Divórcio Póstumo II - O sonho de Berenice

Divórcio Póstumo II

O sonho de Berenice

Daniel Canals Flores

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Copyright © 2019 Daniel Canals Flores

Esta novela não teria sido possível sem você. Te amo.

Agradecimentos

Quero agradecer pela colaboração das pessoas a seguir. Não é fácil escrever um capítulo, semanalmente, sem qualquer tipo de trama ou enredo premeditado. O único apoio foram as pessoas ao meu redor, que tiveram paciência para ler e corrigir o trabalho à medida que ele surgia.

Mª José A. P., por seu apoio incondicional, pela correção de estilo e pela criação da estrutura deste romance.

Rafael Blasco López, pelo apoio psicológico, pela correção de estilo e por sua ironia ao criticar o trabalho.

Historias Pulp, María Larralde e Elmer Ruddenskjrik, pela criação desta fabulosa capa, o layout dos textos e seu apoio constante e incondicional em todos os meus trabalhos.

Isabel Ripoll, por sua leitura-zero da novela, à medida que ela ia surgindo.

Sumário

- Prólogo del autor

- Capítulo I

- Capítulo II

- Capítulo III

- Capítulo IV 

- Capítulo V

- Capítulo VI

- Capítulo VII

- Capítulo VIII

- Capítulo IX

- Capítulo X 

- Capítulo XI

- Capítulo XII

- Capítulo XIII

- Capítulo XIV

- Capítulo XV

- Capítulo XVI

- Capítulo XVII

- Capítulo XVIII

- Capítulo XIX

- Capítulo XX

Prólogo do autor

Divórcio Póstumo II - O sonho de Berenice é a continuação do romance Divórcio Póstumo. Esta segunda parte deve ser entendida como um retorno ao passado de alguns dos personagens do primeiro livro. Se a história provocar o mesmo interesse que a primeira causou, continuará com uma terceira parte, na qual desvelaremos mais incógnitas dessa estranha história.

Neste passado remoto, mencionarei alguns personagens anteriores e anunciarei novos, todos envoltos naquela misteriosa atmosfera com a qual gosto de adornar minhas histórias, com um pouco de suspense e intriga. Além disso, há o medo...

Quem quiser conhecer a primeira parte desta história (Divórcio Diferido) pode encontrá-la em uma versão digital, e-book, mas também em uma versão impressa.

Quero mostrar minha gratidão a todos que me incentivam a escrever, me ajudam a desenvolver minha carreira e, acima de tudo, àqueles que leem o que eu escrevo, passando seu tempo com minhas histórias. Obrigado por me ler!

Capítulo I

Berenice tinha o mesmo sonho recorrente desde que encontrou o anel na praia quando criança. No sonho, ela se via sozinha, trancada em um palácio de vidro do qual nunca poderia sair. Como uma borboleta cativa em uma lâmpada, batendo nas paredes infalivelmente uma e outra vez.

No sonho, ela corria descalça, procurando, desesperada, por uma saída. Apenas um lençol cobria seu corpo, flutuando ao seu redor. Quando alcançou uma das paredes, observou um menino pequeno através do vidro, que a olhava com ternura, pedindo um abraço, mas ele era incapaz de parar. Ela girava e continuava correndo em direção à parede seguinte, por um longo corredor. Sempre no mesmo circuito infernal.

Naquela manhã, ela acordou com um sentimento estranho. Ela descobriu manchas de sangue nos lençóis. Sua mãe informou que ela havia se tornado uma mulher. Além disso, ela olhou-a com muita seriedade e disse-lhe que, a partir daquele momento, ela poderia engravidar se um homem chegasse perto demais dela. Jovem e ingênua, ela decidiu que isso nunca aconteceria com ela. Ela continuou se lembrando do garoto do seu sonho.

***

Depois de alguns anos...                           

Berenice se fez famosa, nas aldeias vizinhas, por sua beleza. Loira, sonhavam em poder se casar com ela. Embora, provavelmente, ela não fosse acabar sendo esposa de nenhum morador dali. O destino lhe reservara cabelos compridos e olhos azuis inesquecíveis, que hipnotizavam aqueles que cruzavam seu caminho. Ninguém era capaz de negar nada a ela, e muitos aldeões lhe preparavam uma série de surpresas, que talvez, se ele as tivesse conhecido naquela época, teria preferido passar o resto da vida cuidando de um marido camponês.

A fama de sua beleza logo chegou aos ouvidos do poderoso conde de Malton, proprietário de todas as terras vizinhas, que não demorou muito para convidá-la para um dos bailes habituais que eles costumavam celebrar no castelo.

Ele era um homem gentil e generoso. Ele era casado e pai de dois filhos em idade de casar, Marius e Leonard. O primeiro foi predestinado a ser o herdeiro das terras. O segundo deveria oferecer sua existência ao serviço da Igreja, como a tradição da família ordenava. O conde esperava casar com Marius com uma bela donzela da nobreza, mas até agora nenhuma mulher havia afetado o espírito do primogênito. Daí a celebração de bailes e celebrações contínuas.

Numa tarde de inverno, com os convidados reunidos no impressionante salão de baile do castelo, Berenice entrou. Ela estava usando um vestido simples que havia encontrado em um baú de propriedade de sua avó. Com a ajuda de sua mãe, ela o consertou, adequando a peça para a ocasião.

O burburinho não demorou muito para atravessar o imenso salão, e todos os olhos se voltaram para aquela bela criatura. O anel, com a pedra vermelha brilhando na mão, dava a ela um ar misterioso e elegante. Adicionado à sua beleza e à simplicidade do vestido, fazia com que ela parecesse quase irreal. De outro mundo.

Marius ficou impressionado com a beleza daquela estranha e logo veio a rondá-la para convidá-la para a primeira dança do dia festivo. O conde, satisfeito com o interesse demonstrado pelo filho, comentou com a esposa:

—Parece que Marius finalmente foi tocado pelas flechas do Cupido, minha querida.

—Seu filho mais velho é digno de sua confiança. Era apenas uma questão de tempo até ele se apaixonar por uma mulher bonita. Juro por Deus, ele não poderia ter escolhido um par melhor. Quem é ela, querido?

—Ela é aldeã de nossas terras, não é nobre, mas sua família sempre se destacou por sua honestidade e trabalho duro. Penso que, com uma educação adequada, da qual tenho certeza de que você poderia cuidar pessoalmente, ela se tornaria uma boa dama para o nosso precioso filho.

—Não