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A língua dos pés
A língua dos pés
A língua dos pés
E-book107 páginas56 minutos

A língua dos pés

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Sobre este e-book

A Língua dos pés traz os sentimentos cotidianos de todos nós, em forma de pequenas crônicas, que foram inspiradas durante as corridas da autora. Sensível e profundo, Regina Bucco oferece ao leitor, em linguagem forte e questionadora, uma obra para profunda reflexão.
IdiomaPortuguês
Editorae-galáxia
Data de lançamento2 de dez. de 2016
ISBN9788584741434
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    A língua dos pés - Regina Bucco

    [ Sumário ]

    [ Faz o que o seu coração manda ]

    [ Abismo das águas ]

    [ Afetos negativos... ou seriam positivos? ]

    [ Apego ]

    [ Assim parece ser ]

    [ Avó. A minha e a sua ]

    [ Barreiras invisíveis ]

    [ Bianca ]

    [ Bionda ]

    [ Carlota ]

    [ Carmem ]

    [ Cheiro de pinhão ]

    [ Chuva em São Paulo ]

    [ Ciúmes ]

    [ Clarice ]

    [ Coração ]

    [ Como é confiar? ]

    [ Cotidiano ]

    [ Cristal líquido ]

    [ Desapego ]

    [ Desencontro ]

    [ Dona Cora ]

    [ Dor de amor ]

    [ Equilíbrio ]

    [ Escolhas ]

    [ Eu quero lhe pedir um favor ]

    [ Eu mesma ]

    [ Felicidade ]

    [ Filho ]

    [ Francesca ]

    [ Frio na alma ]

    [ Gerais ]

    [ Gigi ]

    [ Gravado com canivete ]

    [ Intuição ]

    [ Lancheira plástica ]

    [ Manu ]

    [ Manual do medo ]

    [ Máscaras da alma ]

    [ Medo de gente ]

    [ Memórias ]

    [ Meu pai ]

    [ Meu maior inimigo ]

    [ Minha mãe ]

    [ Mulheres com asas ]

    [ Não me arrependo ]

    [ Não me diga sim ]

    [ Não sei nada do mar ]

    [ No silêncio da noite ]

    [ Olhar de mãe ]

    [ O que é um amigo? ]

    [ O som do silêncio ]

    [ Panelas ]

    [ Pedras ]

    [ Plano B ]

    [ Pierre ]

    [ Qual a sua opinião? ]

    [ Qualquer coisa serve ]

    [ Quebra-cabeça ]

    [ Rejeição ]

    [ Ruptura ]

    [ Resgate pela terra ]

    [ Subo nesse palco ]

    [ Sal rosa ]

    [ Sensível demais ]

    [ Ser o que sou ]

    [ Simples assim ]

    [ Simplesmente estar ]

    [ Sentir a terra ]

    [ Sonho de valsa ]

    [ Traição existe? ]

    [ Tropecei ]

    [ Tudo de novo ]

    [ Última bolacha do pacote ]

    [ Um tal de afeto ]

    [ Vazio necessário ]

    [ Vida na caixinha ]

    Sobre a autora

    Créditos

    Dedicatória

    Essa palavra vem do latim e é feminina.

    Não é à toa que dedico este livro às mulheres.

    Minha vida foi construída e aprendida com o olhar e o toque de muitas delas.

    Maria Pereira Bucco, que me mostrou a liberdade.

    Sandra Espilotro, que teve a paciência e a delicadeza de me situar nas palavras.

    Jordana Petillo, que o tempo todo me coloca frente a frente com a verdade.

    Pois é, sou uma mulher de sorte.

    E este livro é para elas.

    Hoje, correndo por São Paulo, me lembrei de como tudo começou e acabou neste livro. Minha amiga Mila Ribeiro foi quem me disse: Você corre e fala com os pés, seus pés têm língua. E aí comecei a experimentar contar as histórias através da língua dos pés.

    Continuo correndo e escrevendo, duas das coisas que me dão mais prazer na vida e estão inter-relacionadas. É durante as corridas que me vêm ideias, que passo a limpo sentimentos e sensações, que vejo e ouço o cotidiano.

    [ Faz o que o seu coração manda ]

    Ouvi muito essa frase durante toda a minha vida. Imaginava uma bola de sangue pulsando e me falando coisas e coisas.

    Mas, afinal, o que quer dizer isso?

    Fico sempre perdida porque fazer o que o coração manda quer dizer ouvir uma voz que vem da alma, daquele silêncio insuportável que não tem nome e atordoa. Pior, vem sem nenhuma dúvida.

    Fiquei pensando em todas as vezes que fiz o que o meu coração mandou. Posso contar nos dedos. Tão pouco.

    Sempre tive muito medo de me aventurar definitivamente nas ordens do coração. Estarei me humilhando, me expondo de uma forma definitiva.

    O que sei é que as desculpas são muitas. Conseguem encher uma vida inteira. E como adoramos as desculpas para não assumir sentimentos.

    Comecei a fazer a lista. Peguei um lápis macio e escrevi: medo, orgulho, egoísmo, abandono, perda.

    São palavras fortes, sentimentos doloridos e que esmagam e cegam nosso caminho ingênuo para o coração.

    Para ouvir o coração precisamos resgatar a ingenuidade dos sentidos, sem pudores. Pureza. Quem se habilita?

    [ Abismo das águas ]

    Parei para amarrar o tênis e Ana Carolina me lembrou que não sou eu que me faço voar, o amor é que me faz voar e atravessa o vazio entre nós.

    Abismo. Quando decidi caminhar sobre este imenso vale, percebi que estava cheio de água e que ela tem um

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