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Encontrando - Salvador Paiva
PREFÁCIO
Quando entendi que escrever, para mim, significava apenas deixar a alma se expressar, ficou mais fácil, prazeroso e muito libertador.
Fazer isso sem autocrítica, às vezes é custoso, mas no final vale muito a pena, ainda mais se, sem nenhuma pretensão da minha parte, isso puder ajudar alguém, então será ótimo!
Como falei em não ter autocrítica para escrever, desta vez alterno textos ora em prosa ou ora em prosa poética, mas sempre textos que me dizem muito.
Independente da forma com que escrevi, no fundo são reflexões minhas que, num outro contexto, o seu, poderá lhe trazer algum benefício: é o que espero e desejo.
A ÁRVORE VENCEDORA
Cheguei à Nova York perguntando-me o que levaria dessa minha experiência solitária numa cidade tão distante de tudo aquilo que me é próximo e querido.
Logo me decido a ir ver um musical na Broadway e então uma dificuldade: existiam 26 musicais em cartaz! Deixo meu coração me levar e escolho Annie
, um espetáculo que gira em torno de uma menina abandonada num orfanato, que vive acreditando que seus pais, um dia voltarão para buscá-la de volta. Ao mesmo tempo em que vive a tristeza por não tê-los, nunca abandona a esperança de que um dia os reencontrará.
Um homem de negócios muito poderoso, para marcar pontos na sociedade da época, resolve convidar uma menina órfã para passar um fim de semana em sua casa e Annie é a escolhida.
Ela então aproveita a ocasião para fugir e ir atrás da sua busca, os seus pais. O que encontra é um cachorro abandonado e pela primeira vez ela sente o que é receber amor, mesmo que seja só de um animal. A polícia a recaptura e a devolve ao tal homem. Nessa volta ela conta a ele a sua situação e ele então decide ir atrás dos pais dela. Essa busca que conta até com o auxílio do FBI acaba revelando que os pais dela infelizmente haviam morrido há vários anos atrás. Num momento de muita tristeza por essa notícia Annie percebe que além de contar com o amor do cachorro que nunca a abandonou, ela também conseguiu amolecer o coração do tal homem poderoso. Ele também percebe que não poderá mais viver sem ela. Resolve então adotá-la. Tudo termina numa grande festa para Annie, que passa então a ter uma casa para morar e para receber as demais crianças do orfanato, que também passaram a ter um protetor.
Saio do teatro com a mensagem principal que a Annie me deu: nunca cesse a sua busca por algo que deseja, nunca perca a esperança porque o resultado um dia chegará, até de uma forma inesperada talvez. Saí de lá firmemente convencido de que vale a pena acreditar nisso.
Algo me levava a ainda procurar mais alguma coisa em Nova York e eu não tinha a menor ideia do que ainda poderia ser, depois da Annie e nem mesmo aonde isso poderia acontecer. Deixo-me levar pela vida e num determinado dia resolvo ir visitar o Memorial das Torres Gêmeas, local aonde em setembro de 2001 um ataque terrorista as derrubou.
É muito impactante essa visita, eu já tinha estado lá quando elas ainda existiam com seus quase 400 metros de altura cada uma. Agora é só um enorme vazio. O Memorial é uma linda homenagem aos que lá perderam as suas vidas, a sua simplicidade me fez arrepiar – são dois grandes buracos quadrados, que representam as duas bases das torres, circundados por fontes de fundo infinito que nos levam a uma emoção profunda. Nesse sentimento começo a ler um folheto distribuído no local que conta a história de como tudo aconteceu e aí, justo aí, eu começo a encontrar a resposta que me faltava.
Nesse folheto leio que a única coisa com vida que sobrou daquele dia terrível foi um tronco de árvore de apenas dois metros de altura que milagrosamente sobreviveu, em meio aquele monte de escombros em que se transformaram as torres. Quando esse tronco foi descoberto alguém foi teimoso e resolveu remove-lo e levá-lo a um parque da cidade para tratá-lo com carinho e cuidado, torcendo para que se recuperasse. A árvore conseguiu reviver até que quase dez anos depois, em 2010, quando ela aí já estava com nove metros de altura, uma tempestade muito forte praticamente a arrancou pelas raízes.
Mais uma vez ela é reimplantada, já agora no antigo local aonde nasceu, o Memorial já estava com a sua construção bem adiantada e mais uma vez milagrosamente ela reage, renasce e quando a conheci em 2013, ela lá estava: um pouco mais que um arbusto de dois metros de altura, mas com folhas muito verdes e muito saudáveis. Quis vê-la de perto e tocá-la. Ei-la, no mesmo local do seu nascimento, por ora ainda sustentada por cabos guias, mas muito viva. Deram-lhe então o nome de Árvore Vencedora
e ela passou a ser referenciada por todos que a veem.
Lembro-me até agora de como foi chegar