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segunda-feira, dezembro 11, 2017

OS PORTUGUESES E O PATRIMÓNIO



Deparei-me com uma notícia que dizia que entre 2011 e 2016, mais de 83% das pessoas que visitaram os monumentos sob alçada da DGPC eram estrangeiros, o que pode ser uma surpresa para alguns, mas que é um facto muito conhecido no meio.

Estive a ver uma fotogaleria que o jornal online disponibiliza e verifiquei que boa parte dos monumentos escolhidos não estão sob gestão da DGPC, e que não são muito divulgados entre nós, o que explica em parte a pouca afluência de nacionais.

Eu acho que boa parte dos responsáveis pelo nosso Património desconhece em absoluto as publicações turísticas, em diversas línguas, e de diversas editoras, que existem no mercado, e que tão pouco prestam atenção aos jornalistas que visitam os diversos serviços, o que é um erro de principiante.

É de salientar que mesmo assim as percentagens de visitantes nacionais são enganadoras, porque se as visitas escolares fossem descontadas, o panorama seria ainda mais desolador.



domingo, janeiro 31, 2016

MUSEUS E RECORDES

O interesse por parte do Expresso relativamente ao novo Museu Nacional dos Coches é interessante, e devia ser complementado pela visão de quem conhece bem o funcionamento de museus, bem como os fluxos de visitantes e o modo de os atrair, mantendo e renovando o interesse das potenciais visitas.

Um edifício concebido por um arquitecto famoso, pode suscitar o interesse e a curiosidade, mas tudo isso não passa de um fenómeno efémero, talvez mais prolongado pela divergência de opiniões sobre a obra e o seu custo.

Uma colecção única em todo o mundo pela sua riqueza e dimensão, é um trunfo forte, mas se não estiver enquadrado com o edifício, perde boa parte do seu brilho e imponência. É aqui que a museologia, ou a falta dela, teria um papel importante, se existisse.

A segurança e o atendimento têm um papel importante para os operadores turísticos, e existem falhas flagrantes, começando logo pelo acesso ao andar onde se encontra a exposição, que é feito por dois elevadores colossais, ou por escadas de emergência, o que em caso de falha grave pode colocar problemas na evacuação de pessoas com mobilidade reduzida. A falta de pessoal com a formação devida, não só em conhecimentos sobre a colecção, mas também com conhecimentos de procedimentos em casos de emergência, é outra falha importante, e não pode ser colmatada como até aqui com pessoal contratado a prazo, factor comum à maioria dos equipamentos culturais.

A sinalização a partir das artérias mais próximas e em torno da zona mais procurada de Belém, que indiquem o Museu dos Coches é inexistente, e considerando que muitos roteiros turísticos usados pelos estrangeiros estão desactualizados, encontrar este equipamento depende muito do factor sorte. Mesmo dentro da praça do museu as indicações são pobres, e nem a entrada e saída dos visitantes está sinalizada, para não falar do placard informativo que é de um amadorismo atroz.

Para suscitar o interesse não é preciso anunciar entradas grátis para cada vez mais gente, como parece pensar o ministro, até porque obras e colecções destas necessitam de valores avultados para a manutenção e funcionamento, mas é preciso haver ideias para atrair públicos com interesses diversos. Numa altura em que os grandes construtores automóveis escolhem Portugal para fazer as suas apresentações de modelos de topo, ainda ninguém pensou em procurar captar o interesse desses construtores para exibirem os seus carros em exposições temporárias, lado-a-lado com os veículos do passado?

Já agora digam-me: porque é que existem agora dois museus com coches encostados um ao outro? Aproveitar o antigo picadeiro é importante, mas para mostrar 7 coches a 4 euros, é ridículo e certamente dispendioso.


Tão importante como bater recordes de visitas, é cumprir a função de museu e procurar fazer isso com níveis de excelência pelo menos equiparada à qualidade da colecção. 

Jaguar E Type Oldtimer By elmero

sexta-feira, janeiro 11, 2008

MUSEUS – VISITAS AUMENTARAM

Li hoje no Diário Digital a notícia sobre o aumento de visitas aos Museus Nacionais, que terão atingido o maior número de sempre.
As estatísticas oficiais, constantes do sito do Instituto dos Museus e da Conservação, ainda com a designação antiga (IPM) fornece números diferentes dos que constam na notícia deste diário, mas confirmam o aumento anunciado. Os resultados são de certo modo harmoniosos, havendo no entanto um facto a registar que é o da forte diminuição registada no Museu Nacional de Arte Antiga.
Apesar do muito fraco investimento efectuado pelo governo na Cultura, e das enormes dificuldades registadas em meios financeiros e em meios humanos, com relevância para o pessoal de vigilância, o desempenho registou uma melhoria tanto no número de visitas como nos números conhecidos de reclamações registadas.
Lamentavelmente não foram divulgados os números referentes aos Palácios Nacionais que transitaram para o IMC, IP, nem pelo Diário Digital/Lusa nem pelo sítio desta instituição, mas as informações recolhidas e os números conjugados de diversas fontes também parecem confirmar o aumento generalizado de visitantes.
É lamentável que o governo tenha reservado apenas os já conhecidos 0,4% para o Ministério da Cultura, que ameaçam estrangular completamente o sector do Património que afinal dão um contributo de peso ao nível das receitas próprias, e geram a montante grandes receitas na hotelaria, restauração e no que se move em torno do turismo em geral.

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FOTOGRAFIA
LessLemon

LessLemon

sexta-feira, dezembro 28, 2007

RAPIDINHAS DA CULTURA

Colecção Berardo – O Museu Colecção Berardo, que está no Centro Cultural de Belém em situação de comodato, vai continuar a ter entradas grátis no próximo ano de 2008. As diferentes exposições deste museu receberam a visita de mais de 250.000 visitas. A colecção do museu é de 862 obras cujo valor está estimado em 316 milhões de euros e poderá ser comprada em 2016 pelo Estado português por este valor. Até lá o Estado português comprometeu-se em investir anualmente 500 mil euros num fundo para a aquisição de novas obras. A decisão da manutenção das entradas gratuitas foi justificada pela instituição por «cumprir a sua função de serviço público: promover o gosto pelos museus em Portugal».

Fundação de Serralves – A Fundação de Serralves, no Porto, atingiu esta semana o número recorde de visitantes, mais de 353 mil visitantes, ultrapassando assim o melhor ano, o de 2005. Este êxito de Serralves transforma-o no mais visitado museu português. Note-se que este número de entradas só é comparável, em Portugal, aos do Mosteiro dos Jerónimos, Palácio Nacional de Sintra e Palácio Nacional da Pena, os monumentos mais visitados do País, e que cobram bilhetes de entrada.

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FOTOGRAFIA
Vlgary

Sergio(R)

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CARICATURAS

CARLINHOS MULLER

Baptistão