Babet nómada, solta, desenxovalhada
Olhar cigano, sorriso espontâneo
Tisnada até às vestes dos panos
Beleza sem artifícios, rara
Frescura sem fissuras irremediáveis
Sem riscos ainda, apenas deleites
Babet; mochila às costas
Guitarra na mão
Chega às praças, às ruas estreitas ou largas, fechadas ou
abertas, pernas treinadas a cruzar no chão
Ou nos bares familiares, em cima do balcão
Dedos ágeis à medida das cordas, prontos para dedilhar os
sons dos fios…
Os aneis ficam-lhe bem, as argolas nos pulsos delicados
também
Cabelo floreado, em síncopes desmanchado, desaguando em pontas,
ombros abaixo...
Vozeirão rouco,
bem afinado, picante, rasgado
Percorre o Rock and Rool, salta para o Blues e atira-se
ao Soul.
Compõe letras bem entrelaçadas, profundidade abissal...
Acordes singulares, arrisca muito e acerta no pretendido
O púlico de Babet saliva, baba para grandeza tamanha!
Há pouco, bem pouco uma notícia assaltou-me a visão:
Babet metida em escolhos?
Pasmo; a minha curiosidade desbrava mais terreno exposto;
ali à mão
Casos com garotos imberbes, álcool, drogas, mentiras…?!
Casada pela terceira vez, escolhas tortas, filhos das
várias uniões celebradas
A meio da notícia; a cantora não adormece sem ter o membro sexual masculino
dentro do seu canal genital ... e assim permanece toda a noite?
Pode-se achar censurável, causar estranheza, parecer
insólito ...
Alguns entendidos arriscam que é assim que busca e
preenche os afetos negados.
Em rodapé; a vocalista foi vítima de uma infância
demasiado cabeluda…
Entretanto, apesar de todos os pesares, continua nas
noites perdidas em bares de enganos.
PN
Ilustração retirada da Internet - Mary Bridget- Davies