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A Coleira
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E-book103 páginas1 hora

A Coleira

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Sobre este e-book

Meu nome é Mar, e a realidade é que tenho um problema. E o problema é que devo manter um pequeno segredo. Um segredo sobre as minhas preferências na cama.

Estou casada, sem filhos, e desde umas semanas atrás, vivo em um pequeno povoado no interior. Trabalho em um banco, como secretária, sendo fiel aos clichês. Porém, não durmo com o banqueiro, e sim com um amigo de meu marido.

Certamente é o tipo de amigo que vive em uma casa moderna nas montanhas, afastada e ilhada. Terá uma piscina, uma mesa de pebolim e ficará com os amigos aos domingos - incluso meu marido - mas sou eu que vai lá aos sábados a tarde quando, supostamente, estou na academia. Ao menos, esse é o plano. Este sábado será o primeiro, se tudo der certo, de muitos.

Esposas, chicotes, varas, algemas de couro e um pouco de mobília especial são só parte do que há aqui embaixo. Estou nervosa? É claro. Não é exatamente a minha primeira vez, mas também não tenho experiência de sobra sobre o tema. A questão? É que vou assim mesmo, ver como se porta comigo esse tal de Manuel, o amigo íntimo de meu esposo e, quem sabe, mais íntimo ainda de mim. Hora de colocar as cordas. Bem... e A Coleira.

Advertencia: Um romance erótico que se aprofunda no mundo de BDSM( bondage, dominação, submissão e masoquismo). Dirigido a um público adulto.

Atenção: Manuel ou Rodrigo?

IdiomaPortuguês
EditoraAlba Duro
Data de lançamento12 de mai. de 2021
ISBN9781667400037
A Coleira

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    A Coleira - Alba Duro

    Dedicado a Mar e a Sara

    1

    Tive que me levantar da cama porque não conseguia dormir mais. Olhei o relógio da mesa de cabeceira e suspirei ao ver que eram apenas 2:00 da manhã. Porém, não me arrependo de virar a noite porque era sábado e, assim, teria uma desculpa mais tarde para tirar um cochilo.

    Rodrigo está ao meu lado. Tem o sono pesado e geralmente ronca quando dorme. Somos namorados desde o ensino médio. A relação era um constante vai-e-volta, até que em um bom dia me propôs casamento na casa dos meus pais, durante a ceia de Natal.

    Toda a minha família estava ali: meus irmãos mais velhos, sobrinhos e minha prima Sofía, a fofoqueira. Sentia muita pressão e não pude evitar dizer o sim.

    Não me leve a mal, temos uma boa relação. Rodrigo, na verdade, é muito carinhoso e responsável. É advogado em uma pequena firma e está sempre disposto a dar o melhor de si. Além disso, é muito detalhista. Faz um tempo que disse a ele que gostaria de aprender a pintar e, no dia do meu aniversário, me deu de presente um par de pincéis, aquarelas e tintas em óleo.

    一 Para que comece a praticar.

    Foi muito doce.

    Todavia, sinto que algo me falta. Que nem tudo está bem. Por exemplo, desde jovem, sempre fui muito aberta com a minha sexualidade, mesmo tendo crescido em um lugar extremamente conservador.

    Experimentei sair com meninas, fiz sexo a três e até experimentei um pouco de vouyerismo. Mas, no final, era sempre o mesmo. Um pedaço de mim se sentia incompleto.

    A situação não melhorou muito com Rodrigo. Ele tende a ser mais... bem... prático? Não consigo definir claramente. Lembro que uma vez, quando finalmente havíamos ficado sozinhos, me sentia nervosa e desejava perder minha virgindade com ele.

    Me convidou para ir a sua casa. Seus pais estavam viajando e Rafael, seu irmão, estava na farra. Era a oportunidade perfeita.

    Decidi usar um vestido curto e muito fofo que eu havia comprado especialmente para ele. De verdade, a emoção não cabia no meu peito. Eu estaria com o amor da minha vida e nossa relação finalmente iria para o próximo nível.

    Cheguei e ele me recebeu quase completamente encharcado de suor. O cumprimentei e entrei com a maior naturalidade possível... Queria que ele se sentisse confortável comigo ali.

    Nessa época eu tinha 16 anos e ele, 17. Jovens, hormonais e com muita vontade de explorar um pouco mais. Agora que me lembro disso, me parece cômico e inocente.

    Duramos apenas cinco minutos e, diferente do que minhas amigas diziam e dos comentários conservadores que li nas revistas, não senti dor nenhuma. Na verdade, foi tudo ao contrário. Achei que era algo viciante, prazeroso e soube, daquele momento em diante, que minha vida mudaria completamente.

    Nossos encontros eram deliciosos e, pelo resto da minha adolescência, pensei que seria o suficiente. Obviamente, tudo girou 180º quando eu comecei a estudar na faculdade. Um montão de rapazes lindíssimos, quase à minha disposição.

    Porém, devo ser franca. Realmente não sou muito atraente, fisicamente falando, e creio que o meu ponto forte sempre foi minha confiança. Não sei, mas sempre foi assim. Suponho que aprendi da minha mãe, que me ensinou a desfrutar da minha independência e da minha liberdade. Sem temor, sem fronteiras.

    E agora, que caminho pelo apartamento às escuras e me sinto entediada, sinto apenas que minha ânsia por algo que se torne realmente incrível cresce mais e mais em mim.

    Às vezes, invejo Rodrigo. Seu espírito agradável o ajuda muito a superar situações estressantes... Bom, pelo menos devo reconhecer que as vezes me irrita um pouco. Mas creio que ele é o complemento perfeito para mim, que geralmente sou apaixonada, impulsiva e um tanto emocional. Ele tem paciência comigo e eu sou eternamente grata por isso.

    Isso me fez lembrar de uma festa de aniversário dele que passamos. Estava de férias na praia e decidi surpreendê-lo com o com um convite para vir se juntar a mim. O plano era me vestir apenas com um laçarote rosa e dá-lo a entender que eu era o presente dele e que ele poderia fazer o que quisesse comigo.

    Assim que me viu, sorriu como um louco. Estava preparada para uma maratona se fosse necessário. Tudo o que eu mais queria era satisfazê-lo.

    Mas, infelizmente, duramos apenas 10 minutos.

    Ele parecia cansado, exausto. Tanto que dormiu quase imediatamente depois de pararmos. E ali estava eu, deitada de barriga para cima, com  laço ainda na minha cintura e terrivelmente decepcionada.

    Acariciei suas costas e seu membro para que se animasse de novo. Eu estava extremamente desejosa do meu companheiro e queria dar tudo de mim. Mas não, Rodrigo permaneceu adormecido que nem uma pedra.

    Estando ali, sobre o colchão, pensei que seria melhor ter guardado os euros gastos e ficado em casa, usando a noite para ver filmes melosos para adolescentes, imaginando que Rodrigo era tão sentimental quanto eu sempre havia imaginado.

    Lamentavelmente, foi assim que passei a noite. Com tentativas falidas de tentar reanimar a besta que eu achava que dormia sob a pele de meu amante e namorado. Não tive outra alternativa a não ser dormir para me distrair e deixar que o tempo passasse o suficiente para esperar pela manhã, para me vestir e voltar para casa derrotada.

    Entretanto, agora que o vejo dormir, não consigo sentir outra coisa a não ser confortável com ele. Desde que nos casamos, sei que a nossa não é a história de amor que encanta as pessoas e que é mostrada em revistas e novelas de amor. A nossa é baseada em costume. Passamos tantos anos juntos que nada poderia ser de outra maneira... Bom, pelo menos é isso o que penso.

    Já que estou acordada, vou acender um cigarro para me sentir mais confortável falando sobre o assunto. Isso nos tomará algum tempo.

    Depois dessa tentativa falida, decidi me consolar com a terapia das mulheres que é quase infalível: fazer compras.  Era domingo e o mercado de pulgas da cidade era o espaço ideal para encontrar qualquer maravilha possível: sapatos, vestidos baratos, vinis e comida prática para levar através dos becos e corredores complexos do lugar.

    Fazia um calor sufocante, então eu havia decidido usar um vestido de cor amarelo

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