Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $9.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Teoria do Ímpeto
Teoria do Ímpeto
Teoria do Ímpeto
E-book261 páginas2 horas

Teoria do Ímpeto

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Qual seria a causa fundamental do movimento? Esta pergunta ainda aguarda uma resposta precisa da Física Clássica. Todavia, o autor procurou mostrar nesta obra como a antiga Física respondeu a esta pergunta, e como, nos dias de hoje, esta pergunta pode ser satisfatoriamente respondida. Aqui você encontrará informações claras e objetivas que podem ajudá-lo a:1) Compreender a Teoria Motora de Aristóteles e como ela influiu poderosamente na compreensão da causa do movimento por séculos.2) Entender a Teoria do Ímpeto, que predominou durante toda a Idade Média, como uma alternativa viável à teoria de Aristóteles.3) Conhecer a moderna Teoria do Dinamismo, cujos conceitos abrangem e generalizam toda a física, desde Aristóteles até Newton.Esta obra também inclui algumas críticas às ideias da antiga Física, mostrando em que ponto cada uma delas falha, e apresentando um breve relato da vida pessoal de cada um dos principais personagens que elaboraram uma teoria do movimento.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
ISBN9781526022257
Teoria do Ímpeto
Autor

Leandro Bertoldo

Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni“A todo homem, Deus designou um lugar em Seu grande plano.” Ellen G. White.Leandro Bertoldo cursou as faculdades de Física (1981) e de Direito (2004) na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Profissionalmente é Chefe de Seção Judiciário, Oficial Maior e Coordenador de Estagiários no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Por vocação é consultor, instrutor bíblico, apologista, cientista em exatas, pesquisador em história, conferencista e prolífero escritor.Até o presente momento proferiu mais de 2.500 palestras sacras. Publicou 93 livros, num total de 17.150 páginas impressas, com 37.000 exemplares distribuídos. Esse acervo representa apenas uma pequena parcela do seu legado para o mundo.A sua produção apresenta diferentes seguimentos e estilos literários, abrangendo pesquisas originais nas áreas da Física, Matemática, Química, Teologia, História, Biografia e Poesia. Seus livros são conhecidos em todo o Brasil e fora dele (EUA, Portugal, Espanha e Itália).Suas publicações estão disponíveis em dezenas plataformas digitais e livrarias nacionais e internacionais: Litteris Editora, Clube de Autores, Bibliomundi, Perse, Bookess, Mesa do Editor, Livrorama, Bubok, Xinxii, Kindle Direct, Kobo, Uiclap, Amazon, Livraria Cultura, Americanas.com, Mercado Livre, Estante Virtual, Submarino, Google Play e Apple.Nasceu no dia 3 de março de 1959, natural de São Paulo, SP. É filho do Mestre Geral de Obras, José Bertoldo Sobrinho (1926-2004) e da dona-de-casa, Anita Leandro Bezerra (1941-2010), ambos nascidos em Icó, CE. Seu irmão, Francisco Leandro Bertoldo (1961), nascido em Guarulhos, SP, é Oficial de Justiça em Itaquaquecetuba, SP.Em 25 de junho de 1992, contraiu matrimônio com a Professora e Secretária da Escola Modelo de Mogi das Cruzes, Daisy Menezes (1963). Posteriormente, tornou-se funcionária do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Ela tem se destacado como uma excelente pessoa, esplêndida e amigável. Sua presença é reconhecidamente agradável e alegre. Dedica o seu grande instinto maternal à família, pois não teve filhos. Está sempre disposta a ajudar os menos favorecidos. O casal se tornou dono dos amorosos cachorros: Fofa, Pitucha, Calma, Mimo e Serena.Sua filha, Beatriz Maciel Bertoldo (1982), fruto do primeiro casamento de Leandro com Francineide Maciel, é escritora e advogada em Mogi das Cruzes, SP. Casada com Vicente Alves dos Santos Júnior, tem um filho chamado Samuel Bertoldo Alves dos Santos (2016) e uma cachorrinha felpuda chamada Meiga (2014).O autor residiu no bairro de Belenzinho, São Paulo, SP. (1959-1961), Ibiá, MG. (1962-1964) e Mogi das Cruzes, SP. (1965-hoje). Realizou o curso primário na Escola Leonor de Oliveira Mello (1966-1971), o ginásio na Escola Estadual Dr. Deodato Wertheimer (1972-1975), o colegial na Escola Estadual Francisco Ferreira Lopes (1976-1978), faculdades de Física (1979-1981) e de Direito (2000-2004) na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).Há mais de 40 anos trabalha na área jurídica. Ingressou no judiciário paulista no dia 5 de julho de 1976, e fez carreira profissional no Fórum da Comarca de Mogi das Cruzes. Por oito anos (1976-1984) permaneceu lotado no Cartório do Distribuidor Judicial. Em 1984, com a oficialização dos cartórios judiciais do Estado de São Paulo, foi remanejado para o 2o Ofício Cível de Justiça. Galgou quase todos os cargos de sua evolução profissional. Foi Auxiliar de Escrevente (1976-1979), Escrevente Habilitado (1980-1983), Escrevente Judiciário (1984-1991), Chefe de Seção (1992-1999) e Oficial Maior (2000-hoje).Evangelizado pela colega de trabalho, Professora Célia Regina de Souza Xavier, converteu-se ao cristianismo em 1986, com o curso “Encontro com a Vida” e o livro “Caminho a Cristo”. Em seguida fez um curso bíblico mimeografado por Valdir Gonçalves Xavier, e assistiu às aulas presenciais ministradas pelo Ancião da igreja Pedro Bärg (1924-2017). Na primavera de 1987 foi batizado pelo Pastor Davi Augusto Marski na Igreja Adventista do Sétimo Dia central de Mogi das Cruzes, onde ocupou diversos cargos. Foi Vice-Diretor do Departamento de Temperança e Saúde, Secretário do Ministério Pessoal, Diretor Associado do Ministério Pessoal, Coordenador de Pequenos Grupos, Tesoureiro, Professor da Escola Sabatina, Promotor de Literatura, Promotor dos livros do Espírito de Profecia, Professor de Classe Bíblica, Coordenador de Classe Bíblica, Diretor de Classe de Discipulado e Ancião Ordenado (2006) pelo Pastor João Batista da Silva. Em parceria com Paulo César Mazanti (1967-2008), trabalhou no evangelismo pessoal voluntário de casa em casa durante doze anos.Graças ao seu treinamento científico, possui grande capacidade de avaliação e objetividade. É ativo e experiente, com mais de 40 anos dedicados à arte de escrever, fato que contribuiu com o desenvolvimento de suas aptidões intelectuais e visão de mundo. Seu currículo mostra outra grande paixão: a arte de ensinar.Há três décadas ensina, treina e apresenta as mais diversas doutrinas bíblicas em suas classes de estudos, que tem por principal objetivo difundir o conhecimento da Bíblia Sagrada. Em geral, a metodologia de suas aulas é teórico-expositiva, com o uso de “slides”, quadro-negro, com intervalo para perguntas e discussão sobre os temas apresentados ao público-alvo não adventista. Sua dedicação firmou sua reputação como excelente instrutor de Classe Bíblica e professor de Escola Sabatina.Possui uma biblioteca com 6.000 livros, tem boa formação cultural e sólida experiência em estudos bíblicos. É metódico, didático, lógico e claro em suas exposições. Devido ao seu empenho, suas classes alcançaram grande êxito e foram concorridas durante três décadas. Tudo como resultado de sua competência, dedicação, inovação, organização e preparo.Entre várias atividades, destacam-se os cursos de capacitação. Preparou doutrinariamente mais de duas centenas de interessados para o batismo, sendo que mais de 60 foram frutos do seu trabalho pessoal. Capacitou centenas de outras, muitas das quais se tornaram líderes nas igrejas da região.Convidado pelo missionário voluntário e fundador de igrejas, Edson Felix Oliveira, realizou quatro séries de conferências evangelísticas semestrais. A primeira para o grupo de Cezar de Souza (1999). A segunda (2012) e a terceira (2013) conferencias para o grupo do Jardim São Pedro. Todas foram muito bem-sucedidas e resultaram em batismos. Mais tarde, os grupos construíram duas grandes igrejas. A quarta conferencia foi realizada na Igreja do Jardim São Pedro (2018).Visando o seu aprimoramento e crescimento espiritual, a partir de outubro de 1992, fez o Curso de Teologia Sistemática, administrado pelo Pastor Samuel Rodrigues nas dependências da Escola Modelo. No biênio de 2013/2014 cursou com grande aproveitamento o EREM - Estudos em Religião e Escola Missionária, coordenada pelo Pastor Luiz Henrique Santos de Sena, nas dependências do Colégio Adventista de Mogi das Cruzes (CAMOC).Convidado pelo Secretário Geral e Professor Wilson Colares da Costa, em 2020 foi eleito Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni.Seu prestígio é resultado de completa dedicação, ferrenha determinação, muito estudos, várias horas extras de atividades, grandes esforços pessoais, superação de incertezas e investimentos pessoais. Com frequência tem sido procurado por colegas para opinar sobre alguns assuntos polêmicos, sabedores de que encontrarão uma resposta consistente e bem fundamentada.Porém, seu sucesso não veio sem intrigas e oposições. Sofreu ataques insidiosos de falsos amigos. À medida que as suas incansáveis atividades ganhavam notoriedade e louvor, encontrou pessoas medíocres, desagradáveis e cobiçosas do sucesso alheio que, por puro despeito, manifestaram animosidade e colocaram empecilho em sua obra, visando desanimar, diminuir, defraudar e desprezar o valor que o seu trabalho merece. Todavia, nada disso abateu o seu ânimo de instrutor bíblico, palestrante, professor de escola sabatina e escritor. O talento do seu trabalho encontrou grandes defensores, o que fez declinar o sol dos encrenqueiros invejosos, que caíram no mais completo ostracismo.Seu interesse pela área de exatas vem desde a sua adolescência, quando começou a produzir várias pesquisas originais sobre temas da Física e da Matemática. No início da década de oitenta, quando era graduando no curso de Ciências Exatas e Tecnológicas na Universidade de Mogi das Cruzes desenvolveu muitas de suas monografias científicas, que resultaram na publicação de 38 livros.Quando assumiu a direção da Classe Bíblica sentiu a necessidade de material mais diversificado, quando então passou a realizar pesquisas bíblicas e a publicar os seus resultados, culminando na produção de 36 livros.Em exatas destacaram-se os livros: Teoria Matemática e Mecânica do Dinamismo (2002); Teses da Física Clássica e Moderna (2003); Colisões e Deformações (2015); Cálculo Seguimental (2005); Artigos Matemáticos (2006) e Geometria Leandroniana (2007), discutidos em cursos de bacharelado.Em Teologia sobressaíram-se os livros: Estudos Bíblicos Avançados (2006); Exercícios de Estudos Bíblicos (2008); Profecias Sobre o Tempo do Fim (2009); A Lei, o Sábado e o Domingo (2010) e Perguntas e Respostas (2011). Entre as suas obras mais vendidas está o livro: Estudos Bíblicos Avançados.Algumas igrejas realizaram com grande aproveitamento Classes Bíblicas com o livro Exercícios de Estudos Bíblicos, que continua sendo o melhor curso e o mais simples, objetivo e completo sobre temas bíblico-doutrinários.

Leia mais títulos de Leandro Bertoldo

Autores relacionados

Relacionado a Teoria do Ímpeto

Ebooks relacionados

Física para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Teoria do Ímpeto

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Teoria do Ímpeto - Leandro Bertoldo

    PREFÁCIO

    A história da Teoria do Ímpeto é uma parte integrante da história do dinamismo, e está ligada profundamente à vida dos grandes heróis da física moderna, entre os quais se destacam: Descartes, Galileu e Newton. O conceito de ímpeto proporciona uma visão fascinante da antiga física do movimento que predominou durante toda a Idade Média, e veio a influenciar as maiores mentes da filosofia natural antiga e moderna.

    As origens do conceito de dinamismo remontam à antiga Grécia, dois mil e trezentos anos antes de Leandro Bertoldo criar uma forma moderna de dinamismo. Deste modo, o dinamismo é o elo da corrente que liga a física de Aristóteles do princípio de que tudo o que se move é movido por outro às ideias mais sofisticadas da Física Clássica.

    A formação deste livro está baseada numa estrutura basicamente cronológica, que começa descrevendo a natureza revolucionária do dinamismo de Aristóteles no estudo da Mecânica, passando pela influente Teoria do Ímpeto e terminando com a apresentação da moderna Teoria do Dinamismo, e tudo isso analisado sob o olhar crítico da física moderna.

    Uma breve introdução oferece ao leitor um vislumbre do que será discutido e analisado no decorrer deste livro. O capítulo I conta a história da vida pessoal de Aristóteles de Estagiam, descreve como esse sábio compreendia a causa do movimento e discorre sobre as razões dos seus principais equívocos. O capítulo II narra a história do astrônomo grego Hiparco de Nicéia e a sua proposta alternativa à mecânica de Aristóteles, na explicação das causas dos movimentos violentos.

    O capítulo III descreve as ideias de alguns dos grandes intelectuais da Idade Média que introduziram no estudo da filosofia natural o conceito de ímpeto. Entre esses estudiosos foram relacionados: Filopono, Avicena, Buridan e Nicole d’Oresme. No capítulo IV o autor faz uma rigorosa crítica mostrando as deficiências da Teoria do Ímpeto em face dos conceitos da moderna ciência da física.

    Dos capítulos V ao X o autor procura mostrar que os cientistas da Idade Moderna adotaram em algum momento de suas vidas os conceitos mais sofisticados da Teoria do Ímpeto, com o objetivo de explicar os fenômenos que estavam sendo descobertos e analisados experimentalmente pela nova física. Deste modo, Descartes tentou explicar a aceleração dos corpos pelos acréscimos infinitesimais de ímpeto. Galileu teorizou o cálculo do valor do ímpeto resultante num movimento retilíneo e uniforme e num movimento uniformemente variado. Newton procurou explicar o movimento inercial pelo conceito de uma força intrínseca inerente ao móvel.

    Os capítulos XI e XII abordam a história pessoal de Leandro Bertoldo e a sua descoberta da moderna Teoria do Dinamismo. O capítulo final faz uma breve retrospectiva da essência de tudo o que foi apresentado nos demais capítulos, mostrando algumas falhas dos antigos conceitos de dinamismo defendidos por vários filósofos naturais desde Aristóteles até Newton. Também apresenta o moderno dinamismo como uma grande teoria unificadora da Cinemática com a Dinâmica, e também como a única solução racional para vários problemas apresentados pela Mecânica Clássica.

    Ao contar a história do dinamismo no decorrer do tempo, o autor procurou evitar a apresentação de qualquer equação, limitando-se muitas vezes a apresentar seu enunciado na forma de prosa, com a explicação de seu conteúdo físico.

    Embora o ímpeto seja uma teoria de dinamismo bastante antiga, e tenha sido a menina dos olhos de muitos filósofos naturais escolásticos, chegando mesmo a influenciar os cientistas do início da Idade Moderna, o autor espera ter conseguido transmitir um entendimento claro e conciso sobre tal conceito, oferecendo ao leitor um vislumbre do mundo fascinante do dinamismo aplicado na física antiga e moderna.

    Leandro Bertoldo

    SUMÁRIO

    Introdução

    1. Aristóteles e o movimento

    1.1. Introdução

    1.2. Aristóteles de Estagira

    1.3. Mecânica aristotélica

    1.4. Equivoco de Aristóteles

    2. Hiparco de Nicéia

    2.1. Introdução

    2.2. Obras

    2.3. Mecânica de Hiparco

    3. A Teoria do Ímpeto

    3.1. Introdução

    3.2. As Ideias de Giovanni Filopono

    3.3. As Ideias de Avicena

    3.4. As Ideias de Jean Buridan e Nicole d’Oresme

    3.5. As Ideias de Nicole d’Oresme

    3.6. A Influência da Física Parisiense

    4. Críticas à Teoria do Ímpeto

    4.1. Introdução

    4.2. Deficiências da Teoria do Ímpeto

    4.3. Postulados da Teoria do Ímpeto

    4.4. Conclusão

    5. Transição do Paradigma

    5.1. Introdução

    5.2. Isaac Beeckman

    6. Descartes e a Teoria do Ímpeto

    6.1. Introdução

    6.2. Ideias de Descartes

    6.3. Teoria do movimento de Descartes

    6.4. René Descartes

    7. Galileu e a Teoria do Ímpeto

    7.1. Introdução

    7.2. As Modernas Ideias de Galileu Galilei

    7.3. Conclusões de Galileu Galilei

    8. Galileu Galilei

    8.1. Introdução

    8.2. Desenvolvimento do Gênio

    8.3. Professor na Universidade de Pisa

    8.4. Professor na Universidade de Pádua

    8.5. A Mulher e os Filhos de Galileu

    8.6. A invenção do Telescópio

    8.7. As Observações com o Telescópio

    8.8. Na Corte de Cosimo de Medici

    8.9. Início dos Aborrecimentos

    8.10. Diálogo Sobre os Dois Maiores Sistemas do Universo

    8.11. Diante da Inquisição

    8.12. Decadência

    9. Isaac Newton

    9.1. Introdução

    9.2. Nascimento e Educação

    9.3. Descobertas científicas

    9.4. Principia

    9.5. Óptica

    9.6. Alquimia

    9.7. Teologia

    9.8. Reconhecimento

    10. Newton e a Teoria do Ímpeto

    10.1. Introdução

    10.2. Primeira Versão de De motu

    10.3. Terceira Versão de De motu

    10.4. As Revisões newtonianas

    10.5. Adoção do Princípio da Inércia

    10.6. Princípio Fundamental da Dinâmica

    10.7. Princípio da Ação e Reação

    10.8. Conclusão

    11. Leandro Bertoldo

    11.1. Introdução

    11.2. Nascimento

    11.3. A Influência

    11.4. Educação Escolar Primária

    11.5. Primeiras Experiências

    11.6. Escola de Primeiro Grau

    11.7. Escola de Segundo Grau e Universidade

    11.8. Primeiro Casamento

    11.9. As Pesquisas

    11.10. Segundo Casamento

    11.11. Natureza Pessoal

    11.12. Publicações

    11.13. Início da Teoria do Dinamismo

    11.14. Generalização da Teoria do Dinamismo

    11.15. Conclusão

    12. A Teoria do Dinamismo

    12.1. Introdução

    12.2. Início do Dinamismo

    12.3. Desenvolvimento do Dinamismo

    12.4. Dificuldades com a Teoria

    12.5. A Solução dos Problemas

    12.6. Leis do Dinamismo

    12.7. Consequências das Leis do Dinamismo

    12.8. Geração de Força Induzida

    12.9. Conclusão

    13. Epílogo

    13.1. Introdução

    13.2. Newton e o Ímpeto

    13.3. Equívocos da Mecânica Aristotélica

    13.4. Deficiências da Teoria do Ímpeto

    13.5. A Física Moderna e a Física Medieval

    13.6. A Teoria do Dinamismo

    13.7. Conclusão

    Glossário

    Bibliografia

    INTRODUÇÃO

    "Quanto mais informado você estiver,

    tanto mais capaz será de indagar

    o que considera ser um conhecimento mais profundo

    com relação àquele assunto".

    Robert Hook

    Observando o movimento dos corpos em queda livre e o seu impacto contra uma superfície plástica, bem como relacionando a intensidade da velocidade com a violência do impacto, o adolescente e estudante colegial Leandro Bertoldo, desenvolveu em janeiro de 1978 a hipótese de que a velocidade adquirida pelos corpos em queda livre estava diretamente relacionada com uma determinada força, cuja natureza lhe era totalmente desconhecida naquela ocasião. Na época, ele realizou alguns cálculos rudimentares relacionando velocidade e força de impacto que o convenceram de que a velocidade era causada por uma grandeza física que denominou por força induzida. Ele compreendeu que a força induzida era a causa da velocidade adquirida pelos corpos e também a causa da violência do impacto observado num choque mecânico. Com esse conceito de força induzida em mente, que se verifica em qualquer tipo de movimento, fundou sozinho o que denominou por Teoria do Dinamismo, ramo da Física que se torna relevante quando se deseja alcançar uma compreensão mais profunda sobre as causas fundamentais dos movimentos dos corpos. O modelo defendido pelo Dinamismo reflete sensivelmente todos os dados e informações experimentais obtidas pela Física. Em essência esse modelo se revelou como a teoria científica que se preocupa em estudar o movimento unicamente sob a perspectiva das forças que os produzem, apresentando as razões do por que e como todos os corpos se movem.

    Os antigos sábios acreditavam que a compreensão das propriedades do movimento era de fundamental importância para se entender o mecanismo pelo qual a natureza funciona. E, durante séculos, os estudos das causas do movimento foram motivos de intensos e acirrados debates por partes dos filósofos naturais, como eram então chamados os antigos cientistas, mais precisamente os físicos.

    As primeiras explicações racionais para a compreensão da causa do movimento foram propostas há dois mil e trezentos anos pelo célebre filósofo grego Aristóteles de Estagira (384-322 a.C.). Este sábio supunha que o movimento (mudança de lugar) pode ser explicado pelo conceito de potência e ato. Tal filosofia pode ser compreendida conforme ao que se segue: um corpo em seu estado natural de repouso é tido como repouso em ato. Todavia, como esse mesmo corpo pode se movimentar pode-se dizer que também possui movimento em forma de potência. Deste modo, a mudança do repouso para a situação de movimento seria o resultado de um princípio geral de transformação de situações verificado por uma alteração de potência em ato. Segundo Aristóteles a potência não se manifestava espontaneamente em ato. Para que tal processo ocorresse era necessário um agente externo capaz de produzir a mudança requerida. E, nas próprias palavras de Aristóteles, haveria a necessidade de uma causa eficiente, ou seja, de um agente responsável pela transformação da potência em ato conforme observado. No caso do movimento, a causa eficiente consistia num motor. Deste modo, o corpo passa de um estado natural de repouso para uma situação de movimento pela ação de um motor.

    Para Aristóteles a causa eficiente da mudança da situação de repouso para a de movimento seria a grandeza física que hoje em dia é conhecida por força externa e o ato seria o próprio deslocamento do corpo. Ocorre que as experiências realizadas pelo cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) no século XVII demonstraram, sem deixar margem de dúvidas, que as grandezas físicas aristotélica que representam o conceito filosófico de potência e ato estavam totalmente equivocadas, razão pela qual a moderna ciência da física acabou por rejeitar a suposição defendia por Aristóteles e seus asseclas.

    Para Aristóteles todo corpo tende à imobilidade, razão pela qual havia imaginado que qualquer corpo em movimento possui a tendência natural e espontânea para diminuir o seu movimento até que finalmente viesse a parar, a menos que alguma força externa fosse aplicada continuamente sobre ele para mantê-lo em sua situação de movimento. Também pensava que um corpo mais pesado levaria menos tempo para cair na terra do que um mais leve porque a força (peso) que o impulsionaria seria maior num corpo maior e menor num corpo menor. Suas ideias permitem estabelecer os seguintes postulados:

    - Enquanto estiver sob a ação de uma força externa, um corpo mantém o seu estado de movimento.

    - Cessada a ação da força externa, o corpo retorna ao seu estado natural de repouso.

    - Um corpo pesado cai mais rápido do que um leve.

    Segundo Aristóteles, qualquer que fosse o tipo de movimento observado, seja ele natural (queda livre) ou violento (arremesso de projéteis), eles estariam sempre sujeitos à ação de uma força externa operando de forma contínua sobre o corpo para mantê-lo em seu estado de movimento.

    Apesar da bem elaborada ideia de Aristóteles, durante a Idade Média, alguns filósofos que passaram a ser conhecidos como físicos parisienses, defenderam uma outra suposição alternativa visando explicar a causa dos movimentos violentos. Para eles o movimento continuava sendo caracterizado como resultado da potência e do ato. Todavia, entendiam que a causa eficiente era representada por uma grandeza física que chamavam por impetus ou na língua portuguesa: ímpeto. Se era uma força, energia ou qualquer outra coisa, verdade é que ninguém sabia, mesmo porque a sua natureza qualitativa nem ao menos estava bem definida e muito menos o seu conteúdo quantitativo. Segundo essa suposição, o ímpeto era injetado no corpo no momento em que ele era arremessado. Quanto ao ato, entendiam que seria o deslocamento do corpo resultante da ação do ímpeto. Também chegaram a imaginar que espontaneamente o corpo tende a diminuir o seu estado de movimento e a parar porque o ímpeto empregado para movimentá-lo era gradativamente consumido ou gasto em tal processo.

    No século dezessete, Galileu Galilei realizou duas experiências cruciais que vieram a demonstrar a falácia da filosofia de Aristóteles e de seus seguidores. As conclusões de Galileu foram obtidas da seguinte forma:

    a) Trabalhando com superfícies cada vez mais polidas, Galileu acabou inferindo que, na ausência total de atrito, qualquer corpo permanece em seu estado de movimento sem que seja necessário aplicar continuamente a ação de qualquer força externa. Essa conclusão contrariava totalmente a filosofia aristotélica, a qual exigia a necessidade da continuidade de uma força para manter a situação de movimento de um corpo.

    b) Em outra célebre experiência, supostamente realizada do alto da Torre de Pisa, Galileu mostrou que dois corpos de diferentes pesos, ao serem largados da mesma altura e no mesmo momento, chegam ao solo no mesmo instante. Ou seja, o movimento de qualquer corpo em queda livre independe do seu peso. Isso também contradizia o que os filósofos aristotélicos acreditavam, pois ensinavam que um corpo mais pesado cairia mais rapidamente do que um corpo mais leve.

    Em termos quantitativos, Galileu havia verificado experimentalmente que em queda livre todos os corpos adquirem velocidades que variam proporcionalmente com a variação de tempo decorrido de queda livre, independentemente do peso ou da massa que venham a possuir. Também ofereceu uma noção rudimentar do que seria mais tarde conhecida como princípio da inércia. Este princípio permite afirmar que: qualquer corpo que se encontra em movimento num vácuo, sempre apresentará a tendência natural para continuar em tal estado de movimento, a menos que uma força superveniente venha a atuar sobre ele. Quando um corpo está em repouso a sua tendência é a de que continue em tal estado de repouso, a menos que uma força superveniente venha a operar sobre ele, alterando a referida situação.

    O célebre físico inglês Isaac Newton (1642-1727) demonstrou que um corpo que se desloca no vácuo, quando na ausência de força externa, mantém sua velocidade constante no decorrer do tempo. Também demonstrou que uma força externa de intensidade constante produz uma velocidade que varia uniformemente no

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1