Entre Sombras E Promessas

Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho Roberto Carvalho Entre Sombras e Promessas Contos Saquarema 2024

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Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho INDICE

A CASA SOMBRIA ....................................................9

A ÚLTIMA MENSAGEM ..........................................27

A CAFETERIA DA ESQUINA ...................................43

ESCOLHAS ............................................................73

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Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho A todos que apreciam uma boa leitura.

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Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho Bem-vindo ao Entre Sombras e promessas Este livro, uma seleção dos meus contos que, assim como um caleidoscópio, reflete a multiplicidade da vida, oferecendo ao leitor uma variedade de temas e emoções em cada conto. Ao lê-lo, você encontrará histórias de mistério e suspense que desafiarão sua mente e romances que aquecerão seu coração. Cada conto foi criado para capturar a essência das experiências humanas, explorando o extraordinário e cotidiano. Se você é fã de mistérios envolventes, irá se deleitar com os enigmas e reviravoltas inesperadas. Prefere histórias de amor? encontrará romances que transcendem o tempo e as adversidades.

Este livro foi pensado para ser uma companhia, seja para uma leitura rápida ou para se perder por horas nas páginas de uma boa história. Através dele, desejo que cada leitor encontre um conto que ressoe com suas emoções e experiências, fazendo com que cada leitura seja uma descoberta única e pessoal. Prepare-se para uma viagem literária diversa e emocionante. Que cada história abra uma nova janela para sua imaginação e que, ao final desta jornada, você possa levar consigo um pouco da magia que as palavras podem oferecer.

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Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho [ 9 ]

Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho A CASA SOMBRIA [ 10 ]

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Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho A casa estava lá, no fim da rua deserta, como uma sombra esquecida do tempo. Suas paredes de pedra, cobertas por uma densa camada de musgo, pareciam quase se fundir com a natureza ao redor, como se a própria terra estivesse tentando engoli-la de volta. enquanto as janelas, de vidro opaco e rachado, pareciam olhos cansados, testemunhas de histórias antigas e silêncios profundos. O telhado, bastante avariado deixava entrever as entranhas escuras do interior, onde a poeira dançava ao som do vento que sussurrava segredos há muito enterrados.

No jardim, as ervas daninhas haviam tomado o lugar das flores, enroscando-se em volta de um velho balanço que pendia de uma árvore seca, em movimento quase imperceptível, impulsionado por uma brisa que parecia vir de outro mundo. Era um lugar onde o tempo havia parado, onde cada objeto carregava o peso de memórias esquecidas, e onde a solidão era a única companhia constante.

Nos fundos da casa, escondido por trás de um emaranhado de plantas e arbustos selvagens, havia um poço antigo. Sua estrutura de pedra estava coberta por limo espesso, e a borda, parcialmente desmoronada, descia em direção à escuridão desconhecida. O balde enferrujado, ainda preso à corrente, pendia sobre o abismo, silencioso e imóvel, como se aguardasse por algo, ou alguém, que nunca mais viria. Diziam que o poço era o coração da casa, o ponto de onde emanava a estranha energia que envolvia [ 12 ]

Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho o lugar. Antigamente, ele fora a fonte de vida, fornecendo água fresca para os moradores, mas agora, era apenas um buraco sombrio e insondável, que parecia absorver a luz do dia e engolir os sons do mundo exterior.

No topo da casa, uma chaminé de tijolos vermelhos, ainda de pé apesar das intempéries, erguia-se como um guardião solitário contra o céu cinzento. Estava coberta por fuligem e marcada por rachaduras, mas resistia, como um símbolo dos dias em que o calor de uma lareira preenchia o interior com vida e aconchego. Agora, a chaminé parecia um monumento a um passado distante, de onde nenhum calor ou fumaça emanava, apenas a frieza do abandono.

Para os poucos que passavam por ali, a casa era um lugar a ser evitado, um símbolo de histórias antigas e mal contadas que se entrelaçavam com a escuridão do passado.

Suas paredes desgastadas pelo tempo carregavam o peso de histórias antigas, envoltas em mistérios que se perdiam nas brumas da memória coletiva. Essas histórias, mal contadas e transmitidas de geração em geração, entrelaçavam-se, criando um emaranhado de lendas sombrias. Cada rachadura nas pedras parecia sussurrar segredos esquecidos, e cada sombra que se projetava nas noites sem lua evocava o medo do desconhecido, afastando aqueles que, por acaso ou imprudência, ousassem se aproximar. Em uma pequena cidade, escondida entre [ 13 ]

Entre Sombras e Promessas por Roberto Carvalho colinas e bosques ancestrais, essa casa ocupava um lugar peculiar na memória dos moradores.

A cidade, embora tranquila à primeira vista, carregava em seus alicerces a marca de um passado sombrio, enraizado nas histórias de caça às bruxas que haviam ocorrido séculos antes. Era uma época em que o medo e a superstição governavam as ações dos homens, e a casa, situada na periferia, foi testemunha silenciosa desses dias de terror.

Dizem que as chamas da fogueira, que um dia arderam no centro da cidade, projetavam sombras que dançavam nas paredes da casa. Essas sombras, acreditavam os poucos que se aventuravam a falar sobre o assunto, jamais se dissiparam completamente. A casa tornou-se um símbolo de tudo aquilo que a cidade tentava esquecer, um lembrete constante dos erros do passado.

Os poucos que se aproximavam juravam ouvir sussurros vindos do interior, como se as almas daqueles injustamente condenados ainda vagassem por seus corredores. Era