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Djro Mahu Ton: A Morte não é o Fim
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Djro Mahu Ton: A Morte não é o Fim
E-book292 páginas3 horas

Djro Mahu Ton: A Morte não é o Fim

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Sobre este e-book

Se você está procurando uma história inspiradora e transformadora, este livro é para você. "Djro Mahu Ton: A Morte Não É O Fim" conta a jornada de um herói africano que lutou contra muitas adversidades para alcançar a iluminação espiritual e tornar-se uno com sua essência.
Você vai se encantar com a narrativa envolvente deste livro, que o(a) fará viajar pela África antiga. A história é cheia de embates sutis entre o Bem e o mal, e você será cativado(a) pela força e coragem dos personagens que agem com amor.
Este livro é muito mais do que uma história de ficção fantástica. É uma fonte de inspiração para aquele que busca a espiritualidade e uma conexão mais profunda consigo mesmo e com o universo. Com este livro, você aprenderá importantes lições sobre a vida, sobre como superar obstáculos internos e como encontrar a paz interior.
Não perca a chance de embarcar nessa jornada emocionante e aprender com a sabedoria africana. Compre agora o seu exemplar e comece sua própria jornada rumo ao seu mundo interior.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de abr. de 2023
ISBN9791222092164
Djro Mahu Ton: A Morte não é o Fim

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    Djro Mahu Ton - Modeste Herlic

    Histórias de criança

    Era o alvorecer em Cotonou, capital do Benim, quando os pais de Lionel o deixaram com Pierre, seu avô. Iam para uma cidade do interior, onde ficariam por três dias, em companhia de outros membros da família. O fato de não poder viajar com os pais era sua punição por haver invadido a casa do vizinho.

    — Pulou o muro do vizinho? Mas o que estava pensando? O que há de errado com você? — dissera-lhe a mãe, num tom severo, ao descobrir o que acontecera.

    Lionel se deixara calado. Os pais não tardaram a levá-lo ao hospital. Algumas horas depois, já estava com a perna engessada.

    — Eu e sua mãe decidimos que você não viajará mais conosco. É seu castigo — informara-lhe o pai.

    Depois de se despedir dos pais, o mancebo se sentou num divã, ao lado do avô. Abaixou a cabeça e mergulhou em seu espírito, onde os pensamentos se entremeavam e se multiplicavam, ilimitados como as ondas do mar.

    Por detrás dos óculos, Pierre esbugalhava os olhos, empenhando-se à leitura de um jornal.

    — O que há com você? — disse o velho, ao perceber o aspecto pensativo do neto.

    — Queria muito ter viajado com meus pais e rever o resto da família.

    — De quem foi a culpa de não poder ir?

    — Foi toda minha — sussurrou o rapaz. — Mas, escalei o muro para cuidar do fusca do vizinho.

    — Por quê?

    — É um carro cintilante por fora e desagradável por dentro.

    — E você quis embelezá-lo por dentro — interrompeu o avô.

    — Sim, eu senti que eu tinha de fazer isso.

    — Entendo. Contudo, nem toda coisa precisa de cuidado — apontou o ancião, com voz mansa. Correu a mão no cabelo grisalho e refletiu um pouco. — Agora, pensando bem, o que fez com o fusca é louvável. Da mesma forma, cuide de sempre enxergar o coração das pessoas e não suas aparências.

    Acanhado, Lionel apenas assentiu com a cabeça. Pierre voltou para sua leitura. Passaram-se alguns minutos nesse silêncio até quando Lionel tirou de seu bolso um pedaço de papel amassado. Na folha, estava escrito um poema de um autor panafricanista, que dedicava toda sua obra literária à emancipação, tanto cultural quanto econômica, do continente africano. Sua frase predileta era: O homem, que não sabe de onde vem, é como um tronco de árvore numa enxurrada de tragédias. Lionel começou a aplanar a folha, deitando-a na mesa. Aplicou um deslizar rápido no papel com as mãos, levou-o à altura do peito e leu:

    Há um sábio adormecido

    No coração do adulto

    O mundo está cego!

    O mundo está cego!

    Histórias de criança

    São curas para a cegueira

    O pequenino tem o remédio

    A pequenina tem o remédio

    A alegria da puerícia tudo supera

    Venha cá escutar estórias da África

    Quando a criança canta

    Cante com ela e aprenda

    O papel, que continha o poema, fazia parte de um lote de folhas soltas que seu pai Galbert lhe havia dado, um mês antes, quando arrumava seu escritório. Sem esta pasta, eu não saberia quem sou, dissera-lhe o pai para enfatizar a importância dessa papelada toda.

    Desde então, quando Lionel estava entediado, pegava uma ou mais folhas da pasta e lia. Embora não lograsse entender parte daqueles escritos, não parou de lê-los. Outrossim, não compreendeu o poema desse autor panafricanista. Contudo, ali, naquele momento, algo o deixou intrigado. Era nada mais senão a constatação de que ele não conhecia nenhuma história africana. Pôs-se a vasculhar a mente, à procura de uma narrativa, uma estória ou uma lenda do seu continente. No entanto, só se lembrava dos grandes nomes da história humana, tais como: Napoleão, Alexandre, Aquiles, Júlio César, Sócrates etc. Ao cabo da infrutífera busca mental, ele se deparou com outra constatação ainda mais subversiva. Percebeu que era fisicamente diferente daqueles homens. Com efeito, não tinha nada a ver com esses personagens que ele crescera venerando. Após toda essa análise, agitou a cabeça suavemente, amolgou o pedaço de papel e o enfiou no bolso. A frustração lhe estirava a feição.

    — O que há com você desta vez? — soltou Pierre, pondo o jornal em cima da mesa.

    — É que acabei de perceber que eu não conheço nenhuma estória ou lenda africana. Meus professores nunca me falaram de um herói africano parecido comigo — deplorou o neto.

    — Não fique triste com isso. Seus professores lhe ensinam o que lhes fora ensinado.

    Ao perceber o desânimo do neto, o avô se deu à missão de lhe contar uma história tão interessante que ele acabaria esquecendo seu desapontamento.

    — Se você quiser, posso lhe contar uma estória africana. É uma lição de vida, uma bênção para os ouvidos e um deleite para a alma.

    — Quero, sim — replicou Lionel, com o rosto repleto de curiosidade.

    — Essa lenda ilustra um pouco da grandeza de nossos ancestrais — informou o velho, tirando os óculos e fitando o neto com amor. — Meu pai dizia que um povo sem história é um deserto sem areia.

    — Já quero ouvir — disse Lionel, entusiasmado.

    Pierre foi ao seu aposento e voltou com uma kora. Sentou-se com o instrumento musical entre as pernas. Respirou fundo, fechando e abrindo os olhos suavemente. Encostou o polegar e o indicador nas cordas e começou a tocar e entoar:

    Ao conhecer a jornada de seus antepassados, saberá seu próprio caminho.

    O que lhe contarei hoje é a história que encontrei no coração de uma criança.

    É a criança que fica sentada à beira do Nilo.

    É a criança, cujo coração canta, dança e salta com alegria.

    É a criança que não nega o mal nem procura por ele.

    Ela que porta a África em seu âmago.

    Foi ela quem me ensinou a tocar a kora, na margem do Nilo.

    Sim, é a criança sentada à beira do grande rio.

    Ela sabe a história das histórias.

    Foi dela que o mundo nasceu.

    Será com ela que o mundo esvanecerá.

    Se, um dia, você se encontrar à beira do Nilo, observe-se em profundidade.

    A criança está onde não se vê, onde o silêncio é mestre.

    No entanto, se você olhar com coração, ela se revelará.

    Quando sentada ao seu lado, seu coração começará a cantar, dançar e saltar com alegria.

    Assim, dou início a Djro Mahu Ton, a jornada espiritual de um herói africano.

    Serenamente sentado ao lado do avô, Lionel aguçou os ouvidos. Seu rosto estava luminoso como quando o discípulo recebe a iniciação de seu Mestre.

    ***

    Pierre contou a lenda toda, cantando, falando e tocando a kora. Não se sabia quando o cântico acabava ou quando a fala iniciava. Era tudo uma coisa só, uma melodia singular e bela; uma voz que se multiplicava, entretanto, distinta. De tempos em tempos, ele parava para tomar um gole de água ou afinar as cordas da kora.

    ***

    Aqui começa a narrativa de Djro Mahu Ton, a jornada espiritual de um herói africano. Sem articular nenhuma palavra, Lionel se manteve atento até o fim da história. Esta era composta de quatro partes.

    ***

    Parte I

    O País do Sol

    Ao redor da fogueira

    Numa noite terna

    Longe da tormenta

    Bailava alegremente o Fa

    Dance, palavra divina!

    Dance, palavra divina!

    Baile, porque o tempo corre

    Baile, porque seu vento move

    Toda a existência

    Toda a vida

    Milênios antes, os arredores do Nilo, no Norte da África, eram povoados por treze tribos — cada uma com seu rei. Ali todos viviam alegres até o dia em que o sol adormeceu, permanecendo num sono profundo por meses. Por acreditarem que os deuses estavam descontentes, os treze reis se reuniram e fizeram inúmeros sacrifícios. Contudo, nada disso agradava aos deuses.

    — Sacrifícios e manteiga atirada ao fogo não trarão a luz de volta — disse o sábio Idajo aos treze reis. — O Fa cria o mundo, o Fa o desfaz. Conheçam o Fa e verão o Sol.

    Diziam que os séculos não consumiam a aparência do nobre Idajo, que vivia recolhido nas montanhas e só aparecia aos homens quando era preciso. Ninguém nunca viu Idajo beber água ou comer algo. As pessoas se perguntavam se ele era, de fato, humano. Com efeito, o mistério de sua pessoa superava a percepção da mente. O que se sabia dele era que seguia os preceitos do Fa, vivendo sempre em harmonia com a natureza.

    O Fa cria o mundo, o Fa o desfaz. O que devemos entender por isso? — perguntou um dos treze reis.

    — Diz o Fa que a resposta está em cada um — retorquiu o sábio, que lhes virou as costas, apoiando-se em seu cajado.

    Idajo não falava muito, e os reis sabiam que não adiantava insistir com ele. Nos meses que se seguiram, fizeram tudo que era possível para a volta do sol, mas sem êxito.

    *

    Certa noite, os treze reis se reuniram ao redor de uma fogueira para dialogar sobre como conseguir o perdão dos deuses. De repente, um homem misterioso lhes apareceu. Era robusto, envergava uma túnica preta com capuz e segurava uma cumprida lança de bronze.

    — Esqueçam suas mágoas e sequem suas lágrimas! Vim para pôr um sorriso em seus lábios e um afago em suas peles — proferiu o homem, com uma voz estrondosa, que ecoou terrivelmente pelo espaço. 

    Atônitos, os reis ficaram calados. O homem foi até a fogueira, colocou as mãos nas línguas de fogo e as retirou depois de alguns instantes. Para surpresa de todos, suas palmas continuavam ilesas. Só pode ser um deus, pensou a maioria dos reis, que se entreolharam discretamente. A credulidade se apossou de seus juízos. Estavam vencidos pelo desconhecido.

    — Sou Soraj, o senhor do Sol — gritou o homem, como quem precisa provar alguma coisa. — Com a minha presença aqui, nunca mais terão de temer. Tempestades, desgraças e doenças são banidas desta terra. Sou a luz e vim para salvá-los.

    Os reis sorriram de alegria e o acolheram com a maior reverência. No dia seguinte, o Sol voltou a brilhar no céu, e a vida se tornou bela novamente.

    *

    Os treze reis ignoravam que, na verdade, o homem que lhes trouxe a luz era Ibi, um espírito maligno, fazendo-se passar pelo senhor do Sol. Fora enviado por Ezo, o deus da ira. Alguns anos após sua chegada, Ibi plantou astuciosamente a vaidade no coração humano. A iniquidade conquistou os reinos com grande velocidade — cada um querendo subjugar o outro. Mesmo que o Sol tenha voltado a iluminar aquele mundo, era a maldade que prevalecia em toda parte. 

    Certa noite, Dhang, um dos treze reis, sonhou com o verdadeiro Soraj, o grande senhor do Sol. Esse não somente lhe revelou as intenções de Ibi, mas também lhe ensinou os preceitos do Fa — tudo isso com apenas um assobio. No fim do sonho, ele lhe disse: Aqui está a minha lança. É a haste da Justiça. Use-a para afugentar a mentira deste mundo.

    Ao despertar, Dhang viu uma lança dourada na cabeceira de seu leito. No mesmo dia, solicitou a presença dos outros reis. Iniciaram uma imersão numa caverna, onde lhes passou todo o conhecimento que Soraj lhe transmitira. Esse aprendizado durou sessenta dias. Soraj, o senhor do Sol, não paira sobre a subjugação. Ele me mostrou que a luz atrai mais luz. Durante todo esse tempo em que o estávamos procurando, ele se escondia na Unidade. Nossa vitória é a nossa união. Devemos buscar a paz entre nossos reinos. É o único jeito de rever o brilho do verdadeiro Sol, disse Dhang no fim do treinamento. Ao saírem da gruta, os doze reis passaram a enxergar a vida com outros olhos. Um novo sol brilhava acima deles, e eles perceberam a ganância das guerras e disputas que tiveram no passado — essas coisas que os mantiveram presos na escuridão do espírito por muito tempo.

    — Acha-se capaz de afrontar Ibi? Talvez seja melhor você esperar um pouco, o tempo suficiente para ser mais forte — sugeriu um dos reis a Dhang.

    — O confronto tem de ser hoje e agora. Ibi é uma mentira, e não se pode demorar muito para expulsá-la de nossas vidas. 

    Assim, dirigiram-se às montanhas onde morava Ibi. Dhang brandiu sua lança e gritou com todas as forças: Ibi. Ibi. Você é uma mentira, e, aqui debaixo do Sol, a verdade sempre vencerá.

    Ibi soltou uma gargalhada estrondosa e desceu prontamente. Embora os outros reis fossem preparados para aquele momento, a ansiedade os consumia aos poucos. Entreolhavam-se inquietos e, em seu âmago, duvidavam que Dhang fosse capaz de vencer Ibi.

    — Um homenzinho? — riu-se o maligno, ao ver a baixa estatura de Dhang. — A pequena formiga quer derrotar um elefante? — zombou de seu adversário.

    Com os olhos em chamas e um sorriso maquiavélico, Ibi fazia arder a atmosfera. Seus dentes sombrios se pareciam com um montão de pedregulhos postos uns sobre os outros. Era de uma feiura insuperável.

    Com os pés firmemente cravados no chão, Dhang, trajado com uma túnica vermelha escura, sorriu. Em sua mão direita, segurava sua lança dourada e, na outra, um rosário feito de búzios e pedras cristalinas. Portava em seu pescoço um colar de conchas. Em seu antebraço direito, estavam penduradas três pedras de diferentes cores — verde, amarelo e vermelho.

    — Estilhaçarei seus ossos e farei, da sua matéria, pedaços de carne para meus adoráveis cães — gritou Ibi, num tom desdenhoso.

    Bem naquele momento, uma temível névoa se apoderou da atmosfera, fazendo com que ninguém fosse capaz de perceber o clarão do Sol. Vale ressaltar que essa mudança do clima era um truque que o espírito das trevas usava para espavorir seus oponentes. 

    O corajoso rei sabia que não podia controlar as artimanhas de Ibi, nem as condições deploráveis que o tempo lhe havia sujeitado. Naquele instante, lembrou-se de uma fala de seu mestre: Basta o controle de si para afrontar qualquer medo. Lembre-se! Noites e dias existem, porque os mundos dançam ao meu redor. Eu sou Soraj, o senhor do Sol, e não há escuridão para mim.

    — Suas ilusões não me enganam — afirmou Dhang. — EU SOU⁶ e supero todas as coisas que se encontram fora e dentro de mim.

    — Seja meu servo, e sua miserável vida será poupada — vozeou Ibi. — Seja meu servo ou morra!

    — Sigo apenas o Fa, cujas palavras, doces como o orvalho e afiadas como as chapas de metal, ordenam o fim da mentira. Hoje, você será exterminado.

    Encolerizado, Ibi rugiu como um tigre feroz e adentrou impetuosamente sua lança no chão. A terra estremeceu, e os doze reis se assustaram.

    — Quem sabe o que há de fazer, nada teme — assegurou Dhang, serenando seus companheiros. 

    Ao cravar-se no chão, a lança do malévolo se transformou em um guerreiro, de sorriso demoníaco, ainda mais gigante do que ele próprio.

    — Sou a Cólera. Meu fogo queima o céu e seca o mar — vociferou o ser invocado. Ele desembainhou sua espada e foi ao encontro de Dhang. — Quem porta a raiva em seu peito não me escapa.

    Graças aos ensinamentos do Fa, os treze reis já haviam superado a cólera. Dhang recuou alguns passos e atirou sua lança que, sendo mais rápida que o vento, se adentrou no coração do gigante. Embasbacado, esse último estacou, olhou para os presentes, não acreditando no que acabara de acontecer. O sangue negro lhe jorrou da boca e dos olhos. O demônio caiu sobre os joelhos e desapareceu como um amor falso, deixando a lança de Dhang no chão.

    Não tendo gostado do que vira, Ibi se acercou do guerreiro em menos de um segundo. Pegou-o nos braços e começou a esmagá-lo. Incapaz de se mover, Dhang foi diminuindo de tamanho aos poucos. Ao ver seu herói sendo espremido com tanta facilidade, os doze reis tremeram de pavor. Com o nervosismo lhes ofuscando o juízo, viam as trevas emergindo do solo, como a fumaça emana do fogo.

    Dhang tentava contra-atacar em vão. Não podia fazer nada, já que toda sua força residia na lança que matara a invocação de Ibi. Em meio ao sofrimento, lembrou-se de Soraj e, instantaneamente, ouviu uma misteriosa voz lhe sussurrando: No templo da entrega, guarda-se a vitória das vitórias. Em seguida, Dhang se abandonou a Ibi, deixando-se levar, como um rio que ruma ao mar. Um vento suave soprou, trazendo-lhe outras palavras aos ouvidos: A perfeita ação se esconde na inação. Confie! Confie! Deixe o universo carregar seu fardo. Assim, Dhang se rendeu totalmente ao jugo do demônio.

    — Uma boa carne para meus cachorros! — alegrou-se Ibi, amassando o pequeno rival como um pedaço de papel.

    O desassossego invadiu o olhar dos reis, que se perguntavam se haviam de fugir ou confiar no Fa. Podem confiar em mim. O Fa supera a morte, e ando sempre com Ele, dissera-lhes seu herói, algumas horas antes.

    — Dhang está com o

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