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Fundamentos de Enfermagem I
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E-book278 páginas2 horas

Fundamentos de Enfermagem I

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Sobre este e-book

No livro Fundamentos de Enfermagem I, embarcamos em uma jornada completa pelos aspectos teóricos e práticos dos cuidados de enfermagem, que são fundamentais para uma prática profissional ética e eficiente. Organizado em 23 capítulos, o conteúdo abrange desde a evolução histórica da enfermagem até as mais recentes inovações tecnológicas e metodológicas na área, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento acadêmico e profissional.
Seja para estudantes ou profissionais em busca de atualização, o livro oferece uma oportunidade para aprimorar habilidades e se adaptar às novas tendências do setor, como práticas sustentáveis e abordagens centradas no paciente. Além disso, serve como uma introdução rica e motivadora para aqueles interessados em explorar mais sobre a carreira de enfermagem.
Com uma linguagem clara e objetiva, Fundamentos de Enfermagem I descomplica conceitos complexos e promove uma aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. Mais do que ensinar procedimentos técnicos, o livro promove uma compreensão aprofundada dos princípios éticos que orientam cada ação na enfermagem, tornando-o essencial para quem busca competência técnica e uma prática reflexiva e informada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de nov. de 2024
ISBN9786556754499
Fundamentos de Enfermagem I

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    Fundamentos de Enfermagem I - Gessika de Sousa Santos

    Copyright © 2025 by Maria Augusta Delgado Livraria, Distribuidora e Editora

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.

    É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem autorização prévia, por escrito, da Editora.

    Direitos exclusivos da edição e distribuição em língua portuguesa:

    Maria Augusta Delgado Livraria, Distribuidora e Editora

    Direção Editorial: Isaac D. Abulafia

    Gerência Editorial: Marisol Soto

    Diagramação e Capa: Sofia de Souza Moraes

    Copidesque: Lara Alves dos Santos Ferreira de Souza

    Revisão: Doralice Daiana da Silva

    [email protected]

    www.freitasbastos.com

    Organizadora

    Gessika de Sousa Santos

    Profissional multifacetada da área da enfermagem, além de enfermeira, é licenciada em Pedagogia e Biologia, com especializações em Saúde e Segurança do Trabalho, Enfermagem Aeroespacial, Urgência e Emergência, dentre outras. Traz uma bagagem ampla e sólida de conhecimento técnico e prático. Sua jornada profissional inclui experiência como professora universitária e de nível técnico, onde compartilha conhecimentos e influencia o desenvolvimento de futuros profissionais da saúde e da educação. Além disso, atua como instrutora de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), contribuindo para capacitar indivíduos a lidarem com situações críticas e emergenciais de forma eficiente e segura. Como enfermeira assistencial e socorrista, demonstra a dedicação e a paixão pela enfermagem e pela docência, com o objetivo de integrar diferentes áreas de conhecimento para proporcionar uma abordagem completa.

    Sumário

    1 Fundamentos Teóricos da Prática de Enfermagem

    2 Processo de Enfermagem e Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE)

    2.1 Processo de Enfermagem

    2.2 Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)

    2.3 Benefícios do Processo de Enfermagem e da SAE

    3 Tipos de Teoria

    3.1 Teoria em Enfermagem

    3.2 Componentes de uma Teoria

    3.3 Fenômeno em Enfermagem

    3.4 Conceitos em Teoria

    3.5 Definições em Teoria

    3.6 Premissas em Teoria

    3.7 O Domínio da Enfermagem

    4 Relação da Teoria com a Prática em Enfermagem

    5 Necessidades Humanas Básicas

    6 Promoção da Saúde, Bem-Estar e Prevenção de Doença

    7 Doença

    7.1 Importância da Definição Ampliada da OMS

    7.2 Doença Aguda e Doença Crônica

    8 O Cuidado na Prática de Enfermagem

    9 Diagnóstico de Enfermagem (NANDA)

    9.1 Planejamento

    9.2 Implementação

    9.3 Condução

    10 Sinais Vitais

    10.1 Diretrizes para Medição dos Sinais Vitais

    10.2 Temperatura Corpórea

    10.3 Pulso

    10.4 Respiração

    10.5 Pressão Arterial

    10.6 Saturação

    11 Gasometria

    12 Registrando os Sinais Vitais

    13 Avaliação da Saúde e Exame Físico

    13.1 Coletando Dados sobre o Histórico de Saúde

    14 Exame Físico

    14.1 Inspeção

    14.2 Palpação

    14.3 Percussão

    14.4 Ausculta

    14.5 Anamnese

    15 Higienização

    15.1 Higienização simples

    15.2 Higienização antisséptica

    16 Lavagem das mãos

    17 Aplicação de equipamentos de proteção individual (EPI)

    17.1 Calçar e retirar luvas de procedimento e estéril

    17.2 Colocar ou retirar o avental ou capote

    17.3 Colocar e retirar uma touca ou gorro

    18 Manuseio de materiais estéreis

    19 Unidade (leito) do paciente

    19.1 Leito aberto

    19.2 Leito fechado

    19.3 Leito cirúrgico

    19.4 Limpeza de leito

    20 Cuidados higiênicos com o paciente

    20.1 Banho no leito

    20.2 Higienização do cabelo e do couro cabeludo do paciente

    20.3 Higiene oral em paciente consciente

    20.4 Higiene oral em paciente inconsciente

    20.5 Higiene íntima feminina

    20.6 Higiene íntima masculina

    21 Manuseio, transferência e posicionamento seguro

    Regra 1: Conhecer as condições do paciente e a posição requerida ou necessária.

    Regra 2: Conhecer o ambiente e os recursos disponíveis para movimentação segura de pacientes.

    Regra 3: Aplicação da ergonomia e biomecânica para movimentação segura de pacientes.

    22 Cuidados de enfermagem com pacientes paliativos

    23 Cuidados de enfermagem com o corpo após a morte

    Referências

    Lista de Figuras

    Figura 3.1 – Componentes da teoria.

    Figura 5.1 – Pirâmide de Maslow.

    Figura 10.1 – Termômetros.

    Figura 10.2 – Aparelhos de pressão arterial.

    Figura 10.3 – Oxímetros.

    Figura 13.1 – Coleta sanguínea.

    Figura 14.1 – Profissional de saúde realizando inspeção e palpação em um paciente.

    Figura 14.2 – Tórax humano com os pontos pulmonares.

    Figura 16.1 – Lavagem das mãos.

    Figura 17.1 – Luvas de procedimento.

    Figura 17.2 – Vestindo e removendo o avental.

    Figura 19.1 – Leito hospitalar.

    1 Fundamentos Teóricos da Prática de Enfermagem

    O cuidado de enfermagem centrado no paciente é uma expectativa fundamental para todos os enfermeiros, e sua prática é sustentada por uma base teórica robusta proveniente de diversas áreas do conhecimento. À medida que os enfermeiros avançam em suas formações, incorporam conhecimentos das ciências sociais, físicas, biocomportamentais, além de aspectos éticos e políticos da saúde. Essa base teórica orienta a elaboração e a implementação de intervenções de enfermagem, visando obter respostas eficazes dos indivíduos e famílias diante dos problemas de saúde (Alligood; Tomey, 2010).

    A compreensão e apreciação da teoria de enfermagem podem ser desafiadoras para alguns profissionais em formação, mas, à medida que se aprofundam nesse conhecimento, percebem como ela é essencial para descrever, explicar, prever e prescrever medidas de cuidados de enfermagem (Meleis, 2018). Questões comuns que surgem entre enfermeiros incluem a definição de teoria, sua origem e sua importância na profissão, as quais são respondidas e exploradas ao longo deste texto.

    Analogamente, a prática de enfermagem pode ser comparada à construção de uma casa, onde a teoria funciona como a base sólida para a arte e a ciência do cuidado. Os enfermeiros aplicam a teoria diariamente, muitas vezes sem perceber, como quando utilizam os princípios da teoria ambiental de Florence Nightingale para criar um ambiente propício à cura e ao conforto do paciente. Da mesma forma, a teoria de alcance de objetivos de Imogene King é empregada quando os enfermeiros incentivam os pacientes a estabelecerem metas para sua recuperação, e a teoria do déficit do autocuidado de Dorothea Orem é aplicada ao auxiliar os pacientes em suas atividades diárias até que possam realizá-las independentemente (Meleis, 2018).

    O desenvolvimento teórico na enfermagem é essencial para expandir o conhecimento científico da profissão e fundamentar as práticas clínicas. As teorias oferecem embasamento para as intervenções específicas dos enfermeiros, além de prever comportamentos e resultados dos pacientes (Alligood; Tomey, 2010). Essa expertise é aprimorada pela relação contínua entre teoria, pesquisa e prática, onde os enfermeiros desenvolvem, testam e aplicam teorias em um ciclo dinâmico de aprendizado e adaptação (McEwen; Wills, 2014).

    Ao longo de suas carreiras, os enfermeiros são encorajados a refletir sobre suas experiências e alicerçar suas práticas em teorias bem fundamentadas, promovendo assim um cuidado mais eficaz e centrado no paciente (Meleis, 2018).

    2 Processo de Enfermagem e Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE)

    Na história da enfermagem, inúmeros líderes destacaram-se, e uma das mais notáveis foi Florence Nightingale, reconhecida como a fundadora do conhecimento científico da enfermagem. Comprometida com os ideais da profissão, ela desafiou as estruturas familiares, políticas, culturais e sociais de sua época, concebendo a enfermagem não apenas como uma ciência, mas principalmente como a grande arte do cuidado humano (Bezerra, 1996). Florence revolucionou os métodos de melhoria contínua na área da saúde, utilizando dados estatísticos para identificar os potenciais riscos de infecção e implementando a sistematização de cuidados diretos ao paciente.

    A partir do legado de Florence Nightingale, a enfermagem moderna iniciou uma trajetória em direção a uma prática fundamentada em evidências científicas, abandonando gradualmente abordagens caritativas, intuitivas e empíricas. Durante os anos 1950, foram desenvolvidos saberes próprios da enfermagem, enquanto na década de 1970 as enfermeiras demonstraram preocupação com o desenvolvimento de teorias específicas da área. O objetivo era organizar e sistematizar todos os aspectos envolvidos na prática profissional, gerando conhecimentos para embasar e aprimorar o trabalho das enfermeiras, além de estabelecer a enfermagem como uma profissão reconhecida (Freitas et al., 2007).

    A origem do Processo de Enfermagem (PE) não é um conceito contemporâneo. Embora a expressão ainda não fosse utilizada, é plausível afirmar que seu desenvolvimento e sua incorporação à linguagem da enfermagem remontam à segunda metade do século XIX, quando Florence Nightingale enfatizou a necessidade de ensinar as enfermeiras a observarem e a formularem julgamentos com base nessas observações.

    Nas décadas de 1920 e 1930, nos Estados Unidos, diversos estudos de casos clínicos foram publicados na literatura da enfermagem. Esses estudos envolviam uma análise e uma avaliação sistemáticas e aprofundadas de usuários individuais ou grupos semelhantes, com o propósito de promover uma compreensão mais profunda sobre o estado de saúde/doença desses usuários e as intervenções de enfermagem necessárias (Garcia; Nóbrega, 2009).

    O objeto central da enfermagem é o cuidado humano, que requer qualidade em sua prestação. Nesse contexto, é fundamental que a enfermagem possa desenvolver habilidades de pensamento crítico e capacidade de tomar decisões, pois são reconhecidas como profissionais de transformação nas condições de vida, atuando diretamente no processo saúde-doença e no bem-estar dos indivíduos, das famílias e das comunidades.

    Durante muitos anos, a organização da assistência de enfermagem foi marcada por contradições, caracterizadas por uma estrutura inflexível, linear e excessivamente especializada, com funções rotineiras e pouco desafiadoras. A enfermagem, em grande parte, conformou-se a uma cultura de realização de tarefas disciplinares sem questionar novas formas de ser e agir no contexto do seu dia a dia profissional (Nascimento et al., 2008).

    O Processo de Enfermagem e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) são duas ferramentas essenciais para o cuidado individualizado e holístico do paciente. O PE é um método científico que guia o profissional de enfermagem na avaliação, no diagnóstico, no planejamento, na implementação e na avaliação do cuidado ao paciente. Já a SAE é um método de organização do trabalho da equipe de enfermagem, que visa garantir a qualidade da assistência prestada.

    2.1 Processo de Enfermagem

    O Processo de Enfermagem é uma abordagem sistemática e organizada que guia a prática profissional dos enfermeiros, fornecendo uma estrutura abrangente para o planejamento, a implementação e a avaliação dos cuidados de saúde. Composto por cinco etapas inter-relacionadas, esse processo é essencial para garantir cuidados de qualidade e individualizados aos pacientes.

    – Avaliação: a avaliação é a primeira e componente-chave na etapa do Processo de Enfermagem, na qual o enfermeiro coleta uma ampla gama de dados sobre o paciente para obter uma compreensão completa de sua condição de saúde. Durante essa fase, o enfermeiro busca informações detalhadas e precisas, incluindo o histórico médico do paciente, sinais vitais, condições médicas atuais, medicamentos em uso, estado emocional, condições ambientais e outros fatores relevantes.

    Para começar, o enfermeiro revisa o histórico de saúde do paciente, que pode incluir informações sobre condições médicas anteriores, cirurgias, alergias, medicamentos prescritos, tratamentos anteriores e quaisquer problemas de saúde crônicos ou agudos. Isso ajuda a estabelecer um contexto para a avaliação atual e identificar padrões ou tendências ao longo do tempo. Além disso, realiza a coleta dos sinais vitais do paciente, como temperatura corporal, pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigênio. Esses parâmetros fornecem informações cruciais sobre a estabilidade fisiológica do paciente e podem indicar a presença de problemas de saúde.

    A avaliação também envolve a obtenção de informações sobre as condições médicas atuais do paciente, incluindo sintomas relatados, queixas principais, duração e gravidade dos sintomas, e qualquer evento precipitante. Isso permite ao enfermeiro identificar preocupações imediatas que requerem atenção urgente. O enfermeiro avalia os medicamentos que o paciente está tomando, incluindo prescrições, medicamentos de venda livre, suplementos e remédios alternativos. Isso é importante para garantir a segurança do paciente, evitar interações medicamentosas e identificar possíveis efeitos colaterais ou reações adversas.

    O estado emocional do paciente também é avaliado durante nessa fase, pois fatores emocionais podem afetar significativamente a saúde e o bem-estar. O enfermeiro observa a expressão facial, o tom de voz, o comportamento e as respostas emocionais do paciente para determinar seu estado emocional e psicológico. Temperatura, umidade, iluminação, ruído e conforto são condições ambientais que podem afetar a saúde do paciente. Isso é especialmente importante em ambientes de saúde, onde o conforto e a segurança do paciente são prioridades.

    – Diagnóstico: na segunda etapa do Processo de

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