3) = 748,1 kJ / kg ; Irr/m = To.[ (s4 - s3) - qcrev/Tm] e Tm = h / s = 676,1 K condio resultante da irreversibilidade nula do processo. Novamente aqui o balano de exergias serve para o clculo de ExTc e confirmao de Tm o que sugerido como exerccio ao leitor. interessante observar que todos os processos anteriores foram considerados ideais (reversveis) mas que, na realidade calor seria cedido em cada etapa do circuito ou caldeira numa temperatura Tf da fonte maior que a temperatura Tu do receptor da energia trmica assim fornecida. Se a eficincia de primeira lei for considerada igual a 1,0 ou 100% (ou seja, todo calor fornecido absorvido pelo receptor) as exergias trmicas envolvidas seriam Ex Tf = q [ (Tf - To ) / Tf] ( exergia trmica da fonte) e ExTu = q[ (Tu - To) / Tu] (exergia trmica do receptor ou usurio do calor cedido). Considerando ento ExTf / ExTu = [(Tf - To)/Tf ].[Tu/(Tu - To)] = Tu/Tf.[(Tf - To) / (Tu - To)]. Portanto, o grande
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responsvel pela irreversibilidade da troca trmica o gradiente de temperatura entre fonte e usurio envolvidos no processo.Como normalmente os processos de troca trmica so do tipo q = U.A.T onde U representa o coeficiente global de troca trmica(ver livros texto de TRC), geralmente o projetista da caldeira vai ser obrigado a avaliar o compromisso entre baixar T e aumentar a rea de troca trmica.Isso se transforma numa questo econmica pois,h um custo adicional pelo acrscimo de tamanho das superfcies de troca que deve ser contrabalanado pela minimizao da irreversibilidade. Alm claro de questes associadas ao tamanho e facilidade de instalao e montagem da caldeira.
A caldeira um equipamento bastante complexo que atravs de seus vrios componentes operando de forma sincronizada, serve para produzir vapor a ser utilizado como vetor energtico na indstria seja para produo de potncia seja para produo de calor de processo. Utiliza a queima de um combustvel na seo prpria denominada cmara de combusto e, atravs da energia radiante da combusto e dos efeitos convectivos dos gases quentes assim gerados produz o vapor na outra seo especializada ou caldeira propriamente dita, que normalmente composta de tubules, headers e paredes dgua.Os dois grandes modelos so as caldeiras flamotubulares e as caldeiras aquotubulares. Caldeiras Flamotubulares: a cmara de gua e de vapor fica na parte externa dos tubos e, os gases quentes circulam no interior dos tubos. A entrada dos tubos geralmente se situa na sada da cmara de combusto. Caldeiras Aquotubulares: as cmaras de gua e vapor so distribudas pelos tubos e paredes dgua e, os gases quentes e a energia radiante liberada na queima do combustvel, circulam na parte externa desses componentes. Assim a cmara de combusto praticamente independente dos tubos. As figuras a seguir mostram detalhes de cada modelo e, as consideraes que se seguem discutem em detalhe cada caso. Existe tambm um modelo alternativo de caldeira raramente empregado, as caldeiras eltricas, que se valem de uma resistncia eltrica para produzir o vapor. So usadas em situaes muito especficas e, raramente so encontradas em unidades industriais. Os circuitos bsicos e essenciais das caldeiras so: (a) circuito de combustvel e ar que alimentam os queimadores da cmara de combusto produzindo energia radiante e gases quentes;
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(b) circuito gua/vapor composto no geral de economizador, tubules, paredes dgua superaquecedor por onde circula a gua a ser vaporizada e fornecida como vapor na forma de produto utilizvel; (c) circuito de gases de exausto que permite a circulao e exausto dos gases. Os termos mais utilizados na rea de produo de vapor via caldeiras: Economizador: seo da caldeira onde se faz o pr-aquecimento da gua de alimentao que normalmente entra na forma de lquido comprimido e, que ao sofrer o pr-aquecimento chegana caldeira na forma de lquido saturado.Normalmente aproveita o efeito convectivo dos gases de exauato; Pr-aquecedor de Ar: o ar de alimentao da cmara de combusto normalmente deve ser pr-aquecido para melhorar o desempenho energtico da caldeira. Esse equipamento cumpre esse papel tambm aproveitando o efeito convectivo dos gases. Superaquecedor: nas caldeiras mais poderosas e normalmente aquelas que so destinadas produo de potncia o vapor deve ser superaquecido. Assim essas caldeiras so equipadas com esse acessrio que normalmente aproveita energia radiante e efeitos convectivos e, cuja funo final superaquecer o vapor produzido; VTF: (ventilador de tiragem forada) um soprador de ar que insufla o ar de combusto para dentro da cmara de combusto; VTI: (ventilador de tiragem induzida) um exaustor colocado no circuito da chamin para facilitar a exausto dos gases produzidos na cmara de combusto; Tiragem: produo de fluxo de ar e de gases para circulao dentro da caldeira. Pode ser natural (normalmente quando se aproveita de efeitos de massa especfica diferente de fludos quentes e frios) ou
artificial (quando se utilizam equipamentos mecnicos para se conseguir o efeito, podendo ser forada ou induzida conforme visto em itens anteriores); Classes de Vapor: caractersticas mais usuais do vapor encontrado em aplicaes industriais. As classes mais usuais so; (a) vapor de alta 30 ~ 80 kgf/cm2 e at 500 C ; (b) vapor de mdia 15 ~ 30 kgf/cm2 e at 435 C; (c) vapor de baixa 3 ~ 15 kgf/cm2 e at 350 C. Blown-Down: sistema de descarga de lama do fundo da caldeira para manter a qualidade da gua.Poe ser automtico ou manual; Ramonagem: limpeza das tubulaes internas da caldeira para retirada de fuligem e incrustaes atravs de jatos de vapor direcionados s diversas superfcies encontradas no trajeto dos gases.
Um fluxo adequado de gua e mistura vapor/gua deve ser mantido na caldeira, tanto para garantir a produo continuada de vapor como para evitar efeitos danosos de superaquecimento em tubos, paredes
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dgua e outros circuitos da caldeira. Esse fluxo pode ser conseguido via circulao natural (efeito de massas especficas diferentes) ou forada (via bombas de circulao) ou da combinao dos dois. As figuras A, B e C na seqncia mostram os diversos casos. A relao entre a massa de vapor e a massa de gua circulantes dada por k = m
H2O
alimentao e sada de vapor produzido respectivamente. Essa relao pode variar de 4 nas caldeiras pequenas at 30 nas caldeiras de alta produo de vapor.
e massas especficas 3 - tubulo superior 6 4 - downcomers (tubos + frios) gases quentes 5 - tubulo inferior ou header 6 - risers (tubos + quentes)
tubulo inferior
1 - BAL - bomba H2O alimentao 2 - economizador 3 - tubulo superior 4 - tubos frios (downcomers) 5 - header ou tubulo inferior 6 - tubos quentes ou risers 7 - superaquecedor
5 1 BAL
30
2 1 BAL
4 6
8 - BCF
A caldeira apresenta tambm equipamentos e acessrios que lhe conferem caractersticas adicionais e, melhora de desempenho como os economizadores e os superaquecedores. Os superaquecedores equipam as caldeiras mais ajustadas produo de potncia pois, nesse caso o vapor produzido normalmente deve ser entregue na condio de superaquecido. Esses superaquecedores so montados no circuito da caldeira seja na regio de energia radiante seja na regio de efeitos de conveco. As formas mais usuais so U e zig-
zag. H tambm casos onde so montados reaquecedores naquelas caldeiras adaptadas para ciclos com reaquecimento (assunto a ser visto posteriormente). J os economizadores servem para pr-aquecer a gua de alimentao quando essa entra no tubulo da caldeira. Esse pr-aquecimento favorece economia de combustvel na caldeira. Esses equipamentos so encontrados de forma mais usual nas caldeiras aquotubulares. As figuras anteriores e as anlises que se seguem contm mais detalhes explicativos sobre eles. As figuras 39 e 42 (figuras 14 e 14-A na seqncia) mostram detalhes construtivos desses equipamentos. A figura 39 (fig 14) possui setas indicando o circuito de passagem dos gases quentes. A figura 39-a uma vista geral explodida da caldeira.A figura 39-b uma planta da parte inferior da fornalha e dos tubos componentes da caldeira considerando um corte feito mais ou menos na altura da porta de inspeo. A figura 39-c um corte lateral no local onde se localiza o superaquecedor que nesse caso em formato U e identificado pela letra i na vista da figura 39-a. A figura 39-d um corte da seo da caldeira mostrando as paredes dgua (identificadas pela letra d na figura 39-a) e a caldeira propriamente dita com os dois tubules e os respectivos feixes de tubos (identificados pela letra b na figura 39-a). As paredes dgua so compostas dos tubos c , d , e identificados na figura 39-a. As filas de tubos g e h protegem os
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gua entra na caldeira atravs dos tubos m vinda do economizador e, os tubos n caldeira e completam o circuito de circulao de gua/vapor. A figura 42 (fig 14-A) mostra uma caldeira com uma distribuio especial de tubos nas paredes dgua. As trs primeiras filas de tubos a sobem verticalmente, fazem uma angulao e se ligam ao coletor ou header c ; os tubos d de descarga do coletror c cruzam o teto da fornalha por cima e entram no e o compem tambm a
tubulo superior transportando a mistura lquido/vapor Entre os tubos a e d est mostrado o superaquecedor f em forma de zig-zag. A circulao feita pelos tubos descendentes g (downcomers) e
pelos tubos ascendentes (risers) b e a . Existe um tubulo inferior j onde a gua prossegue circulando pelos tubos k passando a um header inferior h e, circulando ento pelos tubos i das paredes dgua. O circuito fechado pelo header superior l onde a mistura gua/vapor passa para o tubulo superior atravs dos tubos m. O circuito de gases quentes est indicado pelas setas e existem diversas chicanas n que obrigam os gases a se direcionarem segundo o circuito projetado. A cmara de combusto e os queimadores esto contidos na regio h,i,l,d. H um indicador de nvel na extremidade superior direita e, internos do tubulo superior so vistos nas posies e.
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Caldeiras utilizam vrios combustveis para produzir vapor que a forma de energia final til.Um dos mais utilizados o carvo mineral que classificado de acordo com normas tipo ASTM.Esse carvo normalmente acompanhado de dois tipos de anlise: a anlise aproximada (proximate) e a anlise mais refinada ou completa (ultimate).Normalmente as anlises so reportadas em base seca e livre de cinzas. Caso se conhea o percentual de cinzas e umidade ento os percentuais dados em base seca e sem cinzas devem ser corrigidos pelo coeficiente [1 - M - A] x [percentual dado na anlise] onde M = % umidade e A = % cinzas.Outro parmetro que normalmente vem referenciado nas anlises o poder calorfico inferior ou o superior.Esse parmetro o indicador da quantidade de energia presente numa unidade de combustvel (normalmente KJ/kg).A diferena entre os poderes calorficos superior e inferior igual a entalpia de vaporizao do vapor de gua presente nos gases de combusto, vapor esse produzido pela queima de H 2 e, tambm proveniente da umidade presente no combustvel.Tomando um valor de referncia para essa entalpia da ordem de 2400 KJ/kg tem-se: PCS - PCI = 2400 x (M +9H2) onde M o percentual de umidade e, H 2 o percentual corrigido de hidrognio reportado na anlise fornecida.Caso no se tenha informao sobre o PCS do carvo pode-se utilizar a frmula de Dulong: PCS = 33.950 x C + 144.200 x [H 2 - (O2 / 8)] + 9400 x S e, deve-se ter o cuidado de usar os percentuais corrigidos se a anlise for fornecida em base seca e sem cinzas.Tome-se um exemplo para demonstrao do que foi dito. Um carvo tem as seguintes informaes para anlise aproximada VM=54,0%,FC=46,0%, S=2,8% e PCS= 28.922 kJ/kg livre de cinzas e umidade (VM = % material voltil, FC % carbono fixo e, S % de enxofre todos em base massa).A anlise completa na mesma condio apresenta as seguintes informaes C = 72,4 %, H 2 = 4,7 %, O2 = 18,6 %, N2 = 1,5 % e S = 2,8 %. Calcule as condies reais de queima desse carvo considerando os percentuais de umidade M = 39 % e cinzas A = 8,0 %. Soluo passo 1 calcular o coeficiente de correo [1 - M - A] = [1 - 0,39 -0,08] = 0,53. passo 2 aplicar o coeficiente de correo aos dados da anlise fornecida anlise aproximada - VM = 0,53 x 54 % = 28,6 %, FC = 0,53 x 46 % = 24,4 %, S = 0,53 x 2,8 % = 1,5 %, M = 39,0 % , A = 8,0 % e, PCS = 0,53 x 28922 = 15.328,66 kJ/kg. anlise completa - C = 0,53 x 72,4 = 38,372% , H2 = 0,53 x 4,7 = 2,491 %, O2 = 0,53 x 18,6 = 9,858 %, N2 = 0,53 x 1,5 = 0,795 %, S = 0,53 x 2,8 = 1,484 %, M = 39 %, A = 8 %. passo 3 calcular o PCI , PCI = PCS - 2400 x [0,39 + 9 x 0,02491] = 13.854,604 kJ/kg. passo 4 calcular o PCS via equao de Dulong, PCS = 33950 x 0,38372 + 144200 x [0,02491 (0,09858/8)] + 9400 x 0,01484= 14.981,91 kJ/kg. Combustveis derivados de petrleo tambm so utilizados em caldeiras e, grande parte deles na forma de leos combustveis. Parmetros importantes que caracterizam esses combustveis so o PCS ou PCI (kJ/kg), a densidade (relao entre a massa especfica do combustvel e a da gua a 15,6 C dada de forma
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adimensional ou ento graus API - American Petroleum Institute - sendo a relao entre densidade e graus API dada pela equao d = 141,5 /[131,5 + API] na condio de referncia ou seja 15,6 C ou 60 F), o ponto de inflamabilidade ou temperatura mnima em que os vapores do lquido podem se inflamar, ponto importante em questes de estocagem e manuseio e, o ponto de congelamento ou a menor temperatura em que o lquido se torna muito viscoso. A combusto de leos tem uma srie de vantagens sobre o carvo como, por exemplo, os leos so mais limpos e mais fceis de manusear, estocar e transportar e produzem apenas resduos de cinzas na queima e, apresentam combusto mais fcil. Mas, apresentam alguns problemas como, por exemplo, altos teores de enxofre em alguns deles e, tambm vandio que na combusto se oxida produzindo o V2O5 altamente corrosivo.Clculos bsicos com combustveis lquidos (leos derivados de petrleo essencialmente) usados em caldeiras so apresentados a seguir. Calcule o poder calorfico do propano em base volumtrica e, de um leo combustvel no 6 ambos em BTU/galo (o galo uma unidade de volume do sistema ingls e 1 p cbico = 7,48 gal).Os dados dos dois combustveis so d = 112,5 API, PCS = 50.400 kJ/kg e custo
relativo/unidade de energia = 122 para o propano, que custa no mercado US$0,80/galo. Para o leo no 6 vale d = 14,5 API, PCS = 42.330,0 kJ/kg e custo relativo/unidade de energia = 51. O parmetro custo relativo/unidade de energia normalmente tabelado e, permite relacionar preos de combustveis, conhecido o de um deles. Tambm calcule os custos do leo em US$/MBTU e cents/galo.O primeiro passo na soluo estabelecer uma equao geral de clculo do PCS em base volumtrica, lembrando que na condio padro a massa especfica da gua vale 62,4 lbm/ft3 e, que a densidade do combustvel a relao entre sua massa especfica e aquela da gua d = LEO / H2O, logo LEO = d x H2O. Chamando de X o PCS em base volumtrica pode-se escrever X = PCS x d x H2O x ft3/gal. O PCS deve ser convertido para BTU/lbm logo X = 0,43 x PCS x 62,4 x [141,5 / (131,5 + API)] x 0,1337 ft3/gal lembrando que 1 kJ/kg = 0,43 BTU/lbm. Essa equao geral produz o PCS em BTU/galo. Para o propano ento resulta: X = [0,43 x 50.400,0] BTU/lbm x 62,4 lbm/ft 3 x [141,5 /(131,5 +112,5)] x 0,1337 ft 3/gal = 104.853,18 BTU/gal Para o leo no 6 resulta: X = [0,43 x 42.330,0] BTU/lbm x 62,4 lbm/ft 3 x [141,5 /(131,5 +14,5)] x 0,1337 ft 3/gal = 147.175,77 BTU/gal Para calcular o custo do combustvel em US$/MBTU faz-se as seguintes operaes: o propano tem um valor de mercado de US$ 0,80/galo logo, YPROP (US$/MBTU) = [0,80 US$/gal] x [106 BTU/MBTU] / [BTU/gal] = 0,80 x 106 / 104.853,18 = US$ 7,63 / MBTU. Para o leo no 6 preciso utilizar o parmetro que relaciona custos de combustveis j referenciado anteriormente. Assim, YLEO = (51/122) x US$ 7,63 / MBTU = US$ 3,19 / MBTU. Chamando Z o custo em cents/galo resulta para o leo no 6 Z LEO = [319 cents/MBTU] x [147.175,77 BTU/gal] / [106 BTU/MBTU] = 46,95 cents / galo ou US$ 0,47/galo. Combustveis gasosos tambm so queimados em caldeiras para produo de vapor.A grande maioria deles so fsseis ou derivados de fsseis e, podem ser classificados em trs grandes grupos: gases naturais, gases manufaturados e, subprodutos industriais como BFG, COG e LDG. A composio de gases geralmente
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expressa em base molar ou volumtrica ao contrrio dos carves e combustveis lquidos. Para misturas de gases ideais as composies molar e volumtrica so idnticas e, o poder calorfico desses gases normalmente expresso em kJ/Nm3 onde Nm3 identifica normal metro cbico (volume medido nas CNTP, 0 C e 1 atm ou 101,325 kPa), ou kJ/litro, ou BTU/ft 3. Assim, o poder calorfico depende da massa especfica que diretamente proporcional presso absoluta dada e, inversamente proporcional temperatura absoluta dada.O poder calorfico tambm pode ser expresso em unidade de energia por massa (kJ/kg ou BTU/lbm) e, nesse caso independe da presso e temperatura do gs. O poder calorfico de uma mistura de combustveis gasosos igual ao somatrio dos produtos da frao volumtrica de cada componente pelo respectivo poder calorfico. Dadas uma presso e temperatura de referncia pR e TR o poder calorfico da mistura ser: PCSmist(pR,TR) =
i =n (PCSv)i,pR,TR i =1
condies pR, TR e Vi a frao molar ou volumtrica daquele componente. Para converter o PCS da condio de referncia a uma outra condio qualquer p,T basta usar a equao (PCSv)p,T = (PCSv)pR,TRx (p/pR) x (TR/T). Presses e temperaturas usadas nessa equao devem ser ABSOLUTAS. Um poder calorfico em base volumtrica numa dada presso e temperatura, pode ser convertido em base massa multiplicando o valor em base volumtrica pelo volume especfico do gs na mesma temperatura e presso.Assim PCSm = (PCSv )p,T x (v)p,T. O volume especfico de uma mistura de gases pode ser obtido da equao v = V/m = RT/p = RuT/pMM onde Ru a constante universal dos gases e MM a massa molecular. Maiores esclarecimentos sero obtidos com uma aplicao.Calcule o PCS em kJ/m3 e kJ/kg a 10 C e 3 atm para uma mistura gasosa com a seguinte composio: 94,3 % CH4, 4,2 % C2H6, e 1,5 % CO2.Soluo: a 20 C e 1 atm os PCS dos componentes so PCSv =37.030,0 kJ/m3 para o CH4, PCSv = 64.910 kJ/m3 para o C2H6 e, PCSv = 0,0 para o CO2. A massa molecular da mistura dada por MM = 0,943 x 16,043 + 0,042 x 30,071 + 0,015 x 44,01 = 17,05 kg/kmol.Nessa mesma condio o PCSv da mistura seria ento (PCSv)mist = 0,943 x 37.030,0 + 0,042 x 64.910,0 + 0.015 x 0 = 37.645,51 kJ/m3 e, o volume especfico da mistura seria v = Ru T /(p x MM) = [ (8,314 kJ/kmol k) x 293,15 k] / [ 101,325 kPa x 17,05 kg /kmol] = 1,411 m3/kg. O PCS da mistura em base massa ento (PCS)m = (PCS)v x v = 37.645,51 kJ/m3 x 1,411 m3/kg = 53.109,49 kJ/kg. Para a condio de 3 atm e 10 C valem as relaes: (PCSv)mist = (PCS)p,T x (p/pR) x (TR/T) = 37.645,51 kJ/m3 x (3/1)x(293,15/283,15) = 116.925,11 kJ/m 3. Nessa nova condio v = [8,314 x 283,15] / [303,98 x 17,05] = 0,4542 m 3/kg e (PCS)m = (PCSv) x v = 116.925,11 x 0,4542 = 53.107,38 kJ/kg ou seja, muito prximo do valor anterior sendo o erro apenas devido a arredondamentos. Os combustveis gasosos tpicos vo desde o gs natural que um combustvel fssil natural aos gases obtidos por sntese de algum composto (por exemplo, o carvo), passando por gases residuais como gs de coqueria, alto forno e aciaria em siderrgicas. Os gases industrializados tpicos so o GLP (gs liquefeito de petrleo), gases de carbureto e, o gs de sntese ou gs natural sinttico (SNG). A produo de energia trmica essencial para o funcionamento das caldeiras e, essa energia derivada da energia qumica dos combustveis quando queimados. A reao de combusto na verdade um
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processo de oxidao em que materiais como H2, C e S, presentes nos diversos combustveis existentes se oxidam em H2O, CO2 e SO2 respectivamente. O hidrognio o que tem a mais elevada temperatura de ignio (582 C) e, como um gs queima de forma limpa e bem rpida desde que haja a quantidade suficiente de ar para tal. A reao bsica de combusto completa : 2 H 2 + O 2 2 H 2O + QH (liberando 286.470,0 kJ/kmol H 2 de energia trmica = QH). A equao diz que 2 kmol de hidrognio (4,032 kg) reagem com 1 kmol de O 2 (31,999 kg) produzindo 2 kmol (31,999 + 4,032 =36,031 kg) de gua e, liberando 286.470,0 kJ/kmol de energia trmica. Note a conservao de massa, mas no h conservao de mol, pois as espcies qumicas se modificam.Assim, so exigidos 7,936 kg de O 2 para cada kg de hidrognio para a queima completa ou 0,5 kmol de oxignio para 1 kmol de hidrognio(H 2). E, o poder calorfico superior do hidrognio de 142.097,0 kJ/kg e, seu poder calorfico inferior da ordem de 120.067,0 kJ/kg. O enxofre S tem uma temperatura de ignio de 243 C e, produz na queima um dos radicais mais poluentes o SOx (na combusto completa SO2). A reao bsica de combusto completa : S + O2 SO2 + Q S(liberando 296.774 kJ/kmol S de energia trmica = QS). A equao diz que 1 kmol de S (32,064 kg) reage com 1 kmol de O 2 (31,999 kg) produzindo 1 kmol de SO 2 (64,063 kg). Assim so necessrios 0,998 kg de O2 para a queima de cada kg de S ou 1 kmol de O 2 para cada kmol de S. E o poder calorfico superior do enxofre idntico ao seu poder calorfico inferior (porqu?) e vale 9.257,0 kJ/kg S. O carbono um dos mais importantes elementos combustveis e, parte essencial de qualquer hidrocarboneto seja ele slido, lquido ou gasoso. A oxidao do carbono mais difcil e mais lenta que a do hidrognio e do enxofre. Embora tenha temperatura de ignio mais baixa que o H 2 (407 C) ele um slido e queima mais devagar. Assim, ser sempre assumido que o carbono o ltimo a atingir combusto completa e, no caso de falta de oxignio suficiente para tal, sua combusto ser admitida incompleta resultando na formao de CO. Alm disso, sua equao de combusto se d em duas etapas: primeiro a oxidao para CO e, se houver condies adequadas, a queima completa em CO2. Ento resulta: 2 C + O2 2 CO + QCO (liberando 110.380,0 kJ/kmol de energia trmica via C = Q CO) - 2 kmol de C (24,02 kg) reagem com 1 kmol de O2 (31,999 kg) para produzir 2 kmol de CO (56,02 kg) e, liberar 110.380,0 kJ/kmol de energia. A prxima etapa da combusto depender se existe ou no oxignio suficiente e, em caso afirmativo resulta: 2 CO + O2 2 CO2 + QCO2 (liberando 283.180,0 kJ/kmol de energia trmica via CO = QCO2) ou seja, 2 kmol de CO (56,02 kg) reagem com 2 kmol de O 2 (31,999 kg) para produzir 2 kmol (88,02 kg) de CO 2, com a liberao de 283.180,0 kJ/kmol de energia trmica.Combinando as duas equaes numa s quando houver combusto completa resulta: C + O2 CO2 + QC liberando 393.560,0 kJ/kmol de energia trmica ( Q C) ou seja, 1 kmol de C (12,011 kg) reage com 1 kmol de O2 (31,999 kg) para produzir 1 kmol de CO2 (44,01 kg) liberando 393.560,0
kJ/kmol.Assim so necessrios 2,66 kg de O 2 para combusto completa de 1 kg de carbono e, o poder calorfico superior do carbono vale 393.663,78 kJ/kmol ou 32.778,0 kJ/kg.
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Observe-se que em todas as equaes anteriores foi levantada a quantidade de oxignio(O 2) necessrio para combusto de cada constituinte bsico dos diversos combustveis. Na prtica raramente se utiliza oxignio puro em processos de combusto. Utiliza-se o ar ambiente como fonte de oxignio por razes econmicas. Em base molar ou volumtrica o ar composto de 21% de O 2 e 79% de N2 e parcelas pequenas de outros gases. Como as parcelas so muito pequenas, o ar considerado ento composto de 21% O 2 e 79% de N2 em base molar ou volumtrica. Se o ar for considerado em base massa composto de 23,2% de O 2 e 76,8 % de N2 (porqu?). A massa molecular mdia do ar de 28,97 kg/kmol. Um dos parmetros essenciais nos clculos de combusto a relao terica ar/combustvel (air fuel ratio na literatura inglesa ou (A/F)). a quantidade mnima de ar necessria para assegurar combusto completa do elemento considerado. Pode ser expressa em termos de massa de ar seco por massa de combustvel, ou volume de ar seco por volume de combustvel, ou mesmo em kmol de ar seco por kmol de combustvel. O clculo de ar necessrio em base massa feito com base nas quantidades anteriores de O 2 calculadas e, na composio do combustvel entregue para a queima em base massa. Assim ter-se-ia: %C (massa) x 2,66 kg de O2 necessrio para queima do carbono presente em 1 kg de combustvel; %H2(massa) x 7,94 kg de O2 necessrio para queima do hidrognio presente em 1 kg de combustvel; %S (massa) x 0,998 kg de O2 necessrio para queima do enxofre presente em 1 kg de combustvel; TOTAL soma das trs parcelas = total de kg O2 para queima de 1 kg de combustvel Subtrai-se o total de O2 em base massa por acaso presente no combustvel e, resulta o TOTAL real de O2 para queima de 1 kg de combustvel. Assim, a relao ar/combustvel terica igual [Total real de O 2/ kg de combustvel] / (0,232). Observe que a anlise do combustvel dever ser fornecida em base massa nesse caso e, que o fator 0,232 a frao em massa de O 2 presente no ar j comentada. Essas operaes podem ser resumidas na frmula: (A/F)t,m = [2,66 x %C + 7,94x%H 2 + 0,998%S - %O2] / (0,232). Nunca demais lembrar que todos os % devem ser em base massa e, o ar seco. No caso dos carves geralmente as anlises de queima so fornecidas em base seca e sem cinzas.Mas, o carvo ao ser queimado contm umidade e produz cinzas.Portanto para carves a equao pode ser rearranjada para: (A/F)t,m = { [2,66 x %C + 7,94x%H2 + 0,998%S - %O2] x (1 - M -A) } / (0,232) onde M o % de umidade e A o de cinzas conforme j visto. Calcule o ar terico necessrio para a queima de carvo oriundo do Tennesee considerando que os teores de umidade e cinzas do carvo ao ser queimado so 4% e 5% respectivamente. A anlise do carvo fornecida em base massa C = 83,1%, H2 = 5,5%, O2 = 7,4%, N2 = 2,1%, S = 1,9% e, PCS = 34.608,0 kJ/kg. Soluo: (A/F)t,m = {[2,66 x 0,831 + 7,94 x 0,055 + 0,998 x 0,019 - 0,074] x (1 - 0,04 - 0,05)} / (0,232) = 10,17 kg ar seco/ kg carvo. Para combustveis gasosos e lquidos mais simples trabalhar com composio em base volumtrica ou molar. Considere-se que Zi indica o nmero de kmol do i-simo componente (% do elemento em base molar x nmero de kmol do elemento) do combustvel para cada kmol do combustvel. Assim por exemplo para o C8H18, Z C = 8 e Z H = 18; se o combustvel uma mistura gasosa composta de 50% de C 2H 6, 30% de CO, 10%
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NH3 e 10% de H2S resultaria ZC = 0,5 x 2 + 0,3 x 1 +0,1 x 0 + 0,1 x 0 = 1,3 kmol de C / kmol de gs; Z H = 0,5 x 6 + 0,3 x 0 + 0,1 x 3 + 0,1 x 2 = 3,5 kmol de H / kmol de gs; Z O = 0,5 x 0 + 0,3 x 1 +0,1 x 0 + 0,1 x 0 = 0,3 kmol de O / kmol de gs; ZN = 0,1 x 1 = 0,1 kmol de N / kmol de gs; ZS = 0,1 x1 = 0,1 kmol de S / kmol de gs. Calculados os kmol pode-se fazer o clculo de O2 necessrio tendo em conta os elementos combustveis e o oxignio presente no combustvel. Assim resultaria a seguinte equao final: (A/F)t,mol =[Z C + Z H/4 + Z S - Z O/2] / (0,21) - kmol de ar / kmol de combustvel -.Como relaes em mol so idnticas a relaes volumtricas para combustveis GASOSOS, pode-se escrever kmol de ar / kmol de combustvel ou m3 ar / m 3 de combustvel desde que o ar e o combustvel estejam mesma presso e temperatura.A relao terica em base molar pode ser passada para a base massa usando a seguinte equao (A/F)t,m = [28,97 x (A/F)t,mol] / MM COMBUSTVEL . Calcule a relao ar/combustvel terica em base massa para uma mistura de 40% de propano e, 60% de butano. Soluo: 40% de C 3H8 e 60% de C4H10 mistura gasosa. Z C = 0,4 x 3 + 0,6 x 4 = 3,6 kmol; Z H = 0,4 x 8 + 0,6 x 10 = 9,2 kmol. (A/F)t,mol = [3,6 + 9,2/4 + 0 + 0 0/2] / (0,21) = 28,1 kmol de ar / kmol de combustvel. MMCOMBUSTVEL = 0,4 x 44,099 + 0,6 x 58,126 = 52,51 kg / kmol. Portanto (A/F)t,m =[28,97 x 28,1] / 52,51 = 15,5 kg ar seco / kg combustvel. O processo REAL de combusto bem diferente do terico. A sigla clssica adotada em literatura inglesa para o sucesso dessa reao MATT que significa: Mistura adequada dos reagentes; Ar suficiente; Temperatura acima da temperatura de ignio; Tempo suficiente para que ocorra a reao completa e, massa especfica () suficiente para a propagao da chama. Como a mistura perfeita raramente atingida num processo real, deve ser fornecido um excesso de ar para garantir a combusto. E esse excesso deve ser mantido num patamar razovel, pois se extrapolar muito determinados valores resulta num aumento de perdas de energia e emisso de NOx. Dependendo desse excesso e do grau de mistura obtido os gases de exausto podem resultar nos produtos da combusto completa, ou seja, CO 2, vapor de gua e SO2 acrescidos de produtos de combusto incompleta como combustvel no queimado, CO, alm hidroxilas e aldedos, N 2 (sempre presente), O2 no usado e partculas de cinzas e NOx. Desses todos a gua, o oxignio e o nitrognio so considerados no poluentes. H dois parmetros que indicam o excesso de ar fornecido: coeficiente de diluio e coeficiente de excesso de ar ou percentual de excesso de ar. Coeficiente de Diluio DC = (A/F)m,real / (A/F)m,t ; % excesso de ar = 100 x { [(A/F)real - (A/F)t] / (A/F)t }.A relao (A/F)m,real obtida de dispositivos de monitoramento de gases de exausto que medem a existncia e % dos elementos presentes nesses gases. H os dispositivos mais simples como o analisador de Orsat e, os mais complexos como o Cromatografo de Gases. Para os carves tambm necessrio um analisador de refugos que calcula p PCS dos refugos. Se esse PCS (kJ/kg ou similar) conhecido pode-se calcular o percentual de combustvel nos refugos: %combustvel = 100 x [ PCSREFUGOS/ PCSCARBONO], simbologia CR/R. A menos que haja informaes adicionais, normalmente se supe que toda a cinza do carvo aparea no cinzeiro da grelha ou fornalha e, que os refugos so compostos de cinzas e carbono no queimado. Se C R representa a frao em massa de combustvel carbono no queimado nos refugos, ento R representa a massa de refugo coletado por kg de carvo queimado e, igual soma de CR mais A, onde A a frao em massa de cinzas dada pela anlise do
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carvo conforme j visto. O percentual de combustvel ento dado por (C R / R) x 100. Como R = C R + A resulta que A/R = [1 - (CR / R)] e, (A/R) representa a frao em massa de cinzas nos refugos. Se a maioria
das cinzas reportada nos refugos a frao de refugos R pode ser calculada por R = massa de refugos/ massa de carvo = frao em massa de cinzas no carvo [A] / [(A /R)]. Se a frao de refugos R conhecida, a massa de carbono no queimado nos refugos por unidade de massa de carvo queimado CR, pode ser calculada por CR = R - A. O carbono total queimado no combustvel tanto pode produzir CO como CO2, Se CB considerado como a massa de carbono realmente queimada por unidade de massa de carvo, pode ser obtido de C B = CANLISECOMPLETA - CR.Uma vez conhecidas anlise de refugos, anlise completa do combustvel e anlise de Orsat a relao REAL ar/combustvel pode ser calculada. De todos os elementos presentes no combustvel e no ar (C, H 2, S, O 2, e N2), s o carbono e o nitrognio podem ser contabilizados via anlise de refugos e de Orsat.O nmero de kmol de CO e CO 2 presentes nos gases de exausto igual a C B /12,01 e, o nmero de kmol de N 2 por unidade de combustvel queimado igual a [Nf + Na] / 28,016, onde Nf representa a frao em massa de N 2 do combustvel dada na anlise completa e, Na a massa de N2 presente no ar de combusto. Assim (A/F)m,real = { [ (%N 2) x 28,016 x CB] / [(%CO +%CO2) x 12,01] - Nf } x (1 / 0,768). Os percentuais de CO, CO2 e N2 so obtidos da anlise de Orsat e, CB obtido da anlise de refugos e anlise completa e, Nf obtido da anlise de queima do carvo. Uma equao similar pode ser obtida para combustveis dados em base molar. Nesse caso o clculo at mais simples, pois o carbono presente nos combustveis lquidos ou gasosos normalmente convertido em produtos gasosos CO e CO2, no ocorrendo existncia de refugos.Assim resulta: (A/F) mol,real = { { [ %N2 x ZC ] / [ %CO + %CO2] - Z N/2 } } x (1/ 0,79) onde Z C representa o kmol de carbono por kmol de combustvel, ZN kmol de nitrognio por kmol de combustvel, e aqui tambm pode ser feita a converso para base massa conforme descrito anteriormente. Em todos os casos anteriores a anlise feita para ar seco. Mas o ar real apresenta sempre uma certa quantidade de umidade. Para corrigir tal impreciso as relaes ar / combustvel anteriores podem ser corrigidas para base mida: (A/F)t,m,u = (1 + ) x (A/F)t,m onde o ndice u indica base mida e representa a umidade absoluta do ar (kg de gua / kg de ar seco) dada em cartas psicromtricas; (A/F)t,mol,u = (1 + /0,622) x (A/F)t,mol; (A/F)m,real,u =(1 + ) (A/F)m,real; (A/F) mol,real,u = (1 + /0,622) x ( A/F) mol,real. Teoricamente oxignio e CO no poderiam aparecer juntos em gases de exausto, mas eles aparecem normalmente ali por questes de mistura inadequada. Uma regra prtica estabelece que, o percentual aproximado de excesso de ar igual a cinco vezes o percentual de oxignio obtido da anlise de Orsat, se o percentual de CO pequeno e se o percentual de oxignio for menor do que 5%. Para concentraes de oxignio acima de 5% essa regra perde sustentao e d resultados muito ruins.
Exemplo 1 - Uma instalao queima carvo de Clay Count, Missouri com M = 12% e A = 10%. Uma anlise de refugos desse carvo mostra que o PCS do refugo de 4581 kJ/kg e, uma anlise de Orsat dos gases de exausto mostra o seguinte resultado: 14,57% CO2, 3,93% O2 e 0,15% CO. Calcule o coeficiente de
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diluio e o excesso de ar se houver. Soluo: o carvo citado tem as seguintes caractersticas 79,2% C, 5,5% H2, 8,4% O2, 1,3% N 2, 5,6% S, e PCS = 33.422,0 kJ/kg. Correo pra umidade e cinzas = ( 1 - 0,12 0,10) = 0,78. Percentual de N 2 nos gases de exausto = 100 - %CO 2 (14,57) - % O 2 (3,93) - %CO (0,15) = 81,35%. Anlise dos refugos CR/R = PCS ref / PCS carbono = 4.581,0/32.778,0 = 0,1398 kg C nos refugos/kg de refugo ou 13,98% de combustvel nos refugos. (A/R) = 1 - CR/R = 1 - 0,1389 = 0,8602 kg de cinzas / kg de refugo. R = A / (A/R) = 0,10 / 0,8602 = 0,1163 kg de refugo / kg de carvo e, C R = R - A = 0,1163 - 0,10 = 0,0163 kg de carbono no queimado/kg de carvo. CB = CANLISECOMPLETA - CR = (0,792 x 0,78) - 0,0163 = 0,6015 kg de carbono queimado / kg de carvo. Assim, (A/F)t,m = {[2,66 x %C + 7,94x%H 2 + 0,998%S - %O2] x (1 M -A)} / (0,232) = 0,78 x [2,66 x 0,792 + 7,94 x 0,055 + 0,998 x 0,056 - 0,084] / 0,232 = 8,457 kg ar / kg carvo. (A/F)m,real = { [ (%N2) x 28,016 x CB] / [(%CO +%CO2) x 12,01] - Nf } x (1 / 0,768) ={ 81,35 x 28,016 x 0,6015 / [(14,57 + 0,15) x 12,01] - (0,78 x 0,013) } x (1/0,768) = 10,084 kg ar / kg carvo. Logo DC = (A/F)real /(A/F)t = 10,084 / 8,457 = 1,192 e %excesso de ar = 100 x (DC -1) = 19,23 %.Com a regra aproximativa seria obtido 5 x (3,93) = 19,65 %.
Exemplo 2 - Se um carvo de Linn County, Missouri com M = 13% e A = 11% queimado com 12% de excesso de ar e, aparece 0,5% de CO na anlise de Orsat, calcule o balano final da anlise de Orsat. O PCS dos refugos desse carvo de 2500 kJ/kg. Soluo: esse carvo apresenta a seguinte anlise 78,6% C, 5,6% H2, 9,3% O2, 1,3% N2, 5,2% S e PCS de 33.318,0 kJ/kg. Fator de correo de umidade e cinzas = ( 1 - 0,13 0,11) = 0,76. Com (A/F)t,m = {[2,66 x %C + 7,94x%H 2 + 0,998%S - %O2] x (1 - M -A)} / (0,232) = [2,66 x 0,786 + 7,94 x 0,056 + 0,998 x 0,052 - 0,093] x 0,76 / 0,232 = 8,171 kg ar / kg carvo. (A/F)m,real = DC x
(A/F)t,m = 1,12 x 8,171 = 9,151 kg ar / kg de carvo. CR/R = PCS ref / PCS carbono = 2500/32.778,0 = 0,0763 e (A/R) = 1 - CR/R = 1 - 0,0763 = 0,9237. R = A / (A/R) =0,11/0,9237 = 0,1191 kg refugos/kg de carvo, CR =
R - A = 0,1191 - 0,11 = 0,0091 kg carbono no queimado / kg de carvo. C B = CANLISECOMPLETA - CR = (0,76 x 0,786) - 0,0091 = 0,5833 kg de carbono queimado/kg de carvo. Mol de produtos de exausto por kg de carvo queimado: kmol de CO/kg de carvo = X; Kmol(CO 2 + CO)/ kg de carvo = CB /12,01 = 0,5833/12,01 = 0,04898 e, kmol de CO2/kg carvo = CB /12,01 - X = 0,04898 - X; kmol de O 2/kg carvo = [(DC -1) x 0,232 x(A/F)t,m / 32 ] + [CR/12,01] + (X/2) = [0,12 x 0,232 x 8,171 / 32 ] + 0,0091/12,01 + X/2 = 0,00787 + X/2 ; kmol de N2/kg de carvo = [ (A/F)m,real x 0,768 + Nf ] / 28,016 = [9,151 x 0,768 + 0,76 x 0,013] / 28,016 = 0,25122. O total de kmol de produtos secos(gases de exausto) por kg de carvo obtido do somatrio dos anteriores: kmol de gases secos/kg de carvo = X + 0,04898 -X + 0,00787 + X/2 + 0,25122 = 0,30807 + X/2. Da anlise de Orsat para os gases resulta kmol de CO/kmol de gases secos = 0,5% = 0,005. Esse valor igual a (kmol de CO/kg de carvo)/(kmol de gases/kg de carvo) ou X / (0,30807 + X/2) e, portanto 0,005 = X / (0,30807+X/2) e, 0,9975 X = 0,005x(0,30807) resultando X = 0,00154 kmol de CO/kg de carvo. Assim, voltando ao valor anterior o total de kmol de gases por kg de carvo ser 0,30807 + X/2 = 0,30884 kmol de gases secos/kg de carvo. Confirmando com a anlise de Orsat resulta % CO = 100 x 0,00154/0,30884 = 0,5%; % CO 2 = 100 x (0,04898 - 0,00154)/0,30884 = 15,36%; % O 2 = 100 x (0,00787 + 0,00154/2)/0,30884
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= 2,8%; % N2 = 100x(0,25122)/030884 = 81,34%. Total = 0,5 + 15,36 + 2,8 + 81,34 = 100%. A checagem pode ser feita usando os resultados obtidos acima no clculo da relao ar/combustvel real (A/F)m,real={ [ (%N 2) x 28,016 x CB] / [(%CO +%CO 2) x 12,01] - Nf } x (1 / 0,768) ={ (81,34 x 28,016 x 0,5883)/[(0,5 + 15,36)x12,01] - 0,76x0,013} x (1/0,768) = 9,151 kg ar/ kg de carvo.
Exemplo 3 - Um gs natural com a seguinte anlise molar queimado numa fornalha: CO 2 = 0,5%, CO = 5,0%, CH 4 = 87,0%, C2H4 = 3,0% e N2 = 4,5%. A anlise dos gases de exausto obtida de um aparelho de Orsat mostra os seguintes resultados: 9,39% CO2, 3,88% O2, 0,83% CO. Calcule o percentual de excesso de ar se houver e, a relao ar/combustvel real em kg ar/kg de gs natural. Soluo: da anlise do gs resulta ZC = 0,005 + 0,05 + 0,87 + 0,03 x 2 = 0,985; ZH = 4x0,87 + 4x0,03 = 3,6; ZO = 2 x 0,005 + 1 x 0,05 = 0,06; ZN = 0,045 x2 = 0,09. Resulta ento (A/F)t,mol =[Z C + ZH/4 + ZS - ZO/2] / (0,21) = [0,985 +3,6/4 + 0 - 0,06/2] / 0,21 = 8,833 kmol de ar/ kmol de gs. Massa molecular do gs = 0,005 x 44,01 + 0,05 x 28,01 + 0,87 x 16,04 + 0,03 x 28,05 + 0,045 x 28,016 = 17,679 kg/kmol de gs. Da anlise de Orsat resulta: (A/F) mol,real = { { [ %N2 x Z C ] / [ %CO + %CO 2] - Z N/2 } } x (1/ 0,79) = { { [0,985x85,9]/[9,39+0,83] - 0,09/2 } x (1/0,79) = 10,423 kmol de ar/kmol de gs. Coeficiente de diluio = (A/F)mol,real/(A/F)t,mol = 1,18 e excesso de ar = 100 x (1,18 -1) = 18%. Relao ar combustvel em kg de ar/kg de gs (A/F)m,real = 28,97 x10,423/17,679 = 17,08 kg de ar/kg de gs.
Exemplo 4 - GLP ou gs de cozinha como mais conhecido tem a seguinte composio 70% C 3H 8 e 30% C4H10.Calcule a provvel anlise de Orsat para esse gs e o PCS (kJ/kg de gs) quando a queima feita com (a) coeficiente de diluio de 0,9 e (b) coeficiente de diluio de 0,6. Soluo: alnea (a) da anlise do gs resulta Z C=0,7 x 3 + 0,3 x 4 = 3,3; Z H= 0,7 x 8 + 0,3 x 10 = 8,6 e, massa molecular do gs 0,7 x 44,099 + 0,3 x 58,126 = 48,307 kg /kmol. PCS = [(0,7x44,099)/48,307] x 50.399,0 + [(0,3 x 58,126)/48,307] x 49.589,0 = 50.106,71 kJ/kg gs. (A/F)t,mol =[Z C + Z H/4 + Z S - ZO/2] / (0,21) = [3,3 + 8,6/4] /0,21 = 25,952 kmol ar/kmol gs. Como o coeficiente de diluio menor que 1 resulta em falta de oxignio na combusto logo preciso montar uma tabela com os resultados mais provveis com o clculo de kmol de oxignio (observe que o clculo do elemento O e no da molcula O 2): Z O necessrio para queimar o hidrognio(H2) produzindo H2O ZH/2 = 8,6/2 = 4,3( 2H + O H2O). ZO necessrio para queimar o enxofre em SO2 2Z S = 2 x 0,0 = 0,0 (S + 2O SO2). ZO necessrio para queimar o carbono em CO 1xZC = 3,3 (C + O CO). ZO necessrio para queimar o CO em CO2 1 x ZC= 3,3 (CO + O CO2). Total kmol de Oxignio = 4,3 + 0,0 + 3,3 + 3,3 = 10,9 e, Z O necessrio para combusto completa = 10,9 - O presente no combustvel = 10,9 - 0,0 = 10,9. O coeficiente de diluio dado de 0,9 logo Z ODISP = 0,9 x 10,9 + Z OCOMBUST= 0,9 x 10,9 + 0,0 = 9,81. Como 7,6 < 9,81 < 10,9 percebe-se ento que h oxignio suficiente para a queima do hidrognio, do enxofre e do C em CO2, mas no totalmente resultando, portanto uma certa quantidade de CO. Portanto os produtos secos da combusto vo ter CO, parte de CO2 e N2. De acordo com a tabela anterior resultaria kmol de CO = 10,9 - 9,81 = 1,090; kmol de CO2 = 9,81 - 7,6 = 2,21; kmol de N2 = 9,81(0,79/0,21)/2 +
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ZN/2 = 18,452 + 0,0 = 18,452. Total de kmol dos gases de exausto por kmol de combustvel = 1,09 + 2,21 + 18,452 = 21,752 kmol / kmol de combustvel. Assim a anlise de Orsat mais provvel seria: % CO 2 = 2,21 x 100 / 21,752 = 10,16%; % O2 = 0,0 x 100 / 21,752 = 0,0%; % CO = 100x1,090/21,752 = 5,011%; % N 2 = 100 x 18,452/21,752 = 84,829. A checagem feita com o clculo do coeficiente de diluio usando os resultados obtidos e, verificando se ele igual ao coeficiente dado. DC = DC = (A/F)mol,real / (A/F)mol,t =[ ZC x % N2 / (% CO2 + % CO) - Z N/2 ] / (0,79 x 25,952) = [3,3 x 84,829 / (10,16 + 5,011)] / 20,5 = 0,9001 resultado EXCELENTE se comparado ao valor fornecido! O clculo do PCS fornece PCS = PCS CALC - { [(kmol de CO/kmol de gs) x MMCOxPCSCO] / MMGS} = 50.106,71 - {[1,09 x 28,01 x 10.110,0] / 48,307 } = 43.717,01 kJ/kg gs e, a perda de energia pela combusto incompleta da ordem de 12,75%. Caso alnea (b): coeficiente de diluio 0,6, portanto ZO disponvel = 0,6 x 10,9 + ZOCOMBUST = 6,54. Portanto 7,6 > 6,54 > 4,3. Nesse caso haver oxignio suficiente para queima do hidrognio e o enxofre, mas no para queima do carbono em CO e CO2. Assim haver CO, carbono no queimado (ou fuligem) que um produto slido e, nitrognio nos produtos finais. Resulta: kmol de C(fuligem) = 7,6 - 6,54 = 1,06; kmol de CO = 6,54 - 4,3 = 6,54 - 4,3 = 2,24; kmol de N2 = 6,54(0,79/0,21)/2 + ZN/2 81(0,79/0,21)/2 + ZN/2 = 6,54 x 0,79/0,42 + 0 = 12,30. Total de kmol dos gases de exausto secos por kmol de combustvel = 2,24 + 12,30 = 14,54 kmol / kmol de combustvel. Assim a anlise de Orsat mais provvel seria: % CO 2 = 0,0 x 100 / 14,54 = 0,0%; % O2 = 0,0 x 100 / 21,752 = 0,0%; % CO = 100x2,24/14,54 = 15,406; % N 2 = 100 x 12,3/14,54 = 84,592. A checagem feita com o clculo do coeficiente de diluio usando os resultados obtidos e, verificando se ele igual ao coeficiente dado. DC = DC = (A/F)mol,real / (A/F)mol,t =[ Z C x % N2 / (% CO2 + % CO) - ZN/2 ] / (0,79 x 25,952) = [2,24 x 84,592 / (0,0 + 15,406)] / 20,5 = 0,6000 resultado EXCELENTE se comparado ao valor fornecido! O clculo do PCS fornece PCS = PCS CALC - { [(kmol de CO/kmol de gs) x MMCOxPCSCO] / MMGS} - { [(kmol de C/kmol de gs) x MM CxPCSC] / MMGS} = 50.106,71 - {[2,24 x 28,01 x 10.110,0] / 48,307 } - { [1,06 x 32.778,0 x 12,01]/48,307 = 28.337,42 kJ/kg gs e, a perda de energia pela combusto incompleta da ordem de 43,45%. O exemplo extremamente importante para caracterizar os efeitos nocivos da falta de ar nos processos de combusto e, mostra como esse efeito se agrava quanto menos ar (e por conseqncia oxignio) fornecido.
Dois sistemas auxiliares so essenciais para o funcionamento das caldeiras, estejam elas aplicadas em gerao de calor de processo ou de potncia. As bombas e os sopradores de ar ou ventiladores. As primeiras suprem a caldeira com gua de alimentao e retorno de condensado e, os ventiladores insuflam ar de combusto e, fazem exausto dos gases oriundos da combusto. Um parmetro importante desses equipamentos a sua eficincia definida por MECH = trabalho ideal / trabalho real, uma vez que so mquinas consumidoras de trabalho.As bombas de gua de alimentao geralmente so equipamentos que operam em presses elevadas (presso da caldeira) e, podem atingir potncias razoveis podendo ser acionadas por
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motores eltricos ou turbinas a vapor. Normalmente so utilizadas bombas centrfugas. Os ventiladores de ar de combusto normalmente so centrfugos, com elevadas vazes e acrscimos de presso da ordem de 15 a 20 kPa. Desde que o acrscimo de presso relativamente pequeno o escoamento pode ser considerado incompressvel. Conforme visto anteriormente h dois tipos de tiragem mecnica: forada e induzida (sopragem e suco). Os sistemas de tiragem forada devem ser cuidadosos no acrscimo de presso, pois podem produzir vazamentos de gs e combustvel para as vizinhanas, produzindo queda de eficincia da caldeira e riscos operacionais para o pessoal daquela rea. O fluxo mnimo de ar desse equipamento dado pelo produto da relao ar/combustvel real e a vazo em massa de combustvel (m F) : Vazo VTF = mF x (A/F)m,real,u. Normalmente se faz uma correo da ordem de 20 e at 40% nessa vazo para suprir vazamentos de ar nos dutos do sistema e, mesmo garantir condies aceitveis nos parmetros da combusto. Note-se que deve ser usada a relao em base massa e computada a umidade do ar. J os ventiladores de tiragem induzida normalmente retiram os gases da combusto para a chamin. Isso produz uma depress o na cmara de combusto. Normalmente a vazo desse equipamento cerca de 10% maior que a do ventilador de tiragem forada. A vazo mnima desse equipamento Vazo VTI = mF x [(A/F)m,real,u + 1 - R] onde R a frao de refugos quando houver. Da mesma forma que o ventilador de tiragem forada essa vazo deve ser corrigida de 20% ou mais para manter as condies da cmara de combusto sobre controle. As vazes volumtricas de cada ventilador podem ser calculadas considerando a massa especfica de cada fludo nos respectivos ventiladores. VazoVOL = mFLUDO / massa especfica do fludo onde mFLUDO a
vazo em massa de cada caso, resultando ento VazoVOL = mFLUDO x [RU x T / (p x MMFLUDO)] . No caso do ventilador de tiragem forada que opera com o ar mido essa equao deve ser corrigida para Q FD = mF x (A/F)m,real,u x { [(R U x T) / p] x (1/28,97 + /18,016) } onde representa a umidade absoluta do ar (kg de
gua / kg de ar seco) dada em cartas psicromtricas conforme visto antes. J para o ventilador de tiragem induzida normalmente se tm dificuldades com o clculo da MM dos gases de exausto. uma prtica corrente e constitui boa aproximao utilizar a MM do ar (28,97), mas essa MM pode ser calculada conforme ser visto num exemplo a seguir. Exemplo 5 : Uma instalao termoeltrica de 600 Mwe queima um carvo de Lafayette County, Missouri com percentuais de umidade e cinzas de 14 e 11% respectivamente. A heat rate (relao entre a energia contida no combustvel e a energia lquida produzida num ciclo termodinmico - o parmetro ser visto com detalhes mais frente) da planta de 8863 BTU/kWh. A anlise de refugos no cinzeiro da caldeira fornece um PCS de 2605 kJ/kg e, a anlise de Orsat dos gases de combusto fornece 13,78% CO2, 4,49% O 2 e 0,75% CO. Calcule: (a) eficincia trmica da instalao; (b) o consumo de carvo (ton/h); (c) o coeficiente de diluio e o percentual de excesso de ar se houver; (d) a capacidade de um ventilador de tiragem forada (kg/min e ft 3/min) se as condies do ar atmosfrico so 50 C, 0,93 atm e umidade
relativa de 50%; (e) a capacidade de um ventilador de tiragem induzida (kg/min e ft 3/min) se os gases de exausto saem a 288 Ce 0,88 atm; (f) o tamanho dos motores necessrio para acionar os ventiladores (HP)
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considerando um diferencial de presso de 25 pol de gua em cada unidade e, eficincia mecnica de 0,86 em cada caso; (g) a temperatura de orvalho dos gases de exausto saindo do ventilador de tiragem induzida. Soluo: Dados tIN = 50 C = 112 F , tOUT = 288 C = 550,4 F, HR = heat rate = 8863 BTU/kWh. Como 1 kWh = 3412,14 BTU logo, (a) a eficincia do ciclo ser 3412,14/HR = 3412,14/8863 = 0,3850. (b) para calcular o fluxo de massa de carvo necessrio conhecer a anlise do mesmo e,das tabelas de carvo vem 78,6% C, 5,6% H2, 9,3% O2, 1,3% N2, 5,2% S, PCS = 33.160,0 kJ/kg. PCS dos refugos 2605 kJ/kg logo CR /R = PCS R / PCSCARBONO = 2605/32.778,0 = 0,0795 kg C R / kg R. A/R = 1 - CR/R = 0,9205 kg cinza/kg refugo.Como R = AANLISE/(A/R) = 0,11/0,9205 = 0,1195 kg refugo/kg carvo tem-se CR = R - A = 0,1195 - 0,11 = 0,0095 kg carbono nos refugos/kg de carvo.Resulta ento C B = CANLISE - CR = 0,786* (1-0,14-0,11) 0,0095 = 0,58 kg carbono queimado / kg carvo. O clculo do fluxo de carvo queimado feito a partir de mCARVO
= Potncia do ciclo/ PCScorr do carvo *
62,65 kg/s = 225,53 t/h. (c) Segue-se com o clculo do coeficiente de diluio atravs do uso de (A/F)t,m = { [2,66 x %C + 7,94x%H2 + 0,998%S - %O2] x (1 - M -A) } / (0,232) = 8,063 kg ar / kg carvo.A relao real obtida de (A/F)m,real = { [ %N2 x 28,016 x CB] / [(%CO +%CO2) x 12,01] - Nf } x (1 / 0,768) = { [80,98*28,016*0,58] / [(0,75 + 13,78)*12,01] - 1,3/100} / 0,768 = 9,806 kg ar /kg carvo; DC =
(A/F)m,real/(A/F)t,m = 9,806/8,063= 1,216 e, %excesso=(1,216-1)x100= 21,61%. (d) necessrio conhecer a umidade do ar de combusto. A umidade relativa foi dada e vale 0,5 e, a temperatura de bulbo seco vale 50 C, que corresponde a uma presso de saturao do vapor de 12,349 kPa (1,7891 psi) - ver tabelas de vapor. Assim, a presso parcial do vapor de gua presente no ar pv = 0,5*1,7891 = 0,8946 psi, resultando = 0,622 * pv / par = 0,622 * 0,8496 / [(14,7*0,93) - 0,8496] = 0,04355 kg gua/kg ar seco.Fluxo de gs para o VTF (ar de combusto) VazoVTF = mCARVO*(1+) *(A/F)m,real= 3.759,0 kg/min * (1 + 0,04355) * 9,806 = 38.466,0 kg ar/min. A vazo volumtrica do VTF obtida de QFD = mF x (A/F)m,real,u x { [(R U x T) / p] x
(1/28,97 + /18,016) } resultando Q FD = 3759 kg/min *9,806 *(1/28,97 + 0,04355/18,016) *[ 8,314 * 323,15/(0,93*101,325)] = 40.111,26 m 3/min = 1.416.328,74 ft 3/min. (e) fluxo de massa atravs do VTI (exausto dos gases de combusto) VazoVTI = mF x [(A/F)m,real,u + 1 - R] = 3759 kg/min * [ (1+) 9,806 + 1 0,1195 ] = 41.775,84 kg gases/min. Para a vazo volumtrica necessrio calcular os moles dos produtos da exausto. Mol de gases secos = 100(CB/12,01) / (%CO + %CO2) = 0,33237 kmol/ kg carvo. Mol de gua = [M + *(A/F)m,real+ 9*H2 ] /18,02 = [0,14 + 0,04355x9,806 +9*0,75*0,056] / 18,02 = 0,05244 kmol gua/kg carvo. Mol SO2 = S/32,06 = (0,75 x 0,052)/32,06 = 0,00122 kmol de SO2 / kg carvo. Mol de gases midos = 0,33237 + 0,05244 + 0,00122 = 0,38603 kmol gases midos / kg carvo. Massa total de gases midos na exausto = (A/F)m,real * (1+) + 1 - R = 9,806*(1+0,04355) + 1 - 0,1195 = 11,114 kg gases / kg carvo. Massa molecular dos gases de exausto = 11,114/0,38603 = 28,789. Massa especfica dos gases = (pSADA*MM) / (Ru* TSADA) = (0,88*101,325 *28,789)/(8,314 561,15) = 0,5502 kg / m3. VazoVOL = mFLUDO / massa especfica do fludo= 41.775,84/0,5502 = 75.925,61 m 3/min = 2.680.933,44 ft3/min. (f) Diferencial de presso nas mquinas = 25 in H2O = 6,22 kPa. PotVTF = QFD*p/ mec = 40.111,26 m3/min * 6,22 kPa / (0,86 *
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60) = 4.835,12 kW = 6.484 HP. PotVTI = QID*p/ mec = 75.925,61 m3/min * 6,22 /(0,86 * 60) = 9.152,27 kW = 12.273,4 HP. (g) frao molar de gua nos gases de exausto =(0,05244 kmol gua/kg carvo) / (0,38603 kmol gases midos / kg carvo) = 0,1358 kmol H 2O/ kmol de gases de exausto. Presso de exausto dos gases = 0,88*101,325 + p = 95,39 kPa. Presso parcial da gua nos gases = 95,39 * 0,1358 = 12,95 kPa. Ponto de orvalho = 50,9 C (temperatura de saturao do vapor de gua com a presso calculada). Abaixo dessa temperatura os gases se condensam e produzem tendncia chuva cida.Por questes de controle ambiental normalmente se exige que os gases de exausto saiam a uma temperatura de duas a trs vezes maior que a temperatura de orvalho.
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Tpico V - Balanos Trmicos de Caldeiras: As caldeiras utilizam energia de combustveis para gerar o vapor.Portanto de suma importncia verificar eventuais perdas e m utilizao dessa energia, que representa um custo razovel no sistema gerador de vapor.Para tal so desenvolvidos modelos de balano trmico de caldeiras que mostram a forma como a energia est sendo utilizada e perdida. Modelo I - Sistema Ingls: Uma caldeira com capacidade nominal de 27 t/h opera produzindo vapor a 930 kPa, 204 C e 20.403 kg/h. A H2O de alimentao entra na caldeira a 82,8 C. A caldeira consome 1967 kg/h de carvo com PCI de 32.215 kJ/kg. A anlise do carvo em base seca fornece C = 0,7757 , H2 = 0,0507 , O2 = 0,0519 , N2 = 0,012 , S = 0,027 , cinzas = 0,0827. O carvo contm 1,61 % de umidade quando recebido. A temperatura da sala da caldeira e do combustvel admitido na fornalha de 26,1 C (79 F) bulbo seco. A temperatura de bulbo mido de 21,7 C (71 F). A anlise dos gases de exausto mostra CO2 = 12,8 % , CO = 0,4 % , O2 = 6,1 % , N2 = 80,7 % . Cinzas e refugos representam 9,42 % do carvo seco e, o combustvel ainda presente nas cinzas da ordem de 32,3 %. Calcule o balano trmico dessa caldeira considerando que os gases de exausto saem a 260 C na chamin. Soluo: identifica-se inicialmente a entrada de energia via combustvel Een = 32.215 kJ/kg
combustvel. A seguir a produo especfica de vapor definida como produo da caldeira e dada por: vapor produzido (kg /h) / combustvel consumido (kg/h). Com os dados fornecidos resulta produo da caldeira = [20.403 kg vapor /h] [1967 kg combust./h] = 10,37 kg vapor /kg combustvel.O parmetro assim calculado recebe o nome de Ws nesse procedimento. Logo Ws = 10,37 kg vapor / kg de combustvel.A prxima etapa consiste na determinao da energia especfica do combustvel obtida de hl = Ws.(hs - hw) onde hs indica a entalpia do vapor produzido e, hw da gua de alimentao que fornecida caldeira. Para a gua de alimentao normalmente sero usadas algumas hipteses alternativas em funo dos dados do problema. A primeira delas seria admitir a temperatura da gua 82,8 C e a presso da caldeira 930 kPa (valores dados).Essas duas propriedades identificariam lquido comprimido e,pode-se usar as presses de 5 a 10 MPa para avaliar propriedades. Pode-se usar tambm a equao hw = h( T) + v(T).[p - psat(T)] = 347,5 k/kg. Ou ento usar hw = hl(T) = 346,66 kJ/kg. Ou ento a entalpia da gua nas condies ambientais considerando a presso atmosfrica 1 bar isto , hw = hamb = 417,63 kJ/kg. J para a entalpia do vapor as condies se encontram bem definidas resultando hs = 2841,0 kJ/kg e ss = 6,7575 kJ/ kg K.Considerando a entalpia da gua na condio ambiente resulta: hl = 10,37 kg vapor / kg combustvel .(2841,0 - 417,36) kJ/kg vapor = 25.133,1 kJ / kg combustvel. Note-se que a entrada de energia via PCI ou energia qumica do combustvel da ordem de 32.215 kJ/kg combustvel. Assim houve perdas no processo de vaporizao. Perdas nos gases de exausto: como os gases saem na chamin numa temperatura razovel e acima daquela do ambiente, essa seria a primeira fonte de perdas identificadas por h2 = 0,24.Wg.(Tg - Ta) onde 0,24 representa o calor especfico mdio dos gases no sistema ingls ( ver tabela A.8.E Van Wyllen); Tg a
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temperatura dos gases F , Ta temperatura do ar de entrada F e, Wg lb ou kg de gases / lb ou kg de combustvel.Para o clculo da massa de gases necessrio determinar o excesso de ar da combusto: ear = 100.(O2 - .CO) [0,264.N2 - (O2 - .CO)] com as composies referidas aos gases de exausto.Assim ear = 100.(6,1 - 0,20) [0,264.80,7 -(6,1 - 0,20)] = 38,3 %. O ar necessrio para a combusto obtido das equaes bsicas da estequiometria para os elementos combustveis. O ar considerado composto de 23,2 % de O2 e 76,8 % de N2 em massa.
Rel Peso Molecular - (2) (32/12) = 2,6667 (16/2) = 8,0 Inerte (32/32) = 1,0 (32/32) = 1,0 Total O2
Kg O2 necess.( M = 32) [1 x 2] 2,0685 0,4056 No reage 0,0207 - 0,0519 2,4492 kg O2/ kg comb.
As equaes estequiomtricas geradoras dos valores da tabela so: C + O2 = CO2 1 kmol 1 kmol = 1 kmol 12 kg + 32 kg = 44 kg 0 2 kg + 16 kg = 18 kg 32 kg + 32 kg = 64 kg
Pode-se usar tambm a equao aproximativa W O2 = 2,67.C + 8.(H - O/8 ) + S = 2,67.0,7757 + 8.(0,0507 - 0,0519/8) + 0,027 = 2,4518 kg O2/kg combust. O valor obtido na tabela representa o oxignio terico para a combusto.Como na combusto se utiliza AR e, h 0,232 de O 2 no ar resulta ar terico = 2,4492 / 0,232 = 10,56 kg ar / kg combustvel. Como existe excesso de 38,3 % de ar resulta ento ar real = (1 + 0,383).10,56 = 14,60 kg ar / kg combust. Para o clculo do ar terico poder-se-ia utilizar a equao aproximativa Wart = 11,5 C + 34,5(H - O/8) + 4,32.S = 10,56 kg ar / kg combustvel. Com esses clculos pode-se ento caracterizar os produtos finais da combusto. 12 kg C + 32 kg O2 = 44 kg CO2 2,0685 = x x = 2,8442 kg CO2
0 2 kg H2 + 16 kg O2 = 18 kg H2O 0,4056 = y y = 0,4563 kg H2O (vapor) 32 kg S + 32 kg O2 = 64 kg SO2 0,027 = z z = 0,054 kg SO2 N2 inerte mas, passa com gs de combusto = 0,012 combustvel + 0,768x Ar terico = 8,12 kg N 2. Portanto total dos gases = 2,8442 + 0,4563 + 0,054 + 8,12 + (14,60 -10,56) = 15,52 kg gases / kg combust. Logo h2 = 0,24.15,52.(500 - 79) = 1568,6 BTU/lb = 3648,51 kJ/kg.
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Perda pela formao de vapor de gua: o hidrognio presente no combustvel queima formando gua que normalmente sai nos gases em forma de vapor. O calor presente nesse vapor perdido.A perda dada por: h3 = 9 H (1089 - Tf + 0,46.Tg) = 9x0,0507x(1089 - 79 + 0,46x500) = 565,81 BTU/lb = 1316,08 kJ/kg. Tf a temperatura do combustvel antes da queima F. A prxima perda est associada evaporao da umidade contida no combustvel: h4 = Wmf (1089 - Tf + 0,46Tg) onde Wmf o percentual relativo de umidade no combustvel Wmf = 1,61(100 -1,61) = 0,0164. Logo h4 = 0,0164x(1089 - 79 +0,46x500) = 20,34 BTU/lb = 47,3 kJ/kg Ocorrem tambm perdas devidas umidade do ar de combusto e, para seu clculo preciso utilizar cartas psicromtricas. No caso considerado a temperatura de bulbo seco foi dada e 26,1 C (79 F) e tambm a de bulbo mido que 21,7 C (71 F).Com essas temperaturas recorre-se a uma carta psicromtrica e se calcula a umidade absoluta = 0,0145 kg ou lb gua/ kg ou lb de ar seco. A perda pela umidade ento: h5 = 0,46 Wma (Tg - Ta). Como o ar total corresponde a 14,60 kg / kg de combustvel resulta h5 = 0,46x(14,6 x 0,0145)x(500 - 79) = 41,00 BTU/lb = 95,5 kJ/kg. O processo de combusto nem sempre completo e,sempre que ocorrer combusto incompleta haver perda de energia na caldeira.Essa perda identificada principalmente pela formao0 de CO: h6 = [ CO / (CO 2 + CO) ] x(Cx10.190,0) = [0,4 /(0,4 + 12,8)]x(0,7757x10.190) = 239,53 BTU/lb = 557,14 kJ/kg. A prxima perda se aplica aos casos onde o combustvel forma cinzas e h um resduo de combustvel nessas cinzas. Identificada como perda pelo carbono no queimado presente nos refugos e cinzas : h7 = (%
cinzas e refugos)x(% combustvel nas cinzas) x14.150 = Wc x 14.150 onde Wc representa o % de carbono no queimado.Logo h7 = (0,0942x0,3230)x14.150,0 = 430,54 BTU/lb = 1001,43 kJ/kg. identificadas as principais perdas feito ento um quadro resumo final com os resultados obtidos. Resumo Final de Perdas da Caldeira - Sistema Ingls Item Entrada Energia Produo da Caldeira Valor (kJ/kg) 32.215,00 25.133,1 % relativo entrada 100 78 Comentrio Fornecida pelo combust. Eficincia da Caldeira
Identificao das Perdas Gases Exausto Formao de H2O Umidade Combustvel Umidade do Ar Combusto Incompleta Carbono nas cinzas Outros fugas) Total das perdas 7081,00 22 (radiao e 3654,8 1316,08 47,30 95,52 557,14 1001,43 409,63 11,35 4,99 0,15 0,30 1,73 3,11 1,27 Perda de energia Idem idem Idem idem Idem idem Idem idem Idem idem Idem idem
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Observe-se que o item Outros(radiao e fugas) obtido atravs de calculo dado por (entrada - produo) perdas. Essa uma prtica usual no balano de caldeiras. Observe-se tambm o peso relativo de cada perda sobre a entrada de energia e, perceba-se que o balano serve para mostrar os candidatos potenciais onde podem ser feitas aes de melhoria na caldeira. As eventuais tentativas de melhora de rendimento da caldeira via reduo de perdas devem ser analisadas sob um enfoque econmico. Modelo II - Sistema Internacional: Uma caldeira sem reaquecimento opera com os seguintes parmetros: vazo de vapor 200.000 kg/h, 4 MPa, 400 C. gua de alimentao 5,0 MPa, 162 C. Combustvel : consumo17650 kg carvo/hora, PCI 33.330 kJ/kg, refugos 1382 kg/h, combustvel nos refugos 19,2%, umidade do combustvel 3,3%. Ar de combusto: consumo 14 kg de ar seco / kg combustvel, 0,013 kg H 2O / kg ar seco,temperaturas 27 C ambiente e 20,8 C bulbo mido. Gases de exausto: temperatura de sada 167 C.Anlises:
Carvo (% em base seca) C = 0,8165 H2 = 0,0446 O2 = 0,0525 N2 = 0,0127 S = 0,0104 Cinzas = 0,0633
(a) Fazer um balano de perdas dessa caldeira; (b) Calcular en e ex da caldeira; (c) determinar o valor e o % de perdas por radiao e outros; (d) calcular en e ex do economizador considerando que os gases entram no economizador a 550 C. No procedimento SI comea-se com a anlise dos gases midos: mr = vazo em massa de refugos / vazo em massa de combustvel = % refugos no combustvel = 0,0783 kg refugos / kg combustvel. Massa de gases midos mwg = mf + (1 + w )ma - mr . Onde w = umidade do ar, ma = massa de ar seco e, (1+w)ma = ma real ou total e, mf = parcela de combustvel queimado com o ar considerado. Assim, mwg = 1 + (1 + 0,0130)14 0,0783 = 15,1 kg gases midos / kg combustvel.O vapor de gua nos gases representa a umidade dos gases considerada a partir da combusto do hidrognio e da umidade presente no ar: mw = 9mH + (mwARx ar seco) onde mH representa o % de hidrognio no combustvel e mw AR a umidade presente no ar ou umidade absoluta. Logo mw = 9x0,0446 + (14x0,013) = 0,583 kg vapor / kg combustvel e, a massa de gases secos ser mdg = mwg - mw = 15,10 - 0,583 = 14,52 kg gases secos / kg combustvel. A energia produzida na caldeira e1 = ms (hs - hw) / mf onde ms representa a vazo em massa de vapor, hs a entalpia do vapor, hw a entalpia da gua de alimentao e, mf a vazo em massa de combustvel. Com as informaes dadas resulta hs = 3213,6 kJ/kg (4 MPa, 400 C), hw = 687,36 kJ/kg ( 5 MPa, 162 C, interpolando nas tabelas de LC). Assim, e1 = [(200.000 kg vapor/h) (17.650 kg combust/h)] x (3213,6 - 687,36) kJ/kg vapor = 28.625,95 kJ / kg combustvel. A entrada de energia via combustvel de 33.330 kJ/kg combustvel via
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energia qumica ou PCI.Logo as perdas totais so PCI - e1 = 33.330 - 28.625,95 = 4704,05 kJ/g combustvel. Assim a eficincia de primeira lei en da caldeira ser en = 28.625,95 / 33.330,0 = 0,859 ou 85,9%. Como seria feito o clculo de ex da caldeira? A questo deixada como proposta ao leitor. As perdas passam a ser detalhadas e calculadas na seqncia. A primeira a perda nos gases secos: e2 = mdg cpg (tg - ta) = 14,52 x 1,005 x (167 -27) = 2042,96 kJ/kg combust. A seguir calculada a perda devido umidade presente no combustvel e3 = mm (hv - hf) onde mm representa o % de umidade do combustvel, hv entalpia do vapor superaquecido presente nos gases temperatura tg e, presso parcial desse vapor (normalmente se usa um
estado representativo a 10 kPa e tg) e, hf entalpia do lquido saturado na temperatura de admisso do ar. Portanto, e3 = 0,033x(2815,8 -113,3) = 89,2 kJ/kg combust. A energia perdida nos gases em forma de vapor de gua formada pela combusto do hidrognio calculada a seguir: m H =hidrognio real = 0,0446 -
(0,033/9) = 0,0409 observe que o termo entre parntesis indica a parcela de hidrognio presente na gua encontrada no combustvel. Portanto e4 = 9mH (hv - hf) = 9x0,0409x(2815,8 - 113,3) = 994,8 kJ/kg combust. Uma outra parcela de perda aquela associada ao superaquecimento da gua (vapor) presente no ar via umidade do ar: e5 = ma w cpv (tg - ta) onde w = umidade absoluta do ar, ma = massa de ar seco e,cpv calor especfico do vapor de H2O (adotado 1,909 kJ / kg K). Assim e5 = 14x0,013x1,909x(167 -27) = 48,64 kJ/kg combustvel. A perda por combusto incompleta calculada a partir do carbono no queimado e do CO presente nos gases. A massa de carbono no queimado dada por mcub = (mr - mash) % refugos e cinzas = (0,0783 - 0,0663)x0,192 = 0,0029 kg Cub / kg combustvel. Assim a massa de carbono queimado mcb = 0,8165 - 0,0029 = 0,8136.Portanto e6 = [CO /(CO2 + CO)] x mcb x 23.560 = [0,2 /(14 + 0,2)]x0,8136x23560 = 269,98 kJ/kg combustvel. Acresa-se a perda pelo carbono no queimado presente nas cinzas mcub = 0,0029 e, e7 = mcub 32.750 = 0,0029x32.750 = 94,98 kJ/kg combustvel. Finalmente as perdas por radiao e outros obtida de e8 = entrada energtica - ( sada energtica + perdas) = 33.330 - ( 28.625,95 + 3540,56) = 1163,49 kJ / kg combustvel. O quadro resumo geral mostrado a seguir ento.
(b) en = Produo / entrada = 28.625,95 / 33.330 = 0,859 Produo exergtica eex1 = ms(exv - exw) / mf onde, exv = (hv - ho) - To(sv - so) e exw = (hw - ho) To(sw - so). Admitindo To 300 K (27 C) e com os valores tabelados sv = 6,7690 e sw = 1,9542 resulta: eex1 = 11,331 kg vapor / kg combustvel x[(3213,6 - 687,36) - 300x(6,7690 - 1,9542)] = 12.256,79 kJ/kg combustvel.Logo ex = eex1 / PCI = 12.256,79 / 33.330 =0,368. Porqu essa diferena to acentuada? Simples! A eficincia de primeira lei avalia a caldeira como uma unidade produtora de calor, ou seja, dos 33.330 kJ de energia presentes no combustvel 28.625,95 podem ser transformados em calor (energia trmica) utilizvel. J a eficincia de segunda lei mede a caldeira como uma unidade produtora de trabalho, ou seja, para os 33.330 kJ presentes no combustvel apenas 12.256,79 kJ poderiam ser transformados em trabalho(exergia) utilizvel.
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Resumo Geral das Perdas - Sistema Internacional % relativo entrada Entrada Produo ou sada 33.330 kJ / kg combustvel 28.625,95 Caracterizao das Perdas (kJ / kg combustvel) Gases Exausto Secos Umidade do combustvel Combusto do H2 Umidade do Ar Combusto Incompleta Carbono no queimado Radiao e Outros Total Perdas 2.042,96 89,20 994,8 48,64 269,98 94,98 1163,49 4704,05 6,13 0,27 2,98 0,15 0,81 0,28 3,49 100 85,9