Chico Anysio
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Chico Anysio - Natercia Rocha
Copyright© 2016 by Natercia Rocha
FUNDAÇÃO DEMÒCRITO ROCHA
Presidente | João Dummar Neto
Diretor Geral | Marcos Tardin
EDIÇÕES DEMÓCRITO ROCHA (EDR)
(Marca registrada da Fundação Demócrito Rocha)
Editora Executiva | Regina Ribeiro
Editor Adjunto | Humberto Pinheiro
Editor Assistente | Jáder Santana
Editor de Design | Amaurício Cortez
Projeto Gráfico e Ilustração | Amaurício Cortez, Dhara Sena, Karlson Gracie e Welton Travassos
Ilustração | Karlson Gracie
Fotos | Banco de Dados do O POVO e Gabriel Gonçalves
Catalogação na Fonte | Kelly Pereira
Produção de eBook | Amaurício Cortez
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
R582c Rocha, Natercia
Chico Anysio / Natercia Rocha. - 1. ed. – Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2017. 80p. : il. Color - (Coleção Terra Bárbara)
ISBN 978-85-7529-815-2
1. Biografia. 2. Chico Anysio I. Título. II. Título
CDU 929ANYSIO
sumário
introdução
capítulo 1
De Oliveirinha a Chico Anysio
capítulo 2
Sou artista porque esqueci o tênis
capítulo 3
Até então ninguém me chamara de Chico. Quem mudou isso foi o Carlos Manga
capítulo 4
Era uma loucura. Teve ano de estrearmos quinze personagens
capítulo 5
Se o pai deles estivesse vivo, eu não teria saído do ar
capítulo 6
A Triste Partida
cronologia
referências bibliograficas
a autora
a coleção terra bárbara
introdução
Não tenho medo de morrer, tenho pena
A última vez que Chico Anysio esteve no Ceará foi em maio de 2010, por ocasião da homenagem no II Festival Nacional de Humor de Maranguape. Havia uma lua cheia de emoção iluminando aquele senhor elegante, retornado às origens, descendo do carro a passos lentos, movimentos breves, respiração cansada.
Foi encantador ver de perto os olhos ligeiros, os trejeitos de rosto, o sorriso torto. Tudo remetia imediatamente ao mestre do disfarce, tão querido durante três décadas na televisão, de 1971 a 2001, encantando gerações de filhos, pais e netos.
Naquela noite, a despeito da pequena recepção atrás do palco que o aguardava na praça lotada – a maioria formada por crianças maranguapenses ansiosas para ver o conterrâneo ilustre –, Chico contou algumas histórias e concedeu pistas para outras. Na breve visita a Maranguape, ele falou da colcha de retalhos linguísticos que foi sua vida, com impactantes incursões pela música, pintura, literatura, cinema, rádio, televisão e teatro.
Não há registros na história brasileira de um artista com as características desse cearense. Ainda bem jovem, os ares de gênio deram os primeiros sinais como ator, roteirista, diretor, redator, produtor, radiador, locutor de rádio baile, comediante, escritor, compositor, artista plástico, comentarista esportivo, narrador e imitador. Com muitas lutas, percalços e decepções, Chico integraria o elenco das principais emissoras de rádio e TV da época, até, definitivamente, arrebatar o país com seu talento na TV Globo.
Nunca vou ter o talento do Walter D’Ávila, ser engraçado como Brandão Filho ou um ator competente como Oscarito. Tenho que inventar alguma coisa para mim
, declarou no documentário Chico Anysio É, dirigido e produzido pelo irmão caçula, Zelito Viana. E continuou: "Como eu fazia imitações, e isso foi o que me deu o primeiro cachê artístico entre calouros, disse: Achei! Vou ser aquele que faz vários. E a ideia era nunca aparecer de cara limpa na televisão. Isso me trouxe um sucesso inconcebível. Porque fiquei 36 anos na Rede Globo com