O Zé Povinho até pode ser um indivíduo patusco e inofensivo, que não faz mal a ninguém nem se interessa por assuntos complexos, vivendo modestamente a sua vidinha tentando passar despercebido, não vá o diabo tece-las.
Quando senhor Vieira da Silva mencionou a existência de “espionagem política”, o Zé imaginou logo um fulano tipo James Bond, pertencente ao ministério público, com uma brasa ao lado a degustar um Martini. Que querem, eu sou um simples!
Hoje ouvi o mesmo Vieira da Silva a dizer que usou aquela expressão de “espionagem política” conscientemente, porque tudo se tratou de uma “lamentável violação do segredo de justiça”. Temos então que enquanto ministro o cidadão Vieira da Silva tem as suas responsabilidades, já na pele de cidadão a expressão “espionagem política” insere-se no seu direito de “liberdade de expressão”.