sexta-feira, fevereiro 29, 2008

“Vedação Parque Técnico da Câmara situado no Fogueteiro”

E pronto...terminou mais uma Assembleia Municipal.
Muita coisa há para contar. Respostas por parte do execuitvo da Câmara verdadeiramente surpreendentes, sobretudo relativamente a esta moção. Mas essas questões vou revelar quando tiver mais tempo.
Por agora quero deixar-vos com a moção.
Ah, já agora, era escusado dizer, mas a CDU votou contra a Moção. Mas isso já nós imaginávamos, não é?
O problema é que eles sabem mesmo que aquele local ainda está pior do que nós descrevemos (as tais declarações "arrepiantes" do Sr. vereador carlos Mateus).
Meus senhores, tenham medo, tenham mesmo muito medo...
Aqui vai a Moção:

Moção




“Vedação Parque Técnico da Câmara situado no Fogueteiro”



Considerando que:

Há cerca de três anos a autarquia do Seixal deixou o seu parque técnico situado no Fogueteiro para ocupar uma construção propriedade do Construtor A.Silva & Silva e a este grupo arrendada. A autarquia elabora actualmente para o local um projecto da autoria do arquitecto Manuel Salgado, denominado Plano de Pormenor da Torre da Marinha.
As instalações do Fogueteiro estiveram até há algumas semanas atrás vazias, mas fechadas e vedadas.
Durante cerca de três anos o espaço apesar de desocupado mantinha as suas características, mas agora foram simplesmente abandonadas.
Trata-se de uma decisão incompreensível ao retirar a vedação que envolvia aquela área, e abandonadas as estruturas à sorte de vândalos, pois desapareceram portas e janelas, os vidros restantes apareceram partidos, sem que ninguém vigiasse ou protegesse um património que é do município, que é de TODOS NÓS!

Há notícias de que traficantes e consumidores de droga e outro tipo de criminosos ou meros indigentes, assentaram arraiais naquele espaço, ocupando-o, mantendo agora os residentes e empresas situadas naquela área preocupados e inseguros, para além de terem perdido por completo o sossego.

Com a “ocupação” supra referida tem-se criado uma autêntica lixeira a céu aberto, tanto mais perigosa para a saúde pública, quanto se verificam a existência de seringas usadas e preservativos, com as inevitáveis consequências.
A Assembleia Municipal do Seixal aos 28 dias do mês de Fevereiro de 2008, reunida para a primeira Sessão ordinária de 2008 delibera:

-Mostrar a sua perplexidade pela decisão da Câmara Municipal, que está na origem desta situação;
- Requerer a reposição da situação anterior, limpando e vedando a zona à presença de estranhos, ainda que provisória, na medida em que se conhecem outros projectos da Câmara para aquela zona.

Os Deputados Municipais do PSD:
Nos próximos dias conto-vos o que o Sr. Vereador disse e mostro-vos as restantes moções. Vale a pena ficarem atentos.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Sapal de Corroios


O PSD continuando a aguardar respostas oficiais da Câmara Municipal do Seixal sobre esta questão e também da própria CCDR, que para além de nos ter recebido, não respondeu ainda aos requerimementos apresentados, nem deu cabal satisfação às nossas questões, sente-se perfeitamente legitimado a começar uma campanha imputando a estas entidades a responsabilidade sobre a situação actual do Sapal, que, aliás, as imagens são perfeitamente elucidativas.
Tem-se perguntado muito: onde anda o Ministro do Ambiente? Afinal ele exsite, é de carne e osso e sabemos isso porque mal choveu um bocadinho, lembrou-se de, antes de mais nada, vir "sacudir a água do capote" responsabilizando as Câmaras Municipais. Ao menos ficámos todos descansados ao percebermos que ele existe mesmo.
Também será legitimo perguntarmos: Quem é o Vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Seixal? Dou um prémio se alguém acertar!
Veja-se, sem entrar em falsas demagogias, todos os técnicos e especialistas ambientais ouvidos a própósito destas cheias foram unanimes em considerar que é por questões como esta (que, repito, as fotos ilustram) que as cheias ocorreram e afirmaram que nos próximos anos quando chuver com igual intensidade será certamente pior. Só temos de agradecer aos nossos governantes.
Se descobrirem quem é o vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Seixal, perguntem-lhe alguma coisa por mim, pois ao PSD, eles ainda não responderam...
Nota: deixo-vos com uma versão alternativa do outdoor, na medida em que o outdoor colocado, na rotunda em Corroios, mesmo no final da alternativa à EN.10 (a tal inacabada), pode ser vista no blogue da JSD/Seixal, em (http://juventudeseixal.blogspot.com/) a quem agradeço a publicação.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ainda a Demolição do Estaleiro da Quinta da Fidalga

Sobre esta questão, terão oportunidade de assistir (ouvir) o excelente trabalho realizado na Antena 1, que foi para o ar esta quarta-feira, no programa "Portugal em Directo", o qual poderá ser acompanhado no último post do blogue Baía do Seixal , a quem agradeço as palavras simpáticas e a forma empenhada como tratou desta questão. Ao seu autor, os Seixalenses estão em dívida.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Frosquinhas escreve ao “Desertificador”

Publicado nesta Sexta-Feira, dia 15 de Fevereiro no jornal "Comércio do Seixal"

Frosquinhas escreve ao “Desertificador”

O Frosquinhas sempre achou lamentável que as pessoas não perdoassem ao ministro Mário Lino “O Desertificador” aquelas palavras menos felizes. Como ele costumava dizer, só não se engana quem não fala. Claro que no seu intimo bem sabia que o ministro cada vez que fala se engana, mas isso não tem importância nenhuma. O homem quer fazer obra e há que deixá-lo. Por isso para o Frosquinhas nada como lhe dar boas ideias e, assim sendo, resolveu escrever esta carta dirigida ao seu ministro preferido, dando-lhe um incentivo para que continue a sua grandiosa obra e, em simultâneo todo o governo possa concluir tudo aquilo que tão bons resultados tem dado ao País. O Comércio do seixal sempre atento permite-se presentear os seus inúmeros leitores com este exclusivo nacional:
“Caro ministro Mário Lino, sou um confesso admirador da sua obra, mais ainda quando sinto a injustiça de toda uma margem sul relativamente àquelas declarações, como dizer?, não tão felizes como outras que profere. As pessoas nunca se enganaram? Afinal de contas que mal tem confundir uma extensa área, com uma das maiores densidades populacionais, rendimento “per capita” elevados, desenvolvimento industrial, com um deserto. São mas é uns invejosos! Queriam era ter o seu tempo de antena e popularidade!
Estou completamente extasiado com a sua febre construtora de pontes. Só não percebo para que servirão tantas pontes para um deserto, mas isso agora também não interessa nada!
Como sou morador do seixal e já vi que o sr. Ministro anda um pouco confuso, porque ora diz que se faz uma ponte Barreiro-Chelas, ora Beato-Montijo,ora Algés-Trafaria, ora é rodoviária, ora ferroviária, ora para comboios convencionais, ora para o TGV, pedonal, para pista de aviões. Como também já percebi que de manhã acha que deve ser um túnel, à noite uma ponte, e sabe-se lá se ainda não vem para aí sugerir o túnel e a ponte tudo junto, venho ajudar-lhe sugerindo-lhe uma nova localização: O Seixal.
Claro que não deve desistir de todas as outras e mais das que se lembrar. Aposto que quando vai dormir sonha com uma ponte e no dia seguinte lá nos vem apresentar mais um projecto. Desde já proponho o Eng. José Sócrates como o Eng. do projecto porque sinceramente gostei muito dos mamarrachos que ele construiu lá pela Covilhã. Aquilo é que é um homem trabalhador, ainda nem engenheiro era e já fazia uns biscates. Sim, porque todos sabemos que os deputados ganham pouquinho e o subsídio de exclusividade é para os mandriões que só querem viver à conta do Estado. O nosso primeiro sempre fez pela vida! E ainda o chateiam, já viu?
Por fim, li hoje no jornal que os americanos andam à procura de petróleo em Torres Vedras. Como sou seu amigo, digo-lhe nesta missiva, onde ninguém nos ouve: porquê que o vosso magnífico governo não se antecipa aos Americanos que andam por Torres Vedras e vem procurar Petróleo cá no Seixal? É que enquanto eles têm que perfurar várias centenas de metros à procura de hidrocarbonatos e não têm garantias de encontrarem aqui no seixal estudos apontam que garantidamente é uma das zonas do país com mais hidrocarbonatos (poluição) e portanto é garantido. Está à superfície, nem é preciso perfurar. Com o dinheiro do petróleo ainda podia construir a 15.ª ponte sobre o Tejo.
Nota final: Diga à nova ministra da saúde que ainda tem aqui mais uns centros de saúde para encerrar os SAP. E à Ministra da Educação que tem escolas e, por fim ao Ministro da justiça que quando se entreter a encerrar tribunais atrás de tribunais com o novo mapa judiciário, que não se esqueça do Seixal. Há que acabar com a obra!!! Já agora, se não for muito incómodo, diga ao da administração interna que afinal a PSP não precisa de instalações condignas, porque nas provisórias onde eles estão em Corroios, a população e a freguesia deram-lhes luz e um espaço, portanto para quê gastar dinheiro do erário público se eles até já têm uma solução,
Seu,
Frosquinhas

sábado, fevereiro 09, 2008

Está lá, é da guarda??? Ligue daqui a quatro meses, por favor

Publicado hoje no "Jornal do Seixal", em artigo de opinião.

Está lá, é da guarda??? Ligue daqui a quatro meses, por favor

Não sei se já se aperceberam mas uma profunda alteração na delimitação de competência territorial das forças de segurança já está em vigor.
Na sequência dessa alteração, por exemplo a GNR de Miratejo foi deslocalizada, sendo agora essa área de intervenção da competência da PSP. NÃO vou aqui discutir da bondade da alteração, não quero sequer entrar por aí. Não sei se o governo está a fazer nesta área o mesmo que está a fazer na saúde, na educação, na justiça ou noutras áreas vitais para os cidadãos, mas pela amostra a preocupação não podia ser maior.
Não sei se os meus concidadãos sabem, mas se não o sabem eu digo-vos e podem acreditar que A esquadra da PSP de Corroios funcionou durante três dias num posto móvel sem o mínimo de condições, tendo mudado para instalações provisórias no sábado onde ainda não existem comunicações. Segundo se consta foi o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, Eduardo Rosa (a quem felicito pela iniciativa) que insatisfeito com a situação, considerando que ficarem instalados numa roulotte sem condições, numa esquina, que tinha espaço para três homens e meio e onde não existia sequer casa-de-banho ou comunicações. Mais, que a luz que tinham foi uma loja que cedeu e tudo para uma corporação para de 62 elementos, que tinham que ir à casa de banho dos cafés ou da esquadra da Cruz de Pau, que lhes deu apoio nestes dias, tudo isso não era digno para a freguesia e para os próprios agentes:Assim, a junta de freguesia a efectuar diligências para encontrar um local provisório o mais rápido possível, o que aconteceu no sábado, de modo a receber a esquadra até estarem concluídos os trabalhos no espaço que vai receber a nova esquadra de Corroios, que devem durar cerca de 4 meses (uma loja provisória em Santa Marta de Corroios, perto do local onde se vai situar a esquadra, que tem um mínimo de condições para receber a PSP).Pergunto: estamos todos a brincar com a segurança? Por acaso o senhor ministro sabe que esta corporação assegura a segurança numa zona com cerca de 57 mil habitantes? Para além do mais sendo uma zona reconhecidamente com alguns problemas de segurança e de ordem pública!Sabem as autoridades que no local ainda não existe telefone nem fax.?Em declarações à comunicação social o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP-PSP), António Ramos, explicou que a situação se deve ao facto da reestruturação nas forças policiais se ter feito sem os devidos preparativos e condições. Onde é que nós já ouvimos isto? Estamos num País a saque? Já não percebo se é por desorganização, pressa em fazer bem (embora se faça quase tudo mal), falta de meios financeiros, mas está na hora de dizer basta! Está-se mesmo a ver alguém a telefonar para a PSP, esquadra de Corroios, quem vos atende? Não faz ,mal. Liguem daqui a 4 meses...

Nota: Como escrevi esta crónica na quarta-feira, espero sinceramente que no dia em que a mesma seja publicada (sábado) já a mesma esteja desactualizada e os problemas apontados já estejam resolvidos porque com a segurança, assim como com a saúde, justiça ou ensino não se deve brincar.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Sapal de Corroios - Perguntas ao Governo apresentadas na Assembleia da República

Prosseguindo o excelente trabalho que o Deputado do PSD, eleito pelo Círculo de setúbal tem executado em defesa do Distrito, e na sequência de um trabalho perfeitamente articulado com a Comissão Política de Secção do Seixal e com a Comissão Política Distrital de Setúbal, veio o Deputado, Eng.º Luís Rodrigues, apresentar o seguinte requerimento, que vos deixo para a devida análise e comentários:
Exm.º Senhor
Presidente da Assembleia da República



PERGUNTAS AO GOVERNO
e à
Câmara Municipal do Seixal


ASSUNTO: SAPAL DE CORROIOS – Licenciamento de piscicultura
(Corroios – Seixal/Distrito de Setúbal)

Apresentado por: Deputado Luis Rodrigues (PSD)

O Sapal de Corroios é das zonas húmidas mais bem conservadas de todo o estuário do Tejo, a sul de Alcochete, inserida no Domínio Público Hídrico e abrangida pela legislação da Reserva Ecológica Nacional (REN). Pela biodiversidade que alberga, desempenha um papel vital na vida das populações de peixes, bivalves, crustáceos e aves limícolas, residentes e migratórias do estuário do Rio Tejo;
A vegetação de sapal tem um papel de extrema importância no combate às alterações climáticas e ao funcionamento dos estuários, quer sob o ponto de vista bio geoquímico (retirando ou fornecendo nutrientes para a coluna de água e retendo metais pesados), físico (consolidação de margens e fundos), químico (oxigenação da água), quer biológico (produção de matéria orgânica e detrito, respiração, maternidade e refúgio);
Desde há décadas, que uma considerável área da chamada “Baía” , onde se inclui o Sapal de Corroios, tem sido alvo de diversos atentados ambientais, nas suas margens e no seu interior. A destruição do Moinho do Porto de Raposa (onde se encontra hoje a Ponte da Fraternidade) provocou uma das maiores alterações ambientais em toda a área da “Baía”.
O que se vai permitindo construir e erguer, de forma legal ou não, tem vindo a asfixiar lentamente este espaço natural magnífico. Muitos dos atentados ambientais encontram-se em zonas pouco visíveis da “Baía”. A descarga de esgotos sem tratamento continua a acontecer, apesar da tentativa de ocultação por parte das entidades responsáveis.
Em Maio de 2001 a ex-DRAOT licencia obras de construção de tanques para a engorda de peixes que, pela envergadura e pela utilização de processos de mecanização pesada, alteraram cerca de 17 hectares do sapal;
Em Agosto de 2001 a Câmara Municipal do Seixal embargou os trabalhos e exigiu a reposição do sapal no seu estado inicial. As obras vieram a parar apenas em Outubro de 2002 embargadas coercivamente pela autarquia;
Em 14.Jul.2003 o Secretário de Estado do Ordenamento do Território, anulou as licenças emitidas e determinou a reposição da situação antes da emissão da licença;
Passados mais de quatro anos, depois de anuladas as licenças pelo Governo, o mesmo projecto voltou a estar na ordem do dia, sendo aprovado agora também pela Câmara Municipal do Seixal, contrariando a posição assumida anteriormente.
Foi licenciado, por deliberação maioritária na reunião de Câmara realizada no passado dia 19 de Dezembro de 2007, o estabelecimento de culturas marinhas para a zona do Sapal de Corroios.
O Governo e a Câmara Municipal do Seixal ao aprovarem agora a pretensão anulada e/ou embargada anteriormente, estão implicitamente a assumir que prejudicaram o promotor.
Neste caso como noutros, os cidadãos e os investidores no mínimo sentem-se enganados. Este caso é claramente demonstrativo da insegurança transmitida pelo Estado ao nível central e local.
Considero legítimo que a população pergunte: “Porquê esta mudança? Porquê agora? Que interesses estão subjacentes a esta mudança?
Enquanto esta situação não for bem esclarecida e as respostas não forem concretas a suspeição fica no espírito dos cidadãos.

Assim e em face do exposto, venho, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais em vigor, perguntar ao Governo, através do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, e à Câmara Municipal do Seixal, que esclareçam o seguinte:
1- Em concreto o que é que levou em 2003 o Governo a anular as licenças?
2- Estando o promotor obrigado a repor o terreno na situação inicial porque é que o Governo foi incapaz de o obrigar a cumprir essa determinação?
3- Que factos levaram o Governo a aprovar agora a pretensão do promotor, anteriormente anulada?
4- Porque é que o Governo não impõe ao promotor a realização de uma Avaliação de Impacte Ambiental ao projecto, uma vez que a área em questão fica, por efeitos cumulativos, influenciada também por outra piscicultura existente, – o viveiro Esperança, originando uma área de viveiro superior a 20 hectares, com produção superior a 10 toneladas/ano?
5- Que alterações permitiram à Câmara Municipal do Seixal aprovar agora as obras embargadas em 2003?
6- Estão o Governo e a Câmara Municipal do Seixal disponíveis para ir a Miratejo (Freguesia de Corroios) apresentar publicamente este projecto à população?

A.R., 6 de Fevereiro de 2008
O Deputado

Luis Rodrigues

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Requerimento sobre Demolição do estaleiro Naval da Quinta da Fidalga

Atento aos acontecimentos concelhios, contando com o contributo de outros blogues, neste caso, o blogue "Baía do Seixal" - click aqui: (http://baiadoseixal.blogspot.com/), a cujo autor agradeço, venho apresentar e deixar à discussão pública mais um requerimento que fiz e apresentei nos serviços da Câmara Municipal do Seixal, a título pessoal. Até ao final da semana, conto apresentar a posição oficial do PSD/Seixal.


Ao abrigo da legislação em vigor, nomeadamente no Código do Procedimento administrativo nos art.ºs 7.º ( Princípio da colaboração da Administração com os particulares –que refere que “os órgãos da Administração Pública devem actuar em estreita colaboração com os particulares, procurando assegurar a sua adequada participação no desempenho da função administrativa, cumprindo-lhes, designadamente:
a) Prestar aos particulares as informações e os esclarecimentos de que careçam;
b) Apoiar e estimular as iniciativas dos particulares e receber as suas sugestões e informações.”, bem como no art.º 9.º , onde se se aplica o Princípio da decisão, ou seja,(“1 - Os órgãos administrativos têm, nos termos regulados neste Código, o dever de se pronunciar sobre todos os assuntos da sua competência que lhes sejam apresentados pelos particulares e, nomeadamente:
a) Sobre os assuntos que lhes disserem directamente respeito;
b) Sobre quaisquer petições, representações, reclamações ou queixas formuladas em defesa da Constituição, das leis ou do interesse geral”), Paulo Edson Cunha, melhor identificado em epígrafe, depois de ter sido pessoalmente alertado pelo autor do blogue local “Baía do Seixal”, e após a leitura de um seu post dedicado à demolição da Quinta da Fidalga, e por entender ser matéria de primordial importância para o Concelho do Seixal, vem requerer ao Senhor Presidente da Câmara Municipal do Seixal esclarecimentos sobre a aparente decisão de demolir o Estaleiro da Quinta da Fidalga – e nos termos em que a mesma é feita, sobretudo quais os objectivos que encerra.

Sabendo-se que:
- As origens da Quinta da Fidalga remontam ao século XV.
- Que pertenceu a Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama, que se estabeleceu no local para acompanhar a construção e reparação de caravelas num estaleiro em Arrentela.
- Que se trata do único dos antigos estaleiros edificados em alvenaria, provavelmente no local onde há mais de 500 anos Paulo da Gama comandou a construção de quatro caravelas que chegaram à Índia, como supra se referiu.
- O espaço deste estaleiro - situado nas proximidades da Quinta da Fidalga, até há muito pouco tempo coberto com vegetação, agora envolto em redes para a continuação das tão atrasadas obras de reconversão da frente ribeirinha - é um dos marcos indiscutíveis da cultura marítima regional, carecendo de um profundo estudo histórico e arqueológico que, naturalmente, poderá levar à sua classificação como património.
- Classificação que, com a sua demolição, tornará impossível!
- O que é tanto mais lamentável quando se sabe que o rei D. Manuel I (1495-1521) confiou a Estevão da Gama o comando da frota que, em 8 de Julho de 1497, zarpou do Rio Tejo em demanda da Índia, com 150 homens entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro pequenas embarcações contruídas no estaleiro da Quinta da Fidalga.

Com essa medida (demolição), estão, não só em causa as memórias do Tejo, da importância histórica deste estaleiro e do nosso munícipio, mas, sobretudo a falta de coerência, honestidade e integridade no cumprimento das promessas do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo onde, a preservação dos estaleiros é um dos ícones que nos venderam repetida e insistentemente no respectivo documento que, seguramente, terá custado uma fortuna aos contribuintes.


Pelo exposto, e sabendo-se que o executivo camarário tem afirmado que o antigo espaço do estaleiro naval da Quinta da Fidalga será transformado numa área de lazer e turística, com vertentes de restauração, saúde ou bem estar, em dois edifícios, um com uma área de implantação de 490 metros quadrados e o outro com 82 metros quadrados, o que a concretizar-se poderá desvirtuar o espaço aqui referido e constituirá um autêntico “crime” contra o património histórico e cultural do Seixal.

Vem, Requerer-se a V. Exa. se digne responder às questões aqui colocadas, nomeadamente como pretende garantir a manutênção do estaleiro naval ou se o pretende manter, tendo em conta os projectos que tem para esse espaço, preservando dessa forma um património de inquilificável e incomensurável valor histórico-cultural.

Pede deferimento,

O Requerente:

Seixal, 3 de Fevereiro de 2008

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

BTL (Bamos Todos Lá – à BTL - para eles Birem Cá)

Também podem ler a presente crónica no Jornal "Comércio do Seixal" , publicado hoje, dia 1 de Fevereiro. Bom fim de semana.

O Seixal voltou à BTL. Foi um regresso apoteótico. Diz quem assistiu que o forte investimento financeiro do executivo (do qual não se conhecem ainda os números gastos nesta brincadeira) teve retorno imediato.
Aliás, uma coisa está garantida – todo o nosso vastíssimo leque de oferta hoteleira está esgotadíssimo. Prevê-se mesmo a construção de mais 5 hotéis a juntar aos muitos existentes. Claro que a nova Marina do Seixal, o Parque Temático, proposto por alguns, equipamentos desportivos e de lazer de qualidade e a renovação paisagística e ambiental da Ponta dos Corvos a juntar ao sapal completamente adaptado à sua função pedagogista e formativa sobre questões do ambiente e ainda as acessibilidades completas e estradas arranjadas, tudo isso ajudou.
Mas o que verdadeiramente Colocou em êxtase todos os participantes dessa Feira do turismo, foram os flamingos. O sucesso foi tão grande que houve mesmo agências que tiveram que propor à TAP novos voos de destinos até então sem escala em Portugal ou com pouca penetração.
Diz-se mesmo pelos mentideros que o novo aeroporto internacional de Portugal, afinal fica no Seixal, para aproveitar o ritmo em que Seixalenses vivem depois da nossa participação na feira.
Há imensos estudiosos a estudar o fenómeno, não entendendo como pode um argumento tão simples ter escapado à generalidade das agências turísticas internacionais. O argumento de que se os flamingos vêem é porque não há poluição. Logo se não há poluição é porque a Câmara está a trabalhar bem. É sim senhor um raciocínio lógico e compreensível, mas é tão mentiroso quanto a história ficcionada que vos conto em cima.
Fala-se que o Benfica quer mesmo mudar o seu símbolo de águia para flamingo argumentando que se a câmara captou tantos turistas só para os virem ver, então o clube também retiraria igual proveito.
Uma coisa está garantida e deixo aqui o meu público testemunho. Se este executivo for tão bom a iludir potenciais investidores, veraneantes e turistas como é a iludir a sua população sobre a obra que não faz, sobre a responsabilidade que é sua e aponta para o Governo central, então esqueçam que eu escrevi que era tudo ficção e retenham que a única parte verdadeiramente verdadeira era a ilusão.