Em Busca Da Liberdade
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Em Busca Da Liberdade - Josuel Fernando Spasiani Zanardi
EM BUSCA DA
LIBERDADE
Por
Josuel Fernando
Spasiani Zanardi
" Para meus queridos leitores do Social Spirit,
Wattpad e Nyah Fanfiction. Graças a vocês
consegui coragem e sempre serei grato e os amarei
por isso, obrigado."
SUMARIO
Capítulo
Um…………………………………………………. 5
Capítulo
Dois………………………………………………… 26
Capítulo
Três…………………………………………………. 57
Capítulo
Quatro……………………………………………….. 78
Capítulo
Cinco………………………………………………….96
Capítulo
Seis…………………………………………………..116
Capítulo
Sete…………………………………………………...132
Capítulo
Oito…………………………………………………...153
Capítulo
Nove…………………………………………………..171
Capitulo
Dez…………………………………………………….192
Capitulo
Onze…………………………………………………..205
CAPÍTULO 1
O rapaz loiro acordou de seu sono. Suas mãos e pés
estavam amarrados com correntes. Sua visão foi
lentamente deixando de embasar para que ele pudesse
ver onde se encontrava. Estava preso em uma cela com
feno como forro e aquilo com certeza ao seu lado, era
bosta de algum animal.
O fedor fazia seu nariz querer saltar de seu rosto e sair
correndo.
Ele sentia que todo seu redor se mexia como se
estivesse em movimento, pode ouvir o som das águas
lá fora e concluiu que estava em um navio e com
certeza não era um convidado de honra, levando em
conta o local que fora jogado e preso.
Sua cabeça doía, ele não sabia como tinha parado ali.
Tudo que sabia era que sua casa e sua aldeia foi
saqueada e destruída por piratas. Seus pais foram
mortos. E durante 2 meses tudo que ele fazia era
correr, correr e tentar sobreviver na floresta de
Helhaem.
Ele podia sentir seu corpo arder por dentro como se
tivesse algo o corroendo aos poucos. Seja onde
estivesse, ele pode concluir agora que tinha a vida
super ferrada de todas as formas possíveis.
Sua mente tinha várias imagens de uma fumaça verde e um fogo da mesma cor. Ele via um homem trajando
uma espada negra com um brilho verde reluzente em
volta, mas estava tudo em picados, não sabia o que via
ou que sua mente tentava te mostrar. Com certeza ela
queria deixar ele mais maluco e perdido do que se
encontrava nesse momento.
A muito tempo tem essas vagas visões e nunca
entendia o que elas significavam. A maioria das vezes
as ignorava.
Logo a porta do local de onde estava se abriu e um
homem velho com perna de pau, gordo e com um
bigode ridículo entrou comendo um peixe totalmente cru
com os dentes. Pelo modo que estava vestido, ele só
podia ser um pirata. Em sua mão esquerda tinha uma
garrafa com um líquido roxo bem forte, o rapaz na hora
conseguiu deduzir que era vinho.
Ele odiava piratas, nunca iria esquecer o que fizeram
com sua família e seu lar… se ele pudesse, mataria
todos ali. Mesmo que não fossem eles os assassinos de
seus entes queridos.
-Então esse é nosso prisioneiro? Foi isso o que
conseguiram?! - ele perguntou levantando a voz para
um rapaz baixinho com nariz enorme que o
acompanhava, ele tinha um tapa olho em seu rosto e
carregava uma garrafa de água.
-Senhor Capitão, ele foi pego dormindo em uma das
antigas bases dos rebeldes. - disse ele. - Com certeza
deve ser um deles, vossa majestade ficara muito
contente se o vendermos a ele.
De Repente uma forte rajada de vento entrou pelo local
derrubando o pequeno rapaz no chão. De onde isso
tinha vindo?!
-Seu paspalho! - gritou o capitão. - Olhe pra ele! Acha
que parece algum rebelde?! Com certeza é um
camponês idiota que se perdeu.
-Mas… capitão. Ele é bem forte e alto, com certeza não
é um simples camponês. - o rapaz narigudo se
levantou. - Infelizmente, ainda não descobrimos se ele é
de algum clã específico. Talvez seja um resto como a
maioria diz por aí.
-Resto? Hum… se ele for mesmo isso, pode servir
como o limpador do convés. - o capitão alisou sua
enorme barba cheia de carne e vinho. E logo soltou um
arroto.
Ele se aproximou da cela e encarou o jovem rapaz com
desdém.
-Qual seu nome? A quem você serve? - perguntou ele.
-Não te interessa . - foi o máximo que o loiro conseguiu responder.
O capitão o analisou por vários segundos e por fim, e
soltou um pum.
-Que maravilha primeiro imediato, capturamos um idiota
que acha que pode me fazer de bobo - diz o capitão. -
Rapaz, coragem aqui é suicídio.
-Deveríamos tortura-lo até ele dizer a verdade. - sugeriu
o primeiro imediato prendendo o nariz por causa do
cheiro. - O Senhor poderia sufocar ele com seu próprio
ar. Ou podemos chamar Natasha para lhe dar umas
chicotadas de fogo.
-Hum… temos muitas opções de tortura. - o capitão
voltou a alisar sua barba. - Cada uma mais divertida do
que a outra. Muito bem então, eu escolho…
-Ou como sugeri antes, podemos vender ele aos
soldados do rei. Fiquei sabendo que precisam de mão
de obra nas minas da tribo da terra. - riu ele.
O capitão revirou os olhos e grunhiu.
-Imbecil! Não é prudente ficar lidando com esse rei. Por
causa dele, não saqueamos vilas faz tempo. Eu
adoraria pôr a mão em todo aquele ouro, mas como
farei isso com todo aquele exército? - questionou o
capitão. - Maldito seja o dia que assinei aquele tratado.
Onde podemos viver como piratas, porém não podemos
saquear nada que seja das terras de Akbar. Somos
obrigados a ir mais longe para provocar caos e morte.
Eu devia…
O primeiro imediato cheirava o rapaz com seu enorme
nariz.
-O que está fazendo?! - perguntou o capitão.
-Eu tenho a habilidade de sentir o cheiro de quem é um
dominador ou não. Esse rapaz, ele me parece ser da
tribo do trovão ou do fogo. Não sei dizer. - respondeu
ele coçando o nariz confuso.
-Como assim trovão ou fogo? Ou é um ou não é. -
respondeu o capitão. - Se for do trovão estamos com
sorte, já que a maioria fica presa pelo rei, ter um aqui
seria vantajoso. Vamos testar...
O capitão não pode terminar de falar, pois o navio
recebeu algum tipo de impacto que o balançou por
inteiro.
-ESTAMOS SENDO ATACADOS! - uma voz fora
gritada pelo lado de fora.
-CAPITÃO ESTAMOS SENDO ATACADOS! - gritou o
primeiro imediato.
-EU PERCEBI, SEU IDIOTA! REVIDE! - gritou o
capitão.
Ambos correram para fora deixando o rapaz sozinho
novamente. Depois de muita gritaria e explosões,
finalmente foi se ouvido uma voz.
-ISSO! FUJAM COVARDES! AGORA MEUS CÃES
SARNENTOS! VAMOS ROUBAR TUDO DESSA
BANHEIRA FLUTUANTE!
O rapaz pode ouvir passos e mais passos acima no
convés. Na verdade, todos corriam. Portas eram
saqueadas e muitos coisas eram levadas. Até que
finalmente abriram a porta de onde ele estava preso.
-Capitão! Eles tinham um prisioneiro! - gritou uma
mulher morena com a tatuagem de uma caveira no
pescoço.
-Roubem ele Também! Depois vejo se ele merece
perdão! - gritou o Capitão que estava um tanto longe de
sua imediata.
A mulher se aproximou da cela e encarou o rapaz que
tinha o olhar um tanto assustado, mas contido. Ela ficou
paralisada pensando durante vários segundos.
-Engraçado, acho que já te vi antes. - diz ela. - Mas é bem bonitinho.
-Eu nunca te vi na vida. - respondeu ele com ódio de
outros piratas terem colocados suas mãos nele. - Sua
vadia.
A Mulher Grunhiu e puxou uma faca.
-Eu poderia te matar agora, mas tenho ordens a
cumprir. Cuidado com o que fala. Seu Verme. - ela
cuspiu em sua cara. - Não me conhece, não tem o
direito de me chamar assim.
-Muito menos você. - ele retrucou.
Ela o ignorou, era melhor se não o mataria naquele
instante.
Ela começou a andar de um lado para o outro e bateu
no ferro com o dedo e sorriu com o som que o mesmo
fez.
A mulher colocou suas mãos nas barras e respirou
fundo. As barras de uma forma lenta foram ficando
alaranjadas e fumaça saia selas. O garoto loiro do outro
lado arregalou os olhos com aquilo. Dentro de poucos
minutos, as barras estavam totalmente derretidas em
líquido no chão que a mulher fez questão de pisar e
parece que não a afetou em nada.
-Relaxe, eu poderia fazer isso com suas correntes, mas
como não sei o que você é. É melhor deixar assim para
não nos causar problemas. - ela tira suas correntes que
estavam presas na parede e as segura. - A propósito, é
bom dormir um pouco.
E com estas palavras, ela lhe deferiu um golpe na nuca
o desmaiando.