terça-feira, março 05, 2019
RECIPROCIDADE OU SUBSERVIÊNCIA?
sábado, maio 13, 2017
SERVIÇO PÚBLICO E LAICIDADE
sexta-feira, setembro 16, 2016
SALÁRIOS IGUAIS PARA FUNÇÕES IGUAIS NA EUROPA
sábado, junho 11, 2016
A ESPERTEZA SALOIA
sexta-feira, fevereiro 19, 2016
FLEXIBILIDADE E SAÍDAS
domingo, março 29, 2015
CIDADÃOS E OS PATAMARES DE PROTECÇÃO
quarta-feira, novembro 19, 2014
E AGORA?
sábado, novembro 12, 2011
OS QUE SE JULGAM ACIMA DOS OUTROS
quinta-feira, janeiro 06, 2011
ARMADILHAS LEGAIS
No final deste mês de Janeiro o governo prepara-se para cortar parte dos vencimentos de uma boa parte dos funcionários públicos, para deste modo poupar verbas suficientes para baixar o défice do Estado. O problema é de saber-se se essa medida é inconstitucional ou não.
O governo, segundo o secretário de Estado da Administração Interna, pediu um parecer a Jorge Miranda que considera que esta redução de salários imposta, “não fere a Constituição da República, tendo em conta a situação excepcional das contas públicas”. Por via deste parecer e de se invocar o “interesse público”, o executivo sente-se confortável nos seus intentos.
As coisas não são tão simples como alguns pensam, e há argumentos que nenhum Tribunal pode olvidar na apreciação das providências cautelares agora entregues. A Lei é clara nos seus princípios, e entre eles temos o da confiança, da igualdade e da intangibilidade do salário. Estes princípios estão a ser quebrados, pelo próprio Estado, pois há já diversas excepções a estes cortes, mesmo na própria função pública.
Como se tudo isto não fosse suficiente para arrasar “o interesse público” invocado e, “a situação excepcional das contas públicas” do parecer de Jorge Miranda, ainda temos o compromisso do 1º ministro, que ainda há poucos meses garantia que não haveriam cortes dos salários, o que acabou por se revelar ser apenas mais uma das promessas não cumpridas para se juntar ao rol bem extenso do governante em que não se pode confiar.
terça-feira, agosto 31, 2010
AS (DES) IGUALDADES
A classe governante, e não me refiro a qualquer cor em particular, proclama recorrentemente que procede com rigor e que toma decisões difíceis no interesse dos cidadãos. Este discurso está em regra associado a alterações legislativas que afectam a maioria dos cidadãos, seja pela via dos impostos ou taxas, seja por restrições dos direitos conquistados ao longo de muitos anos.
Muita desta retórica de exigência e rigor é pura hipocrisia que só não vê quem não quer mesmo ver.
Recentemente a preocupação do governo, e de alguma oposição, virou-se para as prestações sociais, e foi lançada de imediato uma campanha visando cortar tudo o que fosse possível, dizendo-se que se estava a moralizar os apoios sociais, distribuindo-os apenas pelos que realmente necessitavam.
Noutra frente, muito mais importante e que lesa o Estado em muitos milhões, nada está a ser realmente realizado. Estou a falar concretamente dos sinais exteriores de riqueza que continuam a não ser devidamente investigados.
Não se entende que um desempregado tenha que abdicar do sigilo bancário, e que o seu património seja investigado pelo fisco, quando um empresário que declara ter prejuízos há diversos anos, ou que tenha declarado falência deixando dívidas aos credores, não é investigado nem tem que abdicar do sigilo bancário, ainda que mantenha uma vida luxuosa e continue a ter carros e iates em seu nome ou de familiares directos com quem os compartilha.
segunda-feira, agosto 02, 2010
PARTICULARIDADES DO FISCO
O folhetim do negócio da Vivo parecia já ter acabado com a venda por parte da PT à Telefónica e com a entrada da operadora portuguesa nas operações da Oi, brasileira da Silva segundo o presidente brasileiro, Lula da Silva.
Enquanto nos iam distraindo com as virtualidades e defeitos da operação de venda e de participação, nos bastidores de tudo isto estavam os especialistas a magicar como é que se podiam abichar uns “trocados” sem pagar “um tusto” que seja ao fisco.
Parece que foi encontrado o expediente mágico para fintar o fisco, que é como quem diz o Zé Contribuinte, e os dividendos dos accionistas não vão pagar NADA de impostos neste negócio de milhões. Abro uma ressalva para os beneficiários de prestações sociais, que por via de algum dividendo de acções da PT, verão certamente as suas prestações ameaçadas pelo mesmo fisco.
Viva a igualdade dos contribuintes no que toca a rendimentos…
Notícias elucidativas da imprensa AQUI e AQUI
segunda-feira, março 01, 2010
AS EXCEPÇÕES À CRISE
Sempre que a economia nacional é declarada em crise, o que tem acontecido com frequência, são anunciados cortes que por acaso atingem sempre os mesmos.
Eu sei que o que disse é muitas vezes chamado de discurso da esquerda radical, mas todos sabemos que é uma verdade inquestionável. Os alvos dos cortes são feitos nos salários, nas reformas, e claro está nos impostos indirectos que atingem todos por igual.
Porque somos todos iguais, quando o governo fala da convergência dos sistemas de pensões, temos uns quantos que são mais iguais do que a generalidade dos portugueses, que são aqueles senhores que têm as pensões vitalícias.
Podem dizer-me que as pensões vitalícias dos políticos acabaram, mas há quase 400 beneficiários e nos últimos tempos houve uma corrida a esta “benesse”, que continua com uma fórmula de cálculo que data de 1985. Note-se que a pensão vitalícia é cumulável com a reforma por aposentação e ainda com um salário no sector privado.
A crise quando ataca escolhe sempre os mesmos. Chamem-me o que quiserem mas eu tenho o direito de me indignar com esta situação.
Mais AQUI
sexta-feira, abril 24, 2009
OS TIQUES…
A poucas horas de se celebrar o 25 de Abril e de se ouvirem todos os dirigentes partidários reclamarem qualquer coisinha na construção da liberdade neste país, há certas coisas que destoam e mostram a verdadeira cara de uns quantos.
Talvez as reacções à lei do enriquecimento ilícito sejam a face mais feia e hipócrita de alguns políticos, que chegam ao ponto de alegar princípios ideológicos, ou o timing para colocar reservas à aprovação dos projectos de lei entretanto rejeitados pela maioria PS.
Não se julgue que só meto no mesmo saco o PS, pois há por aí muitos mais “ditos democratas” que têm reservas quanto à criminalização do enriquecimento ilícito. É por estas e por outras que a corrupção alastra e a impunidade é a regra quando a Justiça intervém.
Dentro do espírito de Abril o combate à corrupção nunca seria confundido com oportunismo político nem com um mau timing, meus senhores. Estes tiques e o odor bafiento dos argumentos agora esgrimidos fazem-nos pensar se não será necessário um Novo Abril neste rectângulo à beira-mar plantado.
sábado, janeiro 31, 2009
CAMPANHA NEGRA
Nós somos meros espectadores, e vamos apenas apreciando o espectáculo que nos é proposto, e concluímos o que nos parece evidente, com muito pouca confiança no que será a conclusão da Justiça.
quinta-feira, maio 15, 2008
VÃO DESCULPAR AS COIMAS JÁ APLICADAS?
14 de Maio de 2008, 16:59
** Pedro Morais Fonseca (texto), Tiago Petinga (fotos), Agência Lusa**
Caracas, 14 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, assumiu hoje que fumou no voo entre Lisboa e Caracas, lamentou a polémica que entretanto se instalou em Portugal e pediu desculpa caso se verifique que violou a lei.
As declarações de José Sócrates foram proferidas à chegada à Faixa de Orinoco, a cerca de 500 quilómetros de Caracas.
Depois de se afastar do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, Sócrates fez uma declaração aos jornalistas sobre a polémica em torno do facto de ter fumado segunda-feira no voo da TAP (fretado pelo Governo), entre Lisboa e Caracas.
"Quero fazer-vos uma declaração sobre o facto de ter fumado no avião. De facto fumei, com o ministro da Economia [Manuel Pinho] enquanto conversávamos, mas no convencimento de que se podia fumar, porque assim sempre aconteceu nas outras viagens anteriores".
Sócrates referiu-se depois à possibilidade de esse acto ter constituído uma violação da lei.
"Estava convencido que não estava a violar nenhuma lei nem nenhum regulamento. Infelizmente há essa polémica em Portugal e eu quero lamentar essa polémica. Se por algum motivo violei algum regulamento, alguma lei, lamento e peço desculpa, não voltará acontecer", declarou.
Lusa/fim
quinta-feira, dezembro 20, 2007
ONDE PÁRAM OS CRÍTICOS
Tem-se assistido ao esvaziamento das funções do Estado, o número de funcionários baixou, os salários sobem há vários anos abaixo da inflação real, contudo os gastos do Estado com despesas fixas aumenta muito acima dos aumentos salariais decretados para os funcionários públicos. Enquanto isso assistimos à degradação do sistema de ensino, aos encerramentos de unidades de Saúde, ao triste cenário que tem sido dado pela Justiça, cada vez mais morosa, e isto acontece ao mesmo tempo que pagamos mais por todos estes serviços. Porquê? Talvez seja altura de todos começarmos a encarar a realidade, porque estamos a assistir à destruição implacável dos serviços públicos, para os entregarmos à iniciativa privada, com a garantia de lucro para os concessionários.
Sei que este artigo não será do agrado de muitos que embarcaram na campanha contra o funcionalismo público, mas é precisamente a estes que deixo uma derradeira questão: será que acham que é mais um privilégio dos funcionários públicos passarem a descontar mais 1% dos seus salários, para usufruírem dum direito que devia ser extensível a todos os trabalhadores, que é o de terem acesso ao subsídio de desemprego? Se as intenções deste governo ainda não eram claras para muitos, agora com esta medida fica clara a intenção da destruição completa do emprego público.