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quarta-feira, abril 27, 2016

MUSEUS – A GESTÃO PÚBLICA



Devo começar por reafirmar a minha opinião de que a gestão pública não tem que ser pior do que a privada, seja na Cultura, seja em qualquer outro campo.

A minha convicção esbarra quase sempre na realidade, mas as explicações para a má gestão pública dos museus podem ser diversas, e sobre elas convém reflectir.

Os orçamentos da Cultura são sempre muito inferiores às necessidades básicas de funcionamento, de manutenção e de programação, e não se fazem omeletes sem ovos.

A rigidez das regras de despesa são demasiado rígidas e morosas, e são muitos os dirigentes que nem sequer se atrevem a solicitar verbas, sabendo que não o fazendo ficam mais bem vistos pela tutela.

Tendo em conta os dois anteriores considerandos, e sendo um facto que os gestores não existem nos museus públicos, ou em conjuntos de equipamentos desta natureza, o resultado só pode mesmo ser desastroso.

Porque será então que com tão maus resultados não são demitidos os responsáveis dos museus e monumentos de gestão pública? A resposta divide-se em diversas partes, começando pela falta de verbas (as Finanças também merecem), os recursos humanos são escassos e com baixas qualificações (aqui fala-se só dos que dão a cara todos os dias), e nunca se ouve falar da incompetência, do imobilismo e da passividade dos responsáveis dos serviços, porque é feio.

Existem outros modelos que já foram experimentados, cá dentro e lá fora, e que tiveram bons resultados. Porque é que se não replicam?



terça-feira, maio 06, 2008

MINISTRO DISTRAÍDO

Ao ler no DN de 5 de Maio que o senhor ministro da Cultura só teve conhecimento este fim-de-semana da descoberta do barco naufragado na costa da Namíbia, fiquei ainda com mais certezas de que o senhor José António Pinto Ribeiro “não encaixa” no perfil exigível para a pasta que lhe foi confiada.

O assunto já vem sendo debatido na Internet há pelo menos uns 15 dias, já saíram declarações públicas nos órgãos de comunicação social de pessoas ligadas à arqueologia subaquática, e pelos vistos o Ministério da Cultura, ou pelo menos o seu mais alto responsável, não teve conhecimento de nada.

Podia aqui invocar a importância que o Estado espanhol dá a este assunto, e o empenho demonstrado com recursos a instâncias internacionais e aos tribunais para reclamar a sua autoridade sobre achados desta natureza, relacionados com embarcações espanholas, mas também acho que o senhor ministro as deve desconhecer.

É absolutamente fantástica uma afirmação sua estampada no referido jornal, “Pertencem (as peças encontradas) ao património português, mas não são nossas”. Eu nunca achei que a demissão de um ministro fosse solução para os problemas que derivam da pasta a que preside, mas com afirmações destas, senhor Pinto Ribeiro, se eu fosse 1º ministro deste país, repetiria a frase mais emblemática de Humberto Delgado: “Obviamente demito-o”.

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FOTOGRAFIA
Tulips in blue reflections by *mirator

Tulips. Natural light by *mirator

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